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Parte 1 O MERCANTILISMO E SEU DECLÍNIO 5

Capítulo 1 - A ERA DO CAPITAL MERCANTIL 5


Era de predomínio do comércio marítimo e do capital comercial 5
O comércio marítimo dos países europeus com suas colônias via monopólio,
a consequente fluência de metais preciosos para a Europa, o surgimento de
uma economia monetária(demanda por dinheiro) a partir disto e a
consolidação do capital comercial e sua respectiva burguesia com a
dissolução da economia feudal do manso senhorial e das guildas artesãs. 5
A navegação marítima direto com a Índia, e as companhias orientais,
empresas de capital aberto para a exploração do oriente 5
Os camponeses tornaram-se arrendatários através da talha em dinheiro que
devia pagar ao senhor feudal, surgimento dos cercamentos e expulsão de
pequenos camponeses arrendatários. 5
O declínio das guildas, a perda de independência do artesão, do mercado
local ao mercado estrangeiro via os grandes mercadores, que passaram a
contratar o trabalho do artesão, assim, surgiu a indústria doméstica dos
séculos XVI e XVII. 5
O surgimento da classe de trabalhadores assalariados 5
O surgimento da monarquia absoluta, com apoio da burguesia mercantil: forte
centralização das casas reais no poder central, estabelecimento de Estados
unificados e que facilitasse o comércio interno e externo. 6
Aliança proveitosa para os dois lados, para a monarquia, a burguesia ajudou
a derrotar os senhores feudais, para a burguesia, a monarquia absoluta
facilitou o estabelecimento do mercado interno e externo. 6
Capítulo 2 - CAPITAL MERCANTIL E POLÍTICA MERCANTILISTA NA
INGLATERRA NOS SÉCULOS XVI E XVII 6
O início do mercantilismo inglês era na base do controle fiscal, controlando as
taxas de importação e exportação(principalmente e quase exclusivamente de
lã) e aumentando a massa de metais preciosos para o tesouro inglês, com o
objetivo do equilíbrio monetário, na época o que pode ser chamado de
sistema de equilíbrio monetário. 7
Início do século XVI o desenvolvimento da indústria têxtil inglesa, que deixou
de exportar lã crua e exportar tecidos semi acabados, possibilitados pela
emigração de tecelões de Flandres para a Inglaterra, que estavam fugindo da
proletarização das guildas. 7
A exportação de tecido ficou a cargo da companhia especial e demandou a
abertura de novos mercados, o que significou que a Inglaterra teria de
assumir um papel ativo, buscou ela própria transportar suas mercadorias,
enfrentar o comércio do mediterrâneo e novas colônias. 7
As revoluções burguesas do século XVII representaram a substituição do
sistema de equilíbrio monetário que era uma política fiscal para uma política
protecionista e de expansão do transporte(expansão da frota marítima
inglesa) e da indústria inglesa para a exportação. 7
A política do mercantilismo avançado inglês pode ser chamado de “sistema
de equilíbrio comércial”, incentivar as exportações de produtos
industrializados e redução da importação, visando uma balança comercial
favorável. 7
A política mercantilista andava de mãos dadas com a regulação estatal e não
poderia sobreviver sem ela e correspondia aos interesses da burguesia
comercial e era defendida pelos seus ideólogos, os mercantilistas 7
Capítulo 3 - AS CARACTERÍSTICAS GERAIS DA LITERATURA
MERCANTILISTA 8
Havia certo conflito entre a burguesia comercial e os senhores rurais, o que
fazia que os escritores mercantilistas tentassem amenizar o conflito tentando
convencer os senhores rurais de que o avanço do comércio representaria um
ganha também para eles. 8
Havia algo em que a burguesia comercial e os senhores feudais não
divergiam era em relação a exploração dos trabalhadores pobres, os escritos
mercantilistas defendem que a ideia de um salário mínimo possível para
manter os trabalhadores no trabalho, pois, caso os salários sejam altos,
menos os trabalhadores trabalham. 8
Capítulo 4 - OS PRIMEIROS MERCANTILISTAS INGLESES 9
A atenção dos mercantilistas do século XVI e início do XVII era a circulação
da moeda, desconheciam a inter relação entre a circulação de moeda e de
mercadorias 9
Como relacionam a taxa de câmbio sendo dependente da balança comercial,
inventaram a problemática, tentando resolver a balança comercial
estabilizando via regulação estatal a taxa de câmbio. 9
Capítulo 5 - A DOUTRINA MERCANTILISTA EM SEU APOGEU Thomas Mun
9
A doutrina surge como resposta ao sistema de equilíbrio monetário, onde
havia restrições à exportação de moeda para fora da Inglaterra, pois com o
desenvolvimento do comércio através da companhia das Índias Orientais a
balança comercial se tornou desfavorável monetariamente para a Inglaterra. 9
Apresentaram uma nova teoria do equilíbrio comercial, o enriquecimento se
daria através de uma balança comercial favorável, através de uma política
econômica de desenvolvimento dos transportes e da indústria para o dominar
o mercado. 9
Mesmo respondendo a problemas práticos, as formulações dos mercantilistas
fizeram nascer embriões sobre problemas teóricos que posteriormente teve
grande importância, como as teorias do valor de troca e da moeda 10
Capítulo 6 - A REAÇÃO AO MERCANTILISMO Dudley North 10
Para a North, o comércio significa a troca de um produto por outro,
diferentemente dos mercantilistas, onde o comércio significava a troca de um
produto, valor de uso, por dinheiro, ou valor de troca. O dinheiro aparece
como o meio de troca. 11
A causa da prosperidade ou declínio do comércio não é a escassez de
moeda, mas o fluxo da troca de mercadorias. 11
Capítulo 7 - A EVOLUÇÃO DA TEORIA DO VALOR Willian Petty 11
O surgimento da rudimentar teoria da oferta e demanda por John Locke, era
muito difícil identificar as regularidades da determinação dos preços, pois o
mercado não estava plenamente desenvolvido. E da teoria da utilidade
subjetiva. 11
O surgimento da teoria dos custos de produção, como uma tentativa de
consolidar uma base para a formação dos preços a partir do desenvolvimento
da indústria 12
O surgimento da teoria do valor-trabalho, primeiros esboços com o Willian
Petty, este quis entender como o preços se formavam, como uma certa
quantidade de algo era trocado por uma quantidade de ouro ou prata, para
ele o que determinava era a quantidade de trabalho 12
Locke: 12
Capítulo 8 - A EVOLUÇÃO DA TEORIA DA MOEDA David Hume 12
A teoria quantitativa da moeda, por Hume 12
A crítica de James Steuart a teoria quantitativa da moeda, pois o que
determina a circulação da moeda é a circulação de mercadorias e não o
contrário 12
Parte 2 OS FISIOCRATAS 13
Capítulo 9 - A SITUAÇÃO ECONÔMICA NA FRANÇA DE MEADOS DO
SÉCULO XVIII 13
Colbert, ministro de Luis XIV, impôs a França uma política mercantilista de
equilíbrio comercial, impondo rígidas regulações sobre a qualidade sobre os
produtos franceses, como forma de se diferenciar no mercado internacional.
13
Contudo a política econômica mercantilista de Colbert se ergueu sob bases
frágeis, com um regulação rígida, uma base populacional camponese
extorquida pela nobreza e os cobradores de impostos e com o baixo
desenvolvimento da agricultura que impossibilitava poder de compra de
artigos manufaturados aos camponeses, as empresas francesas traziam
pouca receita ao Estado de modo que cobravam mais regalias, com tudo
isso, no século XVIII, a França vê a Inglaterra com a liderança do mercado
mundial e do desenvolvimento da indústria. 13
No começo do século XVIII disseminou-se a convicção do desenvolvimento
da agricultura e a consequente abolição dos resquícios feudais. Esses
identificados na forma do pagamento do censo, os camponeses, em sua
maioria homens livres, não dispunham da propriedades na forma
propriamente privado, ainda tinha obrigações feudais ao senhor da região, o
que ocasionava a pobreza camponesa, a dispersão de pequenos e pouco
produtivos arrendamentos e o peso da talha sobre e quase exclusivamente
aos camponeses. 14
A política de preços dos cereais causou grande flutuação e incerteza para a
agricultura e o baixo desenvolvimento técnico, fazendo com que a França do
início do século até a Revolução vivenciasse um grande período de
escassez. 14
Para o desenvolvimento da economia capitalista na França era necessário o
desenvolvimento da agricultura, porém esse desenvolvimento passava em
substituir o sistema feudal pelas formas burguesas de propriedade. 14
Para isso, havia duas vias contraditórias: a terra, no sistema feudal,
pertencia ao senhor feudal e ao camponês. 14
1. Tornando-se propriedade privada do senhor feudal, formariam-se grandes
propriedades que seriam arrendadas a grandes agricultores, formando,
assim, um sistema de propriedade rurais de grande escala, e assim sucedeu
na Inglaterra. 14
2. Tornando-se propriedade privada dos camponeses, estes se veriam livres
do pagamentos de imposta à Coroa e aos senhores feudais, formando,
assim, um sistema de propriedades rurais de pequena escala, e assim
sucedeu após a Revolução de 1789. 14
Todavia, em meados do século, o horizonte revolucionário não estava na
ordem do dia, e a saída proposta para o problema da agricultura seria a
reforma pela grande propriedade de inspiração do sucesso inglês e
beneficiava a burguesia rural francesa e os proprietários rurais que
arrendaram suas terras. 14
Tal proposta era a dos Fisiocratas: a substituição do sistema senhorial pela
agricultura do arrendatário capitalista. 14
As premissas da política fisiocrata: racionalização da agricultura; ataque a
política mercantilista de redução dos preços dos cereais e a luta pela
liberdade de comércio e a livre exportação; a desoneração agrícola. 15
Com a implantação dessas reformas, os fisiocratas buscavam assegurar o
processo de reprodução social e a geração de uma receita líquida ou produto
líquido. 15
Quesnay, o pai do pensamento fisiocrata e pai da economia política moderna,
a teoria da reprodução social e a teoria do produto líquido. 15
Capítulo 10 - A HISTÓRIA DA ESCOLA FISIOCRATA 15
Parte 1 O MERCANTILISMO E SEU DECLÍNIO

Capítulo 1 - A ERA DO CAPITAL MERCANTIL

Era de predomínio do comércio marítimo e do capital comercial

O comércio marítimo dos países europeus com suas colônias via monopólio, a
consequente fluência de metais preciosos para a Europa, o surgimento de uma
economia monetária(demanda por dinheiro) a partir disto e a consolidação do capital
comercial e sua respectiva burguesia com a dissolução da economia feudal do
manso senhorial e das guildas artesãs.

A navegação marítima direto com a Índia, e as companhias orientais, empresas de


capital aberto para a exploração do oriente

Os camponeses tornaram-se arrendatários através da talha em dinheiro que devia


pagar ao senhor feudal, surgimento dos cercamentos e expulsão de pequenos
camponeses arrendatários.

O declínio das guildas, a perda de independência do artesão, do mercado local ao


mercado estrangeiro via os grandes mercadores, que passaram a contratar o
trabalho do artesão, assim, surgiu a indústria doméstica dos séculos XVI e XVII.

“a acumulação de enormes quantias de capital nas mãos da burguesia comercial e


um processo de separação dos produtores diretos em relação aos meios de
produção”(p.45).

O surgimento da classe de trabalhadores assalariados

O surgimento da monarquia absoluta, com apoio da burguesia mercantil: forte


centralização das casas reais no poder central, estabelecimento de Estados
unificados e que facilitasse o comércio interno e externo.
“Foi, portanto, durante a era do capitalismo mercantil que se formou uma sólida
aliança entre o Estado e a burguesia comercial, aliança que encontrou expressão na
política mercantilista”(p.46).
Aliança proveitosa para os dois lados, para a monarquia, a burguesia ajudou a
derrotar os senhores feudais, para a burguesia, a monarquia absoluta facilitou o
estabelecimento do mercado interno e externo.

Capítulo 2 - CAPITAL MERCANTIL E POLÍTICA MERCANTILISTA NA


INGLATERRA NOS SÉCULOS XVI E XVII

O início do mercantilismo inglês era na base do controle fiscal, controlando as taxas


de importação e exportação(principalmente e quase exclusivamente de lã) e
aumentando a massa de metais preciosos para o tesouro inglês, com o objetivo do
equilíbrio monetário, na época o que pode ser chamado de sistema de equilíbrio
monetário.

Início do século XVI o desenvolvimento da indústria têxtil inglesa, que deixou de


exportar lã crua e exportar tecidos semi acabados, possibilitados pela emigração de
tecelões de Flandres para a Inglaterra, que estavam fugindo da proletarização das
guildas.

A exportação de tecido ficou a cargo da companhia especial e demandou a abertura


de novos mercados, o que significou que a Inglaterra teria de assumir um papel
ativo, buscou ela própria transportar suas mercadorias, enfrentar o comércio do
mediterrâneo e novas colônias.

As revoluções burguesas do século XVII representaram a substituição do sistema


de equilíbrio monetário que era uma política fiscal para uma política protecionista e
de expansão do transporte(expansão da frota marítima inglesa) e da indústria
inglesa para a exportação.
"Em contraste com o mercantilismo primitivo, em que as exportações eram limitadas
a um pequeno número de staples, o mercantilismo desenvolvido era expansionista,
visando à máxima extensão do comércio exterior, à conquista de colônias e à
hegemonia no mercado mundial”(p.55).

A política do mercantilismo avançado inglês pode ser chamado de “sistema de


equilíbrio comércial”, incentivar as exportações de produtos industrializados e
redução da importação, visando uma balança comercial favorável.

A política mercantilista andava de mãos dadas com a regulação estatal e não


poderia sobreviver sem ela e correspondia aos interesses da burguesia comercial e
era defendida pelos seus ideólogos, os mercantilistas
Capítulo 3 - AS CARACTERÍSTICAS GERAIS DA LITERATURA
MERCANTILISTA

“O caráter geral da literatura mercantilista era mais prático do que teórico, estando
ela preponderantemente devotada às específicas questões que haviam surgido com
desenvolvimento do capitalismo primitivo e que demandavam urgentemente uma
solução prática. o cerca ás terras comuns e a exportação de lã; os privilégios dos
comerciantes estrangeiros e os monopólios garantidos às companhias de comércio;
as proibições à exportação de metais preciosos e os limites impostos às taxas de
juros; a estabilidade da moeda inglesa em relação às flutuações das taxas de
câmbio das moedas dos outros países - todas essas questões eram de vital
importância prática para a burguesia mercantil inglesa da época e constituía a
preocupação central da literatura mercantilista inglesa, a mais avançada na
Europa”(p.60).
“Muitos dos escritos mercantilistas consistiam em panfletos militantes, defendendo
ou refutando com urgência medidas estatais do ponto de vista dos interesses da
burguesia mercantil”(p.60-61).
“os mercantilistas se revelaram como advogados de uma íntima aliança entre a
burguesia comercial e a Coroa. O objetivo de sua preocupação era aumentar ‘a
riqueza do rei e do Estado’ e incrementar o ‘comércio, a navegação, os estoques de
metais preciosos e os tributos reais’”(p.62).

Havia certo conflito entre a burguesia comercial e os senhores rurais, o que fazia
que os escritores mercantilistas tentassem amenizar o conflito tentando convencer
os senhores rurais de que o avanço do comércio representaria um ganha também
para eles.

Havia algo em que a burguesia comercial e os senhores feudais não divergiam era
em relação a exploração dos trabalhadores pobres, os escritos mercantilistas
defendem que a ideia de um salário mínimo possível para manter os trabalhadores
no trabalho, pois, caso os salários sejam altos, menos os trabalhadores trabalham.
“Os mercantilistas consideravam o aumento na quantidade de metais preciosos não
como uma fonte de riqueza da nação, mas como um dos sinais de que essa riqueza
estava crescendo [...] Os teóricos do mercantilismo desenvolvido, com a doutrina do
‘equilíbrio comercial’, desvelaram a conexão entre o movimento dos metais
preciosos e o desenvolvimento geral do comércio e da indústria”(p.65).

Capítulo 4 - OS PRIMEIROS MERCANTILISTAS INGLESES

A atenção dos mercantilistas do século XVI e início do XVII era a circulação da


moeda, desconheciam a inter relação entre a circulação de moeda e de mercadorias

Como relacionam a taxa de câmbio sendo dependente da balança comercial,


inventaram a problemática, tentando resolver a balança comercial estabilizando via
regulação estatal a taxa de câmbio.

Capítulo 5 - A DOUTRINA MERCANTILISTA EM SEU APOGEU


Thomas Mun

A doutrina surge como resposta ao sistema de equilíbrio monetário, onde havia


restrições à exportação de moeda para fora da Inglaterra, pois com o
desenvolvimento do comércio através da companhia das Índias Orientais a balança
comercial se tornou desfavorável monetariamente para a Inglaterra.

Apresentaram uma nova teoria do equilíbrio comercial, o enriquecimento se daria


através de uma balança comercial favorável, através de uma política econômica de
desenvolvimento dos transportes e da indústria para o dominar o mercado.
“Os mercantilistas do período inicial defendiam a proibição da exportação e uma
redução na importação de mercadorias estrangeiras; Mun, por outro lado, aposta
suas esperanças no desenvolvimento da exportação de mercadorias
inglesas”(p.77).
“Procurando formular argumentos contra as antigas restrições[proibição das
exportações e diminuição das importações dos primeiros mercantilistas] e a
regulação direta da circulação monetária, Mun desemboca numa teoria da
determinação dos movimentos monetários e da taxa de câmbio pela balança
comercial”(p.81).
“Nesse período, a fonte básica do lucro comercial era a troca não
equivalente”(p.83). Quando se compra barato nas colônias e revende caro na
Europa, em resumo, o enriquecimento e o comércio mercantilista se dava sobre
essa base, por isso da preocupação de Mun em destravar o comércio exterior.

Mesmo respondendo a problemas práticos, as formulações dos mercantilistas


fizeram nascer embriões sobre problemas teóricos que posteriormente teve grande
importância, como as teorias do valor de troca e da moeda

Capítulo 6 - A REAÇÃO AO MERCANTILISMO Dudley North

“North foi o primeiro dos profetas da ideia do livre-comércio e dedicou seu tratado à
discussão de dois temas centrais: primeiro, as restrições que o Estado, em seu
desejo de atrair moeda para o país, impõe ao comércio exterior; e segundo, a
limitação legal imposta à taxa de juros. Nesses dois casos, North reivindicou
consistentemente que o Estado cessasse sua interferência na vida
econômica”(p.87). Em resumo, foi um dos primeiros a reivindicar o livre comércio e
limitar a ação do Estado na vida econômica.

Para a North, o comércio significa a troca de um produto por outro, diferentemente


dos mercantilistas, onde o comércio significava a troca de um produto, valor de uso,
por dinheiro, ou valor de troca. O dinheiro aparece como o meio de troca.

A causa da prosperidade ou declínio do comércio não é a escassez de moeda, mas


o fluxo da troca de mercadorias.
“a circulação de moeda regulará a si mesma para corresponder às demandas de
circulação de mercadorias”(p.88).
“North supera o erro teórico cometido pelos mercantilistas ao confundir moeda
(metais preciosos) com valor de troca em geral, com capital. Ao reconhecer que o
dinheiro é um meio de troca e uma medida de valor para mercadorias reais, North
chega muito perto de uma compreensão correta da distinção entre dinheiro e valor
de troca”(p.90).
Capítulo 7 - A EVOLUÇÃO DA TEORIA DO VALOR Willian Petty

“os economistas do século XVII trataram do problema sob outra ótica: ele queriam
descobrir a regularidade determinada por leis que governa o processo de formação
do preço tal como ele ocorre realmente no mercado”(p.96).

O surgimento da rudimentar teoria da oferta e demanda por John Locke, era muito
difícil identificar as regularidades da determinação dos preços, pois o mercado não
estava plenamente desenvolvido. E da teoria da utilidade subjetiva.
“Os respectivos adeptos da teoria da oferta e demanda e da teoria da utilidade
subjetiva renunciaram virtualmente à tarefa de descobrir as regularidades
determinadas por leis que se encontram por trás da formação dos preços. No
entanto, à medida que a vida econômica se desenvolvia, os economistas eram
peremptoriamente confrontados com esse problema”(p.98).

O surgimento da teoria dos custos de produção, como uma tentativa de consolidar


uma base para a formação dos preços a partir do desenvolvimento da indústria

O surgimento da teoria do valor-trabalho, primeiros esboços com o Willian Petty,


este quis entender como o preços se formavam, como uma certa quantidade de
algo era trocado por uma quantidade de ouro ou prata, para ele o que determinava
era a quantidade de trabalho

Locke:
“O trabalho é a fonte primária do valor de uso de uma mercadoria; como vimos, no
entanto, seu valor de troca é, na visão de Locke, determinado pela lei da oferta e da
demanda”(p.107).
Capítulo 8 - A EVOLUÇÃO DA TEORIA DA MOEDA David Hume

A teoria quantitativa da moeda, por Hume


“a polêmica de Hume com os mercantilistas levou-o a uma teoria ‘quantitativa’ da
moeda, de acordo com a qual o valor (ou poder de compra) do dinheiro é
determinado pela quantidade total deste último”(p.114).

A crítica de James Steuart a teoria quantitativa da moeda, pois o que determina a


circulação da moeda é a circulação de mercadorias e não o contrário
“É impossível, portanto, afirmar que a quantidade de dinheiro em circulação
determina os preços das mercadorias; ao contrário, é a demanda pela circulação de
mercadorias - incluindo os preços das mercadorias - que determina a quantidade de
dinheiro em circulação”(p.118).

Parte 2 OS FISIOCRATAS

Capítulo 9 - A SITUAÇÃO ECONÔMICA NA FRANÇA DE MEADOS DO


SÉCULO XVIII
Colbert, ministro de Luis XIV, impôs a França uma política mercantilista de equilíbrio
comercial, impondo rígidas regulações sobre a qualidade sobre os produtos
franceses, como forma de se diferenciar no mercado internacional.

Contudo a política econômica mercantilista de Colbert se ergueu sob bases frágeis,


com um regulação rígida, uma base populacional camponese extorquida pela
nobreza e os cobradores de impostos e com o baixo desenvolvimento da agricultura
que impossibilitava poder de compra de artigos manufaturados aos camponeses, as
empresas francesas traziam pouca receita ao Estado de modo que cobravam mais
regalias, com tudo isso, no século XVIII, a França vê a Inglaterra com a liderança do
mercado mundial e do desenvolvimento da indústria.
“Na França do século XVIII, tornou-se cada vez mais disseminada a convicção de
que a condição fundamental para o crescimento durável de uma economia
capitalista era o avanço da agricultura e a abolição dos resquícios medievais no
campo”(p.128).
No começo do século XVIII disseminou-se a convicção do desenvolvimento da
agricultura e a consequente abolição dos resquícios feudais. Esses identificados na
forma do pagamento do censo, os camponeses, em sua maioria homens livres, não
dispunham da propriedades na forma propriamente privado, ainda tinha obrigações
feudais ao senhor da região, o que ocasionava a pobreza camponesa, a dispersão
de pequenos e pouco produtivos arrendamentos e o peso da talha sobre e quase
exclusivamente aos camponeses.

A política de preços dos cereais causou grande flutuação e incerteza para a


agricultura e o baixo desenvolvimento técnico, fazendo com que a França do início
do século até a Revolução vivenciasse um grande período de escassez.

Para o desenvolvimento da economia capitalista na França era necessário o


desenvolvimento da agricultura, porém esse desenvolvimento passava em substituir
o sistema feudal pelas formas burguesas de propriedade.

Para isso, havia duas vias contraditórias: a terra, no sistema feudal, pertencia ao
senhor feudal e ao camponês.

1. Tornando-se propriedade privada do senhor feudal, formariam-se grandes


propriedades que seriam arrendadas a grandes agricultores, formando, assim, um
sistema de propriedade rurais de grande escala, e assim sucedeu na Inglaterra.

2. Tornando-se propriedade privada dos camponeses, estes se veriam livres do


pagamentos de imposta à Coroa e aos senhores feudais, formando, assim, um
sistema de propriedades rurais de pequena escala, e assim sucedeu após a
Revolução de 1789.

Todavia, em meados do século, o horizonte revolucionário não estava na ordem do


dia, e a saída proposta para o problema da agricultura seria a reforma pela grande
propriedade de inspiração do sucesso inglês e beneficiava a burguesia rural
francesa e os proprietários rurais que arrendaram suas terras.

Tal proposta era a dos Fisiocratas: a substituição do sistema senhorial pela


agricultura do arrendatário capitalista.

As premissas da política fisiocrata: racionalização da agricultura; ataque a política


mercantilista de redução dos preços dos cereais e a luta pela liberdade de comércio
e a livre exportação; a desoneração agrícola.

Com a implantação dessas reformas, os fisiocratas buscavam assegurar o processo


de reprodução social e a geração de uma receita líquida ou produto líquido.

Quesnay, o pai do pensamento fisiocrata e pai da economia política moderna, a


teoria da reprodução social e a teoria do produto líquido.
Capítulo 10 - A HISTÓRIA DA ESCOLA FISIOCRATA

Até a metade do século XVIII pode ser considerada a época dos precursores dos
fisiocratas.

Argenson, crítico da política mercantilista e defensor do livre comércio, pai do lema


"laissez faire".

Dois nomes aparecem no debate sobre a economia francesa, Gournay e François


Quesnay, o primeiro, defensor do livre comércio com o objetivo de desenvolver a
indústria das cidades e com textos sobre questões práticas, o segundo, defensor do
livre comércio com o objetivo de desenvolver a agricultura e a burguesia rural e a
aristocracia absoluta e textos mais teóricos, formando uma corrente de pensamento
em torno de si.

Ao se aliarem à aristocracia e à burguesia rural, os fisiocratas derrubaram as


chances de seu programa ser realizado na França pré revolucionária.

Capítulo 11 - A FILOSOFIA SOCIAL DOS FISIOCRATAS


O programa fisiocrata: "substituir a agricultura camponesa de pequena escala pelo
cultivo da larga escala, a fim de garantir a esses agricultores a livre exportação de
cereais e libertá-los dos impostos"(p.141).

Para implementar esse programa defendiam uma monarquia absolutista


esclarecida, ideia radicalmente oposta dos membros do iluminismo.

A limitação do poder da monarquia pelo direito natural(de Grotius, Hobbes e Locke),


onde o ordenamento estatal deve obedecer e estar dentro das leis naturais,
limitando, assim, as leis positivas do Estado.

O que seria esse direito natural?: liberdade pessoal, propriedade privada(direito à


propriedade privada, à propriedade móvel e à propriedade rural, direitos do indivíduo
dispor livremente dos frutos do seu trabalho, daí a defesa da propriedade rural),
liberdade de concorrência individual, em suma a ordem social burguesa. Essas
liberdades defendidas a partir do direito natural era um contraponto a ordem e
obrigações feudais.

Porém, os fisiocratas tinham uma orientação política conservadora que podou as


ambições revolucionárias do direito natural, mas que aplicaram na vida econômica
para o desenvolvimento da economia burguesa, principalmente na agricultura.
Também a defesa de uma monarquia esclarecida e acima dos interesses privados
individuais, o pensamento fisiocrata apresenta o caráter despótico do “direito
natural” burguês.
“As leis da economia burguesa foram declaradas pelos fisiocratas como leis
naturais, e nenhum legislador tinha o direito de violá-las. Desse modo, os fisiocratas
ajudaram a liberar a vida econômica da interferência estatal, ao mesmo tempo que,
por outro lado, desembocaram na concepção de uma regularidade interna - “natural”
e determinada por leis - da vida econômica, existindo independentemente da
arbitrariedade ou intervenção de legislador”(p.143).

“Os fisiocratas eram defensores fervorosos do individualismo econômico comum


aos ideólogos da burguesia nascente”(p.146).
Capítulo 12 - A AGRICULTURA DE GRANDE E PEQUENA ESCALA

A predileção dos fisiocratas à agricultura de grande escala se dava tanto pelas suas
simpatias sociais e de classe como pelo interesse no crescimento das forças
produtivas da agricultura, em contraponto a baixa e arcaica produtividade da
agricultura de pequena escala, pois esta é incapaz de racionalizar e investir capital
para o aumento da produtividade.

A proposta fisiocrata era a de rompimento das amarras feudo-senhoriais que


mantinham o proprietário rural aristocrata preso aos camponeses.

Os camponeses por sua vez seriam privados de terra e proletarizados.

Para realizar o programa da grande propriedade, os fisiocratas tinham como objetivo


atrair capital para o campo.

A terra só gera riqueza se esta receber investimento de capital.

Quando os fisiocratas falam da agricultura como a única fonte de riqueza, falam


especificamente da agricultura capitalista.

Capital para os fisiocratas: o aspecto técnico-material, a totalidade dos meios de


produção. Foram os precursores desse conceito de capital como a totalidade dos
meios de produção.

A partir desse conceito, os fisiocratas deslocam o foco da análise mercantilista da


troca(do equilíbrio comercial) para a produção.

Capítulo 13 - CLASSES SOCIAIS


A classe dos proprietários rurais; a classe dos fazendeiros capitalistas, a classe dos
produtores diretos, os trabalhadores assalariados, que não eram distinguidos dos
fazendeiros.

A atenção no conflito de classes se dava em duas esferas, no conflito entre cidade


(comércio e indústria) e o campo (a grande agricultura), e no âmbito da agricultura,
o conflito de interesses entre os proprietários e os fazendeiros.

O foco estava numa análise tripartite, os proprietários rurais, os fazendeiros e a


população urbana, a classe estéril.

Os fisiocratas tinham uma visão deturpada de lucro, só consideravam rendimento


líquido aquilo que era a renda do proprietário.

Capítulo 14 - PRODUTO LÍQUIDO

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