You are on page 1of 9
Aracy A. Amaral TEXTOS DO TROPICO DE CAPRICORNIO Artigos ¢ ensaios (1980-2005) Vol. 2 Circuitos de arte na América Latina e no Brasil editoral_34 EDITORA 34 Editora 34 Lada. ie Rua Hunger 592 Jardim Europa CEP 1455-000 ; Sio Paulo =SP Brasil Tel/Fax (1D) 3816-6777 www.editora34.com.br Copyright © Edirora 34, 2006 Textos do Trépico de Capricémnio: artigos ¢ Vol. 2: Cireuitos de arte na América Latina ensaios (1980-2005) - eno Brasil © Aracy A. Amaral, 2006 A fotocspia de qualquer folha deste livro ¢ilegal ¢ configura uma apropriagio indevida dos direitos inteletuals ¢ patrimoniais do autor. Assisténcia editorial: Gloria Kok Pesquisa: Regina Teixeira de Barros Assisténcia de pesquisa e digitagéo dos textos: Valéria Piccoli, Renata Basile da Silva, Ana Maria Mirio Capa, projeto grifico ¢ editoragio eletronica: Bracher & Malta Producao Grafica Revisio: Beatriz de Freitas Moreira, Fabricio Corsaletti, Camila Boldrini 18 Edigao - 2006 CIP - Brasil. Catalogacio-na-Fonte (Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ, Brasil) Amaral, Aracy A. 52 ‘Tentos do Trépico de Capricéenio: anigos ¢ «nsaios (1980-2005) - Vol, 2: Citcuitos de arte na Aunérica Latina © no Brasil Aracy A. Amaral — Sio Paulo: Ed. 34, 2006, Mp. ISBN 85-7326-365-2 2 ana Mt isc Bri Hsin cin, - Arqutetrae urbanism - Brasil Hintra e eis, 3. Histria da ate Amévica Lat I, Sei Latina = Sée. XX. 1 Tieulo. CDD - 709,81 9. Brasil na América Latina: uma pluralidade de culturas [1990] Recentemente, no Brasil, em encontro em julho tiltimo sobre a Améri- ca Latina, um estudioso argentino, ao refletir sobre a problemética cultural do termo “latino-americano”, mencionou a sua colocagéo como “categoria estética ¢ histérica”, e, portanto, especulagio intelectual. Considerava essa postura como ligada a identidade (resisténcia & conquista, ao espitito colo- nial, entre outros fatores). Na verdade, segundo ele, aceitar-se como tal ¢ re- conhecer-se como diferente (da Espanha, Estados Unidos, Europa). E ai es- taria implicito também o desvalor desse termo, o que nos caberia corrigir, a fim de situar novamente a América Latina no contexto universal, tendo em vista a ambigiiidade dos valores mestigos. H& cerca de dois anos, eu mesma adotei posi¢ao similar em debate em Indiandpolis, nos Estados Unidos, frente a exposigao “América Latina: arte do fantastico”, ao levantar a questao da busca do “fantastico” no latino-ame- ricano, ao me parecer que essa busca do “outro”, do diverso de si, ou seja, do tipico, do “fantéstico”, tinha realmente 0 sentido de contemplar, com in- teresse quase antropoldgico, aqueles que nio sao iguais: “fantdsticos” s40 os “outros”. Em texto sobre 0 pintor vi curiosamente, uma reflexao semelh: de artista, Carlos Fuentes registra: “A ques identidade e de ‘alteridade’. E. também a questito ve um jardim, uma queda, uma perda de inocéncia2”.! enezuelano Jacobo Borges, encontro agora, ante, Quando se refere & obra desse gran- ao do fantistico & a questio de das origens: seré que hou- * Carlos Fuentes, “Jacobo Borges’, in Jacobo Borges Berm, Staatliche Kunsthalle, dz. 1987, p. 31. 65 a identidade, por rejeicao a uma realidade indi gna ou d, . s. iA) a rojetar a aspiracao de uma cultura desejavel, id Mais afim 0 omo “melhor”, é talvez a postura de grande parte do m - i 7 8 are porincos de dois grandes centros: S30 Paulo ¢ Ri 4 . 7 lo nte” so abstratos, ou conccituais, . Negar a su: tavel, e sobre ela P' o que idealizamos ¢ tistas brasileiros contem| Janeiro, que “naturalme i ou poaions métricos. Vejo aqui uma afirmagao de distanciamento de tudo o ue popu. lar, folclérico, ou obviamente expressivo do “real”. No entanto, come dentro de seu contexto, esse universo real naturalmente emerge no cotia mbiente brasileiro: descontrafdo, humoroso, descompromisaty de nosso al socialmente, apolitico, irreverente, audacioso, contagiante, caracterizando.y por sua vital comunicabilidade mesmo sob a forma de expressao pléstico.. sual nao-figurativa. Refiro-me aos dois grandes centros, S40 Paulo ¢ Rio de Janeiro, porém poderia acrescentar Porto Alegre, Curitiba e Florianépolis, pelo contingente migracionista existente nesses quatro estados do Sul (aqui incluo Sao Pau- lo), com uma marcante presenga internacionalista em seus meios artisticos. O Rio de Janeiro é distinto, posto que, capital federal por dois séculos, éci- dade aberta 4 informagio cosmopolita, e, portanto, portadora de uma po- pulacao flutuante que também absorve a extroversio carioca. Essa postura internacionalista é marcadamente diversa daquela que 000" re em outros estados do Brasil, sobretudo no Nordeste pernambucano, 04 Brasil Central (em Mato Grosso ou Goids), ou mesmo em Belém ¢ Manaus mas, particularmente, em Minas Gerais, Nesses centros culturais as tadigoes afloram mais na producao das artes visuais, e percebe-se mesmo um deseo de registrar o regionalismo através da problemdtica visual, sem complexos &* sire afirmagao de identidade, poderfamos dizer. “anding isto & wan regioes, o Brasil se apresenta quase C0 > » Tesisténcia ao de fora, como disse Marta Traba, tengao de tradicé: 5 “i tradigdes do perfodo colonial, como na tradigao de um a0 densa (como entre o: ma fei? ou man civilitt 8 astecas, zapotecas, olmecas, ou maiass e ie Cau ou como entre os paises que so descendentes do Lmpério n* . endia do Equador até o Chile) A face “Atlantica” do Sul ‘ ie a Argentina, ¢ co; do Brasil nos vincula a Venezuela 2° o fat? de sermos nessa gee N° Sul do Brasil correspondendo cambérn 8S 4teas “povos novos”, conforme nos chamou acer _ 66 BRASIL NA AMERICA LATINA: UMA PLURALIDADE DE CULTURAS Darcy Ribeiro, em seu antolégico preficio ao América Latina em suas artes. “Povos novos” no sentido de sermos mesticos (¢ paralelos aos “povos trans- plantados” de culturas européias ow asiéticas) © que queremos também nos afirmar a partir da miscigenagio do sangue ou do ambiente em que se vive. A Améri a Latina tem essa peculiaridade de miscigenagio, porquanto nos Estados Unidos, na América do Norte, cla é menos vistvel, posto que ld as culturas se justapdem, mas nao se mesclam. Hi, entao, os porto-riquenhos de Nova York, os chineses de Sao Francisco, os italianos de Nova York, os judeus ¢ os negros de Nova York, cada qual conhecendo seu territério e cien- te de seus limites ¢ discriminacio. Nunca se solicitou tanto a criatividade jovem da arte brasileira — as- sim como se busca expor a arte da América Latina. Creio que isso corresponde um momento de esvaziamento na criatividade européia. Entao, 0 foco so- mos nés. Solicita-se a arte “brasileira”, que deve ser “diferente”, outra que nao a européia, que possua caracteres préprios. Dai as indagagées que os artistas jovens de Sao Paulo comecaram a levantar sobre nossas raizes — ou a ausén- cia delas — em recente exposicao intitulada “Arte Hibrida”. No entanto, in- formados internacionalmente ou nao, o contégio do ambiente, a liberdade de ser e ousar perpassa a obra, sem escola ou formagio dirigida, como na Eu- ropa ou nos Estados Unidos, permitindo aflorarem artistas, formando uma geracio fértil como jamais existiu no Brasil, No entanto, quando diretores de museus europeus vém aqui realizar 0 levantamento de artistas para exporem em seus paises, & seu desejo explicito a apresentagao de nossa arte a partir de seu (deles) ponto de vista e ptiblico. F raro possuirmos personalidades que, embora se utilizassem da metafora, da poética, exibam tanta ligagdo com a magia ou a terra como a obra de Cildo Meireles ou Tunga. Por que volta sem- pre a problematica da identidade? Disse Rufino Tamayo em simpésio his- térico de Austin, Texas: “Nao tenho nenhuma preocupagao de identidade. Sou indio e ponto”. Realmente, em seu caso, a transparéncia de sua cultura oe mesmo com vivencia no exterior por longos anos, assim como Francisco Toledo, também de Oaxaca — se contrapée 4 problematica de muitos ar- cntenas ou milhares de artistas na América Latina que, por esta temos uma questo comum extremamente peculiar. ‘em somos? HA muitos artistas que aparentemente nao se in- pressam indiretamente esta problemitica. Ao participar do tistas, de c mesma razdo, Afinal, que dagam, porém ex o7 [ARTE NA AMERICA LATINA jiri da Bienal de Cuenca, Equador, eu me dei conta, claramente, dessa dy, ae ae Lenina uma incernacionalsta, aberta 2 outta tradicionaia, mj, aL mais encerrada em si, a de heranga hispanico-indigena, may gue afticano, mesclando-se com fy convencio dura do que aqucla onde correu 0 sangue aitica d | lencia e dogura ao branco curopet ou asidtico, isto ¢, 0 Brasil, os paises dg Caribe, a Venezuela e parte da Colombia, —_ O que é 0 Brasil no contexto latino-americano? Historia comum a nos uni, um passado colonial ibérico de dominagées e tradigbes, um século Xix sob o império da familia real portuguesa dos Braganga a nos diferencia das demais jovens reptblicas, um idioma semelhante, porém nao igual, fronte- ras com quase todos os paises da América Latina (salvo Chile ¢ Equador), um territério de dimensao continental dividido em estados, que, até vinte anos atrés, quase sem comunicacao interna, salvo pela via maritima, jé se tornou lugar-comum para muitos brasileiros cultos dizer que o Brasil “esté de costas para a América Latina” e voltado para o exterior (Estados Unidos, Europa e Africa) sem atentar para lagos que deveriam ter sido estreitados. Até um escritor esclarecido ¢ reconhecido como Antonio Callado, do Brasil, confessa que até bem pouco tempo “achava que o Brasil era diferente da América Latina, Hoje nao acho mais”, declarou ele em recente entrevista. E sobre a identidade, menciona ser esse na verdade problema das classes mais favorecidas: “na América Latina em geral as pessoas privilegiadas agem co mo se tivessem sido exportadas para cd e que um dia poderdo voltar paranio se sabe onde”. Vinte anos de ditadura militar, segundo Callado, “fizeramacr bar com qualquer veleidade que o Brasil pudesse ter em ser diferente. Ficou muito mais parecido com os outros paises da América Latina”. Na verdade, fato similar também se dew com a Argentina: apés a dura provagio ditt fal, uma aguda crise econdmica e a Guerra das Malvinas (1982) sie mente, sob 0 governo Alfonsin (1983-1989), a Argentina reconhece st tino-americanidade, alinhando- Na verdade, versidades étnico- tina: a cultura Se rapidamente aos paises do continent® fenta, em seu prdprio territério, todas a que caracterizam todos os paises da América 4 contribuigao africana, a mestigagem intenst # Pt retudo no Sul do pais, a partir do século XIX: Pi culturas. Por um Pols asidticos passam a participar de nosso mosaic? o *WOrum lado, o rural ea cultura agricola, rudimentar, por O° © Brasil apres culturais indigena, senga da imigracio, soby 68 | ey BRASIL NA AMERICA LATINA: UMA PLURALIDADE DE CULTURAS urbano ea cultura empresarial gerados pela industrializagao avangada. O Bra- sil é, ao mesmo tempo, o tinico pafs do mundo ocidental, além dos Estados Unidos, a possuir grandes centros urbanos densamente povoados: Si Pau- Jo, Rio de Janeiro, Brasilia, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Belém, Curitiba, Florianépolis. Um distanciamento da comunidade latino-americana fica claro, porque, cerca de dois anos das comemoragées da descoberta da América por Colom- bo, o mundo hispanico e a Europa preparam-se com varios eventos especiais, para celebrar a fundamental alteragao do universo europeu, sob a influéncia da América, mas se percebe a indiferenca transparente no Brasil em relagao a esses preparativos. Somente os meios universitérios parecem motivados para participar desses eventos — em decorréncia de seus contatos internacionais —, que até o momento no tocam 0 meio intelectual em geral ¢ muito me- nos é conhecido pelo meio artistico. Evidentemente, o Brasil vai ser sensivel a0 V Centenario de sua descoberta por Cabral, no ano 2000. Talvez essa in- diferenca pelo V Centendrio da descoberta da América até 0 momento pos- sa ser explicavel pela auséncia de espirito civico no brasileiro, que pode, no entanto, ter rompantes nacionalistas intensos, como na recente polémica so- bre a ecologia amazinica, quando os paises do Primeiro Mundo esbogaram desejo de interferir na soberania ou integridade do pats, embora isso nao re- flita um civismo inexistente, diferentemente de paises de origem hispanica, como 0 México, o Equador, a Argentina, s6 para citar alguns exemplos. de “co- No Brasil, entretanto, nao se pode falar de “conquista”, mas lonizagéo” da terra tomada aos indios, capturados como escravos ou emput- rados para o interior, e, atualmente, apesar do ntimero infimo de sua popu- Jaco (200 mil), so conscientes de uma cultura densa e sélida, com a qual enfrentam os poderes constitufdos que ainda os consideram tutelados. Uma pulverizagao dos centros culturais do Brasil ocorre de forma sig- nificativa a partir de meados dos anos 60. O Rio de Janeiro, durante dois sé- culos capital do pais, é como tal, substituida por Brasilia, ¢ desfruta, nessa década de 60, um crepiisculo glorioso como centro cultural: eventos, expo- sigdes da nova geracao iluminada pela liberago de materiais provinda da pop arte, Tropicilia. Entretanto, 0 esvaziamento administrativo da capital cario- cae de suas instituigdes governamentais passa a afetar, 20s poucos, suas enti- dades culeurais. Sem problemas de continuidade, So Paulo se afirma, assim, o [ARTE NA AMERICA LATINA a partir dos anos 70, apesar de ser denominada ainda por muitos saudosistas aior centro impulsionador de atividades artsy de “provinciana”, como 0 m: que se assiste ao crescimento de energtticgs s cas do pais, ao mesmo tempo em polos regionais que marcam nossa vida cultural (Cuiabé, Porto Alege, Cu. tiba, Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Belém, entre outros), Com mercado de arte préprio, sistema de producio e distribuicio ar. tistica, o Brasil na década de 80 se apresenta como uma arena vital de cri. tividade, embora de frigil sustentagio no que diz respeito a entidades mu scoldgicas. A Bienal de Sao Paulo, existente desde 1951 com regularidade impecivel, se tem sido irregular, do ponto de vista qualitativo ou de concei- tuagio, foi um fator preponderante no impulso & internacionalizacao da arte nos dois maiores centros do pafs, Sio Paulo ¢ Rio de Janeiro. Se o marcante Modernismo brasileiro nos anos 20 significou, simulta- neamente, um anseio de afirmagio de brasilidade e, ao mesmo tempo, a ne- cessidade de atualizagio de nossa linguagem plastica, Hélio Oiticica e Anto- nio Dias representam um marco para a nossa arte nos anos 60, por suas con- tribuicées; 0 primeiro em salto do Concretismo para um “cima” local em suas criagdes da fase Tropicdlia, baseadas na vivéncia da escola de samba Mangueira ¢ num meio urbano marcado pela violéncia ¢ pela contradicio. Por outro lado, tanto Cildo Mcireles como Tunga expressam bem, nos anos 70, a “magia” brasileira ¢ 0 espirito de uma visfvel cultura ainda em gest cio. A pintura de Antonio Henrique Amaral ¢ Joio Camara Filho projea™ esse periodo autoritério, com ambigiiidade perceptivel, bvia, um aspecto dt realidade projetada conceitualmente, através da arte brasileira. Fenémeno poderoso em sua vitalidade criadora é, no Brasil, a jove™ ade 80, geragao de artistas que comecou a surgir nos primeiros anos da décad: cio, fo com a retomada da pintura na Europa e nos Estados Unidos. De in' ram marcados pelo neo-expressionismo alemao ou pelas transvanguardss de Bonito Oliva, apés a Bienal de 1985, os caminhos de cada artista se te" ram de tal forma e em fungao do choque da receprividade réipida, a part suas individualidades, que o panorama dessa fornada é de grande dive de. Nunca uma geracio brasileira foi tao festejada por museus ¢ bie Nunca uma geragio de artistas brasileizos foi tao observada e convidada PP eventos fora do pats, sobretudo pela Europa. Do ponto de vista formal, 0 tagio atual desses artistas é caracterizado pela poética, muito mais 44° i‘ — = Z si nis [BRASIL NA AMERICA LATINA: UMA PLURALIDADE DE CULTURAS necessidade de projecio do real. Ha um desejo de projesao de sua interio- ridade em Marco Giannotti, Daniel Senise, Paulo Pasta, Leonilson, Nina Moraes, Ménica Nador. Hé um teor lidico em Leda Catunda, Luiz Edgard ou Guto Lacaz. Muito excepcionalmente percebe-se o comentétio passional ou mordaz da realidade circundante em Emmanuel Nassar, Siron Franco ou Luiz Zerbini. A introversio esta presente em Marcos Coelho Benjamim ou Fernando Lucchesi. E 0 materismo é uma presenga marcante na obra de Nu- no Ramos, de luta incessante, diverso da abstracéo pastosa de Fabio Miguer, mas coincidente com as especulagées abstratas e espaciais de Paulo Monteiro, embora todos se encontrem atentos a histéria da arte contemporanea. Mas nessa geracio ha a necessidade de nos referirmos & sua procedén- cia — de um grande centro urbano, ou de um pélo regional do Brasil — para podermos fazer uma aproximacio das raz6es de sua postura plistica pessoal. Curiosamente, para a critica sofisticada em termos de seu relaciona- mento com a filosofia, a arte brasileira mais importante se situa dentro dos parimetros da ortodoxia conceitual-abstrato-geométrica — praticada por ar- tistas como Amilcar de Castro, Mira Schendel, Sérgio Camargo, Waltércio Caldas, José Resende, Eduardo Sued, Hércules Barsotti, Tole de Freitas —, embora essa mesma critica se interesse vivamente por artistas densos (margi- nais as categorias de abstrato-geométrico ¢ conceituais), por sua vinculagio, simultaneamente, teliirica e magica, como é o caso de Tunga e Cildo Mei- reles, por certo os dois mais instigantes artistas brasileiros. mn

You might also like