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2021.

ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I


Esp. PEDRO ANDRADE

CARGAS ATUANTES EM
ESTRUTURAS

1
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I

ÍNDICE:

1.Definições

2.Durabilidade

3.Pré-dimensionamento

4.Ações

5.Cargas
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I

1. DEFINIÇÕES:
ESTADOS-LIMITES

As estruturas de concreto armado devem ser projetadas de modo


que apresentem segurança satisfatória. Esta segurança está
condicionada à verificação dos estados limites, que são situações
em que a estrutura apresenta desempenho inadequado à
finalidade da construção, ou seja, são estados em que a estrutura
se encontra imprópria para o uso.
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ESTADOS-LIMITES

Estado-limite último (ELU): Estado-limite que se relaciona ao


colapso ou qualquer forma de ruína da estrutura, levando à
necessidade de paralisação do seu uso devido à falta de segurança.

Edifício Gran Parc, Vitória, ES.


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Estado-limite último (ELU), são exemplos:


a) Perda de equilíbrio como corpo rígido: tombamento,
escorregamento ou levantamento;
b) Resistência ultrapassada: ruptura do concreto;
c) Escoamento excessivo da armadura: εs > 1,0%;
d) Aderência ultrapassada: escorregamento da barra;
e) Transformação em mecanismo: estrutura hipostática;
f) Flambagem;
g) Instabilidade dinâmica − ressonância;
h) Fadiga − cargas repe vas.
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ESTADOS-LIMITES

Estado-limite de serviço (ELS): Estado-limite relacionado à


durabilidade, aparência, bom desempenho da estrutura e conforto
do usurário. Pode ocorrer devido a deformações e deslocamentos
excessivos.
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Estado-limite último (ELS), são exemplos:


a) Danos estruturais localizados que comprometem a estética ou a
durabilidade da estrutura − fissuração;
b) Deformações excessivas que afetem a utilização normal da
construção ou o seu aspecto esté co − flechas;
c) Vibrações excessivas que causem desconforto a pessoas ou danos a
equipamentos sensíveis.
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2. DURABILIDADE:
Consiste na capacidade de a
estrutura resistir às
influências ambientais
previstas e definidas em
conjunto pelo autor do projeto
estrutural e pelo contratante,
no início dos trabalhos de
elaboração do projeto (NBR
6118, 2014).
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2. DURABILIDADE:
Lixiviação

Mecanismos preponderantes de Expansão por sulfato


deterioração relativos ao concreto

Reação álcali-agregado
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2. DURABILIDADE:

Despassivação por carbonatação


Mecanismos preponderantes de
deterioração relativos à armadura
Despassivação por ação de cloretos
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A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações
físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto.

Nos projetos das estruturas, a agressividade ambiental deve ser classificada


de acordo com o apresentado na Tabela:

(NBR 6118, 2014)


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OBSERVAÇÕES:
a)Pode-se admitir um microclima com uma classe de (Média Mensal, Natal-RN)
agressividade mais branda (uma classe acima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros,
cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais
e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto
revestido com argamassa e pintura).

b)Pode-se admitir uma classe de agressividade mais


branda (uma classe acima) em obras em regiões de clima
seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a
65 %, partes da estrutura protegidas de chuva em
ambientes predominantemente secos ou regiões onde
raramente chove.

c)Ambientes quimicamente agressivos, tanques


industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias
de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias
químicas.
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Critérios de projeto que visam a durabilidade: Qualidade do


concreto de cobrimento

A classe C15 pode ser usada apenas em fundações, (NBR 6118, 2014)
conforme NBR 6122 (Projeto e execução de fundações), e
em obras provisórias.
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Cmin – cobrimento mínimo


Cnom – cobrimento nominal (cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução)
ΔC – tolerância de execução para o cobrimento

Dimensão máxima característica do agregado graúdo dmáx ≤ 1,2 Cnom


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OBSERVAÇÕES:
a)Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento
da armadura passiva deve respeitar os cobrimentos para concreto armado.

b)Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de
contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com
argamassa de revestimento e acabamento, como pisos de elevado desempenho,
pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela podem ser
substituídas pelas de 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15 mm.
Cnom ≥ φ barra

c)Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações


de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e
outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, devem ser
atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV.

d)No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação,
a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.
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3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO:
PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS LAJES
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3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO:
LAJES MACIÇAS
(NBR 6118, 2014)

Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a
espessura (h) :

a)7 cm para cobertura não em balanço;


b)8 cm para lajes de piso não em balanço;
c)10 cm para lajes em balanço;
d)10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30kN;
e)12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
f)15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de l/42
para lajes de piso biapoiadas e l/50 para lajes de piso contínuas;
g)16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo (fora do capitel).
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LAJES MACIÇAS
Para lajes com bordas apoiadas ou engastadas, a
altura útil pode ser estimada por meio da seguinte
expressão (Pinheiro, 2007):
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LAJES NERVURADAS

A espessura da mesa (hf), quando não existirem tubulações horizontais


embutidas, deve ser maior ou igual a b2/15 da distância entre as faces das
nervuras e não menor que 4 cm.
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LAJES NERVURADAS

A largura das nervuras (bw) não deve ser inferior a 5 cm.


Em casos no quais a largura da nervura seja menor que 8 cm, não deve haver
armadura de compressão.
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LAJES NERVURADAS

Para lajes com espaçamento entre


eixos de nervuras menor ou igual a 65
cm, pode ser dispensada a verificação
da flexão da mesa.

Ler item 13.2.4 (Lajes) da NBR 6118


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PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE VIGAS
Uma estimativa grosseira para a altura das vigas é dada por:

A seção transversal das vigas


não pode apresentar largura
menor que 12 cm

A altura mínima indicada é de 25 cm


(Bastos, 2015)
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PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE VIGAS
Para armadura longitudinal, a relação entre a altura total e a altura útil é
dada pela expressão:
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PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PILARES
Área de seção transversal mínima de 360 cm² (independentemente da
forma) ou possuir dimensão maior ou igual a 19 cm.

Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e


14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem
considerados no dimensionamento por um coeficiente adicional γn,
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4. AÇÕES

Na análise estrutural deve ser considerada a influência de


todas as ações que possam produzir efeitos significativos
para a segurança da estrutura em exame, levando-se em conta
os possíveis estados limites últimos e os de serviço.

As ações classificam-se, de acordo com a NBR 8681:2003


(Ações e segurança nas estruturas – Procedimento), em:

•PERMANENTES
•VARIÁVEIS / ACIDENTAL
•EXCEPCIONAIS

Ler item 11(Ações) da NBR 6118


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AÇÕES PERMANENTES
As ações permanentes são aquelas que ocorrem com valores
constantes ou com pequena variação em torno da média,
durante praticamente toda a vida da construção.

As ações permanentes são subdivididas em:

•PERMANENTES DIRETAS
• Peso próprio da estrutura
• Elementos construtivos permanentes (paredes, pisos,
revestimentos)
• Peso de equipamentos fixos
• Empuxos de terra não-removíveis
•PERMANENTES INDIRETAS
• Retração, Fluência, Recalques de apoio, Imperfeições, Protensão
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TABELA DE CONVERSÃO DE
UNIDADES
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AÇÕES PERMANENTES (PERMANENTES DIRETAS)

NBR 6120:1980 - Cargas Para o Cálculo de Estruturas de Edificações


ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I

kN/m³
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AÇÕES VARIÁVEIS
São aquelas cujos valores têm variação significativa em torno
da média, durante a vida da construção. Podem ser
classificadas em ações variáveis DIRETAS e INDIRETAS:

AÇÕES DIRETAS
• CARGAS ACIDENTAIS PREVISTAS
• Carga vertical de uso da construção
• Cargas móveis (impacto vertical)
• Força longitudinal de frenação ou aceleração e centrífuga
• AÇÃO DO VENTO
• AÇÃO DA ÁGUA
• AÇÕES VARIÁVEIS DURANTE A CONSTRUÇÃO
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AÇÕES INDIRETAS
•VARIAÇÃO DE TEMPERATURA
•AÇÕES DINÂMICAS (choques ou vibrações)
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AÇÕES VARIÁVEIS DIRETAS NBR 6120:1980 - Cargas Para o Cálculo de
Estruturas de Edificações
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I
AÇÕES VARIÁVEIS DIRETAS NBR 6120/1980
kN/m³
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I

AÇÕES VARIÁVEIS DIRETAS NBR 6120/1980


kN/m³
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AÇÕES EXCEPCIONAIS
Correspondem a ações de duração extremamente curta e
muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da
construção, mas que devem ser consideradas no projeto de
determinadas estruturas.

• Explosões
• Choques de veículos
• Incêndios
• Enchentes
• Abalos sísmicos excepcionais
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5. CARGAS

Entende-se por carregamento o conjunto das ações que têm


probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente
sobre a estrutura, durante um determinado período de tempo
pré-estabelecido.

Pode-se distinguir os seguintes tipos de carregamento,


passíveis de ocorrer durante a vida da construção:

•CARREGAMENTO NORMAL
•CARREGAMENTO ESPECIAL
•CARREGAMENTO EXCEPCIONAL
•CARREGAMENTO DE CONSTRUÇÃO
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CARREGAMENTO NORMAL
O carregamento normal decorre do uso previsto para a
construção, podendo-se admitir que tenha duração igual à vida
útil da estrutura. Verificação no ELU e ELS .
(exemplo: ações permanentes e variáveis)

CARREGAMENTO ESPECIAL
O carregamento especial é transitório e de duração muito
pequena em relação à vida da estrutura, sendo, em geral,
considerado apenas na verificação de estados limites últimos.
(exemplo: ações do vento)
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CARREGAMENTO EXCEPCIONAL
Decorre da atuação de ações excepcionais, sendo, portanto, de
duração extremamente curta e capaz de produzir efeitos
catastróficos. Este tipo de carregamento deve ser considerado
apenas na verificação de estados limites últimos e para
determinados tipos de construção.

CARREGAMENTO DE CONSTRUÇÃO
Considera apenas estruturas em que haja risco de ocorrência de
estados limites já na fase executiva. Devem ser estabelecidas
tantas combinações quantas forem necessárias para a verificação
das condições de segurança em relação a todos os estados
limites que são de se temer durante a fase de construção.
(exemplo: cimbramento e descimbramento)
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EXERCÍCIO: Lançamento dos
elementos estruturais – Pavimento
tipo (Edifício residencial em Natal)

*Considerar alvenaria acabada com


espessura de 15cm
EXERCÍCIO: Lançamento dos
elementos estruturais – Pavimento
tipo (Edifício residencial em Natal)

Seguindo à risca as recomendações...

Concepção pode ser melhorada...


EXERCÍCIO: Lançamento dos
elementos estruturais – Pavimento
tipo (Edifício residencial em Natal)

Vigas sobre as paredes externas

Viga de apoio das paredes:


Escada - corredor
Entre dormitórios

Para reduzir vão laje da sala


(opcional)

Viga de apoio das paredes:


Sala - escada
Sala – cozinha – AS

Viga de apoio das paredes:


Escada - dormitório
Dormitório – banheiro
EXERCÍCIO: Lançamento dos
elementos estruturais – Pavimento
tipo (Edifício residencial em Natal)

Viga sobre parede corredor


(Evitar 3 paredes apoiadas em uma só
laje)

Opção pelo não lançamento de


viga entre cozinha e banheiro
(Passagem de tubulações)

Distribuição dos pilares

Possibilidade de trazer os 2
pilares da escada para a parte
mais externa da edificação

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