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Transcri¢cao e Processamento do RNA PANORAMA > Transferencia de informagoes genéticas | O dogma central ' Processo de expressao génica '» Transcricao em procariotos > Transcrigao e processamento de RNA em eucariotos > Genes interrompidos em eucariotos | Exons ¢ introns > Remogo de sequéncias de introns por recomposicao de RNA Armazenamento e transmissao de informacées com cédigos simples ‘ivernosina era do computador, cujapresenca exerce um forte im- pacto em praticamente todos os aspectos da vida humana, desde Co simples caminho de caro até o trabalho até o fantésticoteste- rmunho, pela transmisséo, da aterrissagem de naves espacais na lua, Eses assstentas eletrénicos armazenam, encontvam @ ana- lisam dados na velocidade da luz. © “cérebro do computador & um pequeno chip de silico, o microprocessador, ue contém um arranjo tofiticado e intagrado de circuitoreletrénicoe capases de responder quase imediatamente a impulsos codificados de ener- 9 elétrica.Ao executar suas faganhas marailhosa, 0 computa- dor uso um ebdigo binéi inguogem bascade em 0. 1-Portanto, © alfbeto usado pelos computadores & semelhante a0 cécigo Morse (pontas e tacos) usado em telegrafia. Ambos tém apenas dois simbolos em ntido contraste com 22 26 letras do alfabeto. Sem divida, se o computador &capaz de fazer a sua mégica com um alfabeto binério, é possivel compreender como uma grande _quontidade de informasdes & ormezehada e encontrad 3670 ne cessidade de cédigos complexos nem de alfebetos enormes. Neste €@ no préximo capitulo, examinaremas (1) como as informacoes enéticas dos sees vivos s80 excites em um alfabeto de epenas Modelo computadorizado da estrutura da RNA polimerase Il, que catalcaa trankcrcaa de genes ruicleares em eucariatos quetro letras, 02 quatro pares de bases do DNA, < (2) coms esse9 Informacoes genéticas so expressas durante 0 crescimento e 0 9%) & vuma purina, yrvantinds em Sequéncia -10 ee Filamento-molde Sequéncia -35 lo g> + Sequencias da regido 5) ——~!+ Sequéncias da reiao 3 Desenrolamentolocaizado 1m FICURA 11.8 Estrutura de um promotor tipico em E.coli. RNA polimeraselga-se 8 sequéncia-35 do promotor e nica 0 desenrola- mento dos flamentas de DNA na sequencia ~10 rica em AT. trans- ctigfo comece na bolha de transcrggo em um sitio 5 a 9 pares de bases além da sequéncia ~10. ALONGAMENTO DE CADEIAS DE RNA ‘O alongamento de cadeias de RNA € catalisado pelo cerne da enzima RNA polimerase apés a liberacio da subuni- dade o. A extensio covalente de cadeias de RNA (Figura, 11.5) ocorre na bolha de transcrigéo, um segment de- senrolado de DNA. A molécula de KNA polimerase tem atividade de desenrolamento € reenrolamento do DNA. ‘A RNA polimerase desenrola continuamente a dupla he live de DNA atlantic dy sity de polimesizayau © 1ecinula 6s filamentos complementares de DNA atrés do sitio de polimerizacio enquanto avanca 20 longo da dupla hélice (Figura 11.8). Em E.coli, comprimento médio de uma bo- Iha de transcricio é de 18 pares de nucleotidios, e cerca de 40 ribonucleotfdios sio Incorporados a cadela de RNA ‘em crescimento por segundo. A cadeia de RNA nascente € deslocada do filamento-molde de DNA & medida que a RNA polimerase avanga ao longo da molécula de DNA. A regido de parcamento de bases transitério entre a cadeia ‘em crescimento ¢ o filamentomolde de DNA € muito cur. fa, talver com apenas trés pares ce bases cle comprimento, Aestabilidade do complexo de transcri¢ao € mantida prin- cipalmente peta tigacdo do DNA e da cadela de RNA em crescimento & RNA polimerase, e nio pelo pareamento de ‘bases entre o filamento-molde do DNA e o RNA nascente. TERMINO DAS CADEIAS DE RNA (© término das eadeias de RNA ocorre quando a RNA pol- ‘merase encontra tum sina de término. Quando isso acontece, ‘© complexo de transcricio se dissocia, liberando a molé- ceula de RNA nascente. Existem dois tipos de terminadares de transcrigio em E, col Um tipo 86 leva ao término na presenga de uima provefita chamada 10 (p); poruamto, & sas sequencias de término sao denominadas terminadores dependentes de 16. O outro tipo resulta no término da transerigio sem participagio de rd; esas sequéncias #50 denominadas terminadores independentes de ri. Os terminadores independentes de r6 contém uma re- io rica em GC seguida por seis ou mais pares de bases Sto para otfotato do ronuciensd recesido Cadeia de RNA em crescimento = RNA polimerase TSI SISIVISG ula Hee de NA Localde —Regocurtada “Local de reenroamento hice de DNA-RNA desenrlamento ‘A. ARNA polimerase esté ligada a0 DNA e estende {8 cadela de RNA por ligagao covalente, | Movimento da RNA polimerase Cadeia de RNA em crescimento Dupa neice ‘de UNA. | acl de desenrlamenta clement B. ARNA polimerase deslocou-se em direcdo 3’ partir da pposicdo em (Al, estendendo de maneira processiva a cadeia de RNA nascente, 1m FICURA 11.9 Alongamento de uma cadeia de RNA catalisada por RNA polimerase em cli AT, com presenga de A no filamenta-malde (Figurs 11.10, parte superior). A sequéncia nucleotidica da regido rica em GG contém repeti¢ées invertidas ~ sequéncias de nucleotidios invertidas e complementares em cada fila- mento de DNA. Quando transcritas, essas regides de re- ppeticdo invertida produzem scquéncias de RNA unifila- mentares que podem formar pares de bases e estruturas ‘em grampo (Figura 11.10, parte inferior). As estruturas ‘em grampo de RNA formam-ce imediatamente depois da sintese das regides que participam da cadeia de RNA e retardam © movimento das moléculas de RNA polime- rase ao longo do DNA, causando pausas na extensio da cadeia. Como pareamento de bases AU é fraco, com ‘menor neceasidade de energia para separagio das bases que qualquer dos outros pares de bases tradicionais, a PONTOS ESSENCIAIS. Capitulo 11 | Transcrgéo e Processamento do RNA 269 série de U apés a regiio do grampo facilita que as no- vas cadeias de RNA sintetizadas se separem do molde de DNA quando a estrutura do grampo ocasiona uma pausa da RNA polimerase nesse local. ‘O mecanismo do término dependente de ré da trans- Uigay € seuellane ay dy Wining independente de 16, jd que em ambos ha formacao de um grampo com ligacdes de hidrogénio na direcao 5' a partir do local de término. Nos dois casos, esses grampos impedem 0 movimento da RNA polimerase, provocando sua pausa. ‘No entanto, os termiadores dependentes de ro contem duas outras sequéncias: uma sequéncia com 50 a 90 res de nucleotidios na regido 5' em relacio as sequéncias com repeti¢ao invertida que produz um filamento de RNA com muitas C, mas poucas G, e que, portanto, nfo forma grampos nem outras estruturas secundérias; e uma, sequéncia que especifica wm sitio de ligagin & protefna 16, denominada rut (sho ufilization, utilizacio de r6) per to da extremidade 3° do transcrito. A proterna ro liga-se A sequéncia rut no transcrito € move-se na direcio 5'—> 3’, seguindo a RNA polimerase. Quando a polimerase encontra o grampo, faz uma pausa, o que possibilita a r6 alcangé-la, transpor 0 grampo e usar sua atividade helica- se para desenrolar o pareamento de bases do DNA/RNA, nna término ¢ Tiherar transerito dle RNA TRANSCRICAO, TRADUCAO. E DEGRADACAO DE mRNA CONCOMITANTES Em procariotos, a traducao ¢ a degraclagéo de uma molé cula de mRNA geralmente comecam antes da conclusio dda sua sintese (transcri¢ao). Como as moléculas de mRNA so cintetizadar, tradusidas © degradadas na diregio 5! — 3’, 0s trés processos podem ocorrer simultaneamente na mesma molécula de RNA. Em procariotos, nao existe umn envolt6rio nuclear separando o aparelho de sintese de po- lipeptidios do local de sintese do mRNA. Portanto, uma vez sintetizada, a extremidade 5” de um mRNA pode scr imediatamente usada como molde para sintese de poli- peptidios. Na verdade, com frequéncia, a transcricdo ¢ a fraducio esta hastante integrarlas em procariatos. Oscar Miller, Barbara Hamkalo colaboradores desenvolveramn Xécnicas para observacdo dessa integracao entre transeri- cio € traducio em bactérias por microscopia eletronica. ‘Uma de suas fotografias que mostra a integracio da trans crigio de um gone ¢ da tadugio de seu produto mRNA em E. col é reprodurida na Figura 11.11. A sintese de RNA é dividida em tis estgias: (1) inicagio, (2) alongamentoe (3) termina AL RNA fuimeruses ~enainass yu cated te tnanoer iis ~ as jrvtebnss multiicas ‘complexas + Acextensio covalent de caeias de RNA ocorr nos segmentos de DNA com desensolamento local + Oulomgamenta da cadet vessa quuenalo « RNA polimerase encontia wm sinal de término dae transericdo + Atranserigio, a traduco ea degradagio de moléculas de mRNA costuma ser smultinens ocean 270. Fundamentos de Genética Secu com ete neria 5'-CCCACTGCCGCCAGTTCCGCTGGCGGCATITITICTTTCTTTAATGA +3 3 SORT RRA 105 CORMAN TACT s Fiamentomolde de ONA Seis adeninas | @ enscrigi de repeticdesinertidas gecTescscca Ts y, TTHTCTTTCTTTAATGA -3) \GAAAGAAATTACT -5° Iranserto 3 - CUCAU IGUCGUUAGY Sy ie er ae | Pisses sucess. AAGAAAGAAATTACT CCCACTECEGCCAGTT © GGGTGAGGGCGGTCAA ip cirirogtnn race Grampo com agacoes ~~" derhidrogério {© Ueraio do vaste auerdo» RRNA polmerase faz uma pausa ‘depois da formacéo co grampo. CR STGRCGGCATITTTTCTITCTITAATGA «3 \GGTGACGECGGTCAAGGCGACCGCCGTAAAAAAGAAAGAAATTACT <5 + ecghc O18 Transcrito do RNA | FIGURA 11.10 Mecanismo de término independente de 18 da transcricdo. A medida que a transcrcio prossegue ao longo de um molde de DNA, encontra-se uma regio de DNA que contém sequencias repetidas irvertdas(sombreada). Quando essas sequéncias repetidas S80 trans- crits, 0 tranzrito de RNA contém sequéncias complementares entre si. oncequentemente, formam ae ligagbes de hidrogério e ums estrutura «em grampo. Quando a RNA palimerase encontra esse grampo faz uma pausa,e as fracas ligacdes de hidrogério entre as As subsequentes no ‘lamento-moide e as sno trascnto recer-sintetzado se quebram, otranscrito se desprende do UNA. Capitulo 11 | Transcrigéoe Processamento do RNA 271 ‘TradugSo cimultinea de transetites gtnicoe (RNA) por muitos ribossomos 5 GUNA 11.17 Milage eeiOnke prepaals pur Ona Mile & Babes Hakly atin «heya de toed € Ue wage de um gene em Eco. £possivel vero DNA, 0 mRNA eos rbossomes traduindo maléculas de mRNA. AS cadeesplipeptdicasnascentes, que {stio sendo sitetizadas nos ribossomos, no s8o Vises pois se dobram em configura tridimensional durante a sintese. Transcricéo e processamento de RNA em eucariotos co enzimes diferentes catalisam @ transcrigdo em eu- cariotos,e 0s transcritos de RNA resultantes passam por trés modificacdes importantes, que incluem a exciséo de sequ€ncias no coditicadoras chamadas introns. AS se- quéncias nucleotidicas de alguns transcritos de RNA fo modificadas ap6s a transcrigdo por edigdo do RNA. Embora seja semelhante em procariotos ¢ eucariotos, 0 pro- ‘cesso geral de sintese de RNA é bem mais complexo em eu- ‘cariotos. Em eucariotos, o RNA é sintetizado no micieo, ea maior parte do RNA que codifica protesnas tem de ser trans Portada até o citoplasma para traduco nos ribossomos. Ha indicios de que parte da tradug2o ocorra no nticleo; mas, sem diivida, a grande maioria ocorre no citoplasma. Com frequéncia, os mRNA procaristicos contém as re- fee codifcadoras de dois ou mais genes; cooea mRNA aio ditos multigenicos. Ao contririo, muitos dos transcritos ‘eucaridticos caracterizados contém a regia codificadora de ‘um tinico gene (sio monogénicos). Todavia, até um quarto das unidades de transcricao do pequeno verme Caenoriab- dds deguans pore vcr mnultigenico. Evideseinen, 09 miRNA ‘eucaridticos podem ser monogénicos ou multigénicos. (Os eucariotos tém cinco RNA polimerases diferentes, «¢ cada enzima catalisa a transcrigio de uma classe espe- cifica de genes. Além disso, em eucariotos, a maioria dos transcritos primarios de genes que codificam polipepti- dios passa por trés modificacdes importantes antes de ser transportada até o citoplasma e traduzida (Figura 11.12). 1. Caps de 7-metilguanosina sio acrescentados as exire- midades 5’ dos transcritos primérios. 2, Caudas poli(A) sio acrescentadas as extremidades 3° dos transcritos, gerados por clivagem e nao por térmi- no da extensio da cadeia. 8. Quando presentes, as sequéncias de introns aio corta das dos transcritos. O aps! na maior parte do mRNA eucariético € um residuo de ‘-metilguanosma umido 20 nucleosidio m- Gial do transcrito por uma ligacio de fosfato 5'-5'. A cau- da poli(a) 3’ é um trecho de poliadenosina com 20 a 200 nucleotidios de comprimento. Em eucariotos, a populacio de transcritos primarios em ‘um miicleo é denominada RNA nuclear heterogéneo (hnRNA) em vista da grande variagio not tamanhos das moléculas ‘de RNA presentes. As principais partes desses hnRNA sio sequencias de introns nao codificadores, que sio excisadas dos transcritos primarios e degradadas no micleo. Portan- to, grande parte do hnRNA consiste, na verdade, em mo- Ikculas de pré-mRNA submetidas a varias ctapas de proces samento antes de sair do nticleo, Também, em eucariotos, 05 transcritos de RNA sio recobertos por proteinas de ligacio ao RNA durante on imediatamente apis a sinte- se. Essas proteinas protegem os transcritos génicos contra ‘a degradac3o por ribonucleases, enzimas que degradam moléculas de RNA, durante o processamento ¢ o transpor te até o citoplasma. A meia-vida média de um transcrito _génico em cucariotos é de aproximadamente cinco horas, em contraste com a meiawida média inferior a cinco mi- rnutos em E, col. Essa maior estabilidade de transcritos gé- nicos em eucariotos é consequéncia, a0 menos em parte, de suas interacSes com proteinas de ligacdo ao RNA. CINCO RNA POLIMERASES/CINCO CONJUNTOS DE GENES Enquanto uma sinica RNA polimerase catalisa toda a transcrigao em £. coli, cucariotos cuja complexidade va- ria de leveduras unicelulares a seres humanos tém trés a 272. Fundamentos de Genética XX cap 5" cap > Sto de clvagen 3 -ANAAAIA) 190 ARAAOH Cauda pol) 3 [3s ‘cauaa pom) 3 A 2108 DOHA) 5 ‘ FIGURA 77.12 Em euearotos, a maloria dos transcritos gBnicos passa ports tpos diferentes de pracessamento pés-transcrilonal cinco RNA polimerases diferentes. Trés enzimas, desig- radas RNA polimerases | € Il, estio presentes na maioria dos eucanotos, se nao em todos. lodas as trés sao mais complexas, com 10 ou mais subunidades, que a RNA po- limerase de E, coli. Além disso, ao contrério da enzima de E.coli, todas as RNA polimerases cucaristicas necessi- tam da assisténcia de outras protefnas chamadas fatores de ‘ranscrgdo para iniciar a sintese de cadeias de RNA. ‘As principais caracterfsticas das cinco RNA polimers- ses eucariéticas sio resumidas na Tabela 11.1. A RNA poli- ‘merase | esti no nuciéolo, uma regiao distinta do macleo, ‘onde rRNA sio sintetizados ¢ combinados a proteinas ri- bboss6micas. A RNA polimerase I catalisa.a sintese de todo RNA ribossmico, exceto do pequeno rRNA 5S. A RNA, polimerase II transcreve genes mucleares que codificam protefnas talvez outros genes especificadores de hnR- Caracteristicas das cinco RNA polimerases de eucariotos, | enzima Locatizagao Produtos RNA polimerze Nuciéolo ANA ribossbmico exesto rRNA 5 RNA polimerase | Naicieo Pré-mRNA nuceares RNA polimerase Il | Nacleo {RNA ‘RNA 5S e outros pequenos RNA nucleares RNA polimerase IY | Nico (vegetel) | Pequencs RNA de interference (siRNA) RNA polimerase V Nicieo (vegetal) __Alguns siRNA e transcritos nao codificadores (antisense) de genes-alvo de siRNA NA. A RNA polimerase IIT catalisa as dle RNA transportador, das moléculas de rRNA 5S e do pequeno KNA nuclear. Ate hoje, as RNA polimerases IV e V 6 foram identificadas em vegetais: porém, ha indicios de ‘que possam existir em outros eucatiotos, sobretudo nos AT RNA polimerases IV e V desempentan papel im portante na desativacao da transcricdo de genes pela modificacio da estrutura dos cromossomos, proceso dlenominado remodelagem da cromatina (ver O futuro: Re- modelagem da cromatina e expressao gemica, ¢ 0 Capi- tulo 19). A remodelagem da cromatina ocorre quando as cauidas de histona em mucleossomos (ver Figura 9.18) io quimicamente modificadas ¢ as protefnas interagem com esses grupos modificados, causando maior ou me- tore das moléculae Capitulo 17 | Transcrgéoe Processamento do RNA 273 nor condensacio da cromatina. A RNA polimerase IV sintetiza transcritos que so processados em RNA cur tos denommados pequenos KNA de interferencia (siRNA), importantes reguladores da expressio génica (Capitu- Jo 19), Um mecanismo de acao é a imteracio com ou (ray proeinas pata miodificas (Comdensar ou elaxat) 4 estrutura da cromatina, A RNA polimerase V sintetiza lum subgrupo de siRNA e transcritos nao codificadores (antivense) de genes regulados por siRNA, Embora os detalhes do processo ainda estejam sendo analisados, € provavel que os siRNA mterajam com esses transer- tos nao codificadores e proteinas associadas a nucleos- somos — algumas bem caracterizadas, outras desconhe- cidas ~ para condensar a eromatina em estruturas que nao podem ser transcritas. FUTURO a REMODELAGEM DA CROMATINA E EXPRESSAO GENICA DNA de eucarotos é empacotado em esferas de aprox Ome Tn devine cont das do ON ervolad sobre a superficie do actémeras de histona (Figura 9:18). Nesses nucleossomos, as caudas aminotermi- nas das histonas ligase frmemente ao UNA, mantendo as estri- tras muito compactas. Coma, ento, os fatores de transcicdo e os srandes complexos de RNA polimerasetém acesso 20s promotores€ ttenscrever os genes nos nucleasiomos? A resposta€ que eo est tras dos nucteossomoscontendo genes que precsam ser expressos tém de ser modiicades para tomar os promotores disponivels para as prteinas necessrias & transcrickr ou sea. € preciso que haja remodelagem da cromatina antes de ina a transcrio. watstem vanos pos de remodelagem aa cromanina, alguns apresentados com mais detalhes no Captulo 18. Todos exigem proteinas de remodelagem da cromatina, eralmente complexos de protinas multiméricas Alguns necesita de aporte de energia do ATP. A remodelagem da cromatina pode ocorer (1) por dest- izamento dos nucleossomos a0 longo do DNA, de manera que sequéncias de DNA aspaciica ectajam lncalzadac entre rilens- somos, (2) por modificagéo do espacamento entre os nucleos- snus ou (8) por deslocarnenty de oidmerus Ue histone pate i interval sem nucleossomos. Mas 0 que controla esses processos de remodelager da cromatina? Quais so 0s sina necessérios ara iniclr uma via ezpectiea de remodelagem da eromstina? ( sinas que controlam a rernodelager da cromeatina ainda es- to sendoidentiticados. Noentanto,as modifcacbes de nucleotidos no DNA e de aminoscidos nas caudesprotuberantes de hstonas em rucleossomos térn paps estratgicos (Figura 1). Muitos genes de Imamiferos contéim sequtncas cas na sequen uinuceotitica 5'-C0G-3" 3'-GpC-5 ten direyau 5° par dos sus de inicio da tenstigdo Esse 1e- 60s rcas em CpG so chamadasihas de CpG e so importantes sequéncias reguadoras. As itosinasnasihas de CpG séo submeti- dos a metilagSo, 0 acréecima de grupos meta (CH,) © a ithae de CpG metiladas S30, por sua ver, sitios de ligacio de protelnas cH: 1? (onde pindica uma bUpG3'igecaofostodester) 3-G90—5 Hs (a) Metlagio do DNA Octimero de historas CHsChe Acetiagao istona HI na "Uc—Fostorlagao () Moatcacces da histona 1m FIGURA 1 Modificacbes quimicas de (A) DNA e (B) histonas participantes da remadelagem da cromatina, que regula a transcricg. Em muitos casos 2 metilacfo das ihas Je Cp ocala a epressy de uansciysy de gees wahihos Ne entanto, estudos recents india que em algumassituacdes a remodelagem da cromatina pode causaralteracbesglabas da ex- rosci ginia, incisive repeasca watvac Os aminodcids nas caudas protuberantes de histona dos nu- ceossomos tamer s20 metados,e esses grupos meta no UNA enashistonas atuam untos para compacta acromatirae reprimi-, a expressio rica, Mas a metilacdo no tudo! As caudas pro- tuberantes de histonas passam por mis duas medificagSes ace- tag, o acréscimo de grupos acetila (CH,CO,) fosfrlagso, 0 acréscimo de grupos fosfato (PO) A aati fa male importante daceae madiiache Capos acetila s8o acrescentados a resduos de lsinaespecticos nas cau- ds dehistona por enaimas charnadas acetiases,neutralizando as cargaspostvas dessstsinas (ver Figura 12.1), Consequentemente, a acetilagioreduzainerag entre o DNA de carga negativa eas Leia aresposte de problema ne ite htp://gen-io.grupogen.com.br. a eficiéncia da iniciacio (Capitulo 19). Os fatores de tanscriggo basais tm de interagir com promotores na sequéncia correta para iniciar a transcricao eficaz (Figu- ra'11.14), Cada fator de transcricao basal € designado THX (do inglés, Transcription Factor X for RNA polymerase If, fx tor de transcricio X para RNA polimerase Il, em que X uma letra que identifica 0 fator individual). ‘TFIID € 0 primeiro fator de transcricio basal a inter gir com o promotor; contém uma proteina de ligacao a ‘TATA (TBP) e varias pequenas proteinasassociadasa TBP (Figura 11.14). Em seguida, TRA unese ao complexo, seguido por TFIIB. Primeiro, TFIIF associa-se a RNA po- Timerace TI, ¢ enti TFIF ¢ RNA polimerase Timem-sr a0 complexo de iniciacio da transcricao. TFIIF contém uas subunidades, uma das quais tem atividade de de- senrolamento do DNA. Portanto, TFIF provavelmente catalisa 0 desenrolamento localizado da dupla hélice de DNA necessério para iniciar a transerigio, TEHE, enti, tunese ao complexo de iniciacio, ligando-se ao DNA na regido 3° em relacio a0 ponto de inicio da transericao, Dois outros fatores, TFIIH € TFIY, unem-se ao complexo depois de TFIEE, mas suas localizacdes no complexo sio dlesconhecidas. TFHIT tem atividade de helicase © segue com a RNA polimerase II durante o alongamento, desen- roland os filamentos na regio de transcricio (a “bolha de transcrigio") As RNA polimerases Ie II iniciam a transcricio por processos semelhantes aos da polimerase Il, embora um ;ouco mais simples, a0 passo que os processos emprega- dos pela RNA polimerases IV e V esto sendo investigados. (Os promotores de genes transcritos pelas polimerases T III sio muito diferentes dos usados pela polimerase II, embora as vezes eles contenham alguns elementos regu- adores iguais. Os promotores da RNA polimerase I sio bipartidos, com uma sequéncia central que se estende de cerca de 49 4 +20 € umi elemento de controle ma regio 5 que se estende de ~180 a aproximadamente ~105. As duas regides tém sequéncias semelhantes, ¢ ambas sio r- cas em GC. A sequéncia cential é suficiente para a inicia- cio; no entanto, a eficiéncia da iniciagio é reforcada pela presenca do elemento de controle na regio 5’, também chamada upstream (a montante) ou seja. na direcao 5 276. Fundamentos de Genética TAIN ligase & seqrcia TATA eel ¥ | te @ TrAurese 20 comple de ricer. > Y ' she “© THB igase 00 complex de iia. Dd —— “© TAF, que tom atiidado Ge deserrolamento, ue-se ‘an complexa; apnimerase ly também se liga a ele. NA please ee © TrIE ligase 20 cemplex de nico. y NR pera 1 FICURA 11.14 A inlagdo da transcrcfo por RNA polmerase I re- «quer a formagdo de um compiexo de iilagdo da trensencao basa ‘Na regido promotora. A montagem desse complexo comeca quando TFID, que contém a protein de ligagdo TATA (TBP), ligase & se- ein TATA Ce mene ttre a tancvican #2 BNA peter Uinem-se ao complexo na sequéncia mostrada # interessante notar que os promotores da mai dos genes transcritos pela RNA polimerase III estio lo- calizados dentro das unidades de transcrigao, na regiao 3" em relacio aos pontos de inicio da transcricio. ou seja downstream, 01 a jucante, 04 aja, na diregio 8", ¢ no na rregido 5' como nas unidades transcritas pelas RNA poli- ‘erases |e Il, Os promotores de outros genes transcritos pela polimerase III esto upstream em relacio ao sitio de inicio da transcricdo, assim como nas polimerases I II. Na verdade, os promowres dat polinetase HI pode ser divididos em trés classes, e duas delas tém promotores localizados dentro da unidade de transcricao. ALONGAMENTO DA CADEIA DE RNA E ACRESCIMO DE CAPS DE METILGUANOSINA NA EXTREMIDADE 5’ Depois que sio liberadas de seus complexos de iniciagio, ay RNA polimerases eucari6ticas catalisam 0 alongamene to da cadeia de RNA pelo mesmo mecanismo das RNA polimerases de procariotos (ver Figuras 11.5 ¢ 11.6). Ex tudoe sobre ae eetruturae crittalogrifieas de virias RNA. ppolimerases mostraram com clareza as caracteristicas principals dessa importante enzima. Embora as RNA ppolimerases de bactérias, arqueobactérias e eucariotos tenham diferentes subestruturas, as caracteristicas prin- i de aya siv uiuity semellantes. A cstrutura cristalogrfica da RNA polimerase I (resolugio 0,28 nm) de S. cerevisiae € mostrada na Figura 11.154, A Figura 11.158 é uma representagio esquemitica das earac- teristicas estruturais de uma RNA polimerase e sua inte- ragao com o DNA ¢ o transcnto de KNA em crescimento. No inicio do processo de alongamento, as extremida- des 5" dos pré-mRNA eucaridticos sio modificadas pelo acréscimo de capsde 7-metilguanosina (7MG). Eses caps de 7-MG sio acrescentados quando as cadeias de RNA ‘em crescimento tém apenas cerca de 30 nucleotidios de comprimento (Fgura 11.16). © cap de 7MG tem wma I gacio tifosfato 5-5" incomum (Figura 11.12) e dois ou mals grupos metila, Esses caps 5’ sfo acrescentados por cotranscricio pela via de biossintese mostrada na Figu- 1a 11.16, Os caps de 7MG sio reconhecidos por fatores pproteicas que participam da iniciaglo da traducio ( tulo 12) ¢ também ajudam a proteger as cadeias de RNA ‘em crescimento contra a degradagao por nucleases. E preciso lembrar que genes eucariéticns estio pre- sentes na cromatina organizada em nucleossomos (Ca- ptulo 9). Gomo a RNA polimerase wanscreve 0 DNA ‘empacotado em nucleossomos? E preciso desmontar 0 nucleossomo antes que se possa transcrever o DNA em 2eu interior? Ao contrivio do cxperado, a RNA polime rase IT € capaz de transpor os nucleossomos com a ajuda ‘de um complexo proteico denominado KACI (do ingles, facilitates chromatin transcription, facilita a transcricao {da cromatina), que remove os dimeros de histona H2A/ THB dos uuceusuinus, deinaudy “exasomes” de histo na. Depois que a polimerase II transp3e 0 nucleossomo, FACT e outras proteinas acessérias ajudam a depositar novamente os dimeros de histona, restaurando a estrutu- ra do nucleostomo. Cabe notar ainda que a estrutura da ‘cromatina que contém genes em transcrigao ativa é me- nos compacta que a estrutura da cromatina que contém Capitulo 11 | Transcrgéoe Processamento do RNA 277 DNA eaindo da RNA pokmaraee (upstream) Transerigéo DNA ontrande na RNA polimerase . Fund Entrada detrfosatos RN polmerase e rbonvcleosicio [A Cetrutura cristalogréfica de RNA polimerase Il de lovedure. . Diagrama de interayav enlve DNA © RNA polimerase com base nas estruturas cristalogréficas e em outras andlises estruturais. | FICURA 11.15 Estrutura da RNA polimerase. A. Estruturacrstalogréfica da RNA polimerase Ilda levecuraS. cerevisiae. B, Diagrema de uma RNA polimerase, mostrando sus interagSo com 0 DNA (azul) ea cadela de RNAnascente (verde).Embora 2s subunidades que compsem as RNA polimerases variem entre enzimas de bactria,arqueobactrias e de eucaiotos, as caractersticasestruturals bsicas s40 muito semelhantes ‘em todas as espécies. ‘genes inativos. A cromatina em que os genes ativos esto ‘empacotatios tende a conter histonas com grande quan- tidade de grupos acetila (Capitalo 9), enquanto a croma- tina com genes inativos contém histonas com menos gru- Esto inicial na transcrigZo de um gene por RNA polimerase I, RNA polimerase I Unidad de transcrcso ems CH GopooNp => Oh, 2-D-metivansterese CH tty Cusine Fuetivatease Sonnet > PPP, Guanitransterase cP. enNeNp— Etremidade 5' do transrto primario B. Via de bioesntozo do eap de 7-MG. 1 FIGURA 1.16 Caps de 7-metilguanosina(7-MG) sto acrescentadas 2s extremidades 5 dos pré-mRNA logo depois 4 ico do processo 6e alongamento. os acctila, Essas diferencas séo apresentadas com mais, detalhes no Capitulo 19. TERMINO POR CLIVAGEM DA CADEIA E © ACRESCIMO DE CAUDAS POLI(A) 3’ As extremidarles 8° dos transeritos de RNA sintetizados por RNA polimerase II sio produzidas por clivagem en- donucleolitica dos transcritos primérlos, nao pelo térmi- no da transcricao (Figura 11.17). Os processos de térmi- no real da transcri¢io costumam ocorrer em miiltiplos sitios 1.000 a 2.000 nuclcotidios downstream ao local que ser a extremidade 3" do transcrito maduro. Ou seja, a transcricao ultrapassa o local que serd 0 término 3’, ¢ 0 segmento distal é retirado por clivagem endonucleoliti- ca. A clivagem que produz.a extremidade 3" de um trans- ento geralmente ocorre em um sitio 11 a 30 nucleot- dios downstream a.um sinal de poliadenilacio conservado, consenso AAUAAA, € upstream a uma sequéncia rica em GU perto da extremidade do transcrito. Depois da cliva- ‘gem, a enzima polimerase poli(A) acrescenta caudas poli(A), trechos de residuos de monofosfato de adenosina com aproximadamente 200 nucleotidios, is extremidades 3! dos transcritos (Figura 11.17), O acréscimo de caudas poli(A) a MRNA eucari6ticos € denominado poliadenila- ‘io. Para analisar o sinal de poliadenilacao do gene HBB (Bglobina) humano, leia Resolva!: Formacao da termi- nayay 9 Ue uu Gansiriwy de RNA pulines soe 1 A formagdo de caudas poli(A) em transcritos requer um componente de especificidade que reconhece a se- quéncia AAUAAA e se liga a ela, um fator estimulatdrio que se liga & sequéncia rica em GU, uma endonuclease € a poli(A) polimerase. Essas proteinas constituem um complexo multimérico responsivel tanto pela clivagem 278 Fundamentos de Genética RNA polimeraeo i Unidade de transcricso 50 Seviria recom “ Civagen "© cwagem pr endonuease endonueaia oo Tan “@ beicdo da cauda polit) la pot polmerase ed a 3 Cauda poliA) 1m FIGURA 11.17 Caudas poli(A) sdo acrescentadas as extremidades 3° dos transcritos pela enzima poli(A) polimerase. Os substratos da ‘extemidade 3" para a pol(A)polimerase sao produzidos por Leia aresposta do problemane ste ‘ttp:1/gen-io.grupogen.com.br. Ao contririo da RNA polimerase Il, a# RNA polime- rases I e III respondem a sinais de término definidos. A RNA polimerase 1 termina a transcricao em resposta a ‘uma sequéncia de 18 nucleotidios reconhecida por uma protefna finalizadora associada, A RNA polimerase IL responile a tun siuual de ter niny semelliaine av cer dor independente de 16 em B. coli (Figura 11.10). EDICAO DE RNA | ALTERACAO DAS INFORMACOES CONTIDAS NAS MOLECULAS DE mRNA Segundo o dogma central da biologia molecular, as infor macées genéticas fluem do DNA para o RNA e do RNA pata as proteiuas durante a expressiv géniva, Numa mente, as informacoes genéticas nao sao alteradas no mRNA intermediario; no entanto, a descoberta da edigso do RNA mostrou que hi excecdes. Os processor dle edicio dle RNA alteram 0 contetido de informacdes dos transer- tos genicos de duas manetras: (1) modificagao das estru- turas de bases individuais e (2) insereio ou delecio de residuos de monofosfato de uridina. © prinwity tipo de ediao de RNA, que Cauna a substi- ticio de uma base por outra, é raro. Esse tipo foi desco- berto em estudos dos genes de apolipoproteina B (apo-B) ‘emRNA em coelhos e seres humanos. As apolipopro! nas slo proteinas do sangue que transportam determi- nados tipos de moleculas ce gordura no sistema exrcula- t6rio. No figado, 0 mRNA de apo-B codifica uma grande proteina com 4.563 aminodcidos de comprimento. No Intestino, 0 mRNA de apo ditige a si proteina com apenas 2.153 aminoscidos, € um residtuo dle C no pré-mRNA 6 convertido em U, gerando um c6- don UAA interno de término da twaducio, que leva A pro dlucdo de uma apolipoproteina truncada (Figura 11.18) UAA € um dos trés codons que finaliza cadeias polipepti- dicas durante a traducao. A producio de um cédon UAA na regio codificadora de um mRNA causa a interrup- cio prematura do polipeptidio durante a traducio, com sintese de um produto génico incompleto. A conversio CU € catalisada por uma proteina de ligacdo ao RNA sequénciaespecifiea com atividade de retirada de grupos amino dos residuos de citosina. Um exemplo semelhante de edicdo de RNA foi documentado em um mRNA que cespecifica uma proteina (0 receptor do ghitamato) das ¢€- Tulas encefilcas de rato. A edigio de mRNA mais extensa do tipo G> U ocorte nas mitocéndrias de vege ‘quea maioria dos transcritos génicos passa poralgum grat de edicao. As mitocOndrias tém seus proprias genomas de DNA ¢ mecanismos de sintese proteica (Capiinlo 15). Fm alguns transcritos presentes em mitocOndrias de vegetais, ‘amator parte de C € convertida em resfduos de U. ‘Um segundo tipo, mais complexo, de edicao de RNA ‘ocorre nas mitocéndlrias de tripanossomos (grupo de protozoirios flagelados causadores da doengadosonoem seres humanos) . Nesse aso, os residuios dle monofosfato de uridina sio inseridos em (is vezes deletados de) trans- génicos, cansando importantes modificacées nos tese de uma DNA 5 OTOCEF OTA wie // Tsrég\ eo seaudnda eons ca ean { rates coon oi Be ne eoon Apolipoproteina Apolipoproteina com 4 38 aintios com 2183 mniioe | FICURA 11.18 Edigho do mRNA da apolipoproteina B no Intestino do mamieroe Capitulo 11 | Transcrgéoe Processamento do RNA 279) polipeptidios especificados pelas moléculas de mRNA. Essa edicdo de RNA é mediada por RNA-guias transcri- tos de genes mitocondriais distintos. Os KNA-guias con- tém sequéncias parcialmente complementares aos pré- mRNA a serem editados. O pareamento entre RNA-guia © préwRNA produz lacuras com restos de A sent pat no RNA-guia. Os RNA-guias servem de molde para edi- io, pois ha insercao de U nas lacunas das moléculas de prémRNA diante de A nos RNA-guias. Por que ocorrem esses processos de edicio do RNA? Por que as sequéncias mucleotidicas finais desses mRNA no sio especificadas pelas sequéncias dos genes mito- condriais, como ocorre na maioria dos genes nucleares? As Lespusias a esas petgunlas initeresantes ainda so puramente especulativas. Os tripanossomos sio euca- riotos unicelulares primitivos que divergiram de outros cucariotor no inicio da evolugio. Algune evolucionictas especularam que a edigio de RNA era comum em célu- Jas antigas, nas quais supostamente muitas reagOes eram catalisadas por moléculas de RNA, em vez de protefnas. Outro ponto de vista é que a edico de RNA é um meca- nisiny primitive para allerar palides de expressiv geni- a. Qualquer que seja a razao, a edigo de RNA tem papel importante na expressao de genes nas mitocondrias de tripanossomos e vegetais. PONTOS ESSENCIAIS + Eaisieom uch cin RNA podimerises diferente nsec, «snd olimerie seen sum conjuntoespeifica de nes © Os transcrtas de genes eucariétcos geralmente passam por trés modificagdes principais: (1) 0 ‘evicima de cap da Zaeilguannsina as trminegies ', (2) 0 arsacimn de caudas pai(A) 2 cextremidades 3 (3) a excisdo de sequéncias de introns nao codificadores + As njormagoescontidas em alguns transontos eucancics so alteradas pela etizao do KNA, ‘eve modifica as sequéncias mucleatdicas das transeritos antes de sua traducéo Genes interrompidos em eucariotos | Exons e introns ‘A maioria dos genes eucaridticos contém sequéncias nao codificadoras denominadas introns, que separam as se- ‘quéncias codificadoras ou éxons. Os introns so excisa- dos dos transcritos de RNA antes do transporte para o onl) fiton [fxon2) von |ésan3 oe DROSS | arscitn ‘Transerto 5 Es0n 1 hoon fan2_ itn fxen'3. 3 primério = - _ cadanin Cad 1 Been 1 fon 2 Ban 3.” ay va oes | vats 1m FICURA 11.20 Exciso de sequencias de introns dos transcritospri- iméris por recomposigo de RNA. mecanismo de recomposigio ‘tem de se preciso para o nucleotiio de maneira a garantir a traducéo correta dos cédons em éxons na regido 3" para produair a sequénca correta de aminoécidos no produto polipeptidico, conservadas de diferentes introns sio as sequéncias dinu- cleotidicas nas extremidades dos introns, a saber intron G£09-GTnnonAG-€x0n As sequeéncias mostradas aqui correspondem ao filamen- to1ndo molde de DNA (equivalente 20 transcrito de RNA, mas com T em vez de U). Além disso, ha sequéncias de consenso curtas nas juncées éxon-intron. Para os genes anucleares, aajungées de consenso 80 exon {atgon on ae a AeiGrsGiooT oo gwAseGus Te ~~ 6PY¥r4.67N CesAiooGion N 0s subscritos numéricos indicam as frequéncias percen- tuals das bases de consenso em cada posicio; assim, um subescrito 100 indica que ha sempre uma base nessa posi- ao. Ne Py indicam que qualquer um dos quatro nucleo- tidios padronizados ou pirimidina, respectivamente, podem estar presentes na posicio indicada. As jungdes éxon-intron sao diferentes nos genes para tRNA e genes cestruturais nas mitocéndrias e cloroplastos, que usam di- ferentes mecanismos de recomposi¢io do RNA. No en- tanto, diferentes espécies apresentam alguma conserva- ao de sequéncias nas juncées éxon-intron. ‘Uma pesquisa recente mostrou que a recomposi¢ao © seyuéutian de fitiuns pcan influcnciat « expier sio génica. Evidéncias diretas de sua importncia ad- vieram de mutacdes nesses sitios que causam fendtipos ‘mutantes em muitos eucariotos diferentes. Na verdade, as vezes essas mutacées sio responsiveis por doencas hereditérias em seres humanos, como distirbios da he- ‘moglobina. ‘A descoberta de introns nio codificadores not ge nes despertou grande interesse no(s) mecanismo(s) de retirada das sequéncias de introns durante a expressao génica. A demonstracéo inicial de que as sequéncias de fntrons em genes eucaridticos eram transcritas com as seyutucias de éxvus Cones samento de transcritos génicos primétios. Assim como 6s sistemas in witro ofereceram informagées importantes sobre os mecanismos de transcricio ¢ traducio, a chave para compreender os eventos de recomposicao do RNA fo10 desenvolvimento de sistemas de recomposicao i vt- tro, Com 0 auxilio desses sistemas. os pesquisadores mos- traram que existem trés tipos de excisio de introns dos transcritos de RNA. WoU as penquisas uu proces 1, Os introns de precursores do tRNA siio excisados por clivagem endonucleotidica precisa e reagdes de liga- «Go catalisadas por atividades de endonuclease ¢ ligase de recomposicao especial. 2. Os introns de alguns precursores de rRNA sio retira- dos por mecanismo autocalitico em uma reago espe- cffica mediada pela prépria molécula de RNA. (Nao ha participacao de atividade enzimatica da protefna.) 8 On introns de tranceritos de pré mRNA nucleareo (hnRNA) sao excisados em reagdes em duas etapas efetuadas por particulas de ribonucleoproteina com- plexas chamadas espliceossomos. Esses trés mecanismos de excisio de introns sera apresentados nas proximas trés secoes. Existem outros mecanismos que, por uma questio de concisio, nio se- rio expostos aqui. RECOMPOSICAO DO PRECURSOR DE tRNA | ATIVIDADES ESPECIFICAS DE NUCLEASE E LIGASE A reagio de recomposicio do precursor de tRNA foi ana- lisada em detalhes na levedura Saccharomyces cerevisiae. Na anélise do mecanismo de recomposicio de 1RNA em S. cerevisiae usaram-se tanto sistemas de recomposicao in ilro quamww mutanies no stu de recomposicao termos- sensiveis. A excisio de introns dos precursores de tRNA da levedura ocorre em dois estgios. No estgio I, uma en- donucloase de recomposigao ligada A membrana nuclear faz dois cortes precisos nas extremidades do intron. Depois, no estigio Il, a ligase de recomposicdo une as duas metades do tRNA e produza forma madura da molécula de tRNA. Acespecificidade dessas reacbes est nas caracteristicas tri wervatlas dos precursuies de URNA, nas sequéncias nucleotidicas propriamente ditas. dimensions e RECOMPOSICAO AUTOCATALITICA ‘Um tema geral em biologia é que o metabolismo ocorre por meio de sequéncias de reagées catalisadas por en- Zimas, Essas enzimas importantissimas geralmente si0 proteinas, as vezes sio polipeptidios e, outras vezes, he- teromultimeros complexos. Ocasionalmente. as enzimas necessitam de cofatores no proteicos para executar stat fingdes. Quando ha alteracio de ligacdes covalentes, ge- ralmente se presume que a reacao € catalisada por wma enzima. Portanto, houve grande surpresa quando Tho- mas Cech e seus colaboradores descobriram, em 1982, (que U fiuon uy precursor do tRNA de Terulymenu der ‘mophila era excisado sem que houvesse nenhuma ativida- de catalitica de proteinas. Agora, porém, esta claro que a atividade de recomposicio que excisa 0 intron desse precursor de rRNA é intrinseca da propria molécula de KA. Na verdade, ech e Sidney Altman compartilha- ram o Prémio Nobel de Quimica de 1989 pela descoberta dos RNA cataliticos. Além disso, essa autorrecompasicao ou atividade autocatatitca ocorre cm precursores de rRNA de varios eucariotos inferiores e em grande quantidade de precursores de rRNA, tRNA ¢ mRNA em mitocéndrias fo clornplacine de muitas eepéciee difrentes Na casn de muitos desses introns, o mecanismo de autorrecompo- sico € igual ou muito semethante ao empregado pelos precursores de tRNA de Tetrahymena (Figura 11.21). Em 5 © igo osttser ray ex Ther wanterida pare 0-14 cna a ligagao éxon 1-intron, BA © Aigacdo ostosster ‘a jungao tron-Exon 26 transerda para 2 extremidade 3: do 07 1, unindo os Goons ie 2. TRINA recomposto | FICURA 11.21 Diagrama do mecanismo de autorrecomposico do precursor de RNA de Tetrahymena thermophila e subsequente circu- larizacdo do intron excsado. Capitulo 11 | Transcrgéo e Processamento do RNA 283 outros, o mecanismo de autorrecomposigio 6 semelhan- te ao mecanismo de recomposic¢ao observado nos pre- cursores de mRNA nuclear, porém sem participacao do espliceossomo (veja a préxima secio). A excisio autocatalitica do intron no precursor do IRNA de Teoulymenu e Ue algusis yuu {uUUns 10 16 quer fonte de energia externa nem atividade catalitica de proteinas. Em vez disso, 0 mecanismo de recomposicao conta com a participago de uma série de transferéncias de ligacio fosfoéster, sem percia nem ganho de ligacées no proceso. A reacao requer um nucleosidio ou nucleo- tidio guanina com um grupo 3'-OH livre (GTP, GDP. GMP ou guanosina) como cofator mais um cétion mono- valente ¢ um eétion divalente. A G-3'-OH € indispensével; no pode ser substituida por nenhuma outra base no co- fator do nucleosidio ou nucleotidio. O intron é excisado por dias transfordnciae de ligacin fief {intron excisado pode ser circularizado por meio de outra transferéncia de ligacdo fosfoester. A Figura 11.21 ilustra essas reagdes, 6, depois, 0 iron a ‘excisado = | © circuarzacio Sarno transrenca Frome de ei gar fostéster 7 iron Fragnesto \ ciularizado is 04 284 Fundamentos de Genética A circularizagio autocatalitica do intron excisado sugere que a autorrecomposicio desses precursores de RNA ocorre principalmente, se nao totalmente, na pro- pria estrutura do intron. E provavel que a atividade auto- catalitica dependa da estrutura secundaria do {ntron ou, av menos, da esuuutura secundatia da molécula precure sora de RNA. As estruturas secundarias desses RNA que se autorrecompdem causa justaposicao dos grupos reati- vos para possibilitar as transferéncias da ligagio fosfo- éster. Uma ver que as transferéncias de ligacao fosfoéster para autorrecomposi¢ao sio reacoes que podem ser re- vertidas. a répida degradacdo dos introns excisados ou a exportacio do rRNA recompostos para o citoplasma podem levar avante a recomposicao. Observe que as reacdes de recomposi¢ao autocatali- tica sio de natureza intramolecular e, portanto, no de- pendem da concentragio. Além disso, oc precurcores de RNA sio capazes de formar um centro ative ao qual se liga 0 cofator guanosina-S-OH. A recomposicao auto- catalitica desses precursores de rRNA demonstra que os sitios cataliticos no estio restritos as proteinas; no en- tanto, nio ha atividade catalitica pans como nas enzimas, apenas atividade catalitica cs. Alguns cientistas acreditam que a recomposi¢io autocatalitica do RNA pode ser um vertigio de um mundo inicial & base de RNA. RECOMPOSICAO DE PRE-mRNA | snRNA, snRNP E ESPLICEOSSOMO Os introns nos pré-mRNA nucleares sio excisados em ‘duas etapas, assim como os introns nos precursores do ARNA de leveduras € nos precursores do rRNA de Te trakymena comentados nas duas secées anteriores. No entanto, os introns nao xo excisarios por nucleases ¢ ligases de recomposicao simples nem por mecanismo aulocalitico, © também nao ha necessidade de cofs- tor guanosina. Em vez disso, a recomposicéo do pré- mRNA nuclear esté a cargo dos espliceossomos, estruturas complexas de RNA proteinas. Essas estruturas asseme Tham-se, em muitos aspectos, a pequenos ribossomos. Elas contém um conjunto de pequenas moléculas de RNA denominadas snRNA (pequeno RNA nuclear) cerca de 40 proteinas diferentes. Jé se conhecem os dois estdgios na recomposigéo do prémRNA nuclear (Figu- ra 11.22), mas alguns detalhes do processo de recompo- sigio ainda sio incertos. ‘Cinco snRNA, denominados U1, U2, U4, UB e U6, participam da recomposigdo do pré-mRNA nuclear como componentes do espliceossomo. (O snRNA U3 esta no nucléolo e provavelmente participa da formacio de ri- bossomos.) Em mamiferos, o tamanho desses snRNA va- la de 100 (CO) a 215 nucleoudios (U3). Alguns snRNA na levedura S. caevisiae so muito maiores. Esses snRNA no existem como moléculas de RNA livres. Em vez disso, estio presentes em complexos de pequeno RNA nuclearproteina denominados sakNP (do inglés, small ‘nuclear ribonucleoproteins, pequenas ribonucleoproteinas nucleares). Os espliceossomos sio montados a partir de Exon 1 intron Exon 2 7 2 v sto ae sabe sto de recomposgioS) ramfcacéo—_recomposio 3 (QA sre U1 ligase 20 sitio de reconposiad 3, e@ SAN U2 Tigase 20 lca deramicar ey, yo espliceossomo completo monta chm Fanorto rosa do | e. sii de recomposiéo 9 cele cxtremidede 8 do irron uno 200 ‘Ro lacal de ramfcacdo e forma ‘uma estrture em lg, com Sberacdo de UI e UA. ee we Omron em forma de laca¢ moerado [unlamente com as saRNP U2, Useus. > front} Exon —— mnRNA recomposio 1m ACURA 1.22 Suposts papes das SMRNP que contr snRNA na recomposigéo do pré-mRNA nuclear, ‘quatro diferentes snRNP e fatores de recomposi¢io de proteinas durante o processo de recomposicio. Cada um dos snRNA Ul, U2 ¢ UB est presente sozi nnho em uma particula de snRNP especifica. Os snRNA U4 € US esto presentes juntos em uma quarta sn INP; os snRNA U4 e U6 contém duas regides de complemen- taridade intermolecular que formam pares de bases na snkNP U4/U0. Gada um dos quatro Upos de paruicutas de snRNP contém um subgrupo de sete protefnas snRNP bem caracterizadas além de uma ou mais protefnas ex- clusivas do tipo expecifico da particula de anRINP. (O primeiro estgio na recomposicio do pré-mRNA nu- clear € a clivagem no sitio de recomposicao 5° do intron (L GU-intron) ¢ a formacdo de uma ligacao fosfodiéster intramolecular entre 0 carbono 5’ da G no sitio de cliva gem € 0 carbono 2 dle um residuio A conservado perto da extremidade 3° do intron, Esse estagio ocorre em espli ceossomos completos (Figura 11.22) e requer a hidrélise dio ATP. Hi evidéncias de que a snRNP Ul tenha de se ligar ao sftiv de recomposicao 5” antes da reacdo de ic vagem inicial. O reconhecimento do sitio de clivagem na exiremidade 5’ do intron provavelmente implica parea- mento de bases entre a sequéncia de consenso nesse sitio ‘e uma sequéncia complementar perto da terminacio 5° do snRNA UL. No entanto, a especiticidade da ligacio de pelo menos algumas snRNP as sequéncias de consenso «lo intron exige tanto os saRNA quanto proteinas snRNP cespecificas. PONTOS ESSENCIAIS. - Capitulo 17 | Transcrgéoe Processamento do RNA 285 A segunda snRNP a ser acrescentada ao complexo de recomposicio parece ser a snRNP U2; esta se liga a se- quencia de consenso que contem 0 residuo A conservado que forma 0 ponto de ramificacio na estrutura de laco do intron recomposto. Em seguida, a snNP U5 ligase a0 sitiv de recompusigan 9", © a suRNP U4/U6 € acrencentar da ao complexo para produzir o espliceossomo completo (Figura 11.22). Quando 0 sitio de recomposicio 5 d ton é clivado na I etapa, a snRNA Ud se solta do esplice- ‘ossomo. Na 2" etapa da reacio de recompesicio, o sitio de recomposicao 3 do intron é clnvado, e os dois exons sa0 tunidos por uma ligacao fosfodiéster 5/3" normal (Figu- ra 11.22). Agora o mRNA recomposto esté pronto para exportado para o citoplasma ¢ taduzido em ribosiomos. As sequéncias de introns nao codificadores sao excisadas dos transcritos de RNA no ntcleo ‘antes de seu transporte para 0 citoplasma + Os tnarons nos precursors do iRNA so removids peta acao confunta de wma endonuclease ¢ una ligase de ecomposicdo, enguanto a exciso das introns em alguns precursors do rRNA é ‘autocataitica — sem partcipacdo de proteina catalitiea + Os introns nos pré mRNA nucleans so excisados om estruturas de ribomucleoproteinas complexas chamadias expliceossomos +O processo de excistio de introns tem de ser preciso, com acuatcia em nivel de nucleotides, para avant que os cédons nos éxons distas aos futons eam lida cormtamente durante a traduco. Exercicios 1. Seofilamento-molde de umsegmento de um gene tem a sequéncia nucleotidiea 3-GOTAAGCS’, qual é a sequéncia nucleotidica do transcrito de RNA especificado por esse segmento de gene? Resposta: O transcrito de RNA & complementar ao fila mentosmolde € tem polaridade quimica oposta, ‘como na ilustracao adiante: Filamentomolde de DNA: —3'GCTAAGC-5' ‘Transerito de RNA: ROGAUOGS 2 Seo filamento nio molde de um gene em E. cali tinha a sequéncia: B'-TTGACA(I8 bases)-TATAAT (Shases)-GCCTTCOAGTG3" qual seria a sequéncia nucleotidica no transcrito de RNA desse gene? =10 perfeitas. A transcricio deve se uum sitio de cinco a nove bases downstream a se- quéncia 10 TATAAT, ea terminac: to deve conter uma purina. O filamentommolde ea extremidade 5° do transcrito devem ter a seguinte cestrutura: 10.5" lo transeri= Filamento-molde de DNA: Gequéncia-85)——_(sequéneia -10) 3-AACTGE-(I8 bases) ATATTA(8 bases)-CGGAAGGTCAGS' ‘Transerito de RNA: BLGECUUCCAGUG.' 3. Seo filamento ndo molde mostrado no Exercicio 2 fosse parte de um gene de Drnwphilaem ver de F. ‘oli, o transcrito produzido seria igual? Resposta: Nio, porque as sequéncias promotoras que aeenltralarn s Rearesgei girs ernvacatiscetcetin Dew Phila sio diferentes dos promotores em procariotos como a E. col. Portanto, o gene de E, coli provavel- mente nao seria transcrito se presente em Drosophila. 4. transcrito primério ou prémRNA de um gene nuclear em chimpanze tem a sequencia: 5'.C_éxon 1 ACCUAACC intron-CACUC-éx0n 2A3" Depois da excisio do intron, qual € a sequéncia mais provivel do mRNA? Resposte: Os introns contém cerminacdes dinucleotidicas altamente conservadas: 5{-GT-AG3' no filamento nao molde de DNA ou 5-GU-AG3’ no transcrito de RNA. Portanto, é quase certo que a sequéncia do tron seja 5GUUAAGC-intron- CAG". Com a ex- isto precisa do intron, a sequéncia do mRNA sera 51G éxon | AGUG éxon® AS!

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