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DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO APLICADA


DIREITOS HUMANOS

O que é?
São os direitos fundamentais da pessoa. No regime democrático, todos devem
ter a dignidade respeitada e a integridade protegida, independentemente da
origem, raça, etnia, gênero, idade, condição econômica e social, orientação ou
identidade sexual, religião ou convicção politica.
DIREITOS NA ANTIGUIDADE
As primeiras leis foram:
• Código de Hamurabi - Penas severas para crimes de lesão corporal e
homicídios, adotando a Lei de Talião.
• Código de Manu - Protegia a propriedade privada, honra pessoal, vida,
integridade física e a família. Permitia a pena de morte de proscrição,
exílio e confisco.
• Leis de Leão de Castela – Protegia da violação da vida, honra, domicílio
e propriedade, assegurando ao réu processo legal para punição justa.
• Lei Mosaica - Protegia a vida, propriedade, honra e família. Instituiu o
descanso semanal, admitia pena de morte e escravidão. Governantes e
governados pela mesma lei. Em efeitos políticos, mulheres se igualavam
aos escravos.
Constituição brasileira de 1988
Proclama como fundamento a cidadania e a dignidade da pessoa (artigo 1º,
incisos II e III)
Princípio de prevalência dos direitos humanos
1988- Constituição brasileira de 1988
Rege todo o ordenamento jurídico do país. Proclama como fundamento a
cidadania e a dignidade da pessoa (artigo 1º, incisos II e III),determinando as
relações internacionais pelo princípio de prevalência dos direitos humanos
(artigo 4º, inciso II).
Estabelece que além dos direitos e garantias expressos, o sistema jurídico
brasileiro reconhece a possibilidade da proteção judicial de direitos fundamentais
decorrentes dos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário
ASPECTOS GARANTIDOS POR DIREITO

Toda pessoa deve ter garantido os seus direitos...


Civis - Direito à vida, segurança, justiça, liberdade e igualdade.
Políticos - Direito à participação nas decisões políticas.
Econômicos - Direito ao trabalho.
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Sociais - Direito à educação, saúde e bem – estar.


Culturais - Direito à participação na vida cultural.
Ambientais – Direito a um meio ambiente saudável.
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art.5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a
inviolabilidade do direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e
propriedade.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Direitos fundamentais da pessoa


Todos devem ter asseguradas desde o nascimento as mínimas condições
necessárias para se tornarem úteis à humanidade e terem possibilidade de
receber os benefícios que a vida em sociedade pode proporcionar.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Liberdades públicas ou direitos fundamentais do homem ou pessoa. São


direitos ou liberdades de locomoção, associação, reunião, consciência, culto,
igualdade perante a lei, pensamento ou opinião, petição, não ser preso
ilegalmente, ser julgado na forma de leis anteriores ao fato imputado, imprensa,
trabalho, profissão, propriedade obtida com seu trabalho pessoal, informação,
ensino, inviolabilidade do domicílio, calar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa
somente em virtude de lei.
DIREITO AO SILÊNCIO
Na CF,artigo 5º, Inciso LXIII, diz que o preso será informado de seus
direitos, inclusive o de permanecer calado, assegurada a assistência da família e
advogado.
O acusado tem direito absoluto de não responder em interrogatório. Direito
baseado no instinto de conservação do indivíduo e inclui o direito de não
denunciar seus próximos ou parentes, e ainda o de simular alienação mental
(procedimento incorreto de defesa, segundo alguns autores). O acusado não tem
nenhuma obrigação de dizer a verdade ao juiz.

DIREITOS FUNDAMENTAIS DA PESSOA DETIDA

Na CF, artigo 5º, consta o direito à liberdade e a segurança.


Principais direitos :
a) Direito à liberdade e segurança.
b) O preso ser informado o mais breve prazo, em língua que compreenda, razões
da sua prisão e de qualquer acusação formulada contra ele.
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c) A pessoa presa ou detida nas condições previstas no parágrafo 1, alínea c, do


presente artigo deve ser apresentada imediatamente a um juiz ou outro
magistrado habilitado pela lei para exercer funções judiciais e tem direito a ser
julgado num prazo razoável ou posta em liberdade durante o processo. A
colocação em liberdade pode estar condicionada a uma garantia que assegure o
comparecimento do interessado em juízo.
d) Qualquer pessoa privada da sua liberdade por prisão ou detenção tem direito a
recorrer a um tribunal, a fim de que este se pronuncie, em curto prazo de tempo,
sobre a legalidade da sua detenção e ordene a sua libertação, se a detenção for
ilegal.
e) Qualquer pessoa vítima de prisão ou detenção em condições contrárias às
disposições deste artigo tem direito a indenização.
f) No artigo 5º, inciso XLIII, cita que é assegurado aos presos o respeito à
integridade física e moral.

LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997

A Lei 9.455, regulamentando o inc. XLIII do art. 5º da CF, trouxe definição dos
CRIMES DE TORTURA.
Art.lº
inc.I constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou
grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com a intenção de:
a) Obter informação, declaração, confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) Discriminação racial ou religiosa.
Pena – reclusão de 2 a 8 anos.
inc.II - Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de
violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Tortura - Definição .
A tortura e o tratamento desumano ou degradante contra qualquer pessoa não
são tolerados. Esse dispositivo é completado por outro que diz ser assegurado
aos presos o respeito à integridade física e moral.
Provas ilícitas.
Na Constituição Federal em seu artigo 5o., Inciso LVI diz são inadmissíveis, no
processo, as provas obtidas por meio ilícitos; É a que foi obtida por meios que
violam as garantias individuais, provenha de particulares ou do governo.
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DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA, CRIME DE


TORTURA

TRATAMENTO DESUMANO OU DEGRADANTE.


No § 2º do art.1º da Lei nº 9.455/97.
Aquele que se OMITE EM FACE DESSAS CONDUTAS, quando tinha o DEVER
de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. O
tipo penal em apreço se desdobra em dois tipos de omissão:
a) À prática do crime.
b) Na apuração do crime.
São crimes próprios porque exigem que o omite e tenha O DEVER JURÍDICO DE
IMPEDIR O RESULTADO.
DA PRISÃO E O DIREITO DE IMAGEM

Art. 5º,CF de 1988.


V - é assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
asseguradas o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.
Assim o sendo, a divulgação que envolva o nome e/ou a imagem de um suspeito,
sem que tenha autorizado, maculando sua boa fama, influindo no conceito de
sua pessoa junto ao amigos, parentes, colegas de trabalho, é sem dúvida, ato
que deva gerar imediata responsabilidade civil e/ou penal.
Principio da presunção da inocência
Na Constituição Federal em seu artigo 5o., Inciso LVII diz ninguém será́
considerado culpado até o transito em julgado de sentença penal condenatória.

Diz a Declaração Universal dos Direitos do Homem, feita pela ONU:


"Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma a sua inocência,
enquanto não se provar a sua culpabilidade, conforme a lei e em julgamento
publico no qual se hajam assegurado todas as garantias necessárias à sua
defesa
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Os Princípios Constitucionais estão previstos na Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988. Assim, podemos citar alguns:

 Princípio da Legalidade;

 Princípio da Igualdade;
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 Princípio da Liberdade;

 Princípio do Contraditório;

 Princípio da Proporcionalidade da Lei;

 Princípio da Simetria.;

 Princípio da Ampla Defesa;

 Princípio da Isonomia

Da igualdade (art.5º, caput da constituição).


Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo a inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a igualdade, a
segurança e a propriedade.
Da legalidade – inciso II
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei.
Da intimidade, honra e imagem – inciso X
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.
De domicílio inciso XI
A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo entrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Inviolabilidade de correspondência – inciso XII
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial.
Da liberdade de trabalho – inciso XIII
É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão.
De locomoção – inciso XV
É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer
pessoa nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
De reunião – inciso XVI
Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público.
De associação – inciso XVII
É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar.
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De propriedade – inciso XXII


É garantido o direito de propriedade.

Da vedação ao racismo - Art. 5º


Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei.
Da identidade Art. 5º
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo
nas hipóteses previstas em lei;
Da liberdade
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
Da presunção de inocência Art. 5o
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória.

Dos direitos do preso


LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado.

DIREITO PENAL

Conceito de crime
É toda ação ou omissão que fere os bens protegidos pela lei, ou seja, A VIDA, O
PATRIMÔNIO E O DIREITO.
Assim, podemos definir que crime é um fato típico e antijurídico.
Simplificando:
Fato:
Ação (fazer alguma coisa) ou omissão (deixar de fazer)
Típico:
Que está definido em lei.
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Antijurídico:
Que contraria a lei.
Exemplo: O homicídio é um crime porque a ação humana (fato)
de matar alguém é contra o Direito (antijurídico) e está descrito
na lei (típico), no art. 121 do CP.
Crime tentado
Quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
Crime consumado
É aquele em que o agente obtém o resultado a que se propôs
Crime culposo
É aquele em que o agente.......
não quer o resultado, mas o resultado acontece porque ele agiu com
imprudência, negligência ou imperícia.
Imprudência é a pratica de um ato perigoso.
Ex. Dirigir embriagado – em excesso de velocidade.
Imperícia é a falta de aptidão, capacidade, habilitação. Ex. Dirigir veiculo sem
habilitação.
Negligencia é a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato
realizado. Ex. Deixar arma ao alcance de uma criança.
Crime doloso
É aquele em que o agente.....
prevê o resultado lesivo de sua conta, e mesmo assim, o leva adiante,
produzindo o resultado.
Excludentes de ilicitude - Art. 23 CP
Não há crime quando o agente pratica o fato em:
• Estado de necessidade;
• Legítima defesa;
• Estrito cumprimento do dever legal;
• Exercício regular de direito.
Estado de Necessidade
Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, direito próprio ou alheio.
Exemplo: barco (2 duas pessoas e um colete).
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Obs: Não pode alegar estado de necessidade aquele que tem o dever legal de
enfrentar o perigo (policiais, bombeiros, médicos sanitaristas, etc).
Legítima defesa - Art. 25 CP
Entende-se em legitima defesa quem, usando moderadamente os meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.
Requisitos da legitima defesa:
• agressão injusta
• atual ou iminente
• a direito próprio ou alheio
• reação imediata com meios necessários e moderados.
Estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito
-Exemplo de estrito cumprimento do dever legal:
Fuzilamento do condenado
Morte do inimigo no campo de batalha
Morte de criminoso em troca de tiros
-Exemplo de exercício regular do direito:
O lutador de Boxe
O jogador de futebol
HOMICÍDIO (art.121 do CP)
Simples
Matar alguém
Pena: Reclusão de seis a vinte anos
Qualificado
Se o homicídio é cometido:
Mediante paga ou promessa de recompensa
Por motivo fútil
Com emprego de veneno, fogo, tortura
A traição
Pena: Reclusão de doze a trinta anos.
LESÃO CORPORAL (art. 129 CP)
Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.
Pena: Detenção de três meses a um ano (pena base).
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CRIMES CONTRA A HONRA (art. 138 a 140 CP)

Art. 138- Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou
divulga.
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo a dignidade ou decoro.
§ 1o O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
Constrangimento ilegal (Art. 146 do CP)
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de haver
reduzido a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou fazer o
que ela não manda.
Pena: detenção de três meses a um ano ou multa
Ameaça (Art.147 do CP)
Ameaçar alguém, por palavras, escrito ou gesto.
Pena: detenção de um a seis meses ou multa
Sequestro e cárcere privado (Art.148 do CP)
Privar alguém de sua liberdade mediante sequestro e cárcere privado.
Pena: reclusão de 1 a 3 anos (pena base)
Diferença entre Sequestro e cárcere privado (Art.148 do CP)
A diferença entre sequestro e cárcere privado deve-se ao fato de que no
sequestro o agente vai buscar a vítima e a conduz ao cativeiro, enquanto que no
cárcere privado a vítima já se encontra em poder do autor.
Violação de domicílio (Art. 150 CP)
Entrar ou permanecer, clandestinamente, ou contra a vontade expressa ou tácita
de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências.
Pena: detenção de um a três meses, ou multa.
VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA (Art. 151 do CP)
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Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a


outrem.
FURTO (Art. 155 do CP)
Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Simples: O agente pratica o crime sem utilizar qualquer meio para conseguir o
resultado.
Pena: reclusão de 1 a 4 anos.
Qualificado: O furto será qualificado se cometido
Com destruição e rompimento de obstáculo
Com emprego de chave falsa
Com abuso de confiança mediante concurso de duas ou mais pessoas
Pena: reclusão de 2 a 8 anos.
ROUBO (Art. 157 do CP)
Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel mediante grave ameaça.
Pena: reclusão de 4 a 10 anos.
Qualificado:
Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
Se há concurso de duas ou mais pessoas;
Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal
circunstância.
Pena: Aumenta a pena de 1/3 a ½.
DANO (Art. 163 do CP)
Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia.
Pena: detenção de um a seis meses ou multa.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA (Art. 168 do CP)
Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou detenção.
Pena: reclusão de um a quatro anos e multa
ESTELIONATO (Art. 171 do CP)
Obter para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro.
Exemplo: cheque sem fundos.
Pena: reclusão de 1 a 5 anos
RECEPTAÇÃO (Art. 180 do CP)
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Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,


coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa fé, a
adquira, receba ou oculte.
Pena: reclusão de um a quatro anos e multa
INCÊNDIO (Art. 250 do CP)
Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem.
Pena: reclusão de três a seis anos e multa.

QUADRILHA OU BANDO (Art. 288 do CP)


Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de
cometer crimes.
Pena: reclusão de um a três anos.

RESISTÊNCIA (Art. 329 do CP)


Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxilio.
Pena: detenção de dois meses a dois anos.

DESOBEDIÊNCIA (Art. 330 do CP)


Desobedecer à ordem legal de funcionário público.
Pena: detenção de quinze dias a seis meses e multa.
DESACATO (Art. 331 do CP)
Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela.
Pena: detenção de seis meses a dois anos ou multa.

CORRUPÇÃO ATIVA (Art. 333 do CP)


Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo
a praticar, omitir ou retardar ato de oficio.
Pena: reclusão de um a oito anos e multa.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA PREVENÇÃO E COMBATE À VIOLÊNCIA


CONTRA A MULHER (LEI Nº 11.340 DE 07 DE AGOSTO DE 2006)

Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação


sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, é protegida pelos
direitos fundamentais inerentes à pessoa, sendo-lhe asseguradas as
oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e
mental, seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Art 5 Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio


permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por
afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre
outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua
integridade ou saúde corporal.
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause
dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o
pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, ridicularizarão, exploração e limitação do direito de
ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação.
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada,
mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça
de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,
ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
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V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia,


difamação ou injúria.
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar,
a autoridade policial deverá, entre outras providências:
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico
Legal; Ver tópico
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local
seguro, quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus
pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA,
QUE OBRIGAM O AGRESSOR

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher,


nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto
ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao
órgão competente;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o
limite mínimo de distância entre estes e o agressor.
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de
comunicação;
c) Frequentar determinados lugares a fim de preservar a integridade física e
psicológica da ofendida
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe
de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
§ 1 As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras
previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as
circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério
Público.
§ 2 Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas
condições mencionadas no caput e incisos do art.6º da lei 10.826, de 22 de
dezembro de 2003. O juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou
instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a
restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável
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pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de


prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.
§ 3 Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz
requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.
§ 4 Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no
caput e nos §§ 5º e 6º do art.461 da lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código
de processo Civil).
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA À OFENDIDA

Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
I - encaminhar à ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário
de proteção ou de atendimento;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo
domicílio, após afastamento do agressor;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos
relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV - determinar a separação de corpos.
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles
de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as
seguintes medidas, entre outras:
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda
e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial;
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e
danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a
ofendida.
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins
previstos nos incisos II e III deste artigo.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS DAS


CRIANÇAS E ADOLESCENTES
(LEI 8.069 DE 13 DE JULHO DE 1990 – NOÇÕES BÁSICAS)

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquele entre doze e dezoito anos de
idade.
Da Prática de Ato Infracional
Capítulo I
Disposições Gerais
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Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou


contravenção penal.
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às
medidas previstas nesta Lei.
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante
de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente.
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela
sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra
recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à
família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo
máximo de quarenta e cinco dias.
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será submetido a
identificação compulsória pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo
para efeito de confrontação, havendo dúvida fundada.

MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS
Aplicadas apenas aos adolescentes infratores, podendo ser aplicada,
excepcionalmente a pessoa com até 21 anos de idade, conforme o dispositivo
abaixo:
Art. 112. Verificada a pratica de ato infracional, a autoridade competente poderá́
aplicar ao adolescente as seguintes medidas:

I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;

Ato infracional
É uma ação, descrita na lei penal ou em outras leis especiais como crime ou
contravenção, praticada por pessoa com idade entre 12 e 18 anos.
Menor infrator (adolescente infrator) – é aquele com idade entre 12 e 18 anos,
que pratica um ato infracional, considerado crime ou contravenção pela lei,
devendo ser de imediato apresentado à Autoridade Policial competente.
A criança (com idade até 12 anos incompletos) não pode ser aplicada medida
sócio educativa, mesmo praticando fato grave, considerado como crime (por
exemplo: homicídio, porte de arma, etc).
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Art. 20º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento ou por adoção, terão
os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações
discriminatórias relativas à filiação.
Art. 25º Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou
qualquer deles e seus descendentes.
Art. 33º A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional
à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a
terceiros, inclusive aos pais.
Art. 53º A criança e o adolescente têm direito à educação visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho.
Art. 60º É proibido qualquer trabalho para menores de quatorze anos de idade,
salvo na condição de aprendiz.

Capítulo III
Das Garantias Processuais

Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido
processo legal.
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação
ou meio equivalente;
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e
testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III - defesa técnica por advogado;
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase
do procedimento.

Princípios fundamentais da pessoa idosa (lei 10.741 de 1º de outubro de


2003)

Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos


assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
ATENDIMENTO PRIORITÁRIO: Segundo preceitua o paragrafo único, inciso I,
do artigo 3 do Estatuto do Idoso “é garantido ao idoso o atendimento preferencial
e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviço à
população”. Este direito é também assegurado pela Lei no 10.048/00 e pelo
Decreto n 5.296/04 que a regulamentou.
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Ele assegura às pessoas idosas serem atendidas antes de qualquer outra, depois
de concluído o atendimento que estiver em andamento em estabelecimentos
públicos e privados prestadores de serviços à população como hospitais, clinicas,
supermercados, cinemas, teatros, dentre tantos outros
CAPÍTULO III
Dos Alimentos
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil.
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os
prestadores.
Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de
prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da
assistência social
Art. 27o Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a
discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos,
ressalvados os casos em que a natureza do cargo exigir.
Parágrafo único: O primeiro critério de desempate em concurso público será a
idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada (da profissionalização e do
trabalho).
Art. 39o Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a
gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi urbanos, exceto
nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços
regulares (do transporte).
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos
termos da legislação específica:
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda
igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das
passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual
ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos.
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CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU DE COR


(LEI Nº 7.716, DE 15 DE JANEIRO DE 1989).

Art. 1o Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de


discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional.
Art. 3 Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer
cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de
serviços públicos.
Art.4 Negar ou obstar emprego em empresa privada.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça ou de
cor ou práticas resultantes do preconceito de descendência ou origem nacional
ou étnica:
I - deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade
de condições com os demais trabalhadores;
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de
beneficio profissional;
III - proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho,
especialmente quanto ao salário.
(§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade,
incluindo atividades de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou
qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de
aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não
justifiquem essas exigências.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Paragrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Art.5 Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a
servir, atender ou receber cliente ou comprador.
Pena: reclusão de um a três anos.

Art.6 Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em


estabelecimento de ensino publico ou privado de qualquer grau.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é
agravada
Art. 7 Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou
qualquer estabelecimento similar.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
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Art. 8 Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares,


confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 9 Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos,
casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao publico.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros,
barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas
finalidades.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou
residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos:
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões, navios
barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte
concedido.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 20 Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
§ 1o Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas,
ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada,
para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
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VIGILÂNCIA E NOÇÕES DE SEGURANÇA PRIVADA

O QUE É SEGURANÇA?

• Garantir a integridade física e psicológica das pessoas e preservar o


patrimônio das famílias e instituições, através de medidas preventivas
que possam mitigar as ações criminosas. (AURÉLIO, p.27, 2010)

• Ou seja, todas as medidas que tenham por objetivo dificultar ou


minimizar a ocorrência de um fato anormal.

DOIS SINÔNIMOS PARA SEGURANÇA

• PREVENÇÃO:

Todas as ações tomadas, pelo homem de segurança, com o objetivo de


desestimular uma ação delituosa.

• PROTEÇÃO:

Todas as ações realizadas pelo homem de segurança, para salvaguardar


bens tangíveis e intangíveis.

MEDIDAS DE SEGURANÇA

• MEDIDAS DE PREVENÇÃO – Toda ação que tenha a função de


prevenir a causa de uma potencial eventualidade que possa causar
danos a pessoas ou patrimônio.

• MEDIDAS DE REAÇÃO – Toda medida que tem por objetivo


neutralizar ou minimizar uma ação que possa causar danos a pessoas
ou patrimônio.

• O mais importante é a PREVENÇÃO, que representa 90% das medidas


de segurança, enquanto que 10% tem caráter repressivo.

HISTÓRIA DA SEGURANÇA PRIVADA NO BRASIL

• O início da atividade de Segurança Privada no Brasil remota a


segunda metade da década de 60, quando houve um aumento das
ações criminosas praticadas contra as instituições financeiras.

• A expressiva quantidade de assaltos a bancos demonstrava não haver


mecanismos de segurança eficientes, reuniram-se então os primeiros
esforços no sentido de criar um sistema de vigilância ostensiva que
contivesse a onda de assaltos que se ampliava.
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• Dentro desse sistema, surgiram as Primeiras Empresas de


Segurança Privada, dotadas de organização empresarial e
direcionadas a exercer a vigilância patrimonial dos estabelecimentos e
disponibilizando vigilantes para guarda de suas instalações.

• Nesta época, os trabalhadores do ramo de segurança se auto dividiam


em dois grupos:

• O “Grupo A” – Vigilantes propriamente ditos, que atuavam nos bancos


e transporte de valores, usavam uniformes marrons, realizavam cursos e
portavam armas de fogo.

• E o “Grupo B” atuava maciçamente nas indústrias, não realizavam


cursos de formação, usavam uniforme cinza e não portavam armas de
fogo, eram denominados de “vigias”.

• A categoria conhecida genericamente de “Vigilante”, só ganhou


qualificação profissional a partir de junho de 1983, quando a Segurança
Privada foi regulamentada através da Lei 7.102.

Legislação Vigente

Lei 7.102 de 20/06/1983

No ano de 1983 foi editada a lei n° 7.102, que atribuiu ao Banco Central à
competência para regular os sistemas de segurança dos estabelecimentos
financeiros e também atribuiu ao MJ autorizar e fiscalizar o funcionamento das
empresas de vigilância.

Decreto 89.056 de 24/11/1983

Regulamenta a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que "dispõe sobre


segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para
constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços
de vigilância e de transporte de valores e dá outras providências".

Lei 9.017 de 30/03/1995

Altera dispositivos da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que dispõe


sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para
constituição e funcionamento de empresas particulares que explorem serviços
de vigilância e de transporte de valores, e estabelece que a competência do
Ministério da Justiça será exercida pelo Departamento de Polícia Federal.
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Portaria 891 de 12/08/1999

Dispõe sobre a criação da Carteira Nacional de Vigilante.

Portaria 3233 de 10/12/2012

Normatiza e uniformiza os procedimentos relacionados às empresas de


Segurança Privada, Segurança Orgânica e, ainda, aos planos de segurança
dos Estabelecimentos Financeiros.

Noções de Segurança Privada

Conceito

• Segurança Privada - Atividade desenvolvida por pessoas devidamente


habilitadas, por meio de empresas especializadas, visando a proteção
do patrimônio, de pessoas, transportar valores e apoiar o transporte de
cargas.

• Tem caráter de complementaridade às ações de Segurança Pública e


é executada sempre de forma onerosa para o contratante.

Portaria 3.233/2012

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA SEGURANÇA PRIVADA NO


BRASIL – DPF/MJ

Coordenação Geral de Controle de Segurança Privada – CGCSP


(Brasília)
Delegacia de Controle de Segurança Privada – DELESP
(Estados)

Comissões de Vistoria – CV’s


(municípios)

Competência do DPF na Segurança Privada

Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do Departamento de Polícia


Federal:

 Autorizar
 Controlar
 Fiscalizar

O funcionamento das empresas especializadas, dos cursos de formação de


vigilantes e das empresas que exercem serviços orgânicos de segurança.
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EMPRESAS ESPECIALIZADAS ou PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE


SEGURANÇA PRIVADA

São consideradas Atividades de Segurança Privada segundo a Portaria


3233/2012:

• VIGILÂNCIA PATRIMONIAL;

• TRANSPORTE DE VALORES;

• ESCOLTA ARMADA;

• SEGURANÇA PESSOAL;

• CURSO DE FORMAÇÃO.

Tipos de Empresas Especializadas:

• Empresas Prestadoras de Segurança Privada;

• Empresas de Transporte de Valores;

• Escolas de Formação de Vigilantes.

Empresas de Serviço Orgânico de Segurança.

• Vigilância Patrimonial

• Transporte de Valores

CURSOS DE FORMAÇÃO, EXTENSÃO E RECICLAGEM

• Os cursos de formação de vigilantes, Extensão e Reciclagem,


regulamentados por legislação específica, a qual orienta que sejam
ministrados em Escolas devidamente credenciadas e autorizadas
pelo Departamento de Polícia Federal, servem como um dos
requisitos fundamentais para o exercício da profissão.

São eles:

• I - Curso de Formação de Vigilante;

• II - Curso de Reciclagem da Formação de Vigilante;

• III - Curso de Extensão em Transporte de Valores;

• IV - Curso de Reciclagem em Transporte de Valores;

• V - Curso de Extensão em Escolta Armada;

• VI - Curso de Reciclagem em Escolta Armada;


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• VII - Curso de Extensão em Segurança Pessoal;

• VIII - Curso de Reciclagem em Segurança Pessoal;

• IX - Curso de Extensão em Equipamentos Não-Letais I e II;

• X - Curso de Extensão em Segurança para Grandes Eventos.

IMPORTANTE:

• Os cursos de formação, extensão e reciclagem são válidos por 02 (dois)


anos, após os vigilantes deverão ser submetidos a curso de reciclagem,
conforme a atividade exercida, às expensas do empregador.

• Somente os cursos de extensões de Transporte de Valores, Escolta


Armada e de Segurança Pessoal Privada, reciclam automaticamente
o curso de Formação de Vigilantes.

VIGILÂNCIA

• Vigilância: É uma sensação na qual a pessoa ou empresa, emprega


recursos humanos agregados a uso de equipamentos específicos,
estabelecendo normas e procedimentos a fim de produzir um:

ESTADO DE AUSÊNCIA DE RISCO.

VIGILÂNCIA PATRIMONIAL

• Vigilância Patrimonial: é uma atividade autorizada, controlada e


fiscalizada pelo Departamento de Polícia Federal, com o fim de exercer
preventivamente a proteção do patrimônio e das pessoas que se
encontram nos limites do imóvel vigiado, podendo ser em
estabelecimentos urbanos ou rurais; públicos ou privados.

• Desenvolvida por pessoas capacitadas denominadas de VIGILANTES;

• A atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser exercida dentro


dos limites dos imóveis vigiados e, nos casos de atuação em eventos
sociais, como show, carnaval, futebol, deve se ater ao espaço privado
objeto do contrato.

INTRAMUROS
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VIGILANTE

• É o profissional capacitado pelos cursos de formação, empregado das


empresas especializadas ou das que possuem serviço orgânico de
segurança, registrado no DPF, responsável pela execução das
atividades de Segurança Privada.

FINALIDADES DO VIGILANTE

• I - Proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de


outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança
de pessoas;

• I - Realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer


outro tipo de carga.

REQUISITOS PARA SER VIGILANTE

• I - ser brasileiro nato ou naturalizado;

• II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;

• III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;

• IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em


estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei;

• V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;

• VI - não ter antecedentes criminais registrados;

• VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

PERFIL DO VIGILANTE

• O vigilante é a pessoa capacitada a zelar pela ordem nos limites do seu


local de trabalho, visando à satisfação do usuário final.

• Dentro das normas aplicadas sobre segurança privada, o vigilante deve


exercer suas atividades com:

 Urbanidade (civilidade, cortesia, boas relações públicas),

 Probidade (honestidade) e

 Denodo (coragem, bravura, mostrando seu valor).


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UNIFORME DO VIGILANTE

CAPÍTULO VIII

DO UNIFORME DO VIGILANTE

• Art. 149 - O uniforme do vigilante é obrigatório e de uso exclusivo em


serviço, devendo possuir características que garantam a sua
ostensividade.

• Art. 164 - São deveres dos vigilantes:

• II - utilizar, adequadamente, o uniforme autorizado,


apenas em serviço;

Subseção II

Da Pena de Multa

• Art. 169 - É punível com a pena de multa, de 500 (quinhentas) a 1.250


(um mil, duzentas e cinquenta) UFIR, a empresa especializada e a que
possui serviço orgânico de segurança que realizar qualquer das
seguintes condutas:

• III - permitir que o vigilante exerça suas atividades


sem o uniforme e permita que vigilante use uniforme
fora de serviço;

UNIFORME DO VIGILANTE

CARACTERISTICAS DO UNIFORME DO VIGILANTE

A fim de garantir o caráter ostensivo, o uniforme deverá conter os seguintes


elementos:

• I - apito com cordão;

• II - emblema da empresa;

• III - plaqueta de identificação ou crachá do vigilante, autenticada pela


empresa, com validade de seis meses, constando o nome, o número da
Carteira Nacional de Vigilante - CNV e fotografia colorida em tamanho 3
x 4 e a data de validade.
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UNIFORME DO VIGILANTE

• O modelo de uniforme dos vigilantes não deve ter semelhança aos


utilizados pelas Forças Armadas, ou pelos órgãos de segurança pública.

• As empresas especializadas e as que possuem serviço orgânico de


segurança, poderão possuir mais de um uniforme autorizado, podendo
um deles ser terno ou paletó, observadas as peculiaridades da atividade
e o local de prestação do serviço.

PRODUTOS CONTROLADOS E ACESSÓRIOS DE USO DO VIGILANTE

Art. 114 portaria 3233/2012

• As empresas de vigilância patrimonial poderão dotar seus vigilantes,


quando em efetivo serviço, de revólver calibre 32 ou 38, cassetete de
madeira ou de borracha, e algemas, vedando-se o uso de quaisquer
outros instrumentos não autorizados pelo Coordenador-Geral de
Controle de Segurança Privada.

• As empresas de segurança privada poderão dotar seus vigilantes de


armas e munição não-letais e outros produtos controlados,
classificados como de uso restrito, para uso em efetivo exercício,
segundo as atividades de segurança privada exercidas.

• PRODUTOS CONTROLADOS E ACESSÓRIOS DE USO DO


VIGILANTE

Equipamentos Não-Letais

Nas atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal, as empresas


poderão dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais de
curta distância - até dez metros:

• I - Espargidor de agente químico lacrimogêneo (CS ou OC) de até 70g,


em solução (líquido), espuma ou gel;

• II - Arma de Condutividade Elétrica de contato direto e de lançamento de


dardos energizados.
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Vigilância em Geral

Em todos os locais em que o vigilante atua, seu objetivo deve estar


voltado para:

• Proteção da Vida;

• Aplicação da Lei;

• Proteção da Integridade Pessoal;

• Garantia da Ordem Interna;

• Preservação da Integridade Patrimonial;

• Constatação de Irregularidades com as Respectivas Providências;

• Satisfação do Usuário Final.

Tipos mais comuns de Vigilância

Vigilância Bancária

• As instituições financeiras são obrigadas pela Lei 7.102/83 a possuir


sistema de segurança com pessoas devidamente preparadas (os
vigilantes).

• Por ser um local de guarda e movimentação de numerários e valores, é


um ponto visado por criminosos, o que exige a atuação atenta do
vigilante.

• Nestes estabelecimentos o vigilante deve procurar se posicionar em


pontos estratégicos, que permitirá maior ângulo de visão, eliminando o
fator surpresa.

Quem pode adentrar armado no Banco?

• Polícia Federal;

• Polícia Rodoviária Federal;

• Polícia Civil;

• Polícia Militar;

• Oficiais Militares de Carreira;

• Agentes da ABIN;
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• Agentes da GSI – PR;

• Auditores e Analistas da Recita Federal;

• Agentes Penitenciários Federal ou Estadual;

• Guardas Municipais;

• Juízes e Promotores de Justiça.

Quem NÃO pode adentrar armado no Banco?

• Pessoas comuns que possuem Porte particular para Defesa Pessoal;

• Vigilantes de empresas de Segurança Privada (salvo SPP e ETV,


quando em serviço);

• Integrantes das entidades de desporto cujas atividades esportivas


demandem o uso de arma de fogo.

Sistema Integrado de Segurança - SIS

• É a integração do Vigilante com a moderna tecnologia em


Segurança Eletrônica, possibilitando a redução do tempo de
resposta ao evento, aumentando o serviço de segurança e
reduzindo os riscos.

• Hoje em dia devemos entender a Segurança Patrimonial como um


Sistema Integrado compreendendo a união de Recursos Humanos e
Equipamentos de Segurança.

Equipamentos mais usados:

• CFTV com acesso remoto;

• Alarmes integrados;

• Sensoriamento ativo e passivo;

• Cercas Elétricas;

• Portão Automatizado;

• Controle de Acesso por biometria;

• Rastreamento de pessoas e veículos.


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ITENS NECESSÁRIOS PARA UMA EXECUÇÃO ADEQUADA DO SIS

Medidas de Proteção

• Medidas de Proteção Passiva (muros, cercas, portas, etc.);

• Medidas de Proteção Ativa (CFTV, alarmes, cercas elétricas, etc.);

• Medidas de Proteção Operacionais (Vigilante).

SEGURANÇA FÍSICA DE INSTALAÇÕES

Segurança Física das Instalações, corresponde à constituição de barreiras


físicas de forma a evitar, controlar ou retardar, a intrusão de pessoas não
autorizadas. Garantindo, dessa forma, uma segurança mais eficaz e eficiente.

• Eficiente.

• Eficaz.

É o ramo da segurança que visa prevenir acessos não autorizados a


instalações, equipamentos, materiais ou documentos.

Pode ser feito através de uma simples porta, ou de complexos sistemas de


segurança.

SEGURANÇA FÍSICA DE INSTALAÇÕES

Medidas de Segurança

Medidas Estáticas: São barreiras e equipamentos utilizados no sistema de


segurança que visam inibir ou impedir ações criminosas.

Medidas Dinâmicas: É a atuação inteligente do vigilante, como pessoa


capacitada para fazer a segurança física das instalações.

Graus de Riscos de Segurança

EN - 50131

• Grau 1 – Baixo Risco: Utilizado para definir instalações em que se


considera pouco provável a existência de intrusões.

• Grau 2 – Risco Baixo a Médio: Considera-se que os intrusos não


possuem grandes conhecimentos sobre os sistemas de segurança e que
têm recursos limitados. Intrusão através de pontos desprotegidos.
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• Grau 3 – Risco Médio a Elevado: É nesta categoria que está inserida


a maioria das instalações comerciais e industriais. Os intrusos
possuem experiência em lidar com sistemas eletrônicos de segurança e
possuem equipamentos para lidar com tais sistemas.

• Grau 4 – Risco Elevado: Abrange as instalações de alta segurança e


de risco elevado. Intrusões realizadas por um grupo de indivíduos com
elevado conhecimento sobre mecanismos de segurança e tem
disponíveis recursos tecnológicos muito avançados

CONTROLE DE ACESSO

• É a referencia da pratica de permitir o acesso a uma propriedade,


prédio, ou sala, apenas para pessoas ou veículos autorizados.

• Um efetivo Controle de Acesso evita futuras situações indesejadas e


contribui para uma segurança mais tranquila e efetiva.

PLANO GERAL DE SEGURANÇA

• É um documento elaborado pelo Gestor de Segurança, que representa


de forma minuciosa todas as hipóteses de riscos, quer ocasionais ou
provocados e as medidas a serem adotadas contra esses riscos.

O PGS se subdivide em vários pequenos planos denominados de:

Planos Particulares

Os mais usados são:

 Plano de Contingência;

 Plano Particular de Vigilância (PPV);

 Plano de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI);

 Plano de Evacuação (PE).

PLANO DE CONTINGÊNCIA

Também chamado de Planejamento de Riscos, ou

Plano de Recuperação de Desastres.

É um documento que tem o objetivo de Propiciar respostas, rápidas e


eficientes, para a minimização dos efeitos indesejados às pessoas, ao
patrimônio público e privado, e ao meio ambiente.
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Tal documento tem a intenção de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e


uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate às
ocorrências anormais.

• São elaborados de acordo com as diretivas emanadas da Comissão


Nacional de Proteção Civil e estabelecerão, nomeadamente:

a) A tipificação dos riscos;

b) As medidas de prevenção que ira adotar;

c)A identificação dos meios e recursos disponíveis, em situação de acidente


grave ou catástrofe;

• O plano de emergência atribui a cada um da equipe de segurança uma


missão específica na ocorrência de uma situação emergencial.

• Um plano bem elaborado permite uma rápida intervenção por parte do


administrador responsável pela segurança.

• Empregando os recursos de forma otimizada, é possível minimizar os


efeitos de catástrofes previstas no plano de emergência.

• O plano emergencial atribui a cada um da equipe de segurança uma


missão específica na ocorrência de uma situação emergencial previsível,
como enchente, incêndio, ameaça de bomba, invasão, greve de
funcionários, etc.

• Um Plano de Emergência bem elaborado permite uma rápida


intervenção por parte do administrador responsável pela segurança.

CNV – Carteira Nacional de Vigilante

• A CNV será de uso obrigatório pelo vigilante, quando em efetivo


serviço, constando seus dados de identificação e as atividades a que
está habilitado.

• A CNV somente será expedida se o vigilante preencher os requisitos


profissionais previstos em legislação especifica.

• Deve estar vinculado à empresa especializada ou a que possua


serviço orgânico de segurança.

• Possuir curso de formação, extensão ou reciclagem dentro do


prazo de validade.

• A validade da CNV é de 05 anos.


ESOLA DE FORMAÇÃO COESP

• A CNV não é válida como identidade, mas tão somente como


identificação profissional, devendo estar sempre acompanhada de
documento oficial com foto.

• A CNV pode ser solicitada eletronicamente ao DPF via GESP (Gestão


Eletrônica de Segurança Privada), pela empresa contratante, ou
entidades sindicais;

• A empresa contratante tem até 30 (trinta) dias para encaminhar a


confecção da CNV junto ao DPF;

• A CNV será expedida imediatamente após a solicitação e


verificação dos requisitos e do recolhimento da GRU;

• DEVENDO SER IMPRESSA PELO SOLICITANTE, ou seja, pela


empresa contratante.

• Em caso de conclusão de novo curso de extensão, deverá a


empresa ao qual estiver vinculado o vigilante, solicitar a atualização
da CNV, contendo a nova extensão realizada.

• Salvo quando os cursos ocorrerem de forma sucessiva, quando


então o documento deverá ser requerido após a última extensão.

• Por tratar-se de expedição imediata, deixa de existir a


solicitação/emissão de 2ª via ou utilização/prorrogação de
protocolo.

• O pedido de renovação da CNV deverá ser apresentado no prazo de


até sessenta dias, antes da data do seu vencimento.

• As CNV´s emitidas no antigo formato cartão (PVC) continuarão


validas até seu vencimento.

• As novas Carteiras Nacionais de Vigilante expedidas conterão a


foto do vigilante, portanto, estas fotos serão inseridas no Sistema
GESP através das Escolas de Formação quando formarem ou
reciclarem os vigilantes.

• POR ISSO DA IMPORTANCIA DA SOLICITAÇÃO DA FOTO PARA


INICIAR O CURSO DE RECICLAGEM DE VIGILANTES.
Escola COESP
DIREITOS E DEVERES DO VIGILANTE

Dos Direitos:

• I - o recebimento de uniforme, devidamente autorizado, às expensas


do empregador;

• II - porte de arma, quando em efetivo exercício;

• III - a utilização de materiais e equipamentos em perfeito


funcionamento e estado de conservação, inclusive armas e munições;

• IV - a utilização de sistema de comunicação em perfeito estado de


funcionamento;

• V - treinamento regular nos termos previstos nesta Portaria;

• VI - seguro de vida em grupo, feito pelo empregador;

• VII - prisão especial por ato decorrente do serviço.

Dos Deveres:

• I - exercer suas atividades com urbanidade, probidade e denodo,


observando os direitos e garantias fundamentais, individuais e
coletivos, no exercício de suas funções;

• II - utilizar, adequadamente, o uniforme autorizado, apenas em serviço;

• III - portar a CNV;

• IV - manter-se adstrito ao local sob vigilância, observando-se as


peculiaridades das atividades de transporte de valores, escolta
armada e segurança pessoal;

• V - comunicar, ao seu superior hierárquico, quaisquer incidentes


ocorridos no serviço, assim como quaisquer irregularidades relativas
ao equipamento que utiliza, em especial quanto ao armamento,
munições e colete à prova de balas, não se eximindo o empregador do
dever de fiscalização.
Escola COESP
GERENCIAMENTO DE CRISE

CONCEITO DE CRISE

 Evento ou situação crucia - Ameaça à vida. Que exige uma resposta


especial do AGENTE
 Situação que merece uma postura diferenciada com uma estrutura
especializada.
 A fim de assegurar uma solução aceitável
 Sustentada nos princípios da legalidade, eficiência e em princípios
de aceitabilidade ética e moral.

OCORRÊNCIAS DE ALTO RISCO


• Ameaças de bomba;
• Atos terroristas;
• Sequestros;
• Capturas de fugitivos em áreas rurais;
• Suicidas;
• Ocorrências com reféns em geral
• Sequestros com finalidade de extorsão;
• Motins de presos ( com e sem reféns );
• Invasões de terras, de prédios e outras violências das multidões.

OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO DE CRISE

 PRESERVAR VIDAS
 APLICAR A LEI

ELEMENTOS ESSENCIAIS DE INTELIGÊNCIA


• PERPETRADORES: número, motivação, estado mental, antecedentes
criminais, ...
• REFÉNS: número, idade, condição física, perfil, localização no ponto
crítico;
• OBJETIVO: localização, tamanho, acessos, croqui, peculiaridades;
• ARMAS: quantidade, tipo, potencial ofensivo.
Escola COESP
TIPOLOGIA DOS PERPETRADORES

 CRIMINOSO PROFISSIONAL
 EMOCIONALMENTE PERTURBADO
 TERRORISTA POR MOTIVAÇÃO POLÍTICA OU RELIGIOSA

Eclodiu a CRISE
RESPOSTA IMEDIATA Como devo proceder ?
• CONTER
Impedir que os perpetradores aumentem o número de reféns;
ampliem sua área de controle;
conquistem posições mais seguras;
tenham acesso a recursos que facilitem ou ampliem o seu potencial ofensivo.

• ISOLAR
Centralizar os contatos na polícia;
Estabelecer os perímetros táticos
Disciplinar os movimentos no local

• ESTABILIZAR
Deve-se evitar atos heroicos e contrários à doutrina de gerenciamento de crise.
Primeiros contatos
 Ouvir muito mais do que falar
 Minimizar riscos
 Ganhar tempo
 Coletar informações

CRITÉRIOS DE AÇÃO
- DA NECESSIDADE
Toda e qualquer decisão só deve ser adotada se for indispensável e deve
responder a pergunta Isto é realmente necessário?
- VALIDADE DO RISCO
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Toda e qualquer decisão só deve ser adotada se a possibilidade de reduzir a
ameaça for maior que os perigos a correr.

-ACEITABILIDADE LEGAL
Todo e qualquer ato ou decisão deve estar amparado em lei, não cabendo em
nenhuma hipótese, justificar uma ilegalidade praticada, por melhor que seja a
intenção do administrador da crise. Não cabe portanto, crítica O AGENTE que
deixa de abater um TR, porque em determinados momentos ele se expõe. Só
se justifica tal atitude se houver a certeza de que o delinquente ira executar
alguém.

-ACEITABILIDADE MORAL
Cada sociedade, cada instituição, cada pessoa tem seus princípios morais.
Ao administrador de crise não se permite tomar decisões que contrarie
princípios MORAIS .

- ACEITABILIDADE ÉTICA
Todas as sociedades e todas as instituições tem seus princípios éticos. Não é
ético um comandante determinar a seu subordinado para que coloque em
risco sua vida para distrair a atenção dos causadores do evento crítico.
Como não seria ético aceitar voluntários ou determinar que subordinados se
coloquem como reféns substitutos de quem quer que seja. A vida de qualquer
pessoa é valiosa, independente de sua idade, sexo, situação econômica ou
posição política.
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DIRETRIZES SOBRE O USO DA FORÇA E ARMAS DE FOGO PELOS
AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA
1. O uso da força pelos agentes de segurança pública deverá se pautar
nos documentos internacionais de proteção aos direitos humanos e
deverá considerar, primordialmente na Convenção Contra a Tortura e
outros Tratamentos ou penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes,
adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas
2. O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos
princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e
conveniência.
3. Os agentes de segurança pública não deverão disparar armas de fogo
contra pessoas, exceto em casos de legítima defesa própria ou de
terceiro contra perigo iminente de morte ou lesão grave.
4. Não é legítimo o uso de armas de fogo contra pessoa em fuga que
esteja desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, não
represente risco imediato de morte ou de lesão grave aos agentes de
segurança pública ou terceiros.
5. Não é legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite
bloqueio policial em via pública, a não ser que o ato represente um risco
imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou
terceiros.
6. Os chamados “disparos de advertência” não são considerados prática
aceitável, por não atenderem aos princípios elencados na Diretriz n.º 2 e
em razão da imprevisibilidade de seus efeitos.
7. O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante
os procedimentos de abordagem não deverá ser uma prática rotineira
e indiscriminada.
8. Todo agente de segurança pública que, em razão da sua função, possa
vir a se envolver em situações de uso da força, deverá portar no mínimo 2
(dois) instrumentos de menor potencial ofensivo e equipamentos de
proteção necessários à atuação específica, independentemente de portar
ou não arma de fogo.
9. Os órgãos de segurança pública deverão editar atos
normativos disciplinando o uso da força por seus agentes,
definindo objetivamente:
a. os tipos de instrumentos e técnicas autorizadas;
b. as circunstâncias técnicas adequadas à sua utilização, ao ambiente/entorno
e ao risco potencial a terceiros não envolvidos no evento;
c. o conteúdo e a carga horária mínima para habilitação e atualização periódica
ao uso de cada tipo de instrumento;
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d. a proibição de uso de armas de fogo e munições que provoquem lesões
desnecessárias e risco injustificado
10. Quando o uso da força causar lesão ou morte de pessoa(s), o agente
de segurança pública envolvido deverá realizar as seguintes ações:
a. facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos feridos;
b. promover a correta preservação do local da ocorrência;
c. comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente; e
d. preencher o relatório individual correspondente sobre o uso da força,

Concepções Importantes
 A COERÇÃO imposta pelos agentes de segurança deve estar a serviço
do direito.
 A polícia e os Agentes de Segurança de modo geral, tem por missão
garantir a paz e a segurança de uma comunidade, bem como a
segurança de cada cidadão, impondo-lhes a força, caso seja necessário,
para o respeito e cumprimento das leis.
 O uso da força e de armas de fogo são limitado por leis e regulamentos,
colocando sempre em evidência a questão da necessidade e o interesse
público.
 O exercício do poder para usar da força e armas de fogo não é uma
questão individual, mas sim uma questão de função.
 Qualquer uso que não esteja dentro do marco legal estará sujeito a uma
crítica por excesso, desvio, abuso.
 Aqui precisamente é que os valores éticos são fundamentais.
Definição de Força
É a seleção adequada de opções de força pelo AGENTE em resposta ao
nível de submissão do cidadão suspeito, numa sequência lógica e legal
de causa e efeito.

 É toda intervenção compulsória sobre o indivíduo ou grupos de


indivíduos, reduzindo ou eliminando sua capacidade de auto decisão.
(PMMG)
 É o meio compulsivo com o qual o efetivo policial logra o controle de
uma situação que atente contra a segurança, ordem pública, a
integridade e a vida das pessoas, dentro do marco da lei.
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 Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem estar
familiarizados com as diversas formas pela qual a “força” está definida
na legislação e os códigos de seu país. (NAÇÕES UNIDAS)

De onde nasce a possibilidade de se fazer uso da força?

Por quais motivos se faz uso da força?


 Fazer cumprir a lei;
 Manter a ordem;
 Defesa do patrimônio;
 Efetuar prisão;
 Prevenção de crimes;
 Detecção de crimes;
O USO DA FORÇA EM SERVIÇO É ...

PRINCÍPIOS DO USO DA FORÇA


o LEGALIDADE
o PROPORCIONALIDADE
o NECESSIDADE
o ÉTICA
O que deve ser avaliado?
O uso diferenciado da força consiste na avaliação de três situações:
1. Submissão do suspeito
2. Percepção do risco
3. Níveis de força
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Níveis de submissão dos suspeitos:
RISCO
1. Normalidade
2. Cooperativo
3. Resistente Passivo
4. Resistente Ativo
5. Agressão não Letal
6. Agressão Letal

Níveis de força
1. Presença do gente de segurança
2. Verbalização
3. Controle de Contato
- Domínio físico do suspeito
- Condução, imobilizações (algema)
4. Controle Físico
- Suspeito é violento
- Técnicas de forçamentos, agentes químicos mais leves, cães.
5. Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo:
- Bastão
- Imobilização
- Utilização de armas incapacitantes.
- Uso de equipamentos de impacto.
6. Força letal
- Medida extrema
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Modelos Seguidos

Definição
Modelos de UPF utilizados no Brasil
 O modelo serve para que uma empresa tenha uma fonte de consulta e
um instrumento de padronização de ações
FLETC, Giliespie e Canadense são os modelos MAIS utilizados no
Brasil.
MODELOS DO USO PROPORCIONAL DA FORÇA

PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010


Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força
pelos Agentes de Segurança Pública
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NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS
São os procedimentos realizados de forma imediata, segura e
temporária, a uma vítima em caso de urgência ou emergência (trauma
ou mal súbito), qualquer pessoa pode realizar essas medidas iniciais,
sendo de extrema importância o conhecimento, visando resolver,
minimizar ou estabilizar os danos, proporcionando auxílio até a chegada
de recursos para a solução mais adequada da situação
O SOCORRISTA DEVE:
1. Agir com espírito de solidariedade humana.
2. Conhecer as técnicas de primeiros socorros.
3. Agir com bom senso, coerência e segurança.
4. Gerar tranquilidade em uma situação de liderança.
5. Evitar tumulto e agitação em torno da vítima.
6. Manter a vítima calma.
7. Providenciar socorro médico.
8. Possuir capacidade de improvisação.

AÇÕES DE SOCORRISTA

 Isolar a área, evitando o acesso de curiosos;


 Observar a vítima, verificando se reponde a estimulos (verbal ou
doloroso), alterações ou ausência de respiração, labios roxo, coloração
da pele, fraturas, hemorragias, temperatura, presença de suor intenso,
expressão de dor e outros;
 Manter a calma, assumindo a liderança do atendimento;
 Procurar que haja comunicação imediata com equipe de urgência e
emergência do local, Samu, Corpo de bombeiros, polícia e outros
orgãos competentes.
 Art. 135 Código Penal

 Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco


pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo, ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:

 Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.


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 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão
resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

 Art. 135 Código Penal

Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco


pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo, ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão


resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

A bordagem inicial inclui:


Detecção; Alerta:
Avaliação da cena; Segurança; Triagem;
Exame primário:
ABCDE do trauma;
Tratamento.
Exame secundário:
Proceda o exame céfalo-caudal (da cabeça aos pés); Questione a vítima
(se possível);
Questione as testemunhas (se houver); Transporte.
Avaliar a vítima:
A- Vias aéreas e controle da coluna cervical B- Ventilação
C- Circulação e Controle de Sangramento D- Avaliação Neurológica
E- Exposição e Manutenção da Temperatura

Avaliação da pupilas
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Avalie o nível de consciência
AVDI
• Alerta
• Verbalizando
• Dor
• Inconsciente
• Lúcido
• Orientado
• Coerente

SÍNCOPE / DESMAIOS
Perda dos sentidos devido à deficiência de irrigação sanguínea no encéfalo,
normalmente, o desmaio não passa de um acidente leve, só se agravando
quando é causado por grandes hemorragias.
Como socorrer:
 se a pessoa estiver prestes a desmaiar, coloque-a sentada com a
cabeça entre as pernas;
 se o desmaio já ocorreu, deitar a vítima no chão, verificar respiração e
palidez;
 afrouxar as roupas;
 erguer os membros inferiores;
 Obs.: Se a vítima não se recuperar de 3 a 4 minutos,
 procurar assistência médica.

CRISE CONVULSIVA
Como socorrer:
 retire objetos como próteses, óculos, colares, etc;
 deite a vítima no chão e afaste tudo que estiver ao seu redor que possa
machucá-la;
 coloque um pano ou lenço dobrado entre os dentes e desaperte a
roupa da vítima;
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 não dê líquido à pessoas que estejam inconscientes;
 cessada a convulsão, deixa a vítima repousar calmamente, pois poderá
dormir por minutos ou horas;
 nunca deixa de prestar socorro à vítima de convulsão.
 A vítima de crise convulsiva (ataque epiléptico), fica retraída e começa a
se debater violentamente, podendo apresentar os olhos virados para
cima.

INFARTO
Sintomas
 Dor no peito;
 Dor no braço e formigamento no ombro e pescoço;
 Fraqueza, suor, náusea e respiração curta.
O que fazer?
 Tranqüilize a vítima e coloque-a em repouso imediato;
Procure o socorro médico
prepara-se para realizar o RCP se necessário.
DERRAME CEREBRAL
Sintomas
 Debilidade/paralisia na face,
braço, perna ou em um lado do corpo;
 Dificuldade para falar, ver e andar;
 Dor de cabeça intensa;
 Perda de consciência.
O que fazer?
 Verifique as vias aéreas e respiração;
 Mantenha a vítima em repouso com os ombros e a cabeça mais
elevados que o corpo;
 Não dê nada para comer e beber;
 Procure o atendimento médico urgentemente.
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TIPOS DE FERIMENTOS
Como socorrer: Contusões e Hematomas.
 repouso da parte contundida;
 aplicar gelo até melhorar a dor e o inchaço se estabilize;
 elevar a parte atingida.

Perfuro cortantes e escoriações


 lavar as mãos;
 lavar o ferimento com água e sabão;
 secar o local com gase ou pano limpo;
 se houver sangramento comprimir o local;
 fazer um curativo;
 manter seco o curativo
 proteger o ferimento para evitar contaminações;

HEMORRAGIAS

Como socorrer:

 manter a vítima deitada com a cabeça para o lado;

 afrouxar suas roupas, manter agasalhada;

 Procurar médica imediatamente.

TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

 O transporte adequado de feridos é de suma importância. Muitas vezes,


a vítima pode ter seu quadro agravado por causa de um transporte feito
de forma incorreta e sem os cuidados necessários. Por isso é
fundamental saber como transportar um acidentado.
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TEORIA DO FOGO

É uma reação química denominada combustão, onde ocorre a decomposição de uma


substância sólida, líquida ou gasosa, em presença de um gás comburente (oxigênio),
liberando energia em forma de luz e calor (chamada combustão).

COMBUSTÃO

Combustão é uma reação química, na qual uma substância combustível reage com o
oxigênio, ativada pelo

calor (elevação de temperatura), emitindo energia luminosa (fogo), mais calor e outros
produtos.

A combustão pode ser classificada em:


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a) Combustão Lenta: Ocorre quando a oxidação de uma determinada substância não
provoca liberação de energia luminosa nem aumento de temperatura. Ex: ferrugem,
respiração, etc.

b) Combustão Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera energia luminosa
e calor sem aumento significativo de pressão no ambiente. Ex: Queima de materiais
comuns diversos.

c) Combustão Muito Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera energia e
calor numa velocidade muito rápida com elevado aumento de pressão no ambiente.
Ex: Explosões de gás de cozinha, Dinamite, etc.

TRIÂNGULO DO FOGO

O Triângulo do Fogo é uma forma didática, criada para melhor ilustrar a reação química da
combustão onde

cada ponta do triângulo representa um elemento participante desta reação.

Para que exista Fogo, 3 elementos são necessários: o combustível, o comburente


(Oxigênio) e a Fonte de

Calor (Temperatura de Ignição).

O TETRAEDRO DO FOGO

 COMBUSTÍVEL;

 O COMBURENTE;

 O CALOR;

 A REAÇÃO EM CADEIA.

COMBUSTÍVEL

Sólidos Ex: Madeira, Tecido, Papel, Mato, etc. Líquidos Ex: Gasolina, Álcool Etílico,
Acetona, etc. Gasosos Ex: Acetileno, GLP, Hidrogênio, etc.

OXIGÊNIO

O Oxigênio é o gás COMBURENTE que dá vida à chama. Com maior quantidade de oxigênio
a combustão também será maior, isto é, mais intensa, havendo o consumo mais rápido do
combustível e mais quente será a chama.

Para nosso estudo consideraremos apenas a seguinte composição do ar, em números


redondos:

Nitrogênio 78%
Oxigênio 21%
Outros Gases 1%

Total 100% do ar que respiramos


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FONTE DE CALOR

Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra
energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da
matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a
matéria.

A energia de ativação serve como condição favorável para que haja a reação de
combustão, elevando a temperatura ambiente ou de forma pontual, proporcionando com
que o combustível reaja com o comburente em uma reação exotérmica.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO:


O fogo se extinguirá quando são retirados uns dos seus elementos.
RESFRIAMENTO:
Corte no fornecimento de calor
Ex: sopro sobre uma vela.
Obs: É o método de extinção mais empregado. Consiste em roubar calor
mais do que ele é produzido na combustão, até que o combustível fique
abaixo do ponto de fulgor.

ABAFAMENTO:
Corte do fornecimento de O2:
Ex: Tampar uma vasilha.
Obs: É um dos métodos mais difíceis: necessita de aparelhos e produtos
específicos.
RETIRADA DO MATERIAL:
Corte do fornecimento do combustível:
Ex: corte do gás do fogão.
OBS: É o método mais simples, exigido força física, meios de fortuna, não
precisando de aparelho especializado.
EXTINÇÃO QUÍMICA:
Os pós-químicos utilizados na extinção de incêndios eram considerados
como abafantes, devido ao CO2
gerado quando de sua modificação na presença do calor.
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CLASSES DE INCÊNDIO
CLASSE “A” – SÓLIDOS:
CLASSE “B” – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS: CLASSE “C” – MATERIAIS
ENERGIZADOS: CLASSE “D” – METAIS PIROFÓRICOS: CLASSE “E” –
RADIOATIVOS:
CLASSE “K” – ÓLEO/GORDURA DE COZINHA.

CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES


CLASSE A – ÁGUA
CLSSE AB – ESPUMA MECÂNICA CLASSE B – PÓ QUÍMICO CLASSE
C – GÁS CARBONICO CLASSE ABC – PÓ QUÍMICO
CLASSE D – PÓ QUÍMICO ESPECIAL CLASSE K – SOLUÇÃO AQUOSA
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EXTINTORES
ÁGUA PRESSURIZADA:
ESPUMA MECÂNICA:
PÓ QUÍMICO SECO:
GÁS CARBÔNICO:

SAÍDA DE EMERGÊNCIA, ROTA DE FUGA OU SAÍDA


CONCEITO
Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas,
rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser
percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da
edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio,
em comunicação com o logradouro.
OBJETIVO
A fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio,
completamente protegida em sua integridade física;
Para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros), para o combate
ao fogo e a retirada da população.
Estes procedimentos se aplica a todas as edificações,
classificadas quanto à sua ocupação,
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independentemente de suas alturas, dimensões em planta ou
características construtivas.

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