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Laboratório de Fenômenos

Mecânicos 2021.3

RELATÓRIO DE EXPERIMENTO “ESFERAS FRACTAIS”

RESUMO

O presente relatório busca compreender de maneira prática o conceito


de “esferas fractais” através do experimento realizado com bolinhas de papéis
amassados de diferentes dimensões. A geometria fractal surgiu como uma
forma de compreender e explicar sobre os inúmeros objetos presentes no
mundo que não se enquadram no padrão de medida euclidiano, por não
possuírem formatos regulares. Dessa forma, observa-se a importância do
estudo na área para abranger uma forma de medida que inclua a diversidade
de estruturas existentes na natureza.

Link do vídeo: LO1 - Esferas Fractais.mp4

1. INTRODUÇÃO

Ao tratar de problemas dentro da área de exatas, o espaço euclidiano,


isto é, um espaço vetorial real que contém dimensões finitas e busca descrever
a geometria da natureza, é comumente utilizado. Contudo, nem sempre estes
modelos dimensionais representam assertivamente o mundo, uma vez que na
natureza é possível encontrar diversas estruturas fragmentadas, como por
exemplo as nuvens, os galhos das árvores, os flocos de neve, entre outros.
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Figura 1: Exemplo de um espaço euclidiano que contempla três dimensões


Fonte: Wikipedia

Tendo isso em vista, a partir dos anos 70, Benoit Mandelbrot e outros
matemáticos passaram a realizar estudos acerca dessas figuras complexas
com o intuito de descrevê-las de maneira sistemática. Buscavam, portanto,
algo único que fosse capaz de caracterizar todas as formas variadas da
natureza. Essa série de pensamentos foi o que deu origem à Geometria
Fractal.
Mas o que exatamente seria um “fractal”? De forma geral, um fractal é
uma figura geométrica que pode ser dividida em partes, possuindo infinitos
detalhes e marcado por um padrão complexo e repetitivo (também chamado de
"auto-similaridade"). Em outras palavras, é possível dizer que os fractais
possuem algo comum, intuitivo, acessível e estético.

Figura 2: Exemplo de um fractal.


Fonte: GETTY IMAGES
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Por fim, é interessante pontuar que a investigação dos fractais está


diretamente relacionada à Teoria do Caos e aos Sistemas Dinâmicos, já que
suas equações são utilizadas para descrever fenômenos, que por mais
aleatórios que pareçam, ainda obedecem a certas regras. Além disso, tal
estudo é de extrema relevância por permitir uma abordagem ampla, auxiliando
desde análises na bolsa de valores ao desenvolvimento de tratamentos
médicos.

2. METODOLOGIA

Para evidenciar e mostrar a presença de fractais em diversas situações do


dia a dia, foi desenvolvido um experimento cujo foco é estudar como bolinhas
de papel e alumínio amassadas podem apresentar características similares a
geometria fractal. Para que isso seja possível deve ser feito o uso dos
seguintes materiais:

- Duas folhas de papel sulfite tamanho A3.


- Duas folhas de papel alumínio de tamanho A3.
- Uma régua milimetrada ou paquímetro.
- Uma balança de precisão.

Para o começo do experimento deve-se separar as folhas dos dois


diferentes tipos a fim de demarcar as áreas de corte em geometria fractal.
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Figura 3: Demonstração dos tipos de papel a serem usados para o experimento

Fazendo uso de duas folhas dos dois diferentes tipos, as folhas deverão
ser partidas em 9 partes distintas, onde a primeira parte representa uma folha
A3 completa e a próxima a metade da primeira, sendo assim, a lógica de corte
que a folha deverá seguir é a regra de que a parte subsequente seja sempre a
metade da parte antecessora. Gerando assim:

Figura 4: Demonstração do corte para o experimento fractal - Folha Sulfite A3


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Figura 5: Demonstração do corte para o experimento fractal - Folha Alumínio A3

Após a realização do corte de maneira fractal, cada pedaço deve ser


amassado em formato de esfera, onde a mesma deve ser o mais densa
possível, com isso o resultado será diversas esferas com diâmetros distintos,
onde a maior esfera representa 256 vezes a esfera menor, isso devido ao corte
feito anteriormente.

Figura 6: Comparação entre os tamanhos das esferas com medidas de massa distintas
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Figura 7: Comparação lado a lado entre as esferas de alumínio e papel sulfite

Posteriormente a feitura de todas as esferas deverá ser estimada a


massa de cada uma. No caso de nosso experimento foi utilizado o papel de
gramatura 75g m^-3, com os devidos cálculos pode se afirmar que uma folha
de papel A3 apresenta cerca de 9.38 gramas, o mesmo pode ser feito com o
papel alumínio, que apresenta em uma folha A3 cerca de 5.2 gramas. Devido
ao corte de tamanho n/2, a massa deverá seguir esse princípio, logo esferas
menores que não conseguem ser medidas com precisão podem ser estimadas
com o uso de uma divisão da massa da folha anterior.

Além da determinação da massa, deve-se determinar o diâmetro de


cada esfera no mínimo cinco vezes e em sentidos diferentes para um
aprofundamento nos dados e uma exatidão melhor dos dados a posteriori. Para
isso, foi feito o uso de uma régua milimetrada fixa e outras duas auxiliares para
conseguir demarcar a posição exata onde o diâmetro marca na régua fixa, ou
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seja, uma régua sempre fica travando a esfera no zero enquanto a outra auxilia
na aferição da medida final.

Figura 8: Método para medir o diâmetro das esferas

Por fim, após todos os diâmetros serem coletados é possível gerar uma
tabela de dados com o número da esfera, seu diâmetro e incerteza
instrumental, além de sua massa em gramas. Portanto, o resultado final de
nosso experimento foi:
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3. OBJETIVOS

- Evidenciar a geometria fractal;


- Estabelecer as dimensões fractais de pequenas esferas de papel
amassado de diferentes tamanhos;
- Utilizar conceitos utilizados na disciplina de Fenômenos Mecânicos;

4. ANÁLISE DE DADOS, RESULTADOS E DISCUSSÃO

Média e o desvio padrão da média para cada diâmetro de esfera

Calcular a média e o desvio padrão das esferas obtidas pode


proporcionar um maior conhecimento referente ao real diâmetro que as esferas
apresentaram. Para isso é considerado a média dos cinco valores como o valor
estimado que cada esfera realmente apresenta de diâmetro, em contraposição
o desvio padrão gera o valor de incerteza, ou seja, o erro aproximado em
relação a média.

A priori, para calcular a média é feito o uso da média aritmética simples,


ou seja:

𝑛
∑ 𝑥𝑖
𝑖
𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑛

Já o desvio padrão por sua vez é dado pela fórmula:

𝑛
1 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 = 𝑛(𝑛−1)
∑( 𝑥𝑖 − 𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 )
𝑖
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Logo, aplicando tais fórmulas nos resultados previamente obtidos, temos


que cada esfera apresentará sua própria média e desvio padrão. Para fins
didáticos sabemos que a esfera 1 de sulfite apresenta as seguintes medidas de
diâmetro em cm: 4.65, 4.35, 4.75, 4.40 e 4.50. Sendo assim:

4,65 + 4,35 + 4,75 + 4,40 + 4,50


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 4, 53
1

Sendo assim, o valor real de nossa representação é 4,53, calculando o


desvio padrão da mesma esfera:

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 1
= 5(5−1)
* ((4, 65 − 4, 53 ) + (4, 35 − 4, 53 ) + (4, 75 − 4, 53 ) + (4, 40 − 4, 53 ) + (4,

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 1
= 0, 07516648189

Então, o valor final para a esfera 1 de sulfite será: 4,53 ± 0,08. Seguindo
esse padrão de contas foi determinado a média e desvio padrão de todas as
outras esferas:

3,3+ 3,7 + 3,55 + 3,35 + 3,4


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 3, 46
2

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 2
= 5(5−1)
((3, 3 − 3, 46) + (3, 7 − 3, 46 ) + (3, 55 − 3, 46) + (3, 55 − 3, 46 ) + (3, 4 − 3, 4

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 2
= 0, 073143694

Resultado final para a esfera 2: 3,46 ± 0,07


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2,65 + 2,5 + 2,5 + 2,6 + 2,67


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 2, 584
3

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 3
= 5(5−1)
((2, 65 − 2, 584) + (2, 5 − 2, 584) + (2, 5 − 2, 584) + (2, 6 − 2, 584) + (2, 67 − 2

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 3
= 0, 036138622

Resultado final para a esfera 3: 2,58 ± 0,04

2,22+ 2,3 + 2,1 + 2 + 2,05


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 2, 134
4

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 4
= 5(5−1)
((2, 22 − 2, 134) + (2, 3 − 2, 134) + (2, 1 − 2, 134) + (2 − 2, 132) + (2, 05 − 2,

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 4
= 0, 0552811

Resultado final para a esfera 4: 2,13 ± 0,06

1,75+ 1,68 + 1,8 + 1,9 + 1,78


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 1, 782
5

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 5
= 5(5−1)
((1, 75 − 1, 782) + (1, 68 − 1, 782) + (1, 8 − 1, 782) + (1, 9 − 1, 782) + (1, 78 −

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 5
= 0, 035832946

Resultado final para a esfera 5: 1,78 ± 0,04

1,2+ 1,3 + 1,25 + 1,4 + 1,34


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 1, 298
6
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1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 6
= 5(5−1)
((1, 2 − 1, 298) + (1, 3 − 1, 298) + (1, 25 − 1, 298) + (1, 4 − 1, 298) + (1, 34 − 1

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 6
= 0, 034698703

Resultado final para a esfera 6: 1,30 ± 0,03

1+ 1,1 + 0,95 + 1,1 + 1,05


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 1, 04
7

1 2 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 7
= 5(5−1)
((1 − 1, 04) + (1, 1 − 1, 04) + (0, 95 − 1, 04) + (1, 1 − 1, 04) + (1, 05 − 1, 04) )

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 7
= 0, 029154759

Resultado final para a esfera 7: 1,04 ± 0,03

0,7+ 0,8 + 0,75 + 0,78 + 0,87


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 0, 78
8

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 8
= 5(5−1)
((0, 7 − 0, 78) + (0, 8 − 0, 78) + (0, 75 − 0, 78) + (0, 78 − 0, 78) + (0, 87 − 0, 78

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 8
= 0, 028106939

Resultado final para a esfera 8: 0,78 ± 0,03

0,5+ 0,6 + 0,45 + 0,65 + 0,55


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 0, 55
9

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 9
= 5(5−1)
((0, 5 − 0, 55) + (0, 6 − 0, 55) + (0, 45 − 0, 55) + (0, 65 − 0, 55) + (0, 55 − 0, 55

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 9
= 0, 035355339
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O resultado final para média e desvio padrão da média da esfera 9 é: 0,55 ±


0,04

Para uma melhor visualização dos dados referentes às esferas feitas


com papel sulfite, segue abaixo uma tabela contendo os resultados finais
anteriormente apresentados:

Figura 9: Tabela de resultados para as esferas feitas com folha sulfite

Com o objetivo de calcular a média e o desvio padrão da média, agora


para as esferas feitas com a folha de alumínio, realizamos o mesmo
procedimento outrora demonstrado para a folha de sulfite. Dessa forma:

2,91+2,62+2,74+2,70+2,84
𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 2, 762
1

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 1
= 5(5−1)
((2, 91 − 2, 762) + (2, 62 − 2, 762) + (2, 74 − 2, 762) + (2, 7 − 2, 762) + (2, 84 −

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 1
= 0, 051224994

Resultado final para a esfera 1: 2,76 ± 0,05


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2,1+ 2,23 + 2,34 + 2 + 2,15


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 2, 164
2

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 2
= 5(5−1)
((2, 1 − 2, 164) + (2, 23 − 2, 164) + (2, 34 − 2, 164) + (2 − 2, 164) + (2, 15 − 2,

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 2
= 0, 057671483

Resultado final para a esfera 2: 2,16 ± 0,06

1,9+ 1,7 + 2,1 + 1,85 + 1,85


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 1, 88
3

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 3
= 5(5−1)
((1, 9 − 1, 88) + (1, 7 − 1, 88) + (2, 1 − 1, 88) + (1, 85 − 1, 88) + (1, 85 − 1, 88)

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 3
= 0, 064420494

Resultado final para a esfera 3: 1,88 ± 0,06

1,5+ 1,3 + 1,45 + 1,33 + 1,4


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 1, 396
4

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 4
= 5(5−1)
((1, 5 − 1, 369) + (1, 3 − 1, 369) + (1, 45 − 1, 369) + (1, 33 − 1, 369) + (1, 4 − 1

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 4
= 0, 036959437

Resultado final para a esfera 4: 1,40 ± 0,04

1,2+ 1,15 + 1,05 + 1,25 + 1,2


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 1, 17
5
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1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 5
= 5(5−1)
((1, 2 − 1, 17) + (1, 15 − 1, 17) + (1, 05 − 1, 17) + (1, 25 − 1, 17) + (1, 2 − 1, 17

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 5
= 0, 03391165

Resultado final para a esfera 5: 1,17 ± 0,03

1+ 0,8 + 0,85 + 0,9 + 0,8


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 0, 87
6

1 2 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 6
= 5(5−1)
((1 − 0, 87) + (0, 8 − 0, 87) + (0, 85 − 0, 87) + (0, 9 − 0, 87) + (0, 8 − 0, 87) )

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 6
= 0, 037416574

Resultado final para a esfera 6: 0,87 ± 0,04

0,63+ 0,6 + 0,7 + 0,75 + 0,75


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 0, 686
7

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 7
= 5(5−1)
((0, 63 − 0, 686) + (0, 6 − 0, 686) + (0, 7 − 0, 686) + (0, 75 − 0, 686) + (0, 75 −

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 7
= 0, 030757113

Resultado final para a esfera 7: 0,69 ± 0,03

0,5+ 0,55 + 0,6 + 0,52 + 0,55


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 0, 544
8

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 8
= 5(5−1)
((0, 5 − 0, 544) + (0, 55 − 0, 544) + (0, 6 − 0, 544) + (0, 52 − 0, 544) + (0, 55 −

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 8
= 0, 016911535
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Resultado final para a esfera 8: 0,54 ± 0,02

0,3+ 0,35 + 0,28 + 0,4 + 0,33


𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 5
= 0, 332
9

1 2 2 2 2
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 9
= 5(5−1)
((0, 3 − 0, 332) + (0, 35 − 0, 332) + (0, 28 − 0, 332) + (0, 4 − 0, 332) + (0, 33 −

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 9
= 0, 020832667

Resultado final para a esfera 9: 0,33 ± 0,02

A tabela a seguir contém os dados obtidos a partir dos cálculos listados:

Figura 10: Tabela de resultados para as esferas feitas com folha de alumínio

Argumentação sobre o significado do valor médio e desvio padrão

Como visto acima, a média e o desvio padrão podem ajudar a


determinar com maior exatidão como é o diâmetro real da esfera e a sua
incerteza. Visto que para as ciências exatas deve-se buscar o máximo de
exatidão em dados experimentais, o uso dessas duas ferramentas se torna de
extrema importância para a ciência.
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Um fato importante que pode ser observado através do cálculo de média


e desvio padrão obtido é que o material mais maleável, ou seja, aquele que
apresenta maior facilidade se ser amassado obteve um menor desvio padrão
em comparação ao outro. No caso em questão, ao verificar minuciosamente o
resultado, as esferas feitas de alumínio apresentaram um menor erro que as
esferas de sulfite.

Sendo assim, isso representa um fator de extrema importância para o


experimento, com o cálculo de média e desvio padrão pode-se afirmar que as
esferas de alumínio ficaram mais corretas e redondas do que as de sulfite,
ademais o desvio padrão, ou seja, o erro no diâmetro é evidentemente menor.

Diferentemente das esferas de sulfite, o alumínio pode ser


extremamente amassado e apresentou minúsculas irregularidades, e assim, na
hora de tomar o diâmetro obteve valores mais próximos uns dos outros,
enquanto as esferas de folha de sulfite geraram diâmetros com extremas
diferenças de tamanho. E como ambas esferas foram feitas com o mesmo
tamanho de papel, é possível afirmar que as esferas de alumínio ficam mais
densas se comparar as de sulfite, o que é evidenciado pelo tamanho médio
que as esferas de alumínio obtiveram, em grande parte dos casos quase a
metade do diâmetro médio das esferas de sulfite.

Concluindo, ambas as esferas apesar de serem diferentes em questão


de maleabilidade podem se tornar esferas mais perfeitas, ou seja,
apresentarem menos diferença de diâmetros em si mesmas e assim um menor
desvio padrão. Contudo, para que isso seja possível, a força aplicada em
ambas deve ser diferente, pois, enquanto o papel alumínio é facilmente
amassado e transformado em uma esfera o papel sulfite não consegue
apresentar a mesma maleabilidade, e assim, com a força humana apresenta
extrema dificuldade de se tornar uma esfera perfeita, necessitando assim de
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uma aplicação maior de força para obter resultados similares com as esferas
de alumínio.

Gráficos

Figura 11: Gráfico das massas das esferas de papel sulfite em função do diâmetro médio.
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Figura 12: Gráfico das massas das esferas de papel alumínio em função do diâmetro médio.

Figura 13: Gráfico do log das massas das esferas de papel sulfite em função do log do
diâmetro médio.
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Figura 14: Gráfico do log das massas das esferas de papel alumínio em função do log do
diâmetro médio.

Comparação entre a distribuição dos pontos nos dois gráficos

Fazendo uma análise rapidamente e sem se atentar a muitos detalhes


ao comparar os gráficos percebe-se pouca divergência entre os dois tipos de
papéis. Contudo, se tratando de números essas variações fazem completa
diferença.

Justamente por derivar da geometria euclidiana, os fractais têm como


base essa medição matemática. O que implica nesses objetos possuírem
dimensões fracionárias e não exatas. É possível observar pelos gráficos que as
bolinhas de papéis de alumínio possuem maior aproximação de uma esfera
perfeita em comparação ao papel sulfite.

Sendo assim, os fractais têm como base dimensões D que permeiam


entre 2 e 3, essas determinações indicam se pertencem a essa propriedade.
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Como obter a dimensão fractal utilizando um dos gráficos?

Quando tratamos de objetos geométricos “clássicos” que podem ser

1 𝑑
descritos em até três dimensões, a seguinte relação é viável: 𝑘 = ( )
𝑛

onde k é a quantidade de repartições iguais do objeto em questão, 1/n é o


comprimento de cada pedaço e d é a dimensão. Com o objetivo de isolar d,
podemos aplicar o logaritmo dos dois lados da equação, dessa forma, obtemos
𝑙𝑜𝑔(𝑘)
que: 𝑑 = 𝑙𝑜𝑔(1/𝑛)

Tendo esse raciocínio em vista, é possível adotar uma abordagem


1/𝑑
similar para lidar com os fractais, dado que: 𝐷 = 𝑘𝑀 , onde D é o diâmetro
da bolinha de papel, k é uma constante qualquer, M é a massa e d é a
dimensão do objeto. Então, a fórmula para calcular a dimensão dos fractais
abordados neste experimento será expressa por:

𝑙𝑜𝑔 (𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎)
𝑑 = 𝑙𝑜𝑔(𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜)

Utilizando o gráfico escolhido, obtenha o valor da dimensão fractal das


suas esferas
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Figura 15: Tabela das dimensões fractais das esferas de papel sulfite

Figura 16: Tabela das dimensões fractais das esferas de papel alumínio

Faça uma pesquisa em sites e artigos em busca de valores de esferas


fractais de papel amassados

Com base em pesquisa na internet, foi possível encontrar experimentos


que assim como este realizaram a medição de bolinhas de papel. No entanto,
os resultados não são exatamente iguais, um dos fatores que colaboram para
isso é a forma de amassamento e a quantidade de força aplicada.

Nesse contexto, percebe-se uma repetição de experimentos que


seguem a metodologia e o resultado esperado que se encaixem nos “padrões
de fractais”. E a finalidade maior é mostrar a existência de fractais e através de
amassamento não é possível converter um objeto de 2 dimensões para 3
exatamente, mas que obtenham valores nesse intervalo (FERRAZ, 2019).

5. CONCLUSÕES

Ao analisar os resultados obtidos para as dimensões fractais, é fácil


notar que eles diferem muito entre si e destoam do esperado, que seria valores
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entre 2 e 3. Esse fato pode estar relacionado com a constante de


1/𝑑
proporcionalidade k presente na fórmula 𝐷 = 𝑘𝑀 , que acabou sendo
desprezada durante a realização dos cálculos. Outros fatores que também
corroboram para justificar essas inconsistências são ocasionais erros que
podem ocorrer na realização da coleta de dados ou mudanças na execução do
experimento, uma vez que os procedimentos não foram realizados em
ambiente controlado.

6. REFERÊNCIAS

O que são os fractais, padrões matemáticos infinitos apelidados de


“impressão digital de Deus” - BBC News Brasil. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/geral-50656301>. Acesso em: 18 out. 2021.

UVA, M. Fractais: O que são e onde podem ser observados. Disponível em:
<https://www.marcelouva.com.br/o-que-sao-fractais/>. Acesso em: 18 out.
2021.
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ASSIS, T. A. DE et al. Geometria fractal: propriedades e características de


fractais ideais. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 2, p.
2304.1–2304.10, 2008.

CASTRO, Denise Gomes de. Fractais. Disponível em:


https://esistemascomplexos.wordpress.com/category/fractais/. Acesso em: 22
out. 2021

‌FERRAZ, Marcus Cezar Moreira. Dimensões inteiras e fracionárias


Disponível em:
https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-de-alagoas/labor
atorio-de-fisica-1/relatorio-dimensoes-inteiras-e-fracionarias/4536647. Acesso
em: 22.out.2021

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