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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE)

COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD/UFRPE)

Didática

Ivanda Martins
Roseane Nascimento

Volume 4

Recife, 2010
Universidade Federal Rural de Pernambuco

Reitor: Prof. Valmar Corrêa de Andrade


Vice-Reitor: Prof. Reginaldo Barros
Pró-Reitor de Administração: Prof. Francisco Fernando Ramos Carvalho
Pró-Reitor de Extensão: Prof. Paulo Donizeti Siepierski
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Prof. Fernando José Freire
Pró-Reitor de Planejamento: Prof. Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira
Pró-Reitora de Ensino de Graduação: Profª. Maria José de Sena
Coordenação Geral de Ensino a Distância: Profª Marizete Silva Santos

Produção Gráfica e Editorial


Capa e Editoração: Rafael Lira, Italo Amorim e Arlinda Torres
Revisão Ortográfica: Marcelo Melo
Ilustrações: Allyson Vila Nova
Coordenação de Produção: Marizete Silva Santos
Sumário

Apresentação.................................................................................................................. 4

Capítulo 1 – As Inteligências Múltiplas e a Didática......................................................... 5

O que são Inteligências Múltiplas?...................................................................................7

Capítulo 2 – Didática e Tecnologia: e agora, professor(a)?............................................. 18

Educação, Tecnologias e Transformação Social..............................................................18

Quais os Desafios da Escola na Era da Cibercultura?......................................................21

Use a Tecnologia a seu Favor..........................................................................................23

Capítulo 3 – Avaliação: Quais os Desafios?.................................................................... 27

Conversando sobre Avaliação Formativa........................................................................29

Palavras Finais.............................................................................................................. 36

Conheça as Autoras...................................................................................................... 39
Apresentação
Olá, Cursista!
Seja bem-vindo(a) ao quarto e último módulo da disciplina Didática. Neste módulo, vamos refletir um
pouco sobre as inteligências múltiplas, bem como as relações entre a Didática e as novas tecnologias.
Além disso, vamos refletir sobre a avaliação como processo contínuo, a fim de analisar diversos pressupostos
teóricos e práticos acerca desse tema. Também, neste último módulo, você será convidado(a) a analisar o seu
desempenho ao longo da disciplina, considerando a autoavaliação como processo que certamente irá contribuir
ainda mais para a sua autonomia na construção de aprendizagens significativas.
Contamos com a sua valiosa contribuição nesta etapa final da disciplina.
Abraços Virtuais,
Ivanda Martins e Roseane Nascimento
Autoras

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Didática

Capítulo 1 – As Inteligências Múltiplas


e a Didática

Vamos conversar sobre o assunto?

Nos volumes anteriores, você já teve a oportunidade de estudar um pouco


sobre competências. Está lembrado(a)? A partir de tudo o que você aprendeu e refletiu
anteriormente, você saberia distinguir os seguintes conceitos: competência, habilidade,
inteligência e objetivos?
No campo da Didática, qual a importância de trabalharmos e compreendermos as
noções de competência, habilidade, inteligência e objetivos?
Essas são as questões básicas que nortearão o desenvolvimento deste capítulo.
Neste momento, iniciaremos nossa caminhada a partir de uma compreensão do que seja
inteligência:
Para você, o que é inteligência?

Podemos afirmar que a inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar,
planejar, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias. É um potencial biopsicológico
que vem programado nos indivíduos, devendo ser estimulado, podendo ser explorado a serviço do
bem ou do mal pessoal e/ou coletivo.

Que tal agora refletirmos sobre os significados de competência e habilidade?


Podemos afirmar que o entendimento mais comum sobre as noções de competência e
habilidade pode assim ser explicitado:

» Competência: É a operacionalização da inteligência. A forma como o cérebro


organiza suas estruturas para pensar, solucionar os problemas, encontrar as saídas
frente aos obstáculos.
» Habilidade: É a maneira como se pode executar cada competência.

Saiba Mais

O conceito de competência é polissêmico, ou seja, varia dependendo da perspectiva

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Didática

teórica norteadora.
Ao apontarem o caráter polissêmico do conceito de competência, Ropé & Tanguy
(1997) destacam que esse conceito é utilizado em diferentes sentidos, nas variadas esferas
de atividades, tais como: a economia, a educação, o trabalho, sendo muito associado às
noções de desempenho e de eficiência. É um atributo inseparável da ação e só pode ser
apreciado e validado em uma dada situação. Afirma que a noção de competências tende
a substituir outros conceitos, como saberes na esfera educativa e qualificação na esfera do
trabalho.

Link
Agora, vamos imaginar uma situação de trabalho em grupo e/ou individual, no
qual você e os demais colegas de sua turma tenham que escolher uma das tendências
1
Você já estudou
pedagógicas1, já estudadas anteriormente, e tenham que postar no ambiente virtual de
sobre tendências
pedagógicas no aprendizagem alguma produção, de autoria própria, em qualquer forma de linguagem,
volume 3. Se for expressando a essência da Tendência Pedagógica escolhida. Após o cumprimento da tarefa,
preciso, releia ficou assim a exposição dos trabalhos:
volume 3 para
revisar as tendências
pedagógicas. → Grupo A = Apresenta um texto dissertativo.

→ Grupo B = Apresenta uma encenação teatral.

→ Grupo C = Apresenta uma canção.

→ Grupo D = Apresenta uma imagem na forma de desenho.

Considerando que cada uma das produções expressa características da opção feita,
da Tendência Pedagógica escolhida, responda:

1 – Qual era o objetivo de cada grupo?

2 – Qual grupo conseguiu realizar a tarefa solicitada?

3 – Em que momento, ou de que forma, os grupos acima citados expressam inteligências,


competências e habilidades.

Partindo do pressuposto de que o conhecimento demandado pelo(a) professor(a)


poderia ser expresso de maneiras diferentes, a partir de diferentes linguagens, cada

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Didática

grupo, a partir de opções próprias, tinha enquanto objetivo realizar a tarefa solicitada
pelo(a) professor(a). Todos os grupos conseguiram realizar a tarefa, cada grupo destacou
uma inteligência específica na hora da apresentação, para tanto, mobilizaram várias
competências e habilidades.
Podemos ter preferência por um determinado tipo de linguagem a outro, ou um
determinado tipo de linguagem pode ser mais valorizada em certos espaços na sociedade,
mas não podemos deixar de reconhecer que todas elas são formas distintas de expressão,
são formas consistentes de expressão, portanto, válidas. Ou seja, os grupos mobilizaram
distintas modalidades de inteligências para o cumprimento da tarefa. Assim sendo, veja as
especificações a seguir:

Grupo A = Explorou a Inteligência Verbal ou Linguística: habilidade do uso criativo com as palavras.

Grupo B = Explorou a Inteligência Cinestésico-corporal: capacidade de usar o próprio corpo de


maneiras diferentes e hábeis.

Grupo C = Explorou a Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa.

Grupo D = Explorou a Inteligência Pictográfica: habilidade de transmitir uma mensagem pelo


desenho que se faz.

Essas e outras inteligências não agem isoladamente no sujeito, pelo contrário,


comunicam-se de maneira integrada. Assim, uma ou outra expressão de comunicação do
sujeito pode conter diversas inteligências.

Você Sabia?
Dica
Até pouco tempo atrás, só considerávamos a existência de um único tipo de inteligência, de Leitura
entretanto, Gardner2 ao lançar sua teoria de inteligências múltiplas em 1985, lançou por terra o
que se acreditava até então. 2
Leia mais sobre
a abordagem de
Vamos conhecer um pouco mais sobre este assunto? Então vamos lá!
Gardner:
GARDNER, H.
Inteligências
múltiplas: a teoria na
prática. Porto Alegre:
O que são Inteligências Múltiplas? Artes Médicas, 1996.

Segundo Gardner, inteligência pode ser compreendida enquanto a capacidade


de resolver problemas ou dificuldades genuínos, quando adequado, criar um produto
valorizado em um ambiente cultural ou comunitário. Deve também apresentar o potencial
para encontrar ou criar problemas, por meio disso propiciando o lastro para aquisição de
conhecimento novo.
As sete inteligências catalogadas por Gardner são: lógico-matemática; linguística;
musical; corporal-cinestésica; espacial; pessoal (esta última consolida a interpessoal e
intrapessoal).

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Didática

Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas inteligências?

» Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira de


como aceitar e conviver com o outro.
Como estimular a Inteligência Interpessoal?
› Trabalhos em equipe
› Construção de textos coletivos
› Utilização da wiki como ferramenta para a escrita colaborativa
› Promoção de círculos de debates
› Participação em fóruns de discussão
› Criação de grupos virtuais de discussão
› Organização de sessões de chats
» Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo,
autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor
de seus projetos.
Como estimular a Inteligência Intrapessoal?
› Estímulo para a autocrítica
› Práticas autoavaliativas
› Envolvimento dos estudantes em projetos sociais
› Realização de atividades centradas na autonomia dos educandos.
» Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa.
Como estimular a Inteligência Musical?
› Leitura e produção de paródias
› Concursos de trovas, canções, paródias
› Organização de coral
› Pesquisa musical
› Gincanas musicais
» Inteligência espacial (ou visuoespacial): capacidade de perceber o próprio espaço,

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Didática

relacionando-o com tudo que nos cerca, senso de direção, distância e pontos de
referência.
Como estimular a Inteligência espacial (ou visuoespacial)?
› Desenhos arquitetônicos com palavras, fontes, formas diferentes
› Fotografias digitalizadas, filmagens, colagens
› A cartografia
› Vídeos e filmagens
› Uso de painéis ou murais
› Produção de slides
› Maquetes, modelagens, cenários
› Leitura e produção de histórias em quadrinhos
» Inteligência Verbal ou Linguística: habilidade para lidar criativamente com as
palavras. Essa inteligência envolve a capacidade de se expressar claramente, tanto
na oralidade, quanto na comunicação escrita.
Como estimular a Inteligência Verbal ou Linguística?
Na escola, os(as) professores(as) podem estimular a inteligência verbal ou
Linguística, por meio de:
› Entrevistas
› Jogos de palavras, trava-línguas
› Histórias interativas
› Literatura de cordel
› Organização de júri simulado
› Debates
› Apresentações teatrais
› Jornais falados/telejornais
› Elaboração de relatórios
› Produção de diários/blogs
› Construção de resumos/resenhas
» Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo
números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo.
Como estimular a Inteligência Lógico-matemática?
› Quebra-cabeças
› Tangrans
› Utilização de fórmulas que exploram a linguagem matemática
› Uso de linhas do tempo
› Elaboração de mapas conceituais
› Exploração do pensamento dedutivo
› Pesquisa sobre medidas ou grandezas
› Uso de gráficos

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Didática

› Resolução de problemas
› Leitura de equações
» Inteligência Cinestésico-corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneiras
diferentes e hábeis.
Como estimular a Inteligência Cinestésico-corporal?
› Linguagem corporal
› Representações mímicas
› Encenações teatrais
› Experiências com danças
› Exploração da linguagem corporal nos esportes
Segundo Gardner, essas inteligências interagem e todos nascem com o potencial
das várias inteligências. A partir das relações com o ambiente, aspectos culturais, algumas
são mais desenvolvidas, ao passo que deixamos de aprimorar outras.

Assim sendo, cabe ao professor estimular o desenvolvimento das variadas


inteligências do aprendiz, a partir de situações didáticas criativas, a instigar a busca pela
construção do conhecimento pelo educando.
Isso é tarefa fácil? Não. Entretanto, necessária, possível de se fazer a partir de um
planejamento integrado, coletivo.
Como o próprio Rubem Alves afirma:

“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas”.

Rubem Alves

Que tal continuarmos refletindo um pouco mais sobre a abordagem de Rubem


Alves? Veja a citação a seguir.

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Didática

Para Refletir...

“Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros
engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.
Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos
pássaros é o voo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo.
Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque
o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado”.
(Rubem Alves)

Após observar a citação de Rubem Alves, tente refletir sobre a mensagem do autor,
fazendo comparações com o pensamento de Celso Antunes (2008, p. 10):

“Porém, o bom senso – ainda que raro – existe. Nem todas as escolas querem ser consideradas
ultrapassadas e nem todos os professores gostam de se apresentar como “professauros”. Por isso,
trabalhar e compreender inteligências e competências não é apenas desejável, mas representa
imperativo fundamental de um bom e atualizado ensino”.

Celso Antunes

E você, o que achou das visões de Rubem Alves e Celso Antunes? Que tal refletirmos
juntos(as) em um fórum temático de discussão? Será que as escolas são “gaiolas”? Será que
muitos professores são “professauros”? De que forma as escolas abordagem as inteligências
múltiplas e as competências?

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Didática

Você já parou para refletir sobre as relações entre inteligências múltiplas,


competências e objetivos de trabalho da prática docente? Para o professor realizar um
trabalho eficaz, no sentido de estimular o desenvolvimento das inteligências múltiplas
e apoiar a construção de competências dos alunos, é fundamental que se realize um
planejamento didático com objetivos bem claros, não é verdade?
Nesse contexto, retomamos uma das questões iniciais deste capítulo:
Em Didática, qual a importância de trabalharmos e compreendermos o que é
objetivo?

O que é objetivo?

Objetivo é onde queremos chegar.

Desse modo, como docentes, ao propormos uma atividade x ou y aos nossos


educandos, é preciso refletirmos sobre onde queremos chegar com tal proposição? Qual é
o objetivo do trabalho que pretendemos desenvolver? Será que o objetivo estará claro para
os educandos?

Hiperlink Para termos clareza de onde queremos chegar, para não esquecermos e/ou não
nos desviarmos do caminho a ser percorrido até alcançarmos o lugar desejado, é de
3
Você lembra que fundamental importância vivenciarmos a prática do planejamento. Planejamento3 em seus
já abordamos o vários níveis, e de forma coletiva: plano de aula; plano da disciplina; plano do curso; projeto
planejamento no político pedagógico. Planejamento aqui, entendido enquanto a indissociabilidade entre
volume 2? Que tal
rever um pouco o teoria e prática, entre o pensar e o fazer.
volume 2, a fim de
Assim sendo, torna-se de fundamental importância ter clareza do significado
revisar as discussões
sobre planejamento? e importância de cada um dos conceitos por nós estudados: objetivos; inteligência;
competência e habilidade.

Você Sabia?

Na década de 1990, Daniel Goleman, também psicólogo da Universidade de Harward, afirma que
ninguém tem menos que 9 inteligências. Além das 7 citadas por Gardner, Goleman acrescenta
mais duas:
» Inteligência Pictográfica: habilidade que a pessoa tem de transmitir uma mensagem pelo
desenho que faz.
» Inteligência Naturalista: capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente natural,
também conhecida como consciência ecológica.
Admite-se ainda que a quantidade de inteligências pode vir a ser ampliada quanto mais
profundamente conhecermos a mente humana.

Howard Gardner

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Didática

Minibiografia

“Howard Gardner nasceu em 11 de julho de 1943 e cresceu na cidade de Scranton, cidade


do nordeste da Pensylvania. Seus pais Ralph e Hilde Gardner, judeus, fugiram da Alemanha e
chegaram nos Estados Unidos em 1938. Gardner foi excelente e promissor pianista, mas parou
seus estudos musicais. Em setembro de 1961 ingressou no Harvard College onde estudou história,
sociologia e psicologia. Trabalhou com Erick Erikson. Depois de um ano de pós-graguação na
London School of Economics, onde estudou filosofia e sociologia. Completando seu doutorado
teve oportunidade de trabalhar com o neurologista Norman Geschwind. Tornou-se professor
de Cognição e Educação na Harvard Graduate School of Education em 1968. Produziu inúmeros
livros e outros mais como co-autor, todos voltados no sentido de explicar e compreender o
pensamento humano, com foco no desenvolvimento e falhas das capacidades intelectuais
humanas. Fundou o Projeto Zero, em Harvard University, grupo dedicado ao estudo de processos
cognitivos focado na criatividade e artes. Com a publicação de Frames of Mind em 1993 ganhou
expressão internacional”.
Fonte: http://www.cursoseducacaoadistancia.com.br/teorias_aplicadas/cursos_a_distancia_
howard_gardner.htm

Aprenda Praticando...

Neste momento, você quer exercitar, avaliar um tipo específico de inteligência?


Que tal experimentar um simples teste de verificação do seu quociente intelectual?
Então, acesse o endereço a seguir. Depois, responda as questões de múltiplas
escolhas e, ao final, veja como foi o seu desempenho.
Vamos lá!
Acesse:
http://www.interney.net/testes/teste017.php

Dica de Leitura

Quer conhecer um pouco mais sobre as inteligências múltiplas? Que tal ler a obra “As inteligências
múltiplas e seus estímulos”, de Celso Antunes? Este livro traz uma discussão do significado de
inteligência, sobre inteligência múltiplas, e de como podemos proceder para desenvolver a
estimulação das inteligências.

Atividades e Orientações de Estudo

Atividade 1

Vamos participar de um fórum de discussão?


Considerando o que estudamos sobre tendências pedagógicas e inteligências
múltiplas, como você avalia a essência da mensagem expressa na figura a seguir, justifique

13
Didática

a sua resposta.
Exponha sua produção em nosso fórum de discussão. Vamos participar de mais um
momento de aprendizagem colaborativa?

Atividade 2

Fique por Webquest: Pesquisa em Ação


Dentro
Vamos desenvolver uma WebQuest4 sobre o assunto apresentado neste capítulo?
4
Segundo Bernie Título da WebQuest: Os gênios ao longo da História
Doge, WebQuest é
“uma investigação
orientada na qual A Tarefa
algumas ou todas as
informações com as A maior parte dos gênios evidencia uma potencialidade específica, ou seja, um
quais os aprendizes grande destaque em um tipo específico de inteligência. Desse modo, sua missão é elencar
interagem são pelo menos dez nomes de pessoas que se destacaram ao longo da história em função de sua
originadas de recursos
da Internet”. Acesse: genialidade.
www.webquest.futuro.
usp.br∕artigos∕textos_ O Processo
bernie.html
Realize consultas em livros, revistas, sites, a fim de coletar informações sobre cada
um dos nomes por você apresentado, o contexto histórico desses sujeitos, bem como
especifique qual(is) a(s) inteligência(s) destacável (is) correspondente(s) a cada nome.
Existem casos, talvez poucos, onde o gênio tenha expressado sua genialidade em
mais de uma inteligência, como, por exemplo, o caso de Leonardo da Vinci.

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Didática

Essa atividade poderá ser realizada em grupos de trabalho, os quais deverão ser
orientados pelos professores que estarão acompanhando os percursos de aprendizagem
dos cursistas nesta disciplina.

A Avaliação

Na avaliação da atividade, serão observados os seguintes critérios:

» Capacidade de síntese e clareza na exposição das informações.


» As referências utilizadas para subsidiar a produção do documento
» Pontualidade na postagem do resultado da pesquisa, no nosso ambiente de
aprendizagem. Hiperlink

5
Quer saber mais
sobre o filme? Então,
acesse:
Cinema em Ação
http://www.
adorocinema.com/
filmes/mente-brilhante
Você já assistiu ao filme Uma Mente Brilhante5?
É a história de John Nash (Russell Crowe), um gênio da matemática que, aos 21
anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio Dica
onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante John Nash se transforma em um sofrido e
atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos
6
Sua participação
no ambiente virtual
médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à de aprendizagem é
sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel. muito importante.
Participe dos chats
Durante o filme, anote as cenas mais marcantes e/ou frases que você julgar temáticos que serão
mais interessantes. Analise-as à luz dos estudos por nós desenvolvidos sobre a temática coordenados pelos
Inteligências Múltiplas. Elabore também alguns questionamentos e/ou reflexões. professores/tutores.
Mantenha a
Que tal aproveitarmos mais uma vez o espaço do chat6 para mais uma vivência de interatividade no
aprendizagem colaborativa? Vamos lá! ambiente virtual.

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Didática

Veja a seguir um roteiro para a sua análise crítica do filme:

1. Título do Filme:
2. Tema principal abordado no filme:
3. Comentários gerais sobre o conteúdo do filme:
4. Como o filme aborda o tema das inteligências múltiplas?
5. Como você poderia refletir sobre a utilização deste filme como recurso didático-
pedagógico para ministrar uma aula, considerando o tema das inteligências
múltiplas?

Para Refletir...

Se você já atua como professor(a), responda:

1. As atividades que diariamente submeto aos meus alunos estão priorizando o


desenvolvimento de que tipo de inteligência?
2. Ao priorizar apenas o desenvolvimento de um tipo específico de inteligência, a
partir das atividades propostas aos educandos, o desenvolvimento desse tipo
específico de inteligência pelo aprendiz, será o suficiente para que os mesmos
deem conta das demandas sociais impostas aos sujeitos em pleno século XXI?

Questões para debate...

1. Quais os meios, técnicas e recursos, que podemos utilizar para desenvolvermos as


inteligências interpessoal e intrapessoal em ambientes virtuais de aprendizagens?
2. Qual a importância de estimularmos o desenvolvimento das inteligências inter/
intrapessoal de nós, educadores, e dos educandos? Quais as relações entre o
desenvolvimento das inteligências inter/intrapessoal e a Didática?

Vamos Revisar?

É hora de rever os pontos principais abordados neste capítulo. Releia, revise


os assuntos principais, tire suas dúvidas com os professores/tutores que estarão
acompanhando seus percursos de aprendizagem. Leia atentamente o resumo a seguir:

Resumo

Até pouco tempo atrás, só considerávamos a existência de um único tipo de


inteligência. Entretanto, Gardner, ao lançar sua teoria de inteligências múltiplas em 1985,
ampliou as reflexões sobre o assunto. Segundo Gardner, inteligências múltiplas se relacionam
e todos nascem com o potencial das várias inteligências. A partir das relações com o
ambiente, aspectos culturais, algumas inteligências começam a ser mais desenvolvidas,

16
Didática

ao passo que deixamos de aprimorar outras. Quais as implicações dessa descoberta para
a prática educativa, para prática docente? Alerta-nos sobre o nosso papel de estimularmos
o desenvolvimento das múltiplas inteligências. Para tanto, no planejamento, torna-se de
fundamental importância termos clareza dos significados de cada um dos conceitos por
nós estudados: objetivos; inteligência; competência e habilidade, a fim de estruturarmos
sequências didáticas criativas e estimulantes para a construção de conhecimento por nossos
educandos.

17
Didática

Capítulo 2 – Didática e Tecnologia: e


agora, professor(a)?

Vamos conversar sobre o assunto?

Vivemos a Era da cibercultura, contexto dinâmico marcado pelos avanços


tecnológicos. Será que a explosão das tecnologias ecoa no ambiente escolar? De que forma
a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação influencia a prática pedagógica
do(a) professor(a)? Quais as competências que o(a) professor(a) precisa desenvolver no
mundo tecnológico em que vivemos? Quais os papéis de docentes e discentes, diante das
múltiplas potencialidades que os recursos tecnológicos proporcionam?
Neste capítulo, vamos refletir um pouco sobre as relações entre a Didática e a
Tecnologia, ampliando as discussões sobre os processos de ensino-aprendizagem mediados
pelos recursos tecnológicos. Vamos iniciar nossas reflexões?

Educação, Tecnologias e Transformação Social


Você já parou para refletir como a escola está abordando as tecnologias nos
processos de ensino-aprendizagem? Vivemos a Sociedade da Informação e a escola precisa
se adaptar ao contexto dinâmico do mundo dos computadores, dos celulares, das redes de
relacionamento, dos grupos de discussão on-line, etc.
O mundo digital, marcado pela superabundância de informações e pela rapidez
nas trocas interativas entre os usuários da Internet, por exemplo, tornou-se mais atrativo
que o espaço fechado e limitado de sala de aula. O universo da web torna-se ilimitado e os
alunos, no papel de usuários da Internet, percebem a potencialidade significativa das novas
tecnologias em diversos campos do conhecimento.

A escola precisa reformular seu papel na era da cibercultura, investindo em uma


educação de acordo com as exigências das ferramentas tecnológicas no cenário atual, em
que hipertextos, novos gêneros (blogs, ciberpoesia, hiperficção, etc.), novas formas de
comunicação e de relacionamento interpessoal (orkuts, chats, MSN, etc..), além da fusão de
mídias (TV Digital, Rádio Digital, etc..) assumem papel de destaque e despertam o interesse

18
Didática

dos educandos.
Na ótica de Paulo Freire (2005, p. 98), a tecnologia é uma das grandes expressões da
criatividade humana. Freire ainda aborda a tecnologia como expressão natural do processo
criador em que os seres humanos se engajam no momento em que forjam o seu primeiro
instrumento com que melhor transformam o mundo.
Se o mundo é um grande texto, conforme postulou Paulo Freire, a tecnologia e a
relação dos sujeitos com os recursos tecnológicos precisam ser temas ainda mais debatidos
e discutidos criticamente dentro e fora do contexto escolar. Os sujeitos deveriam ser
educados para a era da cibercultura, a fim de ampliarem suas competências e sua criticidade
no uso dos meios tecnológicos.

No momento atual, alunos e professores ainda revelam-se atônitos em face das


novas tecnologias. Diante do universo oceânico de informações da Internet, os alunos
começam a utilizar os recursos tecnológicos de modo passivo, sem criticidade, na medida
em que se acomodam às tarefas de “copiar e colar”, quando requisitados para as pesquisas
escolares.
Do ensino fundamental ao ensino superior, a prática do control C e control V parece
ser uma constante, o que deixa os(as) professores(as) aflitos diante dos desafios: como
avaliar a produção textual do aluno diante dessa prática tão comum no contexto atual?
Como educar para os usos críticos e éticos das novas tecnologias?

Na maior parte das vezes, acredita-se que as tecnologias têm despertado tanto o
interesse dos alunos, o que parece tornar difícil atrair a atenção dos discentes durante as
aulas. Fascinados pela cultura de imagens, pela convergência digital, pelas redes sociais de

19
Didática

relacionamento, pelos celulares que fotografam, filmam, enviam torpedos, além de vários
outros recursos, os alunos mostram-se, em alguns momentos, desmotivados diante de
aulas pouco dinâmicas e ainda tradicionais. Diante desse quadro, coloca-se toda a culpa nos
recursos tecnológicos, considerando-se a desmotivação e a passividade dos alunos, como se
o computador e o celular, por exemplo, fossem os grandes vilões desse processo de apatia
dos discentes.
No entanto, não podemos apenas criticar as novas tecnologias, sem se descobrir
a potencialidade significativa de tais ferramentas para motivar docentes e discentes no
processo dinâmico e dialógico de ensinar e aprender. Não se pode perder de vista que o
ciberespaço, por exemplo, vem consolidando-se no processo de difusão de informações e de
interatividade, exigindo cada vez mais que os sujeitos ampliem suas práticas comunicativas,
seja na leitura de notícias on-line, seja na escrita de um simples e-mail, ações que realizamos
cotidianamente.

Nesse processo de interatividade, professores e alunos reavaliam seus papéis e


tornam-se construtores do crescimento do ciberespaço, por meio dos novos paradigmas da
educação a distância. Conforme Lemos (2004, p. 128):

“O ciberespaço é um espaço sem dimensões, um universo de informações navegável de forma


instantânea e reversível. Ele é, dessa forma, um espaço mágico, caracterizado pela ubiquidade,
pelo tempo real e pelo espaço não-físico. Estes elementos são característicos da magia como
manipulação do mundo”.

A escola só conseguirá educar para autonomia e criticidade dos sujeitos no mundo


digital, quando o uso das tecnologias estiver atrelado à leitura crítica de mundo, percebendo-
se as conexões entre tecnologia, sociedade, política, cultura, visando à transformação social.
Nesse sentido, é preciso revisitar a obra de Paulo Freire e perceber que o uso
da tecnologia também é um ato político e marcadamente ideológico. A construção de
softwares, páginas da web ou aplicativos são baseados em visões de mundo, de homem, de
educação, de formas de ensino-aprendizagem, além de várias outras concepções que estão
subjacentes à práxis tecnológica. Desse modo, o uso da tecnologia precisa ser um ato de
libertação do processo de massificação e de alienação que presenciamos no atual contexto.
Como postulou Paulo Freire (1976, p. 230):

“[ ] se o meu compromisso é realmente com o homem concreto, com a causa de sua humanização,
de sua libertação, não posso por isso mesmo prescindir da ciência, nem da tecnologia, com as quais
vou instrumentando para melhor lutar por esta causa”.

20
Didática

A utilização dos recursos tecnológicos precisa se concretizar de modo


contextualizado, senão estaremos formando sujeitos alheios ao processo histórico-político-
social, no qual estão inseridos.

Quais os Desafios da Escola na Era da


Cibercultura?
O mundo dinâmico das tecnologias vem requerendo outros olhares para o processo
de ensino-aprendizagem, bem como para o papel da escola na era da cibercultura.
Como a escola deve motivar os alunos diante do dinamismo da cultura de
imagens do mundo tecnológico? Quais os desafios dos educadores na busca de novas
formas de ensino-aprendizagem? Como persuadir os alunos ao mundo da escola diante da
interatividade dos recursos tecnológicos?

Segundo Lévy (1999), vivemos o contexto da cibercultura, ou seja, um mundo


marcado pela interatividade em que três princípios básicos orientam o crescimento do
ciberespaço: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva.
A interconexão revela-se como canal interativo, tornando o ciberespaço o domínio
das relações interpessoais múltiplas, em que a universalidade e coletividade tornam-
se características primordiais na pragmática da comunicação moderna. A interconexão
relaciona-se à alteridade, a busca do outro, a fuga do isolamento num mundo marcado pela
fragmentação da identidade e pela automação.
A proliferação de comunidades virtuais, redes de relacionamentos e as novas
formas de interação mediadas eletronicamente (MSN, chat, chat vídeo, videoconferência,
etc.) promovem a ampliação da inteligência coletiva. No campo da educação, a inteligência
coletiva consolida-se com a prática da aprendizagem colaborativa (LÉVY, 1999, p.171),
na qual novas competências surgem para orientar professores e alunos na construção e
reconstrução do conhecimento fora e dentro da instituição escolar.
É preciso reconhecer que o ciberespaço rompe fronteiras, promovendo novas
formas de acesso à informação, bem como outras maneiras de definir o conhecimento. Os
indivíduos tentam redescobrir estratégias para lidar com as tecnologias intelectuais na era
cibernética. Na perspectiva de Lévy (1999, p.167), com esse novo suporte de comunicação,
surgem novos gêneros, critérios de avaliação inéditos para orientar o saber, novos atores na
produção e tratamento do conhecimento.

21
Didática

A função do professor desloca-se para o gerenciamento das aprendizagens do plano


presencial/individual para o âmbito virtual/colaborativo. Nessa passagem da aprendizagem
individual para a aprendizagem coletiva e colaborativa, o professor torna-se uma espécie de
animador da inteligência coletiva, como propôs Lévy (1999), na medida em que organiza o
fluxo da comunicação virtual, produz materiais didáticos para serem utilizados on-line, além
de várias outras atividades que começa a desenvolver no processo de ensino-aprendizagem
a distância.
Nesse sentido, conforme Lévy (1999, p. 171):

“A principal função do professor não pode ser uma difusão dos conhecimentos, que agora é feita de
maneira mais eficaz por outros meios. Sua competência deve deslocar-se no sentido de incentivar
a aprendizagem e o pensamento. O professor torna-se um animador da inteligência coletiva dos
grupos que estão a seu encargo. Sua atividade será centrada no acompanhamento e na gestão das
aprendizagens: o incitamento à troca de saberes, a mediação relacional e simbólica, a pilotagem
personalizada do percurso de aprendizagem etc”.

A Internet revela-se como novo espaço para difusão da informação, exigindo que
a escola invista ainda mais em ações e projetos direcionados à construção e à socialização

22
Didática

de conhecimentos, superando-se os limites da massificação cultural e a superficialidade da


Sociedade da Informação. Também é preciso destacar a ênfase na motivação para o ensino-
aprendizagem, considerando os recursos da multimídia, no sentido de criar ambientes
colaborativos e interativos para construção de competências.

Para Refletir...

Quando se aborda a relação entre educação e tecnologia, o importante é discutir o


papel da escola na formação de sujeitos críticos e conscientes de seus papéis.
Como sabiamente aborda Freire (1992, p.133):
“O que parece fundamental para nós, hoje, mecânicos ou físicos, pedagogos
ou pedreiros, marceneiros ou biólogos é a assunção de uma posição crítica, vigilante,
indagadora, em face da tecnologia. Nem, de um lado, demonologizá-la, nem, de outro,
divinizá-la”.
A tecnologia, assim, não poderá ser temida, nem divinizada. É preciso reavaliar os
usos dos meios tecnológicos, tentando-se combater a utilização passiva e mecânica das novas
tecnologias. Na ótica freireana, o uso da tecnologia está imbuído das funções ideológicas,
sociais, históricas, políticas e culturais. Portanto, o processo de ensino-aprendizagem a
partir dos recursos tecnológicos deverá estar ancorado na leitura crítica de mundo, visando
à possibilidade de se construir uma educação para autonomia e transformação social.

A interação homem-mundo-máquina deverá ser dialógica, investindo-se em


propostas de educação para inclusão social e inclusão digital a serviço da emancipação e
não do processo de alienação e de massificação cultural.
Se a escola não dialogar intensa e criticamente com os recursos tecnológicos,
poderá correr o risco de ficar confinada a um espaço limitado, onde os alunos se sentirão
muito mais fascinados pelo mundo da cibercultura, no qual blogs, fotologs, orkuts, MSN e
vários outros recursos continuarão a ser utilizados passivamente pelos educandos.

Use a Tecnologia a seu Favor


Para a apresentação de aulas dinâmicas, os(as) professores(as) podem contar com
as contribuições dos recursos tecnológicos. Antes da aula, é importante testar todos os
recursos tecnológicos a serem utilizados.

23
Didática

Se você for utilizar o computador, por exemplo, verifique a conexão do computador


com o projetor e com o sistema de som, se for o caso. Nunca fale olhando apenas para a tela
de seu computador. É melhor você olhar para a projeção de sua apresentação, interagindo
diretamente com os seus alunos.

Lembrete

Lembre-se que a tecnologia é um meio facilitador para a apresentação de sua aula. No entanto,
se houver algum problema técnico, você precisa continuar a aula, mesmo sem o auxílio dos
demais recursos tecnológicos. A tecnologia de sua voz é a que não pode falhar em qualquer
situação.

Se houver algum problema com o computador, o projetor de slides ou qualquer


outro recurso, mantenha a calma e vá em frente. Tenha sempre em mente um plano B para
a apresentação de sua aula, em caso de problemas de ordem técnica. Leve sempre em meio
impresso as anotações de sua apresentação ou os slides em miniatura. Assim, você poderá
seguir seu planejamento, mesmo nas situações mais adversas.
Lá vai uma dica importante!

Dica Importante

A tecnologia mais importante para a sua aula é a sua VOZ. O bom professor é aquele que
consegue motivar os alunos, encantando os educandos por meio da afetividade, das relações
interpessoais, do compromisso com a aprendizagem do aluno. Por meio de sua linguagem, a
aula será um acontecimento fascinante na vida dos alunos, basta você se sentir motivado(a) para
trocar experiências de ensino e aprendizagem com os educandos.

Atividades e Orientações de Estudo

Atividade para Reflexão

Observe atentamente os exemplos a seguir:

Exemplo 1

O professor A trabalha em uma escola da rede particular de ensino com toda


infraestrutura disponível para realizar um bom trabalho em sala de aula. O professor A
organizou a sua aula, tendo em vista a utilização do computador com acesso à Internet e a
apresentação de slides no datashow.
Toda a aula estava fundamentada nos recursos disponíveis que seriam utilizados
pelo professor A. No entanto, quando o professor A iniciou a sua aula, faltou energia na
escola e os recursos tecnológicos não funcionaram.
O professor A se dirige aos alunos e diz:
“Pessoal, como a energia faltou e o computador não está funcionando, vamos adiar
a aula de hoje. Não tenho condições de dar aula sem os recursos tecnológicos. Preparei

24
Didática

todo o material da aula de hoje em slides que iriam ser apresentados para vocês. Vocês me
entendem, não é mesmo?”

Exemplo 2

O professor B trabalha em uma escola pública que não dispõe de muitos recursos
tecnológicos. A escola tem TV/DVD e o professor B planejou uma aula bem dinâmica,
utilizando a TV o DVD e o som. Antes de iniciar a aula, quando o professor estava se
organizando, faltou energia na escola. Os recursos tecnológicos não funcionaram e o
professor B disse aos alunos:
“Olá, Pessoal! Infelizmente os recursos tecnológicos não estão funcionando. Eu
havia organizado toda a aula para passar um vídeo bem interessante para vocês. Essa
atividade ficará para o próximo encontro. Mas vamos dar aula, mesmo com esse problema
da falta de energia. Que tal começarmos a refletir sobre a dependência das pessoas em
relação aos recursos tecnológicos? Vocês já pararam para refletir sobre o assunto? Quem
já não ficou um pouco perdido diante do mau funcionamento do celular? Alguém aqui já
esqueceu o celular em casa e se sentiu meio perdido? Será que somos dependentes da
tecnologia? Vamos iniciar o debate?”

25
Didática

Refletindo sobre os exemplos...

Agora que você já leu os exemplos 1 e 2, como você avalia a postura dos professores
A e B? Vamos discutir as posturas do professor A e B em um fórum de discussão? Que
tal realizar um estudo comparativo e elaborar um texto-síntese, analisando as posturas
dos professores A e B e as relações desses docentes com os recursos tecnológicos? Após
elaborar o seu texto-síntese, envie ao ambiente virtual de aprendizagem no link específico.

Vamos Revisar?

Que tal uma pausa na leitura para uma revisão? Observe atentamente o resumo a
seguir. Vamos lá?

Resumo

Neste capítulo, você estudou as conexões entre escola e tecnologia, percebendo


como nós, professores, precisamos adaptar a nossa prática pedagógica ao universo
dinâmico dos recursos tecnológicos. Também percebeu que a tecnologia pode apoiar a
prática pedagógica do professor, mas por si só, a tecnologia não é suficiente para que o
professor consiga ministrar uma boa aula. O sucesso da aula do professor depende de uma
série de fatores, considerando as relações interpessoais entre alunos e professores, recursos
didático-pedagógicos, motivação dos docentes, recursos tecnológicos, etc.

26
Didática

Capítulo 3 – Avaliação: Quais os


Desafios?

Vamos conversar sobre o assunto?

Avaliação é um tema muito discutido dentro e fora da escola. Nós, professores,


certamente já refletimos muito sobre a avaliação, considerando estratégias e critérios
coerentes com a nossa prática pedagógica.
Mas é hora de revisitarmos esse assunto tão amplo e aberto para novas reflexões.
Inicialmente, vamos fazer alguns questionamentos. Como você define a avaliação? De que
forma você, professor(a), costuma avaliar os seus alunos? Se você ainda não atua como
professor(a), pense: de que forma você foi/é avaliado quando esteve/está na posição de
aluno(a)? Vamos refletir juntos(as)?

Agora, vamos observar como alguns autores definem a avaliação. Observe


atentamente as seguintes citações:

Avaliação é...

Uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente que deve acompanhar passo a
passo o processo de ensino e aprendizagem. (LIBÂNEO, 1994). Comentário

7
Visite o site oficial de
A avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e Cipriano Luckesi
aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. Para não ser autoritária
http://www.luckesi.
e conservadora, a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento com.br/bibliografias_
dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”. (LUCKESI 7, 1999). avaliacao.htm

27
Didática

“A avaliação não é um fim em si mesmo. É uma engrenagem no funcionamento didático e, mais


globalmente, na seleção e na orientação escolares. Ela serve para controlar o trabalho dos alunos
e, simultaneamente, para gerir fluxos. [...]“O importante não ‘é fazer como se cada um houvesse
aprendido, mas permitir a cada um aprender. Mudar a avaliação significa, provavelmente, mudar a
escola”.(PERRENOUD, 1999).

“A avaliação é uma janela por onde se vislumbra toda a educação. Quando indagamos a quem ela
beneficia, a quem interessa, questionamos o ensino que privilegia. Quando você se pergunta como
quer avaliar, desvela sua concepção de escola, de homem, de mundo, de sociedade”.

(Mere Abramowicz).

Você percebeu que diferentes autores já refletiram sobre o tema e continuam


discutindo sobre conceitos e práticas de avaliação? Quando discutimos sobre o conceito
de avaliação, é preciso refletir a respeito de nossas práticas e atitudes diante das formas de
avaliação que escolhemos para direcionar nosso trabalho em sala de aula.
Assim, veja as seguintes situações e depois vamos analisar as posturas dos
professores em relações às concepções e práticas avaliativas. Vamos lá?

Situação 1 - Professor A

O Professor A organizou um questionário e uma lista de exercícios para avaliar


os alunos. Ao entrar em sala de aula, o Professor A entrega os instrumentos de avaliação
e informa que os alunos teriam apenas uma aula para responder todas as atividades
propostas. Assim, os exercícios serviriam para “avaliar” os desempenhos dos alunos,
considerando os conteúdos trabalhados durante toda a primeira unidade temática.
Os alunos começam a desenvolver os exercícios propostos e sentem muitas
dificuldades para conseguir realizar as atividades. O professor senta-se e diz que não
pode ajudar os alunos, já que se trata de uma atividade avaliativa. Os alunos, conforme
orientações do Professor A, precisam resolver tudo sozinhos.
A aula termina e muitos alunos deixam alguns exercícios em branco, sem respostas,
pelo pouco tempo para a resolução da atividade e pelas dificuldades de compreensão
apresentadas..
Agora, observe a Situação 2 - Professor B
O Professor B está desenvolvendo um projeto didático com os seus alunos. O tema
do projeto é “Repensando o lixo: reciclando e reeducando”. O objetivo principal do projeto é
trabalhar a consciência ambiental, abordando questões relativas à reciclagem e à educação
para preservação do meio ambiente. Esse projeto é interdisciplinar, sendo trabalhado por
todos os professores da escola e cada docente tenta integrar o seu planejamento didático ao
desenvolvimento das ações previstas no cronograma inicial do projeto.
O Professor B está vivenciando uma etapa de avaliação do projeto didático. No
início do projeto, o Professor B já havia discutido a avaliação com seus alunos, informando
sobre instrumentos e critérios que iriam ser utilizados no processo avaliativo. Nesta aula, o
Professor B vai colocar em prática um dos instrumentos de avaliação, a fim de investigar o
desenvolvimento dos alunos e realizar um estudo diagnóstico, comparando as competências
dos alunos antes do início do projeto, durante a sua realização e ao término do processo.
Os alunos realizaram várias pesquisas sobre a temática proposta e este é o
momento de socialização de experiências. O Professor B convida os alunos para o processo
de socialização. Cada grupo criou um programa de auditório sobre o tema do projeto,

28
Didática

apresentando entrevistas, relatos, pesquisas, fotografias e vídeos com base nos dados
coletados. Após a apresentação dos grupos, o professor faz uma avaliação geral e convida
todos os alunos para a construção de uma prática avaliativa compartilhada, na qual os
alunos desenvolvem autoavaliações, percebendo dificuldades, entraves e superação de
problemas viveniados durante a realização do projeto.

Refletindo sobre as posturas dos professores A e B

Você observou as diferenças nas concepções e práticas avaliativas? Como você


analisa as posturas dos professores A e B?
Em algum momento, em sua prática pedagógica, você vivenciou alguma experiência
semelhante? Que tal você relatar sua experiência para outros colegas? Use o fórum de
discussão para trocar ideias e experiências sobre avaliação.
Com o objetivo de continuarmos a debater sobre esse tema tão importante, vamos
apresentar a abordagem de Zabala (2007), visando ampliar as discussões sobre a avaliação
formativa. Observe a próxima seção!

Conversando sobre Avaliação Formativa


Na perspectiva de Zabala (2007), a avaliação deve ser compreendida com base em
uma abordagem formativa, no sentido de considerar todas as fases que contribuem para a
construção de aprendizagens significativas.
Observe o esquema de avaliação formativa proposto por Zabala (2007).
Esquema da avaliação formativa, segundo Zabala8 (2007, p. 201):
Comentário
Momentos de avaliação/fases
8
Zabala escreveu
Avaliação inicial, planejamento, adequação do plano (avaliação reguladora), o livro A prática
avaliação final, avaliação integradora. educativa: como
ensinar, uma
“A partir de uma opção que contempla como finalidade fundamental do ensino a publicação da Artmed.
formação integral da pessoa e conforme uma concepção construtivista, a avaliação sempre
tem que ser formativa, de maneira que o processo avaliador, independentemente de seu
objeto de estudo, tem que observar as diferentes fases de uma intervenção que deverá
ser estratégica. Quer dizer, que permita conhecer qual a situação de partida, em função
de determinados objetivos gerais bem definidos (avaliação inicial); um planejamento de
intervenção fundamentado e, ao mesmo tempo, flexível, entendido como uma hipótese de
intervenção; uma atuação na aula, em que as atividades e tarefas e os próprios conteúdos
de trabalho se adequarão constantemente (avaliação reguladora) às necessidades que
vão se apresentando para chegar a determinados resultados (avaliação final) e a uma
compreensão e valoração sobre o processo seguido, que permita estabelecer novas
propostas de intervenção (avaliação integradora).
Vamos observar os percursos de avaliação propostos nessa abordagem formativa?

29
Didática

Você já parou para pensar em todos esses estágios na avaliação formativa?


Percebeu que a avaliação deve ser compreendida com base numa concepção global que
envolve diversas etapas estreitamente interligadas?
Se voltarmos às situações descritas anteriormente, as quais exemplificam as
posturas diferentes dos Professores A e B sobre a avaliação, veremos facilmente qual o
professor que apresenta uma preocupação com as várias etapas do processo avaliativo.
Certamente, você notou que o Professor B demonstra uma concepção de avaliação
no modelo formativo, considerando as relações dos alunos com os objetos de ensino-
aprendizagem antes, durante e depois da realização do projeto didático.
Para o Professor A, a avaliação é pautada nos modelos dos exames tradicionais
que visam medir “os desempenhos” dos alunos de forma pontual e isolada das atividades
realizadas anteriormente. Trata-se de uma abordagem ainda tradicional da avaliação como
instrumento de controle que visa revelar apenas os “desempenhos construídos” pelos
alunos em um certo momento, sem as condições necessárias para a aprendizagem se
efetivar de modo significativo.
O Professor A não estimulou a aprendizagem dos alunos, nem conseguiu orientar
os percursos de aprendizagem, no sentido de facilitar a construção de competências.
Já o Professor B atuou como facilitador, mediador dos percursos de aprendizagem,

30
Didática

convidando, também, os alunos para a participação ativa no processo de avaliação. Nesse


sentido, não apenas o aluno é avaliado, mas todo o processo também é alvo da avaliação,
incluindo a metodologia de trabalho e o próprio papel do professor nas relações entre
ensino-aprendizagem.

Conheça Mais

Veja o artigo “Avaliação não é ameaça”, de Luis Carlos de Menezes.


Acesse: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0214/aberto/mt_292262.shtml
O que você faz quando o aluno cola? Vamos debater esse assunto? Leia o artigo
indicado e depois discuta com seus colegas e com os(as) professores(as)/tutores(as) sobre
esse tema.
Veja o artigo “O aluno colou? É hora de discutir avaliação. E regras”, de Raquel
Ribeiro.
Acesse: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0173/aberto/mt_76466.shtml

Atividades e Orientações de Estudos

Atividade 1

Tente refletir sobre provas/exames de avaliação com os quais você já teve


contato, seja na condição de aluno(a) ou professor(a). Vamos tentar avaliar criticamente
esses instrumentos de avaliação? Se possível, pesquise algumas provas/exames e comece
a observar as questões propostas. Que tipo de questões são formuladas? São questões
abertas ou fechadas? Há espaço para a intervenção dos alunos(as)? Discuta a sua análise de
provas/exames com seus colegas em um fórum de discussão.

Atividade 2

Imagine que você atua como professor(a) em uma escola pública da rede estadual
de ensino. Você trabalha com alunos(as) do Ensino Médio. Tente formular um exercício
de avaliação para os(as) alunos(as), considerando conteúdos específicos que já foram
trabalhados em sala de aula. Organize um instrumento avaliativo com cinco questões,
visando avaliar os conhecimentos construídos pelos educandos com base no trabalho
que você está realizando em sala de aula. Após elaborar o instrumento avaliativo, envie
sua produção para o ambiente virtual de aprendizagem. Converse com seus colegas sobre
a produção do instrumento avaliativo. Compare a sua produção com a de outros colegas.
Comente sobre o processo de construção do exercício avaliativo, considerando as principais
dificuldades no planejamento dessa tarefa. Comentário

Atividade 3 9
Esta entrevista está
na íntegra publicada
Leia a entrevista dada por Cipriano Carlos Luckesi9 sobre a avaliação no cotidiano no site de Luckesi
escolar.
http://www.luckesi.
com.br/bibliografias_
avaliacao.htm

31
Didática

Considerações Gerais sobre Avaliação no Cotidiano Escolar

Cipriano Carlos Luckesi

Entrevistador: Hoje, as provas tradicionais perderam espaço para novas formas de avaliação. Isso
significa que elas devem deixar de existir ou devem dividir espaço com as novas atividades?

Luckesi: A questão básica é distinguir o que significam as provas e o que significa avaliação. As
provas são recursos técnicos vinculados aos exames e não à avaliação. Importa ter-se claro que
os exames são pontuais, classificatórios, seletivos, anti-democráticos e autoritários; a avaliação,
por outro lado, é não pontual, diagnóstica, inclusiva, democrática e dialógica. Como você pode
ver, examinar e avaliar são práticas completamente diferentes. As provas (não confundir prova
com questionário, contendo perguntas abertas e/ou fechadas; este é um instrumento; provas são
para provar, ou seja, classificar e selecionar) traduzem a ideia de exame e não de avaliação. Avaliar
significa subsidiar a construção do melhor resultado possível e não pura e simplesmente aprovar
ou reprovar alguma coisa. Os exames, através das provas, engessam a aprendizagem; a avaliação
a constrói fluidamente.

Entrevista concedida à Aprender a Fazer, publicada em IP – Impressão Pedagógica, publicação da


Editora Gráfica Expoente, Curitiba, PR, nº 36, 2004, p. 4-6.

Fonte: http://www.luckesi.com.br/artigosavaliacao.htm

Agora, participe de um fórum de discussão refletindo sobre o tema da avaliação.


Você poderá pesquisar mais sobre o assunto. Visite o site do autor e leia outros textos que
abordam a avaliação no contexto escolar.
Lembre-se! Sua participação nas atividades virtuais é importante para o seu
processo de avaliação. Já que estamos discutindo avaliação, envolva-se com o tema e
participe!

Autoavaliação

Você já parou para pensar que a todo o momento estamos avaliando as atividades
que desenvolvemos cotidianamente? A avaliação faz parte da nossa rotina e precisamos,
como professores, avaliar constantemente nosso trabalho e nossa prática docente. Agora

32
Didática

é o momento de você parar, refletir e avaliar o seu desempenho nesta disciplina. Pense e
construa sua autoavaliação. Vamos praticar a avaliação? Leia atentamente o roteiro a seguir:

Avaliando o seu Desempenho na Disciplina

1. Como você avalia o seu desempenho na disciplina:


( ) Ótimo. Acesso todos os dias o ambiente e sempre entrego as atividades
solicitadas.
( ) Bom. Acesso o ambiente quando posso e entrego as atividades dentro do
possível.
( ) Regular. Não acesso sempre o ambiente e estou em falta em algumas
atividades. Também não acompanhei o material didático de forma eficaz.
( ) Ruim. Não consegui estudar a disciplina de modo satisfatório. Tive muitas
dificuldades para continuar estudando e não entendia muito bem as atividades
propostas.
2. Você encontrou dificuldades de aprendizagem durante a realização desta disciplina?
( ) Sim ( ) Não
3. Se você respondeu de modo afirmativo à questão anterior, quais as principais
dificuldades de aprendizagem que você encontrou durante o desenvolvimento
desta disciplina?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Avaliando a Diciplina: a palavra é sua

Agora que chegamos ao final de nosso percurso rumo à descoberta das múltiplas Comentário
faces da Didática, precisamos de sua ajuda no processo de avaliação do trabalho
desenvolvido.
10
Canal aberto é
um espaço para
Assim, solicitamos que você reflita sobre as questões a seguir e depois coloque você avaliar toda a
sua opinião, avaliando as orientações dadas para a presente disciplina. Sua avaliação é estrutura do curso.
Não perca esta
fundamental para estarmos aprimorando nosso trabalho. oportunidade de dar a
sua contribuição para
Lembre-se! Você não precisa se identificar, pois pode fazer essa avaliação e enviar
melhorar ainda mais
para o Canal Aberto10 (canalaberto@ead.ufrpe.br), um novo meio de comunicação que o desenvolvimento
servirá para você colocar suas críticas e sugestões sobre esta disciplina, bem como sobre de nosso trabalho.
outras questões relativas ao andamento do curso. Envie e-mails para
canalaberto@ead.
Contamos com a sua colaboração. ufrpe.br

Veja o roteiro a seguir para essa avaliação da disciplina:

33
Didática

Avaliação Geral da Disciplina

1. Avaliando o Conteúdo da Disciplina e as Atividades Propostas:


( ) Os conteúdos e atividades da disciplina são fáceis demais para o nível do curso.
( ) São de boa compreensão e adequados para o curso.
( ) São difíceis, mas com dedicação é possível a compreensão.
( ) São muito difíceis e de nível elevado para um curso de graduação.
2. Avaliando o Material Didático da Disciplina:
( ) Ótimo. Abrange todo conteúdo, rico em imagens e fontes complementares.
( ) Bom. Está de acordo com o conteúdo da disciplina.
( ) Regular. Em alguns aspectos deixa a desejar.
( ) Ruim. Não está de acordo com a proposta da disciplina.
Comentários:
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
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3. Avaliando o(a) professor(a) da disciplina:
( ) Ótimo. Professor(a) sempre acessível e atento às necessidades e opiniões dos
alunos.
( ) Bom. Professor(a) desenvolve a disciplina com competência.
( ) Regular. Limita-se a repassar o conteúdo.
( ) Ruim. Além de não desenvolver bem a disciplina, não considera a opinião dos
alunos.
Comentários:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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4. Avaliando os(as) tutores(as) virtuais:
( ) Ótimo. O(a) tutor(a) sempre acessível e atento às necessidades e opiniões dos
alunos.
( ) Bom. O(a) tutor(a) desenvolve a disciplina com competência.

34
Didática

( ) Regular. Limita-se a repassar o conteúdo.


( ) Ruim. Além de não desenvolver bem a disciplina, não considera a opinião dos
alunos.
Comentários:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5. O nível das avaliações/atividades aplicadas está de acordo com o conteúdo estudado
na disciplina?
( ) Sim. As avaliações/atividades da disciplina estavam de acordo com o nível
estudado.
( ) Não. O nível estava elevado frente ao conteúdo estudado.
( ) Não. O nível estava baixo para o conteúdo estudado.
Comentários:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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Didática

Palavras Finais
Caro(a) Cursista,
Chegamos ao término da viagem ao mundo fascinante da Didática. Gostaríamos de
agradecer a sua participação e o seu empenho na realização das atividades propostas. Sem
a sua participação, certamente esta viagem não teria ocorrido de forma satisfatória, pois
não teríamos conseguido dialogar e nem compartilhar experiências, visando à construção
de um conhecimento que foi se revelando aos poucos.
A cada capítulo estudado, lido e relido, a cada pesquisa realizada, a cada atividade
realizada, a cada conversa com o professor, a cada encontro virtual com os tutores, enfim, a
cada percurso que foi sendo construído passo a passo você estava presente e sua participação
foi fundamental. O final desta disciplina torna-se o início de novos desafios, no sentido
de repensarmos nossa prática docente e avaliarmos continuamente o nosso trabalho.
Docência e discência unem-se em torno de um mesmo objetivo: compartilhar experiências
significativas de aprendizagem, contribuindo para uma educação comprometida com a
qualidade. Assim, vamos nos tornando aprendizes, professores, alunos, sujeitos unidos
pela missão de repensar os rumos da educação no mundo contemporâneo. Esperamos nos
encontrar em novas viagens pelo mundo virtual.
Até a próxima!
Abraços Virtuais,
Ivanda Martins e Roseane Nascimento
Autoras

36
Didática

Referências

ANDRADE, A.; VICARI, R. Construindo um ambiente de aprendizagem a distância


inspirado na concepção sociointeracionista de Vygotsky. In: SILVA, M (org.).
Educação online. São Paulo: Loyola, 2006., p.261.
ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Porto
Alegre: Artes Médicas, 2002.
BAKHTIN, M. Questões de Literatura e de Estética. São Paulo: Unesp, 1993.
BARROS, D., FIORIN, J. (Orgs.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade: em torno
de Bakhtin. São Paulo: Edusp, 1994.
BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
CANDAU, Vera Maria (Org.). A didática em questão. Rio de Janeiro: Vozes, 1983.
CLEMENTINO, Adriana. Didática Intercomunicativa em Curso Online Colaborativos.
2008, 331f. Tese (doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, São Paulo.
_______. Didática intercomunicativa em cursos online colaborativos. Congresso
Internacional da ABED. Maio/2008. Disponível em: <http://www.abed.org.br/
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FAZENDA. Ivani (Org.). Didática e interdisciplinaridade. São Paulo: Papirus, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
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FREITAS, Maria T. Vygotsky e Bakhtin - Psicologia e Educação: um intertexto. São
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LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1999.
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Didática

Conheça as Autoras

Ivanda Maria Martins Silva

Olá, Pessoal!
Sou Ivanda Martins, professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE). Estou atuando na equipe de Educação a Distância da UFRPE, no Departamento
de Estatística e Informática (DEINFO), como professora conteudista. Tenho experiência
na elaboração de materiais didáticos para cursos na modalidade a distância, ofertados
pela UFRPE, produzindo materiais didáticos para disciplinas, tais como: Didática, Prática
de Leitura e Produção Textual e Português Instrumental. Tenho Doutorado na área de
Letras (UFPE) e desenvolvo pesquisas sobre letramento digital, formação de professores e
Educação a Distância. Adoro desenvolver pesquisas e escrever textos nas áreas de letras/
linguística e educação. Já escrevi e organizei alguns livros, tais como: Literatura em sala de
aula: da teoria literária à prática escolar (2005), publicação de minha tese de Doutorado
pelo Programa de Pós-graduação em Letras/UFPE; Produção textual: múltiplos olhares
(2006), Literatura: alinhavando ideias, tecendo frases, construindo textos (2008), Ensino,
Pesquisa e Extensão: múltiplas conexões (2007), Laços Multiculturais (2006), publicações
editadas pela Baraúna/Recife.

Roseane Nascimento da Silva

Olá, Cursistas!
Sou Roseane Nascimento da Silva, doutoranda do programa de pós-graduação da
UFPE, núcleo de Política Educacional, Planejamento e Gestão da Educação. Tenho título de
Mestre em Educação pela UFPE, na área de Trabalho e Educação e, graduação em Pedagoga,
pela mesma universidade. Atuo como consultora e assessora pedagógica em várias
instituições de ensino, também no SENAC Pernambuco. Atualmente faço parte da equipe
de Educação a Distância da UFRPE, no Departamento de Estatística e Informática (DEINFO),
como professora conteudista e pesquisadora I. Minha produção acadêmica é voltada para
temáticas relacionadas a Trabalho e Educação, Didática, Planejamento e Gestão do Trabalho
Pedagógico, Educação a Distância.

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