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Abnt Cólera
Abnt Cólera
CÓLERA
CÓLERA
PROFESSORA VIVIANE
1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho para menção parcial na disciplina de Biologia do 3º
Bimestre, iremos abordar e compreender os diversos tópicos relacionados à cólera,
mais precisamente, uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida
por contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos
contaminados.
2. O QUE É A CÓLERA?
A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por
contaminação fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados.
Afeta o intestino delgado e é causada pela bactéria Vibrio cholerae. Frequentemente,
a infecção é assintomática ou causa diarreia leve. Pode também se apresentar de
forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e
cãibras. Quando não tratada prontamente, pode ocorrer desidratação intensa, levando
a graves complicações e até mesmo ao óbito. A doença está ligada diretamente ao
saneamento básico e à higiene.
Fonte: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Agua/Agua9_3.php
Fonte: https://plantaodoslagos.com.br/categoria/info-games/surto-de-colera-faz-
primeira-vitima-fatal-no-sudao/
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3. HISTÓRIA
No rol das grandes pandemias que assolaram a humanidades nos últimos
duzentos anos, as pandemias de cólera merecem um lugar de destaque. Sua
virulência e sua letalidade, assim como a rapidez com que se espalhou por todos os
continentes habitados fez dos diversos surtos de cólera que tem nos assaltado até
hoje momentos de grande sofrimento e apreensão.
Figura 3 - Le Choléra
Fonte: https://www.blogs.unicamp.br/paleoblog/2020/04/08/a-colera-uma-pandemia-
imperialista/
3.1. A Cólera e o Império Britânico
A cólera é originaria da Índia, onde ela é uma doença endêmica,
principalmente na região de Bengala. Existem notícias desde 500 a.C., escritas em
sânscrito e em grego, relatando doenças parecidas com a cólera. Gaspar Correa, que
participou da viagem de Vasco da Gama à Índia, anotou a ocorrência de uma
fulminante doença na região do Malabar. Desta forma, Gaspar Correa descreveu uma
doença fulminante, uma forte dor de barriga que matava as pessoas em oito horas.
Entretanto, quem mais fez para que a cólera virasse uma pandemia foi o
Exército Inglês. Pode-se dizer que a cólera foi a primeira grande pandemia
imperialista. Viajando em modernos vapores, os soldados ingleses, os “red coats”,
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espalharam a doença a partir da Índia para quase todos os portos em que fizeram
escala no Oceano Índico, até que chegaram às ruas sujas e fétidas da Londres
oitocentista. De Londres, a cólera pegou o trem e espalhou-se rapidamente por todo
o Reino Unido. De lá, o vibrião colérico atingiu toda a Europa e, pouco mais tarde, as
Américas.
3.2. Descoberta
O bacilo (na verdade um vibrião) da cólera foi, portanto, (re)descoberto em
1883-84 pelo Dr. Robert Koch (1843 – 1910) e sua equipe. A descoberta do vibrião foi
um esforço dos cientistas que construíam a “teoria dos germes”, ou teoria
contagionista. Esta teoria pressupunha que as doenças seriam transmitidas através
do contato entre as pessoas, que transmitiram os “germes” de uma a outra,
provocando o contágio. Entretanto, a aceitação desta explicação, como tudo em
ciência, não era universal. Existia uma outra teoria, a teoria miasmática, que
pressupunha que a doença se espalharia pelo ar contaminado, os “miasmas”.
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Fonte: https://www.blogs.unicamp.br/paleoblog/2020/04/08/a-colera-uma-pandemia-
imperialista/
Koch conseguiu isolar o seu “comma bacilus” numa viagem que fez ao
Egito e à Índia, para acompanhar dois surtos importantes da doença. A carta que
escreveu em 1884 de Calcutá foi importante como o início de novas formas de
entender e trabalhar coma doença.
Entretanto, não foi um caminho fácil. Koch ainda teria que provar que o seu
“Bacilo” era o transmissor da cólera. Seu embate com o famoso médico alemão Max
von Pettenkofer, que defendia uma teoria que mesclava emanações miasmáticas a
partir de interações entre o solo e o lençol freático, foram debates importantes neste
período.
Fonte: https://www.blogs.unicamp.br/paleoblog/2020/04/08/a-colera-uma-pandemia-
imperialista/
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4. SINTOMAS DA CÓLERA
A maior parte das pessoas infectadas pela cólera não apresenta sintomas
e, em muitos casos, nem percebe que contraiu a doença. No entanto, mesmo nesses
casos, a pessoa pode transmitir a bactéria e infectar outras pessoas, que podem ter
reações distintas.
Os sintomas mais frequentes e comuns da cólera são diarreia e vômitos,
com diferentes graus de intensidade, o que acaba sendo confundido com sinais de
outras doenças. Também pode ocorrer dor abdominal e, nas formas severas, cãibras,
desidratação e choque. Febre não é uma manifestação comum.
Nos casos graves, mais típicos, o início é súbito, com diarreia aquosa,
abundante, de difícil controle e com inúmeros episódios diários. Nesses casos, a
diarreia e os vômitos determinam uma extraordinária perda de líquidos, que pode ser
da ordem de 1 a 2 litros por hora. Tal quadro leva rapidamente à desidratação intensa
e deve ser tratado precoce e adequadamente, para evitar a ocorrência de
complicações e até mesmo da morte.
Os principais sinais e sintomas da cólera são:
• Diarreia.
• Náuseas e vômitos.
A desidratação em decorrência da perda de líquidos pode levar a
outros sintomas, como por exemplo:
• Irritabilidade.
• Letargia.
• Olhos encovados.
• Boca seca.
• Sede excessiva.
• Pele seca e enrugada.
• Pouca ou nenhuma produção de urina.
• Pressão arterial baixa.
• Arritmia cardíaca.
• Desequilíbrio eletrolítico (perda de minerais do sangue)
Essa perda de minerais no sangue ainda desencadeia uma série de
outros sintomas, como:
• Cãibras musculares.
• Choque.
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5. MEIO DE INFECÇÃO
Uma bactéria chamada Vibrio cholerae é a responsável por causar a
infecção de cólera. Essa bactéria, conhecida popularmente como Vibrião colérico,
libera uma toxina chamada CTX, que se liga às paredes intestinais, onde ela interfere
diretamente no fluxo normal de sódio e cloreto do organismo. Essa alteração faz com
que o corpo secrete grandes quantidades de água, levando à diarreia e a uma rápida
perda de fluidos e de sais importantes, os chamados eletrólitos.
Fonte: https://www.sanagua.com.br/noticias/doencas-transmitidas-pela-agua-
149.html
6. FATORES DE RISCO
Todas as pessoas são suscetíveis à cólera. Uma vez tendo contraída a
doença, você se torna imune a ela. Por isso, crianças que são filhas de mulheres
que já tiveram cólera herdam a imunidade das mães, geralmente por meio da
amamentação.
7. PREVENÇÕES
A ocorrência da cólera é diretamente relacionada às condições
inadequadas de saneamento e sua prevenção se baseia na adoção de medidas de
higiene pessoal e no consumo seguro de água e alimentos.
8. DADOS ESTATÍTICOS
8.1. Cólera no Brasil:
A última epidemia de cólera ocorrida no Brasil foi no ano de 1991 e fez
168.646 com 2.035 óbitos até 2004, com a maioria dos casos em estados do Norte e
do Nordeste. Os últimos casos de cólera ocorreram em 2005, quando foram
identificados cinco casos em Pernambuco.
Fonte: https://sbmt.org.br/noticias-1477/
9. TRATAMENTO
Não é necessário nenhum tipo de tratamento especial para a cólera, sendo
apenas recomendado manter a ingestão de líquidos ou soro para evitar a desidratação
causada pela diarreia severa. O soro de reidratação oral, comprado em farmácias, ou
o soro caseiro, são também interessantes para prevenir e tratar a desidratação,
repondo a quantidade de líquidos e sais minerais que são perdidos na diarreia e
vômito.
Fonte: Divulgação/Governo
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10. CONCLUSÃO
Neste trabalho foi possível compreender os diversos tópicos relacionados
à doença cólera, assim como sua definição, sua história, sua descoberta, seus
sintomas, como é transmitido, alguns fatores de riscos, prevenções, dados
estatísticos, tratamento e como a bactéria Vibrio Cholerae (bactéria responsável pela
infecção) atua no nosso organismo.
A partir das pesquisas realizadas neste trabalho, foi possível concluir que
um dos principais fatores para que a infecção ocorra é devido à condições precárias
de saneamento básico, tendo em vista que ela pode surgir em ambientes que não
disponham de condições sanitárias e higiênicas adequadas, com ausência de
saneamento básico e de abastecimento de água potável, cujo condições são bem
comuns em acampamentos e em outros locais de grande aglomeração humana,
como campos de refugiados e em áreas pobres e devastadas pela fome, por guerra
ou por desastres naturais.
https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7548-
c%C3%B3lera#:~:text=A%20%C3%BAltima%20epidemia%20de%20c%C3%B3lera,i
dentificados%20cinco%20casos%20em%20Pernambuco. Acesso em 29/07/2023 às
19:45;
https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/colera/. Acesso em
29/07/2023 às 20:00;
https://sbmt.org.br/noticias-1477/. Acesso em 29/07/2023 às 20:10;
https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7548-
c%C3%B3lera#:~:text=A%20%C3%BAltima%20epidemia%20de%20c%C3%B3lera,i
dentificados%20cinco%20casos%20em%20Pernambuco. Acesso em 29/07/2023 às
21:00;
https://www.blogs.unicamp.br/paleoblog/2020/04/08/a-colera-uma-pandemia-
imperialista/ Acesso em 01/08/2023 às 20.00
https://institutoagf.org.br/colera Acesso em 01/08/2023 às 21:20
https://www.sanagua.com.br/noticias/doencas-transmitidas-pela-agua-149.html.
Acesso em 02/08/2023 às 22:00
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/colera Acesso em 02/08/2023 às 22:35
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/c/colera#:~:text=A%20transmissão%20da%20cólera%20ocorre,pela%20contamina
ção%20pessoa%20a%20pessoa. Acesso em 03/08/2023 às 22:00