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c c cd fe € e > £ 5 m S € S 5 a St 6 < a SI < S r PSICOLOGIA DA EDUCACAO ee CESAR COLL CARLES MONEREO e colaboradores pIBLOTECA ARTMED, kolo da Bato ‘Barkley, RA Tan senshi ( Borde 6 Prk mea es 6 rah Bee, HA camgaem denetinents ai) Bee, H.—Oid Braco & Greig Asc ‘eee dar rang Beant 6 Sparrow - Aliment. fo Branco & Sparrow — Dexia Branton & Sparom Tend las Braselton & Spr Braselton & Sparrow 36 aoe ‘momento dertvs do deenvohinens final Bronferenne U.~A cesar do decmavinenta humane ‘Carina JA 8 Bogue RJ. Dela ‘slog do dseaviment Fovameneo de Pape apy Sri “Artin Gal Cale 0 decavtinena da Sang edo adleete (Caf clad da srendigem room ntl Gal Gok Bicol docs (Call & colt lok does (Cal Palen 6 Marches Desenvolvimento ple «ecto ves Bedoya voi Ba) a omnes hg ‘ecrlogar diners es femme {Gal Paco & Marcos - Besenelvimento polo «ola ‘eh Boca de eager ed) (Ca Palco 6 Morches Descente pole alate to Tanstrnon de deevavinens Tecouselctar pects (2) ayo & Cao Farm iv fale nas ira nas hk Kaper & Bsa -O clo ‘iva aman tlie ccm Father cole — Tatoo de spemcagen densi 3 ‘ede sin ea dever de dir Gone cso Necondades, ‘hte pcan Artmed®Eatora $A, Jeri de Ol 670 90040340 Part degre 5, ra Fone (5) 30217000 fa (i) 30277070 ‘emai artmedaartmedcombr 7 PSICOLOGIA DA EDUCAGAO VIRTUAL NVerecen ee 4 a4 | | PSICOLOGIA DA EDUCAGAO } VIRTUAL APRENDER E ENSINAR COM AS TECNOLOGIAS DA INFORMAGAO E DA . \ COMUNICAGAO ‘Bx EeeES. Cisar COLL NS? Cares MONEREO 7974 Psicologia da educagio virtual: aprender e ensinar com as tecnologias e colaboradores informa ed comuncag / Can Col Cares Monee ado Nal Treas conrltons sparse e revi ena Meda Ron Sia Tore alegre Ad 2010 deep iasem ‘Tradugio Is 978-05-365-22865, Nila Freitas Consultoris, supervsio erevisio técnica desta edigao Milena ds Rosa Silva Doutora em Piologa pela UERGS e mo 1. Poli da educagto vit LC, César I. Monereo, Cares, cou s79183.021.191 ctnlogngfo ma publica: Renata de Sou Borges CR-10/1922 (obra originalmente publicads em espanhol sb o titulo Psicologia de ta educa virtual: uci y aprender con las tenoogis deta informaci y la comunicaién Orignalmente publieado em expanhol po Ediciones Morata SL, Madd, Espanhe, © 2006, ISBN 978-84-7112-519-4 (© 2008 César Coll & Carles Monereo “Todos os direitos reservados. Primeiraedigio em lingua portuguesa © 2010 Artmed Editora S.A. Todos os direitos reservados. capa Gustave Maer Preparaglo do original ‘Simeone Die Marques Letra final Rafael Paha Pereira Eitora Stnior~Ciéncias Humanas ‘Monier Ballejo Canto -Editoraresponsvel por esta obra (Caria Rosa Araujo Projetoe edtoragion “Armazém Digital® EditorgioEetrdniea~ Roberto Carlos Morera Vieira Reservados todos os dete de publicagSo, em lingua portaguesa, ‘ARIMED® EDITORA S.A. ‘sx Jeronimo de Omelas, 670 ~ Santana ‘90040-340 ~ Porto Alegre, RS one: (51) 3027-7000 Fax: ($1) 3027-7070 E proibida a dupicagao ou reproduéo deste volume, no todo ou em part, sob quaisquer formas ou por quaisquer meos (eletnico, mecinico,gravagio, otwedpia,distibuigho na web e outres), sem permissdo expressa da Eitora sho PAULO ‘Aw Embaixador Macedo Soares, 10735 -Faviho 5 ‘Cond, Espace Center — Vila Anastcio (5095-035 ~ Sio Paulo, SP Fone: (11) 3665-1100 Fax: (11) 3667-1353 SSAC 0800 703-3444 PRINTED IN BRAZIL Autores (CESAR COLL. Universidade de Barcelona. ecol@ub. os ‘CARLES MONEREO, Universidade Auténoma de Bareslna cals. monereo@uab.es [ALFONSO BUSTOS. Universidade de Barcelona, bustos@ub edu [ANA ESCOFET ROIG. Universidade de Bareslona. anmaescofet@ub ed [ANINA ENGEL Universidade de Barclora anna engel@ub et [ANTONI BADIA. Universidade Aberta da Canta badla@uoc.ed [ANTONIO JOSE BELLVER, Universidade Jaume | bllver@s..es CARLES BELLVER Universidade fume | cares ballar@ sg. ELENA BARBERA, Universidade Abert da Catlura. barbera@uoc eds ISABEL CRESPO, Universi Autnoms de Barealona sablcrespo@uab es JAVIER ONRUBIA. Universidade de Baresors. pvieronrbla@ubed JORDI ADELL. Universiade Jaume jordi@eduues JOSE LUIS LALUEZA. Universidade Autinora de Baeslona jose kezx@vab. 2s JOSE LUIS RODRIGUEZ. Universidade de Barcelona frodkiguez@ub eds JUAN IGNACIO POZO. Universidade Automa de Mai Nacho,pozo@uam.es 'M*JOSE ROCHERA, Universidade de Barcelona. mjochera@ub ec [MARGARIDA ROMERO. Universidade de Telouse-Le Mal. mal@margricomero com MARTA FUENTES. Universidade Autdroma de Baresona. marta fuentes@hab.es ROSA COLOMINA. Universidade de Barcelona roscolmina@ub ed SILVIA CAMPS, Universidade Autinoma de Barclora,svacampsPuab.es “TERESA MAURL Universidade de Barcelona, teresumauri@ubed Sumario Apresentacio. (haar Calle Cares Monareo PARTE! (© impacto das TIC sobre a educacio e a psicologia da educs 1 educagio eaprenczagem no séeuo XXI:nevas feramants, novos cenrios, nos frat dades i = Is (sar Cale Cares Moereo 2 As tecnoiogins da nfermacioe da comunicagio #0 process do desenvolamentae socaliasi. a Je lus Laven, bel Ces e Sia Comps a 3 Aincorporaio da tecnologia da nformagio da comunicaglo ra educagio: do projtotérico-pedagbaeo 8s pitas do U0 nnn lb (Char Col, Tereza Mori Joer Ona PARTE It Fatores e processes psicolégicos envolvidos na aprendizagem virtual: um olhar construtivista, 4. Cano em ambionts: ves: conde, poe competi - 9 ‘Carles Maneres Jus nace Pozo 50 professor em ambiente vita perl, cones e competing. a 8 “erese Maur jovi Oma 6 Cs concaids em ambintes virtual: enguizaio, egos eformatos de epresentagon-~ 136 {La Rodiaee era PARTE It ‘Ambientes virtuais de ensino © aprendizagem 7 Orambientesvituas do aprendizagem baseadot no projeto - de materia utorsicentes e na apreadzagem atodrigid ‘57 leno Barberi Moves Rechera B Osambientes virtue de aprencaagem bazedos em sstemas de emuagiosococogiia... 71 Cores Monereoe Margarida Romer 9 csambienter veeasis de aprendzagom basedos ra andize de casos era resolucio de problems - (César Cl, Teresa Mau efvier ube 1O 0 ambienesvirunis de aprenizagem bases no trabalho em grupo ema aprendaagem clabora. vir Oru, ose Colina e Anna Engel TT osambiencsvewals de aprondzagor baseados rm representacto val do concent (ésor Cl rma Eel Afonso Bustos 12. smentes vitals de sprendiagem e padres de eleaning fori Rel Arto Baler Cees Btler 13 As comunidades viuns de aprondizagem a (César Call, Afonso Bustore Ara Engel PARTE IV CO ensino e a aprendizagem de competéncias basicas em ambientes virtua 14 raveuzacte, nove alabotizacses e alabotizasio digi TIC no cui esl a (Cor Cale Js Ls Rodrigue era 15 Ensino © aprendzado de extras de aprenizagem ern ambiente virtua. ‘Anton Bodie Cals Mareres 16 Enso ¢aprendizagem de competincias comuniacomals om ambiente itu. {Joe us Rodiqus ere era Escofet Ro 17 Enso eaprendizagem de estratigas de busca ‘sell de informagSes em anblents iti ‘Carles ener e arte Fuentes 208 as 268 289 at a8 6 Olivroqueoleitortem em suas mos trata sobre a educago e a aprendizagem ‘em ambientes virtuais e, 20 mesmo tem- -posiciona-se de maneira clara e expli- tea no fimbito da psicologia e, mais es- pecificamente, da psicologia da educacio. No transcurso das duas ou tés ttimas ddéeadas, tem havido uma produgio rela- tivamente abundante, tanto em espanhol quanto em outras linguas, de livros que tratam de temas relacionados com a edu cago e com as tecnologias da informagio fe da comunicagio (TIC) a partir de pe pectivas epistemolégicas, tebrcas e disci- Plinares diversas, alguns deles de grande ‘valor e interesse e com importantes in plicagées tedricas préticas. Quando ana- Tisada em conjunto, eontudo, é possivel cconstatar que essa produgfo responde ‘majoritariamente a preocupagées e colo- ceagdes de tipo socioldgico,tecnolégico ou diddtico, e que as abordagens e andlises psicolégieas sto escassas. "Neste contexto, nosso objetivo &con- tribuir, na medida do possfvel, para com- pensar tal earéneia por meio da adogfo de lum ponto de vista psicol6gico 20 estudo {dos processos edicacionais que ocorrem fem ambientes que se apoiam total ou parcialmente na utilizagio de tecnologi digitais da informagio ¢ da comunicacio, [io se trata, 6 claro, de eontrapor a pers _pectiva psicoldgica a outras perspectivas ‘isciplinares, mas de mostrar como, no ‘marco de uma abordagem multidiscipl: Apresentagao (CESAR COLE CARLES MONEREO rat, 0 olhar psicolégico complementa ‘enriquece outros olhares com contribu Ges especficas. Levando em considera- (io essa orientacio psicoldgica ¢ psicoe- Gucacional, a selegio, a organizaclo © 0 tratamento dos contedidos do livro res: ppondem basicamente a trés opgies fun- ‘damentais relacionadas respectvamente com a visio epistemolégica geral da psi- cologia da educagio, com 0 marco teérico de referéncia escolhido para dar conta dos fatores e processos psicol6gicos e com 0 ‘peso respectivo dos fatores ou elementos tecnoldgicos e pedagegicos nos processos educacionais que se apoiam total ou par- cialmente nas TIC. Do ponto de vista epistemoldgico, 0 delineamento do live é tributério de uma ‘visio da psicologia da educagdo como dis- ciplina, de natureza aplicada, entre 0 co- rhecimento psicoldgico ¢ a teoriae p ‘ca educacional, o que implica adotar uma ‘série de principios bdsicos no concernente ‘ao estudo das fend menos e processos ed cacionais, etre os quais convém lembrar (0s seguintes: = acaracterizagio da psicologia da educa ‘gio como Ambito de saber e de conhe- ‘imento ao mesmo tempo psicoldgico ¢ educacional; ‘= a firme rejeigio a qualquer tipo de re- ‘ducionismo ~ psicoldgico, sccilbgico, biolégico, organizacional, ete. — ea nnecessidade de se adotor uma perepee NO César, Cres Monora e colboradores tiva decididamente multidiseiplinar na abordagem dos fendmenos e processos ‘educacionais; = a caracterizagio do objeto de estudo dda Psicologia da Educagio como os pprocessos de mudanga comportamental em um sentido amplo - que ocorrem nas pessoas como consequéncia de sua participagio em situagoes ou atividades ‘educacionais; ‘= a exigéncia epistemol6gica de se ver ‘0s processos de ensino e os processos de aprendizagem como uma unidade indissoldvel, ao se analisar fenémenos € processos educacionai = anecessidade de considerar as dimen- s6es da psicologia da edueagao ~tesrica ‘ou explicativa, teenoldgica ou projetiva ‘técnica ou pritca — como imbitos de saber e de conhecimento de natureza aplicada e, consequentemente, a vonta- ede abordar seu objeto de estudo com ‘uma tripla finalidade: proporcionar teorias e modelos que contribuam para compreendé-lo ¢ explicé-lo; elaborar procedimentos gerais de intervencio Sobre este e gerar instrumentos e tée- nicas coneretas que ajudem a enfrentar e resolver problemas e situagGes part- culares. Quanto a0 enfoque tebrico de ref: réneia que foi escolhido para dar conta dos fatotes e processos psicolbgicos envol- vidos no objeto de estuco ~ as mudancas comportamentais que ocorrem nas pes: soas como consequéncia de sua participa- ‘gio em situagées ou atividades educacio- has -, os capitulos do livro compartilham fem grande medida ~ ainda que com nuan- {ase diferencas de énfase que oleitor po Gerd detectar facilmente — de uma visio cconstrutivista ou socioconstrutivista. do psiquismo humano. Essa afirmagio no eve ser interpretada, de forma alguma, nno sentido de que o leitor nfo iré encon- tar nas paginas deste livo contribuigdes provenientes de perspectivas tedricas no ‘construtivistas. Como & possivel compro: var por meio da letura dos diferentes ca pitulos este nao é, absolutamente, 0 caso. E verdade, contudo, que praticamente todos os autores adotam algum tipo de tenfoque construtivista de orientaglo so- Glocultural na apresentagio e revisdo dos temas que abordam, em sua valoracio do ‘estado da arte, nos desafios que idemtifi- cam e em sua tentativa de estabelecer a ‘agenda da pesquisa em psicologia da edu- ceagio virtual ~entendida como psicologia dda educagio em ambientes que se apoiam total ou parcialmente nas TIC ~ dos pré- sximos anos, Também & a partir desse tipo de enfoque que se justifica a selecio dos contetdes, sua forina concreta de organi- zagdo em capitulos ¢ a estrutura geral do liveo. ‘Finalmente, no que se refere ao peso relativo dos fatores teenol6gicos e peda- g6gicos ou psicopedagégicos no planeja mento e desenvolvimento dos processos feducacionais que se apoiam nas TIC, parte-se do principio, amplamente com- ppartilhado pelos autores dos diferentes ‘capituls, de que existe uma inter-relag30, ¢ influéncia reciproca entre ambos os ti- pos de fatores. A adogio deste principio significa renuncias, na mesma medida, a ‘duas posturas ou colocagées amplamen- te presentes nos trabalhos que indagam @ respeito do uso — ou do impacto ~ das TIC thos fendmenos e processos educacionais. Renunciar, por um lado, 2 idela de que a {ntrodugio das TIC na educagao constitu, fem si, umn elemento inovador e transfor- ‘mador das préticas educacionais, que le- varia, necessériae inevitavelmente, & sua modernizagio e qualifftagio, Mas renun- ciar, cambeém, dela de que as TIC deve ser consideradas como mais um entre os clementos ou fatores que podem intervir nnos fendmenos e processos educacionais, de modo que sua potencialidade para transformar e melhorar a educagio no fide nas proprias TIC, mas naz propos tas psicopedagdgieas e didéticas a partir das quais se defende sua utlizagdo educa ional. Frente a ambas as posturas, 0 en foque adotado neste livo postula que, de fato, a incorporagio das TIC na educagéo niio transforma nem melhora automati- ‘camente os processos educacionais, ma fem compensagio, realmente modifica substanctalmente © contexto no qual es tes ptocessos ocorrem € as relagOes entre fas e contetdos de aprendizagem, abtin- do, assim, o caminho para uma eventual ‘transformaco profunda desses processos, ‘que ocorrerd, ou ni, e que representaré, ‘4 nio, uma melhora efetiva, sempre em fungio dos usos concretos que se dé a tec nologia ‘A partir das consideragBes © opces ‘bsicas apontadas,o livro esté organizado ‘em quatro partes, de acordo com a légica argumental e a distribuigdo de contetidos que € descrta a seguir em linhas muito eras. Na primeira parte, com o titulo O impacto das TIC sobre a educagdo e a psi- cologia da educagio, so incluidos és capitulos que, como introducio aos con- tedose colocagGes que serio desenvolvi dos posteriormente no resto do livro, ana- lisam 0 impacto das tecnologias digitais dda informagio e da comunicagio sobre a educagio e exploram as consequéncias ddesse impacto quando visto sob um olhar psicolégico e psicoeducacional. Os trés capitulos constituem, de fato, trés apro. images sucessivas, © progressivamente mais delimitadas, aos temas e argumentos préprios de uma Psicologia da Educagéo Virtual; o, 0 que vem a ser 0 mesmo, 80 cstudo das processos de aprendizado que ‘ocorrem como consequéncia da participa: ‘glo das pessoas em situagGes e atividades educacionais caracterizadas pelo uso de tecnologias digitais da informacto e da comunicagio. 'Na segunda parte, inttulada. Foto ree ¢ processar pricaldgicns envolvidos na ‘aprendizagem virtual: um olhar construi vista, so Ineluidos trés capitulos dedica do, "respectivamente, a aprofindar os 118s vértices do tridngulo interativo: 0 vértice relativo ao aprendiz ~ 0 eluno em mbientes vireuais: perfil, condigées e com- peténcias -, 0 vértice relativo a0 agente ‘ediucacional ~O professor em ambientes vir- tas: condligbes, perfil ecompeténcias-, € 0 vértice relativo aos conteidos de apren- dizagem ~ Os conteidas nos ambientes virtuas: organizagdo, digas formato de sapresentagio. ‘A adogio do triingulo interativo ‘como esquema bisico de anise das pré- ticas educacionais 6 incompativel com um tratamento compartimentalizadc de cada tum de seus vértices - aprendiz, contess do, agente edueacional - e de suas inter relagées. Por essa razio, os trés capitulos, mesmo estando centrados eads um em seu vértice correspondent, sitvam suas ‘contribuigdes no marco mais amplo da tunidade de analise ¢ interpretacio, que é fo wifingulo interativo, Essa € a razio pela ual nos trés casos sejam abordadas as contribuigées relativas ao aprendiz, aos agentes educacionais e aos conteidos de aprendizagem em ambientes digitais no ‘marco mais amplo de suas interconexGes er-relagdes. £, também, por isso que ros trés easos se expe, junto.com o ponto de vista da aprendizagem ~ 0 papel qué ‘desempenham os fatores ¢ 0s >rocessos abordados na aprendizagem ¢ sua con~ tribuigio para uma melhor e mais ampla compreensdo dz mesma -, 0 porto de vis- ta do ensino ~ a forma como tas fatores «e processos condlicionam a ago educacio- nal do professor, como cle pode, e talvez, deva levé-los em conta e/eu como incide ‘04 pode inci sobre eles. Aterceira parte, como ttul» Ambien- tes virtua de ensino e aprendizegem, tem ‘como foco alguns destes ambiertes — ma- terials autossuficientes, sistemas espe: cialistas, PBL. (Problem-Bases Learning, Aprendizado Baseado em Problemas), aprendizagem colaborativa, representa: 12 CésarCal, Carles Monerooe exaboraores ‘gio visual, comunidades vials, ete. ~ due contam com mais presenga e aceita- Go atualmente, tanto entre os projetos faicaconas mals inovadores quanto va pesquisa educacional e psicoeducacional Hoje, nao € mais possivel estabelecer uma cortespondéncia tio clara entre enfoques fu correntes psicolégicas ¢ tipos de am- Bienes (comporamentalismo € ensne assistido por computador, construtivismo de raiz piagetiana e MicroMundos LOGO; 6 paradigma do processamento humano {a informagio e sistemas especialstas ba ‘seados na intligencia artifical) quanto 0 fra nas duas wkimas décadas do século passado. 'As respostas dos projetistas de am- bientes virtuais de ensino e se aprendiza- gem diversificaram em consonéncia com 8 multiplicidade de necessidades educa- Gionais que a sociedade da informagio ‘coloea, de maneira que a correspondéncia fentre perspectivas © modelos psicolégi- cos, por um lado, © ambientes vituais de tensino e aprendizagem, por outro, nio é mais tie direta e didfana quanto era no passado. Mesmo assim, os ambientes sele tionados so uma amostra representative da aplicigio de concepgbes psicoeduca: cionais vigentes sobre a maneira pela qual idever ser apresentados 05 contetidos ‘como dever ser estabelecidas as inter (Bes com os aprendizes para conseguir lum determinado tipo de aprendizagem. ‘A iltima parte, O ensino e a aprendi- ‘zagem de competéncias bisicas em ambien- tes virtais, inclui quatro capitulos relat- vos a quatro blocos de competéncias de ccardter geral ou transversal, considerados fem praticamente todos os relatsriosinter- hacionais sobre os desafios da educagio no século XXI como habilidades impres- ‘cindive’s para sobreviver na sociedade-e- de: a alfabetizagio digital, as estratégias {de apreadizagem, as modalidades de mal tiplas comunicagio e a busca e selegio de informesio, PARTE I O impacto das TIC sobre a educagio e a psicologia da educagao ‘A primeira parte deste vr, formada por tr capttulos, arcua-se em torno dos {atores histércos, soclooconémicos,teenolices,psico © socoavolutvos que Inlven- ‘daram no acelerado desenvolWimento das tecnologasdainformazio eda comunicagao (TIC) na dima década e que, por sua ver, foram influenciads por estes ‘© Capito | defende a idela de que 25 TIC fazam parte de um novo paradigma tecnalégica que modifica as pitas socsse, de maneira especial as priica educa- conss. Ess inféncla se manifesta no desenvolvimento de novasferramentas,cené- Flos e fralidades educacionals, marcadas pela adaptabildade, pela acessiblidade per- ‘manent, pelo trabalho em rede e pela necessdade de uma crescente alfabetizacso. liga, aspactos que posteriocmante so recolhidese analisacos ao longo do livro. ‘© Capltlo 2, por sua vez, aborda impacto das TIC no desenvolvimento f= mano, considerando © canjunte de ferramentas virus que permite gerencar as pritcas comunleaconais como ferramentas de soclalizagio que redefinam os lites ago que até agora entenclamos come comunidad. ‘A potencialidade desrasferramentassocalizadoras nas escola, nas slas de aula © nos processes de ensino-aprendizagem é tratada no Capitulo 3. Nesso capitulo 6 feta luna revio critica das formas habitals de clasiicar os usos educacionals das TIC eos divers vere subjacentes a ss35 pologlas. Finalmente, 6 proposta ura casiieagio {que tonsa conterpar, 20 mesmo tempo, a potencaidade educativa que carateriza 25 ciferentesferramentas tecnoldgiase as principals dimensées que caracerizam as priteas educacionas. Educagao e aprendizagem no século XXI Novas ferramentas, novos cenarios, novas finalidades TECNOLOGIA, SOCIEDADE E EDUCACAO: UMA ENCRUZILHADA DE INFLUENCIAS As forgas da mudanca ‘Tentar entender e valorizaro impacto ‘educacional das tecnologias da informagio ‘eda comunicagio (TIC) considerando ape- nas sua influéncia sobre as varidvels psi colégicas do aprendiz que opera com um computador e que se relaciona, por seu intermédio, com os contetdos e tarefas de aprendizagem, com seus colegas ou com seu professor, seria, do nosso ponto de vis- ‘a, uma abordagem tendenciosa e mfope da questio. O impacto das TIC na educa- qo &, na verdade, um aspecto particular de um fendmeno muito mais amplo, re- lacionado com o papel dessas teenologias nna sociedade atual. Como jassinalaram, (CESAR COLLE CARLES MONEREO ‘em 1994, os autores de um relatério en- ‘comendado pela Comunidade Europeia,” ‘estamos assistindo jf hi algumas déca- das a0 surgimento de uma nova forma de organizagio econémica, social, politica cultural, identificada ‘como Sociedade da Informagio (S1), que comporta novas ‘maneiras de trabalhar, de comunicar-se, de relacionarse, de aprender, de pensar f, em suma, de viver. © fato significat- vo & que essa nova sociedade se sustenta, fem grande medida, no desenvolvimento espetacular das TIC durante a segunda ‘metade do século XX. Como consequeén: cia desse desenvolvimento, estariamos, znas palavras de Castells (2000, p. 60), diante de um “novo paradigma tecnolégi- 0, organizado em tomo das tecnologias da informagio" e associado a profundas transformagbes sociais, econdmicas e cul- cura. ‘Examos falando do elatério elaborado por wma orgatarefe de especialistas presdida por Matin jemann, que na época era comissro europeu da indistria, sabre as medidas a serem adota dar pola Comunidade Europea eo Estidos-membros para “oestabelecimento de infoestruturas ‘no dito da informagio".O relaéro, publicado em maio de 1994 sob otulo Europa e a soci dade global da informapéo: recomend ‘a0 Conelho Furopeu, constitu, no evitéio de muitos tspecialists, o ponto de partia das poitiasdirgidas a impulsionare promever a sociedade da informacio na Europa, O relat et disponivel em: hup//wwwarcelonesjove.net/pafled. phpeaction=downloadaid=227 © fendmeno da internet seu tm poco nara das pesos Seria, neste tenn, apenas ume aniestaao smal, om toda cortez no tina, 0 ov poradigma tccnoligco eds wnsfoma- Mies coeconomicas Socios 8 Ste asscinda, Com eto, a ere no apes una ferramenta de omuneagso de usc, procssamentoe wansmissio Ge inormagoes gue oerece alguns se cigs extardnain ela cont, lem Asso, um novo e complxo expao global pre a agio socal , por extemal, para Diprendizadoe pra ago educaonal (cael 2001) Neste eontexto foram oniguando- se rogresvament “nova formas seas for melo das nis a pssos no eto Sbrigdas a vive, enconarse ot taba Thar face a face para prodir mecado- as ofrecer senvigs on manter relates tocissgificavas" Shaya et al, 2007, Prigr), Os favors que contbulam para Texpnsto eo rapidocrslment desas novas “sociedades viruais” (corporagbes virtuats, biblioteeas vireuais,aulas virtua, fete) © a5 prticas a elas relacionadas (co: méicio eletsnico, telemarketing, teletraba- Tho ~ ou trabalho remoto -, tele-educagio = ou ensino a distancia -, telemedicina, ‘trabalho cooperative apoiado por compu tador, teledemocracia, etc.) sio de natu- reza muito diversa. Shayo e seus colabo- radores (2007), em um recente trabalho Airigido a identificar os fatores que esti promovendo o rpido crescimento dessas *sociedades virtuais", os reordenamentos aque elas estio introduzindo na vida das pessoas, as priticas que as caracterizam fe suas consequéneias, Identificam quatro grandes forcas impulsoras: 0 desenvolvi ‘mento de economias globais, as po nnacionais de apoio & internet, a crescen- te alfabetizagio digital da populagio © ‘melhoramento gradual das ingraestrutu- rs teenolégicas. A Figura 1.1 mostra a jneidéncia dessas forgas sobre diferentes esferas da atividade humana e como isso FORGAS IMPULSORAS, 88 acs sess popes ae ESFERAS DE INCIDENCIA Bia na Tater gpa ters corporat Tera conn ier sol FORMAS SOCIAIS VIRTUAIS —[aeapresgsmelobalho Enuiper wie ‘Orgniages wes Comunidades wrasis Seca rel FIGURA 1 Foxcasmpulsoras do desenvoNmer ue “nova out: Ripa She cborsores 207,188) contribui para 0 desenvolvimento de “for ‘mas sociais viruais” e de novas prticas a las associadas. ‘A inevitével liberalizagio da econo: iia propiciou a realocagio de empresas, ‘a queda das taxas de importagio, a aber. tura dos investimentos supranacionais, a privatizagio de empresas estatais e, em resumo, que 0 mundo pudesse ser consi derado como um grande mereado. As TIC, fem sua dupla condigio de causa e efeto, tém sido determinantes nessa transfor" rmagio. A faclidade para se comunicar € tocar informagées, junto com a enorme redugio de custos que iss0 traz consigo, ‘vem ocasionando, por exemplo, que al- ‘guns paises tenham passado diretamente ‘de uma economia centrada na agricultura para outra baseada nas TIC. Como conse- quéneia disso, tanto as grandes empresas f corporagBes quanto numerosos estados nacionais, prineipalmente entre os paises desenvolvidos, aumentaram substancal- mente seus investimentos em TIC para rmelhorar as infraestruturas ¢ redes de co- smunicagio e propiciar 0 acesso 2 internet de seus cidadios, pensando principalmen- te nos desafios do comércio (e-business), do trabalho (e-work), da governabilidade (egovernance) e da educagio (elearning) a distancia. ‘As outras duas_forgas apontadas por Shayo e seus colaboradores também possuem um efeito multiplicador. Por um lado, a convergéneia digital, que permite {ncluie no mesmo documento texto esc to, sons imagens estéticas em movi ‘mento, juntamente com a presséio do mer- ceado, que exige mais rapidez e seguranga na transmissio de dados, aceleram o con- tinuo surgimento de novos apicativos que melhorem as comunieagSes. Por outro lado, cresce também 0 nimero de usué- ros que diariamente tém acesso & inter note, consequentemente, as necessidades de alfabetizagio digital aumentam. Al- suns estudos sociolégicos mostram, além disso, que as mudangas nos valores e no Pricoloin dh edvagtovirnst IT estilo de vida dos cidadios, cada vez mais interessados em melhorar sua qualidade de vida ~ e, portanto, em flexbilizar seus hordrios de trabalho e aumentar o tempo dedicado ao lazer ou a outras atividades =, so também fatores que estio dando impulso a0 desenvolvimento deste novo censrio social Aevolugio das TIC ¢ das ‘modalidades educacionais associadas Entre todas as teenologias eriadas pelos seres humanos, aquelas relaciona- das com a capacidade de representar ¢ transmits informaglo ~ ou sea, as tecno: logias da informagio e da comunicagio = revestem-se de uma especial importin- ‘ia, porque afetam praticamente todos os Ambitos de atividade das pessoas, desde as formas e préticas de organizagio social até o modo de compreender 0 mundo, de organizar essa compreensio e de transmi- tila para outras pessoas, As TIC tém sido sempre, em suas diferentes fases de de- senvolvimento,instrumentos para pensar, aprender, conhecer, representar e trans mitir para outras pessoas e para outras ge rages os conhecimentos adquiridos (Coll Mart, 2001). Todas as TIC repousam sobre o mesmo principio: a possibilidade de utilizar sistemas de signos ~ linguagem oral, linguagem escrita imagens estticas, imagens em movimento, s{mbolos mate- méticos, notagBes musica, etc.— para re- presentar uma determinada informak ‘wansmitila, Para além dessa base comum, contudo, as TIC diferem profundamente entre si quanto suas possibilidades e li- rmitagdes para representar a informagio, assim como no que se refere a outras ca. racteristicas relacionadas & transmissdo dessa informacio (quantidade, velocida- de, acessiblidade, distincia, coordenadas cespaciais e temporais, etc), e essas dife- rengas tém, por sua veo, implicagbes do ponto de vista educacional. Atendendo as 18 __césw Cot, Cares Monaro ecoliboraores anilises realizadas por diversos autores briundos da psicologia, da pedagogia, da Sociologia, da filosofia, da linguistica e da informitica (Adell, 1997; Bautista, 2004; Castells, 2000; De Kerckhove, 2005; Eche- vartia, 1999; Ellerman, 2007; Palamides- si, 2006; Retortillo, 2001), sintetizamos ‘no Quadro 1.1 a seguir os principais mar- cos da evolugio das TIC ¢ das modalida: des educacionais a elas assoctadas "Hd um consenso bastante generali- zado em considerar trés etapas-chave no desenvolvimento das tecnologias da co. ‘municagio e seu efeito na educagio. A pri ‘meira, dominada pela linguagem natural (fala e gestualidade), caracteriza-se pela necessidade de adaptagao do homem pr: ritivo a um meio adversoe hosti, no qual o trabalho coletivo era crucial e a possbi- lidade de se comunicar de maneira clara ce eficiente se constitula em um requisito indispensavel. A transmisso oral, como Sinico sistema de comunicacio, dependia {dealguns requistos essenciais: os falantes {deviam coincidir no tempo & no espaco © precisavam estar fisicamente presentes; as hhabilidades que precisavam possuir eram principalmente a observagio, a meméria a eapacidade de repetigao. Tais habili- dlades estio na origem de algumas moda- lidades educacionais e de alguns métodos de ensino e aprendizagem ~a imitagio, a declamagio e a transmissio e reprodugso de informacio ~ muito tieis para fixar © fconservar conliecimentos imprescind vyeis ndo apenas para preservar a cultura ‘como também para reproduzir e manter @ Sseparagio entre os diferentes estamentos sotiais que compéem uma sociedade alta mente hierarquizada. ‘A segunda etapa representa a clara hegemonia do ser humano sobre orestan- te das espécies; fio mais se trata apenas de sobreviver, mas de adaptar a nature: za As necessidades humanas por meio do desenvolvimento de tenis alimentares, de construgao, de vestinventa, ety pri vilegiando, por exemplo, certas espécies animais e vegetais sobre outras por meio dda agricultura e do pastorefo, influ do, desse modo, na selego natural. Mais tuma veo, a necessidade de registrar certos dados, como uma meméria externa, e de transmitir e compartilhar com outros as informagées, experincias, conselhos tc, ‘est na origem do nascimento da escrita, ‘que, embora nio exija a presenga fisica dos interlocutores, requer certa proximi dade, dado que primeiro os mensageitos © depois o correio postal no podiam cobrir distnckas muito grandes. “Tanto a prensa tipogréfica quanto o ‘correio revolucionam a sociedade do mo- mento e esto na base da progressiva in- Por outro lado, a partcipagio na SI tem um aleance e um significado diferentes, ependendode cada caso: de produgio, criagio e negécio nos palses ricos; ce consumo e maior dependéncia ‘econémicae cultural nos paises pobres. ‘Aconsequéncia dessa stuacio éque esti ‘ocorrendo um “aumento das diferengas entre paises pobres e paises desen- volvidos, a sociedade dual esté sendo potencializada, mesmo no seio de um pais ou de uma cidade, e esto sendo Criadas novas classes: 0 inforticos os infopobres.” (Cebrién, 1998, p. 187). tacadas basta para mostrar o aleance © a transcendéncia das mudancas que a Sle as TIC estio provocando em nossas vidas. Dedicaremos a secio seguinte & revisio de algumas dessas mudangas no que se refere ao sentido e alcance da educacio, aos contextos ¢ priticas educacionais ¢ ‘403 modos de ensinar e aprender AINFLUENCIA DA INTERNET: NOVAS FERRAMENTAS, CENARIOS E FINALIDADES EDUCACIONAIS Em um trabalho dedicado a revisar 0s paradigmas teéricos dominantes nos estudos da interacéo entre humanos € ‘computadores (Human-Computer Interac: tion, HCD, Kaptelinin (2002) apresenta ‘um esquema que contempla trés grandes grupos de abordagens, o qual ¢ gualmen- te itil para revisar as abordagens tedricas ddadas aos processos de ensino e aprendi Pricologi daedcaso views! 25, zagem baseados nas TIC durante as t1és tltimas décadas, conforme mostra 0 Qua- dro 1.2 a seguir Embora Kaptelinin fale de periodos temporais ou etapas que teriam ocorride em “ondas", considerando que cada nova etapa supera a anterior, ¢ apostando cla- ramente pela tltima, mos sérias dividas de que as duas primeiras etapas tenham tomado-se obsoletas, especialmente se prestarmos atengio a determinados de- senvolvimentos atuais, como, por exem- plo, os agentes artifiias iteligentes que se busca incorporar as interfaces (ver Ca- pitulo 8). Por isso, preferimos falar em aproximagées, mais do que em periodos ‘ou etapas ‘A primeira aproximag#o tem sido orientada basicamente ao estudo do im- ppacto do uso das TIC sobre os processos cognitivos do aprendiz-usudrio, A segunda incorpora decididamente em suas pesqui- sas a8 variéveisrelativas a0 contexto edu- expresso humanas. Também a cultu- ra, entendida em um sentido amplo, Esta breve resumida revisio de toma-se globalizada, mesmo quenem algumas de suas caracteristicas mais des- er as exatndcas publicadas periodicamente por algamas corporagies, fundies e organisms overnantentas e no governamentais como, por exemplo, Iteret World Stats (htpi//wwin netiwordstatscom/stas hun), Comissio Europeia(htp://europa.cu/pol/nfs/ndex_es hum), (Oboervatrio Nacional das Telecomuniagbes e da SI (htp://observatoro.ed.es/index.action), Feesaets te Unuitios da tnternet da Fspenha (htp://ormnauiee), Pundago Orange (htp-// ‘ruchundacionorangees/areas/25_pulicciones/publi 251_7.ap) Quapno 1.2 “és abordagen sobre 0 esuido da inerago entre sereshumanos ¢computadres LAsproximacio Foca sites cognts 1 Eeudor experiments sobre a efi dainerario ‘omputadorserunano dele de nuiior Crain de ube eAaproxinago De produtosa process om psu © ds cocoa Deridusagrupos DD labortro20 oe de trabalho Dos roratos acs xpeciitas ‘Da aran a deen 1 Do design cantrado no unio a envolvnent do pbc tui ne deen LA rong 1 Para lim do abl bor: aprendzagen og. aor spate dateora Para sido mando aloo canas es res como (ahidie cores dens ‘= Pun slim dareaidade vu compucadoresthiquce Para slim da foramen pas tecologisporsshas Farnam daineraae copa sor hana erga com Web seapentn 26 César Coll Cwles Monereoecolboratores cacional no qual ocorte a aprendizagem. ‘A terceira, finalmente, amplia ainda mais 6 foco e introduz outros contextos de at Yidade social, além dos especificamente brientados & educacio. Com esse esquema fem mente, vamos revisar, a seguir, algumas ferramentas, cenérios € finalidades que surgem no panorama educacional_ atual ‘como consequéncia da irupgio das TIC, Novas ferramentas Fazer uma andlise prospectiva das novas ferramentas das TIC que sio rele vantes para a educagio no & tarefa fé- Gil, considerando o ritmo vertiginoso com. ‘que surgem as novidades neste Ambito. Serve como exemplo disso o “Diretério de Ferramentas para a Aprendizagem’” ela- borado anualmente pelo Centre for Lear- ning & Performance Technologies, que, €m ‘sua edigio de 2008, inclui em torno de 2.400 referéneias, quase 700 a mais que fem 2007, entre ferramentas de software livre e de software comercial. © Quadro 1.3 apresenta as 20 ferramentas prefe das pelos especialistas em aprendizagem fe outros profissionais da educagio que ccontribuiram com suas avaliagdes para a ediglo de 2008. Para cada ferramenta, indica-se, além de seu lugar no ranking, suas caractersticas, se € software livre ou proprietio e se pode ser baixada ou ope- ra on-line De qualquer maneira, existem pelo menos trés conceitos que se repetem per- manentemente na literatura e que apon- tam para um horizonte bastante provavel: ‘adaptabilidade, mobilidade e cooperagio. Em um mundo em que as distancias sio cada vez mais reduzidas, as fronteiras ‘desaparecem e os grandes problemas si0 ‘compartilhados, cresce a mobilidade das pessoas, auumenta a heterogeneidade das comunidades e torna-se patente a neces sidade de trabsllar conjuntamente para resolver problemas comuns. A educagio é obrigada a enfientar essa situagio ¢ fala seem escolasinclusivas (que tentam satis fazer a diversidade de necessidades edu cacionais de seus alunos), de educagio rio formal e informal (para aproveitar ts oportunidades que a sociedade atual ferece para a educagio e formagio das pessoas) e de aprendizado colaborativo cooperative (com a finalidade de tirar proveito dos conhecimentos ehabilidades fos diversos membros de um grupo para satisfazer objetivos eomuns). As TIC em geral, e suas aplicagées e sos educacio- hais em particular, logicamente refletem cessas inquietagdes. Da acessblidade e usabilidade & adaptabiidade Longe de serem contrapostas, a acessibilidade, a ussbilidade © a adapta- bilidade so propriedades das TIC forte mente interdependentes: quanto maior for a acessibilidade e a adaptabilidade, maior sera a usabilidade, © vice-versa. Em qualquer caso, a universalizagio do facesso, mesmo ainda sendo uma utopia, avanga a passos agigantados e nfo parece ter retorno, Quanto & usabilidade, os es- forgos para que as interfaces tornem cada ver mais amigdveis,intitivas e féceis de ser utilizadas por qualquer pessoa esto dando seus frutos, ¢ as possibilidades de se operar um computador utilizando, por texemplo, a voz ou pequenos movimen- tos voluntérios quase imperceptiveis co- mecam a tomar-se realidade. O desafio agora & que os programas sejam capazes de se transformar em um alteego para © faluno — ou para tma equipe de trabalho = auxiliando-o de modo personalizado fem suas tarefas gragas & possibilidade de aprender" com suas aghes, omissGes decisdes; estamos falando dos chamados “agentes atificiais” (ver 0 Capitulo 8). Por outro Indo, 2 necessidade de aproximar cada ver mais os computadores Pcl da eho Wil Poder ser baixados! Online Pode ser baatalOntne| Foden ser bade ‘Orne Poder ser BabadeOr ne ‘Orne Poder ae babadoe ‘Ordre Podern sar bador ‘Omne Poder ser baadoe Onne ‘Onne ‘nine Software wre! proprieirio Se pra srg, process corparhar documentos LNT Sire de esl de ree ine ‘Ses pra brig eompartarareraiagoe Redes soci orabtho Mises ered ersgers netncinee comanio 10 Bexcador Follsonomia de pigs Web ‘Navesnor Web Taito de fede Ferraranea de apressnagSes Terrarmarea do loge Programa de correla Be pra brig comparhar ote Piha ric de eb personae Sle prs brig eomparar Videos Tar de sone adr Ferdas para aaprendizager, segundo 0 “Diretro" de 2008 Feraner debt Enel erne Ferment dew Nome da Delia Frefox Goose Resor Sop Googe See Werdpress PowerPoint nec ‘Wlepeda ‘GoopDos Mood Fle ood deere Nw. “er Tepes ‘ra Cae nan Reman ce Pts Quapro: 5520 feramoras pel Ranking 5008

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