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Livro 3 (1 Ao 77) Um Romance Na Neve
Livro 3 (1 Ao 77) Um Romance Na Neve
CAPÍTULO 1
— Maricas?
— Hmmm...
— Entra.
Ela abriu a porta e viu Bernardo aplicando
pomada nos machucados, já limpos.
— Castillo?
Uma voz masculina soou do outro lado e
Bernardo e Ekaterina pararam de se mexer,
respirando pesado - A Don quer falar com
você.
— Pode entrar -
Jannochka soou pelo interfone e desligou.
— Combinado
— Bernardo disse
Entendido?
Ah...
— Você sabe do que estou falando.
Ainda não. E não se atrase, amanhã. Odeio
atrasos.
— Acabou a moleza!
— Quem?
— Mas é perigoso! —
Apesar de dizer isso, Carolina já estava
sorrindo e adorando a atenção que uma das
mão de Máximo estava dando para a coxa
dela e subindo pelo tronco, indo em direção
ao seio.
— Adoro um perigo
Oficialmente?
— Ficou maluca?
— Mas.
— Perdão.
— Entendido?
Os dois concordaram como dava, com a
cabeça, antes de Santiago os colocar para
fora.
Ekaterina foi em direção a cozinha.
— É da máfia?
Ele negou com a cabeça.
— Do colégio.
— Um aquecimento
— Senhores Sigayev
— Pyotr...Foi preso?
— Sim, ele fez merda, quebrou as
regras, e foi preso — Santiago disse, calmo.
Por dentro, ele estava morrendo.
— Como é?
— Por quê?
— Huh?
— Ekaterina!
— Assim como?
— O que aconteceu?
— Não.
— Mas… Ele deu um beijo rápido nela.
— Entre!
Ele suspirou.
— O quê…?
— Oh, droga…
— Me ataque.
— Me ataque, Bernardo!
— Eu não posso…
— Rina…
— Banho, amor…
— Amor…
— Linda… — Ele aproximou o nariz
da intimidade de Ekaterina, inspirou fundo e
sorriu — Tão suculenta, porra!
Almoço!
— Relaxa.
— O que foi?
Pyotr queria reclamar do tom dela, no
entanto, ele precisava que ela o ajudasse,
portanto, o melhor a fazer era ser agradável.
— Entendi.
— Eu não…
— Sim, tia.
Assim, ela passou por eles e saiu dali.
Miguel já estava convivendo com a tia há
algum tempo, na Rússia, e podia dizer que
ela agiu estranho.
— Eu preciso? — O adolescente
perguntou.
— Deixa eu escolher.
CAPÍTULO 16
— O que…Amor!
—Eu não…
—Vai, sim. Não como eu, mas não vai
poder se recusar. Você vai servir um
Parkhan. Um Don. Não é um emprego que
você decide, um belo dia, que não quer mais
e sai andando de cabeça erguida. Ainda mais
se estiver casado comigo. Se eu
for a subchefe do meu irmão, você estará
em um alto cargo. E se eu for a Don,
Bernardo, você vai estar no comando
comigo.
—Don, eu…
—O… Lubrificante…
—Não é pena.
—É o que, então? — Aleksei respirou
fundo — Sou seu primo e não tô interessado
em comer você. Maksim abriu a boca, sem
acreditar no que Aleksei tinha acabado de
falar. Este, se arrependeu do que falou. Num
ímpeto, ele falou para machucar, mas sabia
que tinha passado e muito dos limites.
—Ah, pára!
— A moça continuou.
— Cli-cliente?
Fyodor soltou uma risadinha rouca que fez
um arrepio correr pela espinha de Bernardo.
— Ah, apaixonadinho?
Eu entendo…
— Você?
— Que maldade!
— Como assim?
— Ah, você pode ficar no quarto com
Bernardo. Livremente.
— Você…
— Feche a porta.
— Quem são?
— Rina?
— Oi!
— Hmmm… Eu quero falar com você, pode
ser?
EKATERINA: ok.
— O que foi?
— Namorados?
Bernardo suspirou.
— Ekaterina.
— Ekaterina de quê?
— Ekaterina Sigayeva.
— Por favor.
— E as fotos?
— Recebemos anonimamente — Josué
respondeu, desviando de leve o olhar.
— Foi você?
Brigados , não é?
“Jovens…”
— Impossível…
Bernardo se levantou.
— Eu NÃO a matei!
— Excelente.
— Eu quero um advogado.
CAPITULO 53
— E se o acusarem?
Ela sorriu.
— Eu o amo, mãe.
— Não.
— Ele…
— Mas ela…
— Sim, eu sei. Fique de olho. E mantenha a
discrição.
— Eu sou a Don.
— Li-lisa…
— FODA-SE a Lisa! Sua irmã, seu pai, seus
companheiros! Todos eles dão as vidas uns
pelos outros, pra que um moleque mimado e
inconsequente como você jogue-os no colo
dos inimigos! Eu fui muito complacente com
você.
— Amor…
— Ele só é emocionado.
PYOTR: Ursinho?
LISA: Hahaha! Sim! Meu ursinho!
LISA: Quando?
PYOTR: Agora.
Ele sabia que era um erro e que não deveria
mais sair. Porém, a vontade de estar com Lisa
era absurda! As palavras de Jannochka
apareceram em sua mente. E se os inimigos
tivessem seguido o carro dele e, agora,
soubessem de Lisa?
— Eu tô fodido!
— Pai!
— Filho! — Máximo abraçou o rapaz —
Achei algo no seu carro que, talvez, possa te
ajudar.
Máximo sorriu.
— De acordo com as câmeras de casa, o seu
carro está com tinta de onde você o arrastou.
Isso antes da sua saída, antes da morte da
garota — O sorriso de Máximo cresceu — E
ainda tá lá. Me diz que a prova contra você
não tem isso!
— Senhor Herrera…
Ele sorriu.
— Eu sei me cuidar!
— Todos aqui sabem se cuidar — Maksim
suspirou — Mas a nossa Don disse para
ficarmos em casa.
— Vai me dedurar?
CAPITULO 58
— Vou.
— Não irá.
Ele se levantou.
— Sobre o quê?
— Ouvi papai reclamando com alguém, ao
telefone, sobre um “idiota pretencioso” que
ofereceu uma aliança por casamento. Comigo.
Jannochka suspirou.
— Quem são?
A Don suspirou.
— Bernardo me decepcionou demais,
porém, eu vi esse garoto crescer, mesmo que
de longe. Não sou indiferente a ele, Ekaterina.
Além disso, eu te conheço e sei que não vai se
dar bem casando com alguém que não ama,
ainda mais se seu coração já tiver dono.
— Mãe…
Josué suspirou.
— Aparentemente, provas insuficientes —
O policial olhou bem para Bernardo,
colocando-se na frente deste — Você estava
mais bem protegido aqui, menino.
— O que aconteceu?
— Pai?
— Amor!
— Bernardo, esse tratamento é impróprio.
— Eu sei que você aceitou casar com um
russo. Amor, não faz isso! Olha, eu sei que fui
imbecil, babaca..
— Bernardo…
— Não! Eu não posso… — Ekaterina podia
ouvir Bernardo chorando e aquilo partia o
coração dela — Eu amo você. Por favor, não
faz isso…
— Qual… Deles?
— Querida…
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— Como caralhos eles estão noivos? —
Illdebrando deu um soco na mesa, olhando
duro para Tiziano.
— Estando — O rapaz respondeu, sem
muita emoção.
— Ela veio…?
— Ela veio…?
PYOTR: Bunda-mole.
— Oi — Ele atendeu.
— Viu?
— Por quê?
— Por quê?
— Falta de provas…
Te amo,
P. L. S.”
Depois de dar um beijo nos cabelos de Lisa,
Pyotr saiu dali, torcendo para não ser pego.
Até o caminho para o quarto, ele não
encontrou com ninguém, o que o fez respirar
aliviado.
— Oi?
Ela balançou a cabeça.
— Apaixonado…
— Quase dá pra ver os corações nos seus
olhos. Acorda! — Ela o beliscou com força,
arrancando um palavrão baixo do rapaz, que a
olhou feio — Deixa mesmo os outros saberem,
seu idiota!
Pyotr fez careta.
— N-não.
— Não se atreva…
Os dois riram.
Após falar com Osvaldo, este disse a
Máximo para não entrar em contato com
Domenico, pois ele com certeza estava sendo
monitorado.
— Obrigado, Osvaldo.
— Tia…
— Pensei que eu fosse sua Parkhan, garoto
— Jannochka o interrompeu e Bernardo
sorriu do outro lado — Agora, comece a soltar
a língua.
— A ligação tá segura?
— Que ofensa…
— Perdão — Bernardo suspirou — Bom,
vamos lá. Eu não consegui quebrar a barreira,
ainda, mas tenho uma ideia de quem está
fodendo com a gente.
— Lisa é inofensiva.
— Não se atreveria!
Jannochka sorriu de lado, tranquila.
— Testa. Já falei isso: eu te amo, mas não
vou colocar a vida de gente que está levando
as coisas à sério, em risco, por um capricho
seu. Por desobediência — Ela se recostou na
mesa, braços cruzados — É assim que
pretende assumir o meu posto?
— Ótimo.
— Ele não a…
— Já o fez! Ekaterina seguiu um homem
suspeito, que se matou para que ela não o
capturasse. Um homem que estava seguindo
Pyotr! Ele e aquela garotinha! Você me pediu
para que eu fosse mais paciente, para que não
mandasse matar aquela garota. E pra quê? Pra
que Pyotr se evadisse das responsabilidades
dele!
— Muito bem…
Lisa se colocou na frente dele, andou de um
lado para o outro, antes de respirar fundo
pela última vez e o encarar.
— Sua mãe…
— Ainda viva. Ou ao menos, foi o que me
disseram, mas… Eles não deram um
tratamento V.I.P. a ela — Lisa voltou a chorar
e Pyotr se virou para encará-la — Perdão,
Pyotr. Eu queria não ter feito nada disso. Eu
queria poder te falar tudo antes! Só que você
quer ir embora e não posso… Não posso te
deixar fazer isso sem saber o que tá
acontecendo!
— Quem é você?
— M-meu nome…
— Fala!
— Italianos?
— Talvez…
Pyotr tirou o celular dele do bolso da calça
e começou a digitar, enquanto olhava a rua.
Um som de alguém falando russo, com
sotaque italiano.
— Isso?
— Perdão…
— Consegue?
— Surpresa.
— Lamento.
— Se estiver mentindo…
— Sim.
— É sério?
— Não posso…
— Eu vou morrer.
— Não vou deixar — O tom de Pyotr foi
doce, mas determinado. Lisa sorriu. Ele
desacelerou e ela colocou a mão na maçaneta.
— Lá vem mais!
— Calminha.
— Vou matar esses filhos da puta!
— Obrigada.
— E o Tchekhov?
— Meu filho…
— Cala a boca.
CAPÍTULO 70
BERNARDO: ?
NÚMERO DESCONHECIDO: Konstantin,
aqui.
BERNARDO: Ah… Okay.
KONSTANTIN: Vou te passar também o
contato de alguém que pode ajudar. Eu sou
meio negação em tecnologia, desculpe.
— Maksim…
— Eu quero ir.
— A tia tá esperando no carro.
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Konstantin recebeu uma mensagem.
— Como se sente?
— Aconteceu algo?
— Mas eu…
— Pode.
— Aleksey!
Bernardo sorriu.
— Ela é boazinha.
— Eu quero treinar.
— Entra, pai!
— Por quê?
— Você é uma boa alma. Boa demais. Nem
sei como é um Sigayev…
— Ah…
— Qual é, Ale! — Aleksey levantou as
sobrancelhas. Ele não gostava que o chamasse
daquele jeito — Deixa de ser chato!
— Eu sempre sou.
— Não seja inconveniente, sim? — Ela
sorriu para Anna, que devolveu com um belo
sorriso, abraçou a mãe e entrou no carro.
— Pra você.
— Aleksey?
Ele olhou para dentro de uma vez.
— Anna? — Ela soltou um gritinho e voltou
para dentro da cabine, mas ele viu algo que
não lhe agradou em nada — O que aconteceu?
— Vamos sentar.
Anna se sentou.
Lucas o encarou.
— Ficamos preocupados. Anna podia ter se
machucado.
— Eu não deixaria — Aleksey soltou e
Lucas o olhou com espanto. Olhou para Anna
e de volta para Aleksey, sorrindo.
— Tá doente?
— Se machucou?
— Deixa ele!
— O senhor chamou?
GRUPO DA GENTE.
“Anna digitando… “
Aleksey tamborilou os dedos na própria
perna.
ANNA: Você é mais fofo do que aparenta.
— É…
Emília estava feliz pelo rapaz. De certa
forma, ela tinha pena, pois ele vinha sofrendo
um baque atrás do outro e era novo demais.
Aproximando-se dele, ela deu um um beijo
nos cabelos do rapaz, como faria com os
filhos, o que deixou Aleksey de rosto
vermelho.
— Ok.
— Filho da mãe!
— Fala.
— Konstantin?
Pyotr sorriu.
— Você já tem um encontro com o
Tchekhov. Isso é bom, porque partiu dele, o
que não vai levantar suspeitas. Você precisa
aturar o chatonildo e ver se arranca algo dele.
— Deixa comigo.
— Ah… — Pyotr falou, quando Bernardo já
estava se virando — Descobriu algo no
sistema dos italianos?
Konstantin gargalhou.
— Já experimentou? — Ele deu de ombros
— Talvez mude de ideia. E outra, a sua mulher
é um tópico do que vamos falar hoje.
— Escuta aqui…
— Tá, tá! — Konstantin estacionou o carro
em um restaurante que não era nem de perto
o que Bernardo esperava — A comida é
melhor do que o local aparenta. Prometo.
— Tchekhov?
— Mas o que…?
— Ainda confusa.