“Amor é fogo que

arde sem se ver”,

Luís Vaz de Camões
Lara Mendes nº17
 Luís Vaz de Camões
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta
português que nasceu em Coimbra. Autor
da epopeia "Os Lusíadas", uma das obras
mais importantes da literatura
portuguesa, que celebra os feitos
marítimos e guerreiros de Portugal. Um
aspecto que diferencia Os Lusíadas das
antigas epopeias clássicas é a presença de
episódios líricos, sem nenhuma relação
com o tema central que é a viagem de
Vasco da Gama.
É o maior representante do Classicismo
Português.
 Amor é fogo que arde sem se ver; A
É ferida que dói, e não se sente; B AMOR É
SOFRIMENTO
É um contentamento descontente; B
É dor que desatina sem doer. A

Onze tentativas de É um não querer mais que bem querer; A

definição do amor
através de frases
É um andar solitário entre a gente; B AMOR É UM ATO
DE SE
declarativas. É nunca contentar-se de contente; B DESPRENDER

É um cuidar que se ganha em se perder. A

É querer estar preso por vontade; C

AMOR É
É servir a quem vence, o vencedor; D DOAÇÃO
As tentativas É ter com quem nos mata, lealdade. C
anteriores são
superadas por uma
interrogação Mas como causar pode seu favor D
AMOR É OPINIÃO
retórica no final Nos corações humanos amizade, C CONTRADITÓRIA
que apresenta o
amor como um
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? D À COMUM

sentimento
contraditório
 Análise Formal
O É um soneto, porque é constituído por duas
quadras e dois tercetos;
O Os versos são decassílados (10 síladas
métricas);
O Nas quadras: rima interpolada e
emparelhada;
O Nos tercetos: rima cruzada.
 Tema do Poema
• As contradições do amor:
O Tenta dar uma definição de amor à
maneira petrarquista, através da
utilização de vários recursos expressivos,
é definido como um sentimento
contraditório, mas ainda assim
procurado pelos corações dos humanos.
O Luís de Camões chega à conclusão que é
impossível definir o amor.
 Amor Platónico
O O amor platónico de Camões está diretamente
ligado à poesia trovadoresca e à poesia de
petrarca (que possuí raízes na filosofia de
Platão). De acordo com esta teoria, o amor é
uma aspiração que engrandece o espírito do
poeta; o que o verdadeiro amante busca no ser
amado é o reflexo de um Bem supremo que
existe em estado absoluto no mundo. O amor
não pode nunca ser consumado, pois tem de ser
sempre sofrimento e desejo insatisfeito.
Tentativas para definir o amor
1. Fogo que arde sem se ver;
2. Ferida que dóis e não se sente;
3. Contentamento descontente;
4. Dor que desatina sem doer;
5. Não querer servir a quem vence o vencedor;
6. Andar solitário entre a gente;
7. Nunca contentar-se de contente;
8. Cuidar que se ganha em se perder;
9. Querer estar preso por vontade;
10. Servir a quem vence o vencedor;
11. Ter com quem nos mata lealdade.
 Recursos Expressivos
O Antíteses (11 primeiros versos);
O Anáfora (versos que começam com “é”);
O Enumeração (várias contradições);
O Interrogação retórica final (característica
que realmente define o amor);
O Metáforas;