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Hiperatividade.
O que é o TDAH?
TDAH é a sigla para Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade. Trata-se de um distúrbio neurobiológico que começa
a se manifestar ainda na infância e por vezes a partir dos 12 anos.
Como o nome sugere, é caracterizado pela falta de atenção,
hiperatividade e impulsividade.
Causas do TDAH
Estudos indicam que fatores externos, tais como cultura,
comportamento dos pais, criação e educação das crianças, NÃO
são causas do TDAH.
A causa mais frequente do TDAH está relacionada à genética. Nos
portadores do transtorno, há uma alteração no funcionamento dos
neurotransmissores, responsáveis por transmitir as informações
entre os neurônios.
Sintomas de TDAH
Os principais sintomas de TDAH são desatenção, inquietação
motora, impulsividade e hiperatividade. Em geral, os meninos
tendem a apresentar maior impulsividade e hiperatividade do que as
meninas. Entretanto, a desatenção se manifesta igualmente em
ambos os sexos.
TDAH e o aprendizado
Normalmente, os primeiros sinais do TDAH são percebidos na
escola, quando raciocínio, concentração e memória passam a ser
mais exploradas no processo de aprendizagem e as crianças com o
transtorno podem apresentar notas baixas e problemas ao executar
atividades.
Diagnóstico de TDAH
Por apresentar sintomas tão variados e semelhantes aos de outros
transtornos, como autismo e dislexia, o diagnóstico de TDAH pode
ser complicado, e por isso é necessário que a avaliação seja feita
por um profissional preparado e atualizado no que diz respeito a tal
transtorno, e que tenha uma série de instrumentos de triagem os
quais ajudarão neste diagnóstico, o qual será validado pelo
profissional médico, que vai prescrever a medicação (caso
necessário) e produzir o laudo.
Direitos no TDAH
A Lei nº 14.254, de 30 de novembro de 2021, dispõe sobre o
acompanhamento integral para educandos com dislexia ou
Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
ou outro transtorno de aprendizagem. A lei visa garantir o direito
à educação inclusiva e de qualidade para esses alunos, bem como
o apoio pedagógico, psicológico e multidisciplinar adequado.
Infelizmente a lei não ficou muito clara e acaba por ter uma dúbia
interpretação em alguns dos seus artigos.
Observe:
Art. 1º O poder público deve desenvolver e manter programa de
acompanhamento integral para educandos com dislexia, Transtorno
do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro
transtorno de aprendizagem.
Parágrafo único. O acompanhamento integral previsto
no caput deste artigo compreende a identificação precoce do
transtorno, o encaminhamento do educando para diagnóstico, o
apoio educacional na rede de ensino, bem como o apoio
terapêutico especializado na rede de saúde.
No Parágrafo único do artigo 1º, fala em “apoio educacional na
rede de ensino”. Contudo, isto não se refere a um profissional de
apoio em sala de aula. Se refere ao apoio do próprio professor
regente e escola em geral, no que diz respeito a adaptação
curricular, localização do aluno mais à frente na sala de aula, fazer
a prova em ambiente individual para evitar distração...
Vale salientar que o TDAH não é considerado uma deficiência, e
dessa forma a pessoa que tem tal transtorno não está acobertado
pela lei Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015, a qual institui a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência).
Sendo assim, o aluno com o TDAH não tem direito ao profissional
de apoio em sala.
O TDAH NÃO TE LIMITA!
Pessoas com tal transtorno comumente são comunicativas e
criativas, ou mesmo tem um “hiperfoco” em algum tema ou
conteúdo. Sendo assim, acabam por se destacar em trabalhos e
atividades ligadas ao seu hiperfoco. Contudo, é necessário o
diagnóstico e tratamento adequado para fins de evitar prejuízos e
comorbidades.
A medicação e a terapia cognitivo comportamental são
consideradas como o tratamento mais adequado, e deve iniciar já
na infância.