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Parte 1 O Mercantilismo E Seu Declínio 5 Capítulo 1 - A Era Do Capital Mercantil 5
Parte 1 O Mercantilismo E Seu Declínio 5 Capítulo 1 - A Era Do Capital Mercantil 5
O comércio marítimo dos países europeus com suas colônias via monopólio, a
consequente fluência de metais preciosos para a Europa, o surgimento de uma
economia monetária(demanda por dinheiro) a partir disto e a consolidação do capital
comercial e sua respectiva burguesia com a dissolução da economia feudal do
manso senhorial e das guildas artesãs.
“O caráter geral da literatura mercantilista era mais prático do que teórico, estando
ela preponderantemente devotada às específicas questões que haviam surgido com
desenvolvimento do capitalismo primitivo e que demandavam urgentemente uma
solução prática. o cerca ás terras comuns e a exportação de lã; os privilégios dos
comerciantes estrangeiros e os monopólios garantidos às companhias de comércio;
as proibições à exportação de metais preciosos e os limites impostos às taxas de
juros; a estabilidade da moeda inglesa em relação às flutuações das taxas de
câmbio das moedas dos outros países - todas essas questões eram de vital
importância prática para a burguesia mercantil inglesa da época e constituía a
preocupação central da literatura mercantilista inglesa, a mais avançada na
Europa”(p.60).
“Muitos dos escritos mercantilistas consistiam em panfletos militantes, defendendo
ou refutando com urgência medidas estatais do ponto de vista dos interesses da
burguesia mercantil”(p.60-61).
“os mercantilistas se revelaram como advogados de uma íntima aliança entre a
burguesia comercial e a Coroa. O objetivo de sua preocupação era aumentar ‘a
riqueza do rei e do Estado’ e incrementar o ‘comércio, a navegação, os estoques de
metais preciosos e os tributos reais’”(p.62).
Havia certo conflito entre a burguesia comercial e os senhores rurais, o que fazia
que os escritores mercantilistas tentassem amenizar o conflito tentando convencer
os senhores rurais de que o avanço do comércio representaria um ganha também
para eles.
Havia algo em que a burguesia comercial e os senhores feudais não divergiam era
em relação a exploração dos trabalhadores pobres, os escritos mercantilistas
defendem que a ideia de um salário mínimo possível para manter os trabalhadores
no trabalho, pois, caso os salários sejam altos, menos os trabalhadores trabalham.
“Os mercantilistas consideravam o aumento na quantidade de metais preciosos não
como uma fonte de riqueza da nação, mas como um dos sinais de que essa riqueza
estava crescendo [...] Os teóricos do mercantilismo desenvolvido, com a doutrina do
‘equilíbrio comercial’, desvelaram a conexão entre o movimento dos metais
preciosos e o desenvolvimento geral do comércio e da indústria”(p.65).
“North foi o primeiro dos profetas da ideia do livre-comércio e dedicou seu tratado à
discussão de dois temas centrais: primeiro, as restrições que o Estado, em seu
desejo de atrair moeda para o país, impõe ao comércio exterior; e segundo, a
limitação legal imposta à taxa de juros. Nesses dois casos, North reivindicou
consistentemente que o Estado cessasse sua interferência na vida
econômica”(p.87). Em resumo, foi um dos primeiros a reivindicar o livre comércio e
limitar a ação do Estado na vida econômica.
“os economistas do século XVII trataram do problema sob outra ótica: ele queriam
descobrir a regularidade determinada por leis que governa o processo de formação
do preço tal como ele ocorre realmente no mercado”(p.96).
O surgimento da rudimentar teoria da oferta e demanda por John Locke, era muito
difícil identificar as regularidades da determinação dos preços, pois o mercado não
estava plenamente desenvolvido. E da teoria da utilidade subjetiva.
“Os respectivos adeptos da teoria da oferta e demanda e da teoria da utilidade
subjetiva renunciaram virtualmente à tarefa de descobrir as regularidades
determinadas por leis que se encontram por trás da formação dos preços. No
entanto, à medida que a vida econômica se desenvolvia, os economistas eram
peremptoriamente confrontados com esse problema”(p.98).
Locke:
“O trabalho é a fonte primária do valor de uso de uma mercadoria; como vimos, no
entanto, seu valor de troca é, na visão de Locke, determinado pela lei da oferta e da
demanda”(p.107).
Capítulo 8 - A EVOLUÇÃO DA TEORIA DA MOEDA David Hume
Parte 2 OS FISIOCRATAS
Para isso, havia duas vias contraditórias: a terra, no sistema feudal, pertencia ao
senhor feudal e ao camponês.
Até a metade do século XVIII pode ser considerada a época dos precursores dos
fisiocratas.
A predileção dos fisiocratas à agricultura de grande escala se dava tanto pelas suas
simpatias sociais e de classe como pelo interesse no crescimento das forças
produtivas da agricultura, em contraponto a baixa e arcaica produtividade da
agricultura de pequena escala, pois esta é incapaz de racionalizar e investir capital
para o aumento da produtividade.