Scribd Logo
Upload

Welcome to Scribd!

  • Gil Vicente - O Teatro de Corte e A Dramaturgia Popular - José Augusto Cardoso Bernardes

    Uploaded by

    maria eduarda pautz
    7 views13 pages

    Original Title

    Gil Vicente - O Teatro de Corte e a Dramaturgia Popular - José Augusto Cardoso Bernardes

    Copyright

    © © All Rights Reserved

    Available Formats

    PDF or read online from Scribd

    Did you find this document useful?

    Is this content inappropriate?

    Report this Document

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Download as PDF or read online from Scribd
    Flag for inappropriate content
    7 views13 pages

    Gil Vicente - O Teatro de Corte e A Dramaturgia Popular - José Augusto Cardoso Bernardes

    Uploaded by

    maria eduarda pautz

    Copyright:

    © All Rights Reserved
    Download as PDF or read online from Scribd
    Flag for inappropriate content
    of 13
    CAPITULO 2 GIL VICENTE: O TEATRO DE CORTE E A DRAMATURGIA POPULAR 1. INTRODUGAO 1. De entre as poucas certezas que é possivel apurar acerca da vida de Gil Vicente, destaca-se a circunstincia de ele ter sido protegido pela rainha D. Leonor (1458-1525), mulher de D. Joao II, enquanto ourives e, sobretudo, enquanto animador das festas da Corte. Este facto, que a primeira vista pode parecer menos decisivo, garante no entanto ao drama- turgo um estatuto muito particular (que Ihe permite, ao mesmo tempo, celebrar, divertit, mas também criticar e moralizar), repercutindo-se ainda fas orientagées doutrindrias e morais que assinalam grande parte da sua ‘obra. Dirigidas em primeira instancia ao puiblico cortestio, as pecas de Gil Vicente inscrevem-se assim no Ambito mais geral do convivio palaciano, cendo sido escritas e representadas sob pretextos que se relacionam expres- samente com 0 ciclo da vida civil ¢ religiosa. De entre os muitos exemplos que poderiam citar-se a este respeito destaque-se 0 caso da Naw de Amores, pega representada em 1527, por ocasido do recebimento em Lisboa da cainha D. Catarina, mulher de D. Josio III. Porém, embora partindo da celebragio de uma circunstancia festiva claramente localizada, este auto — que em varios aspectos se revela ainda devedor da técnica multissensorial que caracteriza os momos medievais — inclui j4 marcas evidentes de autonomia seméantica, com destaque para os temas da Loucura e do Amor que hio-de marcar tantas outras pecas (Rodrigues, 1991) Para além da celebracao do nascimento ou dos esponsais de principes € princesas e da sua consequente aclamacio pelos stibditos, os autos vicenti- nos centram-se ainda nos grandes marcos do calendério littirgico que sio 0 Natal ¢ a Pascoa, Algumas veres, essas circunstancias representam mais do que um simples enquadramento externo, influenciando determinantemente © sentido das préprias pegas. Na Barca da Gliria, por exemplo, que foi representada por ocasido da Pascoa de 1519, procede-se ao julgamento

    You might also like