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ques {ow Ua aquisig r~* prescricao decorridos prigagao garantida pelo direito de Tetencao aoe Sobre 0 vencimento da de retengao extinguir-se-4 Pela rentincia ao direito por "al. b)]. Por fim, o diteito 730%, ald) 731. @ 792°1 € pelo perecimento total ety ar AO retentor [artigos Em caso de perda total, talvez seja de admitir a aplica so ti8e 730.°, al. c)]. do artigo 692.° De facto, assim como em caso de venda | ae regime resultante 2 preferéncia do retentor se transfere para » Produto As ae fea enay oportunamente reclamado 0 Seu crédito, assim também pode 4 afer ge a coisa retida se perder, deteriorar ou diminuir de valoge jee meer se He p sor indemnizacao, o titular da g 0 dono tiver direito arantia deve manter é mizagt0, 0 a anter a preferéncia que the competia relativamente as quantias pagas a titulo de indemnizacao. Mai dificil de sustentar € aplicagao com as necessérias adaptacdes do regime consagrado nos artigos 701.” e 702.° Assentando o direito de Telencdo numa conexao entre a coisa retida e o crédito, néo pode ser exigido 0 seu reforco ou substituicao, em caso de perecimento ou deterioragao da coisa retida, porquanto cen, especial ligacio nao existird relativamente a um objeto diverso, a, se este tiver ANA TAVEIRA DA FONSECA (membro do CEID-CRCFL) CAPITULO VII Cumprimento e nao cumprimento das obrigagdes SECCAOT Cumprimento SUBSECCAO I Disposicées gerais Artigo 762.° Principio geral 1.0 devedor cumpre a obrigagao quando realiza a prestagio a que esti vinculado. 2. No cumprimento da obrigagio, assim como no exercicio do direito correspon- dente, devem as partes proceder de boa-fé. Sumario da anotacao: Antecedentes (anotacao 1) Bibliografia (anotacao 2) “risprudeéncia (anotacao 3) artigo 762. como uma disposigao geral tacao 4) em matéria de cumprimento das obr 1027 Se sie ciacc .. eae ) eruTevey 04) U/.8TVLSB y o202:2013 (3168/1157 Lol # ory -P2.S1), TVLSB. cist), 14.01.2014 (511/11.27BPVL cy a 36.06 2013 (2960/09.7TBV IS, L151), 29.05.2014 (600/11.3TVL SBT yc.” 30-04.2014 -SB.L1,S (2525 /11.3TTLsB, L1S1), 14.01.2015 (4792/08.0TTLSB Ly 91) 02122014 (loa io erie, C151), 10.09.2015 (233/11.47TCGM mstey ane 2015 (3309/08. 1T]VNE. 17.11.2015 (2545/10.5TVLSB.L1.S1), ayy 40.2015 (2104/05.47 Lisl) 02.02.2017 (280/13.1TBCDN.c 24-03 L1.519), 17.05.2017 (1284/12.7PVPRT-P] Sl), 2.06 2O1Y (ona 73.11.2017 (4076/15.8T8BRG.G182), RC 29.08.2011 (129.¢. Pa NSB L1$1), (2384/07. 0TBCBR.C1), 09.10.2012 (1432/09.4 AVR Ch), 13.11.2012 (180, act C1), 25.06.2015 (1415/10.1TZAVR.C1), 26.11.2013, C1201), V, p-9, tao ae OO DOy a aktS (246/16 6TBVIS Coy RE ioe can, 1p. 271, RG 08.01.2013 (297/10.8TCGMR.GI), soos a0. ate pak O14, 05.12.2013 (607/10.8TBFLG.G1), 26.0 E .7TBMNC.GI), e 2.2015 (498/12.4TTVCT.G1 09.03.2017, (4076/15.8T8BRG.G1) e RL 17.12.2009 (4738/08, SIBAMDLLAY 01.03.2012 (203/084TVLSBL1-8), 17.05.2012, C], 2012, Il, p.88, 21.92.2013 (52506 /12.2YIPRT. 112). O preceito sob anotagao inicia uma sequéncia de artigos (cfr. artigos 762.°-766.°) dedicados aos principios do cumprimento, com a natureza de disposicées gerais. artigo comega por esclarecer, no n° 1, 0 Conceito de cumprimento da obrigacao pelo devedor: 0 adimplemento ocorre com a realizacao da Prestacao devida, isto é aquela a que o devedor esté adstrito. E esta a via primordial para satisfazer 0 interesse do credor, delimitado nos termos do artigo 398.° No sentido de que «{o] ato de cumprimento Provoca, em simultaneidade, a libertagdo do devedor (em relagao & obrigacao realizada) e a satisfagiio do interesse do credor», vd. BRANDAO PROENGA, 2017: 25. O conceito técnico de cumprimento, definido nos termos expostos, nao deve ser assimilado a nogdo de pagamento. Neste segundo caso, o pagemento pode titular ocumprimento de obrigacées com um figurino particular, a saber, as denominadas obrigagdes pecuniarias (cfr. artigos 550.°-558.’). ce mens Olegislador toma por referéncia o cumprimento da obrigaco enquanto realizagao da prestaco espontanea e voluntariamente pelo devedor que se vinculou. Sem Prejuizo do exposto, a prestacao pode ser realizada por um terceiro, com respeito 1029 — Comentario a0 Cédigo Civil cuja anotacao se remete. Naturalmente, mnso das denominadas prestagies a oars pelos limites fixados pelo artigo 7672, para ce 2 fungiveis. Para esta NOGSO, AT eressado OU Me ae da obrigacag a por terceiro in entor, ti. BRANDAO PROENGA, 2017 a de cumprine nario de cumprimento coercivo da A srtigo 817." Com a defesa da ideia de Hit ede cumprimento, td. BRANDAO a prestacao realizad correspondente, «ndo se trat 36. Por outro lado, pode configurar s¢ 1, nos termos € para os efeitos ¢ uma nogao res prestaca ‘ n° 1, prevé que o artigo 762°, PROENGA, 2017: 170. Releva-se apenas 0 cumprimento ‘enquanto mod suridico de outras causas eX 6 conceito e regime juridico de out aya? S nh do cumprimento, cfr. artigos 837.°-873. Sobre 0 pont 2017: 29-71 : oO agente 6 perfeito no caso de se verificar a realizagao tegral da prestacao fam tempo. Relevam, nesta matéria, as diretiioe® gerais previstas no artigo 406°, n 1 (que titula o prinefpio da pontualidade), para além da norma especial consagrada no artigo 763.” Por conseguinte, na fica exonerado do cumprimento da prestagao 0 devedor que realize, v.g., apenas parte da prestagao devida, uma prestacio istinta da estipulada, ou, bem assim, fora do tempo convencionado, Resta ualidade, ¢ possivel configurar-se um caso de cumprimento defeituoso Nea mrora pelo devedor, seguindo-se o regime correspondentemente aplicavel Paras noeao de cumprimento como a «realizagao da presiagdo creditoriay vd. GALVAO TeLLes, 1997: 219. © cumprimento das obrigagies naturais deve observar 0 preceituado no M80 Sean aeao, por remissao direta do artigo 404.” Na doutrina, ed, por todos, BRANDAO PROENCA, 2017: 122-129. O camprimento, tendo a natureza de ato juridico, pode estar viciado por alguma cer te invalidade. Nesta eventualidade, tem aplicagao o regime comum da calidad e anulabilidade (cfr. artigos 285."-294."), diretamente (de acordo com a fese que reconhece a0 ato do cumprimento natureza negocial) ou por remissio do artigo 295. (segundo a perspetiva que sustenta que o ato do cumprimento é estruturalmente, um ato juridico simples). Para o problema da natureza juridica do ato do cumprimento, od. GALVAO TELLS 1997: 220-221. On°2 enuncia o principio da boa-fé no cumprimento das obrigagdes contratuais ¢ no exrico doit de crédito correspondente. O legislador acolheu a orientaca0 ropugnada por ANTUNES VARELA sia 4o mini Ponce Bestos 1973185. da segunda revisfo ministerial-—r Relevase a aesio objetiva da boa-fé, enquanto norma de conduta ou critério do gir humano. Para 0 conceito e classificagdes de boa- : Cont, 18H 407 e590 527 esse B12 95EITS.alatindo ee 0 ods ttt e exigéncia da solidariedade negocial», vd. BR lien 7 rrp ceo Gque se evidencia na denominada 08 7 uer modo 0 seu contetido» 4 alterar de qualq destina a transmiti-lo, revoga-lo ou 2 6 ds : (Pies DE Lima / ANTUNES VARELA, 1997: 9, n° 1, citando MANUEL DE ANDRADE e ANTUNES VARELA, 1997: 20). Consequentemente, se ‘o devedor incapaz (menor ou 7 ai cicleta, ja na 4 maior) pode, validamente, executat, 2 @ fEPARSCO de uma bicicleta, jé nao poders, eerie ou dagao em cumprimento, a propriedade Come ista que o at por si, transmitir, por cumpri rime ror oe Gmovel do seu patrimonio, cumprir uma Promesst le venda, ceder um mesmo, uma obrigagao pecuniaria ou uma obrigagao natural crédito ou cumprir, (cfr. 0 artigo 403°, 1, parte ou arrendado pelo represent Faria, 1988: 269, ANTUNES VARELA, a coisa for entregue antes do prazo, 0 138., 145." e 147.° Sendo anuldvel 0 «ato de disposicao» 764°, 1, e 2952), a segunda parte do pre «oposicao» com o fundamento da inex PINTO OLIVEIRA, 2011: 329, 0 credor exerce um «contra-dit LerrAo, 2018: 149, trata-se de uma exceptio doli). Na verdade, se por razdes de economia pois, anulado 0 cumprimento, 0 credor receberia a mesma prestacio do representante legal do incapaz. Diga-se, de passagem, que, no diploma italiano (artigo 1191), a incapacidade do devedor nao € fundamento de impugnacao. Quando 0 cumprimento possa ser realizado por um terceiro tf © artigo 767° a sua incapacidade é sempre motivo de anulagao do «ato de isposicao» pela circunstancia de o terceiro nad a sn arenes one chanson a el ee de entrega de um imovel vendido tante legal, a doutrina considera-o valido (RIBEIRO DE “1997: 20, GALVAO TELLES, 1997: 235), mas, se ato jé seré anulavel. Ver, ainda, 0s artigos final). Quanto ao ato praticado pelo devedor incapaz (ex vi artigos eito confere ao credor um poder de ncia de prejuizos para o devedor (para reito» © para MENEZES a solucao explica- ‘exemplos eae plos de cumprimentos prejudiciais ao devedor podemos pensar na m4 escolha nas obrigages ge Poaceae a Ses matt eee @ Mentz#s LEITAO, 2018: 148, nt. 325, e, om (anruns Vane, 1997: 21,16 e MinizesLario, 2018: 148, nt. 25,6, em sentido contréio, RIBEIRO DE FARA € Pines TUNES VARELA, 1997: 9, n2 1 licdvel regime do n.° 3 do artigo 4762 n° 1) considera aplica : Peo ado do credo o leislador non 2, exige, sem restrigdes,idéntica capac . n 7 i capacidad von? Le park inte anulagto, De forma semelhante 20 previsto o parte final eistrites Varin 1997-09) Caqecimento sem causa (RIBEIRO DE Faria, 1988: 270, h wr podera a cumprimento) desd Sor Poderd «opor-sen a es Jo (e a nove ca ecpneentant Ado eeaeao no todo ou em ea tenka a0 we bid e legal do credor ou no caso de o propeia en inne side er tid credor incapaz dg 1036 « Artigo 765.° real beneficio econdmico» (Gatvao Tent feo) do credor incapaz,encontra-se no atval aig: Pon eee a bene! atual artigo 1342-2, al. 3, do CCE. jose BRANDAO PROENGA (membro do CEID-CRCFL) Artigo 765.° Entrega da coisa de que 0 devedor ndo pode dispor 1.0 credor que de boa-fé receber a prestacio de coisa que o devedor nao pode alhear tem 0 direito de impugnar o cumprimento, sem. Prejuizo da faculdade de s« mesarcir dos danos que haja sofrido, : 2, 0 devedor que, de boa ou ma-fé, prestar coisa de que Ihe nao é licito dispor nao pode impugnar 0 cumprimento, a nao ser que ofereca uma nova prestacio. gumario da anotacio: ‘antecedentes. Trabalhos preparatérios (anotacio 1) pibliografia (anotacao 2) Comentario ao preceito (anotagao 3) “Antecedentes: O preceito nao tem correspondéncia no CC67. Trabalhos preparatérios: Anteprojeto, SERRA, A. Vaz, «Do cumprimento como modo de extingio das obri- gacdes», BMJ, n.° 34, 1953, pp. 38-43, 1." e 2." Revisdes Ministeriais, Bastos, JE RooxiGues, Das Obrigacées em Geral Segundo o Cédigo Civil de 1966, V, 1973, pp. 196- 197; Projeto, in Projecto de Cédigo Civil, Ministério da Justica, Lisboa, 1966, p. 223. Bibliografia: Vd. a da anot. ao artigo 763.°; BENATTI, FRANCESCO, «ll pagamento com cose altrui», RTDPC, 1976, pp. 467-506, e Lia, F. Pires DE / VaRELA, J. DE MATOS ANTUNES, Cédigo Civil Anotado, II, 4.* ed. rev. e at. com a colab. de HENRIQUE Mrsqurta, Coimbra Editora, Coimbra, 1997 (com reimp.), pp. 10-11 1 Distinta do requisito da capacidade do devedor, mas, igualmente fundamento de uma invalidade ou de outra sancao, é a auséncia de legitimidade dispositiva do devedor sobre o objeto (prestacao de coisa) do cumprimento. O devedor deve, assim, ser proprietario da coisa entregue, do dinheiro mutuado, 0 bem nao pode estar penhorado, arrestado ou sujeito a outra indisponibilidade ou tem de ter consentimento do seu conjuge para, v.g., prestar um imével ao credor. A norma reproduz, pode dizer-se, o artigo 1192 CCI. Ignorando o credor essa auséncia de legitimidade do devedor, 0 n.° 1, para 0 tutelar de uma eventual pretensdo do titular ou contitular da coisa, que a venha reivindicar ou dedir a anulagao do ato, permite-Ihe, expressamente, «impugnar © cumprimento (ANTUNES VARELA, 1997: 23, nt. 1, sendo alhela a coisa prestada, aplica o regime da venda de bens alheios, ex vi do artigo 939."), reclamar uma indemnizagao pelos danos provocados pela «anomalia» e, implicitamente, exigir 20 devedor uma outra prestacao. Claro que, sabendo o credor da alienidade da coisa, esse conhecimento serd motivo legitimo para, pelo menos, recusar o cumprimento. IL Relativamente ao devedor, on.° 2, quer no caso de boa-fé quer no caso de ma-fé, 56 permite a «impugnagao» na hipdtese de o devedor cumprir com prestagdo de que possa dispor, Desde que o devedor esteja em condligdes de cumprit aquilo a que se obrigou de modo a satisfazer o interesse do credot, nio terd este mowwo ara alegar a possfvel mé-fé do devedor (PIRES DE Lima | ANTUNES VaRELA, 1997: Ln? 2). 1037, ‘odevedor nao poderia im, 40-43) tivesse a, ve Wegstador nada referiy ng 2 ado. Como 0 devedor j= devedor js pelo proprietirig se see (1953! pio «Po upon co cumPrigo a coisa recebida, © a Pa esponsaiizaie : ‘peator, no parece haver raz0es Pot uma solugto diversa da jg 10 devedor mo Honsagrada no pardgrafo Unico lo artigo 307 Ci earn 0 arenes em causa fas, aS OT eventual splcgatt Fron hr us nat 8 des rng artigo 28° se vale Mie o credor de b certo 6 que o ‘a ser consagi a0 feita va confundi ‘etinitiva, rode prevertir visa entre pertencer a Jost BRANDAO PROENCA embod CHIPERCE vu Artigo 766." anata do cumprimento e garantias prestads Por erro Declare de mulidade ow «do nulo ou anulado por causa imputével 20 credor, ‘salvo se este conhecia 0 vicio na 0. ‘se. cumprimento for declara inio renascent as garantias prestadas por terceirO Jats cm que teve noticia do cumprimento da obriga “acto juridico em sentido restriton (PrNTO OuiveiRA, 2011: 323) e estando, enquanty {al sujeito a ser declarado nulo ou anulado (ef. Prss0. JORGE, 1975-1976: 3885+) asorte i garantos Prestadas por terceiros nao oferece dificuldades sempre ‘a causa da invalidade néo seja imputavel ao credor (para PIRES DE Lim / “ANTUNES ‘Vaneta, 1997; 11, n." 1, 0 conhecimento do vicio por nao signifi que o mesmo Ihe seja imputavel) un a vie por patie do ce au des cigs (ero ange $9", "2 B56", B62 «873°, 2) 0 preceit tn fen ap tae Fr irtude da imputagao ao credor da causa da invalidade. Seria, 4 verdad £5 DE // VARELA, J.DE MATOS fe HeNtaut 108 Artigo 767.° ral», verdadeito aproveitamento indevicl evido, que, ade, pudesse, apesar disso, aproveitar fauna’ to, se extinguliram, Apenae sho den eles que, a data do.conhecimento lando 0 credor motivo a 8 Rarantias dos terceiros e que, Protegidos os garantes de mé-f6, ou ora do cumprimento, nao igi aw eon », nao ignoravam a ee ee eae ss alavras de ANTUNES Varta (1997: 25) ieee ea a... que a lei deva tutelar» quando o propris nao desconhecia, us. a coagio ou a conduta dolore decree eee invalid tan entre aqui »» do ato do deved cro he 8 Jost BRANDAO PROENGA (membro do arate P-CRCFL) SUBSECCAO IT Quem pode fazer e a quem pode ser feita a prestacio Artigo 767.° Quem pode fazer a prestagio 1. A prestacao pode ser feita tanto pelo devedor como por terceiro, interessado ou nio no cumprimento da obrigacao. ” 2. O credor nao pode, todavia, ser constrangido a receber de terceiro a prestacao, quando se tenha acordado expressamente em que esta deve ser feita pelo devedor, ou quando a substituicao o prejudique. Sumirio da anotacao: “Antecedentes. Trabalhos preparat6rios (anotacao 1) Biblisgrafia (anotacao 2) Jurisorudéncia (anotacao 3) Enquadramento (anotacao 4) Prestacio feita pelo devedor (anotacao 5) Prestacio feita por terceiro (anotacdo 6) Limites a intervencao de terceiro (anotagao 7) Consequéncias juridicas da prestagao por terceiro (anotagio 8) Antecedentes: Artigo 747.° do Cédigo Civil de Seabra. Trabalhos preparatérios: SERRA, A. Vaz, «Direito das Obrigagdes (com excepgao dos contratos em especial) / / Anteprojecto», BMJ, n.° 100, 1960; SeRRa, A. Vaz, «Do cumprimento como modo de extingdo das obriga », BMJ, n.° 34, 1953; «Cédigo Civil - II - Direito das Obrigagdes», BMJ, n.° 119, 1962; Projeto, Projecto de Cédigo Civil, Ministério da Justiga, Lisboa, 1966. Bibliografia: ANDRADE, MANUEL DE (com a colab. de RUI DE ALAR’ Ao), Teoria Geral das Obrigagdes, 3.° ed., Almedina, Coimbra, 1966; CORDEIRO, MENEZES, Direito das Obrigegdes, vol. I, AAFDL, Lisboa, 1980; Tratado de Direito Civil Portugués, Direito tas Obrigagées, vol. IX, 3.° ed., Almedina, Coimbra, 2017; Costa, AuMEIDA, Diretto das Obrigagaes, 12.* ed., Almedina, 2009; FARIA, JORGE RiBeIRO DE, Direito das Obrigagoes, I, Universidade Catolica, Porto, 1988; FERNANDES, LuIs CARVALHO, Teoria Geral do Direito Civil, Introdugio, Pressupostos da Relagao Juridica, I, 6." ed., UCE, Lisboa, 2012, Ferwanbes, CARVALHO / PROENGA, BRANDAO, (coords.), Comentdrio ao Cédigo Civ Parte Geral, Lisboa, UCE, 2014; Jorce, PEss0A, Ligdes de Direito das Obrigagies, IL AAFDL, Lisboa, 1975/1976; Lett, MENEZES, Direito das Obrigagoes, vol. 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O preceito enuncia quem tem legitimidade para ee ~ aqui qualificada, seguindo BRaNDAO PRONGA (2017: 83 e s. iat : = lade passion, isto & a qualidade que habilita 0 solvens a agit no ambito da posicao juridica do sujeito passivo da relagio obrigacional, sendo, porém, por outros autores, {qualificada como legitimidade ation (GALVAO TELLES, 2010: 229, MENEZES Coro, 1980: 196 e s., e MENEZES LEITAO, 2018: 150). Il. Por norma, o interesse do credor é satisfeito por via do cumprimento da obrigacio pelo devedor, havendo uma relago de normal correspondéncia entre © direito & prestacdo do credor e a vinculagao do devedor. Com efeito, é sobre o devedor que recai o dever de prestar. Porém, na esteira do artigo 747.° do Cédigo Civil de Seabra, bem como do § 267 I BGB e do artigo 1180 do Codice Civil, © preceito em andlise vem admitir, em termos amplissimos, que qualquer terceiro — interessado ou nao no cumprimento da obrigacao — realize a prestacdo, desde que esta substituicao nao prejudique o credor ou nao tenha sido expressamente afastada por acordo com ele. Daqui decorre uma regra geral nos termos da qual, ressalvadas as aludidas excegdes, 0 autor da prestacao (solvens) pode ser qualquer terceiro, sem que o credor se possa opor ao cumprimento. Muito embora apenas 0 obrigado deva prestar, em principio, todos os demais podem prestar. Subjaz & norma a seguinte ponderacao: por um lado, o credor, em regra, ter interesse em obter a prestacao indiferentemente de ela provir do devedor ou de um terceiro; por outro lado, o devedor, também em regra, veré com agrado a exoneracao do seu dever de prestar perante o credor; por seu turno, o préprio terceiro pode ter interesse em realizar a prestagdo (ANTUNES VARELA, 1997: 25-27, BRANDAO PROENCA, 2017: 84, CALVAO Da Siva, 2002: 87 e nt. 165, p. 87, GALVAO TELLES, 2010: 299, e RIBEIRO DE Faris, 1988: 276). 5 No que toca, em particular, ao cumprimento efetuado pelo devedor, importa salientar deere go ule Passivo da relacio obrigacional a data do cumprimento: pode a vedor originario ou nao, como ocorrera no caso de se verificar uma pare papas (ANTUNES Vaneta, 1997: 25). Para que o devedor tenha ice or ne ; od. uar a prestacdo, no Ambito das prestagdes de coisa, deve Ps Spor dela (od. anot. a0 artigo 765.°). Quanto a capacidade do devedor, @ lei consagra um regime especialmente atenuado (vd. anot. ao artigo 764°). Por fim, 0 devedor poderd (i) cumprir diretamente ou (ii) fazer-se i ridico da prestagio por um representante legal ou velorea ee ae pnerdoeeemen oie legal ou voluntério, salvaguardado o dispost Se se cao aise © preenchendo-se os requisitos da representacao- Neste dltimo caso, nao haveré «cumprimento por teree via da representacdo, € 0 proprio devedor que juridic i ieeauae: bee (EIDA Costa, 2009: 999, ANTUNES VARELAY 1997. 9 ete Cumpre a obrigagéo (ALM 1 NS NARELA, 1997: 26, nt. 3, BRANDAO PROENCA, 2017: 84: oimbra Editora, Coin Contratos, Coimbra Edit a 1040

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