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(cl 1987 by MANUEL CORREIA DE ANDRADE 2 1905 El sios} 221.9144 (PABX) Caixa Postal 7186 — Te| (01203 So Paulo (SP) 5.ed. ~ 1987 ISBN 85.224.0238.8 Impresso no Brasil/Printed in Brazil OUTRAS OBRAS DO AUTOR —— Depésito lege! ne Biblioteca Nacionel,conforme Oscreto.n? 1.825, de 204 dezembrode 1907 TODOS 08 DIREITOS RESE} ‘quer forma ou por qualquer mi ‘® repraduedo total ou parcial de aval apo, pO! escrito, do Eaitor. WS. 313545 LIVROS O rio Mamanguape. Paulo Ferreira Leite tudo da Geografia Regional. 2.ed., Recife, 1958. Museu do Aguiar. Recife, 1972. Os rios Coruripe, Jiquid ¢ Sdo Miguel. Recife, Publicagdes do Insti- tuto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, 1959. Aspectos geogrdficos da regido de Ubé. So Paulo, Associago dos Gedgrafos Brasileiros. Edicdo especial n° 1, 1961 A pecudria no agreste pernambucano. Recife, 1961. Tese de con- Dados de Catelogacio na Publicagio (CIP) Internacional (Cémara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Andrade, Manuel Correia de, 1922- ‘A568e —_Espaco, polarizacdo e desenvolvimento : uma introdugio 4 5.ed. economia regional / Manuel Correia de Andrade. --5. ed, -- curso, Bibliografia. 6. A economia pernambucana no Século XVI. Recife, Arquivo Piblico ISBN 85-224.0238.8 do Estado, 1962. . Problemas de abastecimento alimentar do Recife (em colaborasio). icas 2. Espago em economia fe, Publicagdes do Joaquim Nabuco de Pesquisas So- 1. Titulo; Uma introdugéo 963, A terra e 0 homem no Nordeste, Sao Paulo, Brasiliense, 1963; 2.ed., | Oenne 1965; 5.ed. Atlas, 1985, e7oi2 2088 | 9. A guerra dos cabanos. Rio de Janeiro, Con: Tim poa ainasawabaos 10. Geografia, regido e desenvolvimento. Sy 0 A 7 3 S eos eo we - Condigdes econémicas 330.981 rm 1 2. Geog 3, Economia regional 330.9 nse, 1970; 4.ed., So Pa 4 5 . Espago e economia 330,018 ‘ 12. Palsagens e problemas do Brasil. Sao Paulo, Brasiliense, 1968; 6.¢¢., - Geografia econémica 330.9 1975, problemas sociais, como na medicine, nfo se pode in para os males existentes sem conhecer a esses ¢ a ou dever ser 0 aménagement du Feito 0 diagné: do que compreender e consent trabalhos, pois, sem seu apoio risco de néo ser implantado ou de ser sabotado. Para isto campanhas de ‘populagio regional. Os franceses para motivar essa participacao desenvol- ‘vem, em regides subdesenvolvidas ¢ entre populacdes analfabetas, efici ‘organizados por instituigdes privadas, como o TRAN ou a SADEC, com 0 apoio de jovens nagdes africanas, como o Senegal, 0 Marrocos, a Argélia, 8 Repiblica do Niger, a Repiblica Malgaxe etc. Feito 0 diagnGstico da frea a ser atingida pelo programa ¢ conquistado © apoio da populacio, cabe ainda aos realizar 0 trabalho de pro- longo prazo — a0 menos pot vinte anos — estabelecendo os serem seguidos © as prioridades existentes. Claro que uma ‘a longo prazo, como/a do aménagement du territoire deve ‘em linhas gerais, abordando os pontos mais importantes © esta- de que a planificacio regional feita a curto prazo — pla- sete anos —, e com ela entrosada, tenha certa liberdade 2 longo prazo, a planificagio regional visa diata, das transformagdes necessérias. também pe . ina um entrosamento entre a planificagao regional e a nacional, de lanificagdo nfo pode ser mera soma de vérios planos regionais, © a complementagao dos mesmos.” 1 fase do’ diagnéstico que’ é eminentemente geogrética, da 4 O PROBLEMA DA POLARIZAGAO, CARACTERISTICAS E ASPECTOS DOS POLOS DE CRESCIMENTO E DE DESENVOLVIMENTO 1 Regido, crescimento econémico e polarizagtio De hé muito, historiadores © gedgrafos ao fazerem estudos regionais ‘ou de paises apontam freqiientemente em uma regiéo os pontos que co- mandam o erescimento econdmico ou o desenvolvimento, as cidades ou reas economicamente mais dinémicas. Tam! Assim € que dispondo apenas de uma zona de desenvolvimento, 0 Dombass na Uctinia, como a mesma néo produzisse o suficiente para aten eae economia em expansio industrial ¢ como ela ficasse muito dis- : ; no Ouzbékistd. “Bases de desenvolvimento” foram também criadas atra- vés da construsio de represas para produslo de energia elétrica nos prin. cipais rios soviéticos —O Volga, o Dniepper, 0 Ural, 0 Ob, o Irtych, 0 Tenessei dentre isa mais importante 6, Volga, o maior rio europeu, de importante regio industrial, Estes fatos podem ser ilustrados pelos estudos de H. Chambre sobre 0 desenvolvimento da bacia do Kouznetsk, quando afirma que em 1930 a we ial ws odie is. | ») O° espontaneament £8 contlaiseto da poseibilldade do criacfo de polos stra : 20 atague de seus inimigos — fato que ficou demonstrado durante a guerra 1939-45 — como também rovocava grande economia no setor dos transportes. Baseado no conhecimento destas experiéncias ¢ em suas € que, certamente, o Prof. F. desenvolveue dé desenvolvimento. Teoria sj ‘@ qual 0 crescimento econdmico nio se-Taz de Tormé difusa por todo 0 espago de um pais, ou cobrindo as vérias partes de uma 1 veis, daf se expandindo por diversos canis com efeitos terminais variéveis sobre 0 conjunto da economia, Assim, para o mestre francés, o crescimento econémico ¢ préprio de reas favorecidas por variadas circunstincias, onde surge uma inddstria motriz e, como conseqiiéneia, como reflexo da aco desta industria 0 cres- Cimento propga, se expande, beneiciaio”o reyes que » csian, 2 larizadas. A observagio da exisiéncia de pélos surgi vés da agéncias de desenvolvimeni®, provocam grande interesse pela ‘elaborada pelo Prof. Pertoux © por sua aplicagio. Daf a literatura de divulgasio teérica e de anélise e programact de’planos obje- fivos que a aceite, que a complemiita ou que a combate. zi 2 Conceitos de pélo de crescimento e de pélo de desenvolvimento — a posigiéo de Perroux Para o Prof. Perroux, o pélo de crescimento surge devido a0 apare- cimento de ria motriz, considerando como tal equela indistria , realiza a separacio dos fatores da produsio, pro- ‘voca a concentragéo de capitais sob um mesmo decompée tecni- ia, a indéstria motriz se La evesietencia pation tem, durante certos perfodos, um erescimento do seu elevado que 0 entre as ve se pela aglomeragio territorial. Dentre as lexo, 6 considerada como indistris-chave eq to geral um crescimento das vendas de outros simento de suas vendas, ento das vendas da ie-chave, pro- Yocam,tambémn expansio ¢ erescimento ponderével do conjunto: como um 0” Em resut t que para Perroux 0 pélo & centro eco ‘némico dint de um pais ou de um continente, ¢ que © seu cre TE 8 regido que o ceréa, de vez que cle ria Huxos da te € relluxos do centro” para a regio, O im, sempre ligado a0 do seu polo. 3. PRRROUX, 4 PRRROUX, & PERROUX, F. populacio que a tornam apta a fazer crescer, cumulativamente e de forma durével seu produto real, global”.* Para que um pais subdesenvolvido atinja o estégio dos pafses desenvolvidos é necessério que sua Feptlges esicja convicta da necessidade de modificer as suas estruturas econémicas.. “O crescimento, porém, existe apenas quando hé um aumento do produto slobal e, consequentemente, da renda per capita. Assim, podemos falar em Crescimento e nao em desenvolvimento quando vemos paises como o Kuwait © a Venezuela atingirem as clevadas rendas per capita de US$ 18, US$ 4.160, ymente. Pode ainda ocorrer 0 fato de um pélo sur- sido em determinada regio — muito freqientemente subdesenvolvida — se desenvolver da regio sem Ihe devolver em recursos as riquezas que dele retira. Daf falar Yves Lacoste na existéncia de “‘pélos de desen- volvimento” 20 lado dos “‘pélos de subdesenvolvimento”,’ Casos hé, até, de pélos que tiveram no passado fung&o dinimica e que, estacionado 0 seu dinamismo, passaram a suj sua regido. Isto ocorre freqiientemente onde a “sobrevivéncia de uma atividade predominante- comandada por mercados extraregionais © mesmo extra- cursos que a recompensam, passa a dar muito ¢ a receber pouco. Passa ‘2 ser sugada sem compensacio € em conseqiitncia a regiéo definha em beneficio do velho centro urbano. : Cremos que os pélos espontineos, surgides sem obedecer a uma plani- fleagSo, podem ser chamados de crescimento quando provocam o crescimen. to do produto ¢ da reada per capita sem acarretar transformapées tensiveis as estruturas regionais, e se devem chamar de desenvolvimento, quando, 20 lado do crescimento do produto, provocam também modificagées de’ es. truturas que favorecem & populacdo' ta regifo para ele polarizada. Assim, © pélo de desenvolvimento €, as vezes, espontineo, mas quase sempre planejado pelo hamem. jPodem os planificadores sociais, desde que dispo- nham de condigées favoréveis, tanto utilizar um pélo esponténeo, amplian- do e orientando 0 crescimento de sua fungéo polarizadora, como também podem, através da implantagio de infraestrutura, eriar pélos em lugares ‘onde no exist © cas0 .ocorrido na Unio Soviética, anteriormente lagfo em reas ricas em minétio de ferro como os/) Urais, ou em carvio, como a bacia do Kouznetsk, dos grandes centros in dustriais de Magnitogorsk ¢ de Kouznetsk. ido sempre siderurgia, as indds- como exemplos a exp! cobre em Catanga, no Zaire, a Central ¢ a producao de ché na , da produgio de café no Brasil Sudeste, como de- lo 6. produgao agricole de India! E 0 ca monstraremos no Cs Como © pélo é sempre um ponto ou uma érea que exerce influéncia sobre uma regiio, admite Perroux que esta influéncia tem de ser canali- zada por estradas, por caminhos que Daf admaitit a grande influéncia qu em torno de Paris — de 1850 @ 1870 ¢, de 1950, com a abertura das ram quatro séculos separadas ligadas apenas pelos transportes fluviais ¢ maritimos. E jonal iria favorecer, sobretudo, o mais pujante pélo exis- pals ¢ representado por So Paulo que, gragas ao sistema rodo- Vidrio, firmou-se como 0 grande pélo nacional. A existéncia de vérios pélos, ligados uns acs outros, por estradas & ccupando todos uma érea dindmica, tem repercussio sobre todas as ativi- dades econémicas regionais © forma aquilo que chamam de zonas de de- senvolvimento. Estas zonas, quando se destacam do todo nacional pelo seu dinamismo, pel imento de sua renda e pel , podem ser consideradas, em tem polos agricoles, em pélo etc. Hé autores, porém, como Kayser rigida entre zonas de desenvolvimento e pélo, 36 a do segundo quando se refere a uma cidade. Nao ex agricolas, mas zonas de desenvolvimento agricola. O pélo pre ‘industrial ou comercial. La eoenistncis pa 1a eéston comme de In elographle, La edograple tanto através dos transportes ¢ da i wolverem nesta érea, como também do renda “espeta sua heranga a ixo valor de sua moeda fazendo que uma viagem ‘ou A Grécia se tome muito menos onerosa que uma viagem a Fi Inglat Bélgica ou a Alemanha. Apesar de possuir moeda forte, a Fra em sue porgéo meridional das também de um equipamento GRENIER, J. Géegraphie couratgue 968, ORGE, Pierre, Gferraphie GAY. P. & WAGET, P. L'deonomie do Flealle, Paris, Presses France, {582 9 i turfstico bem montado, tem importante zona de desenvolvimento turlstico na costa mediterrénea, na Cdte d'Azur. Zona esta que com sua especia- Jizagfo turistica € levada em conta sua Politica de aménagement du territoire. * Bascado nas idéias do Prof. Perroux e nos ensinamentos do seu discipulo J. R. Boudeville," nés podemos, quanto a escale, admitir a existéucia de tr6s tipos de polos: 0 polo-nagio, 0 péloregio eo polo- cidade, O primeiro tipo de pélo esté ligado teoria da economia dor . Segundo o Prof. F. Perroux, os fatos icos no se enquadram ‘bem no espaco politico do Estado em que se situa, podendo comprimir-se fronteira do mesmo. Dat admit importincia apenas i param os vérios paises, ¢ classificar os mesmos economia em dois grupos: os paisesfocos ime os paisesfocos pela importincia domi- nadora de sua economia, sempre superindustrializada ¢ 08 pa(ses satélites pela dependéncia econmica em que se encontram, realizando a maior petcentagem de seu comércio com o pats-foco de que dependem. Para ele © mundo esté dividido em duas porgées, a porgio socialista e a porsio capitalista. No primeiro, 0 paisfoco € a Unido Soviética sio os Estados Unidos, de forma mais saliente, seguidos pela € pelo Mercado Comum Europeu formado inicialmente pelos si que assinaram o Tratado de Roma — Alemanha, Holanda, Bélgica, Lu- xemburgo, Franga ¢ Ttélia — e acrescido depois por paises que a ele se incorporaram, como o Reino Unido, a Dinamarca etc. Nele pretendem ingresser ainda ‘pafses como Espanha e Portugal. A Grea de influtncia de um pals-foco nfo esté apenas na depen- déncia da dist mas também dos tentéculos que 0 paisfoco lanca pelo mundo dda asdo de suas grandes companhias do emprego. de seus capitais.” Assim, a Gra-Bretanha, no perfodo éureo do Império seu concorrente, tornando-se, em outras éreas, um pélo-satélite dos Esta- dos Unidos. Por sua vez os Estados Unidos nfo s6 substitufram a influén- cia inglesa na América Latina e no i, apesar de este pais continuar ici ‘como também estendeu os seus tes, como o Oriente Médio tentéculos # dreas geograficamente a Africa — Libéria, através — interesses em Israel, Ardbia Saudita dx plantagio de borrachs, Na propria Europa indus 1ados Unidos notivel polarizaso gragas a infiltragio de suas grandes companhias na Alemanha Federal, na Inglaterra e, em menor escala, na propria Franca. Oriente — Filipines. Esta bipolarizagGo que alcangou o méximo durante @ foi desacelerada na década 1961-70 nas duas éreas: na a China e a Unido com a politica independente do Ge- recentemente com 0 fortalecimento neral de Gaulle na. Franca econdmico dos paises da Euro Em escala continental nfo podemos esquecer a existincia de regiGes- pélos. O caso mais estudado, mais referido € 0 do Ruhr, na Reptblica Federal Alemi. Esta regio, onde se localiza a maior concentragdo in- dustrial do mundo, exerce grande influ€ncia tanto sobre a econom alema, que se digs que, se as inddstrias do Ruhr paralisassem, have sago total da vida econdmica ¢ militar da Alemanha Oci maior porto, que €, aliés, 0 maior porto do mundo — Roterda — ficaria com seu movimento reduzido a apenas um quarto do movimento normal. Isto porque, ficando na foz do Reno, rio de que o Ruhr é tributério, 75% das mercadorias que dele partem ou que a ele chegam, partem do Ruhr ou se destinam ao Ruhr. Grandes prejulzos também teria a Suécia, com a Reptblica Federal Alema. Acreditamos que, embora sem a importéncia do Ruhr, a regiéo Sudeste do Brasil e, intensamente, Sio Paulo é, em escala latino- araguai ¢ da Bolivia, sobretudo. Quanto & sua importincia frente ao Brasil convém salientar que em 1934 Sao Paulo concentrava 46,1% do pessoal ocupado pela industria no Brasil e produzia 30,9% do cimento, 56,56% do acdcar, 68,87% do élcool, consumindo 30,07% da energia produzida no pais. 18, BOUDEVILLE, J. R 18, ROCHEFORT, Michel r 0 espaco verdadeiro @ que estas no so ‘ou uma regido pode ser absorvida por outra mais . Tudo depende do desenvolvimento . Perroux 0 polo de desenvolvimento nfo existe como , mas esté ligado & sua regido pelos canais por onde se propagam 0s pregos, 08 fluxos © _antecipagSes. Ocorre, porém, que para ele a nogio de plo de desem um instrumento de anélise populagéo s6 é obtido pela propaga de-desenvolvimerito. Esta propaga polos dé origem 20 que porém que 0 exo diigo, igado-T Gate 78. PERROUX, ¥. fe du XKAme siete, 9. 1685, ur plexes que indicam “orientacées determinadas ¢ durdveis de desenvolvi- i Vv > territor idem sobretudo de capacidade de investimento © competéncia técnica. Desse modo, a0 tentarmos dar exemplos brasileiros nfio ousariamos afirmar a existéncia de desenvolvimento entre o Recife e Joio Pessoa, ou entre 0 i6 apesar de haver entre as trés capitais nordes. tinas excelentes auto-estradas. Ousariamos, porém, falar desenvolvin 6 certo ponto, na S80 Paulo, ou na So aulo-Santos, apesar de nfo estarem igando pontos produtores icados os grandes eixos, | pontos em que se cruzam dois ei i posigto Tavordvel a0. desenvolimerio de onde existe 0 cruzamento de duas simples estradas, mesmo quando elas nfo se constituem eixos de desenvolvimento. No ‘caso do Nordeste do Brasil € conhecido 0 fato de se desenvolverem bas- tante, sobretudo em seus equipamentos tercifrios, as cidades que sio pontos de cruzamento de duas grandes rodovias, Em Pernambuco, por © de Salgueiro, localizeda no ponto em — que liga o Recife a0 Sertio — vador a Fortaleza. Af se desen- restaurantes, bares, cafés e de de pesas ¢ de acessérios de automéveis etc, que dé a Salgueito importincia que ela nunca teve, fazendo crescer consi. deravelmente a sua populago ¢ as suas atividades econdmicas. (Ks zonas de desenvolvimentd so 0 resultado da concentraséo geo- las strias devido aos efeitos da complementago. Assim, a presenga de determinadss indistrias em um local favordvel provoca a for- magio de uma infreestrutura, ¢ atrai outras indGstrias que thes s&0 complementares. A aglomeracao de industrias eleva a zenda total e a renda per capita e funciona como elemento de atrasio de imigrantes que vém tanto trabalhar nas inddstrias como atender os que nela trabalham. Dai surgir um desenvolvimento maior da estrutura terciéria cam reflexo altamente favorével sobre as atividades agricolas, Atividades estas que visam ao abastecimento da prot zona. For >, desse modo, as zonas de desenvolvimento que tém grande influéncia sobre o pi situam, de vez que, como selienta Perroux, as nagées nad “pélos de desenvolvimento com seus meios de propagagio”# ‘Surgem nos que se sio que ‘Complementando estas noses, nfo podemos esquecer a de pontos |de desenvolvimento, considerados por F. Perroux como 0 conjunto que rengloba os pélos, simples ou complexos, as zonas de desenvolvimento 08 eixos de desenvolvimento. Pélos, zonas © eixos em relagio com a rea que os cerca,” Uma divida pode ser levantada quanto a da dificuldade de se na dependéncia da intensida -m convergir para o polo —e ust - gos que possuir ¢ a estrutura de transportes ¢ comunicagdes de que dis- user. Ora, sabemos que os paises subdesen se encontram em geral sob a influéncia econémica de paises lizar recursos nos mesmos existentes em funso do seu suprimento em ‘miatérias-primas ¢ em alimentos que néo poderiam ser produzidos no seu territério. Daf criarem em certos pontos dreas mais dinimicas que se tornam polos, gracas a construcio, pela economia dominante, d infra-estrutura minima indispensével a esta exploracéo econdm assim que se criaram, em fungéo dos interesses dos paises indi dreas produtoras de borracha na Malésia, de juta na India, de cacau a Gosia do Marfim ¢ em Gana, de amendoim no Senegal, de madeira no Gabfo etc. A crisglo destes reas permitiu 0 volvimento de portos como Cingapura, Calcut Libreville etc., ¢ a construgéo, a partir destes px ios, criar um mercado consu- desenvolvimento nos paises subdesenvol mento € nao d mento da renda provoca tribal ¢ da economia de subsistén ferecer condigées de vida decente aos que dades do mundo moderno. Isto porque, por mais doloro: que tenha sido a dominacdo estrangeira, ela néo pOde im dos espititos mais capazes para horizontes mais largos, mais amplo: do mundo mode dos. problems elaboragao de idéias novas desenvolvido ao mundo tropi adaptagio das emigragio sazonal dos trabalhadores, desorganizando a vida fs € 0 éxodo rural, sem que as cidades dispon sndé etc. Este fato provoca finalmente uma queda das ares ¢ do consumo de calotias per capita. Neces- subdesenvolvido. insportes, do comércio € dos ctemos nfo se poder negar lade de criagao de pélos de Dizemos, pélos de cresci- nvolvimento, porque sempre esta dinamizagao econd- formaches de estrutura, s de vida da populaséo, ‘a monetarizagao da economia provoca a desorganizagio razendo, como conseqiién- idéias elaboradas no mundo possibilitou a for- ‘mago de quadros nacionais com matizes politicos os mais diversificados — como Kwam Nkrumah que por muitos anos governou a Repdi relativa independéncia pc produtividede agricola e pecuéria © a indus dispuserem de .. Ela certamente permitiré a elevacio da izagio naqueles pases que to. Um dos grandes pro- “quando se as pata se tornar um em tomo de um polo — Séo Paulo. ; Assim, personalidade, s6 se integra, quarto € quinto seja, se ela & ‘uma grandes pélos que ensamos que uma nacdo se intercomunicam ¢ se completam, 3 A hierarquia dos pélos Sabemos que 0 espago econdmico de um pafs néo esté contido em seu espago gcogratico, podendo tanto se restringir a apenas uma parcela deste espago, como sréficos contidos de New York, Londres, Amsterda, Frank- ta, ¢ Moscou, Praga, Pequim e Changai, Londres, por exemplo, controla através em geral, grandes a superficie da Te ou em parte a produgio de determinadas mercadorias bi que controlam os pregos de mercadorias oriundas dos paises, tornando-se desse modo gratides centtos de deci mais importantes que as capitais dos seus préprios Em segundo grau, temos os pélos nacionais que, sendo ou nfo sede do governo, exercem grande influéncia econémica no pais em que se situam, as vezes até ext luéncia para os paises vizit de menor expresso pol Entre 08 pélos 25, CHARDONNET, 26. PERPILLOV. ‘4 Documentation Ual Gane, Buenos Aires na Argentina etc., enquanto em outros pafses a pola- rizagio se faz em torno de cidades que néo sio sedes do governo nacio: nal, ocorre no Brasil com So Pe panha com Barcelona, nna Austrélia com Sidnei e no Canadé com Montreal. Nos paises de grande extensio Provincias mais ou menos autOnc grau que tém sua drea de influén politicas. No caso brasileiro, por polarizadora_macrorregional pelo ‘sio Belém, Fortaleza, Recife, Sal ‘Sao Paulo, Curitiba e Porto Alegre. hipertrofia de Paris, sobre o esp: de equilfbrio — Lyon, Marselh Saint Etienne por Li ‘uma rede de interdependéncias que pode ser cartograf verdadeira teia de aranha.” Abaixo dos pélos macrorregionais ¢ recebendo a0 mesmo tempo in- flutncia destes e diretamente do pélo nacional, encontramos os pélos re: gionais com éreas polarizadas estendidas por dezenas de milhares de quilémetros, como deve ocorrer com Santerém, com Campine Grande, com Caruaru, com Feira de Santana, com Juiz de Fora e com vérias janta Maria, uma constelagio de polos sub-regionais ¢ finalmente em toro destes haveria os pss locais, Observa-se, assim, a existéncia de uma hierarquia entre os pélos — intrnacionis, naionis, macrorregionis, repionas, subegionis ¢ lea em seis grupos, conforme, a extensio da érea tle polarizada em importincis do seu ‘enguadramento .secundério cifrio, Esta hierarquia demonstra que os pélos no sio unidades i dominando posigées bem delimitadas no espago; 0 con tomo dos outros, atraindo © si uma érea de influéncia cuj comunicagSes, exercendo maior forga de atragio nas que nas mals afastadas, Também cada luéncia na regio polarizada tanto direta- 0 indiretamente através dos seus pélos icagdo hierérquica de pélos nfo podemos deixat tros de enquadramento tercifrio, ou ido que esses idos com a natureza da f b) sub-regionais — aipeaiit um embrido de vida regional, es- tendendo sua érea de atracéo sobre varios centros loéais por estarem dotados de servigos de uso menos corrent®, como mé- dicos especializados e escolas secundérias; ©) de pequena regio — que constituem “o arcabouso de base dda vida de relagées” por estarem dotados de servigos bem di- versificados, como comércio variado, equipamento bancério, consultores, equipamento cultural e artistico etc.; 4) de grande regio — que, além dos servigos existentes nos ‘centros precedentes, possuem Universidade, grande hospital pondo de todas ialidades, teatro, consulto °) is — que abrangem fungées de direso com influéneia , como a diregio da administragdo dos servi- 508 piiblicos, diteso dos bancos de atuagao nacional etc. 1, ROCHEFORT, M. A concepeto seogrticn és polarisashe resional, 9. 4 n 2 Iecimento de ensino de 1° grau completo, de vez que nos dltimos anos 0 ensino secundério vem difundindo-se, vem generalizando-se no p 5 AS POSSIBILIDADES DE’ APLICACAO DA TEORIA DOS POLOS DE DESENVOLVIMENTO AO ESPACO BRASILEIRO. OS POLOS BRASILEIROS NO ESPACO E NO TEMPO 1 Cardter dinimico do problema ‘europeus libertaram-se do trajeto me por terra, substituindoo pelo medifrios, como 7 ‘A economia brasileira que se orgenizou como uma economia colonial, fomecedora. de matériasprimas ¢ dos produtos elimentares de que no Perroux chama de eco- 6 AS TENTATIVAS DE APLICACAO DA TEORIA DOS POLOS DE DESENVOLVIMENTO A REALIDADE BRASILEIRA 1 Os precursores Embora nio se usasse ainds a terminologia dos pélos de desenvolvi- mento, surgida em conseqiiéncia da aceitagéo no Brasil da sistemdtica de Frangois Perroux, podemos afirmar que os modernos estudos sobre polari- zasfo ¢ a tentativa de aplicar & planificagao do desenvolvimento brasileiro da, Taboatio, Cabo © parcialmente Moreno — que jé tém suas - teltizadas, transformedas em auténticas cidades-dormitérios. dia, aliés, também defendida pelo ‘urbanista Ant6nio Bezerra Baltar.’ © Grande Recife estender-seia ao Norte até & prals da Conceigéo, se torna mais movimentado, e para o Sul alé 0 Cabo, onde se criou o cha- 1, ALTAR, Aatinle eters, Direwiees de um plane regional para » Recife, Tose concur Recie, 181, icas ¢ de dgue, quantitative e qualitat- Cidades satéites de grandes possibilidades sempre se localizam no Estado de Pernam- Ant&o, Gravaté, dispusessem de con vamente necessérias & ind: de desenvolvimento, que iam Campina Grande, Limoeiro, Vitéria de Sa fim, Arcoverde, Serra Ts Cabo ¢ a SUDENE estudou a aglomeragéo urbana im de torné-la um pélo de desenvolvimento. de Geografia Urbana, cada vez mais preocups Lysia Bernardes e Nice Lecocq Muller. ‘Trabalhos esses que infelizmente no se encontram ainda publicados, mas que constitulram substancial con- cagdo regional, de vez que o problema do subdesenvolvimento nio € apenas* econdmico, mas também sociolégico, antropol6gico, pedagdgico e sobretudo ‘grogréfico. 2. As tentativas de aplicagao da Teoria de Pélos de Desenvolvimento ao espaco brasileiro ‘Apés, realizou_o mesmo aut sobre polarizagéo no Estado do Rio Grande do Sul, ‘do principal pélo existente, Porto Alegre, ¢ de outros -tasinalou a influéncia das estradas recentemente co ‘0 das dreas polarizades para os principais pélos Rochefort (1960-61) que trabalhou na Universidade do Recife, hi deral de Pemambuco, no Conselho Nacional de Geografia no Rio de do gedgrafo Pedro Geiger’ e sobre regido polarizada pra o Rio de Janeiro sob a direcao da gedgrafa Lysia Bernardes.’ Convém filientar que 0 Prof. Rochefort ¢ os gedgrafos por mas a de outro francés, 0 geSgrafo Char “Terminologias, porém, que no apresentam grandes diferengas conceit ‘Ao nos referirmos aos estudos de polarizaséo, no podemos deixar de lizadas na produgio de poder polarizador, tem cas Economia e Humanismo — e icadas (EPEA), quer realizados como a Comissio Interestadual Assim, a BA sues Economia ¢ Humanismo, com sede na cidade do Parana, em 1963, ico" e com a propria con polos de desenvolvimento." ado que atua sobre os mesmos. roe determizou a slagio das indi colhidas para os rs ao, pare has Gerais, foram Bando de Sio Paulo que detém 0 polo -detenvolvimento e uma série de eixos de desenvol resolveu a CIBPU realizar nio um estudo geral do diagnéstico, com indicago de um ou os movimentos de popul saneamento,* de ensino™* de agriculture,” dos equipementos de dquas ¢ ard determinar os polos industriais existentes € de formular a politica industrial para aqueles que meteyam prioridade mntivos, assim como os setores econdmicos que devam ser bene- © ano de 1966 i aplicagio & realidade dois trignios anteriores, observando a soma de se: e a experitncia adquirida, Compreendendo a ne ““A abordagem, em termos de economia espacial, com énfase tagens locacionais para dirigir a aplicagdo de recursos 6 cexistentes. Nesse sentido, procurar-seia identificar os pélos de crescimento da regi € de cada um dos Esiados nordestinos, que seriam considerados reas prioritdrias para a alocacio de recursos, ¢ aproveitar vantagens loca- BPO, ie ‘nsine thnleo no sztedo de Slo Paulo, Blo Paslo, CIBPU, Dewnvolrimente de Slo Paulo; imigragle wvtrangles « naclo- ile de Carvalho 2, Sadde sunsamente ne sttade de Sho Pale, So ug Paula, CIBPU, 1964, “inanclamento a pojetor do cinais, pariculameate ligedas sos reertos naturals, implantando grandes da SUDENE, ilustram a relevincia que s8 dos instrumentos teGricos € operacionais da eco- Diretor dew & nomia espacial para objetivos de agio.” Esse programa levou a SUDENE a iniciar seus estudos em alguns pos- siveis polos de crescimento jé existentes, como a aglomeracio urbana for- inaJuazeiro ¢ @ organizar-o I Set sobre Pélos de Desenvolvimento realizado no Recife em setembr 66. Na realidade, © Recife, metrSpole da maior regido subdesenvolvida do pafs, tinha con- dig6es para atrair os estudiosos de Citncia Regional e da uf oferecie magnifico campo de estudo. Os problemas ligados & p 5, grande interesse , em conseqiiéncia, ministrados por ersidade Fe- deral de Pernambuco; © primeiro, intitulado “Geografia, Regio ¢ Desen- volvimento” em outubronovembro de no Instituto de Ciéncias Politicas ¢ Sociais, ¢ o segundo, intitulac Introdugio ‘A Teoria de Polos de Desenvolvimento”, na Faculdade de Ciéncias Econémicas, em outubro- -novembro de 1966. © Centro Regi Veacionado pels USAID) pela SUDENE ¢ Pernambuco para melhor pol cipios e de dinamizagio admiistropes lizada em tod: pernambucanos, havendo s cursos em institug6es ligadas & de Administraglo Municipal (CRAM), érgio sub- idade Federal de que se devs em 18 meses, seria edeade 20 Intenso também fol o trabalho realizado para o Ministétio do Plane- jamento, em colaboragto pel erizar os polos, macrorregionsis do pats e os pélos pare itizados. Nao 6 hd 0 Yntereste em estabelecer a hierarquia dos pélos, como também a natureza 1 ( te Aa, TOs af © planejamento local no. planejamento ional e de|catacterizar a regides homogeneas|do Brasil. De posse des- i ihecimentos, poderd fazer-se um planejamento do desenvolvimento econémico mais consentineo com a realidade brasileira a fim de se realizar ‘um melhor aproveitamento do espaco de que dispomos, dos mesmos® a fim de it 3. O1 Seminario sobre Pélos de Desenvolvimento Q I Seminério sobre Pélos de Desenvolvimento realizado pela SU- DENE, no Recife, de 18 a 22 de setembro de 1966, sob a inspiragéo do ‘Superintendente-Adjunt Fernando Mota, foi, inegavelmente, um dos ragio de um modelo simpli: Para atingir essas finalidades convocou técnicos das mais diversas ¢s- pecialidades — dando ao Seminério auténtico caréter interdisciplinar —, que trabalhavam em vérios érgios piblicos ou privados. Para isto promo- de exposicses apresentadas pelos varios 6rglos que vém tentando em seus trabalhos a Teotia da Polarizacdo. A primeira exposicio tetos Luis Carlos Costa da SAGMCS — Economia ¢ Humanismo e Expe- dito Fonseca, da SUDENE, ¢ economista Dirceu Pessoa, também da SUDENE. A segunda exposigao feita pela Prof.* Lysia Maria Cavalcanti Bernardes, do CNG, sobre “Centros de Polarizagio B sobretudo da aplicagio ao espago brasileiro do método entio aplicado nos trabathos do GNG-EPEA. Seu trebalho economista Dario Tost da SUDENE-ONU, pela assistente: pelo gedgrafo Manuel Correia de Andrade, da Uni- ‘Tentativa de Aplicagao da Teoria da Polarizagio de Bou- los em Minas Gerais, tuida pelo estudo feito por comissio da SUDENE * tentando critérios para aplicagéo da Teoria da Polarizagio & realic lade nordestina. Ela representa ‘passo a frente do trabalho inicial elaborado pela referida agéncia de desenvolvimento em marco de 1966." © trabalho { pelo arquiteto Rubens Mattos Pereira, do EPEA. Finalmente, ‘exposigio foi feita pelo’ economista Roberto Cavalcanti, do Ciéncias do Homem da Universidade Federal de Perns sobre “Espago e Atividade Econémica: 0 caso do Nordeste tativa de aplicagSo do modelo de gravidade na anélise da atividade econémica regional do espaco)”," a qual foi debatida CO is Miranda, pelo sociélogo Abdias Moura, ambos da SUDENE, e pelo téc1 do EPEA, Carlos Consensa. Ainda intervieram nos debates ‘os economistas Fernando Mota e Clévis Cavalcanti e 0 geégrafo Mario La- cerda de Melo, Para concluir Seminério sinda se realizou uma mesa-redonda, da qual participaram como moderador o economista Rubens Vaz da Costa, Superintendente da SUDENE, e como expositor o Prof. Fernando Mota. Foram comentadores oficiais 0 ge6grafo da © Melo, 0 especiar lista em Politica Robert Leapor, 0 Luis Carlos Costa, a raldo Pessoa Souto Maior ¢ © Hebe Gongalves. A comy do quadro de participantes da mesare- povabitiands do us all ‘ne Wordaste brasiele, Rev Racle, SUDENE, 1066 dologia eficiente dessa Teoria as varias realidades regionais e nacionais, Em donda indica o seu cardter altamente interdisciplinar, fazendo que e: m . 1967 e 1968, o IPEA (entfo EPEA) e o CNG, preocupados com a apli- listas de varios ramos do conhecimento e portadores de experiéncias mais diversas debatessem it € Metodologia da Polar tente e p6r A mo dos mentais sobre os proble imeografadas, alguns ‘Thomas Reiner,” J. R. © as reco- que chegaram, conceituando 0 que se entender por centro de polartzagao ¢ seus dois tipos, os pélos de crescimento e o8 pélos de desenvolvimento, assim como do que deveria entender-se por ath ide_pelafvalidez/da Teoria da Polarizacéo para mr ou em desenvolvimento, que ‘regional e de sua politica de Trento. eer Wrico de tsansicao democtatica ¢ de revisao cic ‘Ainda foi recomendado “o estudo arm }, teferindo-as ¢, eventualmente, s das economias subdesenvol discutida e revista & luz de nove ‘08 6rgios de planejamento, tanto a ni ¢ local, embora nfo a utilizem de forn tminologia e com seus princfpios gerais. rativas © relativas ao pla- jinda a necessidade de organizagio ne frente as condigées existentes e supra a deficiéncia dos dados js i i “os organismos que pat esforgos no sentido de xram do presente Seminério prossigam em seus ¢ definir pélos de desenvolvimento cujos dos ¢ posteriormente discutidos em futuros rio sobre Pélos de Pesenvolienty wm fico © pratico para a aplicago da Teo- abrindo debate tanto sobré a validez ca or as de vérios paises © expecia- idades, assim como sobre as técnicas de aplicagio, através de iimia meto- hi

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