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Diário da República, 1.ª série — N.

º 172 — 3 de setembro de 2015 6947

MADDE XIV de qualidade e de excelência no apoio ao desenvolvimento


UYUŞMAZLIKLARIN ÇÖZÜMÜ de base local.
Bu Anlaşmanın yorum veya uygulanması ile ilgili herhangi bir anlaşmazlık, Taraflar arasında
Neste contexto, importa lançar as bases legais para que
diplomatik kanallar vasıtasıyla müzakere yapmak suretiyle giderilir.
a regulamentação da matéria do turismo de natureza per-
MADDE XV
mita, a breve prazo e de uma forma integrada e uniforme,
YÜRÜRLÜĞE GİRİŞ
promover a disseminação do reconhecimento como turismo
Bu Anlaşma, Tarafların yürürlüğe girmesi için gerekli iç yasal usullerini tamamladığını birbirlerine de natureza e da adesão à marca nacional Natural.PT e,
diplomatik yollarla bildirdikleri son yazılı bildirimin alınmasını müteakip 30’uncu (otuzuncu) günde por essa via, garantir que o crescimento deste tipo de tu-
yürürlüğe girer. rismo se encontre consistentemente associado a critérios
de preservação, de sustentabilidade e de responsabilidade
MADDE XVI ambiental, o que se faz através do presente decreto-lei.
TADİL No que respeita ao reconhecimento como turismo de
1. Taraflar, karşılıklı yazılı mutabakat sağlamak şartıyla bu Anlaşmayı tadil edebilir.
natureza, o presente decreto-lei procede à revisão das re-
2. Tadilat, mevcut Anlaşmanın XV’inci maddesinde belirtilen esaslara göre yürürlüğe girer.
gras gerais acerca do reconhecimento dos empreendimen-
MADDE XVII
tos turísticos e das atividades das empresas de animação
YÜRÜRLÜK SÜRESİ VE SONA ERDİRME
turística, que constam, respetivamente, do Decreto-Lei
1. Bu Anlaşma, 5 (beş) yıllık bir süre için yürürlükte kalır ve birer yıllık sürelerle otomatik olarak n.º 39/2008, de 7 de março, alterado pelos Decretos-Leis
yenilenir. n.os 228/2009, de 14 de setembro, 15/2014, de 23 de ja-
2. Her bir Taraf, herhangi bir zamanda, önceden diplomatik yollardan yazılı bildirimde bulunmak neiro, e 128/2014, de 29 de agosto, e do Decreto-Lei
suretiyle bu Anlaşmayı sona erdirebilir. . n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei
3. Bu Anlaşma, böyle bir bildirim alındıktan 90 (doksan) gün sonra sona erer. n.º 95/2013, de 19 de julho.
4. Sona ermesi durumunda bile, Kaynak Taraf Alan Tarafı bu yükümlülüklerden muaf tutuncaya Com o objetivo de promover uma regulamentação inte-
kadar, bu Anlaşma kapsamında verilen tüm Gizlilik Dereceli Bilgiler bu Anlaşma kapsamında belirlenen
grada desta matéria, assim como a sua maior flexibilidade
hükümlere göre korunmaya devam edilir.
no futuro, o presente decreto-lei remete a determinação
MADDE XVIII do respetivo regime, em relação ao reconhecimento quer
TESCİL dos empreendimentos turísticos, quer das atividades das
Bu Anlaşmanın yürürlüğe girmesinden sonra, bu Anlaşmanın imzalandığı ülke Tarafı, Birleşmiş empresas de animação turística, e salvaguardando as res-
Milletler Şartı’nın 102’nci maddeye uygun olarak Anlaşmayı kayıt için Birleşmiş Milletler Sekreterliğine petivas especificidades, para uma portaria única, a qual,
iletir ve ilgili kayıt numarasını belirterek diğer Tarafa işlem sonuçlarını bildirir. oportunamente, substituirá a Portaria n.º 261/2009, de
12 de março, alterada pela Portaria n.º 47/2012, de 20 de
Yukarıdaki hususları tasdiken, usulüne uygun olarak yetkilendirilen imza sahipleri bu Anlaşmayı
fevereiro, e a Portaria n.º 651/2009, de 12 de junho.
imzalamıştır.
Com vista a promover o turismo de natureza, o presente
decreto-lei elimina as taxas devidas pelo reconhecimento,
Bu Anlaşma, 3 Mart 2015 tarihinde Lizbon’da, her biri aynı derecede geçerli olmak üzere ,
quer de empreendimentos turísticos, quer de atividades
Portekizce, Türkçe ve İngilizce dillerinde ikişer asıl nüsha olarak tanzim edilmiştir. Yorum ile ilgili de animação turística. No que respeita, em particular, ao
herhangi bir farklılık olduğunda İngilizce metin esas alınır. reconhecimento como turismo de natureza de atividades
de animação turística, promove ainda a responsabilidade
empresarial e as boas práticas ambientais em todas as áreas
integradas no SNAC e, em benefício, nomeadamente, das
Portekiz Cumhuriyeti Hükûmeti Adına Türkiye Cumhuriyeti Hükûmeti Adına micro, pequenas e médias empresas, procede, desde já, à
simplificação do processo de reconhecimento.
Tendo presente a necessidade de ponderar o alarga-
____________________ ____________________
mento do reconhecimento como turismo de natureza aos
Dr. Rui Manuel Parente Chancerelle de
estabelecimentos de alojamento local, mas considerando
Machete İsmet YILMAZ que, para o efeito, carece ainda o Governo de informação
Devlet ve Dışişleri Bakanı Millî Savunma Bakanı consolidada a recolher não só do recente sistema de registo,
como também do normal acompanhamento e supervisão
desta atividade, o presente decreto-lei estabelece que o
alargamento deste regime aos estabelecimentos de aloja-
MINISTÉRIO DA ECONOMIA mento local será objeto de avaliação no prazo de um ano
a contar da sua entrada em vigor.
Decreto-Lei n.º 186/2015 Decorrido mais de um ano sobre a segunda revisão glo-
bal e integrada do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,
de 3 de setembro pelo Decreto-Lei n.º 15/2014, de 23 de janeiro, o presente
decreto-lei procede ainda à concretização de alguns dos
O Programa Nacional de Turismo de Natureza, origi- objetivos que a nortearam, designadamente no que respeita
nalmente criado pela Resolução do Conselho de Ministros à promoção de uma maior eficiência, simplificação e libe-
n.º 112/98, de 25 de agosto, encontra-se atualmente em pro- ralização nos procedimentos administrativos.
cesso de revisão com vista a assegurar o seu alargamento Para o efeito, o presente decreto-lei fixa os estritos ter-
a todo o território nacional e a redefinição do seu âmbito, mos a que deve ser limitada a taxa de auditorias de classi-
dos seus objetivos e das ações a desenvolver, bem como ficação, antecipando-se a sua necessária regulamentação,
a promover o reconhecimento da marca nacional Natural. clarifica que a fixação da capacidade máxima do empreen-
PT, associada às áreas integradas no Sistema Nacional de dimento e da respetiva classificação, no âmbito do parecer
Áreas Classificadas (SNAC), como uma aposta integrada do Turismo de Portugal, I. P., emitido em sede de controlo
na biodiversidade e na cultura de Portugal e um símbolo prévio de operações urbanísticas, apenas se verifica em fase
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de projeto e alarga o âmbito das dispensas de requisitos de Artigo 11.º


fixação de classificação dos empreendimentos turísticos [...]
em matéria de património cultural imóvel.
Em particular e ainda no âmbito do regime de classifica- 1 — [...].
ção dos empreendimentos turísticos, o presente decreto-lei 2 — [...]:
também clarifica o mecanismo de dispensa de atribuição a) [...];
da categoria, introduzido pelo Decreto-Lei n.º 15/2014, b) [...];
de 23 de janeiro, através do qual qualquer interessado c) Pousadas, quando explorados diretamente pela
pode solicitar essa dispensa ao Turismo de Portugal, I. P., ENATUR — Empresa Nacional de Turismo, S. A., ou
ficando a classificação do empreendimento, por esta via, por terceiros mediante celebração de contratos de fran-
limitada à atribuição da tipologia e, quando aplicável, do quia ou de cessão de exploração, e instalados em imóveis
grupo. classificados como de interesse nacional, de interesse
Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das Re- público ou de interesse municipal ou em edifícios que,
giões Autónomas, a Associação Nacional de Municípios pela sua antiguidade, valor arquitetónico e histórico,
Portugueses, a Comissão Nacional de Proteção de Dados, sejam representativos de uma determinada época.
a Confederação do Turismo Português, a Associação Por-
tuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Artigo 20.º
Eventos e a Associação Portuguesa dos Guias-Intérpretes
e Correios de Turismo. [...]
Foi promovida a audição do Conselho Nacional do 1 — [...].
Consumo e da Associação Portuguesa das Agências de 2 — Os empreendimentos turísticos que se destinem
Viagens e Turismo. a prestar serviço de alojamento em áreas integradas no
Assim: SNAC ou em outras áreas com valores naturais e que
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons- disponham de um adequado conjunto de infraestruturas,
tituição, o Governo decreta o seguinte: equipamentos e serviços complementares que permitam
contemplar e desfrutar o património natural, paisagístico
Artigo 1.º e cultural, tendo em vista a oferta de um produto turístico
integrado e diversificado, podem ser reconhecidos como
Objeto turismo de natureza.
O presente decreto-lei procede: 3 — [...].
4 — O reconhecimento de empreendimentos tu-
a) À quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 rísticos como turismo de natureza compete ao Insti-
de março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 228/2009, de tuto de Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.
14 de setembro, 15/2014, de 23 de janeiro, e 128/2014, de (ICNF, I. P.), nos termos definidos por portaria dos
29 de agosto, que estabelece o regime jurídico da instala- membros do Governo responsáveis pelas áreas da con-
ção, exploração e funcionamento dos empreendimentos servação da natureza e do turismo.
turísticos; 5 — A portaria referida no número anterior deter-
b) À segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 108/2009, mina, nomeadamente, os critérios e o procedimento a
de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de cumprir para o reconhecimento como turismo de natu-
19 de julho, que estabelece as condições de acesso e de reza, estabelece as suas condições de validade, aprova o
exercício da atividade das empresas de animação turística respetivo logótipo e define os critérios para a validação
e dos operadores marítimo-turísticos. das áreas com valores naturais a que se refere o n.º 1.
6 — A designação «turismo de natureza» e o respe-
Artigo 2.º tivo logótipo só podem ser usados por empreendimentos
turísticos reconhecidos como tal, nos termos previstos
Alteração ao Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março no presente artigo.
Os artigos 4.º, 11.º, 20.º, 26.º, 30.º, 34.º, 36.º, 38.º, 39.º, 7 — O reconhecimento de empreendimentos turís-
40.º, 54.º, 70.º e 74.º do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de ticos como turismo de natureza está isento de qualquer
março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 228/2009, de 14 taxa.
de setembro, 15/2014, de 23 de janeiro, e 128/2014, de 29
de agosto, passam a ter a seguinte redação: Artigo 26.º
[...]
«Artigo 4.º 1 — [...].
[...]
2 — [...].
3 — [...].
1 — [...]. 4 — [...].
2 — [...]. 5 — No âmbito de pedidos de licenciamento ou de
3 — As tipologias de empreendimentos turísticos comunicações prévias para a realização de obras de
identificados no n.º 1 podem ser reconhecidas como edificação e juntamente com o parecer, são fixadas,
turismo de natureza ou associadas a uma marca nacional em fase de projeto, a capacidade máxima do empre-
de áreas integradas no sistema nacional de áreas classi- endimento e a respetiva classificação de acordo com o
ficadas (SNAC), nos termos previstos, respetivamente, projeto apresentado, a confirmar nos termos previstos
nos artigos 20.º e 20.º-A. no artigo 36.º
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Artigo 30.º Artigo 39.º


[...] Dispensas
1 — [...]. 1 — A dispensa de requisitos exigidos para a fixação
2 — [...]. da classificação pode ser concedida, nos termos previs-
3 — [...]. tos nos n.os 2 a 6:
4 — [...].
5 — [...]. a) Pelo Turismo de Portugal, I. P., no caso dos em-
6 — [...]. preendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a d) do
7 — [...]. n.º 1 do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º; ou
8 — [...]. b) Pela câmara municipal, nos demais casos.
9 — [...].
10 — [...]. 2 — Os requisitos exigidos para a fixação da clas-
11 — Aos procedimentos previstos no presente artigo sificação podem ser dispensados, oficiosamente ou
é aplicável o disposto no artigo 28.º-A do Decreto-Lei a requerimento, quando a sua estrita observância for
n.º 135/99, de 22 de abril, alterado pelos Decretos-Leis suscetível de:
n.os 29/2000, de 13 de março, 72-A/2010, de 18 de junho, a) Afetar as características arquitetónicas ou estru-
e 73/2014, de 13 de maio. turais de:
Artigo 34.º i) Edifícios que estejam classificados ou em vias de
classificação como de interesse nacional, de interesse
[...] público ou de interesse municipal;
A classificação destina-se a atribuir, confirmar ou ii) Edifícios que se situem em conjuntos ou sítios
alterar a tipologia e, quando aplicável, o grupo e a ca- classificados ou em vias de classificação como de in-
tegoria dos empreendimentos turísticos e tem natureza teresse nacional, de interesse público ou de interesse
obrigatória. municipal;
iii) Edifícios que se situem dentro de zonas de
Artigo 36.º proteção de monumentos, conjuntos ou sítios clas-
sificados ou em vias de classificação como de inte-
[...] resse nacional, de interesse público ou de interesse
1 — [...]. municipal; ou
2 — [...]. iv) Edifícios que possuam valor histórico, arquitetó-
3 — [...]. nico, artístico ou cultural;
4 — Nos casos em que, por motivos que sejam im-
putáveis ao interessado, a auditoria de classificação b) Afetar vestígios arqueológicos existentes ou que
não se realize na data marcada ou tenha de ser repetida, venham a ser descobertos durante a instalação do em-
uma nova auditoria fica sujeita ao pagamento de taxa preendimento turístico;
destinada exclusivamente a suportar as despesas ine- c) [Anterior alínea b).]
rentes, nos termos definidos em portaria dos membros
do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e do 3 — [...].
turismo. 4 — [...].
5 — [...]. 5 — [...].
6 — [...]. 6 — [...].
7 — [...]. 7 — A dispensa da atribuição da categoria pode ser
8 — [...]. concedida pelo Turismo de Portugal, I. P., no caso dos
empreendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a c)
Artigo 38.º do n.º 1 do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º,
[...] sempre que verificado o cumprimento dos requisitos
para esse efeito previstos na portaria referida na alínea a)
1 — [...]. do n.º 2 do artigo 4.º
2 — [...]. 8 — O cumprimento dos requisitos referidos no
3 — [...]. número anterior é verificado em sede de auditoria de
4 — A auditoria de classificação referida no número classificação.
anterior, realizada pelo Turismo de Portugal, I. P., está
isenta de qualquer taxa, sem prejuízo do disposto no
n.º 4 do artigo 36.º Artigo 40.º
5 — [...]. [...]
6 — [...].
7 — Pela realização de auditorias de revisão de clas- 1 — [...].
sificação efetuadas pelo Turismo de Portugal, I. P., a 2 — [...].
pedido do interessado, nos termos do n.º 5, é devida 3 — [...].
uma taxa destinada exclusivamente a suportar as des- 4 — [...].
pesas inerentes, nos termos a fixar na portaria referida 5 — O RNET deve ser indexado no sistema de
no n.º 4 do artigo 36.º pesquisa online de informação pública previsto no
8 — [...]. artigo 49.º do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril,
9 — [...]. alterado pelos Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de
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março, 72-A/2010, de 18 de junho, e 73/2014, de 13 n.º 95/2013, de 19 de julho, passam a ter a seguinte re-
de maio. dação:

«Artigo 4.º
Artigo 54.º
[...]
[...]
1 — Sem prejuízo dos demais requisitos aplicáveis ao
1 — [...]. abrigo do presente decreto-lei, o exercício de atividades
2 — [...]. de animação turística:
3 — [...].
4 — [...]. a) Dentro das áreas integradas no sistema nacional de
5 — [...]. áreas classificadas (SNAC) e fora dos perímetros urbanos
6 — O título constitutivo é registado nos serviços e da rede viária nacional, regional e local, aberta à cir-
do registo predial previamente à celebração de qual- culação pública, depende do seu reconhecimento como
quer contrato de transmissão ou contrato-promessa turismo de natureza, nos termos previstos no artigo 20.º;
de transmissão dos lotes ou frações autónomas, após b) Nas demais áreas do território nacional, não de-
verificação pelo conservador dos requisitos constan- pende do seu reconhecimento como turismo de natu-
tes do artigo seguinte, e é oficiosamente comunicado, reza, sendo este facultativo, nos termos previstos no
preferencialmente por via eletrónica, ao Turismo de artigo 20.º
Portugal, I. P..
7 — [...]. 2 — [...].
8 — [...]. 3 — [...].
Artigo 5.º
Artigo 70.º [...]

[...]
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 4 do ar-
tigo 29.º, apenas as empresas que tenham realizado a mera
1 — [...] comunicação prévia ou a comunicação prévia com prazo
2 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias através do Registo Nacional de Agentes de Animação Tu-
previstas no presente decreto-lei relativamente aos em- rística (RNAAT), acessível ao público através do balcão
preendimentos reconhecidos como turismo de natureza do empreendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010,
ou associados a uma marca nacional de áreas integradas de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através
no SNAC compete, respetivamente, à ASAE, se estes do Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo de
empreendimentos adotarem qualquer das tipologias Portugal, I. P., nos termos previstos nos artigos 11.º e 13.º,
previstas nas alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 4.º, e às podem exercer e comercializar, em território nacional, as
câmaras municipais, se os referidos empreendimentos atividades de animação turística definidas no artigo 3.º e
adotarem a tipologia prevista na alínea g) do n.º 1 do nos n.os 1 e 2 do artigo anterior.
artigo 4.º 2 — [...].
3 — [...].
4 — [...].
Artigo 74.º 5 — [...].
[...] 6 — Sem prejuízo do cumprimento da demais le-
gislação aplicável, as entidades referidas no n.º 4 que
1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pretendam exercer as atividades referidas na alínea a)
presente decreto-lei é realizada informaticamente do n.º 1 do artigo 4.º devem enviar ao ICNF, I. P., a
com recurso ao balcão do empreendedor previsto nos declaração de adesão formal ao código de conduta pre-
Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, visto no n.º 1 do artigo 20.º, aplicável com as devidas
de 1 de abril, acessível através do Portal do Cidadão, adaptações.
ou ao sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P., 7 — (Anterior n.º 6.)
e das câmaras municipais, articulado com o sistema 8 — (Anterior n.º 7.)
informático previsto no artigo 8.º-A do regime ju-
rídico da urbanização e da edificação, nos termos a Artigo 7.º
definir por portaria dos membros do Governo respon- [...]
sáveis pelas áreas da modernização administrativa,
da administração local, do ordenamento do território 1 — [...].
e do turismo. 2 — As atividades de animação turística devem, no-
2 — [...]. meadamente, obedecer às normas a que as empresas se
3 — [...].» encontrem vinculadas ao abrigo do disposto nos regimes
jurídicos da conservação da natureza e da biodiversidade
e dos instrumentos de gestão territorial.
Artigo 3.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio
Artigo 8.º
[...]
Os artigos 4.º, 5.º, 7.º, 8.º, 9.º, 11.º, 12.º, 13.º, 16.º,
16.º-A, 19.º, 20.º, 27.º, 29.º, 31.º e 40.º do Decreto-Lei 1 — [...].
n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei 2 — [...].
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6951

3 — [...]. f) [...];
4 — A designação «turismo de natureza» e o respe- g) Documentos previstos no artigo 20.º e na portaria
tivo logótipo só podem ser usados por empresas cujas prevista no respetivo n.º 4, quando se pretenda o reco-
atividades sejam reconhecidas como tal, nos termos nhecimento de atividades como turismo de natureza;
previstos no artigo 20.º h) [...].
5 — [Revogado].
4 — [...].
Artigo 9.º 5 — [...].
[...] 6 — [...].
7 — [...].
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém
atualizado o RNAAT, que integra o registo das empre- Artigo 12.º
sas de animação turística e dos operadores marítimo-
-turísticos que tenham realizado mera comunicação [...]
prévia e comunicação prévia com prazo, quando apli- 1 — [...].
cável, nos termos do presente decreto-lei, acessível ao 2 — [...].
público através do balcão do empreendedor previsto nos 3 — [...].
Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, 4 — No prazo previsto no número anterior, o Tu-
de 1 de abril, disponível através do Portal do Cidadão, rismo de Portugal, I. P., comunica ainda ao ICNF, I. P.,
e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P.. o registo de empresas de animação turística que tenham
2 — [...]: obtido reconhecimento como turismo de natureza nos
a) [...]; termos previstos nos n.os 1 e 6 do artigo 20.º
b) [...];
c) [...]; Artigo 13.º
d) [...]; [...]
e) Referência ao reconhecimento de atividades como
turismo de natureza, quando aplicável; 1 — O exercício de atividades de animação turística
f) [...]; fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como
g) [...]; definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-
h) [...]; -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente
i) [...]. pretenda obter o reconhecimento das suas atividades
como turismo de natureza nos casos previstos no n.º 2
3 — O RNAAT deve ser indexado no sistema de do artigo 20.º
pesquisa online de informação pública previsto no ar- 2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos
tigo 49.º do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, alte- casos e nos termos previstos no n.º 2 do artigo 20.º per-
rado pelos Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de março, mite ao interessado iniciar atividade com o deferimento
72-A/2010, de 18 de junho, e 73/2014, de 13 de maio. da pretensão ou, na ausência de resposta ao pedido de
reconhecimento, no prazo de 20 dias.
Artigo 11.º 3 — [...].
[...] 4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo
ao ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado
1 — [...]. da receção da comunicação prévia com prazo, para
2 — A inscrição no RNAAT das empresas estabe- apreciação nos termos previstos no artigo 20.º
lecidas em território nacional é realizada através de 5 — [...].
formulário eletrónico acessível ao público através do 6 — [...].
balcão do empreendedor previsto nos Decretos-Leis
n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril,
disponível através do Portal do Cidadão, e do sítio na Artigo 16.º
Internet do Turismo de Portugal, I. P., e deve incluir: [...]
a) [...]; 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, pela ins-
b) [...]; crição no RNAAT de empresas de animação turística
c) [...]; estabelecidas em território nacional é devida uma taxa
d) [...]; de 135,00 EUR ou, no caso de empresas cuja atividade
e) [...]; seja exclusivamente o desenvolvimento, em ambiente
f) A indicação do interesse em obter o reconheci- urbano, de percursos pedestres e visitas a museus, pa-
mento de atividades como turismo de natureza, quando lácios e monumentos e, simultaneamente, se encontrem
se verifique. isentas da obrigação de contratação dos seguros previs-
tos no artigo 27.º, nos termos da alínea b) do n.º 1 do
3 — [...]: artigo 28.º, de 90,00 EUR.
a) [...]; 2 — [Revogado].
b) [...]; 3 — Quando se trate de microempresas, os valores
c) [...]; previstos no n.º 1 são reduzidos, respetivamente, para
d) [...]; 90,00 e 20,00 EUR.
e) [...]; 4 — [Revogado].
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5 — Os valores das taxas referidos nos n.os 1 e 3 são Artigo 20.º


atualizados a 1 de março, de três em três anos, a partir Turismo de natureza
de 2016, com base na média de variação do índice médio
de preços ao consumidor no continente, relativo aos três 1 — O reconhecimento de atividades de animação
anos anteriores, excluindo a habitação, e publicado pelo turística como turismo de natureza nos casos de mi-
Instituto Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.). cro, pequenas ou médias empresas, sem prejuízo do
6 — [...]. disposto no n.º 6, e de prestadores não estabelecidos
7 — O produto das taxas referidas nos n.os 1 e 3, em território nacional, a operar nos termos previstos
reverte em: no artigo 29.º, depende de mera comunicação prévia,
nos termos previstos no artigo 11.º, instruída com a
a) [...]; declaração de adesão formal ao código de conduta das
b) [...];
empresas que exercem atividades de animação turística
c) [...];
reconhecidas como turismo de natureza.
d) [...].
2 — O reconhecimento de atividades de animação
turística como turismo de natureza nos casos não abran-
8 — O reconhecimento de atividades de animação gidos pelo disposto no número anterior, sem prejuízo
turística como turismo de natureza, independentemente do disposto no n.º 6, depende de comunicação prévia
do momento em que seja requerido, está isento de qual- com prazo, nos termos previstos no artigo 13.º, instruída
quer taxa para além da que seja devida ao abrigo do com os seguintes elementos:
disposto nos n.os 1 ou 3.
9 — (Anterior n.º 8.) a) Declaração de adesão formal ao código de conduta
referido no n.º 1;
Artigo 16.º-A b) Projeto de conservação da natureza.
[...]
3 — Consideram-se micro, pequenas e médias em-
1 — [...]: presas as empresas certificadas como tal de acordo com
o Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, alterado
a) Efetuar a mera comunicação prévia através do
pelo Decreto-Lei n.º 143/2009, de 16 de junho.
Registo Nacional de Agentes de Viagens e Turismo
4 — O reconhecimento de atividades como turismo
(RNAVT), acessível ao público através do balcão do em-
de natureza compete ao ICNF, I. P., nos termos definidos
preendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, de
por portaria dos membros do Governo responsáveis
26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através
pelas áreas da conservação da natureza e do turismo.
do Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo
5 — A portaria referida no número anterior aprova
de Portugal, I. P., ou a apresentação da documentação
o código de conduta previsto no n.º 1 e na alínea a) do
relativa às garantias referidas na alínea seguinte, atra-
n.º 2, determina os critérios a que deve obedecer o pro-
vés dos mesmos meios, em caso de livre prestação de
serviços; jeto de conservação referido na alínea b) do n.º 2, estabe-
b) [...]; lece as condições de validade do reconhecimento como
c) [...]. turismo de natureza e aprova o respetivo logótipo.
6 — As empresas proprietárias ou exploradoras de
empreendimentos turísticos reconhecidos como turismo
2 — [...].
de natureza que exerçam atividades próprias de anima-
ção turística, nos termos previstos no n.º 3 do artigo 5.º,
Artigo 19.º usufruem do reconhecimento destas atividades como
[...] turismo de natureza por mera comunicação prévia da
qual conste a sua identificação como proprietária ou
1 — A tramitação dos procedimentos previstos no
exploradora de empreendimento de turismo de natureza
presente decreto-lei é realizada de forma desmateriali-
devidamente reconhecido.
zada, através do RNAAT, acessível ao público através
do balcão do empreendedor previsto nos Decretos-Leis
n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, Artigo 27.º
disponível através do Portal do Cidadão, e do sítio na [...]
Internet do Turismo de Portugal, I. P., os quais, entre
1 — [...].
outras funcionalidades, permitem:
2 — [...].
a) O envio da mera comunicação prévia, da comu- 3 — [...].
nicação prévia com prazo e, em ambos os casos, dos 4 — [...].
respetivos documentos; 5 — [...].
b) [...]; 6 — [...].
c) [...]; 7 — [...].
d) [...]; 8 — [...].
e) [...]; 9 — Os capitais mínimos a cobrir pelos seguros re-
f) [...]. feridos no n.º 1, a fixar pela portaria mencionada no
n.º 2, e no anexo III do RAMT, a que alude o n.º 3, são
2 — [...]. atualizados anualmente, em função do índice de infla-
3 — [...]. ção publicado pelo INE, I. P., no ano imediatamente
4 — [...]. anterior, sendo os montantes decorrentes da atualização
5 — [...]. divulgados no portal do Turismo de Portugal, I. P., e no
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6953

balcão do empreendedor previsto nos Decretos-Leis Artigo 4.º


n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, Aditamento ao Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março
disponível através do Portal do Cidadão.
É aditado ao Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,
Artigo 29.º alterado pelos Decretos-Leis n.os 228/2009, de 14 de se-
tembro, 15/2014, de 23 de janeiro, e 128/2014, de 29 de
[...]
agosto, o artigo 20.º-A, com a seguinte redação:
1 — [...].
2 — [...]. «Artigo 20.º-A
3 — [...]. Marca nacional de áreas integradas no sistema
4 — As pessoas singulares e coletivas estabelecidas nacional de áreas classificadas
noutros Estados-Membros da União Europeia ou do
espaço económico europeu que pretendam exercer ati- 1 — Os empreendimentos turísticos podem aderir a
vidades de animação turística em áreas integradas no uma marca nacional de produtos e serviços das áreas
SNAC de forma ocasional e esporádica ficam sujeitas integradas no SNAC.
ao disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º 2 — A aprovação da adesão dos empreendimentos
5 — Às empresas referidas nos números anteriores turísticos à marca nacional mencionada no número ante-
são ainda aplicáveis os requisitos constantes dos arti- rior compete ao ICNF, I. P., e depende do cumprimento
gos 25.º, 26.º e 37.º, os requisitos que o RAMT torne dos critérios definidos por regulamento específico deste
expressamente aplicáveis a prestadores de serviços em instituto.»
regime de livre prestação e as obrigações constantes dos
artigos 27.º a 28.º-A, nos termos aí referidos. Artigo 5.º
6 — As empresas que, nos termos do n.º 3, tenham Aditamento ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio
optado por não constar do RNAAT, não gozam do direito
É aditado ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio,
de entrada livre referido no n.º 7 do artigo 5.º
alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho, o
artigo 20.º-A, com a seguinte redação:
Artigo 31.º
[...]
«Artigo 20.º-A
1 — [...]:
Marca nacional de áreas integradas no sistema
a) [...]; nacional de áreas classificadas
b) [...]; 1 — As empresas de animação turística podem aderir
c) [...]; a uma marca nacional de produtos e serviços das áreas
d) [...]; integradas no SNAC.
e) [...]; 2 — A aprovação da adesão das empresas de anima-
f) [...]; ção turística à marca nacional mencionada no número
g) [...]; anterior compete ao ICNF, I. P., e depende do cumpri-
h) O exercício de atividades não reconhecidas como mento dos critérios definidos por regulamento específico
turismo de natureza nas áreas integradas no SNAC, deste instituto.»
fora dos perímetros urbanos e da rede viária nacional,
regional e local, aberta à circulação pública, em violação
do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º; Artigo 6.º
i) [...]; Estabelecimentos de alojamento local
j) [...];
l) [...]; No prazo de um ano a contar da data de entrada em
m) [...]; vigor do presente decreto-lei, os membros do Governo
n) [...]. responsáveis pelas áreas da conservação da natureza e do
turismo procedem à avaliação do alargamento do reconhe-
2 — [...]. cimento como turismo de natureza aos estabelecimentos
3 — [...]. de alojamento local.
4 — [...].
5 — [...]. Artigo 7.º
6 — [...].
Alteração sistemática
7 — [...].
1 — A secção X do capítulo II do Decreto-Lei
Artigo 40.º n.º 39/2008, de 7 de março, alterado pelos Decretos-Leis
[...]
n.os 228/2009, de 14 de setembro, 15/2014, de 23 de janeiro,
e 128/2014, de 29 de agosto, passa a ser composta pelos
1 — [...]. artigos 20.º e 20.º-A.
2 — [...]. 2 — O capítulo V do Decreto-Lei n.º 108/2009, de
3 — O produto das taxas cobradas e das coimas apli- 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de
cadas pelos serviços e organismos das administrações 19 de julho, passa a ser composto pelos artigos 20.º
regionais constitui receita das Regiões Autónomas.» e 20.º-A.
6954 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

Artigo 8.º Artigo 11.º


Disposição transitória Entrada em vigor

1 — Até à entrada em vigor da portaria prevista no O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte
n.º 2 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de ao da sua publicação.
março, na redação dada pelo presente decreto-lei, conti- Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de
nua a aplicar-se, com as devidas adaptações, o disposto maio de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís
na Portaria n.º 261/2009, de 12 de março, alterada pela Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Anabela
Portaria n.º 47/2012, de 20 de fevereiro, com exceção dos Maria Pinto de Miranda Rodrigues — Paula Maria von
artigos 4.º e 11.º Hafe Teixeira da Cruz — Luís Miguel Poiares Pessoa
2 — Até à entrada em vigor da portaria prevista no n.º 4 Maduro — António de Magalhães Pires de Lima — Jorge
do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, Manuel Lopes Moreira da Silva — Maria de Assunção
na redação dada pelo presente decreto-lei, continuam a Oliveira Cristas Machado da Graça.
aplicar-se os critérios a que deve obedecer o projeto de
Promulgado em 18 de agosto de 2015.
conservação, as condições de validade do reconhecimento
como turismo de natureza e o dever de informação sobre Publique-se.
os colaboradores, nos termos previstos nas disposições O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
revogadas pelo presente decreto-lei, bem como, com as
devidas adaptações, o disposto na Portaria n.º 651/2009, Referendado em 20 de agosto de 2015.
de 12 de junho. Pelo Primeiro-Ministro, Paulo Sacadura Cabral Portas,
3 — As empresas de animação turística em atividade Vice-Primeiro-Ministro.
que não tenham ainda obtido o reconhecimento das suas
atividades como turismo de natureza e que exerçam as
atividades previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º ANEXO I
do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, na reda-
(a que se refere o n.º 1 do artigo 10.º)
ção dada pelo presente decreto-lei, devem obtê-lo no
prazo de um ano a contar da publicação do presente Republicação do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março
decreto-lei.
4 — As cartas de desporto de natureza aprovadas
nos termos do disposto no artigo 6.º do Decreto Re- CAPÍTULO I
gulamentar n.º 18/99, de 27 de agosto, mantêm-se em
vigor até à aprovação dos regulamentos das respetivas Disposições gerais
áreas protegidas.
Artigo 1.º
Artigo 9.º Objeto

Norma revogatória O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico da


instalação, exploração e funcionamento dos empreendi-
São revogados: mentos turísticos.
a) O n.º 3 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 39/2008, de
7 de março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 228/2009, de CAPÍTULO II
14 de setembro, 15/2014, de 23 de janeiro, e 128/2014,
de 29 de agosto; Empreendimentos turísticos e alojamento local
b) O n.º 3 do artigo 6.º, o n.º 5 do artigo 8.º, os n.os 2
e 4 do artigo 16.º e os artigos 21.º a 24.º do Decreto-Lei SECÇÃO I
n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei
n.º 95/2013, de 19 de julho; Noção e tipologias
c) O artigo 6.º do Decreto Regulamentar n.º 18/99, de
Artigo 2.º
27 de agosto;
d) Os artigos 4.º e 11.º da Portaria n.º 261/2009, de Noção de empreendimentos turísticos
12 de março, alterada pela Portaria n.º 47/2012, de 20 de 1 — Consideram-se empreendimentos turísticos os
fevereiro. estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de
alojamento, mediante remuneração, dispondo, para o seu
Artigo 10.º funcionamento, de um adequado conjunto de estruturas,
equipamentos e serviços complementares.
Republicação 2 — Não se consideram empreendimentos turísticos
1 — É republicado, no anexo I ao presente decreto-lei, para efeitos do presente decreto-lei:
que dele faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 39/2008, a) As instalações ou os estabelecimentos que, embora
de 7 de março, com a redação atual. destinados a proporcionar alojamento, sejam explorados
2 — É republicado, no anexo II ao presente decreto-lei, sem intuito lucrativo ou para fins exclusivamente de so-
que dele faz parte integrante, o Decreto-Lei n.º 108/2009, lidariedade social e cuja frequência seja restrita a grupos
de 15 de maio, com a redação atual. limitados;
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6955

b) As instalações ou os estabelecimentos que, embora a acautelar a segurança de pessoas e bens face a possíveis
destinados a proporcionar alojamento temporário com fins riscos naturais e tecnológicos.
lucrativos, não reúnam os requisitos para serem conside- 3 — Os empreendimentos turísticos devem possuir uma
rados empreendimentos turísticos. rede interna de esgotos e respetiva ligação às redes gerais
que conduzam as águas residuais a sistemas adequados ao
3 — As instalações e os estabelecimentos referidos na seu escoamento, nomeadamente através da rede pública, ou
alínea b) do número anterior revestem a natureza de alo- de um sistema de recolha e tratamento adequado ao volume
jamento local e são regulados por decreto-lei. e natureza dessas águas, de acordo com a legislação em
vigor, quando não fizerem parte das águas recebidas pelas
Artigo 3.º câmaras municipais.
Noção de alojamento local 4 — Nos locais onde não exista rede pública de abas-
tecimento de água, os empreendimentos turísticos devem
[Revogado]. estar dotados de um sistema de abastecimento privativo,
com origem devidamente controlada.
Artigo 4.º 5 — Para efeitos do disposto no número anterior, a cap-
Tipologias de empreendimentos turísticos tação de água deve possuir as adequadas condições de
proteção sanitária e o sistema ser dotado dos processos de
1 — Os empreendimentos turísticos podem ser integra- tratamentos requeridos para potabilização da água ou para
dos num dos seguintes tipos: manutenção dessa potabilização, de acordo com as normas
a) Estabelecimentos hoteleiros; de qualidade da água em vigor, devendo para o efeito ser
b) Aldeamentos turísticos; efetuadas análises físico-químicas e ou microbiológicas.
c) Apartamentos turísticos;
d) Conjuntos turísticos (resorts); Artigo 6.º
e) Empreendimentos de turismo de habitação; Condições de acessibilidade
f) Empreendimentos de turismo no espaço rural;
g) Parques de campismo e de caravanismo; 1 — As condições de acessibilidade a satisfazer no
h) [Revogada]. projeto e na construção dos empreendimentos turísticos
devem cumprir as normas técnicas previstas no Decreto-
2 — Os requisitos específicos da instalação, classifi- -Lei n.º 163/2006, de 8 de agosto.
cação e funcionamento de cada tipo de empreendimento 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, todos
turístico referido no número anterior são definidos: os empreendimentos turísticos, com exceção dos previstos
na alínea e) e f) do n.º 1 do artigo 4.º, devem dispor de
a) Por portaria dos membros do Governo responsáveis
instalações, equipamentos e, pelo menos, de uma unidade
pelas áreas do turismo e do ordenamento do território, nos
de alojamento, que permitam a sua utilização por utentes
casos das alíneas a) a d);
b) Por portaria dos membros do Governo responsáveis com mobilidade condicionada.
pelas áreas do turismo, da administração local e da agricul-
tura e do desenvolvimento rural, no caso das alíneas e) a g). Artigo 7.º
Unidades de alojamento
3 — As tipologias de empreendimentos turísticos iden-
tificados no n.º 1 podem ser reconhecidas como turismo de 1 — Unidade de alojamento é o espaço delimitado des-
natureza ou associadas a uma marca nacional de áreas inte- tinado ao uso exclusivo e privativo do utente do empre-
gradas no sistema nacional de áreas classificadas (SNAC), endimento turístico.
nos termos previstos, respetivamente, nos artigos 20.º e 2 — As unidades de alojamento podem ser quartos,
20.º-A suites, apartamentos ou moradias, consoante o tipo de
empreendimento turístico.
3 — Todas as unidades de alojamento devem ser identi-
SECÇÃO II ficadas no exterior da respetiva porta de entrada em local
Requisitos comuns dos empreendimentos turísticos bem visível.
4 — As portas de entrada das unidades de alojamento
Artigo 5.º devem possuir um sistema de segurança que apenas
permita o acesso ao utente e ao pessoal do estabeleci-
Requisitos gerais de instalação mento.
1 — A instalação de empreendimentos turísticos que 5 — As unidades de alojamento devem ser insonori-
envolvam a realização de operações urbanísticas conforme zadas e devem ter janelas ou portadas em comunicação
definidas no regime jurídico da urbanização e da edifica- direta com o exterior.
ção deve cumprir as normas constantes daquele regime,
bem como as normas técnicas de construção aplicáveis às Artigo 8.º
edificações em geral, designadamente em matéria de se- Capacidade
gurança contra incêndio, saúde, higiene, ruído e eficiência
energética, sem prejuízo do disposto no presente decreto-lei 1 — Para o único efeito da exploração turística, e com
e respetiva regulamentação. exceção do disposto no n.º 4, a capacidade dos empreen-
2 — O local escolhido para a instalação de empreendi- dimentos turísticos é determinada pelo correspondente
mentos turísticos deve obrigatoriamente ter em conta as número de camas fixas instaladas nas unidades de alo-
restrições de localização legalmente definidas, com vista jamento.
6956 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

2 — Nas unidades de alojamento podem ser instaladas 3 — Num mesmo edifício podem ser instalados estabe-
camas convertíveis desde que não excedam o número das lecimentos hoteleiros de diferentes grupos ou categorias.
camas fixas.
3 — Nas unidades de alojamento podem ser instaladas SECÇÃO IV
camas suplementares amovíveis.
4 — A capacidade dos parques de campismo e de ca- Aldeamentos turísticos
ravanismo é determinada pela área útil destinada a cada
utilizador, de acordo com o estabelecido na portaria pre- Artigo 13.º
vista na alínea b) do n.º 2 do artigo 4.º Noção de aldeamento turístico

Artigo 9.º 1 — São aldeamentos turísticos os empreendimentos


turísticos constituídos por um conjunto de instalações fun-
Equipamentos de uso comum
cionalmente interdependentes com expressão arquitetónica
Os requisitos dos equipamentos de uso comum que coerente, com unidades de alojamento, situadas em espaços
integram os empreendimentos turísticos, com exceção com continuidade territorial, com vias de circulação in-
dos requisitos de segurança, são definidos por portaria do terna que permitam o trânsito de veículos de emergência,
membro do Governo responsável pela área do turismo. ainda que atravessadas por estradas municipais e caminhos
municipais já existentes, linhas de água e faixas de terreno
Artigo 10.º afetas a funções de proteção e conservação de recursos
naturais, destinados a proporcionar alojamento e serviços
Estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços complementares de apoio a turistas.
Nos empreendimentos turísticos podem instalar-se 2 — Os edifícios que integram os aldeamentos turísticos
estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, não podem exceder três pisos, incluindo o rés do chão, sem
incluindo os de restauração e de bebidas, sem prejuízo prejuízo do disposto em instrumentos de gestão territorial
do cumprimento dos requisitos específicos previstos na aplicáveis ou alvarás de loteamento válidos e eficazes nos
legislação aplicável a estes estabelecimentos. termos da lei, quando estes estipularem número inferior
de pisos.
3 — Os aldeamentos turísticos devem dispor, no mí-
SECÇÃO III nimo, de 10 unidades de alojamento.
Estabelecimentos hoteleiros
SECÇÃO V
Artigo 11.º
Apartamentos turísticos
Noção de estabelecimento hoteleiro
1 — São estabelecimentos hoteleiros os empreendi- Artigo 14.º
mentos turísticos destinados a proporcionar alojamento Noção de apartamento turístico
temporário e outros serviços acessórios ou de apoio, com
ou sem fornecimento de refeições, e vocacionados a uma 1 — São apartamentos turísticos os empreendimentos
locação diária. turísticos constituídos por um conjunto coerente de uni-
2 — Os estabelecimentos hoteleiros podem ser classi- dades de alojamento, do tipo apartamento, entendendo-se
ficados nos seguintes grupos: estas como parte de um edifício à qual se acede através
de espaços comuns, nomeadamente átrio, corredor, galeria
a) Hotéis; ou patamar de escada, que se destinem a proporcionar
b) Hotéis-apartamentos (aparthotéis), quando a maioria alojamento e outros serviços complementares de apoio
das unidades de alojamento é constituída por apartamentos; a turistas.
c) Pousadas, quando explorados diretamente pela ENA- 2 — Os apartamentos turísticos podem ocupar a tota-
TUR — Empresa Nacional de Turismo, S. A., ou por ter- lidade ou parte independente, constituída por pisos com-
ceiros mediante celebração de contratos de franquia ou de pletos, de um ou mais edifícios, desde que os edifícios
cessão de exploração, e instalados em imóveis classificados em causa constituam, entre eles, um conjunto de espaços
como de interesse nacional, de interesse público ou de inte- contíguos, ou desde que, entre eles, exista uma área de
resse municipal ou em edifícios que, pela sua antiguidade, utilização comum.
valor arquitetónico e histórico, sejam representativos de 3 — Os apartamentos turísticos devem dispor, no mí-
uma determinada época. nimo, de 10 unidades de alojamento.

Artigo 12.º
SECÇÃO VI
Condições de instalação
Conjuntos turísticos (resorts)
1 — Os estabelecimentos hoteleiros devem dispor, no
mínimo, de 10 unidades de alojamento. Artigo 15.º
2 — Os estabelecimentos hoteleiros podem ocupar a
Noção de conjunto turístico (resort)
totalidade ou uma parte independente, constituída por pisos
completos, de um ou mais edifícios, desde que os edifícios 1 — São conjuntos turísticos (resorts) os empreendi-
em causa constituam, entre eles, um conjunto de espaços mentos turísticos constituídos por núcleos de instalações
contíguos, ou desde que, entre eles, exista uma área de funcionalmente interdependentes, situados em espaços
utilização comum. com continuidade territorial, ainda que atravessados por
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6957

estradas municipais e caminhos municipais já existentes, ços rurais, serviços de alojamento a turistas, preservando,
linhas de água e faixas de terreno afetas a funções de recuperando e valorizando o património arquitetónico,
proteção e conservação de recursos naturais, destinados histórico, natural e paisagístico dos respetivos locais e
a proporcionar alojamento e serviços complementares regiões onde se situam, através da reconstrução, reabili-
de apoio a turistas, sujeitos a uma administração comum tação ou ampliação de construções existentes, de modo a
de serviços partilhados e de equipamentos de utilização ser assegurada a sua integração na envolvente.
comum, que integrem pelo menos dois empreendimentos 2 — [Revogado].
turísticos de um dos tipos previstos no n.º 1 do artigo 4.º, 3 — Os empreendimentos de turismo no espaço rural
sendo obrigatoriamente um deles um estabelecimento podem ser classificados nos seguintes grupos:
hoteleiro. a) Casas de campo;
2 — [Revogado]. b) Agroturismo;
3 — [Revogado]. c) Hotéis rurais.
4 — Sem prejuízo do disposto no artigo 10.º, nos con-
juntos turísticos (resorts) só podem instalar-se empreendi-
4 — São casas de campo os imóveis situados em aldeias
mentos turísticos, ainda que de diferentes categorias.
e espaços rurais que se integrem, pela sua traça, materiais
5 — [Revogado].
de construção e demais características, na arquitetura tí-
6 — Quando instalados em conjuntos turísticos (re-
pica local.
sorts), os aldeamentos turísticos consideram-se sempre 5 — Quando as casas de campo se situem em aldeias e
situados em espaços com continuidade territorial. sejam exploradas de uma forma integrada, por uma única
7 — [Revogado]. entidade, são consideradas como turismo de aldeia.
6 — São empreendimentos de agroturismo os imóveis
Artigo 16.º situados em explorações agrícolas que permitam aos hós-
Requisitos mínimos dos conjuntos turísticos (resorts) pedes o acompanhamento e conhecimento da atividade
agrícola, ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos,
Os conjuntos turísticos (resorts) devem possuir, no mí- de acordo com as regras estabelecidas pelo seu responsável.
nimo, e para além dos requisitos gerais de instalação, as 7 — São hotéis rurais os empreendimentos turísticos
seguintes infraestruturas e equipamentos: que cumpram os requisitos de classificação aplicáveis aos
a) Vias de circulação internas que permitam o trânsito estabelecimentos hoteleiros, bem como o disposto no n.º 1,
de veículos de emergência; podendo instalar-se ainda em edifícios novos, construídos
b) Vias de circulação internas com uma largura mínima de raiz, incluindo não contíguos.
de 3 m ou 5 m, conforme sejam de sentido único ou duplo, 8 — [Revogado].
quando seja permitido o trânsito de veículos automóveis, 9 — Às obras em empreendimentos referidos no n.º 1
salvo quando admitidos limites mínimos inferiores em aplica-se o princípio da garantia do existente constante do
plano municipal de ordenamento do território aplicável; artigo 60.º do regime jurídico da urbanização e da edifi-
c) Áreas de estacionamento de uso comum; cação e do artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23
d) Espaços e áreas verdes exteriores envolventes para de outubro, alterado pela Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto,
uso comum; que estabelece o regime jurídico da reabilitação urbana em
e) Portaria; áreas de reabilitação urbana.
f) Piscina de utilização comum;
g) Equipamentos de desporto e lazer. SECÇÃO IX
Parques de campismo e de caravanismo
SECÇÃO VII
Artigo 19.º
Empreendimentos de turismo de habitação
Noção de parques de campismo e de caravanismo
Artigo 17.º 1 — São parques de campismo e de caravanismo os
Noção de empreendimentos de turismo de habitação
empreendimentos instalados em terrenos devidamente
delimitados e dotados de estruturas destinadas a permitir a
1 — São empreendimentos de turismo de habitação os instalação de tendas, reboques, caravanas ou autocaravanas
estabelecimentos de natureza familiar instalados em imó- e demais material e equipamento necessários à prática do
veis antigos particulares que, pelo seu valor arquitetónico, campismo e do caravanismo.
histórico ou artístico, sejam representativos de uma deter- 2 — Os parques de campismo e de caravanismo podem
minada época, nomeadamente palácios e solares, podendo ser públicos ou privativos, consoante se destinem ao pú-
localizar-se em espaços rurais ou urbanos. blico em geral ou apenas aos associados ou beneficiários
2 — [Revogado]. das respetivas entidades proprietárias ou exploradoras.
3 — Os parques de campismo e de caravanismo podem
SECÇÃO VIII destinar-se exclusivamente à instalação de um dos tipos de
equipamento referidos no n.º 1, adotando a correspondente
Empreendimentos de turismo no espaço rural designação.
4 — Nos parques de campismo e de caravanismo podem
Artigo 18.º existir instalações de caráter complementar destinadas
Noção de empreendimentos no espaço rural
a alojamento desde que não ultrapassem 25 % da área
total do parque destinada aos campistas, nos termos a
1 — São empreendimentos de turismo no espaço rural regulamentar na portaria prevista na alínea b) do n.º 2 do
os estabelecimentos que se destinam a prestar, em espa- artigo 4.º
6958 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

SECÇÃO X b) Emitir parecer sobre as operações de loteamento que


contemplem a instalação de empreendimentos turísticos,
Turismo de natureza
limitado à área destes, exceto quando tais operações se
localizem em zona abrangida por plano de pormenor em
Artigo 20.º
que tenha tido intervenção;
Turismo de natureza c) Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação
dos empreendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a
1 — [Revogado].
d) do n.º 1 do artigo 4.º e dos hotéis rurais.
2 — Os empreendimentos turísticos que se destinem a
prestar serviço de alojamento em áreas integradas no SNAC
ou em outras áreas com valores naturais e que disponham 3 — [Revogado].
de um adequado conjunto de infraestruturas, equipamen- 4 — Para efeitos da instalação de empreendimentos tu-
tos e serviços complementares que permitam contemplar e rísticos, os contratos que tenham por objeto a elaboração de
desfrutar o património natural, paisagístico e cultural, tendo um projeto de plano, sua alteração ou revisão, previsto no
em vista a oferta de um produto turístico integrado e diversi- artigo 6.º-A do regime jurídico dos instrumentos de gestão
ficado, podem ser reconhecidos como turismo de natureza. territorial, podem ser celebrados também com o Turismo
3 — [Revogado]. de Portugal, I. P., e com as demais entidades públicas re-
presentativas de interesses a ponderar no procedimento
4 — O reconhecimento de empreendimentos turísticos
relativo ao futuro plano.
como turismo de natureza compete ao Instituto de Conser-
vação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), nos
termos definidos por portaria dos membros do Governo Artigo 22.º
responsáveis pelas áreas da conservação da natureza e do Competências dos órgãos municipais
turismo.
5 — A portaria referida no número anterior determina, 1 — No âmbito da instalação dos empreendimentos
nomeadamente, os critérios e o procedimento a cumprir turísticos, compete aos órgãos municipais exercer as com-
para o reconhecimento como turismo de natureza, esta- petências atribuídas pelo regime jurídico da urbanização
belece as suas condições de validade, aprova o respetivo e da edificação com as especificidades constantes do pre-
logótipo e define os critérios para a validação das áreas sente decreto-lei.
com valores naturais a que se refere o n.º 1. 2 — Compete ainda à câmara municipal exercer as se-
6 — A designação «turismo de natureza» e o respetivo guintes competências especialmente previstas no presente
logótipo só podem ser usados por empreendimentos tu- decreto-lei:
rísticos reconhecidos como tal, nos termos previstos no a) Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação
presente artigo. dos empreendimentos de turismo de habitação;
7 — O reconhecimento de empreendimentos turísticos b) Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação
como turismo de natureza está isento de qualquer taxa. dos empreendimentos de turismo no espaço rural, com
exceção dos hotéis rurais;
Artigo 20.º-A c) Fixar a capacidade máxima e atribuir a classificação
Marca nacional de áreas integradas no sistema dos parques de campismo e de caravanismo;
nacional de áreas classificadas d) [Revogada].
1 — Os empreendimentos turísticos podem aderir a uma
marca nacional de produtos e serviços das áreas integradas CAPÍTULO IV
no SNAC.
2 — A aprovação da adesão dos empreendimentos tu- Instalação dos empreendimentos turísticos
rísticos à marca nacional mencionada no número anterior
compete ao ICNF, I. P., e depende do cumprimento dos SECÇÃO I
critérios definidos por regulamento específico deste ins-
tituto.» Disposições gerais

Artigo 23.º
CAPÍTULO III
Regime aplicável
Competências
1 — O procedimento respeitante à instalação dos empre-
endimentos turísticos segue o regime previsto no presente
Artigo 21.º
decreto-lei e está submetido ao regime jurídico da urbani-
Competências do Turismo de Portugal, I. P. zação e da edificação, com as especificidades constantes
1 — Compete ao Turismo de Portugal, I. P., exercer as do presente regime e respetiva regulamentação, sempre
que envolva a realização das operações urbanísticas ali
competências especialmente previstas no presente decreto-
previstas.
-lei relativamente aos empreendimentos turísticos referidos
2 — Nos casos em que nos termos do regime jurídico
nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 4.º e na alínea c) do
da urbanização e da edificação a forma do procedimento
n.º 3 do artigo 18.º
de controlo prévio da edificação de empreendimentos tu-
2 — Compete ainda ao Turismo de Portugal, I. P., no
rísticos seja a comunicação prévia, pode o promotor optar
âmbito das suas atribuições:
pelo procedimento de licenciamento.
a) Intervir, nos termos da lei, na elaboração dos instru- 3 — O pedido de informação prévia, o pedido de li-
mentos de gestão territorial; cenciamento e a apresentação da comunicação prévia de
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6959

operações urbanísticas relativas à instalação dos empre- abrange a totalidade dos empreendimentos, estabeleci-
endimentos turísticos devem ser instruídos nos termos do mentos e equipamentos que o integram.
regime jurídico da urbanização e da edificação, e respetiva
regulamentação, e ainda com os elementos constantes SECÇÃO III
de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas do turismo e do ordenamento do território, devendo Licenciamento ou comunicação prévia
o interessado indicar a classificação pretendida para o de operações urbanísticas
empreendimento turístico em determinado tipo e, quando
aplicável, o grupo e categoria. Artigo 26.º
4 — [Revogado]. Parecer do Turismo de Portugal, I. P.
5 — A câmara municipal pode contratualizar com o
Turismo de Portugal, I. P., o acompanhamento do pro- 1 — O Turismo de Portugal, I. P., emite parecer, nos
cedimento de instalação dos empreendimentos turísticos termos dos artigos 13.º e 13.º-B do regime jurídico da
referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 4.º e na urbanização e da edificação, relativamente:
alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º, para efeitos de dinamiza- a) Ao pedido de informação prévia, pedido de licencia-
ção do procedimento, designadamente para promoção de mento e à apresentação da comunicação prévia de opera-
reuniões de concertação entre as entidades consultadas ou ções de loteamento de empreendimentos turísticos;
entre estas, a câmara municipal e o requerente. b) Ao pedido de informação prévia, pedido de licencia-
6 — Nos casos em que decorra em simultâneo a ava- mento e à admissão da comunicação prévia para a realiza-
liação ambiental de instrumento de gestão territorial e a ção de obras de edificação referentes aos empreendimentos
avaliação de impacte ambiental de projetos de empreendi- turísticos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 4.º
mentos turísticos enquadrados de forma detalhada naquele e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º
instrumento, pode realizar-se uma única consulta pública,
sem prejuízo de exercício das competências próprias das 2 — O parecer referido no número anterior destina-se
entidades intervenientes. a verificar o cumprimento das normas estabelecidas no
7 — Para os projetos relativos a empreendimentos tu- presente decreto-lei e respetiva regulamentação, designa-
rísticos que sejam submetidos a procedimento de ava- damente a adequação do empreendimento turístico previsto
liação de impacte ambiental e que se localizem, total ou ao uso e tipologia pretendidos e implica, quando aplicável,
parcialmente, em áreas incluídas na Reserva Ecológica a apreciação do projeto de arquitetura do empreendimento
Nacional, estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 166/2008, de turístico, e a decisão relativa ao pedido de dispensa de re-
22 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.os 239/2012, quisitos a que se referem os n.os 2 a 4 do artigo 39.º, formu-
de 1 de novembro e 96/2013, de 19 de julho, a pronúncia lado com os pedidos de informação prévia e licenciamento
da comissão de coordenação e desenvolvimento regional ou com a apresentação da comunicação prévia.
competente no âmbito daquela avaliação compreende, 3 — Quando desfavorável, o parecer do Turismo de
também, a sua pronúncia nos termos previstos na legis- Portugal, I. P., é vinculativo e deve indicar e justificar as
lação aplicável. alterações a introduzir no projeto de arquitetura.
8 — Quando os projetos relativos a empreendimentos 4 — [Revogado].
turísticos sejam submetidos a procedimento de análise de 5 — No âmbito de pedidos de licenciamento ou de co-
incidências ambientais e se localizem, total ou parcial- municações prévias para a realização de obras de edificação
mente, em áreas incluídas na Reserva Ecológica Nacional, e juntamente com o parecer, são fixadas, em fase de projeto,
a pronúncia da comissão de coordenação e desenvolvi- a capacidade máxima do empreendimento e a respetiva
mento regional competente compreende também a pronún- classificação de acordo com o projeto apresentado, a con-
cia nos termos do regime jurídico da Reserva Ecológica firmar nos termos previstos no artigo 36.º
Nacional, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22
de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.os 239/2012, de Artigo 27.º
1 de novembro, e 96/2013, de 19 de julho.
Alvará de licença ou admissão da comunicação prévia
Artigo 24.º No caso dos parques de campismo e de caravanismo e
Estabelecimentos comerciais e de restauração e bebidas
dos empreendimentos de turismo de habitação e de turismo
no espaço rural, com exceção dos hotéis rurais, a câmara
[Revogado]. municipal, juntamente com a emissão do alvará de licença
ou a admissão expressa da comunicação prévia para a rea-
SECÇÃO II lização de obras de edificação, fixa a capacidade máxima e
atribui a classificação de acordo com o projeto apresentado,
Informação prévia a confirmar nos termos previstos no artigo 36.º

Artigo 25.º Artigo 28.º


Pedido de informação prévia Instalação de conjuntos turísticos (resorts)
1 — Qualquer interessado pode requerer à câmara mu- Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 25.º, a
nicipal informação prévia sobre a possibilidade de instalar entidade promotora do empreendimento pode optar por
um empreendimento turístico e quais as respetivas condi- submeter conjuntamente a licenciamento ou comunicação
cionantes urbanísticas. prévia as operações urbanísticas referentes à instalação
2 — O pedido de informação prévia relativo à possi- da totalidade dos componentes de um conjunto turístico
bilidade de instalação de um conjunto turístico (resort) (resort), ou, alternativamente, submeter tais operações
6960 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

a licenciamento ou comunicação prévia separadamente, 6 — A autorização de utilização para fins turísticos,


relativamente a cada um dos componentes ou a distintas única para a totalidade do empreendimento, sem prejuízo
fases de instalação. do disposto nos números seguintes, depende do pagamento
prévio pelo requerente da respetiva taxa, seja a autorização
SECÇÃO IV expressa ou tácita.
7 — Os conjuntos turísticos (resorts) dispõem de um
Obras isentas de controlo prévio único alvará de autorização de utilização para fins turísticos
quando se tenha optado por submeter conjuntamente a li-
Artigo 29.º cenciamento ou comunicação prévia as operações urbanís-
Processo ticas referentes à instalação da totalidade dos componentes
de um conjunto turístico.
As obras realizadas nos empreendimentos turísticos refe- 8 — [Revogado].
ridos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 4.º, e na alínea c) 9 — Fora do caso previsto no n.º 7, cada empreendi-
do n.º 3 do artigo 18.º que, nos termos do regime jurídico mento turístico, estabelecimento e equipamento integrados
da urbanização e da edificação, estejam isentas de controlo em conjuntos turísticos (resorts) devem dispor de alvará
prévio, são declaradas ao Turismo de Portugal, I. P., para os de autorização de utilização próprio, de natureza turística
efeitos previstos no artigo 38.º, acompanhadas das respeti- ou para outro fim a que se destinem.
vas peças desenhadas, caso existam, mediante formulário 10 — A instalação dos empreendimentos turísticos pode
a disponibilizar na página na Internet daquela entidade, no ser autorizada por fases, aplicando-se a cada uma delas o
prazo de 30 dias após a sua conclusão, desde que: disposto na presente secção.
a) Tenham por efeito a alteração da classificação ou da 11 — Aos procedimentos previstos no presente artigo
capacidade máxima do empreendimento; é aplicável o disposto no artigo 28.º-A do Decreto-Lei
b) Sejam suscetíveis de prejudicar os requisitos míni- n.º 135/99, de 22 de abril, alterado pelos Decretos-Leis
mos exigidos para a classificação do empreendimento, n.os 29/2000, de 13 de março, 72-A/2010, de 18 de junho,
nos termos do presente decreto-lei e da respetiva regula- e 73/2014, de 13 de maio.
mentação.
Artigo 31.º
SECÇÃO V Comunicação de abertura em caso de ausência
de autorização de utilização para fins turísticos
Autorização ou comunicação de utilização para fins turísticos
[Revogado].
Artigo 30.º
Artigo 32.º
Autorização de utilização para fins turísticos e emissão de alvará
Título de abertura
1 — Antes de iniciada a utilização do empreendimento
turístico, e caso tenha havido lugar a obra, uma vez esta Constitui título válido de abertura do empreendimento
terminada, o interessado requer a concessão de autori- qualquer dos seguintes documentos:
zação de utilização para fins turísticos, nos termos do a) Alvará de autorização de utilização para fins turísticos
artigo 62.º e seguintes do regime jurídico da urbanização do empreendimento;
e da edificação, com as especificidades previstas na pre- b) Comprovativo de regular submissão do requerimento
sente secção. de concessão de autorização de utilização para fins turísti-
2 — O pedido de concessão de autorização de utilização cos, acompanhado do comprovativo do pagamento da taxa
para fins turísticos, instruído nos termos do regime jurídico devida, esgotado o prazo fixado no n.º 3 do artigo 30.º, sem
da urbanização e da edificação e respetiva regulamentação, que tenha sido proferida decisão expressa;
deve ser submetido à câmara municipal territorialmente c) [Revogada].
competente, devendo a autarquia dele dar conhecimento
ao Turismo de Portugal, I. P., através dos meios previstos Artigo 33.º
no artigo 74.º
3 — O prazo para decisão sobre a concessão de au- Caducidade da autorização de utilização para fins turísticos
torização de utilização para fins turísticos e emissão do 1 — A autorização de utilização para fins turísticos
respetivo alvará é de 20 dias a contar da data de apresen- caduca:
tação do requerimento, salvo quando haja lugar à vistoria
prevista no artigo 65.º do regime jurídico da urbanização a) Se o empreendimento não iniciar o seu funciona-
e da edificação, em que o prazo é de 10 dias após a reali- mento no prazo de um ano a contar da data da emissão do
zação da vistoria. alvará de autorização de utilização para fins turísticos ou
4 — O alvará de autorização de utilização para fins tu- do termo do prazo para a sua emissão;
rísticos, quando exista, deve conter os elementos referidos b) [Revogada];
no n.º 5 do artigo 77.º do regime jurídico da urbanização c) Quando seja dada ao empreendimento uma utilização
e da edificação e ainda referência expressa à capacidade diferente da prevista no respetivo alvará;
máxima e à classificação, determinadas nos termos do d) Quando, por qualquer motivo, o empreendimento
n.º 5 do artigo 26.º, do artigo 27.º, a confirmar nos termos não puder ser classificado ou manter a classificação de
previstos no artigo 36.º empreendimento turístico.
5 — Do alvará referido no número anterior é dado co-
nhecimento ao Turismo de Portugal, I. P., através dos meios 2 — Caducada a autorização de utilização para fins
previstos no artigo 74.º turísticos, o respetivo título válido de abertura é cassado e
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6961

apreendido pela câmara municipal, por iniciativa própria, 2 — Até à disponibilização do balcão referido no ar-
no caso dos parques de campismo e de caravanismo, dos tigo 74.º deve o interessado comunicar ao Turismo de
empreendimentos de turismo de habitação e dos empre- Portugal, I. P., a existência de título válido de abertura
endimentos de turismo no espaço rural, com exceção dos do empreendimento no prazo de 10 dias após a sua ob-
hotéis rurais, ou a pedido do Turismo de Portugal, I. P., nos tenção.
restantes casos, sendo o facto comunicado à Autoridade de 3 — A auditoria de classificação é realizada pelo Tu-
Segurança Alimentar e Económica (ASAE). rismo de Portugal, I. P., com isenção de taxa, ou pela câ-
3 — A caducidade da autorização determina o encerra- mara municipal, consoante os casos, ou ainda por entidade
mento do empreendimento, após notificação da respetiva acreditada para o efeito, nos termos a definir por portaria do
entidade exploradora. membro do Governo responsável pela área do turismo.
4 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, 4 — Nos casos em que, por motivos que sejam impu-
podem ser adotadas as medidas de tutela de legalidade táveis ao interessado, a auditoria de classificação não se
urbanística que se mostrem fundadamente adequadas, nos realize na data marcada ou tenha de ser repetida, uma nova
termos do disposto no regime jurídico da urbanização e auditoria fica sujeita ao pagamento de taxa destinada ex-
da edificação. clusivamente a suportar as despesas inerentes, nos termos
definidos em portaria dos membros do Governo respon-
sáveis pelas áreas das finanças e do turismo.
CAPÍTULO V 5 — Após a realização da auditoria, o Turismo de
Classificação Portugal, I. P., ou o presidente da câmara municipal, con-
soante os casos, fixa a classificação do empreendimento
Artigo 34.º turístico.
6 — No caso dos parques de campismo e de carava-
Noção e natureza nismo, dos empreendimentos de turismo de habitação e dos
A classificação destina-se a atribuir, confirmar ou alterar empreendimentos de turismo no espaço rural, com exceção
a tipologia e, quando aplicável, o grupo e a categoria dos dos hotéis rurais, a classificação é fixada juntamente com a
empreendimentos turísticos e tem natureza obrigatória. autorização de utilização para fins turísticos quando tenha
sido realizada vistoria nos termos do artigo 65.º do regime
Artigo 35.º jurídico da urbanização e da edificação, caso em que não
há lugar a auditoria de classificação.
Categorias 7 — Em todos os empreendimentos turísticos é obriga-
1 — Sem prejuízo do disposto n.º 7 do artigo 39.º, os tória a afixação no exterior, junto à entrada principal, da
empreendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a c) placa identificativa da respetiva classificação, no prazo
do n.º 1 do artigo 4.º, e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º, máximo de 10 dias após a notificação ao interessado da
classificam-se nas categorias de uma a cinco estrelas, classificação atribuída, nos termos do presente artigo.
atendendo à qualidade do serviço e das instalações, de 8 — Os modelos da placa identificativa da classifica-
acordo com os requisitos a definir pela portaria prevista ção são aprovados por portaria do membro do Governo
na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º responsável pela área do turismo.
2 — Tais requisitos devem incidir sobre:
Artigo 37.º
a) Características das instalações e equipamentos;
Taxa
b) Serviço de receção e portaria;
c) Serviço de limpeza e lavandaria; [Revogado].
d) Serviço de alimentação e bebidas;
e) Serviços complementares. Artigo 38.º
Revisão da classificação
3 — A portaria a que se refere o n.º 1 distingue entre
os requisitos mínimos e os requisitos opcionais, cujo so- 1 — A classificação dos empreendimentos turísticos
matório permite alcançar a pontuação necessária para a deve ser oficiosamente revista de cinco em cinco anos.
obtenção de determinada categoria. 2 — [Revogado].
3 — A revisão da classificação prevista no n.º 1 é pre-
Artigo 36.º cedida de uma auditoria de classificação efetuada pelo
Processo de classificação
Turismo de Portugal, I. P., pela câmara municipal, ou por
entidade acreditada, consoante os casos.
1 — O Turismo de Portugal, I. P., no caso dos empre- 4 — A auditoria de classificação referida no número
endimentos turísticos referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 anterior, realizada pelo Turismo de Portugal, I. P., está
do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º, ou o isenta de qualquer taxa, sem prejuízo do disposto no n.º 4
presidente da câmara municipal, no caso dos parques de do artigo 36.º
campismo e de caravanismo, dos empreendimentos de 5 — A classificação pode, ainda, ser revista a todo o
turismo de habitação e dos empreendimentos de turismo tempo, oficiosamente ou a pedido do interessado.
no espaço rural, determina a realização de uma auditoria 6 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o
de classificação do empreendimento turístico no prazo de Turismo de Portugal, I. P., deve proceder à revisão da
60 dias a contar da data da disponibilização da informação classificação sempre que receba a declaração prevista no
relativa ao título válido de abertura do empreendimento, no artigo 29.º
balcão previsto no artigo 74.º ou da data do conhecimento, 7 — Pela realização de auditorias de revisão de classi-
por qualquer outra forma, da existência daquele título. ficação efetuadas pelo Turismo de Portugal, I. P., a pedido
6962 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

do interessado, nos termos do n.º 5, é devida uma taxa des- especificamente relativa à dispensa de requisitos no
tinada exclusivamente a suportar as despesas inerentes, nos prazo legal de reação à comunicação prévia previsto no
termos a fixar na portaria referida no n.º 4 do artigo 36.º artigo 36.º do regime jurídico da urbanização e edifica-
8 — Pode ser cobrada uma taxa pela realização de audi- ção, proferida pela câmara municipal ou pelo Turismo
torias de classificação efetuadas pelas câmaras municipais, de Portugal, I. P., neste caso no âmbito do parecer a que
a afixar em regulamento aprovado pelo órgão deliberativo se refere o artigo 26.º
do respetivo município, nos termos do regime geral das 5 — A dispensa de requisitos requerida à câmara muni-
autarquias locais, aprovado pela Lei n.º 53-E/2006, de cipal com o pedido de concessão de autorização de utili-
29 de dezembro, alterada pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 zação para fins turísticos é concedida tacitamente sempre
de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 117/2009, de 29 de que não seja proferida decisão expressa especificamente
dezembro. relativa à dispensa de requisitos, nos prazos referidos no
9 — Do resultado das auditorias de classificação referi- n.º 3 do artigo 30.º
das no número anterior é dado conhecimento ao Turismo 6 — Excetuados os pedidos de dispensa referidos
de Portugal, I. P., no prazo de 10 dias, através dos meios no n.º 2 do artigo 26.º no âmbito da instalação dos
previstos no artigo 74.º empreendimentos turísticos, as dispensas de requisitos
requeridas ao Turismo de Portugal, I. P., são tacita-
Artigo 39.º mente deferidas caso este não determine a realização
Dispensas de auditoria de classificação no prazo referido no n.º 1
do artigo 36.º
1 — A dispensa de requisitos exigidos para a fixação 7 — A dispensa da atribuição da categoria pode ser
da classificação pode ser concedida, nos termos previstos concedida pelo Turismo de Portugal, I. P., no caso dos
nos n.os 2 a 6: empreendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a c)
a) Pelo Turismo de Portugal, I. P., no caso dos empre- do n.º 1 do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º,
endimentos turísticos referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 sempre que verificado o cumprimento dos requisitos para
do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º; ou esse efeito previstos na portaria referida na alínea a) do
b) Pela câmara municipal, nos demais casos. n.º 2 do artigo 4.º
8 — O cumprimento dos requisitos referidos no nú-
2 — Os requisitos exigidos para a fixação da classifi- mero anterior é verificado em sede de auditoria de clas-
cação podem ser dispensados, oficiosamente ou a requeri- sificação.
mento, quando a sua estrita observância for suscetível de:
a) Afetar as características arquitetónicas ou estruturais de: CAPÍTULO VI
i) Edifícios que estejam classificados ou em vias de clas-
Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos
sificação como de interesse nacional, de interesse público
ou de interesse municipal;
Artigo 40.º
ii) Edifícios que se situem em conjuntos ou sítios clas-
sificados ou em vias de classificação como de interesse Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos
nacional, de interesse público ou de interesse municipal;
1 — O Turismo de Portugal, I. P., disponibiliza no
iii) Edifícios que se situem dentro de zonas de proteção
de monumentos, conjuntos ou sítios classificados ou em seu sítio na Internet o Registo Nacional dos Empreen-
vias de classificação como de interesse nacional, de inte- dimentos Turísticos (RNET), constituído pela relação
resse público ou de interesse municipal; ou atualizada dos empreendimentos turísticos com título
iv) Edifícios que possuam valor histórico, arquitetónico, de abertura válido, da qual consta o nome, a classifica-
artístico ou cultural; ção, a capacidade, a localização do empreendimento,
as respetivas coordenadas geográficas, a morada e os
b) Afetar vestígios arqueológicos existentes ou que períodos de funcionamento, bem como a identificação
venham a ser descobertos durante a instalação do empre- da respetiva entidade exploradora.
endimento turístico; 2 — Quaisquer factos que constituam alteração ao
c) Prejudicar ou impedir a classificação de projetos nome, à morada, aos períodos de funcionamento e à
inovadores e valorizantes da oferta turística. identificação da entidade exploradora dos empreendi-
mentos turísticos devem ser comunicados por esta enti-
3 — No caso dos conjuntos turísticos (resorts), podem dade ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de 10 dias
ser dispensados alguns dos requisitos exigidos para a atri- sobre a sua verificação, mediante registo efetuado di-
buição de classificação para as instalações e equipamentos, retamente no RNET.
quando o conjunto turístico (resort) integrar um ou mais 3 — A caducidade da autorização de utilização para
empreendimentos que disponham de tais instalações e fins turísticos nos termos do artigo 33.º determina o
equipamentos ou que o próprio conjunto turístico disponha cancelamento da inscrição do empreendimento turístico
dos mesmos e desde que possam servir ou ser utilizados no RNET.
pelos utentes de todos os empreendimentos integrados no 4 — [Revogado].
conjunto. 5 — O RNET deve ser indexado no sistema de pes-
4 — A dispensa de requisitos requerida com a apre- quisa online de informação pública previsto no artigo 49.º
sentação da comunicação prévia de obra é concedida do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, alterado pelos
tacitamente sempre que não haja lugar a rejeição da Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de março, 72-A/2010,
mesma, pela câmara municipal, nem a decisão expressa de 18 de junho, e 73/2014, de 13 de maio.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6963

CAPÍTULO VII Artigo 45.º


Exploração e funcionamento Exploração turística das unidades de alojamento
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 49.º, as uni-
Artigo 41.º dades de alojamento estão permanentemente em regime
Nomes de exploração turística, devendo a entidade exploradora
assumir a exploração continuada da totalidade das mesmas,
1 — Os nomes dos empreendimentos turísticos não ainda que ocupadas pelos respetivos proprietários.
podem sugerir uma tipologia, grupo, categoria ou carac- 2 — A entidade exploradora deve assegurar que as uni-
terísticas que os mesmos não possuam. dades de alojamento permanecem a todo o tempo mobi-
2 — As denominações simples ou compostas que uti- ladas e equipadas em plenas condições de serem locadas
lizem o termo «hotel» só podem ser utilizadas pelos em- para alojamento a turistas e que nelas são prestados os
preendimentos turísticos previstos na alínea a) do n.º 1 do serviços obrigatórios da categoria atribuída ao empreen-
artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º dimento turístico.
3 — Os empreendimentos turísticos que disponham 3 — Quando a propriedade e a exploração turística não
das infraestruturas e equipamentos exigidos no artigo 16.º pertençam à mesma entidade ou quando o empreendimento
para os conjuntos turísticos (resorts) podem, para fins co- se encontre em regime de propriedade plural, a entidade
merciais, usar conjuntamente com o nome a expressão exploradora deve obter de todos os proprietários um título
resort. jurídico que a habilite à exploração da totalidade das uni-
dades de alojamento.
Artigo 42.º 4 — O título referido no número anterior deve prever os
termos da exploração turística das unidades de alojamento,
Publicidade a participação dos proprietários nos resultados da explo-
1 — A publicidade, documentação comercial e mer- ração da unidade de alojamento, bem como as condições
chandising dos empreendimentos turísticos devem indicar da utilização desta pelo respetivo proprietário.
o respetivo nome ou logótipo, não podendo sugerir uma 5 — Os proprietários das unidades de alojamento,
tipologia, grupo, categoria ou características que o empre- quando ocupam as mesmas, usufruem dos serviços obri-
endimento não possua. gatórios da categoria do empreendimento, os quais estão
2 — [Revogado]. abrangidos pela prestação periódica prevista no artigo 56.º
6 — As unidades de alojamento previstas no n.º 3 não
podem ser exploradas diretamente pelos seus proprietários,
Artigo 43.º nem podem ser objeto de contratos que comprometam o
Oferta de alojamento turístico uso turístico das mesmas, designadamente, contratos de ar-
rendamento ou constituição de direitos de uso e habitação.
1 — Com exceção do alojamento local, apenas os em-
preendimentos turísticos previstos no presente decreto-lei Artigo 46.º
podem prestar serviços de alojamento turístico.
2 — Presume-se existir prestação de serviços de aloja- Deveres da entidade exploradora
mento turístico quando um imóvel ou fração deste esteja São deveres da entidade exploradora:
mobilado e equipado e sejam oferecidos ao público em
geral, além de dormida, serviços de limpeza e receção, por a) Publicitar os preços de tabela dos serviços de alo-
períodos inferiores a 30 dias. jamento oferecidos, mantê-los sempre à disposição dos
utentes e, relativamente aos demais serviços, disponibilizar
Artigo 44.º aos utentes os respetivos preços;
b) Informar os utentes sobre as condições de prestação
Exploração dos empreendimentos turísticos dos serviços e preços, previamente à respetiva contratação;
1 — Cada empreendimento turístico deve ser explorado c) Manter em bom estado de funcionamento todas as
instalações e equipamentos do empreendimento, incluindo
por uma única entidade, responsável pelo seu integral
as unidades de alojamento, efetuando as obras de conser-
funcionamento e nível de serviço e pelo cumprimento das vação ou de melhoramento necessárias, tendo em vista
disposições legais e regulamentares aplicáveis. o cumprimento dos requisitos gerais de instalação, bem
2 — [Revogado]. como os requisitos obrigatórios comuns exigidos para a
3 — Nos conjuntos turísticos (resorts), os empreendi- respetiva classificação em matéria de segurança, higiene
mentos turísticos que o integram podem ser explorados e de saúde pública, sem prejuízo do disposto no título
por diferentes entidades, que respondem diretamente pelo constitutivo de empreendimentos em propriedade plural
cumprimento das disposições legais e regulamentares. quanto à responsabilização pela realização de obras em
4 — Nos conjuntos turísticos (resorts), o funcionamento unidades de alojamento;
das instalações e equipamentos e os serviços de utilização d) Garantir que o empreendimento turístico mantém
comum obrigatórios, nos termos da classificação atribuída as condições e requisitos necessários que lhe permitiram
e do título constitutivo, são da responsabilidade da entidade obter a classificação que possui;
administradora do conjunto turístico (resort). e) Facilitar às autoridades competentes o acesso ao em-
5 — Caso o empreendimento turístico integre estabele- preendimento e o exame de documentos, livros e registos
cimentos comerciais ou de prestação de serviços, incluindo diretamente relacionadas com a atividade turística;
os estabelecimentos de restauração ou de bebidas, as res- f) Cumprir as normas legais, regulamentares e contra-
petivas entidades exploradoras respondem diretamente tuais relativas à exploração e administração do empreen-
pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares. dimento turístico.
6964 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

Artigo 47.º Artigo 51.º


Responsabilidade operacional Livro de reclamações

1 — Em todos os empreendimentos turísticos deve 1 — Os empreendimentos turísticos devem dispor de


haver um responsável, nomeado pela entidade explora- livro de reclamações, nos termos e condições estabelecidos
dora, a quem cabe zelar pelo seu funcionamento e nível na legislação aplicável.
de serviço. 2 — O original da folha de reclamação deve ser enviado
2 — O responsável operacional dos empreendimentos à ASAE, entidade competente para fiscalizar e instruir
turísticos de cinco, quatro e três estrelas designa-se por os processos de contraordenação previstos na legislação
diretor de hotel. referida no número anterior.
3 — A ASAE deve facultar ao Turismo de Portugal, I. P.,
o acesso às reclamações dos empreendimentos turísticos,
Artigo 48.º nos termos de protocolo a celebrar entre os dois organismos.
Acesso aos empreendimentos turísticos

1 — É livre o acesso aos empreendimentos turísticos, CAPÍTULO VIII


salvo o disposto nos números seguintes. Propriedade plural em empreendimentos turísticos
2 — A entidade exploradora ou o responsável pelo em-
preendimento turístico podem recusar o acesso ao mesmo, Artigo 52.º
a quem perturbe o seu funcionamento normal.
Noção
3 — O disposto no n.º 1 não prejudica, desde que de-
vidamente publicitadas: 1 — Consideram-se empreendimentos turísticos em
propriedade plural aqueles que compreendem lotes e ou
a) A possibilidade de afetação total ou parcial dos em-
frações autónomas de um ou mais edifícios.
preendimentos turísticos à utilização exclusiva por asso- 2 — As unidades de alojamento dos empreendimentos
ciados ou beneficiários das entidades proprietárias ou da turísticos podem constituir-se como frações autónomas
entidade exploradora; nos termos da lei geral.
b) A reserva temporária de parte ou da totalidade do
empreendimento turístico. Artigo 53.º
4 — A entidade exploradora dos empreendimentos tu- Regime aplicável
rísticos pode reservar para os utentes neles alojados e Às relações entre os proprietários dos empreendimentos
seus acompanhantes o acesso e a utilização dos serviços, turísticos em propriedade plural é aplicável o disposto
equipamentos e instalações do empreendimento. no presente decreto-lei e, subsidiariamente, o regime da
5 — As normas de funcionamento e de acesso ao em- propriedade horizontal.
preendimento devem ser devidamente publicitadas pela
entidade exploradora. Artigo 54.º
Título constitutivo
Artigo 49.º 1 — Os empreendimentos turísticos em propriedade
Período de funcionamento plural regem-se por um título constitutivo elaborado e
aprovado nos termos do presente decreto-lei.
1 — Sem prejuízo de disposição legal ou contratual, 2 — O título constitutivo a que se refere o número an-
nomeadamente no tocante à atribuição de utilidade turís- terior não pode conter disposições incompatíveis com o
tica ou de financiamentos públicos, os empreendimentos estabelecido em alvará de loteamento ou título constitutivo
turísticos podem estabelecer livremente os seus períodos da propriedade horizontal respeitantes aos imóveis que
de funcionamento. integram o empreendimento turístico.
2 — Os empreendimentos turísticos em propriedade 3 — O título constitutivo de empreendimento turístico
plural podem encerrar por decisão da maioria dos seus que se encontre instalado em edifício ou edifícios implan-
proprietários. tados num único lote consubstancia o título constitutivo da
3 — O período de funcionamento dos empreendi- propriedade horizontal do empreendimento, quando esta
mentos turísticos deve ser devidamente publicitado e não tenha sido previamente constituída, desde que conste
afixado em local visível ao público do exterior, exceto de escritura pública, de documento particular autenticado
quando o empreendimento esteja aberto todos os dias por entidade habilitada a fazê-lo nos termos da lei ou de
do ano. outro título de constituição da propriedade horizontal, e
abranja todas as frações do edifício ou edifícios onde está
instalado o empreendimento turístico, independentemente
Artigo 50.º do uso a que sejam afetas.
Sinais normalizados 4 — O título constitutivo é elaborado pelo promotor
da operação urbanística relativa à instalação do empreen-
Nas informações de caráter geral relativas aos empre- dimento ou pelo titular da autorização de utilização para
endimentos turísticos e aos serviços que neles são ofere- fins turísticos.
cidos devem ser usados os sinais normalizados constantes 5 — [Revogado].
de tabela a aprovar por portaria do membro do Governo 6 — O título constitutivo é registado nos serviços do
responsável pela área do turismo. registo predial previamente à celebração de qualquer con-
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6965

trato de transmissão ou contrato-promessa de transmissão dualizados, o valor relativo de cada um desses elementos
dos lotes ou frações autónomas, após verificação pelo componentes do conjunto turístico (resort), expresso em
conservador dos requisitos constantes do artigo seguinte, percentagem ou permilagem do valor total do empreen-
e é oficiosamente comunicado, preferencialmente por via dimento, o fim a que se destina cada um dos referidos
eletrónica, ao Turismo de Portugal, I. P.. empreendimentos turísticos, estabelecimentos e instala-
7 — Deve fazer parte integrante dos contratos-promessa ções ou equipamentos de exploração turística, bem como
de transmissão, bem como dos contratos de transmissão de as menções a que se referem as alíneas d) a l) do número
propriedade de lotes ou frações autónomas que integrem anterior, com as devidas adaptações.
o empreendimento turístico em propriedade plural, uma 3 — Do título constitutivo deve fazer também parte
cópia simples do título constitutivo devidamente registado, integrante um regulamento de administração do empreendi-
cópia simples do título referido no n.º 3 do artigo 45.º, mento, o qual deve reger, designadamente, a conservação,
bem como a indicação do valor da prestação periódica a fruição e o funcionamento das unidades de alojamento,
devida pelo titular daqueles lotes ou frações autónomas no das instalações e equipamentos de utilização comum e dos
primeiro ano, nos termos do título constitutivo, sob pena serviços de utilização comum.
de nulidade do contrato.
8 — O adquirente do direito sobre lote ou de fração Artigo 56.º
autónoma em empreendimento turístico com base no qual
tenha sido conferido à entidade exploradora do empreen- Prestação periódica
dimento o título referido no n.º 3 do artigo 45.º sucede 1 — O proprietário de um lote ou fração autónoma de
nos direitos e obrigações do transmitente daquele direito um empreendimento turístico em propriedade plural deve
perante a entidade exploradora. pagar à entidade administradora do empreendimento a
prestação periódica fixada de acordo com o critério de-
Artigo 55.º terminado no título constitutivo.
Menções do título constitutivo 2 — A prestação periódica destina-se a fazer face às
despesas de manutenção, conservação e funcionamento do
1 — O título constitutivo deve conter obrigatoriamente empreendimento, incluindo as das unidades de alojamento,
as seguintes menções: das instalações e equipamentos comuns e dos serviços de
a) A identificação da entidade exploradora do empre- utilização comuns do empreendimento, bem como a re-
endimento; munerar a prestação dos serviços de receção permanente,
b) A identificação e descrição física e registral das vá- de segurança e de limpeza das unidades de alojamento e
rias frações autónomas ou lotes, por forma a que fiquem das partes comuns do empreendimento.
perfeitamente individualizadas; 3 — Além do disposto no número anterior, a prestação
c) O valor relativo de cada fração autónoma ou lote periódica destina-se a remunerar os serviços do revisor
expresso em percentagem ou permilagem do valor total oficial de contas e a entidade administradora do empre-
do empreendimento; endimento, podendo suportar outras despesas desde que
d) O fim a que se destina cada uma das frações autó- previstas no título constitutivo.
nomas ou lotes; 4 — Consideram-se equipamentos comuns e serviços de
e) A identificação e descrição das instalações e equipa- utilização comum do empreendimento os que são exigidos
mentos do empreendimento; para a respetiva categoria, ou os que venham a ser definidos
f) A identificação dos serviços de utilização comum; na portaria prevista na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º
g) A identificação das infraestruturas urbanísticas que 5 — [Revogado].
servem o empreendimento, o regime de titularidade das 6 — Consideram-se instalações, serviços e equipamen-
mesmas e a referência ao contrato de urbanização estabe- tos de exploração turística os que são colocados à disposi-
lecido com a câmara municipal, quando exista; ção dos utentes do empreendimento pela respetiva entidade
h) A menção das diversas fases de construção do em- exploradora mediante retribuição específica.
preendimento, quando for o caso; 7 — Nos conjuntos turísticos (resorts), cada um dos
i) O critério de fixação e atualização da prestação perió- empreendimentos turísticos, estabelecimentos ou instala-
dica devida pelos proprietários e a percentagem desta que ções e equipamentos de exploração turística que integram
se destina a remunerar a entidade responsável pela admi- o empreendimento contribuem para os encargos comuns do
nistração do empreendimento, bem como a enumeração conjunto turístico (resort) na proporção do respetivo valor
dos encargos cobertos por tal prestação periódica; relativo fixado no título constitutivo do empreendimento,
j) Os deveres dos proprietários, designadamente os re- nos termos previstos no n.º 2 do artigo 55.º
lacionados com o tempo, o lugar e a forma de pagamento 8 — Os créditos relativos a prestações periódicas, bem
da prestação periódica; como aos respetivos juros moratórios, gozam do privilégio
l) Os deveres da entidade responsável pela administra- creditório imobiliário sobre a respetiva fração, graduado
ção do empreendimento, nomeadamente em matéria de após os mencionados nos artigos 746.º e 748.º do Código
conservação do empreendimento; Civil e aos demais previstos em legislação especial.
m) Os meios de resolução dos conflitos de interesses. 9 — Uma percentagem não inferior a 4 % da prestação
periódica deve ser afeta à constituição de um fundo de
2 — Do título constitutivo de um conjunto turístico (re- reserva destinado exclusivamente à realização de obras de
sort) constam a identificação da entidade administradora do reparação e conservação das instalações e equipamentos de
conjunto turístico (resort), a identificação e descrição dos uso comum e de outras despesas expressamente previstas
vários empreendimentos turísticos, dos estabelecimentos no título constitutivo.
ou instalações e equipamentos de exploração turística que 10 — Independentemente do critério de fixação da
o integram, por forma a que fiquem perfeitamente indivi- prestação periódica estabelecido no título constitutivo,
6966 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

aquela pode ser alterada por proposta do revisor oficial de utilização comum previstos no título constitutivo, bem
contas inserida no respetivo parecer, sempre que se revele como a manutenção e conservação dos espaços verdes
excessiva ou insuficiente relativamente aos encargos a de utilização coletiva, das infraestruturas viárias e das
que se destina e desde que a alteração seja aprovada em demais instalações e equipamentos de utilização cole-
assembleia convocada para o efeito. tiva integrantes do empreendimento, quando tenham
natureza privada.
Artigo 57.º
Deveres do proprietário Artigo 59.º
1 — Os proprietários de lotes ou frações autónomas Caução de boa administração e conservação
em empreendimentos turísticos em propriedade plural 1 — Nos empreendimentos em propriedade plural, a
não podem: entidade administradora do empreendimento deve prestar
a) Dar-lhes utilização diversa da prevista no título cons- caução de boa administração e conservação a favor dos
titutivo; proprietários das frações autónomas ou lotes, através de
b) Alterar a sua volumetria ou a configuração arquite- depósito bancário, seguro ou garantia bancária, emitida por
tónica exterior; uma entidade seguradora ou financeira da União Europeia,
c) Praticar quaisquer atos ou realizar obras, incluindo devendo o respetivo título ser depositado no Turismo de
pinturas, que afetem a continuidade ou unidade urbanística, Portugal, I. P.
ou paisagística, do empreendimento, ou que prejudiquem o 2 — O montante da caução corresponde ao valor
funcionamento ou utilização de instalações e equipamentos anual do conjunto das prestações periódicas devidas
de utilização comum; pelos proprietários das frações autónomas ou lotes que
d) Praticar quaisquer atos ou realizar obras que afetem integrem o empreendimento, podendo ser alterado por
a tipologia ou categoria do empreendimento; portaria do membro do Governo responsável pela área
e) Impedir a realização de obras de manutenção ou do turismo.
conservação da respetiva unidade de alojamento, por parte 3 — A caução só pode ser acionada por deliberação da
da entidade exploradora. assembleia geral de proprietários.
4 — A caução deve ser constituída antes da celebração
2 — A realização de obras pelos proprietários de lotes ou dos contratos de transmissão da propriedade dos lotes ou
frações autónomas, mesmo quando realizadas no interior das frações autónomas que integrem o empreendimento,
destes, carece de autorização prévia da entidade adminis- sob pena de nulidade dos mesmos.
tradora do empreendimento, sob pena de esta poder repor
a situação a expensas do respetivo proprietário. Artigo 60.º
3 — A entidade exploradora do empreendimento deve
ter acesso às unidades de alojamento do empreendimento, Prestação de contas
a fim de proceder à respetiva exploração turística, prestar 1 — A entidade administradora do empreendimento
os serviços de utilização comum e outros previstos no deve organizar anualmente as contas respeitantes à utili-
título constitutivo, proceder às vistorias convenientes para zação das prestações periódicas e submetê-las à apreciação
efeitos de conservação ou de executar obras de conservação de um revisor oficial de contas.
ou reposição. 2 — O relatório de gestão e as contas a que se refere
4 — Os créditos resultantes da realização de obras de- o número anterior são enviados a cada proprietário,
correntes do disposto no presente decreto-lei ou no título juntamente com a convocatória da assembleia geral
constitutivo, por parte da entidade exploradora do em- ordinária, acompanhados do parecer do revisor oficial
preendimento, bem como os respetivos juros moratórios,
de contas.
gozam do privilégio creditório imobiliário sobre o respe-
3 — Os proprietários têm o direito de consultar os ele-
tivo lote ou fração, graduado após os mencionados nos
artigos 746.º e 748.º do Código Civil e os previstos em mentos justificativos das contas e do relatório de gestão a
legislação especial. apresentar na assembleia geral.
4 — A entidade administradora deve ainda facul-
Artigo 58.º tar aos proprietários, na assembleia geral destinada a
aprovar o relatório de gestão e as contas respeitantes à
Administração utilização das prestações periódicas, a análise das con-
1 — A administração dos empreendimentos turísticos tas de exploração, bem como dos respetivos elementos
em propriedade plural incumbe à entidade exploradora, justificativos.
salvo quando esta seja destituída das suas funções, nos
termos do artigo 62.º Artigo 61.º
2 — A administração dos conjuntos turísticos (resorts) Programa de administração
incumbe a uma entidade administradora única, designada
no título constitutivo do conjunto turístico (resort). 1 — A entidade administradora dos empreendimentos
3 — A entidade administradora do empreendimento turísticos em propriedade plural deve elaborar um pro-
exerce as funções que cabem ao administrador do condo- grama de administração e de conservação do empreendi-
mínio, nos termos do regime da propriedade horizontal, mento para cada ano.
e é responsável pela administração global do empre- 2 — O programa deve ser enviado a cada proprietário
endimento, incumbindo-lhe, nomeadamente, assegu- juntamente com a convocatória da assembleia geral or-
rar o funcionamento e a conservação das instalações e dinária em que se procede à respetiva aprovação para o
equipamentos de utilização comum e dos serviços de ano seguinte.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6967

Artigo 62.º -lhes aplicável o disposto no Decreto-Lei n.º 167/97, de


Destituição da entidade administradora
4 de julho, alterado pelos Decretos-Leis n.os 305/99, de 6
de agosto, 55/2002, de 11 de março, e 217/2006, de 31 de
1 — Se a entidade administradora do empreendimento outubro, e seus regulamentos.
não cumprir as obrigações previstas no presente decreto- 2 — As entidades exploradoras de empreendimentos
-lei, a assembleia geral de proprietários pode destituí-la turísticos em propriedade plural que se encontram em
das suas funções de administração. funcionamento à data da entrada em vigor do presente
2 — A destituição só é eficaz se, no mesmo ato, for decreto-lei, mas que não disponham de título constitutivo,
nomeada uma nova entidade administradora e se a mesma devem proceder à respetiva elaboração e promoção da
vier a prestar a caução prevista no artigo 59.º no prazo de respetiva aprovação em assembleia geral de proprietários
15 dias. até 31 de dezembro de 2010.
3 — A assembleia de proprietários é convocada nos
Artigo 63.º termos do artigo anterior, devendo a convocatória ser
Assembleia geral de proprietários
acompanhada dos documentos a aprovar.
4 — A assembleia geral pode deliberar desde que este-
1 — A assembleia geral de proprietários integra todos jam presentes proprietários que representem um quarto do
os proprietários dos lotes ou frações que constituem o valor total do empreendimento, sendo as deliberações to-
empreendimento. madas por maioria dos votos dos proprietários presentes.
2 — Compete à assembleia geral: 5 — O título constitutivo a que se referem os números
anteriores deve integrar o regulamento de administração e
a) Eleger o presidente de entre os seus membros;
ser registado na conservatória do registo predial nos termos
b) Aprovar o relatório de gestão e as contas respeitantes
do disposto no n.º 6 do artigo 54.º
à utilização das prestações periódicas;
6 — A entidade exploradora deve enviar a cada um dos
c) Aprovar o programa de administração e conservação
proprietários uma cópia do título constitutivo devidamente
do empreendimento;
registado na conservatória do registo predial.
d) Aprovar, sob proposta do revisor oficial de contas,
7 — Às alterações aos títulos constitutivos dos empre-
a alteração da prestação periódica, nos casos previstos no
endimentos existentes são aplicáveis as normas do presente
n.º 9 do artigo 56.º;
capítulo.
e) Acionar a caução de boa administração;
f) Destituir a entidade administradora do empreendi-
mento, nos casos previstos no artigo 62.º; CAPÍTULO IX
g) Deliberar sobre qualquer outro assunto que lhe seja
submetido pela entidade administradora do empreendi- Declaração de interesse para o turismo
mento.
Artigo 65.º
3 — A assembleia geral é convocada pela entidade res- Declaração de interesse para o turismo
ponsável pela administração do empreendimento.
4 — A assembleia geral deve ser convocada por carta [Revogado].
registada, enviada pelo menos 30 dias de calendário antes
da data prevista para a reunião, no 1.º trimestre de cada ano. CAPÍTULO X
5 — A assembleia geral pode ser convocada pelo res-
petivo presidente sob proposta de proprietários que repre- Fiscalização e sanções
sentem 10 % dos votos correspondentes ao valor total do
empreendimento. Artigo 66.º
6 — São aplicáveis à assembleia geral as regras sobre
Competência de fiscalização e instrução de processos
quórum deliberativo previstas no regime da propriedade
horizontal. Sem prejuízo das competências das câmaras municipais
7 — As deliberações são tomadas por maioria simples previstas no regime jurídico da urbanização e edificação,
dos votos dos proprietários presentes ou representados, compete à ASAE fiscalizar o cumprimento do disposto
salvo: no presente decreto-lei, bem como instruir os respetivos
processos, exceto no que se refere a matéria de publicidade
a) Quando esteja em causa acionar a caução de boa
cuja competência pertence à Direção-Geral do Consumidor.
administração ou destituir a entidade administradora do
empreendimento, caso em que a deliberação deve ser to-
Artigo 67.º
mada pela maioria dos votos correspondentes ao valor total
do empreendimento; Contraordenações
b) Nos outros casos previstos no regime da propriedade
1 — Constituem contraordenações:
horizontal.
a) A oferta de serviços de alojamento turístico sem título
Artigo 64.º válido de abertura;
b) [Revogada];
Títulos constitutivos de empreendimentos existentes
c) O não cumprimento dos requisitos gerais de instala-
1 — As normas do presente capítulo não se aplicam ção previstos no artigo 5.º;
aos empreendimentos turísticos em propriedade plural d) O não cumprimento das condições de identificação,
cujo título constitutivo já se encontre aceite em depósito segurança no acesso, insonorização e comunicação com o
à data de entrada em vigor do presente decreto-lei, sendo- exterior previstas nos n.os 3, 4 e 5 do artigo 7.º;
6968 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

e) O desrespeito pelo número máximo de camas conver- aa) O não cumprimento dos deveres de prestação de
tíveis que podem ser instaladas nas unidades de alojamento contas previstos no artigo 60.º;
dos empreendimentos turísticos, tal como previsto no n.º 2 bb) O não cumprimento dos deveres relativos à elabo-
do artigo 8.º; ração e disponibilização aos proprietários de um programa
f) O desrespeito da capacidade máxima dos empreen- de administração e de conservação do empreendimento
dimentos turísticos, nos termos previstos nos n.os 1 e 4 do turístico em propriedade plural para cada ano, nos termos
artigo 8.º; previstos no artigo 61.º;
g) O desrespeito pela área máxima prevista para insta- cc) A falta de elaboração e promoção da respetiva
lações de caráter complementar destinadas a alojamento, aprovação em assembleia geral de proprietários de título
tal como estabelecido no n.º 4 do artigo 19.º; constitutivo para os empreendimentos turísticos em pro-
h) A não apresentação ou a apresentação fora do prazo da priedade plural já existentes, nos termos previstos no n.º 2
declaração referida no artigo 29.º e a falta de apresentação do artigo 64.º;
do requerimento necessário para proceder à reconversão dd) A falta de remessa a cada um dos proprietários de
da classificação previsto no n.º 2 do artigo 75.º; uma cópia do título constitutivo para os empreendimentos
i) A não afixação ou a afixação fora de prazo, no exterior, turísticos em propriedade plural, nos termos previstos no
da placa identificativa da classificação do empreendimento n.º 6 do artigo 64.º
turístico, tal como previsto nos n.os 7 e 8 do artigo 36.º;
j) A não comunicação da alteração dos elementos cons- 2 — As contraordenações previstas nas alíneas d), e),
tantes do registo no prazo de 10 dias após a sua verificação, i), j), m), s), u), v) e dd) do número anterior são punidas
nos termos do n.º 2 do artigo 40.º; com coima de (euro) 25 a (euro) 750, no caso de pessoa
k) A violação do disposto no artigo 41.º, em matéria de singular, e de (euro) 250 a (euro) 7 500, no caso de pessoa
identificação dos empreendimentos turísticos; coletiva.
l) A adoção de classificação ou de características que 3 — As contraordenações previstas nas alíneas f), g), h),
o empreendimento não possua na respetiva publicidade, k), l), r), t) e x) do n.º 1 são punidas com coima de (euro)
documentação comercial e merchandising, tal como pre- 125 a (euro) 3 250, no caso de pessoa singular, e de (euro)
visto no artigo 42.º; 1 250 a (euro) 32 500, no caso de pessoa coletiva.
m) O desrespeito pela regra da unidade da exploração 4 — As contraordenações previstas nas alíneas b), c),
prevista no n.º 1 do artigo 44.º; n), o), p), z), aa), bb) e cc) do n.º 1 são punidas com coima
n) O desrespeito pelo regime de exploração turística em de (euro) 1 000 a (euro) 3 740,98, no caso de pessoa sin-
permanência e de exploração continuada das unidades de gular, e de (euro) 10 000 a (euro) 44 891,82, no caso de
alojamento do empreendimento turístico, tal como pre- pessoa coletiva.
visto nos n.os 1 e 2 do artigo 45.º, e a falta de celebração 5 — A contraordenação prevista na alínea a) do n.º 1 é
de contrato de exploração com os proprietários ou a falta punida com coima de (euro) 2 500 a (euro) 3 740,98, no caso
de previsão no referido contrato dos termos da exploração de pessoa singular, e de (euro) 25 000 a (euro) 44 891,82,
turística das unidades de alojamento, da participação dos no caso de pessoa coletiva.
proprietários nos resultados da exploração das unidades
de alojamento e das condições da utilização destas pelos Artigo 68.º
respetivos proprietários, tal como previsto nos n.os 3 e 4 Sanções acessórias
do artigo 45.º;
o) A exploração das unidades de alojamento pelos respe- 1 — Em função da gravidade e da reiteração das con-
tivos proprietários ou a celebração de contratos que com- traordenações previstas no artigo anterior, bem como da
prometam o uso turístico das mesmas, tal como previsto culpa do agente, podem ser aplicadas as seguintes sanções
no n.º 6 do artigo 45.º; acessórias:
p) A violação pela entidade exploradora dos deveres a) Apreensão do material através do qual se praticou
previstos nas alíneas a) a c) e e) e f) do artigo 46.º; a infração;
q) [Revogada]; b) Suspensão, por um período até dois anos, do exercí-
r) A proibição de livre acesso aos empreendimentos cio da atividade diretamente relacionada com a infração
turísticos nos casos não previstos nos n.os 2, 3 e 4 do ar- praticada;
tigo 48.º; c) Encerramento, pelo prazo máximo de dois anos, do
s) A falta de publicitação das regras de funcionamento empreendimento ou das instalações onde estejam a ser
e acesso aos empreendimentos turísticos; prestados serviços de alojamento turístico sem título válido.
t) O encerramento de um empreendimento turístico em
propriedade plural, sem consentimento da maioria dos 2 — Quando for aplicada a sanção acessória de encerra-
seus proprietários; mento, o alvará, quando exista, é cassado e apreendido pela
u) A falta de publicitação do período de funcionamento câmara municipal, oficiosamente ou a pedido do Turismo
dos empreendimentos turísticos; de Portugal, I. P., ou da ASAE.
v) A não utilização de sinais normalizados, nos termos
previstos no artigo 50.º; Artigo 69.º
x) O desrespeito pelos proprietários de lotes ou frações
Negligência e tentativa
autónomas em empreendimentos turísticos do disposto nos
n.os 1 e 3 do artigo 57.º; 1 — A negligência é punível, sendo os limites mínimos
z) A falta de prestação de caução de boa administração e máximos das coimas reduzidos para metade.
e conservação pela entidade administradora do empreen- 2 — A tentativa é punível com a coima aplicável à con-
dimento, no termos previstos no n.º 1 do artigo 59.º; traordenação consumada, especialmente atenuada.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6969

Artigo 69.º-A Artigo 74.º


Regime subsidiário Sistema informático

Às contraordenações previstas no presente decreto-lei 1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pre-


aplica-se o regime geral do ilícito de mera ordenação social, sente decreto-lei é realizada informaticamente com recurso
constante do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, ao balcão do empreendedor previsto nos Decretos-Leis
alterado pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de 17 de outubro, n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, aces-
244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, sível através do Portal do Cidadão, ou ao sítio na Internet do
e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro. Turismo de Portugal, I. P., e das câmaras municipais, articu-
lado com o sistema informático previsto no artigo 8.º-A do
Artigo 70.º regime jurídico da urbanização e da edificação, nos termos a
definir por portaria dos membros do Governo responsáveis
Competência sancionatória pelas áreas da modernização administrativa, da adminis-
tração local, do ordenamento do território e do turismo.
1 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias 2 — Para o efeito previsto no número anterior, o Tu-
previstas no presente decreto-lei compete: rismo de Portugal, I. P., tem acesso permanente a toda a
a) À ASAE relativamente aos empreendimentos turísti- informação relativa a empreendimentos turísticos constante
cos referidos nas alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 4.º; do sistema informático previsto no regime jurídico da ur-
b) Às câmaras municipais, relativamente aos empre- banização e da edificação, independentemente da sujeição
endimentos turísticos referidos na alínea g) do n.º 1 do a parecer àquele instituto.
artigo 4.º 3 — Quando, por motivos de indisponibilidade das pla-
taformas eletrónicas, não for possível o cumprimento do
2 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias disposto no n.º 1, pode ser utilizado qualquer outro meio
legalmente admissível.
previstas no presente decreto-lei relativamente aos em-
preendimentos reconhecidos como turismo de natureza
ou associados a uma marca nacional de áreas integradas CAPÍTULO XI
no SNAC compete, respetivamente, à ASAE, se estes em-
Disposições finais e transitórias
preendimentos adotarem qualquer das tipologias previs-
tas nas alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 4.º, e às câmaras Artigo 75.º
municipais, se os referidos empreendimentos adotarem a
tipologia prevista na alínea g) do n.º 1 do artigo 4.º Empreendimentos turísticos, empreendimentos
de turismo no espaço rural, casas de natureza
e estabelecimentos de hospedagem existentes
Artigo 71.º
1 — O presente decreto-lei aplica-se aos empreendi-
Produto das coimas mentos turísticos existentes à data da sua entrada em vigor,
1 — O produto das coimas aplicadas pelas câmaras sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
municipais constitui receita dos respetivos municípios. 2 — Os empreendimentos turísticos, os empreendi-
2 — O produto das coimas aplicadas pela ASAE re- mentos de turismo no espaço rural e as casas de natureza
verte: existentes devem reconverter-se nas tipologias e catego-
rias estabelecidas no presente decreto-lei e nos diplomas
a) 60 % para o Estado; complementares emitidos ao abrigo do mesmo até 31 de
b) 40 % para a ASAE. dezembro de 2010.
c) [Revogada]. 3 — A reconversão da classificação prevista no número
anterior é atribuída pelo Turismo de Portugal, I. P., ou pela
Artigo 72.º câmara municipal, após realização de auditoria de classi-
ficação, a pedido do interessado, podendo ser dispensados
Embargo e demolição os requisitos exigidos para a atribuição da classificação,
Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a sempre que determinem a realização de obras que se re-
outras entidades, compete ao presidente da câmara mu- velem materialmente impossíveis ou que comprometam a
nicipal embargar e ordenar a demolição de obras realiza- rendibilidade do empreendimento, como tal reconhecidas
das em violação do disposto no presente decreto-lei, por pela entidade competente para a aprovação da classificação
sua iniciativa ou mediante comunicação do Turismo de ou, no caso de empreendimentos turísticos em propriedade
plural, quando os respetivos títulos constitutivos estiverem
Portugal, I. P., ou da ASAE.
aceites em depósito ou que estejam autorizados a comer-
cializar direitos reais de habitação periódica ou direitos de
Artigo 73.º habitação turística devidamente autorizados.
Interdição de utilização 4 — Caso os empreendimentos referidos no n.º 2 não
possam manter ou obter a classificação como empreendi-
A ASAE é competente para determinar a interdição mento turístico, nos termos do presente decreto-lei, são
temporária do funcionamento dos empreendimentos tu- reconvertidos, mediante mera comunicação prévia, em
rísticos, na sua totalidade ou em parte, quando a falta de modalidades de alojamento local.
cumprimento das disposições legais aplicáveis puser em 5 — As moradias turísticas existentes à data da entrada
causa a segurança dos utilizadores ou a saúde pública, em vigor do presente decreto-lei, licenciadas como tal ao
sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras abrigo de lei anterior a essa data, convertem-se automati-
entidades. camente em moradias de alojamento local.
6970 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

6 — [Revogado]. b) O Decreto-Lei n.º 47/99, de 16 de fevereiro, com as


7 — Os estabelecimentos de hospedagem licenciados alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 56/2002, de
pelas câmaras municipais ao abrigo dos respetivos regu- 11 de março, com exceção das disposições referentes à
lamentos convertem-se automaticamente em estabeleci- animação ambiental constantes dos n.os 2 e 3 do artigo 2.º
mentos de alojamento local. e dos artigos 8.º, 9.º e 12.º;
8 — O Turismo de Portugal, I. P., deve inscrever no c) O Decreto Regulamentar n.º 33/97, de 25 de setem-
RNET os empreendimentos turísticos reconvertidos nos bro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regula-
termos do n.º 2. mentar n.º 14/2002, de 12 de março;
9 — Os títulos válidos de abertura dos empreendimen- d) O Decreto Regulamentar n.º 34/97, de 25 de setembro,
tos turísticos, dos empreendimentos de turismo no espaço com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar
rural e das casas de natureza existentes à data de entrada n.º 14/99, de 14 de agosto, e pelo Decreto Regulamentar
em vigor do presente decreto-lei mantêm-se válidos, só n.º 6/2000, de 27 de abril;
sendo substituídos pelo alvará de autorização de utilização e) O Decreto Regulamentar n.º 36/97, de 25 de setem-
para fins turísticos na sequência de obras de ampliação, bro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regula-
reconstrução ou alteração. mentar n.º 16/99, de 18 de agosto;
10 — Aos títulos válidos de abertura referidos no nú- f) O Decreto Regulamentar n.º 22/98, de 21 de setembro,
mero anterior aplica-se o disposto no artigo 33.º, com as com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar
necessárias adaptações. n.º 1/2002, de 3 de janeiro;
11 — No caso dos empreendimentos turísticos converti- g) O Decreto Regulamentar n.º 20/99, de 13 de setem-
dos em estabelecimentos de alojamento local, os títulos de bro, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regula-
abertura existentes à data da entrada em vigor do presente mentar n.º 22/2002, de 2 de abril;
decreto-lei mantêm-se válidos, só sendo substituídos por h) O Decreto Regulamentar n.º 2/99, de 17 de fevereiro;
alvará de autorização de utilização para fins habitacionais na i) O Decreto Regulamentar n.º 13/2002, de 12 de março,
sequência de obras de ampliação, reconstrução ou alteração, com as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar
ou em qualquer outro momento, a pedido do interessado. n.º 5/2007, de 14 de fevereiro;
12 — Os empreendimentos turísticos em propriedade j) A Portaria n.º 1063/97, de 21 de outubro;
plural existentes à data da entrada em vigor do presente l) A Portaria n.º 1068/97, de 23 de outubro;
decreto-lei mantêm o regime de exploração turística pre- m) A Portaria n.º 1071/97, de 23 de outubro;
visto na legislação vigente aquando do respetivo licen- n) A Portaria n.º 930/98, de 24 de outubro;
ciamento, salvo se, por decisão unânime de todos os seus o) A Portaria n.º 1229/2001, de 25 de outubro.
proprietários, se optar pelo regime de exploração turística
previsto no presente decreto-lei. Artigo 78.º
Regiões Autónomas
Artigo 76.º
1 — O regime previsto no presente decreto-lei é aplicá-
Processos pendentes vel às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem
1 — Os processos pendentes regem-se pelas disposições prejuízo das adaptações decorrentes da estrutura própria
constantes no presente decreto-lei, salvo o disposto no da administração regional autónoma.
número seguinte. 2 — O produto das coimas cobradas nas Regiões Autó-
2 — As entidades promotoras ou exploradoras dos empre- nomas no âmbito da aplicação do presente decreto-lei, na
endimentos turísticos em propriedade plural cujos processos percentagem correspondente ao Estado, constitui receita
se encontram pendentes à data da entrada em vigor do pre- própria das Regiões Autónomas.
sente decreto-lei podem optar por aplicar o regime constante
dos capítulos VII e VIII do presente decreto-lei ou o regime Artigo 79.º
de exploração aplicável à data do início do procedimento. Entrada em vigor
3 — Para os efeitos previstos no n.º 2 do presente artigo,
O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias após a
consideram-se pendentes os processos relativos a operações
data da sua publicação.
de loteamento, pedidos de informação prévia e pedidos
de licenciamento de operações urbanísticas e pedidos de ANEXO II
classificação definitiva que tenham por objeto a instalação
de empreendimentos turísticos, de empreendimentos de (a que se refere o n.º 2 do artigo 10.º)
turismo no espaço rural e de casas de natureza.
Republicação do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio
Artigo 77.º
Norma revogatória
CAPÍTULO I
1 — É revogado o Decreto-Lei n.º 167/97, de 4 de
julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto- Disposições gerais
-Lei n.º 55/2002, de 11 de março, e pelo Decreto-Lei
n.º 217/2006, de 31 de outubro, bem como o Decreto-Lei Artigo 1.º
n.º 54/2002, de 11 de março. Objeto
2 — Com a entrada em vigor das portarias previstas no
O presente decreto-lei estabelece as condições de acesso
presente decreto-lei são revogados:
e de exercício da atividade das empresas de animação
a) O Decreto-Lei n.º 192/82, de 19 de maio; turística e dos operadores marítimo-turísticos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6971

Artigo 2.º b) «Atividades de turismo cultural», as atividades pe-


Âmbito de aplicação
destres ou transportadas, que promovam o contacto com
o património cultural e natural através de uma mediação
1 — Para efeitos do presente decreto-lei entende-se por: entre o destinatário do serviço e o bem cultural usufruído,
para partilha de conhecimento.
a) «Empresa de animação turística», a pessoa singular
ou coletiva que desenvolva, com caráter comercial, alguma
3 — Excluem-se do âmbito dos números anteriores:
das atividades de animação turística referidas no artigo
seguinte, incluindo o operador marítimo-turístico; a) A organização de campos de férias e similares;
b) «Operador marítimo-turístico», a empresa sujeita ao b) A organização de espetáculos, feiras, congressos,
Regulamento da Atividade Marítimo-Turística (RAMT), eventos de qualquer tipo e similares;
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31 de janeiro, c) O mero aluguer de equipamentos de animação, com
e alterado pelos Decretos-Leis n.os 178/2002, de 31 de exceção dos previstos no n.º 2 do artigo 4.º
julho, 269/2003, de 28 de outubro, 289/2007, de 17 de
agosto, e 108/2009, de 15 de maio, que desenvolva alguma Artigo 4.º
das atividades de animação turística referidas no n.º 2 do Tipo de atividades
artigo 4.º
1 — Sem prejuízo dos demais requisitos aplicáveis ao
2 — Consideram-se excluídas do âmbito de aplicação abrigo do presente decreto-lei, o exercício de atividades
do presente decreto-lei as visitas a museus, palácios e de animação turística:
monumentos nacionais, e outras atividades de extensão a) Dentro das áreas integradas no sistema nacional de
cultural, quando organizadas pela Direção-Geral do Patri- áreas classificadas (SNAC) e fora dos perímetros urbanos e
mónio Cultural ou pelas Direções Regionais de Cultura, da rede viária nacional, regional e local, aberta à circulação
considerando-se atividades de divulgação do património pública, depende do seu reconhecimento como turismo de
cultural nacional. natureza, nos termos previstos no artigo 20.º;
3 — Consideram-se igualmente excluídas do âmbito de b) Nas demais áreas do território nacional, não depende
aplicação do presente decreto-lei as atividades de informa- do seu reconhecimento como turismo de natureza, sendo
ção, visitação, educação e sensibilização das populações, este facultativo, nos termos previstos no artigo 20.º
dos agentes e das organizações na área da conservação da
natureza e da biodiversidade, que tenham em vista criar 2 — As atividades de animação turística desenvolvidas
uma consciência coletiva da importância dos valores na- mediante utilização de embarcações com fins lucrativos
turais, quando organizadas pelo Instituto da Conservação designam-se por atividades marítimo-turísticas e integram
da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), ou pelos as seguintes modalidades:
respetivos serviços dependentes.
a) Passeios marítimo-turísticos;
b) Aluguer de embarcações com tripulação;
CAPÍTULO II c) Aluguer de embarcações sem tripulação;
d) Serviços efetuados por táxi fluvial ou marítimo;
Âmbito da atividade das empresas e) Pesca turística;
de animação turística f) Serviços de natureza marítimo-turística prestados me-
diante a utilização de embarcações atracadas ou fundeadas
Artigo 3.º e sem meios de propulsão próprios ou selados;
Atividades de animação turística g) Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas
embarcações dispensadas de registo;
1 — São atividades de animação turística as atividades h) Outros serviços, designadamente os respeitantes a
lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultural, que serviços de reboque de equipamentos de caráter recreativo,
se configurem como atividades de turismo de ar livre ou tais como bananas, paraquedas, esqui aquático.
de turismo cultural e que tenham interesse turístico para
a região em que se desenvolvam, tais como as enuncia- 3 — As embarcações, com ou sem propulsão, e demais
das no anexo ao presente decreto-lei, que dele faz parte meios náuticos utilizados na atividade marítimo-turística
integrante. estão sujeitos aos requisitos e procedimentos técnicos,
2 — Para efeitos do presente decreto-lei, consideram-se: designadamente em termos de segurança, regulados por
a) «Atividades de turismo de ar livre», também deno- diploma próprio.
minadas por «atividades outdoor», de «turismo ativo» ou
de «turismo de aventura», as atividades que, cumulativa- Artigo 5.º
mente: Registo Nacional de Agentes de Animação Turística
i) Decorram predominantemente em espaços naturais, 1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 4 do ar-
traduzindo-se em vivências diversificadas de fruição, ex- tigo 29.º, apenas as empresas que tenham realizado a mera
perimentação e descoberta da natureza e da paisagem, comunicação prévia ou a comunicação prévia com prazo
podendo ou não realizar-se em instalações físicas equipadas através do Registo Nacional de Agentes de Animação Tu-
para o efeito; rística (RNAAT), acessível ao público através do balcão
ii) Suponham organização logística e ou supervisão do empreendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010,
pelo prestador; de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através
iii) Impliquem uma interação física dos destinatários do Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo de
com o meio envolvente; Portugal, I. P., nos termos previstos nos artigos 11.º e 13.º,
6972 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

podem exercer e comercializar, em território nacional, as soa diversa da constante no registo, declaração da empresa
atividades de animação turística definidas no artigo 3.º e contendo a identificação do profissional em exercício de
nos n.os 1 e 2 do artigo anterior. funções de visita guiada complementada com documento
2 — Quando pretendam exercer exclusivamente ativi- de identificação civil.
dades marítimo-turísticas, as empresas devem inscrever-se
no RNAAT como operadores marítimo-turísticos e apenas Artigo 6.º
podem exercer as atividades previstas no n.º 2 do artigo
Dever de informação
anterior.
3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de em- 1 — Antes da contratualização da prestação dos seus
preendimentos turísticos que exerçam atividades próprias serviços, as empresas de animação turística e os operadores
das empresas de animação turística como complementares marítimo-turísticos devem informar os clientes sobre as
à sua atividade principal estão sujeitas ao regime da mera características específicas das atividades a desenvolver, di-
comunicação prévia ou da comunicação prévia com prazo ficuldades e eventuais riscos inerentes, material necessário
através do RNAAT, nos termos previstos nos artigos 11.º e quando não seja disponibilizado pela empresa, aptidões
13.º, com isenção do pagamento das taxas a que se refere físicas e técnicas exigidas aos participantes, idade mínima
o artigo 16.º e máxima admitida, serviços disponibilizados e respetivos
4 — As associações, clubes desportivos, misericórdias, preços, e quaisquer outros elementos indispensáveis à
mutualidades, instituições privadas de solidariedade social realização das atividades em causa.
e entidades análogas podem exercer atividades próprias de 2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º do Decreto-
animação turística estando isentas de inscrição no RNAAT, -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, antes do início da ativi-
desde que cumpram cumulativamente os seguintes requi- dade, deve ser prestada aos clientes informação completa e
sitos: clara sobre as regras de utilização de equipamentos, legis-
a) A organização e venda das atividades não tenham lação ambiental relevante e procedimentos a cumprir nas
fim lucrativo; diferentes situações de perigo ou emergência previsíveis,
b) As atividades se dirijam única e exclusivamente aos bem como informação relativa à formação e experiência
seus membros ou associados e não ao público em geral; profissional dos seus colaboradores.
c) As atividades tenham caráter esporádico e não sejam 3 — [Revogado].
realizadas de forma contínua ou permanente, salvo se fo-
rem desenvolvidas por entidades de cariz social, cultural Artigo 7.º
ou desportivo; Desempenho ambiental
d) Obedeçam, na realização de transportes, ao disposto
no artigo 26.º, com as devidas adaptações; 1 — As atividades de animação turística devem realizar-
e) No caso de serem utilizadas embarcações e demais -se de acordo com as disposições legais e regulamentares
meios náuticos, estes cumpram os requisitos e procedi- em matéria de ambiente e, sempre que possível, contribuir
mentos técnicos, designadamente em termos de segurança, para a preservação do ambiente, nomeadamente maximi-
regulados por diploma próprio. zando a eficiência na utilização dos recursos e minimizando
a produção de resíduos, ruído, emissões para a água e para
5 — As entidades a que se refere o número anterior estão a atmosfera e os impactes no património natural.
obrigadas a celebrar um seguro de responsabilidade civil e 2 — As atividades de animação turística devem, no-
de acidentes pessoais que cubra os riscos decorrentes das meadamente, obedecer às normas a que as empresas se
atividades a realizar e, quando se justifique, um seguro encontrem vinculadas ao abrigo do disposto nos regimes
de assistência válido no estrangeiro, nos termos previstos jurídicos da conservação da natureza e da biodiversidade
no capítulo VII e na portaria a que se refere o n.º 2 do e dos instrumentos de gestão territorial.
artigo 27.º, aplicando-se-lhes igualmente a admissibili-
dade de garantia financeira ou instrumento equivalente, Artigo 8.º
nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-Lei Identificação das empresas de animação turística
n.º 92/2010, de 26 de julho, devidamente adaptados. e dos operadores marítimo-turísticos
6 — Sem prejuízo do cumprimento da demais legislação
aplicável, as entidades referidas no n.º 4 que pretendam 1 — As denominações de «empresa de animação tu-
exercer as atividades referidas na alínea a) do n.º 1 do rística» e de «operador marítimo-turístico» só podem ser
artigo 4.º devem enviar ao ICNF, I. P., a declaração de usadas por empresas que exerçam e comercializem le-
adesão formal ao código de conduta previsto no n.º 1 do galmente em território nacional, nos termos do presente
artigo 20.º, aplicável com as devidas adaptações. decreto-lei, as atividades de animação turística definidas
7 — As empresas de animação turística registadas no no artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 4.º
RNAAT, que no âmbito das suas atividades desenvol- 2 — Em contratos, correspondência, publicações, anún-
vam percursos pedestres urbanos ou visitas guiadas a mu- cios e em toda a atividade externa, as empresas de anima-
seus, palácios, monumentos e sítios históricos, incluindo ção turística e os operadores marítimo-turísticos devem in-
arqueológicos, têm direito a entrada livre nos recintos, dicar o número de registo, nacional ou do Estado-Membro
palácios, museus, monumentos, sítios históricos e arque- da União Europeia ou do espaço económico europeu de
ológicos, do Estado e das autarquias locais, quando em estabelecimento, quando aplicável, e a localização da sua
exercício de funções e durante as horas de abertura ao sede, sem prejuízo de outras referências obrigatórias nos
público. termos do Código das Sociedades Comerciais e demais
8 — A gratuitidade de entrada nos locais referidos no legislação aplicável.
número anterior apenas é garantida mediante exibição de 3 — A utilização de marcas por empresas de anima-
documento comprovativo do registo e, tratando-se de pes- ção turística e operadores marítimo-turísticos inscritos no
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6973

RNAAT carece, nos termos do artigo 10.º, de comunicação Artigo 10.º


ao Turismo de Portugal, I. P.. Obrigação de comunicação
4 — A designação «turismo de natureza» e o respetivo
logótipo só podem ser usados por empresas cujas ativi- 1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
dades sejam reconhecidas como tal, nos termos previstos qualquer alteração aos elementos constantes do registo de
no artigo 20.º empresas estabelecidas em território nacional, nos termos
5 — [Revogado]. referidos no n.º 2 do artigo anterior, incluindo a abertura
de novos estabelecimentos ou formas de representação
locais, o encerramento de estabelecimento ou a cessação
CAPÍTULO III da atividade da empresa em território nacional, deve ser co-
Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística municada ao Turismo de Portugal, I. P., através do RNAAT,
no prazo de 30 dias após a respetiva verificação.
Artigo 9.º 2 — A atualização dos elementos indicados na alínea g)
do n.º 2 do artigo anterior segue os termos dos n.os 6 a 8
Elementos do RNAAT do artigo 27.º
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém 3 — A comunicação prevista nos números anteriores
atualizado o RNAAT, que integra o registo das empresas destina-se à atualização do RNAAT.
de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos 4 — A alteração dos elementos do registo deve ser co-
que tenham realizado mera comunicação prévia e comuni- municada pelo Turismo de Portugal, I. P., às entidades
cação prévia com prazo, quando aplicável, nos termos do competentes em razão da matéria a que se reporte a al-
presente decreto-lei, acessível ao público através do balcão teração.
do empreendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010,
de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através Artigo 10.º-A
do Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo Informação pública no RNAAT
de Portugal, I. P..
1 — O Turismo de Portugal, I. P., publicita, através do
2 — O registo das empresas de animação turística e
RNAAT, a cessação da atividade das empresas de animação
dos operadores marítimo-turísticos inscritos no RNAAT
turística e dos operadores marítimo-turísticos nele regis-
contém:
tados por um período superior a 90 dias sem justificação
a) A firma ou denominação social da entidade registada atendível bem como as situações de irregularidade verifi-
para o exercício de atividades de animação turística, ou o cadas no exercício da sua atividade, durante o período em
nome no caso de se tratar de pessoa singular; que as mesmas se verifiquem, nomeadamente, as seguintes:
b) Sempre que estabelecidos em território nacional, o a) Incumprimento da obrigação de envio ao Turismo de
tipo, a sede ou estabelecimento principal, a conservatória Portugal, I. P., do comprovativo de que as devidas apólices
do registo onde se encontrem matriculadas, o seu número de seguro obrigatórias, ou de seguros, garantias financeiras
de matrícula e de identificação de pessoa coletiva, caso ou instrumentos equivalentes se encontram em vigor, em
exista, o objeto social ou estatutário ou, no caso de se tratar violação do disposto nos n.os 6 a 8 do artigo 27.º;
de pessoa singular, o respetivo número de identificação b) Verificação de irregularidades graves na gestão da
fiscal e código da atividade económica, assim como, em empresa ou incumprimento grave perante fornecedores
qualquer dos casos, a localização de todos os estabeleci- ou consumidores, que sejam suscetíveis de pôr em risco
mentos em território nacional; os interesses destes ou as condições normais de funciona-
c) [Revogada]; mento do mercado neste setor.
d) A identificação pormenorizada das atividades de ani-
mação que a empresa estabelecida em território nacional 2 — A dissolução das empresas de animação turística e
exerce; dos operadores marítimo-turísticos registados no RNAAT
e) Referência ao reconhecimento de atividades como dá lugar ao imediato cancelamento da sua inscrição na-
turismo de natureza, quando aplicável; quele registo.
f) As marcas utilizadas pela empresa estabelecida em
território nacional;
g) Os números das apólices de seguros obrigatórios, ou CAPÍTULO IV
de seguros, garantias financeiras ou instrumentos equi-
valentes, quando exigíveis nos termos do artigo 27.º, o Mera comunicação prévia para inscrição no RNAAT
respetivo prazo de validade e o montante garantido, ou
a referência à isenção de que goza, nos termos dos arti- Artigo 11.º
gos 28.º ou 28.º-A, conforme o caso aplicável; Acesso à atividade de animação turística
h) As sanções aplicadas;
i) As menções distintivas de qualidade quando as mes- 1 — O exercício de atividades de animação turística
mas constem da comunicação prévia referida no número depende de:
anterior. a) Inscrição no RNAAT pela regular apresentação de
mera comunicação prévia, tal como definida na alínea b)
3 — O RNAAT deve ser indexado no sistema de pes- do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de
quisa online de informação pública previsto no artigo 49.º julho, sem prejuízo do disposto no artigo 29.º;
do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, alterado pelos b) Contratação dos seguros obrigatórios ou dos seguros,
Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de março, 72-A/2010, garantias financeiras ou instrumentos equivalentes, nos
de 18 de junho, e 73/2014, de 13 de maio. termos dos artigos 27.º a 28.º-A.
6974 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

2 — A inscrição no RNAAT das empresas estabelecidas quanto à finalidade, a que o requerente já tenha sido sub-
em território nacional é realizada através de formulário metido em território nacional ou noutro Estado-Membro
eletrónico acessível ao público através do balcão do em- da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.
preendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 7 — O disposto no número anterior não é aplicável
de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através do ao cumprimento das condições referentes diretamente às
Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo de instalações físicas localizadas em território nacional, nem
Portugal, I. P., e deve incluir: aos respetivos controlos por autoridade competente.
a) A identificação do interessado;
Artigo 12.º
b) [Revogada];
c) A localização da sede, ou do domicílio no caso de Tramitação
se tratar de pessoa singular, e dos estabelecimentos em
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, re-
território nacional;
gularmente recebida a mera comunicação prévia por via
d) A indicação do nome adotado para o estabelecimento
eletrónica é automaticamente enviado um recibo de receção
e de marcas que a empresa pretenda utilizar;
ao remetente, o qual pode iniciar a sua atividade, desde que
e) As atividades de animação turística que a empresa
se encontrem pagas as taxas a que se refere o artigo 16.º,
pretenda exercer, especificando, no caso das atividades
quando devidas.
marítimo-turísticas, as modalidades a exercer;
2 — Caso o interessado, obrigado ao pagamento da
f) A indicação do interesse em obter o reconhecimento
quantia a que se refere o artigo 16.º a ele não tenha pro-
de atividades como turismo de natureza, quando se veri-
cedido previamente à realização da mera comunicação
fique.
prévia, ou pretendendo exercer a sua atividade, por na-
tureza sem riscos assinaláveis, de forma notoriamente
3 — Sem prejuízo do disposto na alínea d) do artigo 5.º
perigosa nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º,
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, a mera comu-
não tenha ainda assim apresentado o comprovativo re-
nicação prévia referida no número anterior é instruída com
ferido na alínea d) do n.º 3 do artigo anterior, o Turismo
os seguintes elementos:
de Portugal, I. P., notifica-o, no prazo de cinco dias, para
a) [Revogada]; proceder ao pagamento daquela quantia ou à apresentação
b) Extrato em forma simples do teor das inscrições daquele comprovativo, suspendendo o registo da empresa
em vigor no registo comercial ou código de acesso à res- até ao cumprimento do solicitado.
petiva certidão permanente ou, no caso de se tratar de 3 — No prazo de 10 dias a contar da data da comunica-
pessoa singular, cópia simples da declaração de início de ção prévia ou do cumprimento do solicitado nos termos do
atividade; número anterior, o Turismo de Portugal, I. P., comunica à
c) Indicação do número de registo, na autoridade com- Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços
petente, das marcas que pretenda utilizar; Marítimos (DGRM), à Direção-Geral da Autoridade Marí-
d) Cópia simples das apólices de seguro obrigatório e tima (DGAM) e à Agência Portuguesa do Ambiente, I. P.,
comprovativo do pagamento do prémio ou fração inicial, o registo de operadores marítimo-turísticos e de empresas
ou comprovativo de contratação e validade dos seguros, de animação turística cujo projeto de atividades inclua o
garantias financeiras ou instrumentos equivalentes nos exercício de atividades marítimo-turísticas e, no caso da
termos dos artigos 27.º e 28.º, quando aplicável; DGRM, ainda quando o exercício dessas atividades tam-
e) Programa detalhado das atividades a desenvolver, bém inclua a modalidade da pesca turística.
com indicação dos equipamentos a utilizar; 4 — No prazo previsto no número anterior, o Turismo
f) Declaração de compromisso em como os equipa- de Portugal, I. P., comunica ainda ao ICNF, I. P., o registo
mentos e as instalações, quando existam, satisfazem os de empresas de animação turística que tenham obtido reco-
requisitos legais; nhecimento como turismo de natureza nos termos previstos
g) Documentos previstos no artigo 20.º e na portaria nos n.os 1 e 6 do artigo 20.º
prevista no respetivo n.º 4, quando se pretenda o reconhe-
cimento de atividades como turismo de natureza; Artigo 13.º
h) Comprovativo do pagamento das taxas a que se refere
Reconhecimento de atividades de turismo de natureza
o artigo 16.º, nos casos em que sejam devidas.
1 — O exercício de atividades de animação turística
4 — Quando algum dos elementos referidos no número fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como
anterior se encontrar disponível na Internet, a respetiva definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei
apresentação pode ser substituída por uma declaração do n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente pretenda
interessado que indique o endereço do sítio onde aquele obter o reconhecimento das suas atividades como turismo
documento pode ser consultado e autorize, se for caso de natureza nos casos previstos no n.º 2 do artigo 20.º
disso, a sua consulta. 2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos
5 — A inscrição no RNAAT de empresas em regime casos e nos termos previstos no n.º 2 do artigo 20.º per-
de livre prestação de serviços em território nacional é mite ao interessado iniciar atividade com o deferimento
realizada na sequência da comunicação prévia referida da pretensão ou, na ausência de resposta ao pedido de
no n.º 2 do artigo 29.º reconhecimento, no prazo de 20 dias.
6 — Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do 3 — O prazo referido no número anterior é contado a
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, não pode haver partir do momento do pagamento das taxas devidas nos
duplicação entre as condições exigíveis para o cumpri- termos do artigo 16.º, quando o mesmo seja efetuado na
mento dos procedimentos previstos no presente decreto-lei data da comunicação prévia ou em data posterior, ou da
e os requisitos e os controlos equivalentes, ou comparáveis realização da comunicação prévia, quando não sejam devi-
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6975

das taxas ou quando o seu pagamento tenha sido efetuado tica e os operadores marítimo-turísticos ficam isentos da
em data anterior ao da realização da comunicação prévia, obrigação de obtenção de permissões administrativas e
valendo o recibo de receção da comunicação como com- do pagamento de quaisquer outras taxas exigidas para o
provativo de reconhecimento. exercício das atividades abrangidas pelo presente decreto-
4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo ao -lei, sendo contudo devido o pagamento das:
ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado da
a) Taxas relativas a licenças individuais de pesca tu-
receção da comunicação prévia com prazo, para apreciação
rística quando seja exercida esta modalidade da atividade
nos termos previstos no artigo 20.º
marítimo-turística;
5 — Caso o ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo refe-
b) Taxas e cauções, devidas pela emissão de títulos de
rido no n.º 2, presume-se o respetivo reconhecimento.
utilização privativa de recursos hídricos nos termos do
6 — O reconhecimento de atividades de turismo de
disposto no artigo 59.º na Lei da Água, aprovada pela Lei
natureza pode ser requerido aquando da mera comunicação
n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e alterada pelos Decretos-
prévia para inscrição no RNAAT, prevista na alínea a) do
-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 130/2012, de
n.º 1 do artigo 11.º, ou em momento posterior.
22 de junho, e respetiva legislação complementar e regu-
lamentar, quando esteja em causa a reserva de áreas do
Artigo 14.º domínio público hídrico para o exercício da atividade ou
[Revogado]. instalação de estruturas de apoio ou quando tal utilização
implicar alteração no estado dos recursos ou colocar esse
Artigo 15.º estado em perigo.
[Revogado]. Artigo 16.º-A
Acesso de empresas de animação turística às atividades
Artigo 16.º próprias das agências de viagens e turismo
Taxas
1 — As empresas de animação turística que pretendam
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, pela inscrição no exercer atividades próprias das agências de viagens e tu-
RNAAT de empresas de animação turística estabelecidas rismo devem:
em território nacional é devida uma taxa de 135,00 EUR a) Efetuar a mera comunicação prévia através do Re-
ou, no caso de empresas cuja atividade seja exclusivamente gisto Nacional de Agentes de Viagens e Turismo (RNAVT),
o desenvolvimento, em ambiente urbano, de percursos acessível ao público através do balcão do empreendedor
pedestres e visitas a museus, palácios e monumentos e, previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho,
simultaneamente, se encontrem isentas da obrigação de e 48/2011, de 1 de abril, disponível através do Portal do
contratação dos seguros previstos no artigo 27.º, nos termos Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P.,
da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º, de 90,00 EUR. ou a apresentação da documentação relativa às garantias
2 — [Revogado]. referidas na alínea seguinte, através dos mesmos meios,
3 — Quando se trate de microempresas, os valores pre- em caso de livre prestação de serviços;
vistos no n.º 1 são reduzidos, respetivamente, para 90,00 b) Prestar as garantias exigidas para o exercício da ati-
e 20,00 EUR. vidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 61/2011,
4 — [Revogado]. de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 199/2012, de
5 — Os valores das taxas referidos nos n.os 1 e 3 são 24 de agosto;
atualizados a 1 de março, de três em três anos, a partir de c) Cumprir os demais requisitos exigidos para o exer-
2016, com base na média de variação do índice médio de cício da atividade nos termos previstos no Decreto-Lei
preços ao consumidor no continente, relativo aos três anos n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei
anteriores, excluindo a habitação, e publicado pelo Instituto n.º 199/2012, de 24 de agosto.
Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.).
6 — Consideram-se microempresas as empresas certifi- 2 — As empresas referidas no número anterior, quando
cadas como tal de acordo com o Decreto-Lei n.º 372/2007, estabelecidas em território nacional, pagam a diferença
de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2009, entre o valor devido ao abrigo do n.º 4 do artigo 8.º do
de 16 de junho, no momento em que sejam devidas as taxas Decreto-Lei n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo
referidas nos números anteriores. Decreto-Lei n.º 199/2012, de 24 de agosto, e o valor das
7 — O produto das taxas referidas nos n.os 1 e 3, reverte taxas pagas no âmbito do regime jurídico da atividade de
em: animação turística e dos operadores marítimo-turísticos.
a) 20 % para o ICNF, I. P.;
b) 20 % para a DGRM; Artigo 17.º
c) 20 % para a DGAM;
[Revogado].
d) 40 % para o Turismo de Portugal, I. P..
Artigo 18.º
8 — O reconhecimento de atividades de animação tu-
rística como turismo de natureza, independentemente do [Revogado].
momento em que seja requerido, está isento de qualquer
taxa para além da que seja devida ao abrigo do disposto Artigo 19.º
nos n.os 1 ou 3.
Sistema de informação
9 — Sem prejuízo do disposto no artigo 25.º, com a
inscrição no RNAAT e o pagamento das taxas a que se 1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pre-
refere o presente artigo, as empresas de animação turís- sente decreto-lei é realizada de forma desmaterializada,
6976 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

através do RNAAT, acessível ao público através do balcão Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, alterado pelo
do empreendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, Decreto-Lei n.º 143/2009, de 16 de junho.
de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através 4 — O reconhecimento de atividades como turismo de
do Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo natureza compete ao ICNF, I. P., nos termos definidos por
de Portugal, I. P., os quais, entre outras funcionalidades, portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas
permitem: da conservação da natureza e do turismo.
5 — A portaria referida no número anterior aprova o
a) O envio da mera comunicação prévia, da comunica- código de conduta previsto no n.º 1 e na alínea a) do n.º 2,
ção prévia com prazo e, em ambos os casos, dos respetivos determina os critérios a que deve obedecer o projeto de
documentos; conservação referido na alínea b) do n.º 2, estabelece as
b) A comunicação de alterações aos dados constantes condições de validade do reconhecimento como turismo
do RNAAT; de natureza e aprova o respetivo logótipo.
c) As comunicações com o interessado; 6 — As empresas proprietárias ou exploradoras de em-
d) [Revogada]; preendimentos turísticos reconhecidos como turismo de
e) [Revogada]; natureza que exerçam atividades próprias de animação
f) [Revogada]. turística, nos termos previstos no n.º 3 do artigo 5.º, usu-
fruem do reconhecimento destas atividades como turismo
2 — A comunicação com as diferentes entidades com de natureza por mera comunicação prévia da qual conste
competência no âmbito do presente decreto-lei é realizada a sua identificação como proprietária ou exploradora de
de forma desmaterializada, por meio da integração e garan- empreendimento de turismo de natureza devidamente re-
tia de interoperacionalidade entre os respetivos sistemas conhecido.
de informação.
3 — É atribuído um número de referência a cada pro- Artigo 20.º-A
cesso no início da tramitação que é mantido em todos os
Marca nacional de áreas integradas no sistema
documentos em que se traduzem os atos e formalidades nacional de áreas classificadas
da competência do Turismo de Portugal, I. P., ou da com-
petência de qualquer das entidades intervenientes. 1 — As empresas de animação turística podem aderir
4 — As funcionalidades do sistema de informação in- a uma marca nacional de produtos e serviços das áreas
cluem a rejeição liminar de operações de cuja execução integradas no SNAC.
resultariam vícios ou deficiências de instrução, designa- 2 — A aprovação da adesão das empresas de animação
damente recusando o recebimento de comunicações que turística à marca nacional mencionada no número ante-
contenham manifestas falhas de instrução do processo. rior compete ao ICNF, I. P., e depende do cumprimento
5 — Os sistemas de informação produzem notificações dos critérios definidos por regulamento específico deste
automáticas para as entidades envolvidas sempre que novos instituto
elementos sejam adicionados ao processo.
Artigo 21.º
CAPÍTULO V [Revogado].

Turismo de natureza Artigo 22.º


[Revogado].
Artigo 20.º
Turismo de natureza Artigo 23.º
1 — O reconhecimento de atividades de animação turís- [Revogado].
tica como turismo de natureza nos casos de micro, peque-
nas ou médias empresas, sem prejuízo do disposto no n.º 6, Artigo 24.º
e de prestadores não estabelecidos em território nacional, a
[Revogado].
operar nos termos previstos no artigo 29.º, depende de mera
comunicação prévia, nos termos previstos no artigo 11.º,
instruída com a declaração de adesão formal ao código de CAPÍTULO VI
conduta das empresas que exercem atividades de animação
turística reconhecidas como turismo de natureza. Instalações e equipamento
2 — O reconhecimento de atividades de animação tu-
rística como turismo de natureza nos casos não abrangidos Artigo 25.º
pelo disposto no número anterior, sem prejuízo do disposto Instalações, equipamento e material
no n.º 6, depende de comunicação prévia com prazo, nos
termos previstos no artigo 13.º, instruída com os seguintes 1 — Quando as empresas de animação turística dispo-
elementos: nham de instalações fixas, estas devem satisfazer as normas
vigentes para cada tipo de atividade e devem encontrar-se
a) Declaração de adesão formal ao código de conduta licenciadas ou autorizadas, pelas entidades competentes,
referido no n.º 1; nos termos da legislação aplicável.
b) Projeto de conservação da natureza. 2 — A inscrição no RNAAT não substitui qualquer ato
administrativo de licenciamento ou autorização legalmente
3 — Consideram-se micro, pequenas e médias empre- previstos para a utilização de equipamentos, infraestruturas
sas as empresas certificadas como tal de acordo com o ou implementação prática de um estabelecimento, inicia-
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6977

tiva, projeto ou atividade, nem constitui prova do respeito 2 — A cobertura obrigatória e demais aspetos do fun-
pelas normas aplicáveis aos mesmos, nem isenta os res- cionamento dos seguros referidos no número anterior são
petivos promotores da responsabilidade civil ou criminal definidos em portaria dos membros do Governo respon-
que se possa verificar por força de qualquer ato ilícito sáveis pelas áreas das finanças e da economia.
relacionado com a atividade. 3 — No caso dos operadores marítimo-turísticos e das
empresas de animação turística que exerçam atividade
Artigo 26.º marítimo-turística, o seguro de responsabilidade civil
Utilização de meios de transporte previsto na alínea c) do n.º 1 fica ainda sujeito às regras
específicas previstas no anexo III do RAMT.
1 — Na realização de passeios turísticos ou transporte 4 — Nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-
de clientes no âmbito das suas atividades, e quando uti- -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, considera-se cumprida a
lizem veículos automóveis com lotação superior a nove obrigação de celebração dos seguros referidos nos núme-
lugares, as empresas de animação turística devem estar ros anteriores pelas empresas e operadores estabelecidos
licenciadas para a atividade de transportador público ro- noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço
doviário de passageiros ou recorrer a entidade habilitada económico europeu que tenham as respetivas atividades a
para o efeito nos termos da legislação aplicável. exercer em território nacional cobertas por seguro, garantia
2 — Os veículos automóveis utilizados no exercício das financeira ou instrumento equivalente aos seguros exigi-
atividades previstas no número anterior com lotação supe-
dos nos termos dos números anteriores e dos artigos 28.º
rior a nove lugares devem ser sujeitos a prévio licencia-
e 28.º-A.
mento pelo Instituto de Mobilidade e dos Transportes, I. P.
(IMT, I. P.), ou estar abrangidos por licença europeia emi- 5 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º
tida em qualquer Estado-Membro de estabelecimento, nos e 28.º-A, nenhuma empresa de animação turística ou ope-
termos do Regulamento (CE) n.º 1073/2009, do Parlamento rador marítimo-turístico pode iniciar ou exercer a sua ativi-
Europeu e do Conselho, de 21 de outubro, ou, quando a dade sem fazer prova junto do Turismo de Portugal, I. P., de
utilização se restrinja a operações de cabotagem, cumprir ter contratado os seguros exigidos nos termos dos n.os 1 a 3,
os requisitos respetivos, nos termos daquele Regulamento. ou seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
3 — Na realização de passeios turísticos ou transporte nos termos do número anterior.
de clientes no âmbito das suas atividades, o transporte em 6 — As empresas de animação turística e os operadores
veículos automóveis com lotação até nove lugares pode ser marítimo-turísticos estabelecidos em território nacional
efetuado pelas próprias empresas de animação turística, devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P., comunicação
desde que os veículos utilizados sejam da sua propriedade, a informar da revalidação das apólices de seguro obri-
ou objeto de locação financeira, aluguer de longa duração gatório ou de seguro, garantia financeira ou instrumento
ou aluguer operacional de viaturas (renting), se a empresa equivalente anteriormente contratado, acompanhada de
de animação turística for a locatária, ou ainda quando documento comprovativo, no prazo de 30 dias a contar
recorram a entidades habilitadas para o transporte. da data do respetivo vencimento ou desadequação da res-
4 — Nos transportes de passeios turísticos ou transporte petiva garantia.
de clientes em veículos com lotação até nove lugares, o 7 — As empresas de animação turística e os opera-
motorista deve ser portador do seu horário de trabalho e dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados-
de documento que contenha a identificação da empresa, a -Membros da União Europeia ou do espaço económico
especificação do evento, iniciativa ou projeto, a data, a hora europeu que prestem serviços de animação turística em
e o local de partida e de chegada, que exibirá a qualquer território nacional em regime de livre prestação de servi-
entidade competente que o solicite. ços, sempre que se verifique que o seguro obrigatório ou
o seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
CAPÍTULO VII comunicado nos termos do n.º 2 do artigo 29.º já não se
encontra válido ou adequado às atividades desenvolvidas
Das garantias financeiras em território nacional, devem comprovar perante o Turismo
de Portugal, I. P., por comunicação, a subscrição de novo
Artigo 27.º instrumento e a respetiva validade.
Seguros obrigatórios
8 — A comunicação prevista no número anterior deve
ser efetuada no prazo de 30 dias a contar da data do ven-
1 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º cimento do instrumento anterior ou da desadequação da
e 28.º-A, as empresas de animação turística e os operadores sua garantia, no caso de a empresa se encontrar à data a
marítimo-turísticos que exerçam atividade em território prestar serviços em Portugal, ou, no caso contrário, no
nacional estão obrigados a celebrar e a manter válidos prazo de 30 dias a contar da sua reentrada em território
seguros que cubram os riscos para a saúde e segurança nacional.
dos destinatários dos serviços ou de terceiros decorrentes 9 — Os capitais mínimos a cobrir pelos seguros referi-
da sua atividade, nos seguintes termos: dos no n.º 1, a fixar pela portaria mencionada no n.º 2, e
a) Um seguro de acidentes pessoais para os destinatários no anexo III do RAMT, a que alude o n.º 3, são atualizados
dos serviços; anualmente, em função do índice de inflação publicado
b) Um seguro de assistência para os destinatários dos pelo INE, I. P., no ano imediatamente anterior, sendo os
serviços que viajem do território nacional para o estran- montantes decorrentes da atualização divulgados no portal
geiro no âmbito ou por força do serviço prestado; do Turismo de Portugal, I. P., e no balcão do empreendedor
c) Um seguro de responsabilidade civil que cubra os da- previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho,
nos patrimoniais e não patrimoniais causados por sinistros e 48/2011, de 1 de abril, disponível através do Portal do
ocorridos no decurso da prestação do serviço. Cidadão.
6978 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

Artigo 28.º da legislação do Estado-Membro de origem, devendo as


Isenções gerais
empresas de animação turística e os operadores marítimo-
-turísticos identificar a autoridade competente daquele
1 — Não exigem a contratação dos seguros referidos Estado que exerce poder punitivo pela violação do requisito
nas alíneas a) e c) do n.º 1 do artigo anterior: em causa em território nacional na declaração referida no
a) As atividades que, nos termos de legislação espe- n.º 2 do artigo seguinte e ainda sempre que tal lhe seja
cial, estejam sujeitas à contratação dos mesmos tipos de solicitado pelo destinatário do serviço ou por autoridade
seguros; competente.
b) A realização em ambiente urbano de percursos pe-
destres e visitas a museus, palácios e monumentos ou a
CAPÍTULO VIII
realização de quaisquer outras atividades que venham a ser
identificadas em portaria do membro do Governo respon- Empresas em livre prestação de serviços
sável pela área do turismo como não apresentando riscos em território nacional
significativos para a saúde e segurança dos destinatários
dos serviços ou de terceiros, salvo se a específica forma Artigo 29.º
de prestação do serviço assumir natureza notoriamente
perigosa; Livre prestação de serviços
c) A prestação de serviços por uma empresa através de 1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintes,
outra empresa subcontratada que disponha, ela própria, as pessoas singulares ou coletivas estabelecidas noutro
dos seguros para a atividade objeto de subcontratação, Estado-Membro da União Europeia ou do espaço eco-
obrigatórios nos termos dos artigos 27.º a 28.º-A, sendo nómico europeu e que aí exerçam legalmente atividades
a primeira, no entanto, solidariamente responsável pelo de animação turística podem exercê-las livremente em
pagamento das indemnizações a que haja lugar, na parte
território nacional, de forma ocasional e esporádica, em
não coberta por aqueles seguros.
regime de livre prestação de serviços.
2 — Ficam dispensadas da contratação do seguro de 2 — As empresas referidas no número anterior que
responsabilidade civil referido na alínea c) do n.º 1 do pretendam exercer atividades de animação turística em
artigo anterior as empresas referidas no n.º 3 do mesmo Portugal devem, antes do início da atividade, apresen-
artigo, desde que o seguro contratado ao abrigo do anexo III tar, nos termos do n.º 1 do artigo 19.º, ao Turismo de
do RAMT cubra todas as atividades que exerçam e que o Portugal, I. P., mera comunicação prévia de onde conste
capital mínimo de cobertura seja igual ou superior. a sua identificação, assim como a sede ou estabelecimento
principal, acompanhada de documentação, em forma sim-
Artigo 28.º-A ples, comprovativa da contratação, em Portugal ou noutro
Estado-Membro, dos seguros obrigatórios, ou de seguros,
Isenção específica para livre prestação de serviços
garantias financeiras ou instrumentos equivalentes, nos
1 — As empresas de animação turística e os opera- termos do artigo 27.º, ou na qual declarem que estão isentos
dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados- dessa contratação, nos termos dos artigos 28.º ou 28.º-A,
-Membros da União Europeia ou do espaço económico conforme aplicável.
europeu que prestem serviços de animação turística em 3 — Não é todavia obrigatória a mera comunicação pré-
território nacional em regime de livre prestação e que este- via prevista no número anterior, bem como a consequente
jam obrigados, nos termos da legislação do Estado-membro inscrição no RNAAT, das empresas que em Portugal se
de origem, à contratação de garantia financeira para a dediquem, em regime de livre prestação de serviços, à
cobertura em território nacional dos riscos para a saúde e realização em ambiente urbano de percursos pedestres e
segurança dos destinatários dos serviços ou de terceiros, visitas a museus, palácios e monumentos ou à realização de
decorrentes da sua atividade, de cobertura obrigatória nos quaisquer outras atividades que venham a ser identificadas
termos dos n.os 1 a 3 do artigo 27.º e do artigo anterior, estão em portaria do membro do Governo responsável pela área
isentos da obrigação de contratação dos seguros referidos do turismo como não apresentando riscos significativos
nos n.os 1 a 3 daquele artigo, ou de seguros, garantias ou para a saúde e segurança dos destinatários dos serviços
instrumentos equivalentes nos termos do n.º 4 do mesmo ou de terceiros.
artigo 27.º 4 — As pessoas singulares e coletivas estabelecidas
2 — Nos casos em que a legislação do Estado-Membro
noutros Estados-Membros da União Europeia ou do es-
de origem dos prestadores referidos no número anterior
só obrigue à cobertura de alguns dos riscos para a saúde paço económico europeu que pretendam exercer atividades
e segurança dos destinatários dos serviços ou de terceiros de animação turística em áreas integradas no SNAC de
decorrentes da sua atividade, de cobertura obrigatória nos forma ocasional e esporádica ficam sujeitas ao disposto
termos dos n.os 1 a 3 do artigo 27.º e do artigo anterior, a na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º
isenção só se aplica a esses mesmos tipos de riscos, ficando 5 — Às empresas referidas nos números anteriores são
o prestador obrigado à contratação dos seguros obrigatórios ainda aplicáveis os requisitos constantes dos artigos 25.º,
ou de seguros, garantias ou instrumentos equivalentes rela- 26.º e 37.º, os requisitos que o RAMT torne expressamente
tivos aos riscos para os quais aquela legislação não obrigue aplicáveis a prestadores de serviços em regime de livre
à contratação de qualquer garantia financeira. prestação e as obrigações constantes dos artigos 27.º a
3 — Nos casos de isenção nos termos dos números 28.º-A, nos termos aí referidos.
anteriores, as informações referidas na alínea m) do n.º 1 6 — As empresas que, nos termos do n.º 3, tenham op-
do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, tado por não constar do RNAAT, não gozam do direito de
referem-se à garantia financeira contratada nos termos entrada livre referido no n.º 7 do artigo 5.º
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6979

CAPÍTULO IX l) A falta ou insuficiência do documento descritivo da


atividade a que se refere o n.º 4 do artigo 26.º;
Regime sancionatório m) A não contratação ou falta de validade de seguros
obrigatórios, ou de seguros, garantias financeiras ou ins-
Artigo 30.º trumentos equivalentes, nos termos do n.º 5 do artigo 5.º
Competência para a fiscalização e dos artigos 27.º a 28.º-A;
n) O incumprimento pelas empresas que desenvolvam
1 — Sem prejuízo das competências próprias das entida- atividades marítimo-turísticas, das obrigações que lhe são
des intervenientes nos procedimentos previstos no presente impostas, no exercício da sua atividade, pelo disposto nas
decreto-lei, e das demais entidades competentes em razão alíneas c) e d) do artigo 25.º do RAMT.
da matéria ou área de jurisdição, compete à Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fiscalizar a 2 — As contraordenações previstas no número anterior,
observância do disposto no presente decreto-lei. com exceção das previstas nas alíneas h) e n), são puníveis
2 — As autoridades administrativas competentes em com coimas de 300,00 EUR a 3 740,00 EUR ou de 500,00
razão da matéria, bem como as autoridades policiais, co- EUR a 15 000,00 EUR, consoante o infrator seja pessoa
operam com os colaboradores da ASAE no exercício das singular ou pessoa coletiva.
funções de fiscalização. 3 — [Revogado].
3 — Aos funcionários em serviço de inspeção devem ser 4 — Constitui contraordenação ambiental leve, nos
facultados os elementos justificadamente solicitados. termos da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada pela
Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, a prevista na alínea h)
Artigo 31.º do n.º 1.
Contraordenações
5 — A contraordenação prevista na alínea n) do n.º 1 é
punível com coima de 250,00 EUR a 1 500,00 EUR.
1 — Constituem contraordenações: 6 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo os
limites mínimos e máximos da coima aplicável reduzidos
a) O exercício de atividades de animação turística em
para metade.
território nacional sem que a empresa tenha regularmente
7 — Às contraordenações previstas no presente decreto-
efetuado a mera comunicação prévia ou comunicação -lei é aplicável o regime geral das contraordenações, apro-
prévia com prazo, em violação do disposto no n.º 1 do ar- vado pelo Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, al-
tigo 5.º, ou sem que se encontre regularmente estabelecida terado pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de 17 de outubro,
noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço e 244/95, de 16 de setembro, e pelas Leis n.os 323/2001,
económico europeu, nos termos previstos no artigo 29.º, de 17 de dezembro, e 109/2001, de 24 de dezembro, com
e exerça a atividade em território nacional ao abrigo do exceção da contraordenação ambiental prevista no n.º 4 à
regime da livre prestação de serviços; qual se aplica a Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada
b) O exercício de atividades de animação turística por pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto.
empresa em regime de livre prestação de serviços sem ter
comprovado a contratação e validade dos seguros obri- Artigo 32.º
gatórios, ou de seguros, garantias financeiras ou instru-
mentos equivalentes, em violação do disposto no n.º 5 do Sanções acessórias
artigo 27.º ou no n.º 2 do artigo 29.º, quando aplicável; Em função da gravidade da infração e da culpa do
c) O exercício de atividades de animação turística por agente, e sempre que a gravidade da situação assim o justi-
entidade isenta de inscrição no registo em violação do fique, podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias:
disposto no n.º 4 do artigo 5.º;
d) A utilização de denominação ou nome ou de elemen- a) Apreensão do material através do qual se praticou
tos informativos ou identificativos com desrespeito pelas a infração;
regras previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 8.º; b) Suspensão do exercício da atividade e encerramento
e) A não comunicação da utilização de marcas, em vio- dos estabelecimentos, iniciativas ou projetos pelo período
lação do disposto no n.º 3 do artigo 8.º; máximo de dois anos.
f) A utilização da designação «Turismo de Natureza»
associada à exibição do respetivo logótipo sem o reco- Artigo 33.º
nhecimento como tal, em violação do disposto no n.º 4 Apreensão cautelar
do artigo 8.º; Sempre que necessário, pode ser determinada a apreen-
g) A não comunicação da alteração dos elementos cons- são provisória de bens e documentos, nos termos previstos
tantes do registo, em violação do disposto no artigo 10.º no artigo 42.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada
ou dos n.os 6 a 8 do artigo 27.º; pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto.
h) O exercício de atividades não reconhecidas como
turismo de natureza nas áreas integradas no SNAC, fora Artigo 34.º
dos perímetros urbanos e da rede viária nacional, regional e
local, aberta à circulação pública, em violação do disposto Instrução dos processos e aplicação
das coimas e das sanções acessórias
na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º;
i) A violação ao disposto no artigo 25.º, relativamente às 1 — Compete à ASAE a instrução dos processos de-
condições de funcionamento das instalações, equipamento correntes de infração ao disposto no presente decreto-lei,
e material utilizado; salvo os decorrentes de infração ao disposto no artigo 26.º,
j) A utilização de veículos automóveis, em violação do cuja competência é do presidente do conselho diretivo do
disposto no n.º 2 do artigo 26.º; IMT, I. P..
6980 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

2 — Compete ao ICNF, I. P., a instrução e a decisão 3 — A aplicação de medidas cautelares é comunicada ao


dos processos de contraordenações ambientais previstos Turismo de Portugal, I. P., no prazo de três dias após a res-
no presente decreto-lei. petiva aplicação, para efeitos de averbamento ao registo.
3 — É da competência da ASAE a aplicação das coimas
e sanções acessórias previstas no presente decreto-lei, à
exceção das resultantes da infração ao disposto no ar- CAPÍTULO X
tigo 26.º, cuja competência é do presidente do conselho Disposições finais e transitórias
diretivo do IMT, I. P..
4 — [Revogado]. Artigo 37.º
5 — É competente para a aplicação das restantes san-
ções acessórias a entidade com competência para aplicação Livro de reclamações
das coimas nos termos do n.º 3. 1 — As empresas de animação turística e os operadores
6 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias marítimo-turísticos devem dispor de livro de reclama-
é comunicada ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de ções nos termos e condições estabelecidas no Decreto-Lei
três dias após a respetiva aplicação, para efeitos de aver- n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado pelos Decretos-
bamento ao registo. -Leis n.os 371/2007, de 6 de novembro, 118/2009, de 19
de maio, e 317/2009, de 30 de outubro.
Artigo 35.º 2 — O original da folha de reclamação deve ser enviado
Produto das coimas pelo responsável da empresa de animação turística ou
operador marítimo turístico à ASAE.
1 — O produto das coimas recebidas por violação do 3 — A ASAE deve facultar ao Turismo de Portugal, I. P.,
disposto no presente decreto-lei reverte em: acesso às reclamações dirigidas às empresas de animação
a) 10 % para a entidade que levanta o auto de notícia; turística e operadores marítimo-turísticos, nos termos de
b) 30 % para a ASAE; protocolo a celebrar entre os dois organismos.
c) [Revogada];
d) 60 % para o Estado. Artigo 38.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 21/2002, de 31 de janeiro
2 — Excetua-se o disposto no número anterior, quando
o produto das coimas resultar da infração ao artigo 26.º, o Os artigos 1.º e 2.º do Regulamento da Atividade
qual é repartido da seguinte forma: Marítimo-Turística, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002,
de 31 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 269/2003,
a) 20 % para o IMT, I. P.; de 28 de outubro, passam a ter a seguinte redação:
b) 20 % para a entidade fiscalizadora;
c) 60 % para o Estado. «Artigo 1.º
[...]
3 — A repartição do produto das coimas resultantes
das contraordenações ambientais previstas no n.º 4 do O Regulamento da Atividade Marítimo-Turística,
artigo 35.º da Lei n.º 50/2006, de 29 de agosto, alterada abreviadamente designado por RAMT, define as regras
pela Lei n.º 89/2009, de 31 de agosto, é efetuada nos termos aplicáveis às embarcações utilizadas por agentes autori-
do seu artigo 73.º zados a exercer a atividade marítimo-turística.

Artigo 36.º Artigo 2.º


Aplicação de medidas cautelares [...]
1 — A ASAE é competente para determinar a suspensão O RAMT é aplicável às embarcações utilizadas pelos
temporária, total ou parcial, do exercício da atividade e o operadores marítimo-turísticos e empresas de animação
encerramento temporário do estabelecimento nos seguintes turística que exerçam a atividade marítimo-turística, em
casos: todo o território nacional.»
a) Quando deixe de se verificar algum dos requisitos
legais exigidos para o exercício da atividade; Artigo 39.º
b) Havendo declaração de insolvência da empresa, sem [Revogado].
aprovação do respetivo plano;
c) Quando não seja entregue ao Turismo de Portugal, I. P., Artigo 40.º
o comprovativo de que os seguros obrigatórios, ou seguros,
Regiões Autónomas
garantias financeiras ou instrumentos equivalentes se en-
contram em vigor, nos termos dos n.os 6 a 8 do artigo 27.º; 1 — O presente decreto-lei é aplicável às Regiões Au-
d) Em caso de violação reiterada das normas estabele- tónomas dos Açores e da Madeira, sem prejuízo das com-
cidas no presente decreto-lei ou das normas de proteção petências cometidas a serviços ou organismos da adminis-
ambiental. tração do Estado serem exercidas pelos correspondentes
serviços e organismos das administrações regionais com
2 — A aplicação de medidas cautelares no caso previsto idênticas atribuições e competências.
na alínea d) do número anterior é devidamente fundamen- 2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei
tada e pressupõe a ocorrência de um prejuízo grave para os n.º 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos quer
consumidores, para o ambiente ou para o mercado. pelos organismos da administração central, quer pelos
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6981

serviços competentes das administrações das regiões au- d) O Decreto Regulamentar n.º 18/99, de 27 de agosto,
tónomas, no âmbito do presente decreto-lei, incluindo com exceção do artigo 6.º;
os registos no RNAAT, são válidos para todo o território e) O Decreto Regulamentar n.º 17/2003, de 10 de ou-
nacional, excetuados os controlos referentes a instalações tubro;
físicas. f) A Portaria n.º 138/2001, de 1 de março;
3 — O produto das taxas cobradas e das coimas apli- g) A Portaria n.º 164/2005, de 11 de fevereiro.
cadas pelos serviços e organismos das administrações
regionais constitui receita das Regiões Autónomas. Artigo 43.º
Entrada em vigor
Artigo 40.º-A
O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias a contar
Cooperação Administrativa
da data da sua publicação.
As autoridades competentes nos termos do presente
decreto-lei participam na cooperação administrativa, no ANEXO
âmbito dos procedimentos relativos a prestadores já esta-
belecidos noutro Estado-Membro da União Europeia ou Lista exemplificativa de atividades de empresas
do espaço económico europeu, nos termos do capítulo vi de animação turística
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente
através do Sistema de Informação do Mercado Interno. (a que se refere o n.º 1 do artigo 3.º)

I — Atividades de turismo de ar livre/turismo


Artigo 41.º de natureza e aventura
Empresas de animação turística e operadores
marítimo-turísticos existentes Caminhadas e outras atividades pedestres;
Atividades de observação da natureza (rotas geológicas,
1 — As empresas de animação turística licenciadas à observação de aves, observação de cetáceos e similares);
data da entrada em vigor do presente decreto-lei consideram- Atividades de orientação (percursos, geocaching, caças
-se registadas nos termos nele previstos, convertendo-se ao tesouros e similares);
automaticamente o respetivo número de licença no número Montanhismo;
de inscrição da empresa no RNAAT, desde que se mante- Escalada em parede natural e em parede artificial;
nham válidas as garantias legais exigidas. Canyoning, coasteering e similares;
2 — As licenças emitidas para o exercício de atividades Espeleologia;
de animação ambiental válidas à data da entrada em vigor Arborismo e outros percursos de obstáculos (com re-
do presente decreto-lei dispensam o reconhecimento de curso a manobras com cordas e cabos de aço como rapel,
atividades de turismo de natureza previsto no presente slide, pontes e similares);
decreto-lei para a Área Protegida para a qual foram emi- Paintball, tiro com arco, besta, zarabatana, carabina de
tidas e pelo respetivo prazo, findo o qual, mantendo o seu pressão de ar e similares;
titular o interesse neste reconhecimento, deve efetuar o Passeios e atividades em bicicleta (btt e cicloturismo),
respetivo pedido junto do Turismo de Portugal, I. P., nos em segway e similares;
termos previstos no capítulo v. Passeios e atividades equestres, em atrelagens de tração
3 — As empresas de animação turística licenciadas à animal e similares;
data da entrada em vigor do presente decreto-lei podem Passeios em todo o terreno (moto, moto4 e viaturas 4x4,
pedir o reconhecimento das suas atividades como turismo kartcross e similares);
de natureza nos termos previstos no capítulo v ou a in- Atividades em veículos não motorizados como gokarts,
clusão no seu objeto do exercício de atividades marítimo- speedbalance e similares;
-turísticas, sem encargos adicionais. Passeios de barco, com e sem motor;
4 — Os operadores marítimo-turísticos licenciados Canoagem e rafting em águas calmas e em águas bravas;
como tal à data da entrada em vigor do presente decreto- Natação em águas bravas (hidrospeed);
-lei devem pedir o respetivo registo no RNAAT junto do Vela, remo e atividades náuticas similares;
Turismo de Portugal, I. P., no prazo de seis meses contados Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf, skiming, standup
da sua publicação, sem encargos adicionais. paddle boarding e similares;
Pesca turística, mergulho, snorkeling, e similares;
Artigo 42.º Balonismo, asa delta com e sem motor, parapente e
Norma revogatória similares;
Experiências de paraquedismo;
São revogados: Atividades de Teambuilding (quando incluam atividades
a) O Decreto-Lei n.º 204/2000, de 1 de setembro, alte- de turismo de ar livre);
rado pelo Decreto-Lei n.º 108/2002, de 16 de abril; Atividades de Sobrevivência;
b) Os n.os 2 e 3 do artigo 2.º e os artigos 8.º, 9.º e 12.º Programas multiatividades (quando incluam atividades
do Decreto-Lei n.º 47/99, de 16 de fevereiro, alterado pelo de turismo de ar livre).
Decreto-Lei n.º 56/2002, de 11 de março;
c) Os artigos 3.º a 15.º, 29.º a 32.º e os anexos I e II do II — Atividades de turismo cultural/touring
paisagístico e cultural
Regulamento aprovado pelo Decreto-Lei n.º 21/2002, de
31 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 269/2003, de Rotas temáticas e outros percursos de descoberta do pa-
28 de outubro; trimónio (por exemplo, Rota do Megalitismo, do Romano,
6982 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015

do Românico, do Fresco, Gastronómicas, de Vinhos, de 3 — Para determinação dos limites fixados nos ter-
Queijos, de Sabores, de Arqueologia Industrial); mos da alínea e) do número anterior, não são consi-
Atividades e experiências de descoberta do Património derados atletas que tenham sido contabilizados, para
Etnográfico (participação em atividades agrícolas, pastoris, idênticos efeitos, noutra modalidade ou escalão etário
artesanais, enogastronómicas e similares — por exemplo: pela mesma entidade, com exceção dos atletas que resi-
vindima, pisar uva, apanha da azeitona, descortiçar do dam em ilhas onde exista apenas um clube desportivo,
sobreiro, plantação de árvores, ateliers de olaria, pintura, os quais podem estar, neste caso, inscritos no máximo
cestaria, confeção de pratos tradicionais, feitura de um em duas modalidades.
vinho); 4 — [...].
Visitas guiadas a museus, monumentos e outros locais 5 — [...].
de interesse patrimonial; 6 — [...].
Jogos populares e tradicionais. 7 — [...].
8 — [...].»
Artigo 2.º
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Norma transitória
Aos clubes desportivos sediados na ilha do Corvo, com
Assembleia Legislativa modalidades federadas à data da entrada em vigor do pre-
sente diploma, não se aplicam, durante um período de
Decreto Legislativo Regional n.º 21/2015/A quatro anos, com início na época desportiva 2015/2016,
os requisitos constantes nas alíneas b) e c) do n.º 2 do
Terceira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 21/2009/A, artigo 27.º do Regime Jurídico de Apoio ao Movimento
de 2 de dezembro, que estabelece o Regime Associativo Desportivo, com exceção da residência fiscal
jurídico de apoio ao movimento associativo desportivo na Região.
A difícil situação económica e social atual está a condi- Artigo 3.º
cionar fortemente a atividade desportiva não profissional, Republicação
em particular as pequenas entidades do movimento asso-
ciativo desportivo. O Decreto Legislativo Regional n.º 21/2009/A, de 2 de
Nestas circunstâncias, importa tratar de forma diferente o dezembro, é republicado em anexo, com as alterações
que é efetivamente diferente e acautelar a sobrevivência e o introduzidas pelo presente diploma.
desenvolvimento da prática desportiva federada nas peque-
nas comunidades insulares da Região Autónoma dos Açores. Artigo 4.º
Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma Entrada em vigor
dos Açores decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do
artigo 227.º da Constituição da República Portuguesa e do O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
n.º 1 do artigo 37.º do Estatuto Político-Administrativo da da sua publicação.
Região Autónoma dos Açores, o seguinte:
Aprovado pela Assembleia Legislativa da Região Autó-
noma dos Açores, na Horta, em 7 de julho de 2015.
Artigo 1.º
Alteração
A Presidente da Assembleia Legislativa, Ana Luísa Luís.

O artigo 20.º do Decreto Legislativo Regional Assinado em Angra do Heroísmo em 13 de agosto de 2015.
n.º 21/2009/A, de 2 de dezembro, na redação que lhe foi Publique-se.
dada pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 2/2012/A,
de 12 de janeiro e 4/2014/A, de 18 de fevereiro, e pela O Representante da República para a Região Autónoma
Declaração de Retificação n.º 21/2014, de 31 de março, dos Açores, Pedro Manuel dos Reis Alves Catarino.
passa a ter a seguinte redação:
ANEXO
«Artigo 20.º
Republicação do Decreto Legislativo Regional
[...] n.º 21/2009/A, de 2 de dezembro

1 — [...]. (Regime jurídico de apoio ao movimento


2 — [...]: associativo desportivo)
a) [...];
b) [...]; CAPÍTULO I
c) [...];
d) [...]; Disposições gerais
e) Manter um número mínimo de atletas em formação
e competição regular, fixado no documento orientador Artigo 1.º
a elaborar pelo departamento da administração regional Objeto
autónoma competente em matéria de desporto e cons-
tante do contrato-programa, tendo em consideração a O presente diploma define o quadro geral do apoio a
modalidade, o escalão etário e a dimensão demográfica prestar pela administração regional autónoma ao desen-
da ilha onde se encontra sediado o clube desportivo. volvimento da atividade desportiva não profissional, da
8456 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

Artigo 15.º MINISTÉRIOS DA ECONOMIA E DO AMBIENTE,


Norma revogatória ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA
É revogada a Portaria n.º 427/2012, de 31 de dezembro.
Portaria n.º 309/2015
Artigo 16.º de 25 de setembro

Entrada em vigor O Decreto-Lei n.º 15/2014, de 23 de janeiro, veio


alterar o regime jurídico da instalação, exploração e
A presente Portaria entra em vigor no dia seguinte ao funcionamento dos empreendimentos turísticos, apro-
da sua publicação. vado pelo Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março,
O Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio alterado pelo Decreto-Lei n.º 228/2009, de 14 de se-
Guerreiro, em 14 de setembro de 2015. tembro, no essencial com vista, por um lado, a imprimir
uma maior eficiência, simplificação e liberalização
nos procedimentos e, por outro, a diminuir os custos
de contexto.
Secretaria-Geral No que respeita, em particular, à classificação dos
empreendimentos turísticos, o Decreto-Lei n.º 15/2014,
Declaração de Retificação n.º 43/2015 de 23 de janeiro, veio consagrar, para além da já exis-
tente dispensa casuística de requisitos, a possibili-
Nos termos das disposições da alínea h) do n.º 1 do dade de dispensa da atribuição da categoria, entre-
artigo 4.º e do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 4/2012, de tanto clarificada pelo Decreto-Lei n.º 186/2015, de 3
16 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 41/2013, de de setembro. Este novo mecanismo de dispensa, que
21 de março, declara-se que o Decreto-Lei n.º 187/2015, limita a classificação do empreendimento turístico à
de 7 de setembro, publicado no Diário da República atribuição da tipologia e, quando aplicável, do grupo,
n.º 174, 1.ª série, de 7 de setembro de 2015, saiu com depende de um pedido expresso do interessado e, nos
inexatidões que, mediante declaração da entidade emi- termos previstos no n.º 7 do artigo 39.º do Decreto-Lei
tente, se retificam, republicando-se o Mapa III, do n.º 39/2008, de 7 de março, encontra-se condicionado
Anexo III, em anexo a esta retificação, dela fazendo ao cumprimento de determinados requisitos que agora
parte integrante. cumpre fixar.
Com este mecanismo, pretendeu o legislador não só
Secretaria-Geral, 24 de setembro de 2015. — A criar uma alternativa para os interessados cujo projeto
Secretária-Geral Adjunta, Catarina Maria Romão Gon- ou empreendimento não se adeque às exigências do atual
çalves. sistema de classificação por categoria ou por este seja
condicionado ou até mesmo inviabilizado, como também
ANEXO abrir um espaço de maior flexibilidade dentro do qual
um determinado projeto ou empreendimento se possa,
Mapa 3: Categorias cujos titulares transitam para a carreira no essencial, direcionar às caraterísticas da procura. Em
geral/categoria de assistente técnico
qualquer caso, os critérios a cumprir para a dispensa de
Técnico auxiliar de BAD atribuição da categoria procuram garantir que o projeto
Técnico de comunicação ou o empreendimento tenha de situar-se, pelo menos,
Técnico de informação num patamar equivalente às categorias médias, assim
Técnico de documentação se salvaguardando o nível de qualidade da oferta na-
Operador de computador cional.
Operador de informática (categoria profissional do grupo Decorridos quase sete anos sobre a entrada em vigor
de qualificação do pessoal técnico profissional, prevista da Portaria n.º 327/2008, de 28 de abril, que, ao abrigo do
no Regulamento das Carreiras Profissionais e Grupos de disposto no Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, veio
Qualificação do Instituto Nacional de Estatística, aprovado regulamentar o sistema de classificação dos empreendi-
pelo despacho conjunto A-215/89 XI, de 3 de novembro, mentos turísticos por tipologia, por grupo e por categoria,
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 270, de cumpre, também agora, proceder a uma revisão e atuali-
23 de novembro). zação desse sistema, com vista a consolidar o seu valor
Programador de informática (categoria profissional do enquanto marca de qualidade.
grupo de qualificação do pessoal técnico profissional, pre- A revisão do sistema de atribuição da categoria, em
vista no Regulamento das Carreiras Profissionais e Gru- particular, visa promover, por um lado, a necessária atua-
pos de Qualificação do Instituto Nacional de Estatística, lização dos requisitos relativos às instalações, aos equipa-
aprovado pelo despacho conjunto A-215/89 XI, de 3 de mentos, aos serviços e aos produtos de lazer e negócios,
novembro, publicado no Diário da República, 2.ª série, bem como, por outro, o reforço da valorização da qualidade
n.º 270, de 23 de novembro). da oferta, no que respeita não só à qualidade de serviço
Técnico de informática (categoria profissional do grupo em geral como também às suas componentes ambiental,
de qualificação do pessoal técnico profissional, prevista energética e urbanística.
no Regulamento das Carreiras Profissionais e Grupos de Assim:
Qualificação do Instituto Nacional de Estatística, aprovado Ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º
pelo despacho conjunto A-215/89 XI, de 3 de novembro, do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, alterado pelos
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 270, de Decretos-Leis n.os 228/2009, de 14 de setembro, 15/2014,
23 de novembro). de 23 de janeiro, 128/2014, de 29 de agosto, e 186/2015,
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8457

de 3 de setembro, manda o Governo, pelo Secretário de Artigo 3.º


Estado do Turismo e pelo Secretário de Estado do Or-
Categorias
denamento do Território e da Conservação da Natureza,
o seguinte: 1 — Aos estabelecimentos hoteleiros é atribuída uma
categoria de 1 a 5 estrelas, de acordo com os requisitos
Artigo 1.º constantes do anexo I da presente portaria, que dela faz
parte integrante.
Objeto
2 — Aos aldeamentos turísticos e aos apartamentos
A presente portaria procede à primeira alteração turísticos é atribuída uma categoria de 3 a 5 estrelas, de
à Portaria n.º 327/2008, de 28 de abril, que aprovou acordo com os requisitos constantes, respetivamente,
o sistema de classificação de estabelecimentos hote- dos anexos II e III da presente portaria, que dela fazem
leiros, de aldeamentos turísticos e de apartamentos parte integrante.
turísticos. 3 — Aos hotéis rurais é atribuída uma categoria de
3 a 5 estrelas, de acordo com os requisitos constantes
Artigo 2.º do anexo I da presente portaria.

Alteração à Portaria n.º 327/2008, de 28 de abril Artigo 4.º


Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º e 5.º da Portaria n.º 327/2008,
Atribuição da categoria
de 28 de abril, passam a ter a seguinte redação:
1 — Para cada categoria, são fixados:
«Artigo 1.º a) Requisitos mínimos obrigatórios;
[...]
b) Requisitos opcionais.

......................................... 2— .....................................
3 — A atribuição de uma categoria depende, cumu-
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . lativamente:
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) Do cumprimento de todos os requisitos mínimos
d) Hotéis rurais. obrigatórios;
b) Do cumprimento de um conjunto de requisitos
Artigo 2.º opcionais que permita a obtenção da pontuação mínima
obrigatória fixada para a categoria.
[...]

Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos obriga- 4 — Os requisitos mínimos obrigatórios podem ser
tórios comuns de classificação previstos no artigo 5.º dispensados nos termos previstos na alínea a) do n.º 1
da presente portaria, os empreendimentos turísticos re- do artigo 39.º do RJET.
feridos no artigo anterior são classificados mediante a 5 — Após a fixação da classificação resultante da
atribuição: auditoria realizada nos termos do artigo 36.º do RJET,
podem ser alterados os requisitos opcionais escolhidos
a) Da tipologia e, quando aplicável, do grupo, de para a obtenção da pontuação mínima obrigatória
acordo com os requisitos fixados: prevista na alínea b) do n.º 3, mediante comunicação
ao Turismo de Portugal, I. P.
i) Para os estabelecimentos hoteleiros, os aldeamentos
turísticos e os apartamentos turísticos, no Decreto-Lei
n.º 39/2008, de 7 de março, alterado pelo Decreto- Artigo 5.º
-Lei n.º 228/2009, de 14 de setembro, pelo Decreto- Requisitos obrigatórios comuns de classificação
-Lei n.º 15/2014, de 23 de janeiro, pelo Decreto-Lei
n.º 128/2014, de 29 de agosto, e pelo Decreto-Lei Os empreendimentos turísticos previstos no artigo 1.º
n.º 186/2015, de 3 de setembro (regime jurídico da devem cumprir os seguintes requisitos obrigatórios co-
instalação, exploração e funcionamento dos empreen- muns de classificação:
dimentos turísticos — RJET); a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ii) Para os hotéis rurais, no RJET e na portaria prevista b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
na alínea b) do n.º 2 do respetivo artigo 4.º; c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Da categoria, nos termos do disposto nos arti- e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
gos 3.º e 4.º e sem prejuízo das exceções previstas no f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
artigo 4.º-A da presente portaria. g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »
8458 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

Artigo 3.º cável, identificando-se a categoria de 3, 4 ou 5 estrelas


que permitiu essa dispensa, bem como os requisitos
Aditamento à Portaria n.º 327/2008, de 28 de abril
opcionais verificados e o correspondente número de
É aditado à Portaria n.º 327/2008, de 28 de abril, o pontos atribuídos.
artigo 4.º-A, com a seguinte redação: 5 — O empreendimento turístico a quem foi
concedida a dispensa da atribuição da categoria é
«Artigo 4.º-A equiparado à categoria de 3, 4 ou 5 estrelas que per-
mitiu essa dispensa, conforme o número de pontos
Classificação de pousadas e dispensa obtidos, podendo esta equiparação ser invocada pelo
da atribuição da categoria empreendimento sempre que tal lhe for solicitado
1 — As pousadas devem cumprir os requisitos fixa- por terceiros e este pretenda dar resposta a tal so-
dos no anexo I da presente portaria: licitação.
6 — A equiparação prevista no número anterior
a) Para a atribuição da categoria de 4 estrelas, quando consta do Registo Nacional dos Empreendimentos Tu-
instaladas em edifícios classificados como de interesse rísticos com a expressa indicação de que se trata de mera
nacional ou de interesse público; equiparação e de que a mesma não equivale à atribuição
b) Para a atribuição da categoria de 3 estrelas, quando
de qualquer categoria.
instaladas em edifícios classificados de interesse muni-
cipal ou em edifícios que, pela sua antiguidade, valor 7 — Após a fixação da classificação com dispensa
arquitetónico e histórico, sejam representativos de uma da atribuição da categoria, podem ser alterados os re-
determinada época. quisitos opcionais escolhidos para a obtenção da pon-
tuação mínima obrigatória prevista no n.º 2, mediante
2 — Os demais empreendimentos turísticos referidos comunicação ao Turismo de Portugal, I. P., desde que
no artigo 1.º são dispensados da atribuição da categoria observado o previsto no mesmo n.º 2.»
quando, solicitando-o expressamente:
a) No caso dos estabelecimentos hoteleiros e dos Artigo 4.º
hotéis rurais, cumpram os requisitos para a atribuição
da categoria de 3, 4 ou 5 estrelas, nos termos previs- Alteração dos anexos I, II e III da Portaria
tos no anexo I da presente portaria, devendo 20 % n.º 327/2008, de 28 de abril
da pontuação obtida por via de requisitos opcionais
resultar do cumprimento de requisitos constantes Os anexos I, II e III da Portaria n.º 327/2008, de
da secção 5 — Qualidade e Sustentabilidade desse 28 de abril, são substituídos, respetivamente, pelos
mesmo anexo; anexos I, II e III da presente portaria, da qual fazem parte
b) No caso dos aldeamentos turísticos, cumpram integrante.
os requisitos para a atribuição da categoria de 4 ou
5 estrelas, nos termos previstos no anexo II da pre- Artigo 5.º
sente portaria, devendo 20 % da pontuação obtida por
Norma revogatória
via de requisitos opcionais resultar do cumprimento
de requisitos constantes da secção 5 — Qualidade e É revogado o artigo 6.º da Portaria n.º 327/2008, de
Sustentabilidade desse mesmo anexo; 28 de abril.
c) No caso dos apartamentos turísticos, cumpram
os requisitos para a atribuição da categoria de 4 ou
Artigo 6.º
5 estrelas, nos termos previstos no anexo III da presente
portaria, devendo 20 % da pontuação obtida por via Republicação
de requisitos opcionais resultar do cumprimento de
requisitos constantes da secção 5 — Qualidade e Sus- É republicada, no anexo IV da presente portaria, da
tentabilidade desse mesmo anexo. qual faz parte integrante, a Portaria n.º 327/2008, de 28
de abril, com a sua redação atual.
3 — Sem prejuízo do previsto nos números se-
guintes, a dispensa da atribuição da categoria isenta o Artigo 7.º
empreendimento turístico de publicitar, comunicar ou
ostentar qualquer categoria para todos os efeitos que Entrada em vigor
tiver por convenientes, bem como proíbe terceiros de
utilizarem qualquer categoria sem o seu consentimento A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
expresso. da sua publicação.
4 — A dispensa da atribuição da categoria é conce-
dida pelo Turismo de Portugal, I. P., em sede de fixação O Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Miguel Bap-
da classificação, no âmbito de auditoria realizada nos tista Mesquita Nunes, em 22 de setembro de 2015. — O
termos dos artigos 36.º ou 38.º do RJET, devendo o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da
respetivo resultado constar de relatório que ateste o Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, em 23
previsto nas alíneas a), b) ou c) do n.º 2, consoante apli- de setembro de 2015.
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8459

ANEXO I N.º Requisitos Pontos     


Área mínima de
(a que se refere o artigo 4.º) 28 apartamento com
um quarto duplo
² 19,5 m2 23,5 m2 28 m2 33 m2 38 m2

Área mínima de

ANEXO I
2 2 2 2
29 cada quarto ² 9m 10,5 m 12 m 14,5 m 17,5 m2
suplementar
Estacionamento Garagem ou parque
de estacionamento
Estabelecimentos hoteleiros e hotéis rurais com capacidade
para um número de
veículos
30 correspondente a 10 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
(a que se refere o artigo 3.º) 20% das UA do
empreendimento,
situado no
empreendimento ou
N.º Requisitos Pontos      na sua proximidade
Local que permita o
estacionamento
1. Instalações temporário de
31 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
viaturas para
tomada e largada de
Acessos Entrada de serviço utentes e bagagens
1 distinta da entrada 10 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório Local que permita o
para os utentes (1) estacionamento
Acesso privativo às temporário de
2 10 Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório 31A 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
UA autocarros para
Elevador quando o tomada e largada de
edifício tenha mais utentes e bagagens
3 15 Opcional Obrigatório Obrigatório NA NA
de 3 pisos, incluindo Garagem privativa
o rés-do-chão do empreendimento
Elevador quando o 32 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
com acesso direto à
edifício tenha mais receção
4 15 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
de 2 pisos, incluindo Estacionamento para
o rés-do-chão 33 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
autocarros
Zonas comuns Local identificado
de receção (2)
destinado ao check
in, check out e 2. Equipamento e mobiliário
5 informações aos ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
utentes, que pode
Equipamento Equipamento básico:
estar inserido em
do quarto cama, equipamento
qualquer área de
34 para ocultação da ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA
uso comum
luz exterior,
Área ou áreas de uso
roupeiro ou solução
comum onde possam equivalente,
ser prestados os cabides, cadeira ou
6 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
serviços de sofá, mesas de
refeições, pequenos cabeceira ou solução
almoços ou bar de apoio
Instalações equivalente, luzes
7 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
sanitárias de cabeceira e
Área de estar tomada elétrica
8 equipada (mesas e 10 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório 35 Equipamento médio:
sofás ou cadeiras) equipamento básico
Área bruta privativa •P2 < mais local ou
(3) de estar, 2,5m2 ² 5 equipamento para
equipada, por UA, SWV• colocar bagagens, 5 Opcional Opcional Obrigatório NA NA
9 quando concorra 2,5m < Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional espelho de corpo
para a área bruta de 5m2 ²10 inteiro e, a pedido,
construção do SWV•P2 cobertor ou edredon
empreendimento ²15 pts. adicional
Climatização das 36 Equipamento
áreas comuns com superior:
sistemas de equipamento médio
10 climatização ativos 10 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório mais interruptor de
ou passivos que iluminação geral do
garantam o conforto quarto junto da
térmico cama, cesto de
Climatização dos 5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
papéis, minibar,
11 corredores de 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional zona de estar (6) ou
utentes com zona de trabalho (7)
sistemas de e, em caso de
climatização ativos apartamento,
ou passivos que telefone ou
garantam o conforto telemóvel(11)
térmico Tomada elétrica
Zonas de Acesso vertical de 36A acessível e livre 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
serviço serviço aos pisos de junto da cama
alojamento Adaptadores de
12 15 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
independente do 36B tomadas elétricas a 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
acesso dos clientes pedido
(1) Tomada USB
Cozinha, ou copa se 36C acessível e livre na 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
apenas forem UA
13 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
servidos pequenos- 37 Cofre na UA
almoços 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
Zona de 37A Cofre na UA com
14 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
armazenagem tomada elétrica no 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Área destinada ao seu interior
pessoal, composta 38 Zona de estar em Opcional Opcional
10 Opcional Opcional Opcional
pelo menos por 50% das UA (6) (8) (8)
15 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
instalações 39 Zona de trabalho em Opcional Opcional
10 Opcional Opcional Opcional
sanitárias e zona de 50% das UA (7) (8) (8)
vestiário 40 Colchões com
UA (Quartos Climatização das UA comprimento não
e/ou com sistemas de inferior a 2m e
apartamentos) climatização ativos largura não inferior 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
16 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
(9) ou passivos que a 1,10m para camas
garantam o conforto individuais e 1,80m
térmico para camas de casal
50% das UA com
sistemas de 40A Sobre colchão 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
climatização que
41 Cama suplementar a
garantam o conforto 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
pedido
17 térmico de 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
intensidade 41A Berço a pedido 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
regulável pelo 42 Menu de almofadas
cliente em cada com o mínimo de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
ciclo três tipos
100% das UA com 43 Interruptor geral
sistemas de 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
automático
climatização que Equipamento 44 Mesa de refeições ou
garantam o conforto das salas de adaptável para o
18 térmico de 13 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional estar e de efeito, cadeiras e
intensidade ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
refeições sofá, loiças, vidros e
regulável pelo (quando talheres
cliente em cada existam na UA)
ciclo Equipamento 45 Frigorífico, micro-
100% das UA com ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
da cozinha ou ondas e lava-loiça
instalações kitchenette 46 Utensílios de
sanitárias privativas ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
cozinha
19 constituídas no ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório 47 Fogão ou placa e
mínimo por sanita, 8 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
exaustor de fumos
lavatório e duche ou Equipamento e Equipamento básico:
banheira acessórios espelho, toalhas (1
Varandas ou 5 pts. por sanitários 48 de rosto e 1 de ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA
terraços com área cada 4 banho por pessoa) e
mínima de 4 m2 em m2/UA, suporte para toalhas
20 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
50% das UA até ao 49 Equipamento médio:
máximo de equipamento básico
15 pts. mais iluminação do
Fechaduras lavatório, caixote do
21 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 5 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório NA
eletrónicas lixo, secador de
Dispositivo interior cabelo, saco de
de segurança lavandaria e tapete
21A 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório ou toalha de chão
adicional na porta
da entrada 50 Equipamento
superior:
Percentagem da •²10
equipamento médio 7 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
área média das UA SWV•
mais chinelos e
22 que excede as áreas ² 12 pts.; Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
roupão
mínimas obrigatórias •² 15
pts. Tomada elétrica
50A junto ao lavatório 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Áreas (4) dos Área mínima dos
23 ² 9 m2 10,5 m2 12 m2 14,5 m2 17,5 m2 ou junto ao espelho
quartos (5) quartos individuais
51 Pelo menos 50% das
Área mínima dos
24 ² 11,5 m2 13,5 m2 17 m2 19,5 m2 22,5 m2 instalações
quartos duplos
sanitárias com 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Área mínima dos
24A ² 16,5 m2 17,5 m2 21 m2 24,5 m2 27,5 m2 banheira e duche
quartos triplos separados
Suítes constituídas 5 pts. por 52 Pelo menos 50% das
por quarto e zona de cada 2 instalações
estar equipada suites, até Obrigatório sanitárias com
25 Opcional Opcional Opcional Opcional
separável com a ao 2 suites separação física
área mínima de máximo 10 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
entre área limpa
10m2 (10) pts. (lavatório e duche
Áreas (4) dos Área mínima de ou banheira) e área
apartamentos 26 apartamento com ² 18,5 m2 22 m2 25,5 m2 30 m2 35 m2 suja (sanita)
(5) um quarto individual 53 Pelo menos 50% das
Área mínima de instalações
27 apartamento em ² 15 m2 19 m2 21 m2 24 m2 27 m2 7 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
sanitárias com
estúdio lavatório adicional
Á
8460 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

N.º Requisitos Pontos      N.º Requisitos Pontos     
54 Pelo menos 50% das 8 horas de room
instalações 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 85 service de bebidas e 4 Opcional Opcional Opcional NA NA
sanitárias com bidé refeições ligeiras
55 Espelho de 16 horas de room
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
cosmética 86 service de bebidas e 8 Opcional Opcional Opcional Obrigatório NA
56 Aquecimento de refeições ligeiras
5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
toalhas 24 horas de room
57 Balança 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 87 service de bebidas e 12 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
refeições ligeiras
Amenities básico: Menus especiais (por
58 sabonete ou gel de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA exemplo,
banho 87A vegetarianos, 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
59 Amenities médio: dietéticos, celíacos,
amenities básico desportivos)
1 Opcional Opcional Opcional Obrigatório NA
mais champô e Menus infantis
touca de banho 87B 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
60 Amenities superior: Carta de vinhos
amenities médio 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório nacionais e
mais escova e pasta estrangeiros, com
de dentes, lâmina e 87C indicação dos anos 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
gel de barbear, lima das colheitas, castas
de unhas e algodão e outras informações
de limpeza, a relevantes
pedido Serviço de escanção
Sistemas de 61 Televisão a cores 87D ao almoço e ao 6 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
vídeo e áudio com controlo 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional jantar
remoto na UA Restaurante com
61A Televisão a cores oferta de pratos da
87E 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
com controlo cozinha
remoto e na 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional regional/local
modalidade smart tv Serviço de Serviço de pequeno-
na UA 88 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA
pequeno- almoço
62 Sistema de som na almoço Pequeno-almoço
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 89 3 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
casa de banho buffet ou à-la-carte
63 Música e filmes a Serviço de pequeno-
pedido com mais de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional almoço com a
20 opções 89A 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
duração mínima de 4
64 Acesso a mais de 20 horas
5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
canais de televisão Pequeno-almoço à-
90 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
Docking station / la-carte nas UA
2 pts. por
colunas bluetooth Serviço de Serviço de
cada tipo,
para aparelhos de receção e atendimento
64A até ao Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
media acolhimento 91 permanente ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA
máximo de
(smartphones, (presencial ou
4 pts.
ipods, tablets) automático)
Consola de jogos, a Serviço de receção 2 pts. por
64B 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
pedido presencial 16 horas cada 8
92 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório NA
Comunicações 65 Meios de horas
eletrónicas comunicação com o opcionais
exterior acessíveis Serviço de receção 2 pts. por
aos utentes (pelo presencial 24 horas cada 8
menos um meio de 93 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório horas
voz, telefone ou opcionais
telemóvel, e um Check-in expresso
meio de escrita, fax 93A 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
automático
ou correio Serviço de receção
eletrónico) 94 bilingue (Português ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Telefone ou e Inglês)
telemóvel na UA Serviço de receção 2 pts. por
65A ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA 95 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
com acesso à rede multilingue (para cada
exterior além do Português e língua
66 Telefone ou do Inglês) adicional,
telemóvel na UA até ao
2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
com acesso direto à máximo de
rede exterior 6 pts.
67 Acesso à Internet Porteiro
96 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
em banda larga e (trintanário)
sem fios nas zonas Serviço de Valet
97 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
comuns 3 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório Parking
(condicionada à Serviço de
cobertura do 98 informação e 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
serviço) reservas
Acesso gratuito à Sítio na Internet
Internet em banda informativo do 3 pts.,
67A 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
larga e sem fios nas empreendimento, mais 2 pts.
zonas comuns 98A possibilitando a se bilingue Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
68 Acesso à Internet realização de (Português
em banda larga e reservas e de e Inglês)
sem fios nas UA transações online
6 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
(condicionada à Presença ativa nas
cobertura do redes sociais com a
serviço) publicação regular
Acesso gratuito à de informação (pelo
Internet em banda 98B menos semanal) e 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
68A 8 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
larga e sem fios nas interação com
UA clientes e potenciais
69 Sistema de registo clientes por estas
de mensagens de 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional vias
voz na UA Serviço de aceitação
Equipamento Informações sobre o 99 e entrega de 3 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
suplementar período do pequeno- mensagens
almoço, a hora do Serviço de
check-out e o 99A 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
fotocópias
70 período de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA
Serviço de
funcionamento das 99B 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
digitalização
instalações e
Impressão gratuita
equipamentos do
empreendimento de talões de
99C 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
embarque, vouchers
71 Manual do serviço de
e bilhetes
A a Z na UA, em
2 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Serviço de
suporte escrito,
audiovisual ou outro 100 transporte de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
72 Amenities bagagens
escritório: lápis ou Serviço de depósito
1 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório 101 5 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
caneta, papel e de bagagens
envelopes Guarda-chuva à
73 Amenities conforto: 101A disposição dos 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
kit de engraxar, clientes
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório Bicicleta à
calçadeira e kit de
costura, a pedido 101B disposição dos 7 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
clientes
73A Guarda-chuva na UA 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Serviço de Serviço de
74 Jornais diários ou lavandaria e 102 lavandaria e 5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório NA
informação impressa engomadoria engomadoria
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
diária nas zonas 103 Serviço de
comuns lavandaria e
engomadoria
3. Serviços (entregue antes das 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
9h00 e pronto no
Serviço de Limpeza e mesmo dia ² exceto
limpeza e 75 arrumação diária das ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório no fim de semana)
arrumação das UA Outros serviços Videovigilância em
UA Mudança de toalhas 104 zonas públicas e de 6 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
pelo menos duas circulação
76 vezes por semana e ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Aceitação de cartões
105 ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA
sempre que mude o de crédito ou débito
cliente Aceitação de cartões
106 2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Mudança diária de de crédito e débito
77 toalhas a pedido do 5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Serviço de depósito
cliente 107 de valores na ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Mudança de roupa receção
de cama pelo menos 108 Serviço despertar 2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
78 uma vez por semana ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA
e sempre que mude 109 Serviço de correio 2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
o cliente
Venda de revistas e
Mudança de roupa 110 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
jornais diários
de cama pelo menos
79 duas vezes por 5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório 110A Venda de bilhetes 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
semana e sempre Serviço de costura
que mude o cliente 111 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Serviço de Serviço de engraxar
verificação dos
112 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
sapatos
quartos para a noite Serviço de
80 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
(abertura da cama, 113 transporte privativo 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
troca de toalhas e do empreendimento
limpeza) Serviço de
Colchões 114 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
babysitter
higienizados pelo Acesso a gelo em
80A menos uma vez em ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório 114A 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
todos os pisos de UA
cada três anos, com
registo documental
Serviço de Serviço de bar 4. Lazer e negócios
alimentação e 81 associado ou não a 7 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
bebidas outra área Equipamentos Área bruta privativa
Bebidas à disposição e instalações de equipamentos •P2
82 do cliente (sem ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório complementares <2,5m2 -
serviço de bar) (health club, spa, SWV•
Serviço de refeições 115 squash, etc.) por 2,5m2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
83 7 dias por semana 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório UA, quando concorra <5m2 -10
(12) para a área bruta de SWV•P2
Equipamento para construção do - 15 pts
84 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
chá e café nas UA empreendimento
Á
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8461

N.º Requisitos Pontos      N.º Requisitos Pontos     
j
Área bruta privativa Empreendimento
de equipamentos instalado em edifício
•P2
complementares
<2,5m2 - classificado ou em
(instalações
SWV• vias de classificação
desportivas, parque
116 2,5m2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional como de interesse
infantil, etc.) por
<5m2 -10 130A nacional, de 20 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
UA, quando não
SWV•P2
concorra para a área interesse público ou
- 15 pts
bruta de construção de interesse
do empreendimento municipal, ou
Área bruta privativa inserido em
5 pts por
para reuniões por conjunto ou sítio
cada
UA, quando concorra com essa
117 m2/UA, Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
para a área bruta de
até máx. classificação
construção do
de 15 pts
empreendimento Coeficiente de
Business center (no localização a aplicar
mínimo, com ao empreendimento
computador, acesso
118
à Internet,
10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional •”QRV
131 14 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
impressora e termos do artigo
scanner) (13) 42.º do Código do
Serviço de tradução imposto Municipal
118A 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional sobre Imóveis
a pedido
Serviço de Coeficiente de
118B secretariado a 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional localização a aplicar
pedido ao empreendimento
Equipamentos de > 2,5, nos termos do
conferência para 132 20 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
artigo 42.º do
utilização dos
Código do imposto
clientes (projetor,
118C 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Municipal sobre
flipchart,
equipamentos de Imóveis
videoconferência, Área de espaços 5 pts. por
etc.) verdes de utilização cada
Acesso à Internet comum 20m2/UAat
em banda larga e
133 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
118D 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional é ao
sem fios nas salas de máximo de
reuniões 15 pts.
Acesso gratuito à
Sistemas que
Internet em banda
118E
larga e sem fios nas
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional promovam o
salas de reuniões consumo eficiente
Ginásio (com, pelo de água nos
3 pts. por
menos, 4 equipamentos
119 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional cada
equipamentos interiores e
sistema,
diferentes) 133A exteriores, incluindo Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
até ao
Outras instalações a utilização de
desportivas 5 pts. por máximo de
fontes de água
interiores (campo de cada, até 15 pts.
119A Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional alternativas
ténis, campo de ao máximo (reutilização de
vólei, campo de de 10 pts.
água, água da
padel, squash, etc.)
chuva, etc.)
Spa (com, pelo
120 menos, 4 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Sistemas que
equipamentos) promovam o
121 Cabeleireiro 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
consumo eficiente 3 pts. por
de energia, cada
2 pts. por incluindo a sistema,
Estabelecimentos cada, até 133B Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
121A Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional utilização de até ao
comerciais ao máximo
de 6 pts. energias renováveis máximo de
Instalações ou equivalente, 15 pts.
desportivas quando não
exteriores (campo 5 pts. por obrigatórios por lei
de ténis, campo de cada, no Sistemas que
122 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 3 pts. por
vólei, campo de máximo de promovam a
padel, minigolfe, 15 pts. cada
qualidade do ar
driving net, sistema,
133C interior e o conforto Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
petanca, etc.) até ao
térmico e acústico,
123 Piscina exterior 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional máximo de
quando não
15 pts.
124 Piscina interior 12 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional obrigatórios por lei
Centro ecológico ou
Piscina exterior
125
aquecida
20 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional estrutura de
133D 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Piscina interior interpretação
125A 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional ambiental
aquecida
Piscina para crianças Sistema de
125B 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
contratação e
Sala de jogos (com, compras que
pelo menos, 5
125C 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional promova a inclusão
equipamentos ou
jogos)
133E de critérios 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Golfe ambientais nos
126 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional contratos e
Clube para crianças fornecimentos
do próprio (compras ecológicas)
empreendimento Utilização de
127 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
(crianças até aos 3 espécies autóctones
anos), pelo menos 6
133F da região nas áreas 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
horas por dia
Clube para crianças
verdes do
do próprio empreendimento
empreendimento Adoção e
128 (crianças com mais 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional implementação de
de 3 anos), pelo política de
menos 6 horas por 133G informação sobre 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
dia práticas de turismo
Programas regulares 1 pto., sustentável por
128A de atividades de mais 2 pts. Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional parte dos utentes
animação indoor se diários
Utilização, na sua
Programas regulares 2 pts.,
frota, de veículos
128B de atividades de mais 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
animação outdoor pto. se automóveis ligeiros,
turismo de 133H de passageiros e/ou 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
natureza mercadorias,
(14) e 2 maioritariamente
pts. se elétricos
diários Certificação
energética ou
5. Qualidade e sustentabilidade ambiental por norma
134 nacional ou 30 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Certificação da europeia, quando
qualidade dos não obrigatória por
serviços por norma lei
129 nacional ou 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Certificação, prémio
europeia, quando
ou selo de qualidade
não obrigatória por
lei atribuído por uma 3 pts. por
Restaurante com 5 pts. se entidade cada, até
135 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
prémio nacional ou nacional, reconhecida ao máximo
129A internacional 10 pts. se Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional nacional, de 6 pts.
internacio estrangeira ou
nal internacional
Processo formal de
129B resposta interna a 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
reclamações
Total pontos opcionais por categoria
Processo sistemático 125 161 225 255 278
129C de recolha de 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
opinião de clientes
Convite sistemático
aos clientes para
129D submeter opinião no 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Abreviaturas:
sítio na Internet do NA ² Não aplicável
empreendimento
UA ² Unidade(s) de alojamento
Processo de cliente
mistério realizado
por entidades Notas:
externas (1) Requisito opcional no caso do estabelecimento hoteleiro de 3* ter menos de 40 quartos e seja instalado num edifício pré-existente
129E 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional que não tenha sido sujeito a obras de demolição da estrutura resistente.
acreditadas, pelo
menos uma vez em (2) Quando num mesmo edifício estejam instalados vários hotéis, o local de receção pode ser comum a todos.
cada período de dois (3) A área bruta privativa é a superfície total, medida pelo perímetro exterior e eixos das paredes separadoras da UA, equipamento,
anos e meio zona funcional ou edifício em causa, não incluindo varandas, terraços, caves ou sótãos privativos.
Soluções inovadoras (4) Área útil nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951,
na oferta de na redação em vigor.
129F espaços, 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional (5) Em até 20% das UA, a área de cada UA pode ser diminuída até 10% da área mínima associada a cada categoria e tipologia de UA,
equipamentos e desde que cumpridas, cumulativamente, as seguintes condições, consoante aplicáveis: (a) não ultrapasse a área mínima da categoria
serviços
inferior dentro da mesma tipologia de UA; (b) não ultrapasse a área mínima da tipologia de UA inferior dentro da mesma categoria; e (c)
Rede alargada de
se enquadre numa alteração da autorização de utilização do edifício para autorização de utilização para fins turísticos.
parcerias com
fornecedores locais (6) Zona de estar composta por: sofá ou maple, mesa de apoio e iluminação.
129G numa lógica de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional (7) Zona de trabalho composta por cadeira, mesa de trabalho, iluminação e tomada elétrica.
sustentabilidade e (8) Aplicável relativamente à opção não utilizada nos termos do requisito n.º 36.
responsabilidade (9) Os estabelecimentos hoteleiros e os hotéis rurais podem ser constituídos por quartos e por apartamentos.
local (10) As suítes podem ter mais do que um quarto, devendo estes cumprir a área estipulada para os quartos suplementares e incluir uma
Aproveitamento ou instalação sanitária privativa. Não podem ser instaladas kitchenettes ou cozinhas nas suítes.
valorização de (11) Em caso de apartamento ou suíte com mais do que um quarto, entende-se que basta existir telefone ou telemóvel num dos quartos.
edificações pré- (12) Incluindo almoço e jantar, em espaço adequado. Pode ser dispensado pelo Turismo de Portugal, I.P. quando o empreendimento se
130 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
existentes, com situar próximo de centro urbano ou em zona de vilegiatura que disponha de razoável oferta de estabelecimentos de restauração.
interesse individual (13) O business center deve garantir a privacidade de cada utilizador.
ou de conjunto (14) Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho.
8462 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

ANEXO II N.º Requisitos Pontos   

Chaleira elétrica e máquina


(a que se refere o artigo 4.º) Equipamento e
33
de café
Equipamento básico:
2 Opcional Opcional Opcional

acessórios espelho, toalhas (1 de rosto


34 ² Obrigatório NA NA
ANEXO II
sanitários e 1 de banho por pessoa) e
suporte para toalhas
Equipamento médio:
equipamento básico mais
Aldeamentos turísticos 35
iluminação do lavatório,
caixote do lixo, secador de
5 Opcional Obrigatório Obrigatório
cabelo e tapete ou toalha de
chão
(a que se refere o artigo 3.º) 36
Equipamento superior:
equipamento médio mais 7 Opcional Opcional Opcional
chinelos e roupão
Tomada elétrica junto ao
N.º Requisitos Pontos    36A lavatório ou junto ao 1 Opcional Opcional Opcional
espelho
Pelo menos 50% das
1. Instalações 37 instalações sanitárias com 10 Opcional Opcional Opcional
banheira e duche separados
Acessos Elevador quando o edifício Pelo menos 50% das
1 tenha mais de 2 pisos, 15 Opcional Obrigatório Obrigatório instalações sanitárias com
incluindo o rés-do-chão separação física entre a
38 15 Opcional Opcional Opcional
Zonas comuns Local identificado de área limpa (lavatório e
receção destinado ao check duche ou banheira) e área
in, check out e informações suja (sanita)
aos utentes, que pode ser Pelo menos 50% das
2 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
instalado no próprio 39 instalações sanitárias com 5 Opcional Opcional Opcional
aldeamento turístico ou em bidé
comum com outro Pelo menos 50% das
empreendimento turístico 40 instalações sanitárias com 7 Opcional Opcional Opcional
Restaurante com zona de lavatório adicional
3 bar aberto 7 dias por ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 41 Espelho de cosmética 2 Opcional Opcional Opcional
semana (1)
Piscina comum exterior com 42 Aquecimento de toalhas 5 Opcional Opcional Opcional
4 anexo próprio para crianças ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Balança
(2) 43 1 Opcional Opcional Opcional
Climatização das áreas Amenities básico: sabonete
44 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
comuns com sistemas de ou gel de banho
5 climatização ativos ou 10 Opcional Opcional Opcional Amenities médio: amenities
passivos que garantam o 45 básico mais champô e touca 1 Opcional Opcional Obrigatório
conforto térmico de banho
Zonas de serviço 6 Zona de armazenagem ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 46 Amenities superior: 2 Opcional Opcional Opcional
Área destinada ao pessoal, amenities médio mais
composta pelo menos por escova e pasta de dentes,
7 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório lâmina e gel de barbear,
vestiário e instalações
sanitárias lima de unhas e algodão de
UA (Apartamentos Climatização das UA com limpeza, a pedido
e/ou moradias) sistemas de climatização Depósito de valores Serviço de depósito de
8 ² Obrigatório Obrigatório NA 47 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
ativos ou passivos que valores na receção
garantam o conforto térmico 48 Cofre na UA 5 Opcional Opcional Obrigatório
50% das UA com sistemas de Cofre na UA com tomada
climatização que garantam 48A 1 Opcional Opcional Opcional
elétrica no seu interior
9 o conforto térmico de 10 Opcional Opcional Obrigatório
Sistemas de vídeo Televisão a cores com
intensidade regulável pelo 49 3 Opcional Opcional Opcional
e áudio controlo remoto na sala
cliente em cada ciclo
Televisão a cores com
100% das UA com sistemas 49A controlo remoto e na 2 Opcional Opcional Opcional
de climatização que
modalidade smart tv na sala
10 garantam o conforto térmico 13 Opcional Opcional Opcional
50 Leitor de DVD 6 Opcional Opcional Opcional
de intensidade regulável
pelo cliente em cada ciclo Sistema de som na sala
51 2 Opcional Opcional Opcional
Dispositivo interior de
10A segurança adicional na porta 2 Opcional Opcional Obrigatório Acesso a mais de 20 canais
52 5 Opcional Opcional Opcional
da entrada de televisão
Varandas ou terraços com 5 pts. por 2 pts. por
Docking station / colunas
área mínima de 4 m2 em 50% cada 4 cada tipo,
bluetooth para aparelhos de
11 das UA m2/UA, até Opcional Opcional Opcional 52A até ao Opcional Opcional Opcional
media (smartphones, ipods,
ao máximo máximo de 4
tablets)
de 15 pts. pts.
Áreas (3) Área mínima do 52B Consola de jogos, a pedido 2 Opcional Opcional Opcional
12 ² 25,5 m2 28m2 31m2
apartamento em estúdio
Comunicações Meios de comunicação com
Área mínima da UA com um
13 ² 34 m2 40 m2 50 m2 eletrónicas o exterior acessíveis aos
quarto duplo
utentes (pelo menos um
Área mínima da UA com n.º de quartos x n.º de quartos x n.º de quartos x
53 meio de voz, telefone ou ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
mais de um quarto duplo 23,5 m2, sendo 30 m2, sendo 37,5 m2, sendo
telemóvel, e um meio de
14 ² retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2
escrita, fax ou correio
por cada quarto por cada quarto por cada quarto eletrónico)
individual individual individual
Telefone ou telemóvel na
Percentagem da área média •² 10 54 UA com acesso à rede ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
das UA que excede as áreas SWV•²
15 Opcional Opcional Opcional exterior
mínimas obrigatórias SWV•
Acesso à Internet em banda
30% ² 15 pts.
larga e sem fios nas UA ou
Casas de banho Uma casa de banho por cada
55 nas zonas comuns ² Obrigatório Obrigatório NA
3 quartos, constituída, no
(condicionada à cobertura
16 mínimo, por sanita, ² Obrigatório NA NA
do serviço)
lavatório e duche ou
Acesso à Internet em banda
banheira
larga e sem fios nas UA e
Uma casa de banho por cada 56 nas zonas comuns 6 Opcional Opcional Obrigatório
2 quartos constituída, no
(condicionada à cobertura
17 mínimo, por sanita, 10 Opcional Obrigatório NA do serviço)
lavatório e duche ou
Acesso gratuito à Internet
banheira
56A em banda larga e sem fios 5 Opcional Opcional Opcional
Casa de banho privativa
nas zonas comuns
para cada quarto
Acesso gratuito à Internet
18 constituída, no mínimo, por 12 Opcional Opcional Obrigatório
56B em banda larga e sem fios 10 Opcional Opcional Opcional
sanita, lavatório e duche ou
nas UA
banheira (4)
Sistema de registo de
Uma casa de banho 57 2 Opcional Opcional Opcional
mensagens de voz na UA
19 adicional, no mínimo com 14 Opcional Opcional Opcional
Equipamento Manual do serviço de A a Z
sanita e lavatório
suplementar 58 na UA, em suporte escrito, ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Estacionamento Estacionamento privativo
audiovisual ou outro
20 com capacidade para um ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
veículo por UA 58A Guarda-chuva na UA 2 Opcional Opcional Opcional
Estacionamento para
21 5 Opcional Opcional Opcional
autocarros 3. Serviços
2. Equipamento e mobiliário Serviço de limpeza Limpeza e arrumação diária
59 5 Opcional Opcional Obrigatório
e arrumação das das UA
Equipamento do Equipamento básico: cama, UA Limpeza e arrumação das UA
quarto equipamento para ocultação 60 ² Obrigatório Obrigatório NA
duas vezes por semana e
da luz exterior, roupeiro ou antes de serem ocupadas
solução equivalente, pelos clientes
22 cabides, cadeira ou sofá, ² Obrigatório NA NA Mudança de toalhas pelo
mesas de cabeceira ou menos duas vezes por
61 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
solução de apoio semana e sempre que mude
equivalente, luzes de o cliente
cabeceira e tomada elétrica Mudança diária de toalhas a
62 5 Opcional Opcional Obrigatório
Equipamento médio: pedido do cliente
equipamento básico mais Mudança de roupa de cama
23 espelho de corpo inteiro e, a 5 Opcional Obrigatório NA pelo menos uma vez por
63 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
pedido, cobertor ou edredon semana e sempre que mude
adicional o cliente
Equipamento superior: Mudança de roupa de cama
64 5 Opcional Opcional Obrigatório
equipamento médio mais a pedido do cliente
interruptor de iluminação Serviço de verificação das
24 5 Opcional Opcional Obrigatório UA para a noite (abertura da
geral do quarto junto da 65 5 Opcional Opcional Opcional
cama, cesto de papéis, cama, troca de toalhas e
telefone ou telemóvel (5) limpeza)
Tomada elétrica acessível e Colchões higienizados pelo
24A 2 Opcional Opcional Opcional menos uma vez em cada
livre junto da cama 65A ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Adaptadores de tomadas três anos, com registo
24B 1 Opcional Opcional Opcional documental
elétricas a pedido
Serviço de 8 horas de room service de
Tomada USB acessível e livre 66 4 Opcional Opcional Opcional
24C 2 Opcional Opcional Opcional alimentação e bebidas e refeições ligeiras
na UA
bebidas 16 horas de room service de
Colchões com comprimento 67 8 Opcional Opcional Opcional
25 5 Opcional Opcional Opcional bebidas e refeições ligeiras
não inferior a 2m e largura
24 horas de room service de
não inferior a 1,10m para 68 12 Opcional Opcional Opcional
bebidas e refeições ligeiras
camas individuais e 1,80m
Menus especiais (por
para camas de casal
exemplo, vegetarianos,
25A Sobre colchão 5 Opcional Opcional Opcional 68A 5 Opcional Opcional Opcional
dietéticos, celíacos,
Cama suplementar a pedido desportivos)
26 3 Opcional Opcional Opcional
68B Menus infantis 2 Opcional Opcional Opcional
26A Berço a pedido 3 Opcional Opcional Opcional
Carta de vinhos nacionais e
Equipamento das Mesa de refeições ou estrangeiros, com indicação
salas de estar e de adaptável para o efeito, 68C dos anos das colheitas, 5 Opcional Opcional Opcional
27 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
refeições cadeiras e sofá, loiças, castas e outras informações
vidros e talheres relevantes
Equipamento da Frigorífico, lava-loiça e Serviço de escanção ao
68D 6 Opcional Opcional Opcional
cozinha ou armários para víveres, fogão almoço e ao jantar
kitchenette 28 ou placa, exaustor de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Restaurante com oferta de
fumos, varinha mágica e 68E pratos da cozinha 3 Opcional Opcional Opcional
utensílios de cozinha regional/local
29 Micro-ondas ² Obrigatório NA NA Serviço de 69 Serviço de pequeno almoço 2 Opcional Opcional Opcional
pequeno-almoço
30 Forno e micro-ondas (6) 6 Opcional Obrigatório Obrigatório Pequeno-almoço buffet ou
70 3 Opcional Opcional Opcional
à-la-carte
31 Máquina de lavar loiça 6 Opcional Opcional Opcional Serviço de pequeno-almoço
70A com a duração mínima de 4 5 Opcional Opcional Opcional
32 Máquina de lavar roupa 6 Opcional Opcional Opcional horas
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8463

N.º Requisitos Pontos    N.º Requisitos Pontos   
Pequeno-almoço à-la-carte Soluções inovadoras na
71 4 Opcional Opcional Opcional 100F oferta de espaços, 15 Opcional Opcional Opcional
nas UA
Serviço de receção Serviço de atendimento equipamentos e serviços
Rede alargada de parcerias
e acolhimento 72 permanente (presencial ou ² Obrigatório Obrigatório NA
com fornecedores locais
automático) 100G numa lógica de 5 Opcional Opcional Opcional
Serviço de receção sustentabilidade e
(presencial) 16 horas, 2 pts. por responsabilidade local
73 próprio ou em comum com cada 8 horas Opcional Obrigatório NA Relação área total do
outro empreendimento opcionais empreendimento/capacidad
turístico e (metros quadrados por
pessoa), salvo se valor
Serviço de receção 101 ² 100 m2 120 m2 140 m2
superior for determinado em
(presencial) 24 horas, 2 pts. por Plano Municipal de
74 próprio ou em comum com cada 8 horas Opcional Opcional Obrigatório Ordenamento do Território
outro empreendimento opcionais aplicável
turístico Mais 20% relativamente à
Check-in expresso área total do
74A 1 Opcional Opcional Opcional 102 empreendimento/capacidad 12 Opcional Opcional Opcional
automático
e (m2 por pessoa)
Serviço de receção bilingue
75 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório estabelecida
(Português e Inglês) Aproveitamento ou
2 pts. por valorização de edificações
cada língua 103 pré-existentes, com 10 Opcional Opcional Opcional
Serviço de receção
adicional, interesse individual ou de
76 multilingue (para além do Opcional Opcional Opcional conjunto
até ao
Português e do Inglês) Empreendimento instalado
máximo de 6
pts. em edifício classificado ou
em vias de classificação
Serviço de portaria como de interesse nacional,
77 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 103A 20 Opcional Opcional Opcional
(presencial ou automático) de interesse público ou de
Serviço de informação e interesse municipal, ou
78 3 Opcional Opcional Obrigatório
reservas inserido em conjunto ou
Sítio na Internet informativo 3 pts., mais sítio com essa classificação
do empreendimento, 2 pts. se Coeficiente de localização a
aplicar ao empreendimento
78A possibilitando a realização bilingue Opcional Opcional Opcional
•”QRVWHUPRVGR
de reservas e de transações (Português e 104 14 Opcional Opcional Opcional
artigo 42.º do Código do
online Inglês) imposto Municipal sobre
Presença ativa nas redes Imóveis
sociais com a publicação Coeficiente de localização a
regular de informação (pelo aplicar ao empreendimento
78B 2 Opcional Opcional Opcional 105 > 2,5, nos termos do artigo 20 Opcional Opcional Opcional
menos semanal) e interação
com clientes e potenciais 42.º do Código do imposto
Municipal sobre Imóveis
clientes por estas vias.
Área de espaços verdes de 5 pts. por
Serviço de aceitação e utilização comum cada 50
79 5 Opcional Opcional Opcional
entrega de mensagens 106 m2/UA, até Opcional Opcional Opcional
79A Serviço de fotocópias 2 Opcional Opcional Opcional máximo de
15 pts.
79B Serviço de digitalização 2 Opcional Opcional Opcional Sistemas que promovam o
consumo eficiente de água 3 pts. por
Impressão gratuita de talões nos equipamentos interiores cada
79C de embarque, vouchers e 2 Opcional Opcional Opcional 106A e exteriores, incluindo a sistema, até Opcional Opcional Opcional
bilhetes utilização de fontes de água ao máximo
Serviço de depósito de alternativas (reutilização de de 15 pts.
80 5 Opcional Opcional Opcional água, água da chuva, etc.)
bagagens
Sistemas que promovam o 3 pts. por
Guarda-chuva à disposição 106B Opcional Opcional Opcional
80A 1 Opcional Opcional Opcional consumo eficiente de cada
dos clientes energia, incluindo a sistema, até
Bicicleta à disposição dos utilização de energias ao máximo
80B 6 Opcional Opcional Opcional
clientes renováveis ou equivalente, de 15 pts.
Serviço de quando não obrigatórios por
Serviço de lavandaria e lei
lavandaria e 81 5 Opcional Obrigatório Obrigatório
engomadoria Sistemas que promovam a 3 pts. por
engomadoria
qualidade do ar interior e o cada
Serviço de Vigilância durante a noite
82 ² Obrigatório Obrigatório NA 106C conforto térmico e acústico, sistema, até Opcional Opcional Opcional
segurança e (período de 12 horas) quando não obrigatórios por ao máximo
vigilância 83 Vigilância 24 horas por dia 5 Opcional Opcional Obrigatório lei de 15 pts.
Centro ecológico ou
Videovigilância em zonas 106D estrutura de interpretação 5 Opcional Opcional Opcional
84 6 Opcional Opcional Opcional
públicas e de circulação ambiental
Outros serviços Aceitação de cartões de Sistema de contratação e
85 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
crédito e débito compras que promova a
inclusão de critérios
86 Serviço despertar 2 Opcional Opcional Opcional 106E 10 Opcional Opcional Opcional
ambientais nos contratos e
87 Serviço de correio 2 Opcional Opcional Opcional fornecimentos (compras
ecológicas)
87A Venda de bilhetes 3 Opcional Opcional Opcional Utilização de espécies
autóctones da região nas
Serviço de transporte 106F 2 Opcional Opcional Opcional
áreas verdes do
88 privativo do 5 Opcional Opcional Opcional empreendimento
empreendimento Adoção e implementação de
89 Serviço de babysitter 4 Opcional Opcional Opcional política de informação sobre
106G práticas de turismo 2 Opcional Opcional Opcional
89A Minimercado 10 Opcional Opcional Opcional sustentável por parte dos
utentes
Utilização, na sua frota, de
4. Lazer e negócios veículos automóveis ligeiros,
106H de passageiros e/ou 4 Opcional Opcional Opcional
Equipamentos e Área bruta privativa de •P2 < mercadorias,
instalações equipamentos 2,5m2 ²5 maioritariamente elétricos
Certificação energética ou
90 complementares (health SWV•P2 Opcional Opcional Opcional
ambiental por norma
club, spa, squash, etc.) por < 5m2 ²10 107 nacional ou europeia, 30 Opcional Opcional Opcional
UA, quando concorra para a SWV•P2 ² quando não obrigatória por
área bruta de construção do 15 pts. lei
empreendimento Certificação, prémio ou selo
Área bruta privativa de 3 pts. por
de qualidade atribuído por
cada, até ao
equipamentos 108 uma entidade reconhecida Opcional Opcional Opcional
•P2 < nacional, estrangeira ou
máximo de 6
complementares
2,5m2 ² 5 internacional
pts.
(instalações desportivas,
SWV•P2
91 parque infantil, etc.) por Opcional Opcional Opcional
< 5m2 ²10
UA, quando não concorra
SWV•P2 ² Total pontos opcionais por categoria
para a área bruta de 179 210 225
15 pts.
construção do
empreendimento
Business center (no mínimo
com computador, acesso à
92 10 Opcional Opcional Opcional Abreviaturas:
Internet, impressora e
NA ² Não aplicável
scanner) (7)
UA ² Unidade(s) de alojamento
Ginásio (com, pelo menos, 4
93 10 Opcional Opcional Opcional
equipamentos diferentes) Notas:
Outras instalações (1) O restaurante pode ser dispensado pelo Turismo de Portugal, I.P. quando o aldeamento se situar próximo de centro urbano ou em
5 pts. por
desportivas interiores zona de vilegiatura que disponha de razoável oferta de estabelecimentos de restauração.
cada, até ao
93A (campo de ténis, campo de Opcional Opcional Opcional (2) A piscina pode ser dispensada quando todas as UA estejam dotadas de piscina privativa. A área mínima das piscinas é calculada
máximo de segundo a seguinte fórmula A=M+(KxN), sendo A - área; M - valor fixo dependente do número de camas; K - constante dependente do
vólei, campo de padel,
10 pts. tipo do aldeamento e do número de camas; N - Número de camas do aldeamento:
squash, etc.)
Spa (com, pelo menos, 4
94 10 Opcional Opcional Opcional Valores de K
equipamentos diferentes) N.º de camas Valor de M
Categoria 3* Categoria 4* Categoria 5*
95 Cabeleireiro 5 Opcional Opcional Opcional 100 a 500 100 0,2 0,21 0,25
Instalações desportivas 501 a 1000 90 0,19 0,21 0,23
5 pts. por Mais de 1000 80 0,18 0,19 0,21
exteriores (campo de ténis,
cada, até ao
96 campo de vólei, campo de Opcional Opcional Opcional
máximo de
padel, minigolfe, driving
15 pts.
net, petanca, etc.)
97 Piscina comum interior 12 Opcional Opcional Opcional (3) Área útil nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951,
na redação em vigor.
Piscina comum exterior (4) A partir da tipologia T4, inclusive, admite-se que um quarto não tenha casa de banho privativa.
98 20 Opcional Opcional Opcional
aquecida (5) Em caso de UA com mais do que um quarto, entende-se que basta existir telefone ou telemóvel num dos quartos.
Piscina comum interior (6) Considera-se cumprido o requisito caso um dos aparelhos acumule as duas funções.
98A 15 Opcional Opcional Opcional
aquecida (7) O business center deve garantir a privacidade de cada utilizador.
Sala de jogos (com, pelo (8) Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho.
98B menos, 5 equipamentos ou 5 Opcional Opcional Opcional
jogos)
99 Golfe 15 Opcional Opcional Opcional
Programas regulares de 1 pto., mais
99A atividades de animação 2 pts. se Opcional Opcional Opcional
indoor
Programas regulares de
diários
2 pts., mais
ANEXO III
atividades de animação 1 pto. se
outdoor turismo de
99B Opcional Opcional Opcional
natureza (8)
e 2 pts. se
diários (a que se refere o artigo 4.º)
5. Qualidade e sustentabilidade
Certificação da qualidade
dos serviços por norma
ANEXO III
100 nacional ou europeia, 15 Opcional Opcional Opcional
quando não obrigatória por

Apartamentos turísticos
lei
Restaurante com prémio 5 pts. se
nacional ou internacional nacional, 10
100A pts. se Opcional Opcional Opcional

(a que se refere o artigo 3.º)


internaciona
l
Processo formal de resposta
100B 3 Opcional Opcional Opcional
interna a reclamações
Processo sistemático de
100C recolha de opiniões de 2 Opcional Opcional Opcional N.º Requisitos Pontos   
clientes
Convite sistemático aos
clientes para submeter 1. Instalações
100D 2 Opcional Opcional Opcional
opinião no sítio na Internet
do empreendimento Acessos Elevador quando o edifício
Processo de cliente mistério 1 tenha mais de 3 pisos, - Obrigatório NA NA
realizado por entidades incluindo o rés-do-chão
100E externas acreditadas, pelo 5 Opcional Opcional Opcional Elevador quando o edifício
menos uma vez em cada 2 tenha mais de 2 pisos, 15 Opcional Obrigatório Obrigatório
período de dois anos e meio incluindo o rés-do-chão
8464 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

N.º Requisitos Pontos    N.º Requisitos Pontos   
Zonas comuns Local identificado de Pelo menos 50% das
receção destinado ao check instalações sanitárias com
in, check out e informações separação física entre a
38 15 Opcional Opcional Opcional
3 aos utentes, que pode ser - Obrigatório Obrigatório Obrigatório área limpa (lavatório e
instalado no próprio duche ou banheira) e área
empreendimento turístico suja (sanita)
ou em comum com outro Pelo menos 50% das
Restaurante com zona de 39 instalações sanitárias com 5 Opcional Opcional Opcional
4 bar aberto 7 dias por 10 Opcional Opcional Opcional bidé
semana Pelo menos 50% das
Climatização das áreas 40 instalações sanitárias com 7 Opcional Opcional Opcional
comuns com sistemas de lavatório adicional
5 climatização ativos ou 10 Opcional Opcional Opcional 41 Espelho de cosmética 2 Opcional Opcional Opcional
passivos que garantam o Aquecimento de toalhas
conforto térmico 42 5 Opcional Opcional Opcional
Zonas de serviço 6 Zona de armazenagem - Obrigatório Obrigatório Obrigatório 43 Balança 1 Opcional Opcional Opcional
Área destinada ao pessoal, Amenities básico: sabonete
44 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
composta pelo menos por ou gel de banho
7 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
vestiário e instalações Amenities médio: amenities
sanitárias 45 básico mais champô e touca 1 Opcional Opcional Obrigatório
UA (Apartamentos) Climatização das UA com de banho
sistemas de climatização Amenities superior:
8 - Obrigatório Obrigatório NA
ativos ou passivos que amenities médio mais
garantam o conforto térmico escova e pasta de dentes,
46 2 Opcional Opcional Opcional
50% das UA com sistemas de lâmina e gel de barbear,
climatização que garantam o lima de unhas e algodão de
9 conforto térmico de 10 Opcional Opcional Obrigatório limpeza, a pedido
intensidade regulável pelo Depósito de valores Serviço de depósito de
47 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
cliente em cada ciclo valores na receção
100% das UA com sistemas 48 Cofre na UA 5 Opcional Opcional Obrigatório
de climatização que
10 garantam o conforto térmico 13 Opcional Opcional Opcional Cofre na UA com tomada
48A 1 Opcional Opcional Opcional
de intensidade regulável elétrica no seu interior
pelo cliente em cada ciclo Sistemas de vídeo Televisão a cores com
49 3 Opcional Opcional Opcional
Dispositivo interior de e áudio controlo remoto na sala
10A segurança adicional na porta 2 Opcional Opcional Obrigatório Televisão a cores com
da entrada 49A controlo remoto e na 2 Opcional Opcional Opcional
Varandas ou terraços com a 5 pts. por modalidade smart tv na sala
área mínima de 4m2 em pelo cada 4 50 Leitor de DVD 6 Opcional Opcional Opcional
11 menos 50% das UA m2/UA, até Opcional Opcional Opcional Sistema de som na sala
ao máximo 51 2 Opcional Opcional Opcional
de 15 pts. Acesso a mais de 20 canais
52 5 Opcional Opcional Opcional
Áreas (1) 12 Área mínima do - 25,5 m2 28m2 31m2 de televisão
apartamento em estúdio 2 pts. por
Docking station / colunas
cada tipo,
bluetooth para aparelhos de
Área mínima da UA com um 52A até ao Opcional Opcional Opcional
13 - 34 m2 40 m2 50 m2 media (smartphones, ipods,
quarto duplo máximo de 4
tablets)
Área mínima da UA com n.º de quartos x n.º de quartos x n.º de quartos x pts.
mais de um quarto duplo 23,5 m2, sendo 30 m2, sendo 37,5 m2, sendo 52B Consola de jogos, a pedido 2 Opcional Opcional Opcional
14 - retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2
por cada quarto por cada quarto por cada quarto Comunicações Meios de comunicação com
individual individual individual eletrónicas o exterior acessíveis aos
Percentagem da área média •² 10 utentes (pelo menos um
das UA que excede as áreas SWV•² 53 meio de voz, telefone ou - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
15 Opcional Opcional Opcional telemóvel, e um meio de
mínimas obrigatórias SWV•
30% ² 15 pts. escrita, fax ou correio
eletrónico)
Casas de banho Uma casa de banho por cada
3 quartos, constituída, no Telefone ou telemóvel na
16 mínimo, por sanita, ² Obrigatório NA NA 54 UA com acesso à rede - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
lavatório e duche ou exterior
banheira Acesso à Internet em banda
Uma casa de banho por cada larga e sem fios nas UA ou
2 quartos constituída, no 55 nas zonas comuns ² Obrigatório Obrigatório NA
17 mínimo, por sanita, 10 Opcional Obrigatório NA (condicionada à cobertura
lavatório e duche ou do serviço)
banheira Acesso à Internet em banda
Casa de banho privativa larga e sem fios nas UA e
para cada quarto 56 nas zonas comuns 5 Opcional Opcional Obrigatório
18 constituída, no mínimo, por 12 Opcional Opcional Obrigatório (condicionada à cobertura
sanita, lavatório e duche ou do serviço)
banheira (2) Acesso gratuito à Internet
Uma casa de banho 56A em banda larga nas zonas 4 Opcional Opcional Opcional
19 adicional, no mínimo com 14 Opcional Opcional Opcional comuns
sanita e lavatório Acesso gratuito à Internet
Estacionamento Estacionamento privativo 56B em banda larga e sem fios 8 Opcional Opcional Opcional
20 com capacidade para um ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório nas UA
veículo por UA Sistema de registo de
57 2 Opcional Opcional Opcional
Estacionamento para mensagens de voz na UA
21 5 Opcional Opcional Opcional Equipamento Manual do serviço de A a Z
autocarros
suplementar 58 na UA, em suporte escrito, - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
audiovisual ou outro
2. Equipamento e mobiliário
58A Guarda-chuva na UA 2 Opcional Opcional Opcional
Equipamento do Equipamento básico: cama,
quarto equipamento para ocultação
da luz exterior, roupeiro ou 3. Serviços
solução equivalente,
22 cabides, cadeira ou sofá, ² Obrigatório NA NA Limpeza e Limpeza e arrumação diária
59 5 Opcional Opcional Obrigatório
mesas de cabeceira ou arrumação das UA das UA
solução de apoio Limpeza e arrumação das
equivalente, luzes de UA duas vezes por semana e
60 - Obrigatório Obrigatório NA
cabeceira e tomada elétrica antes de serem ocupadas
Equipamento médio: pelos clientes
equipamento básico mais Mudança de toalhas pelo
23 espelho de corpo inteiro e, a 5 Opcional Obrigatório NA menos duas vezes por
61 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
pedido, cobertor ou edredon semana e sempre que mude
adicional o cliente
Equipamento superior: Mudança diária de toalhas a
62 5 Opcional Opcional Obrigatório
equipamento médio mais pedido do cliente
interruptor de iluminação Mudança de roupa de cama
24 5 Opcional Opcional Obrigatório pelo menos uma vez por
geral do quarto junto da 63 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
cama, cesto de papéis, semana e sempre que mude
telefone ou telemóvel (3) o cliente
Mudança de roupa de cama
64 5 Opcional Opcional Obrigatório
Tomada elétrica acessível e a pedido do cliente
24A 2 Opcional Opcional Opcional Serviço de verificação das
livre junto da cama
UA para a noite (abertura
65 5 Opcional Opcional Opcional
da cama, troca de toalhas,
Adaptadores de tomadas limpeza)
24B 1 Opcional Opcional Opcional Colchões higienizados pelo
elétricas a pedido
menos uma vez em cada
65A ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
três anos, com registo
Tomada USB acessível e documental
24C 2 Opcional Opcional Opcional
livre na UA Alimentação e 8 horas de room service de
66 4 Opcional Opcional Opcional
bebidas bebidas e refeições ligeiras
Colchões com comprimento 16 horas de room service de
não inferior a 2m e largura 67 8 Opcional Opcional Opcional
bebidas e refeições ligeiras
25 não inferior a 1,10m para 5 Opcional Opcional Opcional 24 horas de room service de
camas individuais e 1,80m 68 12 Opcional Opcional Opcional
bebidas e refeições ligeiras
para camas de casal
Menus especiais (por
25A Sobre colchão 5 Opcional Opcional Opcional exemplo, vegetarianos,
68A 5 Opcional Opcional Opcional
Cama suplementar a pedido dietéticos, celíacos,
26 3 Opcional Opcional Opcional
desportivos)
26A Berço a pedido 3 Opcional Opcional Opcional Menus infantis
68B 2 Opcional Opcional Opcional
Equipamento das Mesa de refeições ou Carta de vinhos nacionais e
salas de estar e de adaptável para o efeito, estrangeiros, com indicação
27 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
refeições cadeiras e sofás, loiças, 68C dos anos das colheitas, 5 Opcional Opcional Opcional
vidros e talheres castas e outras informações
Equipamento da Frigorífico, lava-loiça e relevantes
cozinha ou armários para víveres, fogão Serviço de escanção ao
kitchenette 28 ou placa, exaustor de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 68D 6 Opcional Opcional Opcional
almoço e ao jantar
fumos, varinha mágica e Restaurante com oferta de
utensílios de cozinha 68E pratos da cozinha 3 Opcional Opcional Opcional
29 Micro-ondas ² Obrigatório NA NA regional/local
Forno e micro-ondas (4) Pequeno-almoço 69 Serviço de pequeno-almoço 2 Opcional Opcional Opcional
30 6 Opcional Obrigatório Obrigatório
Máquina de lavar loiça Pequeno-almoço buffet ou
31 6 Opcional Opcional Opcional 70 3 Opcional Opcional Opcional
à-la-carte
32 Máquina de lavar roupa 6 Opcional Opcional Opcional Serviço de pequeno-almoço
Chaleira elétrica e máquina 70A com a duração mínima de 4 5 Opcional Opcional Opcional
33 2 Opcional Opcional Opcional horas
de café
Equipamentos e Equipamento básico: Pequeno-almoço à-la-carte
71 4 Opcional Opcional Opcional
acessórios espelho, toalhas (1 de rosto nas UA
34 - Obrigatório NA NA Receção e Serviço de atendimento
sanitários e 1 de banho por pessoa) e
suporte para toalhas acolhimento 72 permanente (presencial ou - Obrigatório Obrigatório NA
Equipamento médio: automático)
equipamento básico mais Serviço de receção
2 pts. por
iluminação do lavatório, (presencial) 16 horas,
35 5 Opcional Obrigatório Obrigatório cada 8
caixote do lixo, secador de 73 próprio ou em comum com Opcional Obrigatório NA
horas
cabelo e tapete ou toalha de outro empreendimento
opcionais
chão turístico
Equipamento superior: Serviço de receção
2 pts. por
36 equipamento médio mais 7 Opcional Opcional Opcional (presencial) 24 horas,
cada 8
chinelos e roupão 74 próprio ou em comum com Opcional Opcional Obrigatório
horas
Tomada elétrica junto ao outro empreendimento
opcionais
36A lavatório ou junto ao 1 Opcional Opcional Opcional turístico
espelho Check-in expresso
74A 1 Opcional Opcional Opcional
Pelo menos 50% das automático
37 instalações sanitárias com 10 Opcional Opcional Opcional Serviço de receção bilingue
banheira e duche separados 75 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
(Português e Inglês)
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8465

N.º Requisitos Pontos    N.º Requisitos Pontos   
ç
Serviço de receção 2 pts. por Coeficiente de localização a
multilingue (para além do cada língua aplicar ao empreendimento
Português e do Inglês) adicional, •”QRVWHUPRVGR
76 Opcional Opcional Opcional 103 14 Opcional Opcional Opcional
até ao artigo 42.º do Código do
máximo de imposto Municipal sobre
6 pts. Imóveis
Serviço de portaria Coeficiente de localização a
77 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
(presencial ou automático) aplicar ao empreendimento
Serviço de informação e 104 > 2,5, nos termos do artigo 20 Opcional Opcional Opcional
78 3 Opcional Opcional Obrigatório
reservas 42.º do Código do imposto
Sítio na Internet Municipal sobre Imóveis
3 pts., mais
informativo do Área de espaços verdes de 5 pts. por
2 pts. se
empreendimento, utilização comum cada 50
78A bilingue Opcional Opcional Opcional
105 m2/UA, até Opcional Opcional Opcional
possibilitando a realização
(Português ao máximo
de reservas e de transações
e Inglês) de 15 pts.
online
Presença ativa nas redes Sistemas que promovam o
sociais com a publicação consumo eficiente de água 3 pts. por
regular de informação (pelo nos equipamentos interiores cada
78B 2 Opcional Opcional Opcional 105A e exteriores, incluindo a sistema, até Opcional Opcional Opcional
menos semanal) e interação
com clientes e potenciais utilização de fontes de água ao máximo
clientes por estas vias alternativas (reutilização de de 15 pts.
Serviço de aceitação e água, água da chuva, etc.)
79 5 Opcional Opcional Opcional Sistemas que promovam o
entrega de mensagens
Serviço de fotocópias consumo eficiente de 3 pts. por
79A 2 Opcional Opcional Opcional
energia, incluindo a cada
79B Serviço de digitalização 2 Opcional Opcional Opcional 105B utilização de energias sistema, até Opcional Opcional Opcional
renováveis ou equivalente, ao máximo
Impressão gratuita de
quando não obrigatórios por de 15 pts.
79C talões de embarque, 2 Opcional Opcional Opcional
lei
vouchers e bilhetes Sistemas que promovam a 3 pts. por
Serviço de depósito de qualidade do ar interior e o cada
80 5 Opcional Opcional Opcional
bagagens 105C conforto térmico e acústico, sistema, até Opcional Opcional Opcional
Guarda-chuva à disposição quando não obrigatórios por ao máximo
80A 1 Opcional Opcional Opcional
dos clientes lei de 15 pts.
Bicicleta à disposição dos Centro ecológico ou
80B 7 Opcional Opcional Opcional
clientes 105D estrutura de interpretação 5 Opcional Opcional Opcional
Lavandaria e Serviço de lavandaria e ambiental
81 5 Opcional Obrigatório Obrigatório
engomadoria engomadoria Sistema de contratação e Opcional Opcional Opcional
Serviços de Vigilância durante a noite compras que promova a
82 - Obrigatório Obrigatório NA
segurança e (período de 12 horas) inclusão de critérios
105E 10
vigilância Vigilância 24 horas por dia ambientais nos contratos e
83 5 Opcional Opcional Obrigatório
fornecimentos (compras
Videovigilância em zonas ecológicas)
84 6 Opcional Opcional Opcional
públicas e de circulação Utilização de espécies Opcional Opcional Opcional
Outros Aceitação de cartões de autóctones da região nas
85 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório 108F 2
crédito e débito áreas verdes do
86 Serviço despertar 2 Opcional Opcional Opcional empreendimento
Adoção e implementação de Opcional Opcional Opcional
87 Serviço de correio 2 Opcional Opcional Opcional política de informação sobre
Venda de bilhetes 105G práticas de turismo 2
87A 3 Opcional Opcional Opcional sustentável por parte dos
Serviço de transporte utentes
88 privativo do 5 Opcional Opcional Opcional Utilização, na sua frota, de Opcional Opcional Opcional
empreendimento veículos automóveis ligeiros,
Serviço de babysitter 105H de passageiros e/ou 4
89 4 Opcional Opcional Opcional
mercadorias,
exclusivamente elétricos
4. Lazer e negócios Certificação energética ou
ambiental por norma
106 nacional ou europeia, 30 Opcional Opcional Opcional
Equipamentos e Área bruta privativa de
•P2 < 2,5 quando não obrigatória por
instalações equipamentos
m2 ² 5 pts.; lei
complementares (health
•P Certificação, prémio ou selo
90 club, spa, squash, etc.) por Opcional Opcional Opcional 5 pts. por
5m2 ² 10 de qualidade atribuído por
UA, quando concorra para a cada, até ao
SWV•P2 ² 107 uma entidade reconhecida Opcional Opcional Opcional
área bruta de construção do máximo de
15 pts. nacional, estrangeira ou
empreendimento 10 pts.
Área bruta privativa de internacional
equipamentos 2
•P < 2,5
complementares
m2 ² 5 pts.;
(instalações desportivas,
•P Total pontos opcionais por categoria
91 parque infantil, etc.) por Opcional Opcional Opcional
5m2 ² 10 187 225 252
UA, quando não concorra
SWV•P2 ²
para a área bruta de
15 pts.
construção do
empreendimento
Abreviaturas:
Business center (no mínimo
NA ² Não aplicável
com computador, acesso à
92 10 Opcional Opcional Opcional UA ² Unidade(s) de alojamento
Internet, impressora e
scanner) (5)
Notas:
Ginásio (com, pelo menos, 4
93 10 Opcional Opcional Opcional (1) Área útil nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951,
equipamentos diferentes)
na redação em vigor.
Outras instalações
5 pts. por (2) A partir da tipologia T4, inclusive, admite-se que um quarto não tenha casa de banho privativa.
desportivas interiores
cada, até ao (3) Em caso de UA com mais do que um quarto, entende-se que basta existir telefone ou telemóvel e televisão num dos quartos.
93A (campo de ténis, campo de Opcional Opcional Opcional
máximo de (4) Considera-se cumprido o requisito caso um dos aparelhos acumule as duas funções.
vólei, campo de padel,
10 pts. (5) O business center deverá garantir a privacidade de cada utilizador.
squash, etc.)
Spa (com, pelo menos, 4 (6) Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho.
94 10 Opcional Opcional Opcional
equipamentos diferentes)
95 Cabeleireiro 5 Opcional Opcional Opcional
Instalações desportivas
5 pts por
96
exteriores (campo de ténis,
campo de vólei, campo de
padel, minigolfe, driving
cada, no
máximo de
Opcional Opcional Opcional ANEXO IV
15 pts
net, petanca, etc.)
97 Piscina comum exterior 10 Opcional Opcional Opcional
98 Piscina comum interior 12 Opcional Opcional Opcional (a que se refere o artigo 6.º)
Piscina comum exterior
99 20 Opcional Opcional Opcional
aquecida
Piscina comum interior
99A 15 Opcional Opcional Opcional
Republicação da Portaria n.º 327/2008, de 28 de abril
aquecida
99B Piscina para crianças 5 Opcional Opcional Opcional
Sala de jogos (com, pelo
99C menos, 5 equipamentos ou 5 Opcional Opcional Opcional
jogos)
100 Golfe
Programas regulares de
15
1 pto., mais
Opcional Opcional Opcional Artigo 1.º
100A atividades de animação 2 pts. se Opcional Opcional Opcional
indoor
Programas regulares de
diários
2 pts., mais Objeto
atividades de animação 1 pto. se
outdoor turismo de

É aprovado o sistema de classificação dos seguintes


100B Opcional Opcional Opcional
natureza (6)
e 2 pts. se

tipos de empreendimentos turísticos:


diários

5. Qualidade e sustentabilidade

a) Estabelecimentos hoteleiros;
Certificação da qualidade
dos serviços por norma
101 nacional ou europeia, 15 Opcional Opcional Opcional
quando não obrigatória por
lei b) Aldeamentos turísticos;
c) Apartamentos turísticos;
101A Restaurante com prémio 5 pts. se Opcional Opcional Opcional
nacional ou internacional nacional, 10
pts. se

101B
Processo formal de resposta
interna a reclamações
internacional
3 Opcional Opcional Opcional
d) Hotéis rurais.
Processo sistemático de
101C recolha de opiniões de 2 Opcional Opcional Opcional
clientes
Convite sistemático aos
clientes para submeter
Artigo 2.º
101D 2 Opcional Opcional Opcional
opinião no sítio na Internet
do empreendimento
Processo sistemático de Classificação
cliente mistério realizado
101E 15 Opcional Opcional Opcional
por entidades externas
acreditadas
Soluções inovadoras na Sem prejuízo do cumprimento dos requisitos obriga-
101F oferta de espaços,
equipamentos e serviços
Rede alargada de parcerias
5 Opcional Opcional Opcional
tórios comuns de classificação previstos no artigo 5.º da
101G
com fornecedores locais
numa lógica de 5 Opcional Opcional Opcional presente portaria, os empreendimentos turísticos referidos
no artigo anterior são classificados mediante a atribuição:
sustentabilidade e
responsabilidade local
Aproveitamento ou
valorização de edificações
102 pré-existentes, com
interesse individual ou de
conjunto
10 Opcional Opcional Opcional
a) Da tipologia e, quando aplicável, do grupo, de acordo
Empreendimento instalado
em edifício classificado ou com os requisitos fixados:
em vias de classificação

i) Para os estabelecimentos hoteleiros, os aldea-


como de interesse nacional,
102A 20 Opcional Opcional Opcional
de interesse público ou de
interesse municipal, ou
inseridos em conjunto ou
sítio com essa classificação mentos turísticos e os apartamentos turísticos, no
8466 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, alterado pelo b) Para a atribuição da categoria de 3 estrelas, quando
Decreto-Lei n.º 228/2009, de 14 de setembro, pelo instaladas em edifícios classificados de interesse muni-
Decreto-Lei n.º 15/2014, de 23 de janeiro, pelo Decreto- cipal ou em edifícios que, pela sua antiguidade, valor
-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, e pelo Decreto-Lei arquitetónico e histórico, sejam representativos de uma
n.º 186/2015, de 3 de setembro (regime jurídico da insta- determinada época.
lação, exploração e funcionamento dos empreendimentos
turísticos — RJET); 2 — Os demais empreendimentos turísticos referidos
ii) Para os hotéis rurais, no RJET e na portaria prevista no artigo 1.º são dispensados da atribuição da categoria
na alínea b) do n.º 2 do respetivo artigo 4.º; quando, solicitando-o expressamente:

b) Da categoria, nos termos do disposto nos artigos 3.º a) No caso dos estabelecimentos hoteleiros e dos hotéis
e 4.º e sem prejuízo das exceções previstas no artigo 4.º-A rurais, cumpram os requisitos para a atribuição da catego-
da presente portaria. ria de 3, 4 ou 5 estrelas, nos termos previstos no anexo I
da presente portaria, devendo 20 % da pontuação obtida
Artigo 3.º por via de requisitos opcionais resultar do cumprimento
de requisitos constantes da secção 5 — Qualidade e Sus-
Categorias
tentabilidade desse mesmo anexo;
1 — Aos estabelecimentos hoteleiros é atribuída uma b) No caso dos aldeamentos turísticos, cumpram os
categoria de 1 a 5 estrelas, de acordo com os requisitos requisitos para a atribuição da categoria de 4 ou 5 estre-
constantes do anexo I da presente portaria, que dela faz las, nos termos previstos no anexo II da presente portaria,
parte integrante. devendo 20 % da pontuação obtida por via de requisitos
2 — Aos aldeamentos turísticos e aos apartamentos turís- opcionais resultar do cumprimento de requisitos cons-
ticos é atribuída uma categoria de 3 a 5 estrelas, de acordo tantes da secção 5 — Qualidade e Sustentabilidade desse
com os requisitos constantes, respetivamente, dos anexos II mesmo anexo;
e III da presente portaria, que dela fazem parte integrante. c) No caso dos apartamentos turísticos, cumpram os
3 — Aos hotéis rurais é atribuída uma categoria de 3 requisitos para a atribuição da categoria de 4 ou 5 estrelas,
a 5 estrelas, de acordo com os requisitos constantes do nos termos previstos no anexo III da presente portaria,
anexo I da presente portaria. devendo 20 % da pontuação obtida por via de requisitos
opcionais resultar do cumprimento de requisitos cons-
Artigo 4.º tantes da secção 5 — Qualidade e Sustentabilidade desse
Atribuição da categoria mesmo anexo.
1 — Para cada categoria, são fixados: 3 — Sem prejuízo do previsto nos números seguintes,
a) Requisitos mínimos obrigatórios; a dispensa da atribuição da categoria isenta o empreen-
b) Requisitos opcionais. dimento turístico de publicitar, comunicar ou ostentar
qualquer categoria para todos os efeitos que tiver por
2 — Para cada requisito opcional é fixado um deter- convenientes, bem como proíbe terceiros de utilizarem
minado número de pontos. qualquer categoria sem o seu consentimento expresso.
3 — A atribuição de uma categoria depende, cumula- 4 — A dispensa da atribuição da categoria é concedida
tivamente: pelo Turismo de Portugal, I. P., em sede de fixação da clas-
sificação, no âmbito de auditoria realizada nos termos dos
a) Do cumprimento de todos os requisitos mínimos artigos 36.º ou 38.º do RJET, devendo o respetivo resultado
obrigatórios; constar de relatório que ateste o previsto nas alíneas a),
b) Do cumprimento de um conjunto de requisitos op- b) ou c) do n.º 2, consoante aplicável, identificando-se a
cionais que permita a obtenção da pontuação mínima categoria de 3, 4 ou 5 estrelas que permitiu essa dispensa,
obrigatória fixada para a categoria. bem como os requisitos opcionais verificados e o corres-
pondente número de pontos atribuídos.
4 — Os requisitos mínimos obrigatórios podem ser 5 — O empreendimento turístico a quem foi concedida
dispensados nos termos previstos na alínea a) do n.º 1 do a dispensa da atribuição da categoria é equiparado à ca-
artigo 39.º do RJET. tegoria de 3, 4 ou 5 estrelas que permitiu essa dispensa,
5 — Após a fixação da classificação resultante da audi- conforme o número de pontos obtidos, podendo esta equi-
toria realizada nos termos do artigo 36.º do RJET, podem paração ser invocada pelo empreendimento sempre que tal
ser alterados os requisitos opcionais escolhidos para a lhe for solicitado por terceiros e este pretenda dar resposta
obtenção da pontuação mínima obrigatória prevista na a tal solicitação.
alínea b) do n.º 3, mediante comunicação ao Turismo de 6 — A equiparação prevista no número anterior consta
Portugal, I. P. do Registo Nacional dos Empreendimentos Turísticos com
Artigo 4.º-A a expressa indicação de que se trata de mera equiparação
Classificação de pousadas e dispensa e de que a mesma não equivale à atribuição de qualquer
da atribuição da categoria categoria.
7 — Após a fixação da classificação com dispensa da
1 — As pousadas devem cumprir os requisitos fixados atribuição da categoria, podem ser alterados os requisi-
no anexo I da presente portaria:
tos opcionais escolhidos para a obtenção da pontuação
a) Para a atribuição da categoria de 4 estrelas, quando mínima obrigatória prevista no n.º 2, mediante comuni-
instaladas em edifícios classificados como de interesse cação ao Turismo de Portugal, I. P., desde que observado
nacional ou de interesse público; o previsto no mesmo n.º 2.
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8467

Artigo 5.º N.º Requisitos Pontos     


Zonas comuns Local identificado
Requisitos obrigatórios comuns de classificação de receção (2)
destinado ao check
in, check out e

Os empreendimentos turísticos previstos no artigo 1.º


5 informações aos ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
utentes, que pode
estar inserido em

devem cumprir os seguintes requisitos obrigatórios co- qualquer área de


uso comum

muns de classificação:
Área ou áreas de uso
comum onde possam
ser prestados os
6 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
serviços de

a) Apresentar adequadas condições de higiene e limpeza,


refeições, pequenos
almoços ou bar
Instalações

conservação e funcionamento das instalações e equipa-


7 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
sanitárias
Área de estar

mentos;
8 equipada (mesas e 10 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
sofás ou cadeiras)
Área bruta privativa •P2 <

b) Insonorização de toda a maquinaria geradora de (3) de estar,


equipada, por UA,
2,5m2 ² 5
SWV•

ruídos em zonas de clientes, em especial ascensores e


9 quando concorra 2,5m < Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
para a área bruta de 5m2 ²10
construção do SWV•P2

sistemas de ar condicionado; empreendimento


Climatização das
²15 pts.

c) Sistema de armazenamento de lixos quando não


áreas comuns com
sistemas de
10 climatização ativos 10 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório

exista serviço público de recolha; ou passivos que


garantam o conforto

d) Sistema de iluminação de segurança, de acordo com


térmico
Climatização dos
corredores de

o disposto na legislação aplicável; 11


utentes com
sistemas de
10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional

e) Sistema de prevenção de riscos de incêndio de acordo


climatização ativos
ou passivos que
garantam o conforto

com o disposto em diploma próprio; Zonas de


térmico
Acesso vertical de

f) Água corrente quente e fria;


serviço serviço aos pisos de
alojamento
12 15 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
independente do

g) Telefone ligado à rede exterior, quando estiver dis- acesso dos clientes
(1)
Cozinha, ou copa se
ponível o respetivo serviço público. 13
apenas forem
servidos pequenos-
² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
almoços
Zona de
14 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
armazenagem
Artigo 6.º Área destinada ao
pessoal, composta
pelo menos por
15 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório

(Revogado.)
instalações
sanitárias e zona de
vestiário
UA (Quartos Climatização das UA
e/ou com sistemas de
apartamentos) climatização ativos
Artigo 7.º (9)
16
ou passivos que
garantam o conforto
² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório

térmico
50% das UA com
Áreas sistemas de
climatização que
garantam o conforto

As áreas mínimas estabelecidas na presente portaria 17 térmico de


intensidade
regulável pelo
10 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório

não se aplicam aos empreendimentos turísticos que já cliente em cada


ciclo

tenham projeto de arquitetura aprovado à data da sua 100% das UA com


sistemas de
climatização que

entrada em vigor. 18
garantam o conforto
térmico de 13 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
intensidade
regulável pelo
cliente em cada

Artigo 8.º ciclo


100% das UA com
instalações
19 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
sanitárias privativas
Aldeamentos turísticos e conjuntos turísticos (resorts) constituídas no
mínimo por sanita,
lavatório e duche ou
banheira
Nas situações de atravessamento de aldeamentos e Varandas ou
terraços com área
5 pts. por
cada 4

conjuntos turísticos (resorts) por estradas e caminhos 20


mínima de 4 m2 em
50% das UA
m2/UA,
até ao
máximo de
Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional

municipais, linhas ferroviárias secundárias, linhas de 21


Fechaduras
15 pts.
5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
água e faixas de terreno afetas a funções de proteção e eletrónicas
Dispositivo interior
de segurança
conservação de recursos naturais, devem ser garantidas, 21A
adicional na porta
da entrada
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório

quer as condições de segurança dos utilizadores do em- 22


Percentagem da
área média das UA
que excede as áreas
•²10
SWV•
² 12 pts.; Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
preendimento, quer a adequada preservação dos recursos mínimas obrigatórias •² 15
pts.

em causa. Áreas (4) dos


quartos (5)
23
Área mínima dos
quartos individuais
Área mínima dos
² 9m 2
10,5 m 2
12 m 2
14,5 m 2
17,5 m2

24 ² 11,5 m2 13,5 m2 17 m2 19,5 m2 22,5 m2


quartos duplos
Área mínima dos
24A ² 16,5 m2 17,5 m2 21 m2 24,5 m2 27,5 m2

Artigo 9.º
quartos triplos
Suítes constituídas 5 pts. por
por quarto e zona de cada 2
estar equipada suites, até Obrigatório
25 Opcional Opcional Opcional Opcional
Entrada em vigor separável com a
área mínima de
ao
máximo 10
2 suites

10m2 (10) pts.


Áreas (4) dos Área mínima de

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao apartamentos


(5)
26 apartamento com
um quarto individual
² 18,5 m2 22 m2 25,5 m2 30 m2 35 m2

da sua publicação.
Área mínima de
2 2 2 2
27 apartamento em ² 15 m 19 m 21 m 24 m 27 m2
estúdio
Área mínima de
28 apartamento com ² 19,5 m2 23,5 m2 28 m2 33 m2 38 m2
um quarto duplo
ANEXO I 29
Área mínima de
cada quarto ² 9 m2 10,5 m2 12 m2 14,5 m2 17,5 m2
suplementar
Estacionamento Garagem ou parque

Estabelecimentos hoteleiros e hotéis rurais


de estacionamento
com capacidade
para um número de
veículos
30 correspondente a 10 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
20% das UA do
(a que se refere o artigo 3.º) empreendimento,
situado no
empreendimento ou
na sua proximidade
N.º Requisitos Pontos     
Local que permita o
estacionamento
temporário de
1. Instalações 31
viaturas para
5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
tomada e largada de
Acessos Entrada de serviço utentes e bagagens
1 distinta da entrada 10 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório Local que permita o
para os utentes (1) estacionamento
Acesso privativo às temporário de
2 10 Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório 31A 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
UA autocarros para
Elevador quando o tomada e largada de
edifício tenha mais utentes e bagagens
3 15 Opcional Obrigatório Obrigatório NA NA
de 3 pisos, incluindo Garagem privativa
o rés-do-chão do empreendimento
32 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Elevador quando o com acesso direto à
edifício tenha mais receção
4 15 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
de 2 pisos, incluindo Estacionamento para
o rés-do-chão 33 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
autocarros
8468 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

N.º Requisitos Pontos      N.º Requisitos Pontos     
63 Música e filmes a
2. Equipamento e mobiliário pedido com mais de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
20 opções
Equipamento Equipamento básico: 64 Acesso a mais de 20
5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
do quarto cama, equipamento canais de televisão
para ocultação da Docking station /
2 pts. por
luz exterior, colunas bluetooth
cada tipo,
roupeiro ou solução para aparelhos de
64A até ao Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
equivalente, media
máximo de
34 cabides, cadeira ou ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA (smartphones,
4 pts.
sofá, mesas de ipods, tablets)
cabeceira ou solução Consola de jogos, a
64B 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
de apoio pedido
equivalente, luzes Comunicações 65 Meios de
de cabeceira e eletrónicas comunicação com o
tomada elétrica exterior acessíveis
aos utentes (pelo
35 Equipamento médio:
menos um meio de
equipamento básico ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
voz, telefone ou
mais local ou telemóvel, e um
equipamento para meio de escrita, fax
colocar bagagens, 5 Opcional Opcional Obrigatório NA NA ou correio
espelho de corpo eletrónico)
inteiro e, a pedido, Telefone ou
cobertor ou edredon telemóvel na UA
adicional 65A ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA
com acesso à rede
36 Equipamento exterior
superior: 66 Telefone ou
equipamento médio telemóvel na UA
mais interruptor de 2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
com acesso direto à
iluminação geral do rede exterior
quarto junto da 67 Acesso à Internet
cama, cesto de em banda larga e
5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
papéis, minibar, sem fios nas zonas
zona de estar (6) ou 3 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório
comuns
zona de trabalho (7) (condicionada à
e, em caso de cobertura do
apartamento, serviço)
telefone ou
telemóvel(11)
Acesso gratuito à
Tomada elétrica
Internet em banda
36A acessível e livre 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 67A 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
larga e sem fios nas
junto da cama
zonas comuns
Adaptadores de
68 Acesso à Internet
36B tomadas elétricas a 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
em banda larga e
pedido
sem fios nas UA
Tomada USB 6 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
(condicionada à
36C acessível e livre na 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
cobertura do
UA
serviço)
37 Cofre na UA 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório Acesso gratuito à
37A Cofre na UA com Internet em banda
68A 8 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
tomada elétrica no 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional larga e sem fios nas
seu interior UA
38 Zona de estar em Opcional Opcional 69 Sistema de registo
10 Opcional Opcional Opcional de mensagens de 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
50% das UA (6) (8) (8)
39 Zona de trabalho em Opcional Opcional voz na UA
10 Opcional Opcional Opcional
50% das UA (7) (8) (8) Equipamento Informações sobre o
40 Colchões com suplementar período do pequeno-
comprimento não 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional almoço, a hora do
inferior a 2m e check-out e o
largura não inferior 70 período de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA
a 1,10m para camas funcionamento das
individuais e 1,80m instalações e
para camas de casal equipamentos do
empreendimento
40A Sobre colchão 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
71 Manual do serviço de
41 Cama suplementar a A a Z na UA, em
3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 2 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
pedido suporte escrito,
audiovisual ou outro
41A Berço a pedido 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 72 Amenities
42 Menu de almofadas escritório: lápis ou
1 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
com o mínimo de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional caneta, papel e
três tipos envelopes
43 Interruptor geral 73 Amenities conforto:
1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
automático kit de engraxar,
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
Equipamento 44 Mesa de refeições ou calçadeira e kit de
das salas de adaptável para o costura, a pedido
estar e de efeito, cadeiras e 73A Guarda-chuva na UA 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
refeições sofá, loiças, vidros e
(quando talheres 74 Jornais diários ou
existam na UA) informação impressa
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Equipamento 45 Frigorífico, micro- diária nas zonas
² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório comuns
da cozinha ou ondas e lava-loiça
kitchenette 46 Utensílios de
² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
cozinha 3. Serviços
47 Fogão ou placa e
8 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
exaustor de fumos Serviço de Limpeza e
Equipamento e Equipamento básico: limpeza e 75 arrumação diária das ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
acessórios espelho, toalhas (1 arrumação das UA
sanitários 48 de rosto e 1 de ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA UA Mudança de toalhas
banho por pessoa) e pelo menos duas
suporte para toalhas 76 vezes por semana e ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
49 Equipamento médio: sempre que mude o
equipamento básico cliente
mais iluminação do Mudança diária de
lavatório, caixote do 77 toalhas a pedido do 5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
5 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório NA
lixo, secador de cliente
cabelo, saco de Mudança de roupa
lavandaria e tapete de cama pelo menos
ou toalha de chão 78 uma vez por semana ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA
50 Equipamento e sempre que mude
superior: o cliente
equipamento médio 7 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
Mudança de roupa
mais chinelos e 79 5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
de cama pelo menos
roupão
duas vezes por
Tomada elétrica semana e sempre
50A junto ao lavatório 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional que mude o cliente
ou junto ao espelho
Serviço de
51 Pelo menos 50% das verificação dos
instalações quartos para a noite
sanitárias com 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 80 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
(abertura da cama,
banheira e duche
troca de toalhas e
separados
limpeza)
52 Pelo menos 50% das
Colchões
instalações
higienizados pelo
sanitárias com
80A menos uma vez em ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
separação física
15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional cada três anos, com
entre área limpa
registo documental
(lavatório e duche
Serviço de Serviço de bar
ou banheira) e área
alimentação e 81 associado ou não a 7 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
suja (sanita)
bebidas outra área
53 Pelo menos 50% das
instalações Bebidas à disposição
7 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 82 do cliente (sem ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
sanitárias com
lavatório adicional serviço de bar)
54 Pelo menos 50% das Serviço de refeições
instalações 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 83 7 dias por semana 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
sanitárias com bidé (12)
55 Espelho de Equipamento para
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 84 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
cosmética chá e café nas UA
56 Aquecimento de 8 horas de room
5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 85 service de bebidas e 4 Opcional Opcional Opcional NA NA
toalhas
57 Balança refeições ligeiras
1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 16 horas de room
Amenities básico: 86 service de bebidas e 8 Opcional Opcional Opcional Obrigatório NA
58 sabonete ou gel de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA refeições ligeiras
banho 24 horas de room
59 Amenities médio: 87 service de bebidas e 12 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório
amenities básico refeições ligeiras
1 Opcional Opcional Opcional Obrigatório NA
mais champô e Menus especiais (por
touca de banho exemplo,
60 Amenities superior: 87A vegetarianos, 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
amenities médio dietéticos, celíacos,
mais escova e pasta desportivos)
de dentes, lâmina e Menus infantis
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório 87B 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
gel de barbear, lima
de unhas e algodão Carta de vinhos
de limpeza, a nacionais e
pedido estrangeiros, com
Sistemas de 61 Televisão a cores 87C indicação dos anos 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
vídeo e áudio com controlo 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional das colheitas, castas
remoto na UA e outras informações
61A Televisão a cores relevantes
com controlo Serviço de escanção
remoto e na 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 87D ao almoço e ao 6 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
modalidade smart tv jantar
na UA Restaurante com
62 Sistema de som na oferta de pratos da
2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 87E 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
casa de banho cozinha
regional/local
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8469

N.º Requisitos Pontos      N.º Requisitos Pontos     
Serviço de Serviço de pequeno- Equipamentos de
88 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA NA
pequeno- almoço conferência para
almoço Pequeno-almoço utilização dos
89 3 Opcional Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório
buffet ou à-la-carte clientes (projetor,
118C 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Serviço de pequeno- flipchart,
almoço com a equipamentos de
89A 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional videoconferência,
duração mínima de 4
horas etc.)
Pequeno-almoço à- Acesso à Internet
90 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório em banda larga e
la-carte nas UA 118D 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Serviço de Serviço de sem fios nas salas de
receção e 91 atendimento ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório NA reuniões
acolhimento permanente Acesso gratuito à
(presencial ou Internet em banda
118E 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
automático) larga e sem fios nas
Serviço de receção 2 pts. por salas de reuniões
presencial 16 horas cada 8 Ginásio (com, pelo
92 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório NA menos, 4
horas 119 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
opcionais equipamentos
diferentes)
Serviço de receção 2 pts. por
Outras instalações
presencial 24 horas cada 8
93 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório desportivas 5 pts. por
horas
interiores (campo de cada, até
opcionais 119A Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
ténis, campo de ao máximo
Check-in expresso vólei, campo de de 10 pts.
93A 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
automático padel, squash, etc.)
Serviço de receção Spa (com, pelo
94 bilingue (Português ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório 120 menos, 4 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
e Inglês) equipamentos)
Serviço de receção 2 pts. por Cabeleireiro
121 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
multilingue (para cada
além do Português e língua 2 pts. por
95 do Inglês) adicional, Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Estabelecimentos cada, até
121A Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
até ao comerciais ao máximo
máximo de de 6 pts.
6 pts. Instalações
Porteiro desportivas
96 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional exteriores (campo 5 pts. por
(trintanário)
de ténis, campo de cada, no
Serviço de Valet 122 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
97 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional vólei, campo de máximo de
Parking
padel, minigolfe, 15 pts.
Serviço de driving net,
98 informação e 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório petanca, etc.)
reservas Piscina exterior
Sítio na Internet 123 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
informativo do 3 pts., 124 Piscina interior 12 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
empreendimento, mais 2 pts.
98A possibilitando a se bilingue Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Piscina exterior
125 20 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
aquecida
realização de (Português
reservas e de e Inglês) Piscina interior
125A 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
aquecida
transações online
125B Piscina para crianças 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Presença ativa nas
redes sociais com a Sala de jogos (com,
publicação regular pelo menos, 5
de informação (pelo 125C 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
equipamentos ou
98B menos semanal) e 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional jogos)
interação com 126 Golfe 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
clientes e potenciais
clientes por estas Clube para crianças
127 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
vias do próprio
empreendimento
Serviço de aceitação
(crianças até aos 3
99 e entrega de 3 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório anos), pelo menos 6
mensagens horas por dia
Serviço de Clube para crianças
99A 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
fotocópias do próprio
Serviço de empreendimento
99B 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
digitalização 128 (crianças com mais 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Impressão gratuita de 3 anos), pelo
de talões de menos 6 horas por
99C 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
embarque, vouchers dia
e bilhetes Programas regulares 1 pto.,
Serviço de 128A de atividades de mais 2 pts. Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
100 transporte de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório animação indoor se diários
bagagens Programas regulares 2 pts.,
Serviço de depósito de atividades de mais 1
101 5 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório animação outdoor pto. se
de bagagens
Guarda-chuva à turismo de
128B Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
101A disposição dos 1 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional natureza
clientes (14) e 2
Bicicleta à pts. se
101B disposição dos 7 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional diários
clientes
Serviço de Serviço de 5. Qualidade e sustentabilidade
lavandaria e 102 lavandaria e 5 Opcional Opcional Opcional Obrigatório NA
engomadoria engomadoria Certificação da
103 Serviço de qualidade dos
lavandaria e serviços por norma
engomadoria 129 nacional ou 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
(entregue antes das 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Obrigatório europeia, quando
9h00 e pronto no não obrigatória por
mesmo dia ² exceto lei
no fim de semana) Restaurante com 5 pts. se
Outros serviços Videovigilância em prémio nacional ou nacional,
104 zonas públicas e de 6 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 129A internacional 10 pts. se Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
circulação internacio
nal
Aceitação de cartões
105 ² Obrigatório Obrigatório NA NA NA Processo formal de
de crédito ou débito
129B resposta interna a 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Aceitação de cartões
106 2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório reclamações
de crédito e débito
Processo sistemático
Serviço de depósito 129C de recolha de 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
107 de valores na ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório opinião de clientes
receção Convite sistemático
108 Serviço despertar 2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório aos clientes para
Serviço de correio 129D submeter opinião no 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
109 2 Opcional Opcional Obrigatório Obrigatório Obrigatório sítio na Internet do
Venda de revistas e empreendimento
110 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Processo de cliente
jornais diários
Venda de bilhetes mistério realizado
110A 3 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
por entidades
111 Serviço de costura 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional externas
129E 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
acreditadas, pelo
Serviço de engraxar menos uma vez em
112 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
sapatos cada período de dois
Serviço de anos e meio
113 transporte privativo 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Soluções inovadoras
do empreendimento na oferta de
Serviço de 129F espaços, 15 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
114 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
babysitter equipamentos e
Acesso a gelo em serviços
114A 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
todos os pisos de UA Rede alargada de
parcerias com
4. Lazer e negócios fornecedores locais
129G numa lógica de 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
sustentabilidade e
Equipamentos Área bruta privativa responsabilidade
e instalações de equipamentos •P2 local
complementares <2,5m2 - Aproveitamento ou
(health club, spa, SWV• valorização de
115 squash, etc.) por 2,5m2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional edificações pré-
UA, quando concorra <5m2 -10 130 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
existentes, com
para a área bruta de SWV•P2 interesse individual
construção do - 15 pts ou de conjunto
empreendimento Empreendimento
Área bruta privativa instalado em edifício
de equipamentos classificado ou em
•P2
complementares vias de classificação
<2,5m2 -
(instalações como de interesse
SWV•
desportivas, parque nacional, de
116 2,5m2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
infantil, etc.) por 130A interesse público ou 20 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
<5m2 -10 de interesse
UA, quando não
SWV•P2 municipal, ou
concorra para a área
- 15 pts inserido em
bruta de construção
do empreendimento conjunto ou sítio
Área bruta privativa com essa
5 pts por classificação
para reuniões por
cada Coeficiente de
UA, quando concorra
117 m2/UA, Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional localização a aplicar
para a área bruta de
até máx. ao empreendimento
construção do
de 15 pts •”QRV
empreendimento 131 14 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
termos do artigo
Business center (no
118 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 42.º do Código do
mínimo, com
computador, acesso imposto Municipal
à Internet, sobre Imóveis
impressora e Coeficiente de
scanner) (13) localização a aplicar
ao empreendimento
Serviço de tradução
118A 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional > 2,5, nos termos do
a pedido 132 20 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
artigo 42.º do
Serviço de Código do imposto
118B secretariado a 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Municipal sobre
pedido Imóveis
Á
8470 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

N.º Requisitos Pontos     


N.º Requisitos Pontos   
Área de espaços 5 pts. por
Zonas de serviço 6 Zona de armazenagem ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
verdes de utilização cada
comum 20m2/UAat Área destinada ao pessoal,
133 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
é ao composta pelo menos por
máximo de 7 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
vestiário e instalações
15 pts. sanitárias
Sistemas que UA (Apartamentos Climatização das UA com
promovam o e/ou moradias) sistemas de climatização
consumo eficiente 8 ² Obrigatório Obrigatório NA
ativos ou passivos que
de água nos garantam o conforto térmico
3 pts. por
equipamentos 50% das UA com sistemas de
cada
interiores e climatização que garantam
sistema,
133A exteriores, incluindo Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 9 o conforto térmico de 10 Opcional Opcional Obrigatório
até ao
a utilização de intensidade regulável pelo
máximo de
fontes de água cliente em cada ciclo
15 pts.
alternativas 100% das UA com sistemas
(reutilização de de climatização que
água, água da 10 garantam o conforto térmico 13 Opcional Opcional Opcional
chuva, etc.) de intensidade regulável
Sistemas que pelo cliente em cada ciclo
promovam o Dispositivo interior de
consumo eficiente 3 pts. por 10A segurança adicional na porta 2 Opcional Opcional Obrigatório
de energia, cada da entrada
incluindo a sistema, Varandas ou terraços com 5 pts. por
133B Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
utilização de até ao área mínima de 4 m2 em 50% cada 4
energias renováveis máximo de 11 das UA m2/UA, até Opcional Opcional Opcional
ou equivalente, 15 pts. ao máximo
quando não de 15 pts.
obrigatórios por lei
Áreas (3) Área mínima do 2
Sistemas que 3 pts. por 12 ² 25,5 m2 28m 31m2
apartamento em estúdio
promovam a cada Área mínima da UA com um
133C Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 13 ² 34 m2 40 m2 50 m2
qualidade do ar sistema, quarto duplo
interior e o conforto até ao Área mínima da UA com n.º de quartos x n.º de quartos x n.º de quartos x
térmico e acústico, máximo de
mais de um quarto duplo 23,5 m2, sendo 30 m2, sendo 37,5 m2, sendo
quando não 15 pts.
14 ² retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2
obrigatórios por lei
por cada quarto por cada quarto por cada quarto
Centro ecológico ou
individual individual individual
estrutura de
133D 5 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional Percentagem da área média •² 10
interpretação
das UA que excede as áreas SWV•²
ambiental 15 Opcional Opcional Opcional
mínimas obrigatórias SWV•
Sistema de
30% ² 15 pts.
contratação e
Casas de banho Uma casa de banho por cada
compras que
3 quartos, constituída, no
promova a inclusão
16 mínimo, por sanita, ² Obrigatório NA NA
133E de critérios 10 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
lavatório e duche ou
ambientais nos
banheira
contratos e
Uma casa de banho por cada
fornecimentos
2 quartos constituída, no
(compras ecológicas)
17 mínimo, por sanita, 10 Opcional Obrigatório NA
Utilização de
lavatório e duche ou
espécies autóctones
banheira
133F da região nas áreas 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
Casa de banho privativa
verdes do
para cada quarto
empreendimento
18 constituída, no mínimo, por 12 Opcional Opcional Obrigatório
Adoção e
sanita, lavatório e duche ou
implementação de
banheira (4)
política de
Uma casa de banho
133G informação sobre 2 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional
práticas de turismo 19 adicional, no mínimo com 14 Opcional Opcional Opcional
sanita e lavatório
sustentável por
parte dos utentes Estacionamento Estacionamento privativo
20 com capacidade para um ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Utilização, na sua
veículo por UA
frota, de veículos
automóveis ligeiros, Estacionamento para
21 5 Opcional Opcional Opcional
133H de passageiros e/ou 4 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional autocarros
mercadorias,
maioritariamente 2. Equipamento e mobiliário
elétricos
Certificação Equipamento do Equipamento básico: cama,
energética ou quarto equipamento para ocultação
ambiental por norma da luz exterior, roupeiro ou
134 nacional ou 30 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional solução equivalente,
europeia, quando 22 cabides, cadeira ou sofá, ² Obrigatório NA NA
não obrigatória por mesas de cabeceira ou
lei solução de apoio
Certificação, prémio equivalente, luzes de
ou selo de qualidade cabeceira e tomada elétrica
atribuído por uma 3 pts. por Equipamento médio:
entidade cada, até equipamento básico mais
135 Opcional Opcional Opcional Opcional Opcional 23 espelho de corpo inteiro e, a 5 Opcional Obrigatório NA
reconhecida ao máximo
nacional, de 6 pts. pedido, cobertor ou edredon
estrangeira ou adicional
internacional Equipamento superior:
equipamento médio mais
interruptor de iluminação
24 5 Opcional Opcional Obrigatório
Total pontos opcionais por categoria geral do quarto junto da
125 161 225 255 278 cama, cesto de papéis,
telefone ou telemóvel (5)
Tomada elétrica acessível e
24A 2 Opcional Opcional Opcional
Abreviaturas: livre junto da cama
NA ² Não aplicável Adaptadores de tomadas
24B 1 Opcional Opcional Opcional
UA ² Unidade(s) de alojamento elétricas a pedido
Tomada USB acessível e livre
24C 2 Opcional Opcional Opcional
Notas: na UA
(1) Requisito opcional no caso do estabelecimento hoteleiro de 3* ter menos de 40 quartos e seja instalado num edifício pré-existente Colchões com comprimento
que não tenha sido sujeito a obras de demolição da estrutura resistente. não inferior a 2m e largura
(2) Quando num mesmo edifício estejam instalados vários hotéis, o local de receção pode ser comum a todos. 25 não inferior a 1,10m para 5 Opcional Opcional Opcional
(3) A área bruta privativa é a superfície total, medida pelo perímetro exterior e eixos das paredes separadoras da UA, equipamento, camas individuais e 1,80m
zona funcional ou edifício em causa, não incluindo varandas, terraços, caves ou sótãos privativos. para camas de casal
(4) Área útil nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951,
25A Sobre colchão 5 Opcional Opcional Opcional
na redação em vigor.
(5) Em até 20% das UA, a área de cada UA pode ser diminuída até 10% da área mínima associada a cada categoria e tipologia de UA, 26 Cama suplementar a pedido 3 Opcional Opcional Opcional
desde que cumpridas, cumulativamente, as seguintes condições, consoante aplicáveis: (a) não ultrapasse a área mínima da categoria
26A Berço a pedido 3 Opcional Opcional Opcional
inferior dentro da mesma tipologia de UA; (b) não ultrapasse a área mínima da tipologia de UA inferior dentro da mesma categoria; e (c)
se enquadre numa alteração da autorização de utilização do edifício para autorização de utilização para fins turísticos. Equipamento das Mesa de refeições ou
(6) Zona de estar composta por: sofá ou maple, mesa de apoio e iluminação. salas de estar e de adaptável para o efeito,
27 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
(7) Zona de trabalho composta por cadeira, mesa de trabalho, iluminação e tomada elétrica. refeições cadeiras e sofá, loiças,
(8) Aplicável relativamente à opção não utilizada nos termos do requisito n.º 36. vidros e talheres
(9) Os estabelecimentos hoteleiros e os hotéis rurais podem ser constituídos por quartos e por apartamentos. Equipamento da Frigorífico, lava-loiça e
(10) As suítes podem ter mais do que um quarto, devendo estes cumprir a área estipulada para os quartos suplementares e incluir uma cozinha ou armários para víveres, fogão
instalação sanitária privativa. Não podem ser instaladas kitchenettes ou cozinhas nas suítes. kitchenette 28 ou placa, exaustor de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
(11) Em caso de apartamento ou suíte com mais do que um quarto, entende-se que basta existir telefone ou telemóvel num dos quartos. fumos, varinha mágica e
(12) Incluindo almoço e jantar, em espaço adequado. Pode ser dispensado pelo Turismo de Portugal, I.P. quando o empreendimento se utensílios de cozinha
situar próximo de centro urbano ou em zona de vilegiatura que disponha de razoável oferta de estabelecimentos de restauração. 29 Micro-ondas ² Obrigatório NA NA
(13) O business center deve garantir a privacidade de cada utilizador.
30 Forno e micro-ondas (6) 6 Opcional Obrigatório Obrigatório
(14) Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho.
31 Máquina de lavar loiça 6 Opcional Opcional Opcional
32 Máquina de lavar roupa 6 Opcional Opcional Opcional
ANEXO II 33
Chaleira elétrica e máquina
de café
2 Opcional Opcional Opcional
Equipamento e Equipamento básico:
acessórios espelho, toalhas (1 de rosto
34 ² Obrigatório NA NA
Aldeamentos turísticos
sanitários e 1 de banho por pessoa) e
suporte para toalhas
Equipamento médio:
equipamento básico mais
iluminação do lavatório,
35 5 Opcional Obrigatório Obrigatório
(a que se refere o artigo 3.º) caixote do lixo, secador de
cabelo e tapete ou toalha de
chão
Equipamento superior:
N.º Requisitos Pontos    36 equipamento médio mais 7 Opcional Opcional Opcional
chinelos e roupão
Tomada elétrica junto ao
1. Instalações 36A lavatório ou junto ao 1 Opcional Opcional Opcional
espelho
Acessos Elevador quando o edifício Pelo menos 50% das
1 tenha mais de 2 pisos, 15 Opcional Obrigatório Obrigatório 37 instalações sanitárias com 10 Opcional Opcional Opcional
incluindo o rés-do-chão banheira e duche separados
Zonas comuns Local identificado de Pelo menos 50% das
receção destinado ao check instalações sanitárias com
in, check out e informações separação física entre a
aos utentes, que pode ser 38 15 Opcional Opcional Opcional
área limpa (lavatório e
2 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
instalado no próprio duche ou banheira) e área
aldeamento turístico ou em suja (sanita)
comum com outro Pelo menos 50% das
empreendimento turístico 39 instalações sanitárias com 5 Opcional Opcional Opcional
Restaurante com zona de bidé
3 bar aberto 7 dias por ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Pelo menos 50% das
semana (1) 40 instalações sanitárias com 7 Opcional Opcional Opcional
Piscina comum exterior com lavatório adicional
4 anexo próprio para crianças ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 41 Espelho de cosmética 2 Opcional Opcional Opcional
(2)
Climatização das áreas 42 Aquecimento de toalhas 5 Opcional Opcional Opcional
comuns com sistemas de Balança
5 climatização ativos ou 10 Opcional Opcional Opcional 43 1 Opcional Opcional Opcional
passivos que garantam o Amenities básico: sabonete
conforto térmico 44 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
ou gel de banho
d
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8471

N.º Requisitos Pontos    N.º Requisitos Pontos   

Amenities médio: amenities Presença ativa nas redes


45 básico mais champô e touca 1 Opcional Opcional Obrigatório sociais com a publicação
de banho regular de informação (pelo
78B 2 Opcional Opcional Opcional
Amenities superior: menos semanal) e interação
amenities médio mais com clientes e potenciais
46 2 Opcional Opcional Opcional clientes por estas vias.
escova e pasta de dentes,
lâmina e gel de barbear, Serviço de aceitação e
lima de unhas e algodão de 79 5 Opcional Opcional Opcional
entrega de mensagens
limpeza, a pedido Serviço de fotocópias
79A 2 Opcional Opcional Opcional
Depósito de valores Serviço de depósito de
47 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Serviço de digitalização
valores na receção 79B 2 Opcional Opcional Opcional
48 Cofre na UA 5 Opcional Opcional Obrigatório Impressão gratuita de talões
Cofre na UA com tomada 79C de embarque, vouchers e 2 Opcional Opcional Opcional
48A 1 Opcional Opcional Opcional bilhetes
elétrica no seu interior
Sistemas de vídeo Televisão a cores com Serviço de depósito de
49 3 Opcional Opcional Opcional 80 5 Opcional Opcional Opcional
e áudio controlo remoto na sala bagagens
Televisão a cores com Guarda-chuva à disposição
80A 1 Opcional Opcional Opcional
49A controlo remoto e na 2 Opcional Opcional Opcional dos clientes
modalidade smart tv na sala Bicicleta à disposição dos
80B 6 Opcional Opcional Opcional
Leitor de DVD clientes
50 6 Opcional Opcional Opcional
Serviço de
Sistema de som na sala Serviço de lavandaria e
51 2 Opcional Opcional Opcional lavandaria e 81 5 Opcional Obrigatório Obrigatório
engomadoria
Acesso a mais de 20 canais engomadoria
52 5 Opcional Opcional Opcional Serviço de Vigilância durante a noite
de televisão 82 ² Obrigatório Obrigatório NA
2 pts. por segurança e (período de 12 horas)
Docking station / colunas vigilância
cada tipo, 83 Vigilância 24 horas por dia 5 Opcional Opcional Obrigatório
bluetooth para aparelhos de
52A até ao Opcional Opcional Opcional Videovigilância em zonas
media (smartphones, ipods, 84 6 Opcional Opcional Opcional
máximo de 4 públicas e de circulação
tablets)
pts. Outros serviços Aceitação de cartões de
85 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
52B Consola de jogos, a pedido 2 Opcional Opcional Opcional crédito e débito
Comunicações Meios de comunicação com 86 Serviço despertar 2 Opcional Opcional Opcional
eletrónicas o exterior acessíveis aos
utentes (pelo menos um 87 Serviço de correio 2 Opcional Opcional Opcional
53 meio de voz, telefone ou ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 87A Venda de bilhetes 3 Opcional Opcional Opcional
telemóvel, e um meio de
escrita, fax ou correio Serviço de transporte
eletrónico) 88 privativo do 5 Opcional Opcional Opcional
Telefone ou telemóvel na empreendimento
54 UA com acesso à rede ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 89 Serviço de babysitter 4 Opcional Opcional Opcional
exterior
Acesso à Internet em banda 89A Minimercado 10 Opcional Opcional Opcional
larga e sem fios nas UA ou
55 nas zonas comuns ² Obrigatório Obrigatório NA 4. Lazer e negócios
(condicionada à cobertura
do serviço) Equipamentos e Área bruta privativa de
Acesso à Internet em banda •P2 <
instalações equipamentos
larga e sem fios nas UA e 2,5m2 ²5
complementares (health
56 nas zonas comuns 6 Opcional Opcional Obrigatório SWV•P2
90 club, spa, squash, etc.) por Opcional Opcional Opcional
(condicionada à cobertura < 5m2 ²10
UA, quando concorra para a
do serviço) SWV•P2 ²
área bruta de construção do
Acesso gratuito à Internet 15 pts.
empreendimento
56A em banda larga e sem fios 5 Opcional Opcional Opcional Área bruta privativa de
nas zonas comuns equipamentos
Acesso gratuito à Internet •P2 <
complementares
2,5m2 ² 5
56B em banda larga e sem fios 10 Opcional Opcional Opcional (instalações desportivas,
SWV•P2
nas UA 91 parque infantil, etc.) por Opcional Opcional Opcional
< 5m2 ²10
Sistema de registo de UA, quando não concorra
57 2 Opcional Opcional Opcional SWV•P2 ²
mensagens de voz na UA para a área bruta de
15 pts.
Equipamento Manual do serviço de A a Z construção do
suplementar 58 na UA, em suporte escrito, ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório empreendimento
audiovisual ou outro Business center (no mínimo
com computador, acesso à
58A Guarda-chuva na UA 2 Opcional Opcional Opcional 92 10 Opcional Opcional Opcional
Internet, impressora e
scanner) (7)
3. Serviços 93
Ginásio (com, pelo menos, 4
10 Opcional Opcional Opcional
equipamentos diferentes)
Serviço de limpeza Limpeza e arrumação diária Outras instalações
59 5 Opcional Opcional Obrigatório 5 pts. por
e arrumação das das UA desportivas interiores
cada, até ao
UA Limpeza e arrumação das UA 93A (campo de ténis, campo de Opcional Opcional Opcional
máximo de
duas vezes por semana e vólei, campo de padel,
10 pts.
60 ² Obrigatório Obrigatório NA squash, etc.)
antes de serem ocupadas
Spa (com, pelo menos, 4
pelos clientes 94 10 Opcional Opcional Opcional
equipamentos diferentes)
Mudança de toalhas pelo Cabeleireiro
95 5 Opcional Opcional Opcional
menos duas vezes por
61 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Instalações desportivas
semana e sempre que mude 5 pts. por
o cliente exteriores (campo de ténis,
cada, até ao
Mudança diária de toalhas a 96 campo de vólei, campo de Opcional Opcional Opcional
62 5 Opcional Opcional Obrigatório máximo de
pedido do cliente padel, minigolfe, driving
15 pts.
Mudança de roupa de cama net, petanca, etc.)
pelo menos uma vez por 97 Piscina comum interior 12 Opcional Opcional Opcional
63 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
semana e sempre que mude Piscina comum exterior
o cliente 98 20 Opcional Opcional Opcional
aquecida
Mudança de roupa de cama Piscina comum interior
64 5 Opcional Opcional Obrigatório 98A 15 Opcional Opcional Opcional
a pedido do cliente aquecida
Serviço de verificação das Sala de jogos (com, pelo
UA para a noite (abertura da 98B menos, 5 equipamentos ou 5 Opcional Opcional Opcional
65 5 Opcional Opcional Opcional
cama, troca de toalhas e jogos)
limpeza) 99 Golfe 15 Opcional Opcional Opcional
Colchões higienizados pelo
Programas regulares de 1 pto., mais
menos uma vez em cada
65A ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório 99A atividades de animação 2 pts. se Opcional Opcional Opcional
três anos, com registo
indoor diários
documental
Programas regulares de 2 pts., mais
Serviço de 8 horas de room service de atividades de animação 1 pto. se
66 4 Opcional Opcional Opcional
alimentação e bebidas e refeições ligeiras outdoor turismo de
bebidas 16 horas de room service de 99B Opcional Opcional Opcional
67 8 Opcional Opcional Opcional natureza (8)
bebidas e refeições ligeiras e 2 pts. se
24 horas de room service de diários
68 12 Opcional Opcional Opcional
bebidas e refeições ligeiras
Menus especiais (por 5. Qualidade e sustentabilidade
exemplo, vegetarianos,
68A 5 Opcional Opcional Opcional
dietéticos, celíacos, Certificação da qualidade
desportivos) dos serviços por norma
68B Menus infantis 2 Opcional Opcional Opcional 100 nacional ou europeia, 15 Opcional Opcional Opcional
quando não obrigatória por
Carta de vinhos nacionais e lei
estrangeiros, com indicação Restaurante com prémio 5 pts. se
68C dos anos das colheitas, 5 Opcional Opcional Opcional nacional ou internacional nacional, 10
castas e outras informações 100A pts. se Opcional Opcional Opcional
relevantes internaciona
Serviço de escanção ao l
68D 6 Opcional Opcional Opcional
almoço e ao jantar Processo formal de resposta
Restaurante com oferta de 100B 3 Opcional Opcional Opcional
interna a reclamações
68E pratos da cozinha 3 Opcional Opcional Opcional Processo sistemático de
regional/local 100C recolha de opiniões de 2 Opcional Opcional Opcional
Serviço de 69 Serviço de pequeno almoço 2 Opcional Opcional Opcional clientes
pequeno-almoço Convite sistemático aos
Pequeno-almoço buffet ou 100D 2 Opcional Opcional Opcional
70 3 Opcional Opcional Opcional clientes para submeter
à-la-carte opinião no sítio na Internet
Serviço de pequeno-almoço do empreendimento
70A com a duração mínima de 4 5 Opcional Opcional Opcional Processo de cliente mistério
horas realizado por entidades
Pequeno-almoço à-la-carte 100E externas acreditadas, pelo 5 Opcional Opcional Opcional
71 4 Opcional Opcional Opcional menos uma vez em cada
nas UA
Serviço de receção Serviço de atendimento período de dois anos e meio
e acolhimento 72 permanente (presencial ou ² Obrigatório Obrigatório NA Soluções inovadoras na
automático) 100F oferta de espaços, 15 Opcional Opcional Opcional
Serviço de receção equipamentos e serviços
(presencial) 16 horas, 2 pts. por Rede alargada de parcerias
com fornecedores locais
73 próprio ou em comum com cada 8 horas Opcional Obrigatório NA
100G numa lógica de 5 Opcional Opcional Opcional
outro empreendimento opcionais
sustentabilidade e
turístico
responsabilidade local
Serviço de receção Relação área total do
(presencial) 24 horas, 2 pts. por empreendimento/capacidad
74 próprio ou em comum com cada 8 horas Opcional Opcional Obrigatório e (metros quadrados por
outro empreendimento opcionais pessoa), salvo se valor
turístico 101 ² 100 m2 120 m2 140 m2
superior for determinado em
Check-in expresso Plano Municipal de
74A 1 Opcional Opcional Opcional
automático Ordenamento do Território
Serviço de receção bilingue aplicável
75 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
(Português e Inglês) Mais 20% relativamente à
2 pts. por área total do
cada língua 102 empreendimento/capacidad 12 Opcional Opcional Opcional
Serviço de receção e (m2 por pessoa)
adicional,
76 multilingue (para além do Opcional Opcional Opcional estabelecida
até ao
Português e do Inglês) Aproveitamento ou
máximo de 6 valorização de edificações
pts. 103 pré-existentes, com 10 Opcional Opcional Opcional
Serviço de portaria interesse individual ou de
77 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório conjunto
(presencial ou automático)
Serviço de informação e Empreendimento instalado
78 3 Opcional Opcional Obrigatório em edifício classificado ou
reservas
em vias de classificação
Sítio na Internet informativo 3 pts., mais como de interesse nacional,
do empreendimento, 2 pts. se 103A 20 Opcional Opcional Opcional
de interesse público ou de
78A possibilitando a realização bilingue Opcional Opcional Opcional interesse municipal, ou
de reservas e de transações (Português e inserido em conjunto ou
online Inglês) sítio com essa classificação
8472 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

N.º Requisitos Pontos    N.º Requisitos Pontos   
Coeficiente de localização a 100% das UA com sistemas
aplicar ao empreendimento de climatização que
•”QRVWHUPRVGR 10 garantam o conforto térmico 13 Opcional Opcional Opcional
104 14 Opcional Opcional Opcional
artigo 42.º do Código do de intensidade regulável
imposto Municipal sobre pelo cliente em cada ciclo
Imóveis Dispositivo interior de
Coeficiente de localização a 10A segurança adicional na porta 2 Opcional Opcional Obrigatório
aplicar ao empreendimento da entrada
105 > 2,5, nos termos do artigo 20 Opcional Opcional Opcional Varandas ou terraços com a 5 pts. por
42.º do Código do imposto área mínima de 4m2 em pelo cada 4
Municipal sobre Imóveis 11 menos 50% das UA m2/UA, até Opcional Opcional Opcional
Área de espaços verdes de 5 pts. por ao máximo
utilização comum cada 50 de 15 pts.
106 m2/UA, até Opcional Opcional Opcional Áreas (1) Área mínima do
máximo de 12 - 25,5 m2 28m2 31m2
apartamento em estúdio
15 pts. Área mínima da UA com um
Sistemas que promovam o 13 - 34 m2 40 m2 50 m2
quarto duplo
consumo eficiente de água 3 pts. por Área mínima da UA com n.º de quartos x n.º de quartos x n.º de quartos x
nos equipamentos interiores cada mais de um quarto duplo 23,5 m2, sendo 30 m2, sendo 37,5 m2, sendo
106A e exteriores, incluindo a sistema, até Opcional Opcional Opcional 14 - retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2 retirados 2,5 m2
utilização de fontes de água ao máximo por cada quarto por cada quarto por cada quarto
alternativas (reutilização de de 15 pts. individual individual individual
água, água da chuva, etc.) Percentagem da área média •² 10
Sistemas que promovam o 3 pts. por das UA que excede as áreas SWV•²
15 Opcional Opcional Opcional
consumo eficiente de cada mínimas obrigatórias SWV•
106B Opcional Opcional Opcional
energia, incluindo a sistema, até 30% ² 15 pts.
utilização de energias ao máximo Casas de banho Uma casa de banho por cada
renováveis ou equivalente, de 15 pts. 3 quartos, constituída, no
quando não obrigatórios por 16 mínimo, por sanita, ² Obrigatório NA NA
lei lavatório e duche ou
Sistemas que promovam a 3 pts. por banheira
qualidade do ar interior e o cada Uma casa de banho por cada
106C conforto térmico e acústico, sistema, até Opcional Opcional Opcional 2 quartos constituída, no
quando não obrigatórios por ao máximo 17 mínimo, por sanita, 10 Opcional Obrigatório NA
lei de 15 pts. lavatório e duche ou
Centro ecológico ou banheira
106D estrutura de interpretação 5 Opcional Opcional Opcional Casa de banho privativa
ambiental para cada quarto
Sistema de contratação e 18 constituída, no mínimo, por 12 Opcional Opcional Obrigatório
compras que promova a sanita, lavatório e duche ou
inclusão de critérios banheira (2)
106E 10 Opcional Opcional Opcional
ambientais nos contratos e Uma casa de banho
fornecimentos (compras 19 adicional, no mínimo com 14 Opcional Opcional Opcional
ecológicas) sanita e lavatório
Utilização de espécies Estacionamento Estacionamento privativo
autóctones da região nas 20 com capacidade para um ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
106F 2 Opcional Opcional Opcional
áreas verdes do veículo por UA
empreendimento Estacionamento para
21 5 Opcional Opcional Opcional
Adoção e implementação de autocarros
política de informação sobre
106G práticas de turismo 2 Opcional Opcional Opcional 2. Equipamento e mobiliário
sustentável por parte dos
utentes Equipamento do Equipamento básico: cama,
Utilização, na sua frota, de quarto equipamento para ocultação
veículos automóveis ligeiros, da luz exterior, roupeiro ou
106H de passageiros e/ou 4 Opcional Opcional Opcional solução equivalente,
mercadorias, 22 cabides, cadeira ou sofá, ² Obrigatório NA NA
maioritariamente elétricos mesas de cabeceira ou
Certificação energética ou solução de apoio
ambiental por norma equivalente, luzes de
107 nacional ou europeia, 30 Opcional Opcional Opcional cabeceira e tomada elétrica
quando não obrigatória por Equipamento médio:
lei equipamento básico mais
Certificação, prémio ou selo 23 espelho de corpo inteiro e, a 5 Opcional Obrigatório NA
3 pts. por
de qualidade atribuído por pedido, cobertor ou edredon
cada, até ao
108 uma entidade reconhecida Opcional Opcional Opcional adicional
máximo de 6
nacional, estrangeira ou Equipamento superior:
pts.
internacional equipamento médio mais
interruptor de iluminação
24 5 Opcional Opcional Obrigatório
geral do quarto junto da
Total pontos opcionais por categoria cama, cesto de papéis,
179 210 225 telefone ou telemóvel (3)

Tomada elétrica acessível e


24A 2 Opcional Opcional Opcional
livre junto da cama
Abreviaturas:
NA ² Não aplicável Adaptadores de tomadas
UA ² Unidade(s) de alojamento 24B 1 Opcional Opcional Opcional
elétricas a pedido

Notas:
(1) O restaurante pode ser dispensado pelo Turismo de Portugal, I.P. quando o aldeamento se situar próximo de centro urbano ou em Tomada USB acessível e
zona de vilegiatura que disponha de razoável oferta de estabelecimentos de restauração. 24C 2 Opcional Opcional Opcional
livre na UA
(2) A piscina pode ser dispensada quando todas as UA estejam dotadas de piscina privativa. A área mínima das piscinas é calculada
segundo a seguinte fórmula A=M+(KxN), sendo A - área; M - valor fixo dependente do número de camas; K - constante dependente do Colchões com comprimento
tipo do aldeamento e do número de camas; N - Número de camas do aldeamento: não inferior a 2m e largura
25 não inferior a 1,10m para 5 Opcional Opcional Opcional
Valores de K camas individuais e 1,80m
N.º de camas Valor de M
Categoria 3* Categoria 4* Categoria 5* para camas de casal
100 a 500 100 0,2 0,21 0,25 25A Sobre colchão 5 Opcional Opcional Opcional
501 a 1000 90 0,19 0,21 0,23
26 Cama suplementar a pedido 3 Opcional Opcional Opcional
Mais de 1000 80 0,18 0,19 0,21
26A Berço a pedido 3 Opcional Opcional Opcional
(3) Área útil nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951, Equipamento das Mesa de refeições ou
na redação em vigor. salas de estar e de adaptável para o efeito,
(4) A partir da tipologia T4, inclusive, admite-se que um quarto não tenha casa de banho privativa. 27 ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
refeições cadeiras e sofás, loiças,
(5) Em caso de UA com mais do que um quarto, entende-se que basta existir telefone ou telemóvel num dos quartos. vidros e talheres
(6) Considera-se cumprido o requisito caso um dos aparelhos acumule as duas funções. Equipamento da Frigorífico, lava-loiça e
(7) O business center deve garantir a privacidade de cada utilizador. cozinha ou armários para víveres, fogão
(8) Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho. kitchenette 28 ou placa, exaustor de ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório
fumos, varinha mágica e
utensílios de cozinha
29 Micro-ondas ² Obrigatório NA NA
Forno e micro-ondas (4)
ANEXO III 30
31 Máquina de lavar loiça
6
6
Opcional
Opcional
Obrigatório
Opcional
Obrigatório
Opcional
32 Máquina de lavar roupa 6 Opcional Opcional Opcional
Chaleira elétrica e máquina
Apartamentos turísticos Equipamentos e
33
de café
Equipamento básico:
2 Opcional Opcional Opcional

acessórios espelho, toalhas (1 de rosto


34 - Obrigatório NA NA
sanitários e 1 de banho por pessoa) e
suporte para toalhas
(a que se refere o artigo 3.º) Equipamento médio:
equipamento básico mais
iluminação do lavatório,
35 5 Opcional Obrigatório Obrigatório
N.º Requisitos Pontos    caixote do lixo, secador de
cabelo e tapete ou toalha de
chão
1. Instalações Equipamento superior:
36 equipamento médio mais 7 Opcional Opcional Opcional
Acessos Elevador quando o edifício chinelos e roupão
1 tenha mais de 3 pisos, - Obrigatório NA NA Tomada elétrica junto ao
incluindo o rés-do-chão 36A lavatório ou junto ao 1 Opcional Opcional Opcional
Elevador quando o edifício espelho
2 tenha mais de 2 pisos, 15 Opcional Obrigatório Obrigatório Pelo menos 50% das
incluindo o rés-do-chão 37 instalações sanitárias com 10 Opcional Opcional Opcional
Zonas comuns Local identificado de banheira e duche separados
receção destinado ao check Pelo menos 50% das
in, check out e informações instalações sanitárias com
3 aos utentes, que pode ser - Obrigatório Obrigatório Obrigatório separação física entre a
38 15 Opcional Opcional Opcional
instalado no próprio área limpa (lavatório e
empreendimento turístico duche ou banheira) e área
ou em comum com outro suja (sanita)
Pelo menos 50% das
Restaurante com zona de
39 instalações sanitárias com 5 Opcional Opcional Opcional
4 bar aberto 7 dias por 10 Opcional Opcional Opcional
bidé
semana
Pelo menos 50% das
Climatização das áreas
40 instalações sanitárias com 7 Opcional Opcional Opcional
comuns com sistemas de
lavatório adicional
5 climatização ativos ou 10 Opcional Opcional Opcional
41 Espelho de cosmética 2 Opcional Opcional Opcional
passivos que garantam o
conforto térmico Aquecimento de toalhas
42 5 Opcional Opcional Opcional
Zonas de serviço 6 Zona de armazenagem - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
43 Balança 1 Opcional Opcional Opcional
Área destinada ao pessoal,
composta pelo menos por Amenities básico: sabonete
7 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório 44 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
vestiário e instalações ou gel de banho
sanitárias Amenities médio: amenities
45 1 Opcional Opcional Obrigatório
UA (Apartamentos) Climatização das UA com básico mais champô e touca
sistemas de climatização de banho
8 - Obrigatório Obrigatório NA
ativos ou passivos que
Amenities superior:
garantam o conforto térmico
amenities médio mais
50% das UA com sistemas de
escova e pasta de dentes,
climatização que garantam o 46 2 Opcional Opcional Opcional
lâmina e gel de barbear,
9 conforto térmico de 10 Opcional Opcional Obrigatório
lima de unhas e algodão de
intensidade regulável pelo
cliente em cada ciclo limpeza, a pedido
Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015 8473

N.º Requisitos Pontos    N.º Requisitos Pontos   
Depósito de valores Serviço de depósito de Serviço de digitalização
47 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório 79B 2 Opcional Opcional Opcional
valores na receção
Cofre na UA Impressão gratuita de
48 5 Opcional Opcional Obrigatório
79C talões de embarque, 2 Opcional Opcional Opcional
Cofre na UA com tomada vouchers e bilhetes
48A 1 Opcional Opcional Opcional
elétrica no seu interior Serviço de depósito de
Sistemas de vídeo Televisão a cores com 80 5 Opcional Opcional Opcional
49 3 Opcional Opcional Opcional bagagens
e áudio controlo remoto na sala Guarda-chuva à disposição
Televisão a cores com 80A 1 Opcional Opcional Opcional
dos clientes
49A controlo remoto e na 2 Opcional Opcional Opcional Bicicleta à disposição dos
modalidade smart tv na sala 80B 7 Opcional Opcional Opcional
clientes
50 Leitor de DVD 6 Opcional Opcional Opcional Lavandaria e Serviço de lavandaria e
81 5 Opcional Obrigatório Obrigatório
engomadoria engomadoria
51 Sistema de som na sala 2 Opcional Opcional Opcional Serviços de Vigilância durante a noite
82 - Obrigatório Obrigatório NA
Acesso a mais de 20 canais segurança e (período de 12 horas)
52 5 Opcional Opcional Opcional vigilância
de televisão 83 Vigilância 24 horas por dia 5 Opcional Opcional Obrigatório
2 pts. por
Docking station / colunas Videovigilância em zonas
cada tipo, 84 6 Opcional Opcional Opcional
bluetooth para aparelhos de públicas e de circulação
52A até ao Opcional Opcional Opcional
media (smartphones, ipods, Outros Aceitação de cartões de
máximo de 4 85 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
tablets) crédito e débito
pts.
86 Serviço despertar 2 Opcional Opcional Opcional
52B Consola de jogos, a pedido 2 Opcional Opcional Opcional
Comunicações Meios de comunicação com 87 Serviço de correio 2 Opcional Opcional Opcional
eletrónicas o exterior acessíveis aos Venda de bilhetes
utentes (pelo menos um 87A 3 Opcional Opcional Opcional
53 meio de voz, telefone ou - Obrigatório Obrigatório Obrigatório Serviço de transporte
telemóvel, e um meio de 88 privativo do 5 Opcional Opcional Opcional
escrita, fax ou correio empreendimento
eletrónico) 89 Serviço de babysitter 4 Opcional Opcional Opcional
Telefone ou telemóvel na
54 UA com acesso à rede - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
exterior 4. Lazer e negócios
Acesso à Internet em banda Equipamentos e Área bruta privativa de •P2 < 2,5
larga e sem fios nas UA ou instalações equipamentos m2 ² 5 pts.;
55 nas zonas comuns ² Obrigatório Obrigatório NA complementares (health •P
90 Opcional Opcional Opcional
(condicionada à cobertura club, spa, squash, etc.) por 5m2 ² 10
do serviço) UA, quando concorra para a SWV•P2 ²
Acesso à Internet em banda área bruta de construção do 15 pts.
larga e sem fios nas UA e empreendimento
56 nas zonas comuns 5 Opcional Opcional Obrigatório
Área bruta privativa de
(condicionada à cobertura
equipamentos
do serviço) •P2 < 2,5
complementares
Acesso gratuito à Internet m2 ² 5 pts.;
(instalações desportivas,
56A em banda larga nas zonas 4 Opcional Opcional Opcional •P
91 parque infantil, etc.) por Opcional Opcional Opcional
comuns 5m2 ² 10
UA, quando não concorra
Acesso gratuito à Internet SWV•P2 ²
para a área bruta de
56B em banda larga e sem fios 8 Opcional Opcional Opcional 15 pts.
construção do
nas UA empreendimento
Sistema de registo de Business center (no mínimo
57 2 Opcional Opcional Opcional
mensagens de voz na UA com computador, acesso à
Equipamento Manual do serviço de A a Z 92 10 Opcional Opcional Opcional
Internet, impressora e
suplementar 58 na UA, em suporte escrito, - Obrigatório Obrigatório Obrigatório scanner) (5)
audiovisual ou outro Ginásio (com, pelo menos, 4
93 10 Opcional Opcional Opcional
58A Guarda-chuva na UA 2 Opcional Opcional Opcional equipamentos diferentes)
Outras instalações
5 pts. por
desportivas interiores
3. Serviços cada, até ao
93A (campo de ténis, campo de Opcional Opcional Opcional
máximo de
vólei, campo de padel,
Limpeza e Limpeza e arrumação diária 10 pts.
59 5 Opcional Opcional Obrigatório squash, etc.)
arrumação das UA das UA
Spa (com, pelo menos, 4
Limpeza e arrumação das 94 10 Opcional Opcional Opcional
equipamentos diferentes)
UA duas vezes por semana e
60 - Obrigatório Obrigatório NA 95 Cabeleireiro 5 Opcional Opcional Opcional
antes de serem ocupadas
pelos clientes Instalações desportivas
5 pts por
Mudança de toalhas pelo exteriores (campo de ténis,
cada, no
menos duas vezes por 96 campo de vólei, campo de Opcional Opcional Opcional
61 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório máximo de
semana e sempre que mude padel, minigolfe, driving
15 pts
o cliente net, petanca, etc.)
Mudança diária de toalhas a 97 Piscina comum exterior 10 Opcional Opcional Opcional
62 5 Opcional Opcional Obrigatório
pedido do cliente
Mudança de roupa de cama 98 Piscina comum interior 12 Opcional Opcional Opcional
pelo menos uma vez por Piscina comum exterior
63 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório 99 20 Opcional Opcional Opcional
semana e sempre que mude aquecida
o cliente Piscina comum interior
Mudança de roupa de cama 99A 15 Opcional Opcional Opcional
64 5 Opcional Opcional Obrigatório aquecida
a pedido do cliente Piscina para crianças
Serviço de verificação das 99B 5 Opcional Opcional Opcional
UA para a noite (abertura Sala de jogos (com, pelo
65 5 Opcional Opcional Opcional
da cama, troca de toalhas, 99C menos, 5 equipamentos ou 5 Opcional Opcional Opcional
limpeza) jogos)
Colchões higienizados pelo 100 Golfe 15 Opcional Opcional Opcional
menos uma vez em cada
65A ² Obrigatório Obrigatório Obrigatório Programas regulares de 1 pto., mais
três anos, com registo
documental 100A atividades de animação 2 pts. se Opcional Opcional Opcional
Alimentação e 8 horas de room service de indoor diários
66 4 Opcional Opcional Opcional Programas regulares de 2 pts., mais
bebidas bebidas e refeições ligeiras
16 horas de room service de atividades de animação 1 pto. se
67 8 Opcional Opcional Opcional outdoor turismo de
bebidas e refeições ligeiras 100B Opcional Opcional Opcional
24 horas de room service de natureza (6)
68 12 Opcional Opcional Opcional e 2 pts. se
bebidas e refeições ligeiras
diários
Menus especiais (por
exemplo, vegetarianos,
68A 5 Opcional Opcional Opcional 5. Qualidade e sustentabilidade
dietéticos, celíacos,
desportivos)
Menus infantis Certificação da qualidade
68B 2 Opcional Opcional Opcional
dos serviços por norma
Carta de vinhos nacionais e 101 nacional ou europeia, 15 Opcional Opcional Opcional
estrangeiros, com indicação quando não obrigatória por
68C dos anos das colheitas, 5 Opcional Opcional Opcional lei
castas e outras informações Restaurante com prémio 5 pts. se
relevantes nacional ou internacional nacional, 10
Serviço de escanção ao 101A Opcional Opcional Opcional
68D 6 Opcional Opcional Opcional pts. se
almoço e ao jantar internacional
Restaurante com oferta de Processo formal de resposta
68E pratos da cozinha 3 Opcional Opcional Opcional 101B 3 Opcional Opcional Opcional
interna a reclamações
regional/local Processo sistemático de
Pequeno-almoço 69 Serviço de pequeno-almoço 2 Opcional Opcional Opcional 101C recolha de opiniões de 2 Opcional Opcional Opcional
clientes
Pequeno-almoço buffet ou
70 3 Opcional Opcional Opcional Convite sistemático aos
à-la-carte clientes para submeter
Serviço de pequeno-almoço 101D 2 Opcional Opcional Opcional
opinião no sítio na Internet
70A com a duração mínima de 4 5 Opcional Opcional Opcional do empreendimento
horas Processo sistemático de
Pequeno-almoço à-la-carte cliente mistério realizado
71 4 Opcional Opcional Opcional 101E 15 Opcional Opcional Opcional
nas UA por entidades externas
Receção e Serviço de atendimento acreditadas
acolhimento 72 permanente (presencial ou - Obrigatório Obrigatório NA Soluções inovadoras na
automático) 101F oferta de espaços, 5 Opcional Opcional Opcional
Serviço de receção equipamentos e serviços
2 pts. por Rede alargada de parcerias
(presencial) 16 horas,
cada 8 com fornecedores locais
73 próprio ou em comum com Opcional Obrigatório NA
horas 101G numa lógica de 5 Opcional Opcional Opcional
outro empreendimento
opcionais sustentabilidade e
turístico
Serviço de receção responsabilidade local
2 pts. por Aproveitamento ou
(presencial) 24 horas,
cada 8 valorização de edificações
74 próprio ou em comum com Opcional Opcional Obrigatório
horas 102 pré-existentes, com 10 Opcional Opcional Opcional
outro empreendimento
opcionais interesse individual ou de
turístico
conjunto
Check-in expresso
74A 1 Opcional Opcional Opcional Empreendimento instalado
automático
em edifício classificado ou
Serviço de receção bilingue em vias de classificação
75 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório
(Português e Inglês) como de interesse nacional,
Serviço de receção 2 pts. por 102A 20 Opcional Opcional Opcional
de interesse público ou de
multilingue (para além do cada língua interesse municipal, ou
Português e do Inglês) adicional, inseridos em conjunto ou
76 Opcional Opcional Opcional
até ao sítio com essa classificação
máximo de Coeficiente de localização a
6 pts. aplicar ao empreendimento
Serviço de portaria •”QRVWHUPRVGR
77 - Obrigatório Obrigatório Obrigatório 103 14 Opcional Opcional Opcional
(presencial ou automático) artigo 42.º do Código do
Serviço de informação e imposto Municipal sobre
78 3 Opcional Opcional Obrigatório Imóveis
reservas
Sítio na Internet Coeficiente de localização a
3 pts., mais aplicar ao empreendimento
informativo do
2 pts. se 104 > 2,5, nos termos do artigo 20 Opcional Opcional Opcional
empreendimento,
78A bilingue Opcional Opcional Opcional 42.º do Código do imposto
possibilitando a realização
(Português Municipal sobre Imóveis
de reservas e de transações
e Inglês) Área de espaços verdes de 5 pts. por
online
utilização comum cada 50
Presença ativa nas redes 105 m2/UA, até Opcional Opcional Opcional
sociais com a publicação ao máximo
regular de informação (pelo de 15 pts.
78B 2 Opcional Opcional Opcional
menos semanal) e interação Sistemas que promovam o
com clientes e potenciais consumo eficiente de água 3 pts. por
clientes por estas vias nos equipamentos interiores cada
Serviço de aceitação e 105A e exteriores, incluindo a sistema, até Opcional Opcional Opcional
79 5 Opcional Opcional Opcional
entrega de mensagens utilização de fontes de água ao máximo
79A Serviço de fotocópias 2 Opcional Opcional Opcional alternativas (reutilização de de 15 pts.
água, água da chuva, etc.)
8474 Diário da República, 1.ª série — N.º 188 — 25 de setembro de 2015

em 27 de maio de 2013, subscrita pelos representantes


N.º Requisitos

Sistemas que promovam o


Pontos   
que a compõem, bem como na documentação relativa
consumo eficiente de
energia, incluindo a
3 pts. por
cada às demais diligências no âmbito do respetivo proce-
dimento.
105B utilização de energias sistema, até Opcional Opcional Opcional
renováveis ou equivalente, ao máximo
quando não obrigatórios por de 15 pts.
lei
Sistemas que promovam a 3 pts. por Sobre a referida proposta de delimitação foi ouvida
a Câmara Municipal de Braga, tendo apresentado de-
qualidade do ar interior e o cada
105C conforto térmico e acústico, sistema, até Opcional Opcional Opcional
quando não obrigatórios por ao máximo
lei
Centro ecológico ou
de 15 pts.
claração datada de 1 de fevereiro de 2013, em que ma-
nifestou concordância com a presente delimitação da
105D estrutura de interpretação 5 Opcional Opcional Opcional
ambiental
Sistema de contratação e Opcional Opcional Opcional

105E
compras que promova a
inclusão de critérios
10
REN, realizada no âmbito da revisão do Plano Diretor
Municipal de Braga.
ambientais nos contratos e
fornecimentos (compras
ecológicas)

108F
Utilização de espécies
autóctones da região nas
2
Opcional Opcional Opcional
Assim, considerando o disposto no n.º 2 do artigo 41.º
do Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, alterado
áreas verdes do
empreendimento
Adoção e implementação de Opcional Opcional Opcional

105G
política de informação sobre
práticas de turismo 2 pelos Decretos-Leis n.os 239/2012, de 2 de novembro,
96/2013, de 19 de julho, e 80/2015, de 14 de maio, e
sustentável por parte dos
utentes
Utilização, na sua frota, de Opcional Opcional Opcional

105H
veículos automóveis ligeiros,
de passageiros e/ou 4 nos n.os 2 e 3 da Resolução do Conselho de Ministros
n.º 81/2012, publicada no Diário da República, 1.ª série,
mercadorias,
exclusivamente elétricos
Certificação energética ou

106
ambiental por norma
nacional ou europeia, 30 Opcional Opcional Opcional n.º 192, de 3 de outubro, manda o Governo, pelo Secretá-
quando não obrigatória por
lei
Certificação, prémio ou selo
rio de Estado do Ordenamento do Território e da Conser-
107
de qualidade atribuído por
uma entidade reconhecida
5 pts. por
cada, até ao
máximo de
Opcional Opcional Opcional
vação da Natureza, no uso das competências delegadas
nacional, estrangeira ou
internacional
10 pts.
pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e
Energia, previstas na subalínea ii) da alínea b) do n.º 3 do
Total pontos opcionais por categoria
187 225 252 Despacho n.º 13322/2013, de 11 de outubro, publicado
no Diário da República, 2.ª série, n.º 202, de 18 de ou-
Abreviaturas:
NA ² Não aplicável
UA ² Unidade(s) de alojamento
tubro de 2013, alterado pelo Despacho n.º 1941-A/2014,
Notas: de 5 de fevereiro, publicado no Diário da República,
(1) Área útil nos termos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38382, de 7 de Agosto de 1951,
na redação em vigor.
(2) A partir da tipologia T4, inclusive, admite-se que um quarto não tenha casa de banho privativa.
2.ª série, n.º 26, de 6 de fevereiro de 2014, pelo Despa-
(3) Em caso de UA com mais do que um quarto, entende-se que basta existir telefone ou telemóvel e televisão num dos quartos.
(4) Considera-se cumprido o requisito caso um dos aparelhos acumule as duas funções. cho n.º 9478/2014, de 5 de junho de 2014, publicado no
(5) O business center deverá garantir a privacidade de cada utilizador.
(6) Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 95/2013, de 19 de julho. Diário da República, 2.ª série, n.º 139, de 22 de julho
de 2014, e pelo Despacho n.º 8647/2015, publicado no
Diário da República, 2.ª série, n.º 152, de 6 de agosto
de 2015, o seguinte:

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO Artigo 1.º


DO TERRITÓRIO E ENERGIA Objeto

É aprovada a delimitação da Reserva Ecológica Na-


Portaria n.º 310/2015
cional do município de Braga, com as áreas a integrar e a
de 25 de setembro excluir identificadas na planta e no quadro anexo à presente
portaria, que dela fazem parte integrante.
A delimitação da Reserva Ecológica Nacional (REN)
para a área do município de Braga foi aprovada pela Reso- Artigo 2.º
lução do Conselho de Ministros n.º 57/2000, de 1 de junho
de 2000, publicada no Diário da República, n.º 147/2000, Consulta
1.ª série-B, de 28 de junho de 2000.
A referida planta, o quadro anexo e a memória des-
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Re-
critiva do presente processo podem ser consultados na
gional do Norte (CCDR do Norte) apresentou, nos ter-
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional
mos do disposto no n.º 2 do artigo 41.º do Decreto-Lei
do Norte (CCDR do Norte), bem como na Direção-
n.º 166/2008, de 22 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis -Geral do Território (DGT).
n.os 239/2012, de 2 de novembro, 96/2013, de 19 de julho,
e 80/2015, de 14 de maio, uma proposta de delimitação de
REN para o município de Braga, enquadrada no procedi- Artigo 3.º
mento de revisão do Plano Diretor Municipal do mesmo
município. Produção de efeitos
A Comissão Nacional da Reserva Ecológica Na- A presente portaria produz os seus efeitos com a en-
cional (CNREN) pronunciou-se favoravelmente sobre trada em vigor da revisão do Plano Diretor Municipal
a delimitação proposta, nos termos do disposto no de Braga.
artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de março,
aplicável por via do mencionado n.º 2 do artigo 41.º, O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e
sendo que o respetivo parecer se encontra consubstan- da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, em
ciado em ata da reunião daquela Comissão, realizada 4 de setembro de 2015.
[ Nº de artigos:146 ]
  DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro  (versão actualizada)

 REGIME JURÍDICO DA URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO


Contém as seguintes alterações:
   - Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - Lei n.º 15/2002, de 22 de Fevereiro
   - Lei n.º 4-A/2003, de 19 de Fevereiro
   - DL n.º 157/2006, de 08 de Agosto
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 18/2008, de 29 de Janeiro
   - DL n.º 116/2008, de 04 de Julho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março
   - Lei n.º 28/2010, de 02 de Setembro
   - DL n.º 266-B/2012, de 31 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
   - Retificação n.º 46-A/2014, de 10 de Novembro
   - DL n.º 214-G/2015, de 02 de Outubro
   - DL n.º 97/2017, de 10 de Agosto
   - Lei n.º 79/2017, de 18 de Agosto
   - DL n.º 121/2018, de 28 de Dezembro
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio

SUMÁRIO
Estabelece o regime jurídico da urbanização e edificação
__________________________

Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro


A revisão dos regimes jurídicos do licenciamento municipal de loteamentos urbanos e obras de urbanização e de obras particulares constitui
uma necessidade porque, embora recente, a legislação actualmente em vigor não tem conseguido compatibilizar as exigências de
salvaguarda do interesse público com a eficiência administrativa a que legitimamente aspiram os cidadãos.
Os regimes jurídicos que regem a realização destas operações urbanísticas encontram-se actualmente estabelecidos em dois diplomas legais,
nem sempre coerentes entre si, e o procedimento administrativo neles desenhado é excessivamente complexo, determinando tempos de
espera na obtenção de uma licença de loteamento ou de construção que ultrapassam largamente os limites do razoável.
Neste domínio, a Administração move-se num tempo que não tem correspondência na vida real, impondo um sacrifício desproporcional aos
direitos e interesses dos particulares.
Mas, porque a revisão daqueles regimes jurídicos comporta também alguns riscos, uma nova lei só é justificável se representar um esforço
sério de simplificação do sistema sem, contudo, pôr em causa um nível adequado de controlo público, que garanta o respeito intransigente
dos interesses públicos urbanísticos e ambientais.
Se é certo que, por via de um aumento da responsabilidade dos particulares, é possível diminuir a intensidade do controlo administrativo a
que actualmente se sujeita a realização de certas operações urbanísticas, designadamente no que respeita ao respectivo controlo prévio, isso
não pode nem deve significar menor responsabilidade da Administração.
A Administração tem de conservar os poderes necessários para fiscalizar a actividade dos particulares e garantir que esta se desenvolve no
estrito cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis.
O regime que agora se institui obedece, desde logo, a um propósito de simplificação legislativa.
Na impossibilidade de avançar, desde já, para uma codificação integral do direito do urbanismo, a reunião num só diploma destes dois
regimes jurídicos, a par da adopção de um único diploma para regular a elaboração, aprovação, execução e avaliação dos instrumentos de
gestão territorial, constitui um passo decisivo nesse sentido.
Pretende-se, com isso, ganhar em clareza e coerência dos respectivos regimes jurídicos, evitando-se a dispersão e a duplicação
desnecessárias de normas legais.
Numa época em que a generalidade do território nacional já se encontra coberto por planos municipais, e em que se renova a consciência
das responsabilidades públicas na sua execução, o loteamento urbano tem de deixar de ser visto como um mecanismo de substituição da
Administração pelos particulares no exercício de funções de planeamento e gestão urbanística.
As operações de loteamento urbano e obras de urbanização, tal como as obras particulares, concretizam e materializam as opções contidas
nos instrumentos de gestão territorial, não se distinguindo tanto pela sua natureza quanto pelos seus fins. Justifica-se, assim, que a lei
regule num único diploma o conjunto daquelas operações urbanísticas, tanto mais que, em regra, ambas são de iniciativa privada e a sua
realização está sujeita a idênticos procedimentos de controlo administrativo.
A designação adoptada para o diploma - regime jurídico da urbanização e edificação - foge à terminologia tradicional no intuito de traduzir a
maior amplitude do seu objecto.
Desde logo, porque, não obstante a particular atenção conferida às normas de procedimento administrativo, o mesmo não se esgota no
regime de prévio licenciamento ou autorização das operações de loteamento urbano, obras de urbanização e obras particulares.
Para além de conter algumas normas do regime substantivo daquelas operações urbanísticas, o diploma abrange a actividade desenvolvida
por entidades públicas ou privadas em todas as fases do processo urbano, desde a efectiva afectação dos solos à construção urbana até à
utilização das edificações nele implantadas.
É no âmbito da regulamentação do controlo prévio que se faz sentir mais intensamente o propósito de simplificação de procedimentos que
este anteprojecto visa prosseguir.
O sistema proposto diverge essencialmente daquele que vigora actualmente, ao fazer assentar a distinção das diferentes formas de
procedimento não apenas na densidade de planeamento vigente na área de realização da operação urbanística mas também no tipo de
operação a realizar.
Na base destes dois critérios está a consideração de que a intensidade do controlo que a administração municipal realiza preventivamente
pode e deve variar em função do grau de concretização da posição subjectiva do particular perante determinada pretensão.
Assim, quando os parâmetros urbanísticos de uma pretensão já se encontram definidos em plano ou anterior acto da Administração, ou
quando a mesma tenha escassa ou nenhuma relevância urbanística, o tradicional procedimento de licenciamento é substituído por um
procedimento simplificado de autorização ou por um procedimento de mera comunicação prévia.
O procedimento de licença não se distingue, no essencial, do modelo consagrado na legislação em vigor.
Como inovações mais significativas são de salientar o princípio da sujeição a prévia discussão pública dos procedimentos de licenciamento de
operações de loteamento urbano e a possibilidade de ser concedida uma licença parcial para a construção da estrutura de um edifício,
mesmo antes da aprovação final do projecto da obra.
No primeiro caso, por se entender que o impacte urbanístico causado por uma operação de loteamento urbano em área não abrangida por
plano de pormenor tem implicações no ambiente urbano que justificam a participação das populações locais no respectivo processo de
decisão, não obstante poder existir um plano director municipal ou plano de urbanização, sujeitos, eles próprios, a prévia discussão pública.
No segundo caso, por existir a convicção de que, ultrapassada a fase de apreciação urbanística do projecto da obra, é razoavelmente seguro
permitir o início da execução da mesma enquanto decorre a fase de apreciação dos respectivos projectos de especialidade, reduzindo-se
assim, em termos úteis, o tempo de espera necessário para a concretização de um projecto imobiliário.
O procedimento de autorização caracteriza-se pela dispensa de consultas a entidades estranhas ao município, bem como de apreciação dos
projectos de arquitectura e das especialidades, os quais são apresentados em simultâneo juntamente com o requerimento inicial.
Ao diminuir substancialmente a intensidade do controlo realizado preventivamente pela Administração, o procedimento de autorização
envolve necessariamente uma maior responsabilização do requerente e dos autores dos respectivos projectos, pelo que tem como
«contrapartida» um regime mais apertado de fiscalização.
Deste modo, nenhuma obra sujeita a autorização pode ser utilizada sem que tenha, pelo menos uma vez, sido objecto de uma inspecção ou
vistoria pelos fiscais municipais de obras, seja no decurso da sua execução, seja após a sua conclusão e como condição prévia da emissão da
respectiva autorização de utilização.
Também nos casos em que a realização de uma obra depende de mera comunicação prévia, a câmara municipal pode, através do seu
presidente, determinar se a mesma se subsume ou não à previsão normativa que define a respectiva forma de procedimento, sujeitando-a,
se for caso disso, a licenciamento ou autorização.
Do mesmo modo, a dispensa de licença ou autorização não envolve diminuição dos poderes de fiscalização, podendo a obra ser objecto de
qualquer das medidas de tutela da legalidade urbanística previstas no diploma, para além da aplicação das sanções que ao caso couberem.
Para além do seu tronco comum, os procedimentos de licenciamento ou autorização sujeitam-se ainda às especialidades resultantes do tipo
de operação urbanística a realizar.
Em matéria de operações de loteamento urbano, e no que se refere a cedências gratuitas ao município de parcelas para implantação de
espaços verdes públicos, equipamentos de utilização colectiva e infra-estruturas urbanísticas, estabelece-se, para além do direito de
reversão sobre as parcelas cedidas quando as mesmas não sejam afectas pelo município aos fins para as quais hajam sido cedidas, que o
cedente tem a possibilidade de, em alternativa, exigir o pagamento de uma indemnização, nos termos estabelecidos para a expropriação por
utilidade pública.
Consagra-se ainda expressamente o princípio da protecção do existente em matéria de obras de edificação, retomando assim um princípio já
aflorado nas disposições do Regulamento Geral das Edificações Urbanas mas esquecido nas sucessivas revisões do regime do licenciamento
municipal de obras particulares.
Assim, à realização de obras em construções já existentes não se aplicam as disposições legais e regulamentares que lhe sejam
supervenientes, desde que tais obras não se configurem como obras de ampliação e não agravem a desconformidade com as normas em vigor.
Por esta via se dá um passo importante na recuperação do património construído, já que, sem impor um sacrifício desproporcional aos
proprietários, o regime proposto permite a realização de um conjunto de obras susceptíveis de melhorar as condições de segurança e
salubridade das construções existentes.
A realização de uma vistoria prévia à utilização das edificações volta a constituir a regra geral nos casos de obras sujeitas a mera
autorização, em virtude da menor intensidade do controlo prévio a que as mesmas foram sujeitas.
Porém, mesmo nesses casos é possível dispensar a realização daquela vistoria prévia, desde que no decurso da sua execução a obra tenha
sido inspeccionada ou vistoriada pelo menos uma vez.
Manifesta-se, aqui, uma clara opção pelo reforço da fiscalização em detrimento do controlo prévio, na expectativa de que este regime
constitua um incentivo à reestruturação e modernização dos serviços municipais de fiscalização de obras.
Para além da definição das condições legais do início dos trabalhos, em conjugação com o novo regime de garantias dos particulares,
estabelece-se um conjunto de regras que acompanham todas as fases da execução de uma operação urbanística.
No que respeita à utilização e conservação do edificado, foram recuperadas e actualizadas disposições dispersas por diversos diplomas legais,
designadamente o Regulamento Geral das Edificações Urbanas e a Lei das Autarquias Locais, obtendo-se assim um ganho de sistematização e
de articulação das normas respeitantes às tradicionais atribuições municipais de polícia das edificações com as relativas aos seus poderes de
tutela da legalidade urbanística.
No domínio da fiscalização da execução das operações urbanísticas estabelece-se uma distinção clara entre as acções de verificação do
cumprimento das disposições legais e regulamentares aplicáveis e de repressão das infracções cometidas, distinguindo neste último caso as
sanções propriamente ditas das medidas de tutela da legalidade urbanística.
Quanto a estas medidas, e porque a sua função é única e exclusivamente a de reintegrar a legalidade urbanística violada, estabelece-se um
regime que, sem diminuir a intensidade dos poderes atribuídos às entidades fiscalizadoras, submete o seu exercício ao cumprimento estrito
do princípio da proporcionalidade.
Merece especial destaque a este propósito o reconhecimento da natureza provisória do embargo de obras, cuja função é a de acautelar a
utilidade das medidas que, a título definitivo, reintegrem a legalidade urbanística violada, incluindo nestas o licenciamento ou autorização
da obra.
Procura-se assim evitar o prolongamento indefinido da vigência de ordens de embargo que, a pretexto da prossecução do interesse público,
consolidam situações de facto que se revelam ainda mais prejudiciais ao ambiente e à qualidade de vida dos cidadãos do que aquelas que o
próprio embargo procurava evitar.
Em matéria de garantias, procede-se à alteração da função do deferimento tácito nas operações urbanísticas sujeitas a licenciamento, sem
que daí advenha qualquer prejuízo para os direitos dos particulares.
Com efeito, na sequência da revisão do artigo 268.º da CRP propõe-se a substituição da intimação judicial para a emissão do alvará pela
intimação judicial para a prática de acto legalmente devido como instrumento privilegiado de protecção jurisdicional.
Significa isto que deixa de ser necessário ficcionar a existência de um acto tácito de deferimento do projecto para permitir o recurso do
requerente aos tribunais para a obtenção de uma intimação judicial para a emissão do alvará.
O particular pode agora recorrer aos tribunais no primeiro momento em que se verificar o silêncio da Administração, já não lhe sendo
exigível que percorra todas as fases do procedimento com base em sucessivos actos de deferimento tácito, com os riscos daí inerentes.
E, se o silêncio da Administração só se verificar no momento da emissão do alvará, o particular dispõe do mesmo mecanismo para obter uma
intimação para a sua emissão.
O deferimento tácito tem, assim, a sua função restrita às operações sujeitas a mera autorização, o que também é reflexo da maior
concretização da posição jurídica do particular e da consequente menor intensidade do controlo prévio da sua actividade.
Diferentemente do que acontece hoje, porém, nestes casos o particular fica dispensado de recorrer aos tribunais, podendo dar início à
execução da sua operação urbanística sem a prévia emissão do respectivo alvará desde que se mostrem pagas as taxas urbanísticas devidas.
Propõe-se igualmente um novo regime das taxas urbanísticas devidas pela realização de operações urbanísticas, no sentido de terminar com a
polémica sobre se no licenciamento de obras particulares pode ou não ser cobrada a taxa pela realização, manutenção e reforço das infra-
estruturas urbanísticas actualmente prevista no artigo 19.º, alínea a), da Lei das Finanças Locais, clarificando-se que a realização daquelas
obras está sujeita ao pagamento da aludida taxa, sempre que pela sua natureza impliquem um acréscimo dos encargos públicos de
realização, manutenção e reforço das infra-estruturas e serviços gerais do município equivalente ou até mesmo superior ao que resulta do
licenciamento de uma operação de loteamento urbano.
Sujeita-se, assim, a realização de obras de construção e de ampliação ao pagamento daquela taxa, excepto se as mesmas se situarem no
âmbito de uma operação de loteamento urbano onde aquelas taxas já tenham sido pagas.
Desta forma se alcança uma solução que, sem implicar com o equilíbrio precário das finanças municipais, distingue de forma equitativa o
regime tributário da realização de obras de construção em função da sua natureza e finalidade.
Pelas mesmas razões, se prevê que os regulamentos municipais de taxas possam e devam distinguir o montante das taxas devidas, não apenas
em função das necessidades concretas de infra-estruturas e serviços gerais do município, justificadas no respectivo programa plurianual de
investimentos, como também em função dos usos e tipologias das edificações e, eventualmente, da respectiva localização.
Tendo sido ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses, foram ouvidos os órgãos de Governo próprio dos Regiões Autónomas.
Assim, no uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 1.º da Lei n.º 110/99, de 3 de Agosto, e nos termos da alínea b) do n.º 1 do
artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

REGIME JURÍDICO DA URBANIZAÇÃO E DA EDIFICAÇÃO

CAPÍTULO I
Disposições preliminares
  Artigo 1.º
Objeto
O presente diploma estabelece o regime jurídico da urbanização e da edificação.

  Artigo 2.º
Definições
Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
a) «Edificação», a atividade ou o resultado da construção, reconstrução, ampliação, alteração ou conservação de um imóvel destinado a
utilização humana, bem como de qualquer outra construção que se incorpore no solo com caráter de permanência;
b) «Obras de construção», as obras de criação de novas edificações;
c) «Obras de reconstrução», as obras de construção subsequentes à demolição, total ou parcial, de uma edificação existente, das quais
resulte a reconstituição da estrutura das fachadas;
d) «Obras de alteração», as obras de que resulte a modificação das características físicas de uma edificação existente, ou sua fração,
designadamente a respetiva estrutura resistente, o número de fogos ou divisões interiores, ou a natureza e cor dos materiais de
revestimento exterior, sem aumento da área total de construção, da área de implantação ou da altura da fachada;
e) «Obras de ampliação», as obras de que resulte o aumento da área de implantação, da área total de construção, da altura da fachada ou
do volume de uma edificação existente;
f) «Obras de conservação», as obras destinadas a manter uma edificação nas condições existentes à data da sua construção, reconstrução,
ampliação ou alteração, designadamente as obras de restauro, reparação ou limpeza;
g) «Obras de demolição», as obras de destruição, total ou parcial, de uma edificação existente;
h) «Obras de urbanização», as obras de criação e remodelação de infraestruturas destinadas a servir diretamente os espaços urbanos ou as
edificações, designadamente arruamentos viários e pedonais, redes de esgotos e de abastecimento de água, eletricidade, gás e
telecomunicações, e ainda espaços verdes e outros espaços de utilização coletiva;
i) «Operações de loteamento», as ações que tenham por objeto ou por efeito a constituição de um ou mais lotes destinados, imediata ou
subsequentemente, à edificação urbana e que resulte da divisão de um ou vários prédios ou do seu reparcelamento;
j) «Operações urbanísticas», as operações materiais de urbanização, de edificação, utilização dos edifícios ou do solo desde que, neste
último caso, para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais, mineiros ou de abastecimento público de água;
l) «Obras de escassa relevância urbanística», as obras de edificação ou demolição que, pela sua natureza, dimensão ou localização tenham
escasso impacte urbanístico;
m) «Trabalhos de remodelação dos terrenos», as operações urbanísticas não compreendidas nas alíneas anteriores que impliquem a
destruição do revestimento vegetal, a alteração do relevo natural e das camadas de solo arável ou o derrube de árvores de alto porte ou em
maciço para fins não exclusivamente agrícolas, pecuários, florestais ou mineiros;
n) [Revogada];
o) «Zona urbana consolidada», a zona caracterizada por uma densidade de ocupação que permite identificar uma malha ou estrutura urbana
já definida, onde existem as infraestruturas essenciais e onde se encontram definidos os alinhamentos dos planos marginais por edificações
em continuidade.
p) 'Arrendamento forçado', o arrendamento de edifícios ou frações autónomas, assumido por uma entidade administrativa, pelo prazo
estritamente necessário para o efeito, com o objetivo de garantir o ressarcimento das despesas incorridas com a realização de obras
coercivas, através do recebimento das rendas relativas a contrato previamente existente à intervenção que se mantenha em vigor ou,
quando este não exista ou tenha cessado a sua vigência, pela celebração de novo contrato.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio     - 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 3.º
Regulamentos municipais
1 - No exercício do seu poder regulamentar próprio, os municípios aprovam regulamentos municipais de urbanização e ou de edificação, bem
como regulamentos relativos ao lançamento e liquidação das taxas e prestação de caução que, nos termos da lei, sejam devidas pela
realização de operações urbanísticas.
2 - Os regulamentos previstos no número anterior devem ter como objetivo a concretização e execução do presente diploma,
designadamente:
a) Concretizar quais as obras de escassa relevância urbanística para efeitos de delimitação das situações isentas de controlo prévio;
b) Pormenorizar, sempre que possível, os aspetos que envolvam a formulação de valorações próprias do exercício da função administrativa,
em especial os aspetos morfológicos e estéticos a que devem obedecer os projetos de urbanização e edificação, assim como as condições
exigíveis para avaliar a idoneidade da utilização dos edifícios e suas frações;
c) Disciplinar os aspetos relativos ao projeto, execução, receção e conservação das obras e serviços de urbanização, podendo, em particular,
estabelecer normas para o controlo da qualidade da execução e fixar critérios morfológicos e estéticos a que os projetos devam conformar-
se;
d) Disciplinar os aspetos relativos à segurança, funcionalidade, economia, harmonia e equilíbrio socioambiental, estética, qualidade,
conservação e utilização dos edifícios, suas frações e demais construções e instalações;
e) Fixar os critérios e trâmites do reconhecimento de que as edificações construídas se conformam com as regras em vigor à data da sua
construção, assim como do licenciamento ou comunicação prévia de obras de reconstrução ou de alteração das edificações para efeitos da
aplicação do regime da garantia das edificações existentes;
f) Fixar os montantes das taxas a cobrar;
g) Indicar a instituição e o número da conta bancária do município onde é possível efetuar o depósito dos montantes das taxas devidas,
identificando o órgão à ordem do qual é efetuado o pagamento;
h) Condições a observar na execução de operações urbanísticas objeto de comunicação prévia;
i) Determinar quais os atos e operações que devem estar submetidos a discussão pública, designadamente, concretizar as operações de
loteamento com significativa relevância urbanística e definir os termos do procedimento da sua discussão;
j) Regular outros aspetos relativos à urbanização e edificação cuja disciplina não esteja reservada por lei a instrumentos de gestão
territorial.
3 - Os projetos dos regulamentos referidos no n.º 1 são submetidos a discussão pública, por prazo não inferior a 30 dias, antes da sua
aprovação pelos órgãos municipais.
4 - Os regulamentos referidos no n.º 1 são objeto de publicação na 2.ª série do Diário da República, sem prejuízo das demais formas de
publicidade previstas na lei.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março

CAPÍTULO II
Controlo prévio
SECÇÃO I
Âmbito e competência
  Artigo 4.º
Licença, comunicação prévia e autorização de utilização
1 - A realização de operações urbanísticas depende de licença, comunicação prévia com prazo, adiante designada abreviadamente por
comunicação prévia ou comunicação, ou autorização de utilização, nos termos e com as exceções constantes da presente secção.
2 - Estão sujeitas a licença administrativa:
a) As operações de loteamento;
b) As obras de urbanização e os trabalhos de remodelação de terrenos em área não abrangida por operação de loteamento;
c) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em área não abrangida por operação de loteamento ou por plano de pormenor;
d) As obras de conservação, reconstrução, ampliação, alteração ou demolição de imóveis classificados ou em vias de classificação, bem como
de imóveis integrados em conjuntos ou sítios classificados ou em vias de classificação, e as obras de construção, reconstrução, ampliação,
alteração exterior ou demolição de imóveis situados em zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de classificação;
e) Obras de reconstrução das quais resulte um aumento da altura da fachada ou do número de pisos;
f) As obras de demolição das edificações que não se encontrem previstas em licença de obras de reconstrução;
g) [Revogada];
h) As obras de construção, reconstrução, ampliação, alteração ou demolição de imóveis em áreas sujeitas a servidão administrativa ou
restrição de utilidade pública, sem prejuízo do disposto em legislação especial;
i) Operações urbanísticas das quais resulte a remoção de azulejos de fachada, independentemente da sua confrontação com a via pública ou
logradouros;
j) As demais operações urbanísticas que não estejam sujeitas a comunicação prévia ou isentas de controlo prévio, nos termos do presente
diploma.
3 - A sujeição a licenciamento dos atos de reparcelamento da propriedade de que resultem parcelas não destinadas imediatamente a
urbanização ou edificação depende da vontade dos proprietários.
4 - Estão sujeitas a comunicação prévia as seguintes operações urbanísticas:
a) As obras de reconstrução das quais não resulte um aumento da altura da fachada ou do número de pisos;
b) As obras de urbanização e os trabalhos de remodelação de terrenos em área abrangida por operação de loteamento;
c) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em área abrangida por operação de loteamento ou plano de pormenor;
d) As obras de construção, de alteração ou de ampliação em zona urbana consolidada que respeitem os planos municipais ou intermunicipais
e das quais não resulte edificação com cércea superior à altura mais frequente das fachadas da frente edificada do lado do arruamento onde
se integra a nova edificação, no troço de rua compreendido entre as duas transversais mais próximas, para um e para outro lado;
e) A edificação de piscinas associadas a edificação principal;
f) As operações urbanísticas precedidas de informação prévia favorável, nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 14.º
g) [Revogada].
h) [Revogada].
i) As obras resultantes de uma intimação da câmara municipal, nos termos previsto no artigo 90.º-A.
5 - Está sujeita a autorização a utilização dos edifícios ou suas frações, bem como as alterações da utilização dos mesmos.
6 - Nas operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia pode o interessado, no requerimento inicial, optar pelo regime de
licenciamento.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
   - Lei n.º 79/2017, de 18 de Agosto     - 6ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio     - 7ª versão: Lei n.º 79/2017, de 18 de Agosto
  Artigo 5.º
Competência
1 - A concessão da licença prevista no n.º 2 do artigo anterior é da competência da câmara municipal, com faculdade de delegação no
presidente e de subdelegação deste nos vereadores.
2 - [Revogado].
3 - A concessão da autorização prevista no n.º 5 do artigo anterior é da competência do presidente da câmara, podendo ser delegada nos
vereadores, com faculdade de subdelegação, ou nos dirigentes dos serviços municipais.
4 - A aprovação da informação prévia regulada no presente diploma é da competência da câmara municipal, podendo ser delegada no seu
presidente, com faculdade de subdelegação nos vereadores.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 6.º
Isenção de controlo prévio
1 - Sem prejuízo do disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 4.º, estão isentas de controlo prévio:
a) As obras de conservação;
b) As obras de alteração no interior de edifícios ou suas frações que não impliquem modificações na estrutura de estabilidade, das cérceas,
da forma das fachadas, da forma dos telhados ou coberturas ou que não impliquem a remoção de azulejos de fachada, independentemente
da sua confrontação com a via pública ou logradouros;
c) As obras de escassa relevância urbanística;
d) Os destaques referidos nos n.os 4 e 5 do presente artigo.
2 - [Revogado].
3 - [Revogado].
4 - Os atos que tenham por efeito o destaque de uma única parcela de prédio com descrição predial que se situe em perímetro urbano estão
isentos de licença desde que as duas parcelas resultantes do destaque confrontem com arruamentos públicos.
5 - Nas áreas situadas fora dos perímetros urbanos, os atos a que se refere o número anterior estão isentos de licença quando,
cumulativamente, se mostrem cumpridas as seguintes condições:
a) Na parcela destacada só seja construído edifício que se destine exclusivamente a fins habitacionais e que não tenha mais de dois fogos;
b) Na parcela restante se respeite a área mínima fixada no projeto de intervenção em espaço rural em vigor ou, quando aquele não exista, a
área de unidade de cultura fixada nos termos da lei geral para a região respetiva.
6 - Nos casos referidos nos n.os 4 e 5 não é permitido efetuar na área correspondente ao prédio originário novo destaque nos termos aí
referidos por um prazo de 10 anos contados da data do destaque anterior.
7 - O condicionamento da construção bem como o ónus do não fracionamento previstos nos n.os 5 e 6 devem ser inscritos no registo predial
sobre as parcelas resultantes do destaque, sem o que não pode ser licenciada ou comunicada qualquer obra de construção nessas parcelas.
8 - O disposto no presente artigo não isenta a realização das operações urbanísticas nele previstas da observância das normas legais e
regulamentares aplicáveis, designadamente as constantes de planos municipais, intermunicipais ou especiais de ordenamento do território,
de servidões ou restrições de utilidade pública, as normas técnicas de construção, as de proteção do património cultural imóvel, e a
obrigação de comunicação prévia nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de março, que estabelece o regime jurídico da
Reserva Agrícola Nacional.
9 - A certidão emitida pela câmara municipal comprovativa da verificação dos requisitos do destaque constitui documento bastante para
efeitos de registo predial da parcela destacada.
10 - Os atos que tenham por efeito o destaque de parcela com descrição predial que se situe em perímetro urbano e fora deste devem
observar o disposto nos n.os 4 ou 5, consoante a localização da parcela a destacar, ou, se também ela se situar em perímetro urbano e fora
deste, consoante a localização da área maior.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
   - Lei n.º 79/2017, de 18 de Agosto     - 5ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 6.º-A
Obras de escassa relevância urbanística
1 - São obras de escassa relevância urbanística:
a) As edificações, contíguas ou não, ao edifício principal com altura não superior a 2,2 m ou, em alternativa, à cércea do rés do chão do
edifício principal com área igual ou inferior a 10 m2 e que não confinem com a via pública;
b) A edificação de muros de vedação até 1,8 m de altura que não confinem com a via pública e de muros de suporte de terras até uma altura
de 2 m ou que não alterem significativamente a topografia dos terrenos existentes;
c) A edificação de estufas de jardim com altura inferior a 3 m e área igual ou inferior a 20 m2;
d) As pequenas obras de arranjo e melhoramento da área envolvente das edificações que não afetem área do domínio público;
e) A edificação de equipamento lúdico ou de lazer associado a edificação principal com área inferior à desta última;
f) A demolição das edificações referidas nas alíneas anteriores;
g) A instalação de painéis solares fotovoltaicos ou geradores eólicos associada a edificação principal, para produção de energias renováveis,
incluindo de microprodução, que não excedam, no primeiro caso, a área de cobertura da edificação e a cércea desta em 1 m de altura, e, no
segundo, a cércea da mesma em 4 m e que o equipamento gerador não tenha raio superior a 1,5 m, bem como de coletores solares térmicos
para aquecimento de águas sanitárias que não excedam os limites previstos para os painéis solares fotovoltaicos;
h) A substituição dos materiais de revestimento exterior ou de cobertura ou telhado por outros que, conferindo acabamento exterior
idêntico ao original, promovam a eficiência energética;
i) Outras obras, como tal qualificadas em regulamento municipal.
2 - Excetuam-se do disposto no número anterior as obras e instalações em:
a) Imóveis classificados ou em vias de classificação, de interesse nacional ou de interesse público;
b) Imóveis situados em zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de classificação;
c) Imóveis integrados em conjuntos ou sítios classificados ou em vias de classificação.
3 - O regulamento municipal a que se refere a alínea i) do n.º 1 pode estabelecer limites além dos previstos nas alíneas a) a c) do mesmo
número.
4 - A descrição predial pode ser atualizada mediante declaração de realização de obras de escassa relevância urbanística nos termos do
presente diploma.
5 - A instalação de geradores eólicos referida na alínea g) do n.º 1 é precedida de notificação à câmara municipal.
6 - A notificação prevista no número anterior destina-se a dar conhecimento à câmara municipal da instalação do equipamento e deve ser
instruída com:
a) A localização do equipamento;
b) A cércea e raio do equipamento;
c) O nível de ruído produzido pelo equipamento;
d) Termo de responsabilidade onde o apresentante da notificação declare conhecer e cumprir as normas legais e regulamentares aplicáveis à
instalação de geradores eólicos.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 7.º
Operações urbanísticas promovidas pela Administração Pública
1 - Estão igualmente isentas de controlo prévio:
a) As operações urbanísticas promovidas pelas autarquias locais e suas associações em área abrangida por plano municipal ou intermunicipal
de ordenamento do território;
b) As operações urbanísticas promovidas pelo Estado relativas a equipamentos ou infraestruturas destinados à instalação de serviços públicos
ou afetos ao uso direto e imediato do público, sem prejuízo do disposto no n.º 4;
c) As obras de edificação ou demolição promovidas por institutos públicos ou entidades da Administração Pública que tenham por atribuições
específicas a salvaguarda do património cultural ou a promoção e gestão do parque habitacional do Estado e que estejam diretamente
relacionadas com a prossecução destas atribuições;
d) As obras de edificação ou demolição promovidas por entidades públicas que tenham por atribuições específicas a administração das áreas
portuárias ou do domínio público ferroviário ou aeroportuário, quando realizadas na respetiva área de jurisdição e diretamente relacionadas
com a prossecução daquelas atribuições;
e) As obras de edificação ou de demolição e os trabalhos promovidos por entidades concessionárias de obras ou serviços públicos, quando se
reconduzam à prossecução do objeto da concessão;
f) As operações urbanísticas promovidas por empresas públicas relativamente a parques empresariais e similares, nomeadamente zonas
empresariais responsáveis (ZER), zonas industriais e de logística.
2 - A execução das operações urbanísticas previstas no número anterior, com exceção das promovidas pelos municípios, fica sujeita a parecer
prévio não vinculativo da câmara municipal, que deve ser emitido no prazo de 20 dias a contar da data da receção do respetivo pedido.
3 - As operações de loteamento e as obras de urbanização promovidas pelas autarquias locais e suas associações em área não abrangida por
plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território devem ser previamente autorizadas pela assembleia municipal, depois de
submetidas a parecer prévio não vinculativo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), a qual deve pronunciar-se no
prazo de 20 dias a contar da receção do respetivo pedido.
4 - As operações de loteamento e as obras de urbanização promovidas pelo Estado devem ser previamente autorizadas pelo ministro da
tutela e pelo ministro responsável pelo ordenamento do território, depois de ouvida a câmara municipal, a qual se deve pronunciar no prazo
de 20 dias após a receção do respetivo pedido.
5 - As operações de loteamento e as obras de urbanização promovidas pelas autarquias locais e suas associações ou pelo Estado, em área não
abrangida por plano de urbanização ou plano de pormenor, são submetidas a discussão pública, nos termos estabelecidos no regime jurídico
dos instrumentos de gestão territorial, com as necessárias adaptações, exceto no que se refere aos períodos de anúncio e de duração da
discussão pública que são, respetivamente, de 8 e de 15 dias.
6 - A realização das operações urbanísticas previstas neste artigo deve observar as normas legais e regulamentares que lhes forem aplicáveis,
designadamente as constantes de instrumento de gestão territorial, do regime jurídico de proteção do património cultural, do regime
jurídico aplicável à gestão de resíduos de construção e demolição, e as normas técnicas de construção.
7 - À realização das operações urbanísticas previstas no presente artigo aplica-se o disposto no presente diploma no que se refere ao termo
de responsabilidade, à publicitação do início e do fim das operações urbanísticas e ao pagamento de taxas urbanísticas, o qual deve ser
realizado por autoliquidação antes do início da obra, nos termos previstos nos regulamentos municipais referidos no artigo 3.º.
8 - As operações urbanísticas previstas no presente artigo só podem iniciar-se depois de emitidos os pareceres ou autorizações referidos no
presente artigo ou após o decurso dos prazos fixados para a respetiva emissão.
9 - Até cinco dias antes do início das obras que estejam isentas de controlo prévio, nos termos do presente artigo, o interessado deve
notificar a câmara municipal dessa intenção, comunicando também a identidade da pessoa, singular ou coletiva, encarregada da execução
dos mesmos, para efeitos de eventual fiscalização e de operações de gestão de resíduos de construção e demolição.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março

SECÇÃO II
Formas de procedimento
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
  Artigo 8.º
Procedimento
1 - O controlo prévio das operações urbanísticas obedece às formas de procedimento previstas na presente secção, devendo ainda ser
observadas as condições especiais de licenciamento previstas na secção iii do presente capítulo.
2 - Sem prejuízo das competências do gestor de procedimento, a direção da instrução do procedimento compete ao presidente da câmara
municipal, podendo ser delegada nos vereadores, com faculdade de subdelegação nos dirigentes dos serviços municipais.
3 - Cada procedimento é acompanhado por gestor de procedimento, a quem compete assegurar o normal desenvolvimento da tramitação
processual, acompanhando, nomeadamente, a instrução, o cumprimento de prazos, a prestação de informação e os esclarecimentos aos
interessados.
4 - O comprovativo eletrónico de apresentação do requerimento de licenciamento, informação prévia ou comunicação prévia contém a
identificação do gestor do procedimento, bem como a indicação do local, do horário e da forma pelo qual pode ser contactado.
5 - Em caso de substituição do gestor de procedimento, é notificada ao interessado a identidade do novo gestor, bem como os elementos
referidos no número anterior.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 8.º-A
Tramitação do procedimento através de sistema eletrónico
1 - A tramitação dos procedimentos previstos no presente diploma é realizada informaticamente através de plataforma eletrónica, nos
termos a regulamentar em portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da modernização administrativa, das autarquias locais
e do ordenamento do território.
2 - A tramitação dos procedimentos previstos no presente diploma na plataforma eletrónica referida no número anterior permite, nos termos
a fixar na portaria aí referida, nomeadamente:
a) A entrega de requerimentos e comunicações;
b) A consulta pelos interessados do estado dos procedimentos;
c) A submissão dos procedimentos a consulta por entidades externas ao município;
d) A obtenção de comprovativos automáticos de submissão de requerimentos e comunicações e de ocorrência de deferimento tácito, quando
decorridos os respetivos prazos legais;
e) A disponibilização de informação relativa aos procedimentos de comunicação prévia para efeitos de registo predial e matricial.
3 - No caso de instalação ou alteração de estabelecimentos abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, alterado pelo Decreto-Lei
n.º 141/2012, de 11 de julho, ou pelo Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, que envolvam operações urbanísticas sujeitas aos
procedimentos previstos no artigo 4.º do presente decreto-lei, tais procedimentos, bem como os documentos necessários à sua instrução,
podem ser iniciados através do balcão eletrónico previsto nos referidos diplomas, adiante designado por «Balcão do Empreendedor».
4 - A integração da plataforma eletrónica referida no n.º 1 com o balcão único eletrónico dos serviços a que se referem os artigos 5.º e 6.º do
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, com o «Balcão do Empreendedor» e com todas as entidades externas com competências para
intervir e se pronunciar no âmbito dos procedimentos regulados pelo presente diploma é regulada por portaria dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas da economia, da administração local, da modernização administrativa e do ordenamento do território, tendo em
conta, na interoperabilidade com sistemas externos às integrações já presentes no SIRJUE, as plataformas já existentes na Administração
Pública, nomeadamente a plataforma de interoperabilidade da administração pública e o previsto no regulamento nacional da
interoperabilidade digital.
5 - A apresentação de requerimentos deve assegurar que o acesso à plataforma pelos seus utilizadores é feito mediante mecanismos de
autenticação proporcional às operações em causa, havendo lugar a autenticação nos termos definidos na portaria referida no número
anterior.
6 - Nas situações de inexistência ou indisponibilidade do sistema informático, os procedimentos podem decorrer com recurso a outros
suportes digitais, ou com recurso ao papel.
7 - Nos casos previstos no número anterior, o processo administrativo ou os seus elementos entregues através de outros suportes digitais ou
em papel são obrigatoriamente integrados no sistema informático pelos serviços requeridos, após a cessação da situação de inexistência ou
indisponibilidade do sistema informático.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 9.º
Requerimento e comunicação
1 - Salvo disposição em contrário, os procedimentos previstos no presente diploma iniciam-se através de requerimento ou comunicação
apresentados com recurso a meios eletrónicos e através do sistema previsto no artigo anterior, dirigidos ao presidente da câmara municipal,
dos quais devem constar a identificação do requerente ou comunicante, incluindo o domicílio ou sede, bem como a indicação da qualidade
de titular de qualquer direito que lhe confira a faculdade de realizar a operação urbanística.
2 - Do requerimento ou comunicação consta igualmente a indicação do pedido ou objeto em termos claros e precisos, identificando o tipo de
operação urbanística a realizar por referência ao disposto no artigo 2.º, bem como a respetiva localização.
3 - Quando respeite a mais de um dos tipos de operações urbanísticas referidos no artigo 2.º diretamente relacionadas, devem ser
identificadas todas as operações abrangidas, aplicando-se neste caso a forma de procedimento correspondente a cada tipo de operação, sem
prejuízo da tramitação e apreciação conjunta.
4 - O pedido ou comunicação é acompanhado dos elementos instrutórios previstos em portaria aprovada pelos ministros responsáveis pelas
obras públicas e pelo ordenamento do território, para além dos documentos especialmente referidos no presente diploma.
5 - [Revogado].
6 - Com a apresentação de requerimento ou comunicação, ou nas situações referidas no n.º 6 do artigo anterior, quando cesse a inexistência
ou indisponibilidade, é emitido comprovativo eletrónico.
7 - No requerimento inicial pode o interessado solicitar a indicação das entidades que, nos termos da lei, devam emitir parecer, autorização
ou aprovação relativamente ao pedido apresentado, sendo-lhe prestada tal informação no prazo de 15 dias, através do sistema informático a
que se refere o artigo anterior, sem prejuízo do disposto no artigo 121.º
8 - O disposto no número anterior não se aplica nos casos de rejeição liminar do pedido, nos termos do disposto no artigo 11.º
9 - O gestor do procedimento regista no processo a junção subsequente de quaisquer novos documentos e a data das consultas a entidades
exteriores ao município e da receção das respetivas respostas, quando for caso disso, bem como a data e o teor das decisões dos órgãos
municipais.
10 - A substituição do requerente ou comunicante, do titular do alvará de construção ou do título de registo emitidos pelo Instituto da
Construção e do Imobiliário, I. P. (InCI, I. P.), do responsável por qualquer dos projetos apresentados, do diretor de obra ou do diretor de
fiscalização de obra deve ser comunicada ao gestor do procedimento para que este proceda ao respetivo averbamento no prazo de 15 dias a
contar da data da substituição.
11 - Cabe ao gestor do procedimento verificar a adequação das habilitações do titular do alvará de construção ou do título de registo
emitidos pelo InCI, I. P., à natureza e à estimativa de custo da operação urbanística.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 10.º
Termo de responsabilidade
1 - O requerimento ou comunicação é sempre instruído com declaração dos autores dos projetos, da qual conste que foram observadas na
elaboração dos mesmos as normas legais e regulamentares aplicáveis, designadamente as normas técnicas de construção em vigor, e do
coordenador dos projetos, que ateste a compatibilidade entre os mesmos.
2 - Das declarações mencionadas no número anterior deve, ainda, constar referência à conformidade do projeto com os planos municipais ou
intermunicipais de ordenamento do território aplicáveis à pretensão, bem como com a licença de loteamento, quando exista.
3 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte e em legislação especial, só podem subscrever projetos os técnicos legalmente habilitados
que se encontrem inscritos em associação pública de natureza profissional e que façam prova da validade da sua inscrição aquando da
apresentação do requerimento inicial.
4 - Os técnicos cuja atividade não esteja abrangida por associação pública podem subscrever os projetos para os quais possuam habilitação
adequada, nos termos do disposto no regime da qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de
projetos ou em legislação especial relativa a organismo público legalmente reconhecido.
5 - Os autores e coordenador dos projetos devem declarar, nomeadamente nas situações previstas no artigo 60.º, quais as normas técnicas ou
regulamentares em vigor que não foram observadas na elaboração dos mesmos, fundamentando as razões da sua não observância.
6 - Sempre que forem detetadas irregularidades nos termos de responsabilidade, no que respeita às normas legais e regulamentares
aplicáveis e à conformidade do projeto com os planos municipais ou intermunicipais de ordenamento do território ou licença de loteamento,
quando exista, devem as mesmas ser comunicadas à associação pública de natureza profissional onde o técnico está inscrito ou ao organismo
público legalmente reconhecido no caso dos técnicos cuja atividade não esteja abrangida por associação pública.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 11.º
Saneamento e apreciação liminar
1 - Compete ao presidente da câmara municipal, por sua iniciativa ou por indicação do gestor do procedimento, decidir as questões de
ordem formal e processual que possam obstar ao conhecimento de qualquer pedido ou comunicação apresentados no âmbito do presente
diploma.
2 - No prazo de oito dias a contar da apresentação do requerimento, o presidente da câmara municipal profere despacho:
a) De aperfeiçoamento do pedido, sempre que o requerimento não contenha a identificação do requerente, do pedido ou da localização da
operação urbanística a realizar, bem como no caso de faltar documento instrutório exigível que seja indispensável ao conhecimento da
pretensão e cuja falta não possa ser oficiosamente suprida;
b) De rejeição liminar, oficiosamente ou por indicação do gestor do procedimento, quando da análise dos elementos instrutórios resultar que
o pedido é manifestamente contrário às normas legais ou regulamentares aplicáveis;
c) De extinção do procedimento, nos casos em que a operação urbanística em causa está isenta de controlo prévio ou sujeita a comunicação
prévia exceto se o interessado estiver a exercer a faculdade prevista no n.º 6 do artigo 4.º
3 - No caso previsto na alínea a) do número anterior, o requerente é notificado, por uma única vez, para no prazo de 15 dias corrigir ou
completar o pedido, ficando suspensos os termos ulteriores do procedimento, sob pena de rejeição liminar.
4 - [Revogado].
5 - Não ocorrendo rejeição liminar ou convite para corrigir ou completar o pedido ou comunicação, no prazo previsto no n.º 2, presume-se
que o requerimento ou comunicação se encontram corretamente instruídos.
6 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o gestor do procedimento deve dar a conhecer ao presidente da câmara municipal, até
à decisão final, qualquer questão que prejudique o desenvolvimento normal do procedimento ou impeça a tomada de decisão sobre o objeto
do pedido, nomeadamente a ilegitimidade do requerente e a caducidade do direito que se pretende exercer.
7 - Salvo no que respeita às consultas a que se refere o artigo 13.º, se a decisão final depender da decisão de uma questão que seja da
competência de outro órgão administrativo ou dos tribunais, deve o presidente da câmara municipal suspender o procedimento até que o
órgão ou o tribunal competente se pronunciem, notificando o requerente desse ato, sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 31.º do
Código do Procedimento Administrativo.
8 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o interessado pode requerer a continuação do procedimento em alternativa à suspensão,
ficando a decisão final condicionada, na sua execução, à decisão que vier a ser proferida pelo órgão administrativo ou tribunal competente.
9 - Havendo rejeição do pedido ou comunicação, nos termos do presente artigo, o interessado que apresente novo pedido ou comunicação
para o mesmo fim está dispensado de juntar os documentos utilizados anteriormente que se mantenham válidos e adequados.
10 - O presidente da câmara municipal pode delegar nos vereadores, com faculdade de subdelegação, ou nos dirigentes dos serviços
municipais, as competências referidas nos n.os 1, 2 e 7.
11 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 12.º
Publicidade do pedido
O pedido de licenciamento ou a comunicação prévia de operação urbanística devem ser publicitados sob forma de aviso, segundo o modelo
aprovado por portaria do membro do Governo responsável pelo ordenamento do território, a colocar no local de execução da operação de
forma visível da via pública, no prazo de 10 dias a contar da apresentação do requerimento inicial ou comunicação.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
  Artigo 12.º-A
Suspensão do procedimento
Nas áreas a abranger por novas regras urbanísticas constantes de instrumento de gestão territorial diretamente vinculativo dos particulares
ou sua revisão, aplica-se o disposto no regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial em matéria de suspensão de procedimentos.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 13.º
Disposições gerais sobre a consulta a entidades externas
1 - A consulta às entidades que, nos termos da lei, devam emitir parecer, autorização ou aprovação sobre o pedido, que não respeitem a
aspetos relacionados com a localização, é promovida pelo gestor do procedimento, e é efetuada em simultâneo, através da plataforma
eletrónica referida no n.º 1 do artigo 8.º-A.
2 - É dispensada a consulta a entidades externas em procedimentos relativos a operações urbanísticas que já tenham sido objeto de
apreciação favorável no âmbito do procedimento de informação prévia, de aprovação de operações de loteamento urbano ou de aprovação
de planos de pormenor, com exceção dos planos de salvaguarda que estabeleçam a necessidade dessa consulta.
3 - Nos casos previstos no artigo seguinte, o gestor do procedimento comunica o pedido, com a identificação das entidades a consultar, à
CCDR.
4 - As entidades exteriores ao município pronunciam-se exclusivamente no âmbito das suas atribuições e competências.
5 - As entidades consultadas devem pronunciar-se no prazo de 20 dias a contar da data de disponibilização do processo.
6 - Considera-se haver concordância daquelas entidades com a pretensão formulada se os respetivos pareceres, autorizações ou aprovações
não forem recebidos dentro do prazo fixado no número anterior.
7 - Os pareceres das entidades exteriores ao município só têm caráter vinculativo quando tal resulte da lei, desde que se fundamentem em
condicionamentos legais ou regulamentares e sejam recebidos dentro do prazo previsto no n.º 5.
8 - Constam de diploma próprio os projetos, estudos e certificações técnicas que carecem de consulta, de aprovação ou de parecer, interno
ou externo, bem como as condições a que deve obedecer a sua elaboração.
9 - Os projetos de arquitetura e os de especialidades, bem como os pedidos de autorização de utilização, quando acompanhados por termo
de responsabilidade subscrito por técnico autor de projeto legalmente habilitado nos termos da lei da qualificação profissional exigível aos
técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos, fiscalização de obra e direção de obra que ateste o cumprimento das normas
legais e regulamentares aplicáveis, incluindo a menção a plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território em vigor ou
licença de loteamento, ficam dispensados da apresentação na câmara municipal de consultas, certificações, aprovações ou pareceres
externos, sem prejuízo da necessidade da sua obtenção quando legalmente prevista.
10 - A realização de vistoria, certificação, aprovação ou parecer, pelo município ou por entidade exterior, sobre a conformidade da execução
dos projetos das especialidades e outros estudos com o projeto aprovado ou apresentado é dispensada mediante emissão de termo de
responsabilidade por técnico legalmente habilitado para esse efeito, de acordo com o respetivo regime legal, que ateste essa conformidade.
11 - (Revogado.)
12 - No termo do prazo fixado para a promoção das consultas, o interessado pode solicitar a passagem de certidão dessa promoção, a qual é
emitida pela câmara municipal no prazo de oito dias e, se esta for negativa, promover diretamente as consultas que não hajam sido
realizadas, nos termos do artigo 13.º-B, ou pedir ao tribunal administrativo que intime a câmara municipal, nos termos do artigo 112.º
13 - Para efeitos do número anterior, e nos termos a regulamentar na portaria a que se refere o n.º 4 do artigo 8.º-A, o interessado pode:
a) Obter comprovativo eletrónico da promoção ou não promoção da consulta das entidades externas pela câmara municipal;
b) Promover diretamente a consulta das entidades externas.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - Lei n.º 28/2010, de 02 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: Lei n.º 28/2010, de 02 de Setembro
   - DL n.º 97/2017, de 10 de Agosto     - 6ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 13.º-A
Parecer, aprovação ou autorização em razão da localização
1 - A consulta de entidades da administração central, direta ou indireta, do setor empresarial do Estado, bem como de entidades
concessionárias que exerçam poderes de autoridade, que se devam pronunciar sobre a operação urbanística em razão da localização, é
efetuada através de uma única entidade coordenadora, a CCDR territorialmente competente, a qual emite uma decisão global e vinculativa
de toda a administração.
2 - A CCDR identifica, no prazo de cinco dias a contar da receção dos elementos através do sistema previsto no artigo 8.º-A, as entidades que
nos termos da lei devam emitir parecer, aprovação ou autorização de localização, promovendo dentro daquele prazo a respetiva consulta, a
efetivar em simultâneo e com recurso ao referido sistema informático.
3 - As entidades consultadas devem pronunciar-se no prazo de 20 dias, sendo este prazo imperativo.
4 - [Revogado].
5 - Os prazos referidos nos números anteriores suspendem-se, por uma única vez, nas seguintes situações:
a) Quando as entidades consultadas verificarem que existem omissões ou irregularidades no requerimento e nos elementos instrutórios cuja
junção é obrigatória e requererem à CCDR, no prazo de 8 dias, que convide o requerente a supri-las, no prazo de 15 dias, retomando o seu
curso com a receção pela entidade consultada dos elementos adicionais solicitados ou com o indeferimento do requerimento de
aperfeiçoamento pela CCDR;
b) Quando as entidades consultadas estejam, por força de compromissos assumidos no âmbito de tratados internacionais, ou de obrigação
decorrente da legislação comunitária, sujeitas à obtenção de parecer prévio de entidade sediada fora do território nacional, devendo essa
circunstância ser comunicada à CCDR e não podendo a suspensão ter uma duração superior a 20 dias.
6 - Caso não existam posições divergentes entre as entidades consultadas, a CCDR toma a decisão final no prazo de cinco dias a contar do
fim do prazo previsto no n.º 3.
7 - Caso existam pareceres negativos das entidades consultadas, a CCDR promove uma reunião, preferencialmente por videoconferência, a
realizar no prazo de 10 dias a contar do último parecer recebido dentro do prazo fixado nos termos do n.º 3, com todas as entidades e com o
requerente, tendo em vista obter uma solução concertada que permita ultrapassar as objeções formuladas, e toma decisão final vinculativa
no prazo de 10 dias.
8 - Na conferência decisória referida no número anterior, as entidades consultadas são representadas por pessoas com poderes para as
vincular.
9 - Não sendo possível obter a posição de todas as entidades, por motivo de falta de comparência de algum representante ou por ter sido
submetida a apreciação alguma questão nova, os trabalhos da conferência podem ser suspensos por um período máximo de cinco dias.
10 - Quando a CCDR não adote posição favorável a uma operação urbanística por esta ser desconforme com instrumento de gestão
territorial, pode a CCDR, quando a operação se revista de especial relevância regional ou local, por sua iniciativa ou a solicitação do
município, respetivamente, propor ao Governo a aprovação em resolução do Conselho de Ministros da alteração, suspensão ou ratificação,
total ou parcial, de plano da sua competência relativamente ao qual a desconformidade se verifica.
11 - Quando a decisão seja proferida em conferência decisória, os pareceres emitidos têm natureza não vinculativa, independentemente da
sua classificação em legislação especial.
12 - O procedimento de decisão da administração central previsto nos números anteriores é objeto de portaria dos membros do Governo
responsáveis pelo ordenamento do território e pela administração local.
13 - A CCDR comunica ao município a decisão da conferência decisória no prazo de cinco dias após a sua realização.
14 - Caso a CCDR não cumpra o prazo previsto no número anterior, considera-se que as consultas tiveram um sentido favorável.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
   - Retificação n.º 46-A/2014, de 10 de Novembro     - 3ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 13.º-B
Consultas prévias
1 - Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o interessado na consulta a entidades externas pode solicitar previamente os pareceres,
autorizações ou aprovações legalmente exigidos junto das entidades competentes, entregando-os com o requerimento inicial, caso em que
não há lugar a nova consulta desde que, até à data da apresentação de tal pedido ou comunicação na câmara municipal, não haja decorrido
mais de dois anos desde a emissão dos pareceres, autorizações ou aprovações emitidos ou desde que, caso tenha sido esgotado este prazo,
não se tenham verificado alterações dos pressupostos de facto ou de direito em que os mesmos se basearam.
2 - As comunicações prévias de operações urbanísticas são sempre precedidas das consultas às entidades externas a que haja lugar.
3 - Para os efeitos dos números anteriores, na falta de pronúncia da entidade consultada no prazo legal, o requerimento inicial ou a
comunicação prévia podem ser instruídos com prova da solicitação das consultas e declaração do requerente ou comunicante de que os
mesmos não foram emitidos dentro daquele prazo.
4 - Nos procedimentos de controlo prévio, com exceção das comunicações prévias, não tendo o interessado promovido todas as consultas
necessárias, o gestor do procedimento promove as consultas a que haja lugar, de acordo com o previsto no artigo 13.º
5 - A utilização da plataforma eletrónica referida no n.º 1 do artigo 8.º-A pelo interessado para os efeitos previstos no n.º 1 faz-se em termos
a regulamentar na portaria a que se refere o mesmo número.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO II
Informação prévia
  Artigo 14.º
Pedido de informação prévia
1 - Qualquer interessado pode pedir à câmara municipal, a título prévio, informação sobre a viabilidade de realizar determinada operação
urbanística ou conjunto de operações urbanísticas diretamente relacionadas, bem como sobre os respetivos condicionamentos legais ou
regulamentares, nomeadamente relativos a infraestruturas, servidões administrativas e restrições de utilidade pública, índices urbanísticos,
cérceas, afastamentos e demais condicionantes aplicáveis à pretensão.
2 - O interessado pode, em qualquer circunstância, designadamente quando o pedido respeite a operação de loteamento em área não
abrangida por plano de pormenor, ou a obra de construção, ampliação ou alteração em área não abrangida por plano de pormenor ou
operação de loteamento, requerer que a informação prévia contemple especificamente os seguintes aspetos, em função da informação
pretendida e dos elementos apresentados:
a) A volumetria, alinhamento, cércea e implantação da edificação e dos muros de vedação;
b) Projeto de arquitetura e memória descritiva;
c) Programa de utilização das edificações, incluindo a área total de construção a afetar aos diversos usos e o número de fogos e outras
unidades de utilização, com identificação das áreas acessórias, técnicas e de serviço;
d) Infraestruturas locais e ligação às infraestruturas gerais;
e) Estimativa de encargos urbanísticos devidos;
f) Áreas de cedência destinadas à implantação de espaços verdes, equipamentos de utilização coletiva e infraestruturas viárias.
3 - Quando o interessado não seja o proprietário do prédio, o pedido de informação prévia inclui a identificação daquele bem como dos
titulares de qualquer outro direito real sobre o prédio, através de certidão emitida pela conservatória do registo predial.
4 - No caso previsto no número anterior, a câmara municipal deve notificar o proprietário e os demais titulares de qualquer outro direito real
sobre o prédio da abertura do procedimento.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 15.º
Consultas no âmbito do procedimento de informação prévia
1 - No âmbito do procedimento de informação prévia há lugar a consultas externas, nos termos dos artigos 13.º a 13.º-B, às entidades cujos
pareceres, autorizações ou aprovações condicionem, nos termos da lei, a informação a prestar, sempre que tal consulta seja exigível num
eventual pedido de licenciamento ou com a apresentação de comunicação prévia.
2 - A pronúncia das entidades referidas no número anterior não incide sobre avaliação de impacte ambiental.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 16.º
Deliberação
1 - A câmara municipal delibera sobre o pedido de informação prévia no prazo de 20 dias ou, no caso previsto no n.º 2 do artigo 14.º, no
prazo de 30 dias contados a partir:
a) Da data da receção do pedido ou dos elementos solicitados nos termos do n.º 3 do artigo 11.º; ou
b) Da data da receção do último dos pareceres, autorizações ou aprovações emitidos pelas entidades exteriores ao município, quando tenha
havido lugar a consultas; ou ainda
c) Do termo do prazo para a receção dos pareceres, autorizações ou aprovações, sempre que alguma das entidades consultadas não se
pronuncie até essa data.
2 - Os pareceres, autorizações ou aprovações emitidos pelas entidades exteriores ao município são obrigatoriamente notificados ao
requerente juntamente com a informação prévia aprovada pela câmara municipal, dela fazendo parte integrante.
3 - A câmara municipal indica sempre, na informação favorável, o procedimento de controlo prévio a que se encontra sujeita a realização da
operação urbanística projetada, de acordo com o disposto na secção i do capítulo ii do presente diploma.
4 - No caso de a informação ser desfavorável, dela deve constar a indicação dos termos em que a mesma, sempre que possível, pode ser
revista por forma a serem cumpridas as prescrições urbanísticas aplicáveis, designadamente as constantes de plano municipal ou
intermunicipal de ordenamento do território ou de operação de loteamento.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 17.º
Efeitos
1 - A informação prévia favorável vincula as entidades competentes na decisão sobre um eventual pedido de licenciamento e no controlo
sucessivo de operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia.
2 - Quando seja proferida nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 14.º, ou respeite a área sujeita a plano de pormenor ou a operação de
loteamento, tem por efeito a sujeição da operação urbanística em causa ao regime da comunicação prévia, a efetuar nos exatos termos em
que foi apreciada, e dispensa a realização de novas consultas externas.
3 - O pedido de licenciamento ou a apresentação de comunicação prévia a que se refere o número anterior deve ser efetuado no prazo de
um ano após a decisão favorável do pedido de informação prévia e é sempre acompanhado de declaração dos autores e coordenador dos
projetos de que aquela respeita os limites constantes da informação prévia favorável.
4 - Decorrido o prazo fixado no número anterior, o particular pode requerer ao presidente da câmara a declaração de que se mantêm os
pressupostos de facto e de direito que levaram à anterior decisão favorável, devendo o mesmo decidir no prazo de 20 dias e correndo novo
prazo de um ano para efetuar a apresentação dos pedidos de licenciamento ou de comunicação prévia se os pressupostos se mantiverem ou
se o presidente da câmara municipal não tiver respondido no prazo legalmente previsto.
5 - Não se suspendem os procedimentos de licenciamento ou comunicação prévia requeridos ou apresentados com suporte em informação
prévia nas áreas a abranger por novas regras urbanísticas, constantes de plano municipal, intermunicipal ou especial de ordenamento do
território ou sua revisão, a partir da data fixada para o início da discussão pública e até à data da entrada em vigor daquele instrumento.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO III
Licença
  Artigo 18.º
Âmbito
1 - Obedece ao procedimento regulado na presente subsecção a apreciação dos pedidos relativos às operações urbanísticas previstas no n.º 2
do artigo 4.º
2 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 19.º
Consultas a entidades exteriores ao município
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
  Artigo 20.º
Apreciação dos projetos de obras de edificação
1 - A apreciação do projeto de arquitetura, no caso de pedido de licenciamento relativo a obras previstas nas alíneas c) a f) do n.º 2 do
artigo 4.º, incide sobre a sua conformidade com planos municipais ou intermunicipais de ordenamento no território, planos especiais de
ordenamento do território, medidas preventivas, área de desenvolvimento urbano prioritário, área de construção prioritária, servidões
administrativas, restrições de utilidade pública e quaisquer outras normas legais e regulamentares relativas ao aspeto exterior e a inserção
urbana e paisagística das edificações, bem como sobre o uso proposto.
2 - Para os efeitos do número anterior, a apreciação da inserção urbana das edificações é efetuada na perspetiva formal e funcional, tendo
em atenção o edificado existente, bem como o espaço público envolvente e as infraestruturas existentes e previstas.
3 - A câmara municipal delibera sobre o projeto de arquitetura no prazo de 30 dias contado a partir:
a) Da data da receção do pedido ou dos elementos solicitados nos termos do n.º 3 do artigo 11.º; ou
b) Da data da receção do último dos pareceres, autorizações ou aprovações emitidos pelas entidades exteriores ao município, quando tenha
havido lugar a consultas; ou ainda
c) Do termo do prazo para a receção dos pareceres, autorizações ou aprovações, sempre que alguma das entidades consultadas não se
pronuncie até essa data.
4 - O interessado deve apresentar os projetos das especialidades e outros estudos necessários à execução da obra no prazo de seis meses a
contar da notificação do ato que aprovou o projeto de arquitetura caso não tenha apresentado tais projetos com o requerimento inicial.
5 - O presidente da câmara pode prorrogar o prazo referido no número anterior, por uma só vez e por período não superior a três meses,
mediante requerimento fundamentado apresentado antes do respetivo termo.
6 - A falta de apresentação dos projetos das especialidades e outros estudos no prazo estabelecido no n.º 4 ou naquele que resultar da
prorrogação concedida nos termos do número anterior implica a suspensão do processo de licenciamento pelo período máximo de seis meses,
findo o qual é declarada a caducidade após audiência prévia do interessado.
7 - [Revogado].
8 - As declarações de responsabilidade dos autores dos projetos de arquitetura, no que respeita aos aspetos interiores das edificações, bem
como dos autores dos projetos das especialidades e de outros estudos nos termos do n.º 4 do artigo 10.º, constituem garantia bastante do
cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis, excluindo a sua apreciação prévia, salvo quando as declarações sejam
formuladas nos termos do n.º 5 do artigo 10.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 21.º
Apreciação dos projetos de loteamento, de obras de urbanização e trabalhos de remodelação de terrenos
A apreciação dos projetos de loteamento, obras de urbanização e dos trabalhos de remodelação de terrenos pela câmara municipal incide
sobre a sua conformidade com planos municipais ou intermunicipais de ordenamento do território, planos especiais de ordenamento do
território, medidas preventivas, área de desenvolvimento urbano prioritário, área de construção prioritária, servidões administrativas,
restrições de utilidade pública e quaisquer outras normas legais e regulamentares aplicáveis, bem como sobre o uso e a integração urbana e
paisagística.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 22.º
Consulta pública
1 - Os municípios podem determinar, através de regulamento municipal, a prévia sujeição a discussão pública do licenciamento de operações
de loteamento com significativa relevância urbanística.
2 - A consulta prevista no número anterior tem sempre lugar quando a operação de loteamento exceda algum dos seguintes limites:
a) 4 ha;
b) 100 fogos;
c) 10 /prct. da população do aglomerado urbano em que se insere a pretensão.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 23.º
Deliberação final
1 - A câmara municipal delibera sobre o pedido de licenciamento:
a) No prazo de 45 dias, no caso de operação de loteamento;
b) No prazo de 30 dias, no caso de obras de urbanização;
c) No prazo de 45 dias, no caso de obras previstas nas alíneas c) a f) do n.º 2 do artigo 4.º
d) [Revogada].
2 - [Revogado].
3 - Os prazos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 1 contam-se a partir:
a) Da data da receção do pedido ou dos elementos solicitados nos termos do n.º 3 do artigo 11.º;
b) Da data da receção do último dos pareceres, autorizações ou aprovações emitidos pelas entidades exteriores ao município, quando tenha
havido lugar a consultas; ou ainda
c) Do termo do prazo para a receção dos pareceres, autorizações ou aprovações, sempre que alguma das entidades consultadas não se
pronuncie até essa data.
4 - O prazo previsto na alínea c) do n.º 1 conta-se:
a) Da data da apresentação dos projetos das especialidades e outros estudos ou da data da aprovação do projeto de arquitetura se o
interessado os tiver apresentado juntamente com o requerimento inicial; ou
b) Quando haja lugar a consulta de entidades externas, a partir da data da receção do último dos pareceres, autorizações ou aprovações; ou
ainda
c) Do termo do prazo para a receção dos pareceres, autorizações ou aprovações, sempre que alguma das entidades consultadas não se
pronuncie até essa data.
5 - Quando o pedido de licenciamento de obras de urbanização seja apresentado em simultâneo com o pedido de licenciamento de operação
de loteamento, o prazo previsto na alínea b) do n.º 1 conta-se a partir da deliberação que aprove o pedido de loteamento.
6 - No caso das obras previstas nas alíneas c) a e) do n.º 2 do artigo 4.º, a câmara municipal pode, a requerimento do interessado, aprovar
uma licença parcial para construção da estrutura, imediatamente após a entrega de todos os projetos das especialidades e outros estudos e
desde que se mostrem aprovado o projeto de arquitetura e prestada caução para demolição da estrutura até ao piso de menor cota em caso
de indeferimento.
7 - Nos casos referidos no número anterior, o deferimento do pedido de licença parcial dá lugar à emissão de alvará.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 24.º
Indeferimento do pedido de licenciamento
1 - O pedido de licenciamento é indeferido quando:
a) Violar plano municipal e intermunicipal de ordenamento do território, plano especial de ordenamento do território, medidas preventivas,
área de desenvolvimento urbano prioritário, área de construção prioritária, servidão administrativa, restrição de utilidade pública ou
quaisquer outras normas legais e regulamentares aplicáveis;
b) Existir declaração de utilidade pública para efeitos de expropriação que abranja o prédio objeto do pedido de licenciamento, salvo se tal
declaração tiver por fim a realização da própria operação urbanística;
c) Tiver sido objeto de parecer negativo ou recusa de aprovação ou autorização de qualquer entidade consultada nos termos do presente
diploma cuja decisão seja vinculativa para os órgãos municipais.
2 - Quando o pedido de licenciamento tiver por objeto a realização das operações urbanísticas referidas nas alíneas a) a e) e i) do n.º 2 do
artigo 4.º, o indeferimento pode ainda ter lugar com fundamento em:
a) A operação urbanística afetar negativamente o património arqueológico, histórico, cultural ou paisagístico, natural ou edificado;
b) A operação urbanística constituir, comprovadamente, uma sobrecarga incomportável para as infraestruturas ou serviços gerais existentes
ou implicar, para o município, a construção ou manutenção de equipamentos, a realização de trabalhos ou a prestação de serviços por este
não previstos, designadamente quanto a arruamentos e redes de abastecimento de água, de energia elétrica ou de saneamento.
c) A operação urbanística implicar a demolição de fachadas revestidas a azulejos, a remoção de azulejos de fachada, independentemente da
sua confrontação com a via pública ou logradouros, salvo em casos devidamente justificados, autorizados pela Câmara Municipal em razão da
ausência ou diminuto valor patrimonial relevante destes.
3 - [Revogado].
4 - Quando o pedido de licenciamento tiver por objeto a realização das obras referidas nas alíneas c) e d) do n.º 2 do artigo 4.º, pode ainda
ser indeferido quando a obra seja suscetível de manifestamente afetar o acesso e a utilização de imóveis classificados de interesse nacional
ou interesse público, a estética das povoações, a sua adequada inserção no ambiente urbano ou a beleza das paisagens, designadamente em
resultado da desconformidade com as cérceas dominantes, a volumetria das edificações e outras prescrições expressamente previstas em
regulamento.
5 - O pedido de licenciamento das obras referidas na alínea c) do n.º 2 do artigo 4.º deve ser indeferido na ausência de arruamentos ou de
infraestruturas de abastecimento de água e saneamento ou se a obra projetada constituir, comprovadamente, uma sobrecarga incomportável
para as infraestruturas existentes.
6 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
   - Lei n.º 79/2017, de 18 de Agosto     - 6ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 25.º
Reapreciação do pedido
1 - Quando exista projeto de decisão de indeferimento com os fundamentos referidos na alínea b) do n.º 2 e no n.º 5 do artigo anterior, pode
haver deferimento do pedido desde que o requerente, na audiência prévia, se comprometa a realizar os trabalhos necessários ou a assumir
os encargos inerentes à sua execução, bem como os encargos de funcionamento das infraestruturas por um período mínimo de 10 anos.
2 - [Revogado].
3 - Em caso de deferimento nos termos do n.º 1, o requerente deve, antes da emissão do alvará, celebrar com a câmara municipal contrato
relativo ao cumprimento das obrigações assumidas e prestar caução adequada, beneficiando de redução proporcional ou isenção das taxas
por realização de infraestruturas urbanísticas, nos termos a fixar em regulamento municipal.
4 - A prestação da caução referida no número anterior bem como a execução ou manutenção das obras de urbanização que o interessado se
compromete a realizar ou a câmara municipal entenda indispensáveis devem ser mencionadas expressamente como condição do deferimento
do pedido.
5 - À prestação da caução referida no n.º 3 aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto no artigo 54.º
6 - Os encargos a suportar pelo requerente ao abrigo do contrato referido no n.º 3 devem ser proporcionais à sobrecarga para as
infraestruturas existentes resultante da operação urbanística.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 26.º
Licença
A deliberação final de deferimento do pedido de licenciamento consubstancia a licença para a realização da operação urbanística.

  Artigo 27.º
Alterações à licença
1 - A requerimento do interessado, podem ser alterados os termos e condições da licença.
2 - A alteração da licença de operação de loteamento é precedida de consulta pública quando a mesma esteja prevista em regulamento
municipal ou quando sejam ultrapassados alguns dos limites previstos no n.º 2 do artigo 22.º
3 - Sem prejuízo do disposto no artigo 48.º, a alteração da licença de operação de loteamento não pode ser aprovada se ocorrer oposição
escrita dos titulares da maioria da área dos lotes constantes do alvará, devendo, para o efeito, o gestor de procedimento proceder à sua
notificação para pronúncia no prazo de 10 dias.
4 - A alteração à licença obedece ao procedimento estabelecido na presente subsecção, com as especialidades constantes dos números
seguintes.
5 - É dispensada a consulta às entidades exteriores ao município desde que o pedido de alteração se conforme com os pressupostos de facto
e de direito dos pareceres, autorizações ou aprovações que hajam sido emitidos no procedimento.
6 - No procedimento de alteração são utilizados os documentos constantes do processo que se mantenham válidos e adequados, promovendo
a câmara municipal, quando necessário, a atualização dos mesmos.
7 - A alteração da licença dá lugar a aditamento ao alvará, que, no caso de operação de loteamento, deve ser comunicado oficiosamente à
conservatória do registo predial competente para efeitos de averbamento, contendo a comunicação os elementos em que se traduz a
alteração.
8 - As alterações à licença de loteamento, com ou sem variação do número de lotes, que se traduzam na variação das áreas de implantação,
de construção ou variação do número de fogos até 3 /prct., desde que observem os parâmetros urbanísticos ou utilizações constantes de
plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território, são aprovadas por simples deliberação da câmara municipal, com dispensa
de quaisquer outras formalidades, sem prejuízo das demais disposições legais e regulamentares aplicáveis.
9 - Excetuam-se do disposto nos n.os 3 a 6 as alterações às condições da licença que se refiram ao prazo de conclusão das operações
urbanísticas licenciadas ou ao montante da caução para garantia das obras de urbanização, que se regem pelos artigos 53.º, 54.º e 58.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO IV
Autorização
  Artigo 28.º
Âmbito
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 29.º
Apreciação liminar
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 30.º
Decisão final
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
  Artigo 31.º
Indeferimento do pedido de autorização
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
  Artigo 32.º
Autorização
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 33.º
Alterações à autorização
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho

SUBSECÇÃO V
Comunicação prévia
  Artigo 34.º
Âmbito
1 - Obedece ao procedimento regulado na presente subsecção a realização das operações urbanísticas referidas no n.º 4 do artigo 4.º
2 - A comunicação prévia consiste numa declaração que, desde que corretamente instruída, permite ao interessado proceder imediatamente
à realização de determinadas operações urbanísticas após o pagamento das taxas devidas, dispensando a prática de quaisquer atos
permissivos.
3 - O pagamento das taxas a que se refere o número anterior faz-se por autoliquidação nos termos e condições definidos nos regulamentos
municipais previstos no artigo 3.º, não podendo o prazo de pagamento ser inferior a 60 dias, contados do termo do prazo para a notificação a
que se refere o n.º 2 do artigo 11.º
4 - As operações urbanísticas realizadas ao abrigo de comunicação prévia observam as normas legais e regulamentares aplicáveis,
designadamente as relativas às normas técnicas de construção e o disposto nos instrumentos de gestão territorial.
5 - Sempre que seja obrigatória a realização de consultas externas nos termos previstos na lei, a comunicação prévia pode ter lugar quando
tais consultas já tenham sido efetuadas no âmbito de pedido de informação prévia, de aprovação de planos de pormenor ou de operações de
loteamento urbano, ou se o interessado instruir a comunicação prévia com as consultas por ele promovidas nos termos do artigo 13.º-B.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 35.º
Regime da comunicação prévia
1 - A comunicação prévia é dirigida ao presidente da câmara municipal e efetuada através da plataforma eletrónica referida no n.º 1 do
artigo 8.º-A nos termos a regulamentar na portaria a que se refere o mesmo número.
2 - Na comunicação prévia o interessado indica o prazo de execução das obras, sem prejuízo do disposto nos artigos 71.º e 72.º
3 - [Revogado].
4 - Os elementos instrutórios da comunicação prévia são regulados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do
ordenamento do território e da administração local, neles se incluindo obrigatoriamente o termo de responsabilidade subscrito por técnico
legalmente habilitado que ateste o cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis.
5 - As operações urbanísticas objeto de comunicação prévia são disponibilizadas diariamente através da plataforma eletrónica referida no n.º
1 do artigo 8.º-A que emite o comprovativo eletrónico da sua apresentação.
6 - O comunicante pode solicitar aos serviços municipais que seja emitida, sem dependência de qualquer despacho, certidão na qual conste
a identificação da operação urbanística objeto de comunicação prévia bem como a data da sua apresentação.
7 - É aplicável à comunicação prévia o disposto na alínea a) do n.º 2 e no n.º 3 do artigo 11.º, com as devidas adaptações, sendo o despacho
notificado ao interessado nos termos do disposto no artigo 121.º
8 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a câmara municipal deve, em sede de fiscalização sucessiva, inviabilizar a execução
das operações urbanísticas objeto de comunicação prévia e promover as medidas necessárias à reposição da legalidade urbanística, quando
verifique que não foram cumpridas as normas e condicionantes legais e regulamentares, ou que estas não tenham sido precedidas de
pronúncia, obrigatória nos termos da lei, das entidades externas competentes, ou que com ela não se conformem.
9 - O dever de fiscalização previsto no número anterior caduca 10 anos após a data de emissão do título da comunicação prévia.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 36.º
Rejeição da comunicação prévia
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 36.º-A
Acto administrativo
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO VI
Procedimentos especiais
  Artigo 37.º
Operações urbanísticas cujo projecto carece de aprovação da administração central
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 38.º
Empreendimentos turísticos
1 - Os empreendimentos turísticos estão sujeitos ao regime jurídico das operações de loteamento nos casos em que se pretenda efetuar a
divisão jurídica do terreno em lotes.
2 - Nas situações referidas no número anterior não é aplicável o disposto no artigo 41.º, podendo a operação de loteamento realizar-se em
áreas em que o uso turístico seja compatível com o disposto nos instrumentos de gestão territorial válidos e eficazes.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 39.º
Dispensa de autorização prévia de localização
Sempre que as obras se situem em área que nos termos de plano de urbanização, plano de pormenor ou licença ou comunicação prévia de
loteamento em vigor esteja expressamente afeta ao uso proposto, é dispensada a autorização prévia de localização que, nos termos da lei,
devesse ser emitida por parte de órgãos da administração central, sem prejuízo das demais autorizações ou aprovações exigidas por lei
relativas a servidões administrativas ou restrições de utilidade pública.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 40.º
Licença ou autorização de funcionamento
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro

SECÇÃO III
Condições especiais de licenciamento ou comunicação prévia
SUBSECÇÃO I
Operações de loteamento
  Artigo 41.º
Localização
As operações de loteamento só podem realizar-se em áreas situadas dentro do perímetro urbano e em terrenos já urbanizados ou cuja
urbanização se encontre programada em plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 42.º
Parecer da CCDR
1 - O licenciamento de operação de loteamento que se realize em área não abrangida por qualquer plano municipal ou intermunicipal de
ordenamento do território está sujeito a parecer prévio favorável da CCDR ao qual se aplica, com as necessárias adaptações, o disposto nos
n.os 5 e 6 do artigo 13.º
2 - O parecer da CCDR destina-se a avaliar a operação de loteamento do ponto de vista do ordenamento do território e a verificar a sua
articulação com os instrumentos de desenvolvimento territorial previstos na lei.
3 - O parecer da CCDR caduca no prazo de dois anos, salvo se, dentro desse prazo, for licenciada a operação de loteamento, ou, uma vez
esgotado, não existirem alterações nos pressupostos de facto e de direito em que se fundamentou o parecer.
4 - A apresentação de requerimento nos termos referidos no artigo 112.º suspende a contagem do prazo referido no número anterior.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 43.º
Áreas para espaços verdes e de utilização coletiva, infraestruturas e equipamentos
1 - Os projetos de loteamento devem prever áreas destinadas à implantação de espaços verdes e de utilização coletiva, infraestruturas
viárias e equipamentos.
2 - Os parâmetros para o dimensionamento das áreas referidas no número anterior são os que estiverem definidos em plano municipal ou
intermunicipal de ordenamento do território.
3 - Para aferir se o projeto de loteamento respeita os parâmetros a que alude o número anterior consideram-se quer as parcelas de natureza
privada a afetar àqueles fins quer as parcelas a ceder à câmara municipal nos termos do artigo seguinte.
4 - Os espaços verdes e de utilização coletiva, infraestruturas viárias e equipamentos de natureza privada constituem partes comuns dos
lotes resultantes da operação de loteamento e dos edifícios que neles venham a ser construídos e regem-se pelo disposto nos artigos 1420.º a
1438.º-A do Código Civil.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 44.º
Cedências
1 - O proprietário e os demais titulares de direitos reais sobre o prédio a lotear cedem gratuitamente ao município as parcelas para
implantação de espaços verdes públicos e equipamentos de utilização coletiva e as infraestruturas que, de acordo com a lei e a licença ou
comunicação prévia, devam integrar o domínio municipal.
2 - Para os efeitos do número anterior, o requerente deve assinalar as áreas de cedência ao município em planta a entregar com o pedido de
licenciamento ou comunicação prévia.
3 - As parcelas de terreno cedidas ao município integram-se no domínio municipal com a emissão do alvará ou, nas situações previstas no
artigo 34.º, através de instrumento notarial próprio a realizar no prazo de 20 dias após a receção da comunicação prévia, devendo a câmara
municipal definir, no alvará ou no instrumento notarial, as parcelas afetas aos domínios público e privado do município.
4 - Se o prédio a lotear já estiver servido pelas infraestruturas a que se refere a alínea h) do artigo 2.º ou não se justificar a localização de
qualquer equipamento ou espaço verde públicos no referido prédio ou ainda nos casos referidos no n.º 4 do artigo anterior, não há lugar a
qualquer cedência para esses fins, ficando, no entanto, o proprietário obrigado ao pagamento de uma compensação ao município, em
numerário ou em espécie, nos termos definidos em regulamento municipal.
5 - O proprietário e demais titulares de direitos reais sobre prédio a sujeitar a qualquer operação urbanística que nos termos de regulamento
municipal seja considerada como de impacte relevante ficam também sujeitos às cedências e compensações previstas para as operações de
loteamento.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 45.º
Reversão
1 - O cedente tem o direito de reversão sobre as parcelas cedidas nos termos do artigo anterior sempre que estas sejam afetas a fins diversos
daqueles para que hajam sido cedidas.
2 - Para os efeitos previstos no número anterior, considera-se que não existe alteração de afetação sempre que as parcelas cedidas sejam
afetas a um dos fins previstos no n.º 1 do artigo anterior, independentemente das especificações eventualmente constantes do documento
que titula a transmissão.
3 - Ao exercício do direito de reversão previsto no número anterior aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto no Código das
Expropriações.
4 - Em alternativa ao exercício do direito referido no n.º 1 ou no caso do n.º 10, o cedente pode exigir ao município uma indemnização, a
determinar nos termos estabelecidos no Código das Expropriações com referência ao fim a que se encontre afeta a parcela, calculada à data
em que pudesse haver lugar à reversão.
5 - As parcelas que, nos termos do n.º 1, tenham revertido para o cedente ficam sujeitas às mesmas finalidades a que deveriam estar afetas
aquando da cedência, salvo quando se trate de parcela a afetar a equipamento de utilização coletiva, devendo nesse caso ser afeta a espaço
verde, procedendo-se ainda ao averbamento desse facto no respetivo alvará ou à sua integração na comunicação prévia.
6 - Os direitos previstos nos n.os 1, 3 e 4 podem ser exercidos pelos proprietários de, pelo menos, um terço dos lotes constituídos em
consequência da operação de loteamento.
7 - Havendo imóveis construídos na parcela revertida, o tribunal pode ordenar a sua demolição, a requerimento do cedente, nos termos
estabelecidos nos artigos 37.º e seguintes da Lei n.º 15/2002, de 22 de fevereiro.
8 - O município é responsável pelos prejuízos causados aos proprietários dos imóveis referidos no número anterior, nos termos estabelecidos
na Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro, alterada pela Lei n.º 31/2008, de 17 de julho, em matéria de atos ilícitos.
9 - A demolição prevista no n.º 7 não prejudica os direitos legalmente estabelecidos de realojamento dos ocupantes.
10 - O direito de reversão previsto no n.º 1 não pode ser exercido quando os fins das parcelas cedidas sejam alterados ao abrigo do disposto
no n.º 1 do artigo 48.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 46.º
Gestão das infraestruturas e dos espaços verdes e de utilização coletiva
1 - A gestão das infraestruturas e dos espaços verdes e de utilização coletiva pode ser confiada a moradores ou a grupos de moradores das
zonas loteadas e urbanizadas, mediante a celebração com o município de acordos de cooperação ou de contratos de concessão do domínio
municipal.
2 - Os acordos de cooperação podem incidir, nomeadamente, sobre os seguintes aspetos:
a) Limpeza e higiene;
b) Conservação de espaços verdes existentes;
c) Manutenção dos equipamentos de recreio e lazer;
d) Vigilância da área, por forma a evitar a sua degradação.
3 - Os contratos de concessão devem ser celebrados sempre que se pretenda realizar investimentos em equipamentos de utilização coletiva
ou em instalações fixas e não desmontáveis em espaços verdes, ou a manutenção de infraestruturas.

  Artigo 47.º
Contrato de concessão
1 - Os princípios a que devem subordinar-se os contratos administrativos de concessão do domínio municipal a que se refere o artigo anterior
são estabelecidos em diploma próprio, no qual se fixam as regras a observar em matéria de prazo de vigência, conteúdo do direito de uso
privativo, obrigações do concessionário e do município em matéria de realização de obras, prestação de serviços e manutenção de
infraestruturas, garantias a prestar e modos e termos do sequestro e rescisão.
2 - A utilização das áreas concedidas nos termos do número anterior e a execução dos contratos respetivos estão sujeitas a fiscalização da
câmara municipal, nos termos a estabelecer no diploma aí referido.
3 - Os contratos referidos no número anterior não podem, sob pena de nulidade das cláusulas respetivas, proibir o acesso e utilização do
espaço concessionado por parte do público, sem prejuízo das limitações a tais acesso e utilização que sejam admitidas no diploma referido
no n.º 1.
  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro
  Artigo 48.º
Execução de instrumentos de gestão territorial e outros instrumentos urbanísticos
1 - As operações de loteamento com as condições definidas na licença ou comunicação prévia podem ser alteradas por iniciativa da câmara
municipal desde que tal alteração se mostre necessária à execução de plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território ou
área de reabilitação urbana.
2 - A deliberação da câmara municipal que determine as alterações referidas no número anterior é devidamente fundamentada e implica a
emissão de novo alvará e a publicação e submissão a registo deste, a expensas do município.
3 - A deliberação referida no número anterior é precedida da audiência prévia do titular do alvará e demais interessados, que dispõem do
prazo de 30 dias para se pronunciarem sobre o projeto de decisão.
4 - A pessoa coletiva que aprovar os instrumentos referidos no n.º 1 que determinem direta ou indiretamente os danos causados ao titular do
alvará e demais interessados, em virtude do exercício da faculdade prevista no n.º 1, é responsável pelos mesmos nos termos do regime
geral aplicável às situações de indemnização pelo sacrifício.
5 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, nas situações de afetação das condições da licença ou comunicação prévia que, pela sua
gravidade ou intensidade, eliminem ou restrinjam o seu conteúdo económico, o titular do alvará e demais interessados têm direito a uma
indemnização correspondente ao valor económico do direito eliminado ou da parte do direito que tiver sido restringido.
6 - Enquanto não forem alteradas as condições das operações de loteamento nos termos previstos no n.º 1, as obras de construção, de
alteração ou de ampliação, na área abrangida por aquelas operações de loteamento, não têm que se conformar com planos municipais ou
intermunicipais de ordenamento do território ou áreas de reabilitação urbana posteriores à licença ou comunicação prévia da operação de
loteamento.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 48.º-A
Alterações à operação de loteamento objeto de comunicação prévia
Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a alteração de operação de loteamento objeto de comunicação prévia só pode ser apresentada
se for demonstrada a não oposição dos titulares da maioria dos lotes constantes da comunicação.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - Retificação n.º 46-A/2014, de 10 de Novembro     - 2ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 49.º
Negócios jurídicos
1 - Nos títulos de arrematação ou outros documentos judiciais, bem como nos instrumentos relativos a atos ou negócios jurídicos de que
resulte, direta ou indiretamente, a constituição de lotes nos termos da alínea i) do artigo 2.º, sem prejuízo do disposto nos artigos 6.º e 7.º,
ou a transmissão de lotes legalmente constituídos, devem constar o número do alvará ou da comunicação prévia, a data de emissão do
título, a data de caducidade e a certidão do registo predial.
2 - Não podem ser realizados atos de primeira transmissão de imóveis construídos nos lotes ou de frações autónomas desses imóveis sem que
seja exibida, perante a entidade que celebre a escritura pública ou autentique o documento particular, certidão emitida pela câmara
municipal, comprovativa da receção provisória das obras de urbanização ou certidão, emitida pela câmara municipal, comprovativa de que a
caução a que se refere o artigo 54.º é suficiente para garantir a boa execução das obras de urbanização.
3 - Caso as obras de urbanização sejam realizadas nos termos dos artigos 84.º e 85.º, os atos referidos no número anterior podem ser
efetuados mediante a exibição de certidão, emitida pela câmara municipal, comprovativa da conclusão de tais obras, devidamente
executadas em conformidade com os projetos aprovados.
4 - A exibição das certidões referidas nos n.os 2 e 3 é dispensada sempre que o alvará de loteamento tenha sido emitido ao abrigo dos
Decretos-Leis n.os 289/73, de 6 de junho, e 400/84, de 31 de dezembro.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro
   - DL n.º 116/2008, de 04 de Julho     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 116/2008, de 04 de Julho
  Artigo 50.º
Fraccionamento de prédios rústicos
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 51.º
Informação registral
1 - O conservador do registo predial remete mensalmente à CCDR, até ao dia 15 de cada mês, cópia dos elementos respeitantes a operações
de loteamento e respetivos anexos cujos registos tenham sido requeridos no mês anterior.
2 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
  Artigo 52.º
Publicidade à alienação
Na publicidade à alienação de lotes de terreno, de edifícios ou frações autónomas neles construídos, em construção ou a construir, é
obrigatório mencionar o número do alvará de loteamento ou da comunicação prévia e a data da sua emissão ou receção pela câmara
municipal, bem como o respetivo prazo de validade.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: Declaração n.º 5-B/2000, de 29 de Fevereiro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO II
Obras de urbanização
  Artigo 53.º
Condições e prazo de execução
1 - Com a deliberação prevista no artigo 26.º ou através de regulamento municipal nas situações previstas no artigo 34.º, o órgão competente
para o licenciamento das obras de urbanização estabelece:
a) As condições a observar na execução das mesmas, onde se inclui o cumprimento do disposto no regime da gestão de resíduos de
construção e demolição nelas produzidos, e o prazo para a sua conclusão;
b) O montante da caução destinada a assegurar a boa e regular execução das obras;
c) As condições gerais do contrato de urbanização a que se refere o artigo 55.º, se for caso disso.
2 - Nas situações previstas no artigo 34.º, o prazo de execução é o fixado pelo interessado, não podendo, no entanto, ultrapassar os limites
fixados mediante regulamento municipal.
3 - O prazo estabelecido nos termos da alínea a) do n.º 1 e do n.º 2 pode ser prorrogado a requerimento fundamentado do interessado, por
uma única vez e por período não superior a metade do prazo inicial, quando não seja possível concluir as obras dentro do prazo para o efeito
estabelecido.
4 - Quando a obra se encontre em fase de acabamentos, pode ainda o presidente da câmara municipal, a requerimento fundamentado do
interessado, conceder nova prorrogação, mediante o pagamento de um adicional à taxa referida no n.º 2 do artigo 116.º, de montante a fixar
em regulamento municipal.
5 - O prazo referido no n.º 2 pode ainda ser prorrogado em consequência de alteração da licença ou da comunicação prévia.
6 - A prorrogação do prazo nos termos referidos nos números anteriores não dá lugar à emissão de novo alvará nem à apresentação de nova
comunicação prévia, devendo ser averbada no alvará ou comunicação existentes.
7 - As obras de urbanização com as condições definidas na licença ou comunicação prévia podem ser alteradas por iniciativa da câmara
municipal, nos termos e com os fundamentos estabelecidos no artigo 48.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 54.º
Caução
1 - O requerente ou comunicante presta caução destinada a garantir a boa e regular execução das obras de urbanização.
2 - A caução referida no número anterior é prestada a favor da câmara municipal, mediante garantia bancária autónoma à primeira
solicitação, hipoteca sobre bens imóveis propriedade do requerente, depósito em dinheiro ou seguro-caução, devendo constar do próprio
título que a mesma está sujeita a atualização nos termos do n.º 4 e se mantém válida até à receção definitiva das obras de urbanização.
3 - O montante da caução é igual ao valor constante dos orçamentos para execução dos projetos das obras a executar, eventualmente
corrigido pela câmara municipal com a emissão da licença, a que pode ser acrescido um montante, não superior a 5 /prct. daquele valor,
destinado a remunerar encargos de administração caso se mostre necessário aplicar o disposto nos artigos 84.º e 85.º
4 - O montante da caução deve ser:
a) Reforçado, precedendo deliberação fundamentada da câmara municipal, tendo em atenção a correção do valor dos trabalhos por
aplicação das regras legais e regulamentares relativas a revisões de preços dos contratos de empreitada de obras públicas, quando se mostre
insuficiente para garantir a conclusão dos trabalhos, em caso de prorrogação do prazo de conclusão ou em consequência de acentuada
subida no custo dos materiais ou de salários;
b) Reduzido, nos mesmos termos, em conformidade com o andamento dos trabalhos a requerimento do interessado, que deve ser decidido
no prazo de 15 dias.
5 - O conjunto das reduções efetuadas ao abrigo do disposto na alínea b) do número anterior não pode ultrapassar 90 /prct. do montante
inicial da caução, sendo o remanescente libertado com a receção definitiva das obras de urbanização.
6 - O reforço ou a redução da caução, nos termos do n.º 4, não dá lugar à emissão de novo alvará ou a nova comunicação.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 55.º
Contrato de urbanização
1 - Quando a execução de obras de urbanização envolva, em virtude de disposição legal ou regulamentar ou por força de convenção, mais de
um responsável, a realização das mesmas pode ser objeto de contrato de urbanização.
2 - São partes no contrato de urbanização, obrigatoriamente, o município e o proprietário e outros titulares de direitos reais sobre o prédio
e, facultativamente, as empresas que prestem serviços públicos, bem como outras entidades envolvidas na operação de loteamento ou na
urbanização dela resultante, designadamente interessadas na aquisição dos lotes.
3 - O contrato de urbanização estabelece as obrigações das partes contratantes relativamente à execução das obras de urbanização e as
responsabilidades a que ficam sujeitas, bem como o prazo para cumprimento daquelas.
4 - Quando haja lugar à celebração de contrato de urbanização, a ele se fará menção no alvará ou comunicação.
5 - Juntamente com o requerimento inicial, comunicação e a qualquer momento do procedimento até à aprovação das obras de urbanização,
o interessado pode apresentar proposta de contrato de urbanização.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 56.º
Execução por fases
1 - O interessado pode requerer a execução por fases das obras de urbanização, identificando as obras incluídas em cada fase, o orçamento
correspondente e os prazos dentro dos quais se propõe requerer a respetiva licença.
2 - O requerimento referido no número anterior deve ser preferencialmente apresentado com o pedido de licenciamento de loteamento ou,
quando as obras de urbanização não se integrem em operação de loteamento, com o pedido de licenciamento das mesmas, podendo,
contudo, ser apresentado em qualquer momento do procedimento, desde que não tenha ainda sido proferida decisão final.
3 - Cada fase deve ter coerência interna e corresponder a uma zona da área a lotear ou a urbanizar que possa funcionar autonomamente.
4 - O requerimento é decidido no prazo de 30 dias a contar da data da sua apresentação.
5 - Admitida a execução por fases, o alvará abrange apenas a primeira fase das obras de urbanização, implicando cada fase subsequente um
aditamento ao alvará.
6 - Quando se trate de operação efetuada ao abrigo de comunicação prévia, o interessado identifica na comunicação as fases em que
pretende proceder à execução das obras de urbanização, aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 1, 2 e 3.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março

SUBSECÇÃO III
Obras de edificação
  Artigo 57.º
Condições de execução
1 - A câmara municipal fixa as condições a observar na execução da obra com o deferimento do pedido de licenciamento das operações
urbanísticas e, no caso das obras sujeitas a comunicação prévia, através de regulamento municipal, devendo salvaguardar o cumprimento do
disposto no regime da gestão de resíduos de construção e demolição.
2 - As condições relativas à ocupação da via pública ou à colocação de tapumes e vedações são estabelecidas mediante proposta do
requerente, a qual, nas situações previstas no n.º 4 do artigo 4.º, deve acompanhar a comunicação prévia, não podendo a câmara municipal
alterá-las senão com fundamento na violação de normas legais ou regulamentares aplicáveis ou na necessidade de articulação com outras
ocupações previstas ou existentes.
3 - No caso previsto no artigo 113.º, as condições a observar na execução das obras são aquelas que forem propostas pelo requerente.
4 - A comunicação prévia para obras em área abrangida por operação de loteamento não pode ter lugar antes da receção provisória das
respetivas obras de urbanização ou da prestação de caução a que se refere o artigo 54.º
5 - O disposto no artigo 43.º e nos n.os 1 a 3 do artigo 44.º aplica-se aos procedimentos de licenciamento ou de comunicação prévia de obras
quando respeitem a edifícios contíguos e funcionalmente ligados entre si que determinem, em termos urbanísticos, impactes semelhantes a
uma operação de loteamento, nos termos a definir por regulamento municipal.
6 - O disposto no n.º 4 do artigo 44.º é aplicável aos procedimentos de licenciamento e de comunicação prévia de obras quando a operação
contemple a criação de áreas de circulação viária e pedonal, espaços verdes e equipamento de uso privativo.
7 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 58.º
Prazo de execução
1 - A câmara municipal fixa, com o deferimento do pedido de licenciamento das obras referidas nas alíneas c) a f) do n.º 2 do artigo 4.º, o
prazo de execução da obra, em conformidade com a programação proposta pelo requerente.
2 - Nas situações previstas no n.º 4 do artigo 4.º, o prazo de execução é o fixado pelo interessado, não podendo, no entanto, ultrapassar os
limites fixados mediante regulamento municipal.
3 - Os prazos referidos nos números anteriores começam a contar da data de emissão do respetivo alvará, da data do pagamento ou do
depósito das taxas ou da caução nas situações previstas no artigo 113.º, ou da data em que a comunicação prévia se encontre titulada nos
termos do n.º 2 do artigo 74.º
4 - O prazo para a conclusão da obra pode ser alterado por motivo de interesse público, devidamente fundamentado, no ato de deferimento
a que se refere o n.º 1, e, no caso de comunicação prévia, até ao termo do prazo previsto no n.º 2 do artigo 11.º
5 - Quando não seja possível concluir as obras no prazo previsto, este pode ser prorrogado, a requerimento fundamentado do interessado,
por uma única vez e por período não superior a metade do prazo inicial, salvo o disposto nos números seguintes.
6 - Quando a obra se encontre em fase de acabamentos, pode o presidente da câmara municipal, a requerimento fundamentado do
interessado, conceder nova prorrogação, mediante o pagamento de um adicional à taxa referida no n.º 1 do artigo 116.º, de montante a fixar
em regulamento municipal.
7 - O prazo estabelecido nos termos dos números anteriores pode ainda ser prorrogado em consequência da alteração da licença, bem como
da apresentação de alteração aos projetos apresentados com a comunicação prévia.
8 - A prorrogação do prazo nos termos referidos nos números anteriores não dá lugar à emissão de novo alvará nem à apresentação de nova
comunicação, devendo apenas ser nestes averbada.
9 - No caso previsto no artigo 113.º, o prazo para a conclusão da obra é aquele que for proposto pelo requerente.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 59.º
Execução por fases
1 - O requerente pode optar pela execução faseada da obra, devendo para o efeito, em caso de operação urbanística sujeita a
licenciamento, identificar no projeto de arquitetura os trabalhos incluídos em cada uma das fases e indicar os prazos, a contar da data de
aprovação daquele projeto, em que se propõe requerer a aprovação dos projetos das especialidades e outros estudos relativos a cada uma
dessas fases, podendo a câmara municipal fixar diferentes prazos por motivo de interesse público devidamente fundamentado.
2 - Cada fase deve corresponder a uma parte da edificação passível de utilização autónoma.
3 - Nos casos referidos no n.º 1, o requerimento referido no n.º 4 do artigo 20.º deverá identificar a fase da obra a que se reporta.
4 - A falta de apresentação do requerimento referido no número anterior dentro dos prazos previstos no n.º 1 implica a caducidade do ato de
aprovação do projeto de arquitetura e o arquivamento oficioso do processo.
5 - [Revogado].
6 - Admitida a execução por fases, o alvará abrange apenas a primeira fase das obras, implicando cada fase subsequente um aditamento ao
alvará.
7 - Quando se trate de operação urbanística sujeita a comunicação prévia, o interessado identifica na comunicação as fases em que pretende
proceder à execução da obra, aplicando-se com as necessárias adaptações o disposto nos n.os 1 e 2.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 60.º
Edificações existentes
1 - As edificações construídas ao abrigo do direito anterior e as utilizações respetivas não são afetadas por normas legais e regulamentares
supervenientes.
2 - A licença de obras de reconstrução ou de alteração das edificações não pode ser recusada com fundamento em normas legais ou
regulamentares supervenientes à construção originária, desde que tais obras não originem ou agravem desconformidade com as normas em
vigor ou tenham como resultado a melhoria das condições de segurança e de salubridade da edificação.
3 - O disposto no número anterior aplica-se em sede de fiscalização sucessiva de obras sujeitas a comunicação prévia.
4 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a lei pode impor condições específicas para o exercício de certas atividades em
edificações já afetas a tais atividades ao abrigo do direito anterior, bem como condicionar a execução das obras referidas no número
anterior à realização dos trabalhos acessórios que se mostrem necessários para a melhoria das condições de segurança e salubridade da
edificação.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 61.º
Identificação do diretor de obra
O titular da licença de construção e apresentante da comunicação prévia ficam obrigados a afixar numa placa em material imperecível no
exterior da edificação ou a gravar num dos seus elementos externos a identificação do diretor de obra.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO IV
Utilização de edifícios ou suas frações
  Artigo 62.º
Âmbito
1 - A autorização de utilização de edifícios ou suas frações autónomas na sequência de realização de obra sujeita a controlo prévio destina-
se a verificar a conclusão da operação urbanística, no todo ou em parte, e a conformidade da obra com o projeto de arquitetura e arranjos
exteriores aprovados e com as condições do respetivo procedimento de controlo prévio, assim como a conformidade da utilização prevista
com as normas legais e regulamentares que fixam os usos e utilizações admissíveis, podendo contemplar utilizações mistas.
2 - No caso dos pedidos de autorização de utilização, de alteração de utilização ou de alguma informação constante de licença de utilização
que já tenha sido emitida, que não sejam precedidos de operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio, a autorização de utilização de
edifícios ou suas frações autónomas destina-se a verificar a conformidade da utilização prevista com as normas legais e regulamentares que
fixam os usos e utilizações admissíveis, bem como a idoneidade do edifício ou sua fração autónoma para o fim pretendido, podendo
contemplar utilizações mistas.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 63.º
Instrução do pedido
1 - O pedido de autorização de utilização deve ser instruído com as telas finais, acompanhadas de termo de responsabilidade subscrito pelo
diretor de obra ou pelo diretor de fiscalização de obra, no qual aqueles devem declarar que a obra está concluída e que foi executada de
acordo com os projetos de arquitetura e especialidades, bem como com os arranjos exteriores aprovados e com as condições do respetivo
procedimento de controlo prévio e que as alterações efetuadas ao projeto estão em conformidade com as normas legais e regulamentares
que lhe são aplicáveis.
2 - O pedido de autorização de utilização pode ainda ser instruído com termo de responsabilidade subscrito por pessoa legalmente habilitada
a ser autor de projeto, nos termos do regime jurídico que define a qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela
elaboração e subscrição de projetos, pela fiscalização de obra e pela direção de obra.
3 - O pedido de autorização de utilização, bem como as suas alterações, é apresentado através da plataforma eletrónica referida no n.º 1 do
artigo 8.º-A, podendo ser utilizado o «Balcão do Empreendedor», para os pedidos relativos à instalação de estabelecimento e respetivas
alterações de utilização, nos termos a regulamentar na portaria a que se refere o n.º 4 do artigo 8.º-A.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 64.º
Concessão da autorização de utilização
1 - A autorização de utilização é concedida no prazo de 10 dias a contar da receção do requerimento, com base nos termos de
responsabilidade referidos no artigo anterior, salvo na situação prevista no número seguinte.
2 - O presidente da câmara municipal, oficiosamente ou a requerimento do gestor do procedimento e no prazo previsto no número anterior,
determina a realização de vistoria, a efetuar nos termos do artigo seguinte, quando se verifique alguma das seguintes situações:
a) O pedido de autorização de utilização não estar instruído com os termos de responsabilidade previsto no artigo anterior;
b) Existirem indícios sérios, nomeadamente com base nos elementos constantes do processo ou do livro de obra, a concretizar no despacho
que determina a vistoria, de que a obra se encontra em desconformidade com o respetivo projeto ou condições estabelecidas;
c) Tratando-se da autorização prevista no n.º 2 do artigo 62.º, existam indícios sérios de que o edifício, ou sua fração autónoma, não é
idóneo para o fim pretendido.
3 - Quando o pedido de autorização de utilização for instruído com termo de responsabilidade referido no n.º 2 do artigo anterior, é
dispensada a realização de vistoria municipal, bem como a apresentação na câmara municipal de certificações, aprovações e pareceres
externos, bastando a comunicação da conclusão dos trabalhos, acompanhada de declaração subscrita pelo autor do projeto e pelo diretor de
obra ou diretor de fiscalização de obra, de que tais elementos foram obtidos.
4 - Não sendo determinada a realização de vistoria no prazo referido no n.º 1, o requerente pode solicitar a emissão do alvará de autorização
de utilização, a emitir no prazo de cinco dias, mediante a apresentação do comprovativo do requerimento da mesma nos termos do artigo
63.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 65.º
Realização da vistoria
1 - A vistoria realiza-se no prazo de 15 dias a contar da decisão do presidente da câmara referida no n.º 2 do artigo anterior, decorrendo
sempre que possível em data a acordar com o requerente.
2 - A vistoria é efetuada por uma comissão composta, no mínimo, por três técnicos, a designar pela câmara municipal, dos quais pelo menos
dois devem ter habilitação legal para ser autor de projeto, correspondente à obra objeto de vistoria, segundo o regime da qualificação
profissional dos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos.
3 - A data da realização da vistoria é notificada pela câmara municipal ao requerente da autorização de utilização, o qual pode fazer-se
acompanhar dos autores dos projetos e do técnico responsável pela direção técnica da obra, que participam, sem direito a voto, na vistoria.
4 - As conclusões da vistoria são obrigatoriamente seguidas na decisão sobre o pedido de autorização.
5 - No caso da imposição de obras de alteração decorrentes da vistoria, a emissão da autorização requerida depende da verificação da
adequada realização dessas obras, mediante nova vistoria a requerer pelo interessado, a qual deve decorrer no prazo de 15 dias a contar do
respetivo requerimento.
6 - Não sendo a vistoria realizada nos prazos referidos nos n.os 1 ou 5, o requerente pode solicitar a emissão do título de autorização de
utilização, mediante a apresentação do comprovativo do requerimento da mesma nos termos do artigo 63.º ou do número anterior, o qual é
emitido no prazo de cinco dias e sem a prévia realização de vistoria.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 66.º
Propriedade horizontal
1 - No caso de edifícios constituídos em regime de propriedade horizontal, a autorização pode ter por objeto o edifício na sua totalidade ou
cada uma das suas frações autónomas.
2 - A autorização de utilização só pode ser concedida autonomamente para uma ou mais frações autónomas quando as partes comuns dos
edifícios em que se integram estejam também em condições de serem utilizadas.
3 - Caso o interessado não tenha ainda requerido a certificação pela câmara municipal de que o edifício satisfaz os requisitos legais para a
sua constituição em regime de propriedade horizontal, tal pedido pode integrar o requerimento de autorização de utilização.
4 - O disposto nos n.os 2 e 3 é aplicável, com as necessárias adaptações, aos edifícios compostos por unidades suscetíveis de utilização
independente que não estejam sujeitos ao regime da propriedade horizontal.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro

SECÇÃO IV
Validade e eficácia dos atos de licenciamento e autorização de utilização e efeitos da comunicação prévia
SUBSECÇÃO I
Validade
  Artigo 67.º
Requisitos
A validade das licenças ou das autorizações de utilização depende da sua conformidade com as normas legais e regulamentares aplicáveis em
vigor à data da sua prática, sem prejuízo do disposto no artigo 60.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 68.º
Nulidades
Sem prejuízo da possibilidade de atribuição de efeitos jurídicos a situações de facto decorrentes de atos nulos nos termos gerais de direito,
bem como do disposto no artigo 70.º, são nulas as licenças, as autorizações de utilização e as decisões relativas a pedidos de informação
prévia previstos no presente diploma que:
a) Violem o disposto em plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território, plano especial de ordenamento do território,
medidas preventivas ou licença ou comunicação prévia de loteamento em vigor;
b) [Revogada];
c) Não tenham sido precedidas de consulta das entidades cujos pareceres, autorizações ou aprovações sejam legalmente exigíveis, bem
como quando não estejam em conformidade com esses pareceres, autorizações ou aprovações.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 69.º
Participação, ação administrativa especial e declaração de nulidade
1 - Os factos geradores das nulidades previstas no artigo anterior e quaisquer outros factos de que possa resultar a invalidade dos atos
administrativos previstos no presente diploma devem ser participados, por quem deles tenha conhecimento, ao Ministério Público, para
efeitos de propositura da competente ação administrativa especial e respetivos meios processuais acessórios.
2 - Quando tenha por objeto atos de licenciamento ou autorizações de utilização com fundamento em qualquer das invalidades previstas no
artigo anterior, a citação ao titular da licença ou da autorização de utilização para contestar a ação referida no número anterior tem os
efeitos previstos no artigo 103.º para o embargo, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
3 - O tribunal pode, oficiosamente ou a requerimento dos interessados, autorizar o prosseguimento dos trabalhos caso do recurso resultem
indícios de ilegalidade da sua interposição ou da sua improcedência, devendo o juiz decidir esta questão, quando a ela houver lugar, no
prazo de 10 dias.
4 - A possibilidade de o órgão que emitiu o ato ou deliberação declarar a nulidade caduca no prazo de 10 anos, caducando também o direito
de propor a ação prevista no n.º 1 se os factos que determinaram a nulidade não forem participados ao Ministério Público nesse prazo,
exceto relativamente a monumentos nacionais e respetiva zona de proteção.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 70.º
Responsabilidade civil da Administração
1 - O município responde civilmente nos termos gerais por ações e omissões cometidas em violação do estabelecido no presente decreto-lei.
2 - O disposto no número anterior inclui a responsabilidade por prejuízos resultantes de operações urbanísticas executadas com base em atos
de controlo prévio ilegais, nomeadamente em caso de revogação, anulação ou declaração de nulidade de licenças ou autorizações de
utilização, sempre que a causa de revogação, anulação ou declaração de nulidade resulte de uma conduta ilícita dos titulares dos seus
órgãos ou dos seus funcionários e agentes.
3 - Para efeitos do disposto no número anterior são solidariamente responsáveis:
a) O titular do órgão administrativo singular que haja praticado os atos ao abrigo dos quais foram executadas ou desenvolvidas as operações
urbanísticas referidas sem que tivesse sido promovida a consulta de entidades externas ou em desrespeito do parecer, autorização ou
aprovação emitidos, quando vinculativos;
b) Os membros dos órgãos colegiais que tenham votado a favor dos atos referidos na alínea anterior;
c) Os trabalhadores que tenham prestado informação favorável à prática do ato de controlo prévio ilegal, em caso de dolo ou culpa grave;
d) Os membros da câmara municipal quando não promovam as medidas necessárias à reposição da legalidade, nos termos do disposto no n.º
8 do artigo 35.º, em caso de dolo ou culpa grave.
4 - Quando a ilegalidade que fundamenta a revogação, anulação ou declaração de nulidade de ato administrativo resulte de parecer
vinculativo, autorização ou aprovação legalmente exigível, a entidade que o emitiu responde solidariamente com o município, que tem sobre
aquela direito de regresso nos termos gerais de direito.
5 - Impende sobre os titulares dos órgãos municipais o dever de desencadear procedimentos disciplinares aos trabalhadores sempre que se
verifique alguma das situações referidas no artigo 101.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO II
Caducidade e revogação da licença e autorização de utilização e cessação de efeitos da comunicação prévia
  Artigo 71.º
Caducidade
1 - A licença ou comunicação prévia para a realização de operação de loteamento caduca se:
a) Não for apresentada a comunicação prévia para a realização das respetivas obras de urbanização no prazo de um ano a contar da
notificação do ato de licenciamento ou, na hipótese de comunicação prévia, não for apresentada comunicação prévia para a realização de
obras de urbanização no prazo de um ano a contar da data daquela; ou se
b) Não for requerido o alvará a que se refere o n.º 3 do artigo 76.º no prazo de um ano a contar da comunicação prévia das respetivas obras
de urbanização;
c) Não forem concluídas as obras de edificação previstas na operação de loteamento no prazo fixado para esse efeito, nos termos da alínea
g) do n.º 1 do artigo 77.º.
2 - A licença ou comunicação prévia para a realização de operação de loteamento que não exija a realização de obras de urbanização, bem
como a licença para a realização das operações urbanísticas previstas nas alíneas b) a e) do n.º 2 e no n.º 4 do artigo 4.º, caducam, no caso
da licença, se no prazo de um ano a contar da notificação do ato de licenciamento não for requerida a emissão do respetivo alvará ou, no
caso da comunicação prévia e sendo devida, não ocorra o pagamento das taxas no prazo previsto para o efeito, determinando, em qualquer
dos casos, a imediata cessação da operação urbanística.
3 - Para além das situações previstas no número anterior, a licença ou a comunicação prévia para a realização das operações urbanísticas
referidas no número anterior, bem como a licença ou a comunicação prévia para a realização de operação de loteamento que exija a
realização de obras de urbanização, caducam ainda:
a) Se as obras não forem iniciadas no prazo de 12 meses a contar da data de emissão do alvará ou do pagamento das taxas no caso de
comunicação prévia, ou nos casos previstos no artigo 113.º;
b) Se as obras estiverem suspensas por período superior a seis meses, salvo se a suspensão decorrer de facto não imputável ao titular da
licença ou da comunicação prévia;
c) Se as obras estiverem abandonadas por período superior a seis meses;
d) Se as obras não forem concluídas no prazo fixado na licença ou comunicação prévia, ou suas prorrogações, contado a partir da data de
emissão do alvará ou do pagamento das taxas no caso da comunicação prévia.
e) [Revogada].
4 - Para os efeitos do disposto na alínea c) do número anterior, presumem-se abandonadas as obras ou trabalhos sempre que:
a) Se encontrem suspensos sem motivo justificativo registado no respetivo livro de obra;
b) Decorram na ausência do diretor da obra;
c) Se desconheça o paradeiro do titular da respetiva licença ou comunicação prévia sem que este haja indicado à câmara municipal
procurador bastante que o represente.
5 - As caducidades previstas no presente artigo devem ser declaradas pela câmara municipal, verificadas as situações previstas no presente
artigo, após audiência prévia do interessado.
6 - Os prazos a que se referem os números anteriores contam-se de acordo com o disposto no artigo 279.º do Código Civil.
7 - Tratando-se de licença para a realização de operação de loteamento ou de obras de urbanização, a caducidade pelos motivos previstos na
alínea c) do n.º 1 e nos n.os 3 e 4 observa os seguintes termos:
a) A caducidade não produz efeitos relativamente aos lotes para os quais já haja sido deferido pedido de licenciamento para obras de
edificação ou já tenha sido apresentada comunicação prévia da realização dessas obras;
b) A caducidade não produz efeitos relativamente às parcelas cedidas para implantação de espaços verdes públicos e equipamentos de
utilização coletiva e infraestruturas que sejam indispensáveis aos lotes referidos no número anterior e sejam identificadas pela Câmara
Municipal na declaração prevista no n.º 5;
c) Nas situações previstas na alínea c) do n.º 1, a caducidade não produz efeitos, ainda, quanto à divisão ou reparcelamento fundiário
resultante da operação de loteamento, mantendo-se os lotes constituídos por esta operação, a respetiva área e localização e extinguindo-se
as demais especificações relativas aos lotes, previstas na alínea e) do n.º 1 do artigo 77.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
   - Retificação n.º 46-A/2014, de 10 de Novembro     - 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 72.º
Renovação
1 - O titular de licença ou comunicação prévia que haja caducado pode requerer nova licença ou apresentar nova comunicação prévia.
2 - No caso referido no número anterior, serão utilizados no novo processo os elementos que instruíram o processo anterior desde que o novo
requerimento seja apresentado no prazo de 18 meses a contar da data da caducidade ou, se este prazo estiver esgotado, não existirem
alterações de facto e de direito que justifiquem nova apresentação.
3 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 73.º
Revogação
1 - Sem prejuízo do que se dispõe no número seguinte, a licença ou as autorizações de utilização só podem ser revogadas nos termos
estabelecidos na lei para os atos constitutivos de direitos.
2 - Nos casos a que se refere o n.º 2 do artigo 105.º, a licença pode ser revogada pela câmara municipal decorrido o prazo de seis meses a
contar do termo do prazo estabelecido de acordo com o n.º 1 do mesmo artigo.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SUBSECÇÃO III
Títulos das operações urbanísticas
  Artigo 74.º
Título da licença, da comunicação prévia e da autorização de utilização
1 - As operações urbanísticas objeto de licenciamento são tituladas por alvará, cuja emissão é condição de eficácia da licença.
2 - A comunicação prévia relativa a operações urbanísticas é titulada pelo comprovativo eletrónico da sua apresentação emitido pela
plataforma eletrónica referida no n.º 1 do artigo 8.º-A, acompanhado do documento comprovativo do pagamento das taxas e, no caso de
operações de loteamento, é titulada, ainda, por documento comprovativo da prestação de caução e da celebração do instrumento notarial a
que se refere o n.º 3 do artigo 44.º ou por declaração da câmara municipal relativa à sua inexigibilidade.
3 - A autorização de utilização dos edifícios é titulada por alvará.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 75.º
Competência
Compete ao presidente da câmara municipal emitir o alvará para a realização das operações urbanísticas, podendo delegar esta competência
nos vereadores, com faculdade de subdelegação, ou nos dirigentes dos serviços municipais.
  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 76.º
Requerimento
1 - O interessado deve, no prazo de um ano a contar da data da notificação do ato de licenciamento ou da autorização de utilização,
requerer a emissão do respetivo alvará, apresentando para o efeito os elementos previstos em portaria aprovada pelo membro do Governo
responsável pelo ordenamento do território.
2 - Pode ainda o presidente da câmara municipal, a requerimento fundamentado do interessado, conceder prorrogação, por uma única vez,
do prazo previsto no número anterior.
3 - No caso de operação de loteamento que exija a realização de obras de urbanização, é emitido um único alvará, que deve ser requerido
no prazo de um ano a contar da comunicação prévia das obras de urbanização.
4 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 64.º e 65.º, o alvará é emitido no prazo de 30 dias a contar da apresentação do requerimento
previsto nos números anteriores ou da receção dos elementos a que se refere o n.º 3 do artigo 11.º desde que se mostrem pagas as taxas
devidas.
5 - O requerimento de emissão de alvará só pode ser indeferido com fundamento na caducidade, suspensão, revogação, anulação ou
declaração de nulidade da licença, na caducidade ou cassação do título da comunicação prévia nos termos do artigo 79.º, ou na falta de
pagamento das taxas referidas no número anterior.
6 - O alvará obedece a um modelo-tipo a estabelecer por portaria aprovada pelo membro do Governo responsável pelo ordenamento do
território.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 77.º
Especificações
1 - O alvará de licença de operação de loteamento ou de obras de urbanização deve conter, nos termos da licença, a especificação dos
seguintes elementos, consoante forem aplicáveis:
a) Identificação do titular do alvará;
b) Identificação do prédio objeto da operação de loteamento ou das obras de urbanização;
c) Identificação dos atos dos órgãos municipais relativos ao licenciamento da operação de loteamento e das obras de urbanização;
d) Enquadramento da operação urbanística em plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território em vigor, bem como na
respetiva unidade de execução, se a houver;
e) Número de lotes e indicação da área, localização, finalidade, área de implantação, área de construção, número de pisos e número de
fogos de cada um dos lotes, com especificação dos fogos destinados a habitações a custos controlados, quando previstos;
f) Cedências obrigatórias, sua finalidade e especificação das parcelas a integrar no domínio municipal;
g) Prazo máximo para a conclusão das operações de edificação previstas na operação de loteamento, o qual deve observar o prazo previsto
no instrumento de programação da execução do plano territorial de âmbito municipal ou intermunicipal aplicável e não pode ser superior a
10 anos;
h) Prazo para a conclusão das obras de urbanização;
i) Montante da caução prestada e identificação do respetivo título.
2 - O alvará a que se refere o número anterior deve conter, em anexo, as plantas representativas dos elementos referidos nas alíneas e) e f).
3 - As especificações do alvará a que se refere o n.º 1 vinculam a câmara municipal, o proprietário do prédio, bem como os adquirentes dos
lotes.
4 - O alvará de licença para a realização das operações urbanísticas a que se referem as alíneas b) a g) e l) do artigo 2.º deve conter, nos
termos da licença, os seguintes elementos, consoante sejam aplicáveis:
a) Identificação do titular da licença;
b) Identificação do lote ou do prédio onde se realizam as obras ou trabalhos;
c) Identificação dos atos dos órgãos municipais relativos ao licenciamento das obras ou trabalhos;
d) Enquadramento das obras em operação de loteamento ou plano municipal ou intermunicipal de ordenamento do território em vigor, no
caso das obras previstas nas alíneas b), c) e e) do artigo 2.º;
e) Os condicionamentos a que fica sujeita a licença;
f) As cérceas e o número de pisos acima e abaixo da cota de soleira;
g) A área de construção e a volumetria dos edifícios;
h) O uso a que se destinam as edificações;
i) O prazo de validade da licença, o qual corresponde ao prazo para a conclusão das obras ou trabalhos.
5 - O alvará de autorização de utilização relativo à utilização de edifício ou de sua fração deve conter a especificação dos seguintes
elementos:
a) Identificação do titular da autorização;
b) Identificação do edifício ou fração autónoma;
c) O uso a que se destina o edifício ou fração autónoma.
6 - O alvará a que se refere o número anterior deve ainda mencionar, quando for caso disso, que o edifício a que respeita preenche os
requisitos legais para a constituição da propriedade horizontal.
7 - No caso de substituição do titular de alvará de licença, o substituto deve disso fazer prova junto do presidente da câmara para que este
proceda ao respetivo averbamento no prazo de 15 dias a contar da data da substituição.
8 - A titularidade do alvará de autorização de utilização de edifícios ou frações autónomas é transmitida automaticamente com a
propriedade a que respeita.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 78.º
Publicidade
1 - O titular do alvará deve promover, no prazo de 10 dias após a emissão do alvará, a afixação no prédio objeto de qualquer operação
urbanística de um aviso, visível do exterior, que deve permanecer até à conclusão das obras.
2 - A emissão do alvará de licença de loteamento deve ainda ser publicitada pela câmara municipal, no prazo estabelecido no n.º 1, através
de:
a) Publicação de aviso em boletim municipal e na página da Internet do município ou, quando estes não existam, através de edital a afixar
nos paços do concelho e nas sedes das juntas de freguesia abrangidas;
b) Publicação de aviso num jornal de âmbito local, quando o número de lotes seja inferior a 20, ou num jornal de âmbito nacional, nos
restantes casos.
3 - Compete ao membro do Governo responsável pelo ordenamento do território aprovar, por portaria, o modelo do aviso referido no n.º 1.
4 - O aviso previsto no número anterior deve mencionar, consoante os casos, as especificações previstas nas alíneas a) a g) do n.º 1 e a) a c)
e f) a i) do n.º 4 do artigo 77.º
5 - O disposto nos números anteriores aplica-se, com as necessárias adaptações, às situações objeto de comunicação prévia.
  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 79.º
Cassação
1 - O alvará ou o título da comunicação prévia é cassado pelo presidente da câmara municipal quando:
a) A licença caduque, seja revogada, anulada ou declarada nula;
b) A comunicação prévia caduque, não cumpra as normas legais ou regulamentares aplicáveis, não tenha sido antecedida dos pareceres,
autorizações ou aprovações legalmente exigidos ou não se conforme com os mesmos.
2 - A cassação do alvará ou do título da comunicação prévia de loteamento é comunicada pelo presidente da câmara municipal à
conservatória do registo predial competente, para efeitos de anotação à descrição ou de cancelamento do correspondente registo.
3 - Com a comunicação referida no número anterior, o presidente da câmara municipal dá igualmente conhecimento à conservatória do
registo predial dos lotes que se encontrem na situação referida no n.º 7 do artigo 71.º, requerendo a esta o cancelamento parcial do
correspondente registo nos termos da alínea g) do n.º 2 do artigo 101.º do Código do Registo Predial e indicando as descrições a manter.
4 - O alvará cassado é apreendido pela câmara municipal, na sequência de notificação ao respetivo titular.
5 - O título da comunicação prévia é cassado através do averbamento da cassação à informação constante da plataforma eletrónica referida
no n.º 1 do artigo 8.º-A.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março

CAPÍTULO III
Execução e fiscalização
SECÇÃO I
Início dos trabalhos
  Artigo 80.º
Início dos trabalhos
1 - A execução das obras e trabalhos sujeitos a licença nos termos do presente diploma só pode iniciar-se depois de emitido o respetivo
alvará, com exceção das situações referidas no artigo seguinte e salvo o disposto no artigo 113.º
2 - As obras e os trabalhos sujeitos ao regime da comunicação prévia podem iniciar-se nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 34.º
3 - As obras e trabalhos referidos no artigo 7.º só podem iniciar-se depois de emitidos os pareceres ou autorizações aí referidos ou após o
decurso dos prazos fixados para a respetiva emissão.
4 - No prazo de 60 dias a contar do início dos trabalhos relativos às operações urbanísticas referidas nas alíneas c) a e) do n.º 2 do artigo 4.º
deve o promotor da obra apresentar na câmara municipal cópia das especialidades e outros estudos.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 80.º-A
Informação sobre o início dos trabalhos e o responsável pelos mesmos
1 - Até cinco dias antes do início dos trabalhos, o promotor informa a câmara municipal dessa intenção, comunicando também a identidade
da pessoa, singular ou coletiva, encarregada da execução dos mesmos.
2 - A pessoa encarregada da execução dos trabalhos está obrigada à execução exata dos projetos e ao respeito pelas condições do
licenciamento ou comunicação prévia.

  Artigo 81.º
Demolição, escavação e contenção periférica
1 - Quando o procedimento de licenciamento haja sido precedido de informação prévia favorável que vincule a câmara municipal, pode o
presidente da câmara municipal, a pedido do interessado, permitir a execução de trabalhos de demolição ou de escavação e contenção
periférica até à profundidade do piso de menor cota, logo após o saneamento referido no artigo 11.º, desde que seja prestada caução para
reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início dos trabalhos.
2 - Nas obras sujeitas a licença nos termos do presente diploma, a decisão referida no número anterior pode ser proferida em qualquer
momento após a aprovação do projeto de arquitetura.
3 - Para os efeitos dos números anteriores, o requerente deve apresentar, consoante os casos, o plano de demolições, o projeto de
estabilidade ou o projeto de escavação e contenção periférica até à data da apresentação do pedido referido no mesmo número.
4 - O presidente da câmara decide sobre o pedido previsto no n.º 1 no prazo de 15 dias a contar da data da sua apresentação.
5 - É título bastante para a execução dos trabalhos de demolição, escavação ou contenção periférica a notificação do deferimento do
respetivo pedido, que o requerente, a partir do início da execução dos trabalhos por ela abrangidos, deverá guardar no local da obra.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 82.º
Ligação às redes públicas
1 - Os alvarás a que se referem os n.os 1 e 4 do artigo 77.º e a notificação referida no n.º 5 do artigo anterior constituem título bastante para
instruir os pedidos de ligação dos sistemas de água, de saneamento, de gás, de eletricidade e de telecomunicações, podendo os requerentes
optar, mediante autorização das entidades gestoras, pela realização das obras indispensáveis à sua concretização nas condições
regulamentares e técnicas definidas por aquelas entidades.
2 - No caso de obras sujeitas a comunicação prévia, constitui título bastante para os efeitos previstos no número anterior a apresentação dos
documentos referidos no n.º 2 do artigo 74.º
3 - Até à apresentação do alvará de autorização de utilização, as ligações referidas no número anterior são efetuadas pelo prazo fixado no
alvará respetivo ou no título da comunicação prévia, e apenas podem ser prorrogadas pelo período correspondente à prorrogação daquele
prazo, salvo nos casos em que aquele alvará não haja sido emitido por razões exclusivamente imputáveis à câmara municipal.
4 - No caso de obras sujeitas a comunicação prévia, se for necessária a compatibilização de projetos com as infraestruturas existentes ou a
sua realização no caso de inexistência, estas serão promovidas pela entidade prestadora ou pelo requerente, nos termos da parte final do n.º
1.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
SECÇÃO II
Execução dos trabalhos
  Artigo 83.º
Alterações durante a execução da obra
1 - Podem ser realizadas em obra alterações ao projeto, mediante comunicação prévia nos termos previstos no artigo 35.º, desde que essa
comunicação seja efetuada com a antecedência necessária para que as obras estejam concluídas antes da apresentação do requerimento a
que se refere o n.º 1 do artigo 63.º
2 - Podem ser efetuadas sem dependência de comunicação prévia à câmara municipal as alterações em obra que não correspondam a obras
que estivessem sujeitas a controlo prévio.
3 - As alterações em obra ao projeto inicialmente aprovado ou apresentado que envolvam a realização de obras de ampliação ou de
alterações à implantação das edificações estão sujeitas ao procedimento previsto nos artigos 27.º ou 35.º, consoante os casos.
4 - Nas situações previstas nos números anteriores, apenas são apresentados os elementos instrutórios que sofreram alterações.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 84.º
Execução das obras pela câmara municipal
1 - Sem prejuízo do disposto no presente diploma em matéria de suspensão, caducidade das licenças, autorizações ou comunicação prévia ou
de cassação dos respetivos títulos, a câmara municipal, para salvaguarda do património cultural, da qualidade do meio urbano e do meio
ambiente, da segurança das edificações e do público em geral ou, no caso de obras de urbanização, também para proteção de interesses de
terceiros adquirentes de lotes, pode promover a realização das obras por conta do titular do alvará ou do apresentante da comunicação
prévia quando, por causa que seja imputável a este último:
a) Não tiverem sido iniciadas no prazo de um ano a contar da data da emissão do alvará ou do título da comunicação prévia;
b) Permanecerem interrompidas por mais de um ano;
c) Não tiverem sido concluídas no prazo fixado ou suas prorrogações, nos casos em que a câmara municipal tenha declarado a caducidade;
d) Não hajam sido efetuadas as correções ou alterações que hajam sido intimadas nos termos do artigo 105.º
2 - A execução das obras referidas no número anterior e o pagamento das despesas suportadas com as mesmas efetuam-se nos termos dos
artigos 107.º e 108.º
3 - A câmara municipal pode ainda acionar as cauções referidas nos artigos 25.º e 54.º
4 - Logo que se mostre reembolsada das despesas efetuadas nos termos do presente artigo, a câmara municipal procede ao levantamento do
embargo que possa ter sido decretado ou, quando se trate de obras de urbanização, emite oficiosamente alvará, competindo ao presidente
da câmara dar conhecimento das respetivas deliberações, quando seja caso disso, à Direção-Geral do Território, para efeitos cadastrais, e à
conservatória do registo predial.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 85.º
Execução das obras de urbanização por terceiro
1 - Qualquer adquirente dos lotes, de edifícios construídos nos lotes ou de frações autónomas dos mesmos tem legitimidade para requerer a
autorização judicial para promover diretamente a execução das obras de urbanização quando, verificando-se as situações previstas no n.º 1
do artigo anterior, a câmara municipal não tenha promovido a sua execução.
2 - O requerimento é instruído com os seguintes elementos:
a) Cópia do alvará ou do título da comunicação prévia, nos termos do n.º 2 do artigo 74.º;
b) Orçamento, a preços correntes do mercado, relativo à execução das obras de urbanização em conformidade com os projetos aprovados e
condições fixadas no licenciamento;
c) Quaisquer outros elementos que o requerente entenda necessários para o conhecimento do pedido.
3 - Antes de decidir, o tribunal notifica a câmara municipal, o titular do alvará ou o apresentante da comunicação prévia para responderem
no prazo de 30 dias e ordena a realização das diligências que entenda úteis para o conhecimento do pedido, nomeadamente a inspeção
judicial do local.
4 - Se deferir o pedido, o tribunal fixa especificadamente as obras a realizar e o respetivo orçamento e determina que a caução a que se
refere o artigo 54.º fique à sua ordem, a fim de responder pelas despesas com as obras até ao limite do orçamento.
5 - Na falta ou insuficiência da caução, o tribunal determina que os custos sejam suportados pelo município, sem prejuízo do direito de
regresso deste sobre o titular do alvará ou o apresentante da comunicação prévia.
6 - O processo a que se referem os números anteriores é urgente e isento de custas.
7 - Da sentença cabe recurso nos termos gerais.
8 - Compete aos tribunais administrativos de círculo onde se localiza o prédio no qual se devam realizar as obras de urbanização conhecer os
pedidos previstos no presente artigo.
9 - A câmara municipal emite oficiosamente alvará para execução de obras por terceiro, competindo ao seu presidente dar conhecimento
das respetivas deliberações à Direção-Geral do Território, para efeitos cadastrais, e à conservatória do registo predial, quando:
a) Tenha havido receção provisória das obras; ou
b) Seja integralmente reembolsada das despesas efetuadas, caso se verifique a situação prevista no n.º 5.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 214-G/2015, de 02 de Outubro     - 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro

SECÇÃO III
Conclusão e receção dos trabalhos
  Artigo 86.º
Limpeza da área e reparação de estragos
1 - Concluída a obra, o dono da mesma é obrigado a proceder ao levantamento do estaleiro, à limpeza da área, de acordo com o regime da
gestão de resíduos de construção e demolição nela produzidos, e à reparação de quaisquer estragos ou deteriorações que tenha causado em
infraestruturas públicas.
2 - O cumprimento do disposto no número anterior é condição da emissão do alvará de autorização de utilização ou da receção provisória das
obras de urbanização, salvo quando tenha sido prestada, em prazo a fixar pela câmara municipal, caução para garantia da execução das
operações referidas no mesmo número.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
  Artigo 87.º
Receção provisória e definitiva das obras de urbanização

É
1 - É da competência da câmara municipal deliberar sobre a receção provisória e definitiva das obras de urbanização após a sua conclusão e
o decurso do prazo de garantia, respetivamente, mediante requerimento do interessado.
2 - A receção é precedida de vistoria, a realizar por uma comissão da qual fazem parte o interessado ou um seu representante e, pelo
menos, dois representantes da câmara municipal.
3 - À receção provisória e definitiva, bem como às respetivas vistorias, é aplicável, com as necessárias adaptações, o regime aplicável à
receção provisória e definitiva das empreitadas de obras públicas.
4 - Em caso de deficiência das obras de urbanização, como tal assinaladas no auto de vistoria, se o titular das obras de urbanização não
reclamar ou vir indeferida a sua reclamação e não proceder à sua correção no prazo para o efeito fixado, a câmara municipal procede em
conformidade com o disposto no artigo 84.º
5 - O prazo de garantia das obras de urbanização é de cinco anos.

  Artigo 88.º
Obras inacabadas
1 - Quando as obras já tenham atingido um estado avançado de execução mas a licença ou comunicação prévia haja caducado, pode ser
requerida a concessão de licença especial para a sua conclusão, desde que não se mostre aconselhável a demolição da obra, por razões
ambientais, urbanísticas, técnicas ou económicas.
2 - [Revogado].
3 - [Revogado].
4 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro

SECÇÃO IV
Utilização e conservação do edificado
  Artigo 89.º
Dever de conservação
1 - As edificações devem ser objeto de obras de conservação pelo menos uma vez em cada período de oito anos, devendo o proprietário,
independentemente desse prazo, realizar todas as obras necessárias à manutenção da sua segurança, salubridade e arranjo estético.
2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a câmara municipal pode a todo o tempo, oficiosamente ou a requerimento de qualquer
interessado, determinar a execução das obras necessárias à correção de más condições de segurança ou de salubridade ou das obras de
conservação necessárias à melhoria do arranjo estético.
3 - A câmara municipal pode, oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, ordenar a demolição total ou parcial das
construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde pública e para a segurança das pessoas.
4 - A notificação dos atos referidos nos números anteriores é acompanhada da indicação dos elementos instrutórios necessários para a
execução daquelas obras, incluindo a indicação de medidas urgentes, quando sejam necessárias, bem como o prazo em que os mesmos
devem ser submetidos, sob pena de o notificando incorrer em incumprimento do ato, designadamente para os efeitos previstos nos artigos
91.º e 100.º
5 - Os atos referidos nos números anteriores são eficazes a partir da sua notificação ao proprietário, sendo o registo predial da intimação
para a execução de obras ou para a demolição promovido oficiosamente para efeitos de averbamento, servindo de título para o efeito a
certidão passada pelo município competente.
6 - O registo referido no número anterior é cancelado através da exibição de certidão emitida pela câmara municipal que ateste a conclusão
das obras ou o cumprimento da ordem de demolição, consoante o caso, ou pela junção da autorização de utilização emitida posteriormente.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio     - 2ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 89.º-A
Proibição de deterioração
1 - O proprietário não pode, dolosamente, provocar ou agravar uma situação de falta de segurança ou de salubridade, provocar a
deterioração do edifício ou prejudicar o seu arranjo estético.
2 - Presume-se, salvo prova em contrário, existir violação pelo proprietário do disposto no número anterior nas seguintes situações:
a) Quando o edifício, encontrando-se total ou parcialmente devoluto, tenha apenas os vãos do piso superior ou dos pisos superiores
desguarnecidos;
b) Quando estejam em falta elementos decorativos, nomeadamente cantarias ou revestimento azulejar relevante, em áreas da edificação
que não sejam acessíveis pelos transeuntes, sendo patente que tal falta resulta de atuação humana.
3 - A proibição constante do n.º 1 é aplicável, além do proprietário, a qualquer pessoa singular ou coletiva.

  Artigo 90.º
Vistoria prévia
1 - As deliberações referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 89.º são precedidas de vistoria a realizar por três técnicos a nomear pela câmara
municipal, dois dos quais com habilitação legal para ser autor de projeto, correspondentes à obra objeto de vistoria, segundo o regime da
qualificação profissional dos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos.
2 - Do ato que determinar a realização da vistoria e respetivos fundamentos é notificado o proprietário do imóvel, mediante carta registada
expedida com, pelo menos, sete dias de antecedência, ou, não sendo esta possível em virtude do desconhecimento da identidade ou do
paradeiro do proprietário, mediante edital, nos termos estabelecidos no Código do Procedimento Administrativo, sendo, para este efeito,
obrigatória a afixação de um edital no imóvel.
3 - Até à véspera da vistoria, o proprietário pode indicar um perito para intervir na realização da vistoria e formular quesitos a que deverão
responder os técnicos nomeados.
4 - Da vistoria é imediatamente lavrado auto, do qual constam obrigatoriamente a identificação do imóvel, a descrição do estado do mesmo
e as obras preconizadas e, bem assim, as respostas aos quesitos que sejam formuladas pelo proprietário.
5 - A descrição do estado do imóvel, a que se refere o número anterior, inclui a identificação do seu estado de conservação, apurado através
da determinação do nível de conservação do imóvel de acordo com o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 266-B/2012, de 31 de
dezembro, e na respetiva regulamentação.
6 - O auto referido no n.º 4 é assinado por todos os técnicos e pelo perito que hajam participado na vistoria e, se algum deles não quiser ou
não puder assiná-lo, faz-se menção desse facto.
7 - Quando o proprietário não indique perito até à data referida no n.º 3, a vistoria é realizada sem a presença deste, sem prejuízo de, em
eventual impugnação administrativa ou contenciosa da deliberação em causa, o proprietário poder alegar factos não constantes do auto de
vistoria, quando prove que não foi regularmente notificado nos termos do n.º 2.
8 - As formalidades previstas no presente artigo podem ser preteridas quando exista risco iminente de desmoronamento ou grave perigo para
a saúde pública, nos termos previstos na lei para o estado de necessidade.
9 - Aplica-se à vistoria o disposto no artigo 95.º, com as devidas adaptações.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 266-B/2012, de 31 de Dezembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio     - 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 90.º-A
Obras determinadas pela câmara municipal
1 - Após a entrega dos elementos referidos no n.º 4 do artigo 89.º, é verificada a sua conformidade com os termos da intimação e com as
normas legais e regulamentares em vigor.
2 - A entrega dos elementos referidos no n.º 4 do artigo 89.º vale como comunicação prévia.
3 - Durante a execução da obra, a comissão de vistorias que tiver efetuado a vistoria referida no artigo 90.º, ou quem a substitua,
acompanha periodicamente o andamento dos trabalhos, para garantia do cumprimento integral da notificação inicial, inscrevendo no livro de
obra a data e as conclusões das visitas.
4 - A comissão verifica igualmente, com o proprietário, a necessidade de se proceder a alterações aos trabalhos inicialmente previstos, em
função de alterações supervenientes detetadas durante a execução da obra e imprevisíveis aquando daquela notificação.

Aditado pelo seguinte diploma: Decreto-Lei n.º 66/2019, de 21 de Maio

  Artigo 91.º
Obras coercivas
1 - Quando o proprietário não iniciar as obras que lhe sejam determinadas nos termos do artigo 89.º, não apresentar os elementos
instrutórios no prazo fixado para o efeito, ou estes forem objeto de rejeição, ou não concluir aquelas obras dentro dos prazos que para o
efeito lhe forem fixados, pode a câmara municipal tomar posse administrativa do imóvel para lhes dar execução imediata.
2 - À execução coerciva das obras referidas no número anterior, incluindo todos os atos preparatórios necessários, como sejam
levantamentos, sondagens, realização de estudos ou projetos, aplica-se, com as devidas adaptações, o disposto nos artigos 107.º, 108.º e
108.º-B.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio     - 2ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 92.º
Despejo administrativo
1 - A câmara municipal pode ordenar o despejo sumário dos prédios ou parte de prédios nos quais haja de realizar-se as obras referidas nos
n.os 2 e 3 do artigo 89.º, sempre que tal se mostre necessário à execução das mesmas.
2 - O despejo referido no número anterior pode ser determinado oficiosamente ou, quando o proprietário pretenda proceder às mesmas, a
requerimento deste.
3 - A deliberação que ordene o despejo é eficaz a partir da sua notificação aos ocupantes.
4 - O despejo deve executar-se no prazo de 45 dias a contar da sua notificação aos ocupantes, salvo quando houver risco iminente de
desmoronamento ou grave perigo para a saúde pública, em que poderá executar-se imediatamente.
5 - Ao despejo de ocupante titular de contrato de arrendamento aplica-se o disposto no Decreto-Lei n.º 157/2006, de 8 de agosto.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 157/2006, de 08 de Agosto     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro

SECÇÃO V
Fiscalização
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
  Artigo 93.º
Âmbito
1 - A realização de quaisquer operações urbanísticas está sujeita a fiscalização administrativa, independentemente de estarem isentas de
controlo prévio ou da sua sujeição a prévio licenciamento, comunicação prévia ou autorização de utilização.
2 - A fiscalização administrativa destina-se a assegurar a conformidade daquelas operações com as disposições legais e regulamentares
aplicáveis e a prevenir os perigos que da sua realização possam resultar para a saúde e segurança das pessoas.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 94.º
Competência
1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização prevista no artigo anterior compete ao presidente da
câmara municipal, com a faculdade de delegação em qualquer dos vereadores.
2 - Os atos praticados pelo presidente da câmara municipal no exercício dos poderes de fiscalização previstos no presente diploma e que
envolvam um juízo de legalidade de atos praticados pela câmara municipal respetiva, ou que suspendam ou ponham termo à sua eficácia,
podem ser por esta revogados ou suspensos.
3 - No exercício da atividade de fiscalização, o presidente da câmara municipal é auxiliado por funcionários municipais com formação
adequada, a quem incumbe preparar e executar as suas decisões.
4 - O presidente da câmara municipal pode ainda solicitar colaboração de quaisquer autoridades administrativas ou policiais.
5 - A câmara municipal pode contratar com empresas privadas habilitadas a efetuar fiscalização de obras a realização das inspeções a que se
refere o artigo seguinte, bem como as vistorias referidas no artigo 64.º
6 - A celebração dos contratos referidos no número anterior depende da observância das regras constantes de decreto regulamentar, de onde
constam o âmbito das obrigações a assumir pelas empresas, o respetivo regime da responsabilidade e as garantias a prestar.

  Artigo 95.º
Inspeções
1 - Os fiscais municipais ou os trabalhadores das empresas privadas a que se refere o n.º 5 do artigo anterior, podem realizar inspeções aos
locais onde se desenvolvam atividades sujeitas a fiscalização nos termos do presente diploma, sem dependência de prévia notificação.
2 - Os fiscais municipais e os trabalhadores das empresas mencionados no número anterior podem fazer-se acompanhar de elementos das
forças de segurança e do serviço municipal de proteção civil, sempre que haja fundadas dúvidas ou possa estar em causa a segurança de
pessoas, bens e animais.
3 - Na inspeção de operações urbanísticas sujeitas a fiscalização nos termos do presente diploma é necessária a obtenção de prévio mandado
judicial para a entrada no domicílio de qualquer pessoa sem o seu consentimento.
4 - O mandado previsto no número anterior é requerido pelo presidente da câmara municipal junto dos tribunais administrativos e segue os
termos previstos no código do processo nos tribunais administrativos para os processos urgentes.
5 - Para as operações urbanísticas em curso, a falta de consentimento decorre de ser vedado o acesso ao local por parte do proprietário,
locatário, usufrutuário, superficiário, ou de quem se arrogue de outros direitos sobre o imóvel, ainda que por intermédio de alguma das
demais pessoas mencionadas no n.º 2 do artigo 102.º-B, ou de ser comprovadamente inviabilizado o contacto pessoal com as pessoas antes
mencionadas.
6 - Para as operações urbanísticas concluídas, a falta de consentimento decorre de o proprietário não facultar o acesso ao local, quando
regularmente notificado.
7 - A entrada e a permanência no domicílio devem respeitar o princípio da proporcionalidade, ocorrer pelo tempo estritamente necessário à
atividade de inspeção, incidir sobre o local onde se realizam ou realizaram operações urbanísticas e a prova a recolher deve limitar-se à
atividade sujeita a inspeção.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 214-G/2015, de 02 de Outubro     - 1ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
   - DL n.º 121/2018, de 28 de Dezembro     - 2ª versão: DL n.º 214-G/2015, de 02 de Outubro
  Artigo 96.º
Vistorias
1 - Para além dos casos especialmente previstos no presente diploma, o presidente da câmara municipal pode ordenar a realização de
vistorias aos imóveis em que estejam a ser executadas operações urbanísticas quando o exercício dos poderes de fiscalização dependa da
prova de factos que, pela sua natureza ou especial complexidade, impliquem uma apreciação valorativa de caráter pericial.
2 - As vistorias ordenadas nos termos do número anterior regem-se pelo disposto no artigo 90.º e as suas conclusões são obrigatoriamente
seguidas na decisão a que respeita.

  Artigo 97.º
Livro de obra
1 - Todos os factos relevantes relativos à execução de obras licenciadas ou objeto de comunicação prévia devem ser registados pelo
respetivo diretor de obra no livro de obra, a conservar no local da sua realização para consulta pelos funcionários municipais responsáveis
pela fiscalização de obras.
2 - São obrigatoriamente registados no livro de obra, para além das respetivas datas de início e conclusão, todos os factos que impliquem a
sua paragem ou suspensão, bem como todas as alterações feitas ao projeto licenciado ou comunicado.
3 - O modelo e demais registos a inscrever no livro de obra são definidos por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas obras
públicas e pelo ordenamento do território, a qual fixa igualmente as características do livro de obra eletrónico.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março

SUBSECÇÃO II
Sanções
  Artigo 98.º
Contraordenações
1 - Sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar, são puníveis como contraordenação:
a) A realização de quaisquer operações urbanísticas sujeitas a prévio licenciamento sem o respetivo alvará de licenciamento, exceto nos
casos previstos nos artigos 81.º e 113.º;
b) A realização de quaisquer operações urbanísticas em desconformidade com o respetivo projeto ou com as condições do licenciamento ou
da comunicação prévia;
c) A execução de trabalhos em violação do disposto no n.º 2 do artigo 80.º-A;
d) A ocupação de edifícios ou suas frações autónomas sem autorização de utilização ou em desacordo com o uso fixado no respetivo alvará
ou comunicação prévia, salvo se estes não tiverem sido emitidos no prazo legal por razões exclusivamente imputáveis à câmara municipal;
e) As falsas declarações dos autores e coordenador de projetos no termo de responsabilidade relativamente à observância das normas
técnicas gerais e específicas de construção, bem como das disposições legais e regulamentares aplicáveis ao projeto;
f) As falsas declarações no termo de responsabilidade do diretor de obra e do diretor de fiscalização de obra ou de outros técnicos
relativamente:
i) À conformidade da execução da obra com o projeto aprovado e com as condições da licença ou da comunicação prévia apresentada;
ii) À conformidade das alterações efetuadas ao projeto com as normas legais e regulamentares aplicáveis;
g) A subscrição de projeto da autoria de quem, por razões de ordem técnica, legal ou disciplinar, se encontre inibido de o elaborar;
h) O prosseguimento de obras cujo embargo tenha sido legitimamente ordenado;
i) A não afixação ou a afixação de forma não visível do exterior do prédio, durante o decurso do procedimento de licenciamento ou
autorização, do aviso que publicita o pedido de licenciamento ou autorização;
j) A não manutenção de forma visível do exterior do prédio, até à conclusão da obra, do aviso que publicita o alvará ou a comunicação
prévia;
l) A falta do livro de obra no local onde se realizam as obras;
m) A falta dos registos do estado de execução das obras no livro de obra;
n) A não remoção dos entulhos e demais detritos resultantes da obra nos termos do artigo 86.º;
o) A ausência de requerimento a solicitar à câmara municipal o averbamento de substituição do requerente, do autor de projeto, de diretor
de obra ou diretor de fiscalização de obra, do titular do alvará de construção ou do título de registo emitido pelo InCI, I. P., bem como do
titular de alvará de licença ou apresentante da comunicação prévia;
p) A ausência do número de alvará de loteamento ou da comunicação prévia nos anúncios ou em quaisquer outras formas de publicidade à
alienação dos lotes de terreno, de edifícios ou frações autónomas nele construídos;
q) A não comunicação à câmara municipal dos negócios jurídicos de que resulte o fracionamento ou a divisão de prédios rústicos no prazo de
20 dias a contar da data de celebração;
r) A realização de operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia sem que esta tenha ocorrido;
s) A não conclusão das operações urbanísticas referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 89.º nos prazos fixados para o efeito;
t) A deterioração dolosa da edificação pelo proprietário ou por terceiro ou a violação grave do dever de conservação.
2 - A contraordenação prevista nas alíneas a) e r) do número anterior é punível com coima graduada de (euro) 500 até ao máximo de (euro)
200 000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1500 até (euro) 450 000, no caso de pessoa coletiva.
3 - A contraordenação prevista na alínea b) do n.º 1 é punível com coima graduada de (euro) 1500 até ao máximo de (euro) 200 000, no caso
de pessoa singular, e de (euro) 3000 até (euro) 450 000, no caso de pessoa coletiva.
4 - A contraordenação prevista nas alíneas c), d), s) e t) do n.º 1 é punível com coima graduada de (euro) 500 até ao máximo de (euro) 100
000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1500 até (euro) 250 000, no caso de pessoa coletiva.
5 - As contraordenações previstas nas alíneas e) a h) do n.º 1 são puníveis com coima graduada de (euro) 1500 até ao máximo de (euro) 200
000.
6 - As contraordenações previstas nas alíneas i) a n) e p) do n.º 1 são puníveis com coima graduada de (euro) 250 até ao máximo de (euro) 50
000, no caso de pessoa singular, e de (euro) 1000 até (euro) 100 000, no caso de pessoa coletiva.
7 - A contraordenação prevista nas alíneas o) e q) do n.º 1 é punível com coima graduada de (euro) 100 até ao máximo de (euro) 2500, no
caso de pessoa singular, e de (euro) 500 até (euro) 10 000, no caso de pessoa coletiva.
8 - Quando as contraordenações referidas no n.º 1 sejam praticadas em relação a operações urbanísticas que hajam sido objeto de
comunicação prévia nos termos do presente diploma, os montantes máximos das coimas referidos nos n.os 3 a 5 anteriores são agravados em
(euro) 50 000 e os das coimas referidas nos n.os 6 e 7 em (euro) 25 000.
9 - A tentativa e a negligência são puníveis.
10 - A competência para determinar a instauração dos processos de contraordenação, para designar o instrutor e para aplicar as coimas
pertence ao presidente da câmara municipal, podendo ser delegada em qualquer dos seus membros.
11 - O produto da aplicação das coimas referidas no presente artigo reverte para o município, inclusive quando as mesmas sejam cobradas
em juízo.
  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 99.º
Sanções acessórias
1 - As contraordenações previstas no n.º 1 do artigo anterior podem ainda determinar, quando a gravidade da infração o justifique, a
aplicação das seguintes sanções acessórias:
a) A apreensão dos objetos pertencentes ao agente que tenham sido utilizados como instrumento na prática da infração;
b) A interdição do exercício no município, até ao máximo de quatro anos, da profissão ou atividade conexas com a infração praticada;
c) A privação do direito a subsídios outorgados por entidades ou serviços públicos.
2 - As sanções previstas no n.º 1, bem como as previstas no artigo anterior, quando aplicadas a empresas de construção, empreiteiros ou
construtores, são comunicadas ao InCI, I. P.
3 - As sanções aplicadas ao abrigo do disposto nas alíneas e), f) e g) do n.º 1 do artigo anterior aos autores dos projetos, responsáveis pela
direção técnica da obra ou a quem subscreva o termo de responsabilidade previsto no artigo 63.º são comunicadas à respetiva ordem ou
associação profissional, quando exista.
4 - A interdição de exercício de atividade prevista na alínea b) do n.º 1, quando aplicada a pessoa coletiva, estende-se a outras pessoas
coletivas constituídas pelos mesmos sócios.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 100.º
Responsabilidade criminal
1 - O desrespeito dos atos administrativos que determinem qualquer das medidas de tutela da legalidade urbanística previstas no presente
diploma constitui crime de desobediência, nos termos do artigo 348.º do Código Penal.
2 - As falsas declarações ou informações prestadas pelos responsáveis referidos nas alíneas e) e f) do n.º 1 do artigo 98.º, nos termos de
responsabilidade ou no livro de obra integram o crime de falsificação de documentos, nos termos do artigo 256.º do Código Penal.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 100.º-A
Responsabilidade civil dos intervenientes nas operações urbanísticas
1 - As pessoas jurídicas que violem, com dolo ou negligência, por ação ou omissão, os deveres inerentes ao exercício da atividade a que
estejam obrigados por contrato ou por norma legal ou regulamentar aplicável são responsáveis pelo ressarcimento dos danos causados a
terceiros e pelos custos e encargos das medidas específicas de reconstituição da situação que existiria caso a ordem jurídica urbanística não
tivesse sido violada.
2 - Relativamente a operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio que tenham sido desenvolvidas em violação das condições previstas na
licença, comunicação prévia ou autorização, consideram-se solidariamente responsáveis os empreiteiros, os diretores da obra e os
responsáveis pela fiscalização, sem prejuízo da responsabilidade dos promotores e dos donos da obra, nos termos gerais.
3 - Relativamente a operações urbanísticas sujeitas a controlo prévio que tenham sido realizadas sem tal controlo ou estejam em
desconformidade com os seus pressupostos ou com qualquer das condições previstas na lei para a isenção de controlo prévio, consideram-se
solidariamente responsáveis os promotores e donos da obra, os responsáveis pelos usos e utilizações existentes, bem como os empreiteiros e
os diretores da obra.
4 - No caso de operações urbanísticas incompatíveis com os instrumentos de gestão territorial aplicáveis são solidariamente responsáveis:
a) Os autores e coordenadores dos projetos e dos demais documentos técnicos;
b) Os diretores da obra;
c) Os responsáveis pela fiscalização.
5 - Consideram-se promotores, para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3:
a) A pessoa jurídica, pública ou privada, seja ou não proprietária dos terrenos relativamente aos quais se refere a operação urbanística, que
é responsável pela sua execução ou desenvolvimento;
b) O proprietário do imóvel no qual foram executadas ou desenvolvidas operações urbanísticas, quando tenha tido conhecimento das obras,
trabalhos, edificações, usos e utilizações ilícitos, presumindo-se tal conhecimento, salvo prova em contrário, quando o proprietário tenha
permitido, por qualquer ato, ao responsável direto da violação o acesso à utilização do imóvel.
6 - Considera-se empreiteiro, para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3, a pessoa jurídica, pública ou privada, que exerce a atividade de
execução das obras de edificação e urbanização e se encontre devidamente habilitada pelo InCI, I. P.
7 - As pessoas coletivas são responsáveis pelas infrações cometidas pelos seus órgãos, funcionários e agentes.
8 - Todos os intervenientes na realização de operações urbanísticas respondem solidariamente quando se verifique a impossibilidade de
determinar o autor do dano ou, havendo concorrência de culpas, não seja possível precisar o grau de intervenção de cada interveniente no
dano produzido.
9 - A aprovação do projeto ou o exercício da fiscalização municipal não isentam os técnicos responsáveis pela sua fiscalização ou direção, da
responsabilidade pela condução dos trabalhos em estrita observância pelas condições da licença ou da comunicação prévia.

Aditado pelo seguinte diploma: Decreto-Lei n.º 136/2014, de 09 de Setembro

  Artigo 101.º
Responsabilidade dos funcionários e agentes da Administração Pública
Os funcionários e agentes da Administração Pública que deixem de participar infrações às entidades fiscalizadoras ou prestem informações
falsas ou erradas sobre as infrações à lei e aos regulamentos de que tenham conhecimento no exercício das suas funções incorrem em
responsabilidade disciplinar, punível com pena de suspensão a demissão.

  Artigo 101.º-A
Legitimidade para a denúncia
1 - Qualquer pessoa tem legitimidade para comunicar à câmara municipal, ao Ministério Público, às ordens ou associações profissionais, ao
InCI, I. P., ou a outras entidades competentes a violação das normas do presente diploma.
2 - Não são admitidas denúncias anónimas.

SUBSECÇÃO III
Medidas de tutela da legalidade urbanística
  Artigo 102.º
Reposição da legalidade urbanística
1 - Os órgãos administrativos competentes estão obrigados a adotar as medidas adequadas de tutela e restauração da legalidade urbanística
quando sejam realizadas operações urbanísticas:
a) Sem os necessários atos administrativos de controlo prévio;
b) Em desconformidade com os respetivos atos administrativos de controlo prévio;
c) Ao abrigo de ato administrativo de controlo prévio revogado ou declarado nulo;
d) Em desconformidade com as condições da comunicação prévia;
e) Em desconformidade com as normas legais ou regulamentares aplicáveis.
2 - As medidas a que se refere o número anterior podem consistir:
a) No embargo de obras ou de trabalhos de remodelação de terrenos;
b) Na suspensão administrativa da eficácia de ato de controlo prévio;
c) Na determinação da realização de trabalhos de correção ou alteração, sempre que possível;
d) Na legalização das operações urbanísticas;
e) Na determinação da demolição total ou parcial de obras;
f) Na reposição do terreno nas condições em que se encontrava antes do início das obras ou trabalhos;
g) Na determinação da cessação da utilização de edifícios ou suas frações autónomas.
3 - Independentemente das situações previstas no n.º 1, a câmara municipal pode:
a) Determinar a execução de obras de conservação necessárias à correção de más condições de segurança ou salubridade ou à melhoria do
arranjo estético;
b) Determinar a demolição, total ou parcial, das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde pública e segurança das
pessoas.
4 - [Revogado].
5 - [Revogado].
6 - [Revogado].
7 - [Revogado].
8 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 102.º-A
Legalização
1 - Quando se verifique a realização de operações urbanísticas ilegais nos termos do n.º 1 do artigo anterior, se for possível assegurar a sua
conformidade com as disposições legais e regulamentares em vigor, a câmara municipal notifica os interessados para a legalização das
operações urbanísticas, fixando um prazo para o efeito.
2 - O procedimento de legalização deve ser instruído com os elementos exigíveis em função da pretensão concreta do requerente, com as
especificidades constantes dos números seguintes.
3 - A câmara municipal pode solicitar a entrega dos documentos e elementos, nomeadamente os projetos das especialidade e respetivos
termos de responsabilidade ou os certificados de aprovação emitidos pelas entidades certificadoras competentes, que se afigurem
necessários, designadamente, para garantir a segurança e saúde públicas.
4 - Para efeitos do disposto no número anterior, é dispensada, nos casos em que não haja obras de ampliação ou de alteração a realizar, a
apresentação dos seguintes elementos:
a) Calendarização da execução da obra;
b) Estimativa do custo total da obra;
c) Documento comprovativo da prestação de caução;
d) Apólice de seguro de construção;
e) Apólice de seguro que cubra a responsabilidade pela reparação dos danos emergentes de acidentes de trabalho;
f) Títulos habilitantes para o exercício da atividade de construção válidos à data da construção da obra;
g) Livro de obra;
h) Plano de segurança e saúde.
5 - Pode ser dispensado o cumprimento de normas técnicas relativas à construção cujo cumprimento se tenha tornado impossível ou que não
seja razoável exigir, desde que se verifique terem sido cumpridas as condições técnicas vigentes à data da realização da operação
urbanística em questão, competindo ao requerente fazer a prova de tal data.
6 - O interessado na legalização da operação urbanística pode solicitar à câmara municipal informação sobre os termos em que esta se deve
processar, devendo a câmara municipal fornecer essa informação no prazo máximo de 15 dias.
7 - Os municípios aprovam os regulamentos necessários para concretizar e executar o disposto no presente artigo, devendo, designadamente,
concretizar os procedimentos em função das operações urbanísticas e pormenorizar, sempre que possível, os aspetos que envolvam a
formulação de valorações próprias do exercício da função administrativa, em especial os morfológicos e estéticos.
8 - Nos casos em que os interessados não promovam as diligências necessárias à legalização voluntária das operações urbanísticas, a câmara
municipal pode proceder oficiosamente à legalização, exigindo o pagamento das taxas fixadas em regulamento municipal.
9 - A faculdade concedida no número anterior apenas pode ser exercida quando estejam em causa obras que não impliquem a realização de
cálculos de estabilidade.
10 - Caso o requerente, tendo sido notificado para o pagamento das taxas devidas, não proceda ao respetivo pagamento, é promovido o
procedimento de execução fiscal do montante liquidado.
11 - A legalização oficiosa tem por único efeito o reconhecimento de que as obras promovidas cumprem os parâmetros urbanísticos previstos
nos instrumentos de gestão territorial aplicáveis, sendo efetuada sob reserva de direitos de terceiros.

Aditado pelo seguinte diploma: Decreto-Lei n.º 136/2014, de 09 de Setembro

  Artigo 102.º-B
Embargo
1 - Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, o presidente da câmara municipal é competente para embargar
obras de urbanização, de edificação ou de demolição, bem como quaisquer trabalhos de remodelação de terrenos, quando estejam a ser
executadas:
a) Sem a necessária licença ou comunicação prévia;
b) Em desconformidade com o respetivo projeto ou com as condições do licenciamento ou comunicação prévia, salvo o disposto no artigo
83.º; ou
c) Em violação das normas legais e regulamentares aplicáveis.
2 - A notificação é feita ao responsável pela direção técnica da obra, bem como ao titular do alvará de licença ou apresentante da
comunicação prévia e, quando possível, ao proprietário do imóvel no qual estejam a ser executadas as obras ou seu representante, sendo
suficiente para obrigar à suspensão dos trabalhos qualquer dessas notificações ou a de quem se encontre a executar a obra no local.
3 - Após o embargo, é de imediato lavrado o respetivo auto, que contém, obrigatória e expressamente, a identificação do funcionário
municipal responsável pela fiscalização de obras, das testemunhas e do notificado, a data, a hora e o local da diligência e as razões de facto
e de direito que a justificam, o estado da obra e a indicação da ordem de suspensão e proibição de prosseguir a obra e do respetivo prazo,
bem como as cominações legais do seu incumprimento.
4 - O auto é redigido em duplicado e assinado pelo funcionário e pelo notificado, ficando o duplicado na posse deste.
5 - No caso de a ordem de embargo incidir apenas sobre parte da obra, o respetivo auto faz expressa menção de que o embargo é parcial e
identifica claramente qual é a parte da obra que se encontra embargada.
6 - O auto de embargo é notificado às pessoas identificadas no n.º 2 e disponibilizado no sistema informático referido no artigo 8.º-A, no
prazo de cinco dias úteis.
7 - No caso de as obras estarem a ser executadas por pessoa coletiva, o embargo e o respetivo auto são ainda comunicados para a respetiva
sede social ou representação em território nacional.
8 - O embargo, assim como a sua cessação ou caducidade, é objeto de registo na conservatória do registo predial, mediante comunicação do
despacho que o determinou, procedendo-se aos necessários averbamentos.

Aditado pelo seguinte diploma: Decreto-Lei n.º 136/2014, de 09 de Setembro

  Artigo 103.º
Efeitos do embargo
1 - O embargo obriga à suspensão imediata, no todo ou em parte, dos trabalhos de execução da obra.
2 - Tratando-se de obras licenciadas ou objeto de comunicação prévia, o embargo determina também a suspensão da eficácia da respetiva
licença ou, no caso de comunicação prévia, a imediata cessação da operação urbanística, bem como, no caso de obras de urbanização, a
suspensão de eficácia da licença de loteamento urbano a que a mesma respeita ou a cessação das respetivas obras.
3 - É interdito o fornecimento de energia elétrica, gás e água às obras embargadas, devendo para o efeito ser notificado o ato que o ordenou
às entidades responsáveis pelos referidos fornecimentos.
4 - O embargo, ainda que parcial, suspende o prazo que estiver fixado para a execução das obras no respetivo alvará de licença ou
estabelecido na comunicação prévia.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 104.º
Caducidade do embargo
1 - A ordem de embargo caduca logo que for proferida uma decisão que defina a situação jurídica da obra com caráter definitivo ou no
termo do prazo que tiver sido fixado para o efeito.
2 - Na falta de fixação de prazo para o efeito, a ordem de embargo caduca se não for proferida uma decisão definitiva no prazo de seis
meses, prorrogável uma única vez por igual período.

  Artigo 105.º
Trabalhos de correção ou alteração
1 - Nas situações previstas nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 102.º, o presidente da câmara municipal pode ainda, quando for caso disso,
ordenar a realização de trabalhos de correção ou alteração da obra, fixando um prazo para o efeito, tendo em conta a natureza e o grau de
complexidade dos mesmos.
2 - Decorrido o prazo referido no número anterior sem que aqueles trabalhos se encontrem integralmente realizados, a obra permanece
embargada até ser proferida uma decisão que defina a sua situação jurídica com caráter definitivo.
3 - Tratando-se de obras de urbanização ou de outras obras indispensáveis para assegurar a proteção de interesses de terceiros ou o correto
ordenamento urbano, a câmara municipal pode promover a realização dos trabalhos de correção ou alteração por conta do titular da licença
ou do apresentante da comunicação prévia, nos termos dos artigos 107.º e 108.º
4 - A ordem de realização de trabalhos de correção ou alteração suspende o prazo que estiver fixado no respetivo alvará de licença ou
estabelecido na comunicação prévia pelo período estabelecido nos termos do n.º 1.
5 - O prazo referido no n.º 1 interrompe-se com a apresentação de pedido de alteração à licença ou comunicação prévia, nos termos,
respetivamente, dos artigos 27.º e 35.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 106.º
Demolição da obra e reposição do terreno
1 - O presidente da câmara municipal pode igualmente, quando for caso disso, ordenar a demolição total ou parcial da obra ou a reposição
do terreno nas condições em que se encontrava antes da data de início das obras ou trabalhos, fixando um prazo para o efeito.
2 - A demolição pode ser evitada se a obra for suscetível de ser licenciada ou objeto de comunicação prévia ou se for possível assegurar a
sua conformidade com as disposições legais e regulamentares que lhe são aplicáveis mediante a realização de trabalhos de correção ou de
alteração.
3 - A ordem de demolição ou de reposição a que se refere o n.º 1 é antecedida de audição do interessado, que dispõe de 15 dias a contar da
data da sua notificação para se pronunciar sobre o conteúdo da mesma.
4 - Decorrido o prazo referido no n.º 1 sem que a ordem de demolição da obra ou de reposição do terreno se mostre cumprida, o presidente
da câmara municipal determina a demolição da obra ou a reposição do terreno por conta do infrator.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 107.º
Posse administrativa e execução coerciva
1 - Sem prejuízo da responsabilidade criminal, em caso de incumprimento de qualquer das medidas de tutela da legalidade urbanística
previstas nos artigos anteriores o presidente da câmara pode determinar a posse administrativa do imóvel onde está a ser realizada a obra,
por forma a permitir a execução coerciva de tais medidas.
2 - O ato administrativo que tiver determinado a posse administrativa é notificado ao dono da obra e aos demais titulares de direitos reais
sobre o imóvel por carta registada com aviso de receção.
3 - Sempre que não seja possível a notificação postal referida no número anterior, designadamente em virtude do desconhecimento da
identidade ou do paradeiro do proprietário, esta é efetuada por edital, nos termos estabelecidos no Código do Procedimento Administrativo,
sendo, para este efeito, obrigatória a afixação de um edital no imóvel.
4 - A posse administrativa é realizada pelos funcionários municipais responsáveis pela fiscalização de obras, mediante a elaboração de um
auto onde, para além de se identificar o ato referido no número anterior, é especificado o estado em que se encontra o terreno, a obra e as
demais construções existentes no local, bem como os equipamentos que ali se encontrarem.
5 - Tratando-se da execução coerciva de uma ordem de embargo, os funcionários municipais responsáveis pela fiscalização de obras
procedem à selagem do estaleiro da obra e dos respetivos equipamentos.
6 - Em casos devidamente justificados, o presidente da câmara pode autorizar a transferência ou a retirada dos equipamentos do local de
realização da obra, por sua iniciativa ou a requerimento do dono da obra ou do seu empreiteiro.
7 - O dono da obra ou o seu empreiteiro devem ser notificados sempre que os equipamentos sejam depositados noutro local.
8 - A posse administrativa do terreno e dos equipamentos mantém-se pelo período necessário à execução coerciva da respetiva medida de
tutela da legalidade urbanística, caducando no termo do prazo fixado para a mesma.
9 - [Revogado].
10 - Tratando-se de execução coerciva de uma ordem de demolição ou de trabalhos de correção ou alteração de obras, estas devem ser
executadas no mesmo prazo que havia sido concedido para o efeito ao seu destinatário, contando-se aquele prazo a partir da data de início
da posse administrativa.
11 - O prazo referido no número anterior pode ser prorrogado nos termos em que seja admissível no regime das empreitadas de obras
públicas, previstos no Código dos Contratos Públicos.
12 - O prazo referido no n.º 10 suspende-se, com o limite de 150 dias, pelo período em que decorrerem os procedimentos de contratação
legalmente devidos relativos à intervenção, entre a decisão de contratar e o começo de execução do contrato ou, no caso das empreitadas,
o início dos trabalhos.
  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 18/2008, de 29 de Janeiro     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio     - 2ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 108.º
Despesas realizadas com a execução coerciva
1 - As quantias relativas às despesas realizadas nos termos do artigo anterior, incluindo os custos com o realojamento dos inquilinos a que
haja lugar, bem como quaisquer indemnizações ou sanções pecuniárias que a Administração tenha de suportar para o efeito, são de conta do
infrator.
2 - Quando, no prazo de 20 dias a contar da notificação para o efeito, efetuada nos termos do artigo anterior, aquelas quantias não forem
pagas voluntariamente nem tenha sido proposta pelo devedor, em alternativa para extinção da dívida, a dação em cumprimento ou em
função do cumprimento ou ainda a consignação de rendimentos do imóvel nos termos da lei, as referidas quantias são cobradas
judicialmente em processo de execução fiscal, servindo de título executivo a certidão, passada pelos serviços competentes, comprovativa
das despesas efetuadas.
3 - Em alternativa à cobrança judicial da dívida em processo de execução fiscal, e em função de um juízo de proporcionalidade, a câmara
municipal pode optar pelo arrendamento forçado, nos termos do presente decreto-lei, notificando o proprietário nos termos previstos no
artigo anterior, devendo esta notificação conter ainda o local, o dia e a hora do ato de transmissão da posse.
4 - O crédito referido no n.º 1 goza de privilégio imobiliário sobre o lote ou terrenos onde se situa a edificação, graduado a seguir aos
créditos referidos na alínea b) do artigo 748.º do Código Civil.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 66/2019, de 21 de Maio     - 1ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 108.º-A
Intervenção da CCDR
[Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 1ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 108.º-B
Arrendamento forçado
1 - Findo o prazo previsto no n.º 2 do artigo 108.º sem que se encontrem liquidadas as quantias devidas pelo proprietário, o município, em
alternativa à cobrança judicial da dívida em processo de execução fiscal, pode optar pelo ressarcimento através do arrendamento forçado,
sendo lavrado auto de posse do imóvel para esse efeito.
2 - O auto é notificado ao proprietário, bem como aos demais titulares de direitos reais, sendo eficaz a partir da data do ato de transmissão
da posse.
3 - Ao arrendamento forçado aplicam-se, em tudo quanto não estiver especialmente previsto no presente artigo, os artigos 656.º e seguintes
do Código Civil, quanto à relação entre o município e o proprietário do imóvel.
4 - O arrendamento forçado está sujeito a inscrição no registo predial, servindo de título para o efeito, certidão passada pelo município
competente, onde conste a indicação do valor total da dívida, e implica o cancelamento do registo referido no artigo 89.º, caso este ainda
não tenha sido cancelado.
5 - A câmara municipal procede ao arrendamento forçado do imóvel mediante procedimento concursal ou através da aplicação de
regulamento municipal para a atribuição de fogos.
6 - Em caso de celebração de novo contrato de arrendamento no prédio urbano ou nas frações autónomas intervencionadas, a renda a
praticar não pode ser inferior a 80 /prct. do valor mediano das rendas por m2 de novos contratos de arrendamento de alojamentos
familiares no município respetivo, de acordo com a última atualização divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.).
7 - Quando a atualização divulgada pelo INE, I. P., se reporte a nível de unidade territorial para fins estatísticos superior ao concelho, deve
ser considerado o valor relativo à unidade territorial para fins estatísticos de menor amplitude em que o município esteja integrado.
8 - Durante a vigência do arrendamento forçado, a câmara municipal pode executar as obras de conservação e ou de reparação necessárias,
cumprindo as seguintes regras:
a) A escolha do empreiteiro para a realização das obras, quando as mesmas não sejam executadas por administração direta, é precedida, se
outro procedimento mais exigente não resultar da lei, do pedido de três orçamentos para o efeito, com base num caderno de encargos que
defina os trabalhos a realizar e o tipo de materiais a utilizar, sendo escolhida a proposta de preço mais baixo;
b) Apurada a conta final da empreitada, ou calculado o custo total da intervenção em caso de administração direta, é esse valor adicionado
ao valor da dívida ainda existente, sendo dado conhecimento ao proprietário desse facto, nos termos previstos no artigo 107.º
9 - A câmara municipal procede à prestação anual de contas, operando a atualização do valor em dívida correspondente, notificando o
proprietário, nos termos previstos no artigo 107.º
10 - O registo referido no n.º 4 é cancelado apenas através da exibição de certidão passada pela câmara municipal que ateste a inexistência
de dívida.
11 - O proprietário interessado em retomar a posse do imóvel deve manifestar por escrito essa intenção, com 120 dias de antecedência e,
havendo montantes em dívida ainda por liquidar, a comunicação por escrito é acompanhada com comprovativo do seu pagamento integral.
12 - Encontrando-se liquidada a totalidade da dívida e caso o proprietário não retome a posse no prazo de 20 dias, ou, sendo desconhecido o
seu proprietário, a partir daquela data, pode a câmara municipal disponibilizar o imóvel para arrendamento, nos termos previstos
anteriormente, com as seguintes especificações:
a) O valor das rendas é depositado em conta bancária aberta especificamente para o efeito, caso o proprietário não tenha procedido à
indicação de conta bancária para o efeito;
b) A câmara municipal pode ressarcir-se das despesas realizadas para fazer face aos encargos de gestão e manutenção do imóvel que
comprovadamente realizar durante o período em que durar o arrendamento, sendo emitida certidão comprovativa para o efeito, pelos
serviços municipais competentes.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto-Lei n.º 66/2019, de 21 de Maio

  Artigo 109.º
Cessação da utilização
1 - Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 281/99, de 26 de julho, o presidente da câmara municipal é
competente para ordenar e fixar prazo para a cessação da utilização de edifícios ou de suas frações autónomas quando sejam ocupados sem
a necessária autorização de utilização ou quando estejam a ser afetos a fim diverso do previsto no respetivo alvará.
2 - Quando os ocupantes dos edifícios ou suas frações não cessem a utilização indevida no prazo fixado, pode a câmara municipal determinar
o despejo administrativo, aplicando-se, com as devidas adaptações, o disposto no artigo 92.º
3 - O despejo determinado nos termos do número anterior deve ser sobrestado quando, tratando-se de edifício ou sua fração que estejam a
ser utilizados para habitação, o ocupante mostre, por atestado médico, que a execução do mesmo põe em risco de vida, por razão de
doença aguda, a pessoa que se encontre no local.
4 - Na situação referida no número anterior, o despejo não pode prosseguir enquanto a câmara municipal não providencie pelo realojamento
da pessoa em questão, a expensas do responsável pela utilização indevida, nos termos do artigo anterior.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho

Í
CAPÍTULO IV
Garantias dos particulares
  Artigo 110.º
Direito à informação
1 - Qualquer interessado tem o direito de ser informado pela respetiva câmara municipal:
a) Sobre os instrumentos de desenvolvimento e de gestão territorial em vigor para determinada área do município, bem como das demais
condições gerais a que devem obedecer as operações urbanísticas a que se refere o presente diploma;
b) Sobre o estado e andamento dos processos que lhes digam diretamente respeito, com especificação dos atos já praticados e do respetivo
conteúdo, e daqueles que ainda devam sê-lo, bem como dos prazos aplicáveis a estes últimos.
2 - As informações previstas no número anterior devem ser prestadas independentemente de despacho e no prazo de 15 dias.
3 - Os interessados têm o direito de consultar os processos que lhes digam diretamente respeito, nomeadamente por via eletrónica, e de
obter as certidões ou reproduções autenticadas dos documentos que os integram, mediante o pagamento das importâncias que forem
devidas.
4 - O acesso aos processos e passagem de certidões deve ser requerido por escrito, salvo consulta por via eletrónica, e é facultado
independentemente de despacho e no prazo de 10 dias a contar da data da apresentação do respetivo requerimento.
5 - A câmara municipal fixa, no mínimo, um dia por semana para que os serviços municipais competentes estejam especificadamente à
disposição dos cidadãos para a apresentação de eventuais pedidos de esclarecimento ou de informação ou reclamações.
6 - Os direitos referidos nos n.os 1 e 3 são extensivos a quaisquer pessoas que provem ter interesse legítimo no conhecimento dos elementos
que pretendem e ainda, para defesa de interesses difusos definidos na lei, quaisquer cidadãos no gozo dos seus direitos civis e políticos e as
associações e fundações defensoras de tais interesses.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 111.º
Silêncio da Administração
Decorridos os prazos fixados para a prática de qualquer ato especialmente regulado no presente diploma sem que o mesmo se mostre
praticado, observa-se o seguinte:
a) Tratando-se de ato que devesse ser praticado por qualquer órgão municipal no âmbito do procedimento de licenciamento, o interessado
pode recorrer ao processo regulado no artigo 112.º;
b) [Revogada];
c) Tratando-se de qualquer outro ato, considera-se tacitamente deferida a pretensão, com as consequências gerais.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 112.º
Intimação judicial para a prática de ato legalmente devido
1 - No caso previsto na alínea a) do artigo anterior, o interessado pode deduzir junto dos tribunais administrativos um pedido de intimação
dirigido à interpelação da entidade competente para o cumprimento do dever de decisão.
2 - O requerimento de intimação deve ser instruído com cópia do requerimento apresentado.
3 - O prazo para a contestação da entidade requerida é de 14 dias e, apresentada a contestação ou decorrido o respetivo prazo, o processo é
concluso ao juiz para decisão no prazo de 5 dias.
4 - A intimação pode ser rejeitada por falta de preenchimento dos pressupostos para a constituição do dever de decisão, por violação de
disposições legais ou regulamentares.
5 - O processo pode terminar por inutilidade superveniente da lide se for provada a prática do ato pretendido dentro do prazo da
contestação.
6 - Na decisão, o juiz estabelece prazo não inferior a 30 dias para o cumprimento do dever de decisão e fixa sanção pecuniária compulsória,
nos termos previstos no Código de Processo nos Tribunais Administrativos.
7 - Ao pedido de intimação é aplicável o disposto no Código de Processo nos Tribunais Administrativos quanto aos processos urgentes.
8 - O recurso da decisão tem efeito meramente devolutivo.
9 - Decorrido o prazo fixado pelo tribunal sem que se mostre praticado o ato devido, o interessado pode prevalecer-se do disposto no artigo
113.º, com exceção do disposto no número seguinte.
10 - Na situação prevista no número anterior, tratando-se de aprovação do projeto de arquitetura, o interessado pode juntar os projetos das
especialidades e outros estudos ou, caso já o tenha feito no requerimento inicial, inicia-se a contagem do prazo previsto na alínea c) do n.º 1
do artigo 23.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 15/2002, de 22 de Fevereiro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 4-A/2003, de 19 de Fevereiro     - 2ª versão: Lei n.º 15/2002, de 22 de Fevereiro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 214-G/2015, de 02 de Outubro     - 4ª versão: DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro
  Artigo 113.º
Deferimento tácito
1 - Nas situações referidas no n.º 9 do artigo anterior, o interessado pode iniciar e prosseguir a execução dos trabalhos de acordo com o
requerimento apresentado nos termos do n.º 4 do artigo 9.º ou dar de imediato utilização à obra.
2 - O início dos trabalhos ou da utilização depende do prévio pagamento das taxas que se mostrem devidas nos termos do presente diploma.
3 - Quando a câmara municipal se recuse a liquidar ou a receber as taxas devidas, o interessado pode proceder ao depósito do respetivo
montante em instituição de crédito à ordem da câmara municipal, ou, quando não esteja efetuada a liquidação, provar que se encontra
garantido o seu pagamento mediante caução, por qualquer meio em direito admitido, por montante calculado nos termos do regulamento
referido no artigo 3.º
4 - Para os efeitos previstos no número anterior, devem ser afixados nos serviços de tesouraria da câmara municipal o número e a instituição
bancária em que a mesma tenha conta e onde seja possível efetuar o depósito, bem como a indicação do regulamento municipal no qual se
encontram previstas as taxas a que se refere o n.º 2.
5 - Caso a câmara municipal não efetue a liquidação da taxa devida nem dê cumprimento ao disposto no número anterior, o interessado pode
iniciar os trabalhos ou dar de imediato utilização à obra, dando desse facto conhecimento à câmara municipal e requerendo ao tribunal
administrativo de círculo da área da sede da autarquia que intime esta a emitir o alvará de licença ou autorização de utilização.
6 - Ao pedido de intimação referido no número anterior aplica-se o disposto no n.º 7 do artigo anterior.
7 - A certidão da sentença transitada em julgado que haja intimado à emissão do alvará de licença ou autorização de utilização substitui,
para todos os efeitos legais, o alvará não emitido.
8 - Nas situações referidas no presente artigo, a obra não pode ser embargada por qualquer autoridade administrativa com fundamento na
falta de licença.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 114.º
Impugnação administrativa
1 - Os pareceres expressos que sejam emitidos por órgãos da administração central no âmbito dos procedimentos regulados no presente
diploma podem ser objeto de impugnação administrativa autónoma.
2 - A impugnação administrativa de quaisquer atos praticados ou pareceres emitidos nos termos do presente diploma deve ser decidida no
prazo de 30 dias, findo o qual se considera deferida.

  Artigo 115.º
Ação administrativa especial
1 - A ação administrativa especial dos atos previstos no artigo 106.º tem efeito suspensivo.
2 - Com a citação da petição de recurso, a autoridade administrativa tem o dever de impedir, com urgência, o início ou a prossecução da
execução do ato recorrido.
3 - A todo o tempo e até à decisão em 1.ª instância, o juiz pode conceder o efeito meramente devolutivo à ação, oficiosamente ou a
requerimento do recorrido ou do Ministério Público, caso do mesmo resultem indícios da ilegalidade da sua interposição ou da sua
improcedência.
4 - Da decisão referida no número anterior cabe recurso com efeito meramente devolutivo, que sobe imediatamente, em separado.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro

CAPÍTULO V
Taxas inerentes às operações urbanísticas
  Artigo 116.º
Taxa pela realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas
1 - A emissão dos alvarás de licença e autorização de utilização previstas no presente diploma estão sujeitas ao pagamento das taxas a que
se refere a alínea b) do artigo 6.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 64-A/2008, de 31 de dezembro, e
117/2009, de 29 de dezembro.
2 - A emissão do alvará de licença e a comunicação prévia de loteamento estão sujeitas ao pagamento das taxas a que se refere a alínea a)
do artigo 6.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro, alterada pelas Leis n.os 64-A/2008, de 31 de dezembro, e 117/2009, de 29 de
dezembro.
3 - A emissão do alvará de licença e a comunicação prévia de obras de construção ou ampliação em área não abrangida por operação de
loteamento estão igualmente sujeitas ao pagamento da taxa referida no número anterior.
4 - A emissão do alvará de licença parcial a que se refere o n.º 6 do artigo 23.º está também sujeita ao pagamento da taxa referida no n.º 1,
não havendo lugar à liquidação da mesma aquando da emissão do alvará definitivo.
5 - Os projetos de regulamento municipal da taxa pela realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas devem ser
acompanhados da fundamentação do cálculo das taxas previstas, tendo em conta, designadamente, os seguintes elementos:
a) Programa plurianual de investimentos municipais na execução, manutenção e reforço das infraestruturas gerais, que pode ser definido por
áreas geográficas diferenciadas;
b) Diferenciação das taxas aplicáveis em função dos usos e tipologias das edificações e, eventualmente, da respetiva localização e
correspondentes infraestruturas locais.
6 - [Revogado].

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 117.º
Liquidação das taxas
1 - O presidente da câmara municipal, com o deferimento do pedido de licenciamento, procede à liquidação das taxas, em conformidade
com o regulamento aprovado pela assembleia municipal.
2 - O pagamento das taxas referidas nos n.os 2 a 4 do artigo anterior pode, por deliberação da câmara municipal, com faculdade de
delegação no presidente e de subdelegação deste nos vereadores ou nos dirigentes dos serviços municipais, ser fracionado até ao termo do
prazo de execução fixado no alvará, desde que seja prestada caução nos termos do artigo 54.º
3 - Da liquidação das taxas cabe reclamação graciosa ou impugnação judicial, nos termos e com os efeitos previstos no Código de
Procedimento e de Processo Tributário.
4 - A exigência, pela câmara municipal ou por qualquer dos seus membros, de mais-valias não previstas na lei ou de quaisquer
contrapartidas, compensações ou donativos confere ao titular da licença ou comunicação prévia para a realização de operação urbanística,
quando dê cumprimento àquelas exigências, o direito a reaver as quantias indevidamente pagas ou, nos casos em que as contrapartidas,
compensações ou donativos sejam realizados em espécie, o direito à respetiva devolução e à indemnização a que houver lugar.
5 - Nos casos de autoliquidação previstos no presente diploma, as câmaras municipais devem obrigatoriamente disponibilizar os
regulamentos e demais elementos necessários à sua efetivação, podendo os requerentes usar do expediente previsto no n.º 3 do artigo 113.º

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro

CAPÍTULO VI
Disposições finais e transitórias
  Artigo 118.º
Conflitos decorrentes da aplicação dos regulamentos municipais
1 - Para a resolução de conflitos na aplicação dos regulamentos municipais previstos no artigo 3.º podem os interessados requerer a
intervenção de uma comissão arbitral.
2 - Sem prejuízo do disposto no n.º 5, a comissão arbitral é constituída por um representante da câmara municipal, um representante do
interessado e um técnico designado por cooptação, especialista na matéria sobre que incide o litígio, o qual preside.
3 - Na falta de acordo, o técnico é designado pelo presidente do tribunal administrativo de círculo competente na circunscrição
administrativa do município.
4 - À constituição e funcionamento das comissões arbitrais aplica-se o disposto na lei sobre a arbitragem voluntária.
5 - As associações públicas de natureza profissional e as associações empresariais do setor da construção civil podem promover a criação de
centros de arbitragem institucionalizada para a realização de arbitragens no âmbito das matérias previstas neste artigo, nos termos da lei.

  Artigo 119.º
Relação dos instrumentos de gestão territorial, das servidões e restrições de utilidade pública e de outros instrumentos relevantes
1 - As câmaras municipais devem manter atualizada a relação dos instrumentos de gestão territorial e as servidões administrativas e
restrições de utilidade pública especialmente aplicáveis na área do município, nomeadamente:
a) Os referentes a programa e plano regional de ordenamento do território, planos especiais de ordenamento do território, planos municipais
e intermunicipais de ordenamento do território, medidas preventivas, áreas de desenvolvimento urbano prioritário, áreas de construção
prioritária, áreas de reabilitação urbana e alvarás de loteamento em vigor;
b) Zonas de proteção de imóveis classificados ou em vias de classificação, reservas arqueológicas de proteção e zonas especiais de proteção
de parque arqueológico a que se refere a Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, e o Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro;
c) [Revogada];
d) Zonas de proteção a edifícios e outras construções de interesse público a que se referem os Decretos-Leis n.os 40 388, de 21 de novembro
de 1955, e 309/2009, de 23 de outubro;
e) Imóveis ou elementos naturais classificados como de interesse municipal a que se refere a Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, e o
Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de outubro;
f) Zonas terrestres de proteção das albufeiras, lagoas ou lagos de águas públicas a que se refere o Decreto-Lei n.º 107/2009, de 15 de maio;
g) Zonas terrestres de proteção dos estuários a que se refere o Decreto-Lei n.º 129/2008, de 21 de julho;
h) Áreas integradas no domínio hídrico público ou privado a que se referem as Leis n.os 54/2005, de 15 de novembro, e Lei n.º 58/2005, de
29 de dezembro;
i) Áreas classificadas a que se refere o Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho;
j) Áreas integradas na Reserva Agrícola Nacional a que se refere o Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de março;
l) Áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional a que se refere o Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto;
m) Zonas de proteção estabelecidas pelo Decreto-Lei n.º 173/2006, de 24 de agosto.
2 - As câmaras municipais mantêm igualmente atualizada a relação dos regulamentos municipais referidos no artigo 3.º, dos programas de
ação territorial em execução, bem como das unidades de execução delimitadas.
3 - A informação referida nos números anteriores deve ser disponibilizada no sítio da Internet do município.
4 - Para efeitos do disposto no Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 47/2014, de 24 de março, que
aprova o regime de avaliação de impacte ambiental, sempre que esteja em causa a realização de operação urbanística sujeita a avaliação de
impacte ambiental (AIA), não pode ser emitida licença ou apresentada comunicação prévia ao abrigo do presente decreto-lei sem
previamente ter sido emitida declaração de impacte ambiental (DIA) favorável ou condicionalmente favorável ou, no caso de o procedimento
de AIA ter decorrido em fase de estudo prévio ou de anteprojeto, emitida decisão favorável sobre a conformidade do projeto de execução
com a DIA.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
   - DL n.º 26/2010, de 30 de Março     - 4ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 5ª versão: DL n.º 26/2010, de 30 de Março
  Artigo 120.º
Dever de informação
1 - As câmaras municipais e as comissões de coordenação e desenvolvimento regional têm o dever de informação mútua sobre processos
relativos a operações urbanísticas, o qual deve ser cumprido mediante comunicação a enviar no prazo de 20 dias a contar da data de receção
do respetivo pedido.
2 - Não sendo prestada a informação prevista no número anterior, as entidades que a tiverem solicitado podem recorrer ao processo de
intimação regulado nos artigos 104.º e seguintes da Lei n.º 15/2002, de 22 de fevereiro, alterada pela Lei n.º 63/2011, de 14 de dezembro.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 3ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 121.º
Regime das notificações e comunicações
As notificações e comunicações referidas no presente diploma e dirigidas aos requerentes efetuam-se através do sistema eletrónico a que se
refere o artigo 8.º-A, por correio eletrónico ou outro meio de transmissão eletrónica de dados, salvo quando estes não forem possíveis ou se
mostrarem inadequados.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - DL n.º 136/2014, de 09 de Setembro     - 2ª versão: Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro
  Artigo 122.º
Legislação subsidiária
A tudo o que não esteja especialmente previsto no presente diploma aplica-se subsidiariamente o Código do Procedimento Administrativo.

  Artigo 123.º
Relação das disposições legais referentes à construção
Até à codificação das normas técnicas de construção, compete aos membros do Governo responsáveis pelas obras públicas e pelo
ordenamento do território promover a publicação da relação das disposições legais e regulamentares a observar pelos técnicos responsáveis
dos projetos de obras e sua execução, devendo essa relação constar dos sítios na Internet dos ministérios em causa.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 124.º
Depósito legal dos projetos
O Governo regulamentará, no prazo de seis meses a contar da data de entrada em vigor do presente diploma, o regime do depósito legal dos
projetos de urbanização e edificação.

  Artigo 125.º
Alvarás anteriores
As alterações aos alvarás emitidos ao abrigo da legislação agora revogada e dos Decretos-Leis n.os 166/70, de 15 de abril, 46 673, de 29 de
novembro de 1965, 289/73, de 6 de junho, e 400/84, de 31 de dezembro, regem-se pelo disposto no presente diploma.

  Artigo 126.º
Elementos estatísticos
1 - A câmara municipal envia mensalmente para o Instituto Nacional de Estatística os elementos estatísticos identificados em portaria dos
membros do Governo responsáveis pela administração local e pelo ordenamento do território.
2 - Os suportes a utilizar na prestação da informação referida no número anterior serão fixados pelo Instituto Nacional de Estatística, após
auscultação das entidades envolvidas.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
  Artigo 127.º
Regiões Autónomas
O regime previsto neste diploma é aplicável às Regiões Autónomas, sem prejuízo do diploma legal que procede às necessárias adaptações.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 128.º
Regime transitório
[Revogado]

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
   - Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho     - 2ª versão: DL n.º 177/2001, de 4 de Junho
   - Lei n.º 60/2007, de 04 de Setembro     - 3ª versão: Declaração n.º 13-T/2001, de 30 de Junho
  Artigo 129.º
Revogações
São revogados:
a) O Decreto-Lei n.º 445/91, de 20 de novembro;
b) O Decreto-Lei n.º 448/91, de 29 de novembro;
c) O Decreto-Lei n.º 83/94, de 14 de março;
d) O Decreto-Lei n.º 92/95, de 9 de maio;
e) Os artigos 9.º, 10.º e 165.º a 168.º do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 38 382, de 7 de agosto
de 1951.

  Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:   Versões anteriores deste artigo:
   - DL n.º 177/2001, de 4 de Junho     - 1ª versão: DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro
  Artigo 130.º
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor 120 dias após a data da sua publicação.
4304 Diário da República, 1.ª série — N.º 161 — 22 de agosto de 2018

de estabelecimentos de alojamento local e de fogos de Artigo 7.º


habitação permanente. Norma revogatória
5 — A instalação de novos estabelecimentos de alo-
jamento local em áreas de contenção carece de autori- São revogados o artigo 14.º e os n.os 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do
zação expressa da câmara que, em caso de deferimento, artigo 31.º do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto.
promove o respetivo registo.
6 — Para evitar que a alteração das circunstâncias e Artigo 8.º
das condições de facto existentes possa comprometer a Entrada em vigor
eficácia do regulamento municipal a que se refere o n.º 1,
podem os municípios, por deliberação fundamentada da A presente lei entra em vigor 60 dias após a sua
assembleia municipal, sob proposta da câmara munici- publicação.
pal, suspender, por um máximo de um ano, a autorização Aprovada em 18 de julho de 2018.
de novos registos em áreas especificamente delimita-
das, até à entrada em vigor do referido regulamento. O Presidente da Assembleia da República, Eduardo
7 — Nas áreas de contenção definidas nos termos Ferro Rodrigues.
do presente artigo, o mesmo proprietário apenas pode Promulgada em 2 de agosto de 2018.
explorar um máximo de sete estabelecimentos de alo-
jamento local. Publique-se.
Artigo 20.º-A O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.
Contribuições para o condomínio Referendada em 6 de agosto de 2018.
O condomínio pode fixar o pagamento de uma con- O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
tribuição adicional correspondente às despesas decor-
rentes da utilização acrescida das partes comuns, com ANEXO
um limite de 30 % do valor anual da quota respetiva, a (a que se refere o artigo 6.º)
deliberar nos termos do artigo 1424.º do Código Civil.»
Republicação do Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto,
Artigo 4.º que aprova regime jurídico
da exploração dos estabelecimentos de alojamento local
Avaliação do impacto do alojamento local
O Governo, em colaboração com as autarquias locais, CAPÍTULO I
apresenta à Assembleia da República, designadamente para Disposições gerais
os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 15.º-A do Decreto-
-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, um relatório anual de Artigo 1.º
avaliação do impacto do alojamento local.
Objeto
Artigo 5.º O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico da
Disposição transitória exploração dos estabelecimentos de alojamento local.
1 — Mantêm-se válidos os registos de estabelecimentos Artigo 2.º
de alojamento local no Registo Nacional de Alojamento Noção de estabelecimento de alojamento local
Local, realizados até à data da entrada em vigor da pre-
sente lei. 1 — Consideram-se «estabelecimentos de alojamento
2 — As alterações introduzidas no presente diploma local» aqueles que prestam serviços de alojamento tempo-
relativas a condições de acesso à atividade e requisitos de rário, nomeadamente a turistas, mediante remuneração, e
instalação apenas são aplicáveis para os estabelecimentos que reúnam os requisitos previstos no presente decreto-lei.
de alojamento local que se instalem após a entrada em 2 — É proibida a exploração como estabelecimentos
vigor da presente lei. de alojamento local de estabelecimentos que reúnam os
3 — Os estabelecimentos de alojamento local já exis- requisitos para serem considerados empreendimentos tu-
tentes dispõem do prazo de dois anos, a contar da data em rísticos, nos termos do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de
vigor da presente lei para se conformarem com os restantes março, na sua redação atual.
requisitos previstos no presente diploma, nomeadamente
o previsto nos artigos 13.º, 13.º-A, 18.º e 20.º-A. Artigo 3.º
4 — Os proprietários de estabelecimentos de alojamento Modalidades
local que, na presente data, excedam o limite previsto no
1 — Os estabelecimentos de alojamento local devem
n.º 7 do artigo 15.º-A, não poderão, a partir da data de
integrar-se numa das seguintes modalidades:
entrada em vigor da presente lei, afetar mais imóveis à
exploração de alojamento local. a) Moradia;
b) Apartamento;
Artigo 6.º c) Estabelecimentos de hospedagem;
d) Quartos.
Republicação
É republicado no anexo da presente lei, da qual faz parte 2 — Considera-se «moradia» o estabelecimento de alo-
integrante, o Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, jamento local cuja unidade de alojamento é constituída por
com a redação atual. um edifício autónomo, de caráter unifamiliar.
Diário da República, 1.ª série — N.º 161 — 22 de agosto de 2018 4305

3 — Considera-se «apartamento» o estabelecimento de gida ao Presidente da Câmara Municipal territorialmente


alojamento local cuja unidade de alojamento é constituída competente, nos termos do artigo seguinte.
por uma fração autónoma de edifício ou parte de prédio 2 — A comunicação prévia com prazo é realizada
urbano suscetível de utilização independente. exclusivamente através do Balcão Único Eletrónico pre-
4 — Considera-se «estabelecimento de hospedagem» o visto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de
estabelecimento de alojamento local cujas unidades de alo- julho, que confere a cada pedido um número decorrido
jamento são constituídas por quartos, integrados numa fra- o prazo previsto no n.º 9 do artigo 6.º, o qual constitui,
ção autónoma de edifício, num prédio urbano ou numa parte para efeitos do presente decreto-lei, e em caso de não
de prédio urbano suscetível de utilização independente. oposição, o número de registo do estabelecimento de alo-
5 — Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo 33.º, jamento local, e que remete automaticamente ao Turismo
os «estabelecimentos de hospedagem» podem utilizar a de Portugal, I. P., para os efeitos previstos no artigo 10.º
denominação «hostel» se obedecerem aos requisitos pre- 3 — A comunicação prévia com prazo é obrigatória e
vistos no número seguinte e na portaria a que se refere o condição necessária para a exploração de estabelecimentos
n.º 5 do artigo 12.º de alojamento local.
6 — Considera-se «hostel» o estabelecimento cuja
unidade de alojamento predominante seja o dormitório, Artigo 6.º
considerando-se predominante sempre que o número de Comunicação prévia com prazo
utentes em dormitório seja superior ao número de utentes
em quarto. 1 — Da comunicação prévia com prazo dirigida ao
7 — Consideram-se «quartos» a exploração de aloja- Presidente da Câmara Municipal devem obrigatoriamente
mento local feita na residência do locador, que corresponde constar as seguintes informações:
ao seu domicílio fiscal, sendo a unidade de alojamento a) A autorização de utilização ou título de utilização
o quarto e só sendo possível, nesta modalidade, ter um válido do imóvel;
máximo de três unidades. b) A identificação do titular da exploração do estabele-
cimento, com menção do nome ou firma e do número de
Artigo 4.º identificação fiscal;
Prestação de serviços de alojamento c) O endereço do titular da exploração do estabeleci-
mento;
1 — Para todos os efeitos, a exploração de estabeleci- d) Nome adotado pelo estabelecimento e seu endereço;
mento de alojamento local corresponde ao exercício, por e) Capacidade (quartos, camas e utentes) do estabele-
pessoa singular ou coletiva, da atividade de prestação de cimento;
serviços de alojamento. f) A data pretendida de abertura ao público;
2 — Presume-se existir exploração e intermediação de g) Nome, morada e número de telefone de pessoa a
estabelecimento de alojamento local quando um imóvel contactar em caso de emergência.
ou fração deste:
a) Seja publicitado, disponibilizado ou objeto de inter- 2 — A comunicação prévia com prazo deve obrigatoria-
mediação, por qualquer forma, entidade ou meio, nomea- mente ser instruída com os seguintes documentos:
damente em agências de viagens e turismo ou sites da a) Cópia simples do documento de identificação do
Internet, como alojamento para turistas ou como aloja- titular da exploração do estabelecimento, no caso de este
mento temporário; ou ser pessoa singular, ou indicação do código de acesso à
b) Estando mobilado e equipado, neste sejam ofereci- certidão permanente do registo comercial, no caso de este
dos ao público em geral, além de dormida, serviços com- ser pessoa coletiva;
plementares ao alojamento, nomeadamente limpeza, por b) Termo de responsabilidade, subscrito pelo titular da
períodos inferiores a 30 dias. exploração do estabelecimento, assegurando a idoneidade
do edifício ou sua fração autónoma para a prestação de
3 — A presunção referida no número anterior pode ser serviços de alojamento e que o mesmo respeita as normas
ilidida nos termos gerais de direito, designadamente me- legais e regulamentares aplicáveis;
diante apresentação de contrato de arrendamento urbano c) Cópia simples da caderneta predial urbana referente
devidamente registado nos serviços de finanças. ao imóvel em causa, no caso de o requerente ser proprie-
4 — Não pode haver lugar à instalação e exploração tário do imóvel;
de «hostels» em edifícios em propriedade horizontal nos d) Cópia simples do contrato de arrendamento ou doutro
prédios em que coexista habitação sem autorização dos título que legitime o titular de exploração ao exercício da
condóminos para o efeito, devendo a deliberação respetiva atividade e, caso do contrato de arrendamento ou outro
instruir a comunicação prévia com prazo. não conste prévia autorização para a prestação de serviços
de alojamento, cópia simples do documento contendo tal
CAPÍTULO II autorização;
e) Cópia simples da declaração de início ou alteração
Registo de estabelecimentos de atividade do titular da exploração do estabelecimento
para o exercício da atividade de prestação de serviços de
Artigo 5.º alojamento correspondente à secção I, subclasses 55201 ou
55204 da Classificação Portuguesa de Atividades Econó-
Registo
micas, Revisão 3, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 381/2007,
1 — O registo de estabelecimentos de alojamento local de 14 de novembro, apresentada junto da Autoridade Tri-
é efetuado mediante comunicação prévia com prazo diri- butária e Aduaneira (AT);
4306 Diário da República, 1.ª série — N.º 161 — 22 de agosto de 2018

f) Ata da assembleia de condóminos autorizando a ins- 3 — Nos termos do número anterior, o título de abertura
talação, no caso dos «hostels»; ao público caduca em caso de:
g) A modalidade de estabelecimento prevista no n.º 1
do artigo 3.º em que se vai desenvolver a atividade de a) Transmissão da titularidade do registo, cessação de
alojamento local. exploração, arrendamento ou outra forma de alteração da
titularidade da exploração;
3 — O titular da exploração do estabelecimento é obri- b) Transmissão do capital social da pessoa coletiva
gado a manter atualizados todos os dados comunicados, titular do registo, acumulada ou não, em percentagem
devendo proceder a essa atualização no Balcão Único superior a 50 %.
Eletrónico no prazo máximo de 10 dias após a ocorrência
de qualquer alteração. 4 — O número anterior não se aplica em caso de sucessão.
4 — A cessação da exploração do estabelecimento de
alojamento local é comunicada através do Balcão Único Artigo 8.º
Eletrónico no prazo máximo de 10 dias após a sua ocor-
Vistoria
rência.
5 — O titular da exploração do estabelecimento de 1 — A câmara municipal territorialmente competente
alojamento local comunica às plataformas eletrónicas de realiza, no prazo de 30 dias após a apresentação da comu-
reservas, no prazo máximo de 10 dias, o cancelamento nicação prévia com prazo, uma vistoria para verificação
do registo e/ou a interdição temporária da exploração dos do cumprimento dos requisitos estabelecidos no presente
estabelecimentos de alojamento local. decreto-lei, sem prejuízo dos demais poderes de fiscali-
6 — As declarações ou termos de responsabilidade zação que legalmente lhe assistem.
assinados pelo titular da exploração do estabelecimento 2 — A câmara municipal pode solicitar ao Turismo de
de alojamento local que não correspondam à verdade são Portugal, I. P., a qualquer momento, a realização de vis-
puníveis nos termos do artigo 256.º do Código Penal. torias para a verificação do cumprimento do estabelecido
7 — A comunicação prévia com prazo à qual não no n.º 2 do artigo 2.º
haja oposição e as comunicações previstas nos n.os 3 e
4 são remetidas, automaticamente, para o Turismo de Artigo 9.º
Portugal, I. P..
8 — O titular da exploração do estabelecimento está Cancelamento do registo
dispensado da apresentação dos documentos previstos no
presente decreto-lei e que estejam na posse de qualquer 1 — O Presidente da Câmara Municipal territorialmente
serviço e organismo da Administração Pública, quando der competente pode determinar, precedido de audiência pré-
o seu consentimento para que a câmara municipal proceda via, o cancelamento do registo do respetivo estabeleci-
à sua obtenção através da Plataforma de Interoperabilidade mento nas seguintes condições:
da Administração Pública (iAP).
a) Quando exista qualquer desconformidade em relação
9 — Pode haver oposição à comunicação prévia com
a informação ou documento constante do registo;
prazo se, num prazo de 10 dias contados a partir da sua
apresentação ou num prazo de 20 dias no caso dos hos- b) No caso de instalação de novo alojamento local em
tels, o Presidente da Câmara Municipal territorialmente violação de áreas de contenção estabelecidas nos termos
competente, com faculdade de delegação nos vereadores do artigo 15.º-A, após a respetiva definição;
ou dirigentes, se oponha ao registo, com os fundamentos c) Por violação dos requisitos estabelecidos nos arti-
identificados de seguida: gos 11.º a 17.º
a) Incorreta instrução da comunicação prévia com 2 — No caso de a atividade de alojamento local ser
prazo; exercida numa fração autónoma de edifício ou parte de
b) Vigência do prazo resultante de cancelamento de prédio urbano suscetível de utilização independente, a
registo, nos termos do artigo 9.º; assembleia de condóminos, por decisão de mais de metade
c) Violação das restrições à instalação decididas pelo da permilagem do edifício, em deliberação fundamen-
município, nos termos do artigo 15.º-A, ou falta de auto- tada, decorrente da prática reiterada e comprovada de atos
rização de utilização adequada do edifício.
que perturbem a normal utilização do prédio, bem como
de atos que causem incómodo e afetem o descanso dos
10 — A oposição prevista no número anterior obsta à
atribuição do número de registo. condóminos, pode opor-se ao exercício da atividade de
alojamento local na referida fração, dando, para o efeito,
Artigo 7.º conhecimento da sua decisão ao Presidente da Câmara
Municipal territorialmente competente.
Título de abertura ao público 3 — O Presidente da Câmara Municipal territorialmente
1 — O documento emitido pelo Balcão Único Eletrónico competente, com faculdade de delegação nos vereadores,
dos serviços contendo o número de registo do estabeleci- decide sobre o pedido de cancelamento.
mento de alojamento local constitui o único título válido de 4 — O cancelamento do registo determina a imediata
abertura ao público e publicitação do estabelecimento. cessação da exploração do estabelecimento, sem prejuízo
2 — O número de registo do estabelecimento de alo- do direito de audiência prévia.
jamento local, nas modalidades de «moradia» e «apar- 5 — Nos casos em que o município verifique que o
tamento», localizado em áreas de contenção nos termos estabelecimento é explorado sem registo para o efeito
do artigo 15.º-A é pessoal e intransmissível ainda que na comunica o facto à Autoridade de Segurança Alimentar e
titularidade ou propriedade de pessoa coletiva. Económica (ASAE).
Diário da República, 1.ª série — N.º 161 — 22 de agosto de 2018 4307

6 — A cessação de exploração implica: 3 — Nas modalidades previstas nas alíneas a), b), c) e d)
do n.º 1 do artigo 3.º, cada unidade, se tiver condições de
a) O cancelamento do registo do estabelecimento, se a
habitabilidade adequadas, poderá comportar, no máximo,
este tiver havido lugar;
duas camas suplementares para crianças até aos 12 anos.
b) Quando esteja em causa o cancelamento nos termos
do n.º 2, a impossibilidade de o imóvel em questão ser 4 — É vedada a exploração, pelo mesmo proprietário
explorado como alojamento local, independentemente da ou titular de exploração, de mais de nove estabelecimentos
respetiva entidade, por um período fixado na decisão, num de alojamento local na modalidade de apartamento, por
máximo de 1 ano. edifício, se aquele número de estabelecimentos for superior
a 75 % do número de frações existentes no edifício.
7 — O cancelamento do registo deve ser imediatamente 5 — Se o número de estabelecimentos de alojamento
comunicado pela câmara municipal territorialmente com- local for superior a nove no mesmo edifício, o Turismo
petente ao Turismo de Portugal, I. P., e à ASAE, compe- de Portugal, I. P., pode, a qualquer momento, fazer uma
tindo ao primeiro proceder à comunicação às plataformas vistoria para efeitos de verificação do disposto no n.º 2
eletrónicas que disponibilizem, divulguem ou comercia- do artigo 2.º, sem prejuízo dos restantes procedimentos
lizem alojamento de que o registo do estabelecimento foi previstos no presente decreto-lei.
cancelado. 6 — Para o cálculo de exploração referido no n.º 2,
consideram-se os estabelecimentos de alojamento local
Artigo 10.º na modalidade de apartamento registados em nome do
Informação cônjuge, descendentes e ascendentes do proprietário ou do
titular de exploração e, bem assim, os registados em nome
1 — A informação remetida automaticamente ao Tu- de pessoas coletivas distintas em que haja sócios comuns.
rismo de Portugal, I. P., nos termos do n.º 2 do artigo 5.º 7 — As entidades públicas competentes garantem ao
e do artigo 6.º, designadamente o nome e a capacidade do titular de dados o exercício dos direitos de acesso, reti-
estabelecimento, o artigo matricial do prédio no qual se ficação e eliminação, bem como o dever de velar pela
encontra instalado o estabelecimento, o nome ou a firma e legalidade da consulta ou da comunicação de informação,
o número de identificação fiscal do declarante, e, se distinto nos termos e para os efeitos do artigo 11.º da Lei n.º 67/98,
do declarante, o nome ou a firma e o número de identifi- de 26 de outubro.
cação fiscal do titular da exploração do estabelecimento, é
enviada, semestralmente, pelo Turismo de Portugal, I. P., Artigo 12.º
à AT, nos termos definidos por protocolo a celebrar entre Requisitos gerais
estas entidades.
2 — Antes da celebração do protocolo referido no 1 — Os estabelecimentos de alojamento local devem
número anterior o seu conteúdo deve ser comunicado à obedecer aos seguintes requisitos:
Comissão Nacional de Proteção de Dados para efeitos de a) Apresentar adequadas condições de conservação e
emissão de parecer prévio. funcionamento das instalações e equipamentos;
3 — A câmara municipal territorialmente competente b) Estar ligados à rede pública de abastecimento de água
garante ao titular de dados o exercício dos direitos de ou dotados de um sistema privativo de abastecimento de
acesso, retificação e eliminação, bem como o dever de água com origem devidamente controlada;
velar pela legalidade da consulta ou da comunicação de c) Estar ligados à rede pública de esgotos ou dotados de
informação, nos termos e para os efeitos do artigo 11.º da fossas sépticas dimensionadas para a capacidade máxima
Lei n.º 67/98, de 26 de outubro. do estabelecimento;
4 — A troca de informação referida nos números ante- d) Estar dotados de água corrente quente e fria.
riores é efetuada via Plataforma de Interoperabilidade da
Administração Pública.
2 — As unidades de alojamento dos estabelecimentos
5 — O Turismo de Portugal, I. P., disponibiliza no seu
de alojamento local devem:
sítio na Internet informação sobre os estabelecimentos de
alojamento local. a) Ter uma janela ou sacada com comunicação direta
para o exterior que assegure as adequadas condições de
ventilação e arejamento;
CAPÍTULO III b) Estar dotadas de mobiliário, equipamento e utensílios
Requisitos adequados;
c) Dispor de um sistema que permita vedar a entrada
Artigo 11.º de luz exterior;
d) Dispor de portas equipadas com um sistema de
Capacidade segurança que assegure a privacidade dos utentes.
1 — A capacidade máxima dos estabelecimentos de
alojamento local, com exceção da modalidade de «quartos» 3 — As instalações sanitárias dos estabelecimentos de
e «hostel», é de nove quartos e de 30 utentes, sem prejuízo alojamento local devem dispor de um sistema de segurança
do disposto nos números seguintes. que garanta privacidade.
2 — Nas modalidades previstas nas alíneas a), b), c) e 4 — Os estabelecimentos de alojamento local devem
d) do n.º 1 do artigo 3.º, a capacidade máxima é determi- reunir sempre condições de higiene e limpeza.
nada pela multiplicação do número de quartos por dois, 5 — A regulamentação das condições para o funcio-
acrescida da possibilidade de acolhimento de mais dois namento e identificação de cada uma das modalidades
utentes na sala no caso das modalidades «apartamentos» de estabelecimentos de alojamento local, será feita por
e «moradias», nos termos dos indicadores do INE. portaria.
4308 Diário da República, 1.ª série — N.º 161 — 22 de agosto de 2018

6 — Os estabelecimentos de alojamento local são Artigo 15.º


obrigados a ter um livro de informações sobre o funcio- Estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços
namento do estabelecimento e respetivas regras de utili-
zação internas, nomeadamente incluindo as regras sobre Nos estabelecimentos de alojamento local referidos na
a recolha e seleção de resíduos urbanos, funcionamento alínea c) do n.º 1 do artigo 3.º e desde que a autorização de
dos eletrodomésticos, ruído e cuidados a ter para evitar utilização o permita, podem instalar-se estabelecimentos
perturbações que causem incómodo e afetem a tranquili- comerciais e de prestação de serviços, incluindo os de
dade e o descanso da vizinhança, que deve conter também restauração e de bebidas, sem prejuízo do cumprimento
o contacto telefónico do responsável pela exploração do dos requisitos específicos previstos na demais legislação
estabelecimento. aplicável a estes estabelecimentos.
7 — O livro de informações a que se refere o número
anterior deve ser disponibilizado em português e inglês e, Artigo 15.º-A
pelo menos, em mais duas línguas estrangeiras.
Áreas de contenção
8 — No caso de os estabelecimentos estarem inseridos
em edifícios de habitação coletiva, o livro de informações 1 — Com o objetivo de preservar a realidade social
deve conter também o regulamento com as práticas e regras dos bairros e lugares, a câmara municipal territorialmente
do condomínio que sejam relevantes para o alojamento e competente, pode aprovar por regulamento e com delibe-
para a utilização das partes comuns. ração fundamentada, a existência de áreas de contenção,
9 — O responsável do estabelecimento deve disponibi- por freguesia, no todo ou em parte, para instalação de
lizar ao condomínio o seu contacto telefónico. novo alojamento local, podendo impor limites relativos
ao número de estabelecimentos de alojamento local nesse
Artigo 13.º território, que podem ter em conta limites percentuais em
Requisitos de segurança
proporção dos imóveis disponíveis para habitação.
2 — As áreas de contenção identificadas por cada mu-
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, os nicípio são comunicadas ao Turismo de Portugal, I. P., que
estabelecimentos de alojamento local devem cumprir as introduz referência à limitação de novos registos nestas
regras de segurança contra riscos de incêndio, nos termos áreas no Balcão Único Eletrónico.
do disposto no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de no- 3 — As áreas de contenção a que se refere o n.º 1
vembro, e do regulamento técnico constante da Portaria devem ser reavaliadas, no mínimo, de dois em dois anos
n.º 1532/2008, de 29 de dezembro, ambos na redação atual e comunicadas as respetivas conclusões ao Turismo de
2 — O disposto no número anterior não se aplica aos es- Portugal, I. P., para os efeitos do disposto nos números
tabelecimentos de alojamento local que tenham capacidade anteriores.
igual ou inferior a 10 utentes, os quais devem possuir: 4 — O Turismo de Portugal, I. P., e o Instituto da
a) Extintor e manta de incêndio acessíveis aos utilizadores; Habitação e da Reabilitação Urbana, I. P., disponibilizam
b) Equipamento de primeiros socorros acessível aos anualmente dados desagregados sobre o número de esta-
utilizadores; belecimentos de alojamento local e de fogos de habitação
c) Indicação do número nacional de emergência (112) permanente.
em local visível aos utilizadores. 5 — A instalação de novos estabelecimentos de aloja-
mento local em áreas de contenção carece de autorização
3 — Correm por conta do titular do alojamento local as expressa da câmara que, em caso de deferimento, promove
despesas com obras que sejam realizadas nas partes comuns o respetivo registo.
para adaptar ou licenciar o locado para esse fim. 6 — Para evitar que a alteração das circunstâncias e
das condições de facto existentes possa comprometer a
Artigo 13.º-A eficácia do regulamento municipal a que se refere o n.º 1,
podem os municípios, por deliberação fundamentada da
Solidariedade e seguro de responsabilidade civil assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal,
1 — O titular da exploração de alojamento local é soli- suspender, por um máximo de um ano, a autorização de
dariamente responsável com os hóspedes relativamente aos novos registos em áreas especificamente delimitadas, até
danos provocados por estes no edifício em que se encontra à entrada em vigor do referido regulamento.
instalada a unidade. 7 — Nas áreas de contenção definidas nos termos do
2 — O titular da exploração de alojamento local deve presente artigo, o mesmo proprietário apenas pode explo-
celebrar e manter válido um seguro multirrisco de respon- rar um máximo de sete estabelecimentos de alojamento
sabilidade civil que o proteja dos seus ativos e reclamações local.
no âmbito da sua atividade turística, determinando a res-
ponsabilidade do titular da exploração do estabelecimento, CAPÍTULO IV
e que cubra riscos de incêndio e danos patrimoniais e não
patrimoniais causados a hóspedes e a terceiros, decorrentes Exploração e funcionamento
da atividade de prestação de serviços de alojamento.
3 — A falta de seguro válido é fundamento de cance- Artigo 16.º
lamento do registo. Titular da exploração do estabelecimento de alojamento local

Artigo 14.º 1 — Em todos os estabelecimentos de alojamento local


deve existir um titular da exploração do estabelecimento,
«Hostel»
a quem cabe o exercício da atividade de prestação de ser-
(Revogado.) viços de alojamento.
Diário da República, 1.ª série — N.º 161 — 22 de agosto de 2018 4309

2 — O titular da exploração do estabelecimento de alo- 5 — As normas de funcionamento e as regras de ruído


jamento local pode ser uma pessoa singular ou coletiva. aplicáveis ao estabelecimento devem ser devidamente
3 — Sem prejuízo de outras obrigações previstas no publicitadas pela entidade exploradora.
presente decreto-lei, o titular da exploração do estabeleci-
mento de alojamento local responde, independentemente Artigo 20.º
da existência de culpa, pelos danos causados aos destina-
Livro de reclamações
tários dos serviços ou a terceiros, decorrentes da atividade
de prestação de serviços de alojamento, em desrespeito ou 1 — Os estabelecimentos de alojamento local devem
violação do termo de responsabilidade referido na alínea b) dispor de livro de reclamações nos termos e condições
do n.º 2 do artigo 6.º estabelecidos no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de se-
tembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 371/2007, de
Artigo 17.º 6 de novembro, 118/2009, de 19 de maio, 317/2009, de
Identificação e publicidade 30 de outubro, e 242/2012, de 7 de novembro, 74/2017,
de 21 de junho e 81-C/2017, de 7 de julho.
1 — Os estabelecimentos previstos no presente decreto- 2 — O original da folha de reclamação é enviado
-lei devem identificar-se como estabelecimentos de alo- à ASAE, nos termos previstos na legislação referida no
jamento local, não podendo, em caso algum, utilizar a número anterior.
qualificação de empreendimento turístico, ou de qualquer
tipologia de empreendimento turístico, nem qualquer sis-
Artigo 20.º-A
tema de classificação.
2 — A publicidade, a documentação comercial e o Contribuições para o condomínio
merchandising dos estabelecimentos de alojamento local
devem indicar o respetivo nome ou logótipo e número de O condomínio pode fixar o pagamento de uma contri-
registo, não podendo sugerir características que os esta- buição adicional correspondente às despesas decorrentes
belecimentos não possuam nem sugerir que os mesmos da utilização acrescida das partes comuns, com um limite
se integram num dos tipos de empreendimentos turísticos de 30 % do valor anual da quota respetiva, a deliberar nos
previstos no Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março, na termos do artigo 1424.º do Código Civil.
sua redação atual.
3 — Apenas os estabelecimentos de hospedagem que CAPÍTULO V
reúnam os requisitos previstos nos n.os 5 e 6 do artigo 3.º
podem utilizar a denominação «hostel» no seu nome, pu- Fiscalização e sanções
blicidade, documentação comercial e merchandising.
4 — Os «estabelecimentos de hospedagem» e os «quar- Artigo 21.º
tos» podem usar comercialmente a designação de «Bed &
Fiscalização
breakfast» ou de «guest house».
1 — Compete à ASAE e à câmara municipal territorial-
Artigo 18.º mente competente fiscalizar o cumprimento do disposto
Placa identificativa no presente decreto-lei, bem como instruir os respetivos
processos e aplicar as respetivas coimas e sanções aces-
1 — Nos «hostels» é obrigatória a afixação, no exte- sórias.
rior do edifício, junto à entrada principal, de uma placa 2 — Compete à AT fiscalizar, nos termos da legislação
identificativa. em vigor, o cumprimento das obrigações fiscais decorren-
2 — Nas modalidades previstas nas alíneas b), c) e d) do tes da atividade exercida ao abrigo do presente decreto-lei,
n.º 1 do artigo 3.º, é obrigatória a afixação, junto à entrada nomeadamente através do uso da informação recebida nos
do estabelecimento, de uma placa identificativa. termos do artigo 10.º
3 — O modelo e as características das placas identifi- 3 — A ASAE pode solicitar ao Turismo de Portugal, I. P.,
cativas constam do anexo ao presente decreto-lei. a qualquer momento, a realização de vistorias para a ve-
rificação do cumprimento do estabelecido no n.º 2 do
Artigo 19.º
artigo 2.º, e para a verificação da atualização da listagem
Período de funcionamento de estabelecimentos de alojamento local para efeitos de
1 — Sem prejuízo de disposição legal ou contratual, os inscrição nas plataformas eletrónicas de reservas.
estabelecimentos de alojamento local podem estabelecer 4 — Se das vistorias referidas no presente decreto-lei
livremente os seus períodos de funcionamento. ou qualquer ação de fiscalização se concluir pelo incum-
2 — O período de funcionamento dos estabelecimentos primento do estabelecido no n.º 2 do artigo 2.º, o Turismo
de alojamento local previstos na alínea c) do n.º 1 do ar- de Portugal, I. P., fixa um prazo não inferior a 30 dias,
tigo 3.º deve ser devidamente publicitado, exceto quando prorrogável, para que o estabelecimento inicie o processo
o estabelecimento esteja aberto todos os dias do ano. de autorização de utilização para fins turísticos legalmente
3 — O acesso e permanência no estabelecimento de exigido.
alojamento local é reservado a hóspedes e respetivos con- 5 — Findo o prazo fixado nos termos do número ante-
vidados. rior sem que o estabelecimento tenha iniciado o processo
4 — A entidade exploradora pode recusar o acesso ao de autorização de utilização para fins turísticos, o Turismo
estabelecimento a quem perturbe o seu normal funcio- de Portugal, I. P., informa a ASAE para os fins previstos
namento e/ou desrespeite a ordem pública, incumprindo no artigo 28.º, a câmara municipal territorialmente com-
regras de urbanidade, funcionamento e ruído, aplicáveis. petente e a AT.
4310 Diário da República, 1.ª série — N.º 161 — 22 de agosto de 2018

Artigo 22.º Artigo 25.º


Infrações tributárias Negligência e tentativa
O não cumprimento das obrigações fiscais decorren- 1 — A negligência é punível, sendo os limites mínimos
tes da atividade exercida ao abrigo do presente decreto- e máximos das coimas reduzidos para metade.
-lei constitui infração tributária, nos termos previstos no 2 — A tentativa é punível com a coima aplicável à con-
Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei traordenação consumada, especialmente atenuada.
n.º 15/2001, de 5 de junho.
Artigo 26.º
Artigo 23.º
Regime subsidiário
Contraordenações
Às contraordenações previstas no presente decreto-lei
1 — Constituem contraordenações: aplica-se o regime geral do ilícito de mera ordenação social,
a) A oferta, disponibilização, publicidade e intermedia- constante do Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro,
ção de estabelecimentos de alojamento local não registados alterado pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de 17 de outubro,
ou com registos desatualizados; 244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro,
b) A oferta, disponibilização, publicidade e intermedia- e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro.
ção de estabelecimentos de alojamento local em violação,
desrespeito ou incumprimento: Artigo 27.º
i) Do contrato de arrendamento; Produto das coimas
ii) Da autorização de exploração; O produto das coimas aplicadas reverte:
c) A prática de atos de angariação de clientela para a) 60 % para o Estado;
estabelecimentos de alojamento local não registados ou b) 40 % para a entidade fiscalizadora.
com registos desatualizados;
d) A violação do disposto no n.º 4 do artigo 4.º Artigo 28.º
e) A violação do disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 6.º; Interdição de exploração
f) A violação do disposto nos n.os 1, 3 e 4 do artigo 11.º;
g) O não cumprimento pelo estabelecimento de aloja- A ASAE e a câmara municipal territorialmente com-
mento local dos requisitos previstos nos artigos 12.º a 14.º; petente podem determinar a interdição temporária da
h) A violação das regras de identificação e publicidade, exploração dos estabelecimentos de alojamento local, na
nos termos previstos no artigo 17.º; sua totalidade ou em parte, nos termos do n.º 5 do artigo 21.º
i) A não afixação no exterior da placa identificativa tal ou quando a falta de cumprimento das disposições legais
como previsto no artigo 18.º; aplicáveis puser em causa a segurança dos utilizadores ou
j) A não publicitação do período de funcionamento tal a saúde pública, sem prejuízo das competências atribuídas
como previsto no artigo 19.º; por lei a outras entidades.
k) A violação do disposto no n.º 4 do artigo 33.º
CAPÍTULO VI
2 — As contraordenações previstas nas alíneas a) a c) Disposições finais e transitórias
e nas alíneas e) e f) do número anterior são punidas com
coima de € 2500 a € 4000 no caso de pessoa singular, e de
Artigo 29.º
€ 25 000 a € 40 000, no caso de pessoa coletiva.
3 — As contraordenações previstas nas alíneas d) e g) Alteração ao Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março
do n.º 1 são punidas com coima de € 125 a € 3250, no
Os artigos 67.º, 70.º e 73.º do Decreto-Lei n.º 39/2008,
caso de pessoa singular, e de € 1250 a € 32 500, no caso
de 7 de março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 228/2009,
de pessoa coletiva.
de 14 de setembro, 15/2014, de 23 de janeiro, 128/2014,
4 — As contraordenações previstas nas alíneas h) a k)
de 29 de agosto, 186/2015, de 13 de setembro, e 80/2017,
do n.º 1 são punidas com coima de € 50 a € 750, no caso
de 30 de junho, passam a ter a seguinte redação:
de pessoa singular, e de € 250 a € 7500, no caso de pessoa
coletiva. «Artigo 67.º
Artigo 24.º [...]
Sanções acessórias
1— .....................................
Em função da gravidade e da culpa do agente, podem
a) A oferta de serviços de alojamento turístico sem
ser aplicadas as seguintes sanções acessórias:
título válido de abertura;
a) Apreensão do material através do qual se praticou b) (Revogada.)
a infração; c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) Suspensão, por um período até dois anos, do exercí- d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
cio da atividade diretamente relacionada com a infração e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
praticada; f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Encerramento, pelo prazo máximo de dois anos, do g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
estabelecimento ou das instalações onde estejam a ser pres- h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
tados serviços de alojamento, de angariação de clientela ou i) A não afixação ou a afixação fora de prazo, no
de intermediação de estabelecimentos de alojamento local. exterior, da placa identificativa da classificação do em-
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1215

3 — A regra prevista no número anterior pode ser Por outro lado, reforça-se o direito à informação pré-
dispensada por deliberação fundamentada do conselho -contratual dos viajantes que pretendem adquirir serviços
de administração. de viagem organizada. Neste contexto, a agência está obri-
4— ..................................... gada a fornecer informação normalizada que, de uma forma
clara, compreensível, e bem visível, descreva informações
Artigo 5.º essenciais sobre a viagem.
Estabelecem-se, também, regras relativas às alterações
[...] dos termos do contrato de viagem e detalham-se as normas
1— ..................................... respeitantes ao seu não cumprimento, bem como à respon-
2— ..................................... sabilidade das agências pela respetiva execução.
3— ..................................... No que diz respeito ao direito de rescisão, alargam-se
4— ..................................... as condições para o exercício deste direito que pode ser
5 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 3.º, exercido antes do início da viagem organizada, quer pelos
o diretor do CRI é um médico de reconhecido mérito, viajantes quer pelas agências.
que obrigatoriamente possua formação e competência Procede-se, ainda, à adaptação das regras aplicáveis
reconhecidas em gestão, e deve exercer toda a sua ati- ao Fundo de Garantia de Viagens e Turismo de forma a
vidade profissional na instituição». responder às novas exigências de garantias dos viajantes
e aos serviços comercializados e abrangidos pela Diretiva.
Artigo 3.º Neste campo, alteram-se os valores das contribuições adi-
cionais e criam-se mais escalões em função dos volumes
Entrada em vigor de prestação de serviços das agências de viagens e turismo
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao para garantir uma distribuição mais equitativa em vez da
da sua publicação. situação atual em que o esforço exigido a todas as agências
é desproporcional face à sua dimensão.
A Secretária de Estado da Saúde, Rosa Augusta Valente Finalmente, e considerando que a transposição da
de Matos Zorrinho, em 6 de março de 2018. Diretiva é feita em sede do diploma que regula o acesso e
111183049 o exercício da atividade das agências de viagens e turismo,
aproveita-se a oportunidade para atualizar e clarificar
algumas normas deste regime.
ECONOMIA Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões
Autónomas, a Associação Portuguesa das Agências de Via-
gens e Turismo, a Associação da Hotelaria de Portugal e a
Decreto-Lei n.º 17/2018 Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal.
de 8 de março Foi promovida a audição do Conselho Nacional do
Consumo.
O presente decreto-lei transpõe para a ordem jurídica Assim:
nacional a Diretiva (UE) 2015/2302, do Parlamento Euro- Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
peu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015, relativa tituição, o Governo decreta o seguinte:
às viagens organizadas e aos serviços de viagem conexos,
que altera o Regulamento (CE) n.º 2006/2004, do Parla-
mento Europeu e do Conselho, de 27 de outubro de 2004, CAPÍTULO I
e a Diretiva 2011/83/UE, do Parlamento Europeu e do Disposições gerais
Conselho, de 25 de outubro de 2011, e revoga a Diretiva
90/314/CEE, do Conselho, de 13 de junho de 1990. Artigo 1.º
O objetivo da Diretiva é contribuir para o bom funciona-
mento do mercado interno e alcançar um nível de defesa do Objeto e âmbito
consumidor elevado e o mais uniforme possível, através da 1 — O presente decreto-lei estabelece o regime de
aproximação das disposições legislativas, regulamentares acesso e de exercício da atividade das agências de via-
e administrativas dos Estados-Membros em matéria de gens e turismo.
contratos celebrados entre viajantes e operadores, relativos 2 — O presente decreto-lei transpõe para a ordem jurí-
a viagens organizadas e serviços de viagem conexos. dica nacional a Diretiva (UE) 2015/2302, do Parlamento
Nesse sentido, é introduzida a figura do viajante, defi- Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2015,
nido como qualquer pessoa que conclua um contrato de relativa às viagens organizadas e aos serviços de viagem
viagem organizada ou de serviços de viagem conexos, na conexos, que altera o Regulamento (CE) n.º 2006/2004, do
qualidade de consumidor ou de profissional, desde que Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de outubro de
não o faça com base num acordo geral para a organização 2004, e a Diretiva 2011/83/UE, do Parlamento Europeu e
de viagens de negócios. do Conselho, de 25 de outubro de 2011, e revoga a Diretiva
É ainda transposto o conceito de serviços de viagem 90/314/CEE, do Conselho, de 13 de junho de 1990.
conexos, mediante os quais se facilita a aquisição de ser-
viços de viagem, prevendo-se deveres específicos de infor- Artigo 2.º
mação, responsabilidade e proteção em caso de insolvência,
em circunstâncias definidas. Definições
Distinguem-se, ainda, os conceitos de viagem organi- 1 — Para efeitos do presente decreto-lei, considera-se:
zada e de serviços de viagem conexos, definindo com maior
precisão o conceito de viagem organizada, que abrange as a) «Acordo geral para a organização de viagens de negó-
viagens adquiridas a diferentes agências mediante proces- cios», a relação contratual estabelecida entre uma agência
sos interligados de reservas em linha. e uma pessoa coletiva ou singular no âmbito da sua ati-
1216 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

vidade comercial, empresarial, artesanal ou profissional, n) «Serviços de viagem conexos», pelo menos dois tipos
com vista à aquisição de uma pluralidade de serviços de diferentes de serviços de viagem adquiridos para efeitos da
viagens e/ou serviços de viagem conexos por um período mesma viagem ou das mesmas férias que não constituam
determinado; uma viagem organizada e que resultem na celebração de
b) «Agências de viagens e turismo», as pessoas singula- contratos distintos com diferentes prestadores de serviços
res ou coletivas que atuem como operador e desenvolvam de viagem, caso um operador facilite:
as atividades referidas no n.º 1 do artigo seguinte; i) Por ocasião de uma mesma visita ou contacto com o
c) «Circunstâncias inevitáveis e excecionais», qualquer respetivo ponto de venda, a escolha separada e o pagamento
situação fora do controlo da parte que a invoca e cujas separado de cada serviço de viagem pelos viajantes; ou
consequências não poderiam ter sido evitadas mesmo que ii) De forma direcionada, a aquisição de pelo menos
tivessem sido tomadas todas as medidas razoáveis; um serviço de viagem adicional a outro operador, caso o
d) «Contrato de viagem organizada», um contrato re- contrato com esse outro operador seja celebrado o mais
lativo à globalidade da viagem organizada ou, se esta for tardar 24 horas depois da confirmação da reserva do pri-
fornecida ao abrigo de contratos distintos, todos os con- meiro serviço de viagem;
tratos que abranjam os serviços de viagem incluídos na
viagem organizada; o) «Suporte duradouro», qualquer instrumento que pos-
e) «Estabelecimento», o estabelecimento tal como de- sibilite ao viajante ou ao operador armazenar informações
finido no n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, que lhe sejam pessoalmente dirigidas, de uma forma que
de 26 de julho; lhe permita aceder ulteriormente às mesmas durante um
f) «Falta de conformidade», o incumprimento ou a exe- período de tempo adaptado aos fins a que as informações
cução deficiente dos serviços de viagem incluídos numa se destinam, e que permita a reprodução idêntica das in-
viagem organizada; formações armazenadas;
g) «Início da viagem organizada», o começo da execução p) «Viagem organizada», a combinação de, pelo menos,
dos serviços de viagem incluídos na viagem organizada; dois tipos diferentes de serviços de viagem para efeitos da
h) «Operador», qualquer pessoa singular ou coletiva, mesma viagem ou férias:
pública ou privada, que, nos contratos abrangidos pelo i) Caso esses serviços sejam combinados por um único
presente decreto-lei, atue, inclusive através de outra pessoa operador, incluindo a pedido ou segundo a escolha do
que atue em seu nome ou por sua conta, para fins relativos viajante, antes de ser celebrado um contrato único relativo
à sua atividade comercial, empresarial, artesanal ou pro- à globalidade dos serviços; ou
fissional, quer atue como organizador, retalhista, operador ii) Independentemente de serem celebrados contratos
que facilita serviços de viagem conexos ou como prestador distintos com diferentes prestadores de serviços de viagem,
de um serviço de viagem; esses serviços sejam:
i) «Organizador», qualquer operador que combine,
1) Adquiridos num ponto de venda único e tiverem
venda ou proponha para venda viagens organizadas, direta- sido escolhidos antes de o viajante aceitar o pagamento;
mente, por intermédio de outro operador ou conjuntamente 2) Propostos para venda, vendidos ou faturados por um
com outro operador, ou o operador que transmite os dados preço global;
do viajante a outro operador, nos termos do ponto 5) da 3) Publicitados ou vendidos sob a denominação «viagem
subalínea ii) da alínea p); organizada» ou qualquer outra expressão análoga;
j) «Ponto de venda», quaisquer instalações de venda a 4) Combinados após a celebração de um contrato atra-
retalho, fixas ou móveis, ou um sítio web de venda a retalho vés do qual o operador dá ao viajante a possibilidade de
ou plataforma similar de venda em linha, incluindo o local escolher entre uma seleção de diferentes tipos de serviços
onde os sítios Web de venda a retalho ou as plataformas de viagem; ou
de venda em linha são apresentados aos viajantes como 5) Adquiridos a diferentes operadores mediante proces-
plataforma única, incluindo um serviço de telefone; sos interligados de reserva em linha, pelos quais o nome
k) «Repatriamento», o regresso do viajante ao local de do viajante, os dados relativos ao pagamento e o endereço
partida ou a outro local acordado entre as partes contra- eletrónico são transmitidos pelo operador com quem o
tantes; primeiro contrato é celebrado a outro operador ou opera-
l) «Retalhista», um operador distinto do organizador dores, sendo celebrado um contrato com o último operador
que venda ou proponha para venda viagens organizadas o mais tardar 24 horas após a confirmação da reserva do
combinadas por um organizador; primeiro serviço de viagem;
m) «Serviços de viagem»:
q) «Viajante», qualquer pessoa que procure celebrar
i) O transporte de passageiros; um contrato ou esteja habilitada a viajar com base num
ii) O alojamento que não seja parte integrante do trans- contrato de viagem, nomeadamente os consumidores, as
porte de passageiros e não tenha fins residenciais; pessoas singulares que viajem em negócios, bem como os
iii) O aluguer de carros ou de outros veículos a motor na profissionais liberais, os trabalhadores independentes ou
aceção da alínea l) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 16/2010, outras pessoas singulares, desde que não estejam abran-
de 12 de março, na sua redação atual, ou de motociclos gidos por um acordo geral para a organização de viagens
que exijam uma carta de condução da categoria A, nos de negócios.
termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 20.º do Decreto-Lei
n.º 138/2012, de 5 de julho, na sua redação atual; 2 — Para efeitos do presente decreto-lei, não é conside-
iv) Qualquer outro serviço turístico que não seja parte rada viagem organizada ou serviço de viagem conexo:
integrante de um serviço de viagem, na aceção das suba- a) Aqueles que tenham duração inferior a 24 horas, salvo
líneas anteriores; se a dormida estiver incluída;
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1217

b) Aqueles em que a agência de viagens e turismo se e) A intermediação na celebração de contratos de aluguer


limita a intervir como mera intermediária em vendas ou de veículos de passageiros sem condutor;
reservas de serviços de viagem avulsos solicitados pelo f) A comercialização de seguros de viagem e de baga-
cliente; gem em conjugação e no âmbito de outros serviços por
c) Aqueles que sejam facilitados a título ocasional e si prestados, sem prejuízo do previsto no diploma que
sem fins lucrativos e apenas a um grupo limitado de via- regula as condições de acesso e de exercício da atividade
jantes; de mediação de seguros ou de resseguros;
d) Aqueles que são adquiridos com base num acordo g) A venda de guias turísticos e de publicações seme-
geral para a organização de viagens de negócios. lhantes;
h) O transporte turístico efetuado no âmbito de uma
3 — Não constitui uma viagem organizada, uma combi- viagem turística, nos termos definidos no artigo 13.º;
nação de serviços de viagem em que apenas um dos tipos i) A prestação de serviços ligados ao acolhimento tu-
de serviços de viagem a que se referem as subalíneas i), rístico, nomeadamente a organização de visitas a museus,
ii) e iii) da alínea m) do n.º 1, é combinado com um ou monumentos históricos e outros locais de relevante inte-
mais serviços turísticos a que se refere a subalínea iv) da resse turístico.
mesma alínea, se estes últimos serviços:
a) Não representarem uma proporção significativa do 3 — As agências de viagens e turismo só podem comer-
valor da combinação e não forem publicitados como cons- cializar serviços de viagem prestados por entidades que
tituindo uma característica essencial da combinação nem cumpram os requisitos de acesso e exercício das respetivas
representarem de outro modo uma tal característica; ou atividades, de acordo com a legislação aplicável.
b) Forem escolhidos e adquiridos apenas depois de ter
sido iniciada a execução de um serviço de viagem a que Artigo 4.º
se referem as subalíneas i), ii) e iii) da alínea m) do n.º 1. Exclusividade

4 — Não constitui um serviço de viagem conexo, aquele 1 — Só as pessoas singulares ou coletivas inscritas
em que apenas um dos tipos de serviços de viagem a que no Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo
se referem as subalíneas i), ii) e iii) da alínea m) do n.º 1, e (RNAVT) ou que operem nos termos do artigo 10.º po-
um ou mais serviços turísticos a que se refere subalínea iv) dem exercer em território nacional as atividades previstas
da mesma alínea m) sejam adquiridos, caso estes últimos no n.º 1 do artigo anterior, sem prejuízo do disposto nos
serviços não representem uma proporção significativa do números seguintes.
valor combinado dos serviços e não sejam publicitados 2 — Não estão abrangidos pelo exclusivo reservado às
como constituindo uma característica essencial da viagem agências de viagens e turismo:
ou das férias nem representem de outro modo uma tal a) A comercialização direta dos seus serviços pelos
característica. empreendimentos turísticos, pelos estabelecimentos de
Artigo 3.º alojamento local, pelos agentes de animação turística,
Atividades das agências de viagens e turismo pelas empresas transportadoras e pelas empresas de aluguer
de carros ou de outros veículos a motor, bem como por
1 — As agências de viagens e turismo desenvolvem, a qualquer outro prestador de serviços;
título principal, as seguintes atividades próprias: b) O transporte de clientes pelos empreendimentos turís-
a) A organização e venda de viagens organizadas e ticos, pelos estabelecimentos de alojamento local e agentes
a facilitação de serviços de viagem conexos, quando o de animação turística, com meios de transporte próprios;
facilitador receba pagamentos do viajante, respeitantes c) A venda de serviços de empresas transportadoras feita
aos serviços prestados por terceiros; pelos seus agentes ou por outras empresas transportadoras
b) A representação de outras agências de viagens e tu- com as quais tenham serviços combinados;
rismo, nacionais ou estrangeiras, bem como a intermedia- d) A facilitação de serviços conexos quando o facilitador
ção na venda dos respetivos produtos; não receba pagamentos do viajante, respeitantes a serviços
c) A reserva de serviços em empreendimentos turísticos prestados por terceiros;
e em estabelecimentos de alojamento local; e) A mera intermediação na venda ou reserva de serviços
d) A venda de bilhetes e reserva de lugares em qualquer de viagem avulsos solicitados pelo cliente, sem prejuízo
meio de transporte; do disposto no número anterior.
e) A receção, transferência e assistência a turistas.
3 — Entende-se por meios de transporte próprios aque-
2 — As agências de viagens e turismo desenvolvem, a les que são propriedade da empresa, bem como aqueles
título acessório, as seguintes atividades: em que a empresa utilizadora seja a locatária.
4 — A facilitação, por qualquer operador, de serviços
a) A obtenção de certificados coletivos de identidade, conexos nos termos da alínea d) do n.º 2 está sujeita às nor-
vistos ou outros documentos necessários à realização de mas respeitantes aos requisitos de informação constantes
uma viagem; do artigo 34.º, que lhe sejam aplicáveis.
b) A organização de congressos e de eventos seme-
lhantes; Artigo 5.º
c) A reserva e a venda de bilhetes para espetáculos e
outras manifestações públicas; Denominação, nome dos estabelecimentos
e menções em atos externos
d) A realização de operações cambiais para uso exclu-
sivo dos clientes, de acordo com as normas reguladoras 1 — Somente as pessoas singulares ou coletivas inscri-
da atividade cambial; tas no RNAVT, ou que operem nos termos do artigo 10.º,
1218 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

podem usar a denominação de «agente de viagens» ou sítio na Internet do Instituto do Turismo de Portugal, I. P.
«agência de viagens». (Turismo de Portugal, I. P.), que identifica:
2 — As agências de viagens e turismo não podem uti-
lizar nomes de estabelecimentos iguais ou semelhantes a) O requerente;
às de outros já existentes, salvo se comprovarem estar b) Os titulares da empresa e os seus administradores ou
devidamente autorizadas para o efeito pelas respetivas gerentes, quando se trate de pessoa coletiva;
detentoras originais e sem prejuízo dos direitos resultantes c) A localização dos estabelecimentos.
da propriedade industrial.
3 — Todas as agências de viagens e turismo devem 2 — A mera comunicação prévia é instruída com os
exibir, de forma visível, a respetiva denominação. seguintes elementos:
4 — Em todos os contratos, correspondência, publica- a) Extrato em forma simples do teor das inscrições
ções, publicidade e, de um modo geral, em toda a sua ati- em vigor no registo comercial ou código de acesso à res-
vidade comercial as agências de viagens e turismo devem petiva certidão permanente ou, no caso de se tratar de
indicar a denominação e, caso exista, o número de registo, pessoa singular, cópia simples da declaração de início de
bem como a localização da sua sede, sem prejuízo das refe- atividade;
rências obrigatórias nos termos do Código das Sociedades b) Indicação do nome adotado para a agência de via-
Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de gens e turismo e de marcas que pretenda utilizar, com a
setembro, na sua redação atual, quando aplicável. identificação do respetivo número de registo na autoridade
competente ou com a apresentação de documento com-
CAPÍTULO II provativo de autorização de uso da marca, emitido pela
entidade detentora;
Requisitos de acesso à atividade das agências c) Cópia simples da apólice do seguro de responsabi-
de viagens e turismo lidade civil e comprovativo do pagamento do respetivo
prémio ou fração inicial, ou comprovativo de subscrição
SECÇÃO I de outra garantia financeira equivalente, nos termos do
artigo 41.º;
Regime geral d) Cópia simples do documento comprovativo da subs-
crição do FGVT, nos termos do artigo 38.º, ou da prestação
Artigo 6.º de garantia equivalente noutro Estado-Membro da União
Requisitos de acesso à atividade Europeia ou do espaço económico europeu;
e) Comprovativo do pagamento da taxa a que se refere
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 10.º, o acesso e o n.º 4 do artigo seguinte.
o exercício da atividade das agências de viagens e turismo
dependem de inscrição no RNAVT por mera comunicação 3 — Quando os elementos a que se referem as alíneas a)
prévia, tal como definida na alínea b) do n.º 2 do artigo 8.º a c) do número anterior se encontrem disponíveis na
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e dependem Internet, a respetiva apresentação pode ser substituída
ainda do cumprimento dos seguintes requisitos: por uma declaração do interessado a indicar o endereço
a) Subscrição do fundo de garantia de viagens e turismo do sítio onde aqueles documentos podem ser consultados
(FGVT), nos termos do artigo 38.º; e a autorizar, se for caso disso, a sua consulta.
b) Contratação de um seguro de responsabilidade civil, 4 — Com a receção da mera comunicação prévia por via
nos termos do artigo 41.º eletrónica é automaticamente enviado um recibo de receção
ao remetente e designado, pelo Turismo de Portugal, I. P.,
2 — Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do um gestor de processo a quem compete acompanhar a sua
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, não pode haver instrução, o cumprimento dos prazos e prestar informações
duplicação entre as condições exigíveis para o cumpri- e esclarecimentos ao requerente.
mento dos procedimentos previstos no presente decreto-lei 5 — Caso o requerente não tenha procedido ao paga-
e os requisitos e os controlos equivalentes, ou comparáveis mento da quantia a que se refere o n.º 4 do artigo seguinte
quanto à finalidade, a que o requerente já tenha sido sub- previamente à mera comunicação prévia, o Turismo de
metido em território nacional ou noutro Estado-Membro Portugal, I. P., notifica-o, no prazo de cinco dias, para
da União Europeia ou do espaço económico europeu. proceder ao pagamento daquela quantia.
3 — As agências não estabelecidas num Estado-Membro 6 — Uma vez regularmente efetuada a mera comuni-
e que vendam ou proponham para venda viagens organiza- cação prévia, o requerente pode iniciar a atividade, desde
das em território nacional, ou por qualquer meio dirijam que se encontre paga a taxa a que se refere o n.º 4 do
tais atividades para o território nacional, são obrigadas a artigo seguinte.
cumprir os requisitos de acesso à atividade previstos no
presente decreto-lei. Artigo 8.º
Registo nacional das agências de viagens e turismo
Artigo 7.º
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém
Mera comunicação prévia
atualizado o RNAVT, que contém informação atualizada
1 — A mera comunicação prévia é efetuada por for- sobre as agências de viagens e turismo estabelecidas em
mulário eletrónico disponível no RNAVT, acessível ao território nacional e se integra no registo nacional de
público através do balcão do empreendedor previsto nos turismo (RNT), que disponibiliza informação atualizada
Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, de sobre a oferta turística nacional, acessível ao público atra-
1 de abril, e disponível através do Portal do Cidadão e do vés do balcão do empreendedor previsto nos Decretos-Leis
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1219

n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, e dis- 2 — O Turismo de Portugal, I. P., cancela, de imediato, a
ponível através do Portal do Cidadão e do sítio na Internet inscrição no RNAVT de uma agência de viagens e turismo
do Turismo de Portugal, I. P. nos seguintes casos:
2 — O RNAVT contém:
a) Declaração de insolvência, sem o respetivo plano de
a) A identificação do representante da empresa; recuperação aprovado, ou dissolução;
b) Quanto às pessoas coletivas, a identificação da firma b) Falta da entrega do comprovativo previsto na alínea c)
ou a denominação social, a sede e o número de pessoa do número anterior, no prazo de cinco dias;
coletiva e a conservatória do registo comercial em que a c) Verificando-se a inexistência de seguro válido;
sociedade se encontra matriculada, ou dados equivalen- d) Verificando-se o previsto na alínea d) do número
tes do Estado-Membro da União Europeia ou do espaço anterior.
económico europeu onde se localize o estabelecimento
principal ou, ainda, no caso de se tratar de pessoa singular, SECÇÃO II
o respetivo número de identificação fiscal e código da Regimes especiais
atividade económica;
c) A localização e contactos dos estabelecimentos; Artigo 10.º
d) O nome comercial da agência de viagens e tu-
rismo; Livre prestação de serviços
e) As marcas que a empresa pretende utilizar; 1 — As agências de viagens e turismo legalmente
f) O montante das garantias prestadas pela agência de estabelecidas noutro Estado-Membro da União Europeia
viagens e turismo. ou do espaço económico europeu para a prática da ativi-
dade de agência de viagens e turismo podem exercer essa
3 — Devem ser comunicadas ao Turismo de mesma atividade em território nacional, de forma ocasional
Portugal, I. P., através do RNAVT, no prazo de 30 dias e esporádica, devendo apresentar previamente ao Turismo
após a respetiva verificação: de Portugal, I. P., a documentação, em forma simples,
a) A abertura ou mudança de localização de estabeleci- comprovativa da contratação de garantias equivalentes às
mentos ou de quaisquer formas de representação; previstas nos artigos 37.º, 38.º, 41.º e 42.º
b) A transmissão da propriedade; 2 — As entidades que operem nos termos do número
c) A cessão de exploração de estabelecimento; anterior ficam sujeitas às demais condições de exercício
d) O encerramento do estabelecimento; da atividade que lhes sejam aplicáveis, nomeadamente às
e) A alteração de qualquer outro elemento integrante constantes dos n.os 3 e 4 do artigo 5.º e dos artigos 14.º a 36.º
do registo.
Artigo 11.º
4 — Pela inscrição de cada agência de viagens e turismo Instituições de economia social
é devida ao Turismo de Portugal, I. P., uma taxa no valor
de € 750,00, atualizado automaticamente a 1 de março de 1 — As associações, misericórdias, instituições privadas
cada ano com base na variação do índice médio de preços de solidariedade social, cooperativas e outras entidades sem
no consumidor no continente relativo ao ano anterior, fins lucrativos podem organizar viagens estando isentas de
excluindo a habitação, e publicado pelo Instituto Nacional inscrição no RNAVT, desde que se verifiquem os seguintes
de Estatística, I. P. requisitos cumulativos:
Artigo 9.º a) A organização de viagens não tenha fim lucrativo;
Informação pública no Registo Nacional b) As viagens organizadas sejam vendidas única e
das Agências de Viagens e Turismo exclusivamente aos seus membros ou associados e não
ao público em geral;
1 — O Turismo de Portugal, I. P., publicita, através c) As viagens se realizem de forma ocasional ou
do RNAVT, as situações de irregularidade verificadas no esporádica;
exercício da atividade das agências de viagens e turismo d) Não sejam utilizados meios publicitários para a sua
durante o período em que se verifiquem, nomeadamente, promoção dirigidos ao público em geral.
as seguintes:
a) Cessão de exploração de estabelecimento ou encerra- 2 — Para efeitos do disposto na alínea c) do número
mento de estabelecimento, sem a respetiva comunicação, anterior, entende-se que as viagens se realizam de forma
prevista nas alíneas c) e d) do n.º 3 do artigo anterior; ocasional e esporádica quando não ultrapassem o número
b) Cessação da atividade por um período superior a de cinco por ano.
90 dias sem justificação atendível; 3 — As entidades referidas no n.º 1 devem contratar
c) Incumprimento da obrigação de entrega ao Turismo um seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos
de Portugal, I. P., do comprovativo de que as garantias decorrentes das viagens a realizar.
exigidas se encontrem em vigor; 4 — Aplicam-se ao seguro de responsabilidade civil
d) Não reposição de valores do FGVT da responsabili- mencionado no número anterior, com as necessárias adap-
dade da agência nos termos previstos no n.º 3 do artigo 39.º; tações, as regras previstas no artigo 41.º
e) Verificação de irregularidades graves na gestão da
agência de viagens e turismo ou incumprimento grave Artigo 12.º
perante fornecedores ou consumidores, de modo a pôr Exercício de atividades de animação turística
em risco os interesses destes ou as condições normais
de funcionamento do mercado das agências de viagem e 1 — O exercício de atividades de animação turística por
turismo. parte de agências de viagens e turismo depende da presta-
1220 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

ção das garantias exigidas pelo Decreto-Lei n.º 108/2009, SECÇÃO II


de 15 de maio, na sua redação atual, do cumprimento dos
Viagens
requisitos exigidos para cada tipo de atividade e de inscri-
ção no Registo Nacional dos Agentes de Animação Turís-
Artigo 15.º
tica (RNAAT) nos termos previstos no referido decreto-lei,
sem prejuízo do disposto nos números seguintes. Obrigações de informação
2 — O pedido de inscrição no RNAAT por agências de
1 — Antes da venda de uma viagem, a agência de via-
viagens e turismo é instruído com os documentos identifi-
gens e turismo deve informar, por escrito ou por qualquer
cados nas alíneas d) a g) do n.º 3 do artigo 11.º do Decreto-
outra forma adequada, os clientes que se desloquem ao
-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, na sua redação atual.
estrangeiro sobre a necessidade de:
3 — As agências de viagens e turismo ficam isentas do
pagamento da taxa devida pela inscrição no RNAAT. a) Documento de identificação civil;
b) Passaportes;
Artigo 13.º c) Vistos e prazos legais para a respetiva obtenção;
d) Formalidades sanitárias;
Transportador público rodoviário
e) Caso a viagem se realize no território de Estados-
1 — Na realização de viagens turísticas e na receção, -Membros da União Europeia ou do espaço económico
transferência e assistência de turistas, as agências de via- europeu, a documentação exigida para a obtenção de assis-
gens e turismo podem utilizar os meios de transporte que tência médica ou hospitalar em caso de acidente ou doença.
lhes pertençam ou de que sejam locatárias, devendo, quando
se tratar de veículos automóveis com lotação superior a 2 — Quando seja obrigatório contrato escrito, a agên-
nove lugares, cumprir os requisitos de acesso à profissão cia deve, ainda, informar o cliente de todas as cláusulas a
de transportador público rodoviário interno ou internacio- incluir no mesmo.
nal de passageiros, nos termos da legislação que lhes seja 3 — Considera-se forma adequada de informação ao
aplicável, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. cliente a entrega do programa de viagem que inclua os
2 — Para efeitos de comprovação da capacidade finan- elementos referidos nos números anteriores.
ceira exigida para o acesso à profissão de transportador 4 — Qualquer descrição de uma viagem bem como
público rodoviário, internacional e interno de passageiros, o respetivo preço e as restantes condições do contrato
regulado pelo Decreto-Lei n.º 3/2001, de 10 de janeiro, na não devem conter elementos enganadores nem induzir o
sua redação atual, o valor do capital social é, no caso das viajante em erro.
agências de viagens e turismo, de € 100 000,00. Artigo 16.º
3 — Para efeitos de comprovação da capacidade profis-
sional exigida para o acesso à profissão de transportador Obrigações acessórias
público rodoviário, internacional e interno de passageiros, 1 — As agências devem entregar aos clientes todos
aplica-se às agências de viagens e turismo que exerçam a os documentos necessários para a obtenção do serviço
atividade prevista na alínea h) do n.º 2 do artigo 3.º, com vendido.
as necessárias adaptações, o disposto na alínea b) do n.º 1 2 — Aquando da venda de qualquer serviço, as agências
do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 3/2001, de 10 de janeiro, devem entregar aos clientes a documentação que mencione
na sua redação atual. o objeto e caraterísticas do serviço, a data da prestação,
4 — As agências de viagens e turismo que acedam à o preço e os pagamentos já efetuados, exceto quando tais
profissão de transportador público rodoviário, interno ou elementos figurem nos documentos referidos no número
internacional de passageiros, podem efetuar todo o tipo anterior e não tenham sofrido alteração.
de transporte ocasional com veículos automóveis pesados
de passageiros.
5 — As agências de viagens e turismo previstas no n.º 1 SECÇÃO III
podem alugar os meios de transporte a outras agências. Viagens organizadas

CAPÍTULO III Artigo 17.º


Informações pré-contratuais
Exercício da atividade das agências de viagens e turismo
1 — Antes do viajante ficar vinculado por um contrato
de viagem organizada ou uma proposta correspondente,
SECÇÃO I
a agência de viagens e turismo é obrigada a fornecer ao
Princípio geral viajante a informação normalizada através das fichas
informativas constantes das partes A ou B do anexo II ao
Artigo 14.º presente decreto-lei e do qual faz parte integrante e, quando
aplicável, as informações seguintes:
Livro de reclamações
a) As principais características da viagem organizada:
1 — As agências de viagens e turismo devem dispor de
livro de reclamações nos termos e nas condições estabe- i) O destino ou destinos, o itinerário e os períodos de
lecidas no Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, estadia, com as respetivas datas e, caso o alojamento esteja
na sua redação atual. incluído, o número de noites;
2 — O original da folha de reclamação deve ser enviado ii) Os meios, as características e as categorias de trans-
pelo responsável da agência de viagens e turismo ao porte, os locais, as datas e as horas da partida e do regresso,
Turismo de Portugal, I. P. a duração, as escalas e as correspondências;
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1221

iii) A hora aproximada da partida e do regresso, no caso 3 — No caso de viagens organizadas adquiridas a dife-
de não ter ainda sido fixada a hora exata; rentes agências de viagens e turismo mediante processos
iv) A localização, as principais características e a interligados de reserva em linha, previstas no ponto 5) da
categoria turística do alojamento segundo as regras do subalínea ii) da alínea p) do n.º 1 do artigo 2.º, as agências
país de destino; intervenientes devem assegurar que cada uma preste, antes
v) As refeições fornecidas; de um viajante ficar vinculado por um contrato ou proposta
vi) As visitas, excursões ou outros serviços incluídos no correspondente, as informações previstas nas alíneas a) a
preço total acordado para a viagem organizada; h) do n.º 1, na medida em que tal seja pertinente para os
vii) A realização de serviços de viagem em grupo, e, serviços de viagem que cada um ofereça, bem como as
sempre que possível, o tamanho aproximado do grupo, informações normalizadas através da ficha constante da
caso não se depreenda do contexto; parte C do anexo II ao presente decreto-lei.
viii) A língua em que outros serviços turísticos são pres- 4 — As informações a que se referem os números an-
tados, caso o benefício da sua prestação dependa de uma teriores são prestadas de forma clara, compreensível e
comunicação oral eficaz; bem visível, e, caso sejam prestadas por escrito, devem
ix) Se a viagem ou as férias são, em geral, adequadas ser legíveis.
para pessoas com mobilidade reduzida; Artigo 18.º
x) A pedido do viajante, informações exatas sobre a
Programas de viagem
adequação da viagem ou das férias, tendo em conta as
suas necessidades; 1 — As agências de viagens e turismo que anunciarem
a realização de viagens organizadas podem dispor de pro-
b) A denominação comercial e o endereço geográfico gramas para entregar a quem os solicite.
da agência de viagens e turismo, bem como o respetivo 2 — Os programas de viagem, caso existam, devem
número de inscrição no RNAVT, assim como os núme- incluir, de forma clara, precisa e com carateres legíveis,
ros de telefone e, quando existam, endereços de correio a informação normalizada através das fichas informati-
eletrónico; vas constantes das partes A e B do anexo II ao presente
c) O preço total da viagem organizada, incluindo impos- decreto-lei e, quando aplicável, as informações referidas
tos e, se aplicável, todas as taxas, encargos e outros custos nas alíneas a) a h) do n.º 1 do artigo anterior.
adicionais ou, se estes não puderem ser razoavelmente
calculados antes da celebração do contrato, a indicação Artigo 19.º
do tipo de custos adicionais que o viajante poderá ainda Caráter vinculativo das informações pré-contratuais
ter de suportar;
d) As modalidades de pagamento, incluindo os even- 1 — As informações prestadas aos viajantes a que se
tuais montantes ou percentagens do preço a pagar a título referem as alíneas a), c), d), e) e g) do n.º 1 do artigo 17.º,
de adiantamento e o calendário de pagamento do rema- nomeadamente através do programa de viagem, fazem
nescente, ou as garantias financeiras a pagar ou a prestar parte integrante do contrato e não podem ser alteradas,
pelo viajante; salvo acordo expresso entre as partes.
e) O número mínimo de pessoas exigido para a rea- 2 — A agência de viagens e turismo deve comunicar ao
lização da viagem organizada e o termo do prazo para a viajante todas as alterações às informações pré-contratuais
eventual rescisão do contrato se aquele número não for de forma clara, compreensível e bem visível antes da
atingido, nos termos do n.º 2 do artigo 27.º; celebração do contrato de viagem organizada.
f) Informações gerais sobre documentos de identificação 3 — Se a agência de viagens e turismo não cumprir o
civil, passaportes e vistos necessários para a realização da dever de informação referente a taxas, encargos e outros
viagem organizada, incluindo prazos aproximados para a custos adicionais a que se refere a alínea c) do n.º 1 do
obtenção dos vistos e informações sobre as formalidades artigo 17.º, antes da celebração do contrato, o viajante não
sanitárias do país de destino; é obrigado a pagar essas taxas, encargos e outros custos.
g) Informação de que o viajante pode rescindir o con-
trato em qualquer momento antes do início da viagem Artigo 20.º
organizada mediante o pagamento de uma taxa de resci- Teor do contrato de viagem organizada e documentos a fornecer
são adequada e justificável ou, se aplicável, das taxas de
rescisão normalizadas exigidas pela agência de viagens e 1 — O contrato deve ser formulado numa linguagem
turismo que não podem ser superiores ao preço da viagem clara e compreensível e caso seja reduzido a escrito deve
deduzido das economias de custos e das receitas resultan- ser legível.
tes da reafetação dos serviços de viagem, valores que são 2 — O contrato considera-se celebrado com a entrega ao
justificados caso tal seja solicitado pelo viajante; viajante do documento de reserva, programa, caso exista,
h) Informação sobre a subscrição facultativa ou obri- e respetivas informações normalizadas, desde que se tenha
gatória de um seguro que cubra o custo de rescisão do verificado o pagamento, ainda que parcial, da viagem.
contrato por parte do viajante ou os custos da assistência, 3 — O contrato ou a sua confirmação estabelece o con-
incluindo o repatriamento, em caso de acidente, doença teúdo integral do acordo, ficando a agência de viagens e
ou morte. turismo vinculada ao pontual cumprimento do mesmo, o
qual deve incluir as informações constantes do n.º 1 do
2 — Nos contratos celebrados por telefone, a agência artigo 17.º e ainda os seguintes elementos:
de viagens e turismo deve prestar ao viajante, em suporte a) Eventuais exigências do viajante que a agência tenha
duradouro, as informações normalizadas constantes da aceitado;
parte B do anexo II ao presente decreto-lei, e as informa- b) A indicação de que a agência de viagens e turismo é
ções previstas nas alíneas a) a h) do número anterior. responsável pela correta execução de todos os serviços de
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viagem incluídos no contrato, nos termos do artigo 35.º e, 9 — Antes do início da viagem organizada, com a devida
ainda, que se encontra obrigada a prestar assistência, nos antecedência, a agência de viagens e turismo deve fornecer
termos do artigo 30.º; ao viajante os recibos necessários, cupões ou bilhetes,
c) O nome da entidade responsável pela proteção em as informações sobre os horários de partida previstos e,
caso de insolvência e os seus contactos, incluindo o seu se aplicável, a hora-limite para o registo, bem como os
endereço geográfico e, se aplicável, o nome da autoridade horários previstos das escalas, das correspondências e da
competente para a proteção em caso de insolvência e os chegada.
seus contactos; Artigo 21.º
d) O nome, endereço, número de telefone, endereço de
correio e, se aplicável, o número de fax do representante Ónus da prova
local da agência de viagens e turismo ou de um ponto de O ónus da prova relativamente ao cumprimento dos re-
contacto através do qual o viajante possa contactar rapi- quisitos de informação estabelecidos nos artigos anteriores
damente a agência e comunicar com este de modo eficaz, da presente secção recai sobre as agências de viagens e
pedir assistência em caso de dificuldades ou apresentar turismo.
reclamações por qualquer falta de conformidade constatada Artigo 22.º
durante a execução da viagem organizada;
e) A obrigação de o viajante comunicar qualquer falta Cessão da posição contratual
de conformidade que se verifique durante a execução da 1 — O viajante pode ceder a sua posição, fazendo-se
viagem, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 28.º; substituir por outra pessoa que preencha todas as condições
f) No caso de viagens organizadas com menores não requeridas para a viagem organizada, desde que informe
acompanhados por um dos pais ou outra pessoa autorizada, a agência de viagens e turismo, por forma escrita, até sete
que inclua alojamento, as informações que permitam o dias seguidos antes da data prevista para a partida.
contacto direto com o menor ou com a pessoa responsável 2 — O cedente e o cessionário são solidariamente res-
pelo mesmo no local de estadia; ponsáveis pelo pagamento do saldo em dívida e pelas taxas,
g) Informação sobre os procedimentos de tratamento os encargos ou custos adicionais originados pela cessão.
de reclamações, sobre os mecanismos de resolução alter- 3 — A agência de viagens e turismo deve informar o
nativa de litígios (RAL) e, se aplicável, sobre a entidade cedente dos custos reais associados à cedência em causa,
de resolução alternativa de litígios pela qual a agência os quais não podem ser superiores aos custos por aquele
de viagens e turismo esteja abrangida, nos termos da Lei suportados como resultado da cessão e devem ser devida-
n.º 144/2015, de 8 de setembro, na sua redação atual, e mente comprovados.
sobre a plataforma de resolução de litígios em linha, nos 4 — A agência de viagens e turismo deve fornecer ao
termos do Regulamento (UE) n.º 524/2013, do Parlamento cedente um comprovativo da existência das taxas, dos
Europeu e do Conselho, de 21 de maio de 2013; encargos ou custos adicionais ocasionados pela cessão do
h) Informação sobre o direito de cessão de posição con- contrato de viagem organizada.
tratual, bem como os respetivos termos e condições. 5 — A agência de viagens e turismo deve comunicar a
cessão da posição contratual aos prestadores de serviços
4 — No momento da celebração do contrato ou pos- com vista ao cumprimento do contrato.
teriormente, logo que possível, a agência de viagens e
turismo deve fornecer ao viajante cópia ou confirmação Artigo 23.º
do contrato num suporte duradouro, podendo este exigir
Alteração do preço da viagem organizada
cópia em papel caso o contrato tenha sido celebrado na
presença física simultânea das partes. 1 — Nas viagens organizadas o preço não é suscetível
5 — Nos contratos celebrados fora do estabelecimento de aumento após a celebração do contrato, exceto nas
comercial, conforme definidos na alínea g) do artigo 3.º do situações previstas nos números seguintes.
Decreto-Lei n.º 24/2014, de 14 de fevereiro, na sua redação 2 — A agência de viagens e turismo só pode aumentar
atual, deve ser fornecida ao viajante uma cópia do contrato o preço até 20 dias seguidos antes da data prevista para a
ou a confirmação da viagem organizada em papel ou, se o partida se, cumulativamente:
viajante aceitar, noutro suporte duradouro.
6 — No caso de viagens organizadas adquiridas a dife- a) O contrato o previr expressamente e indicar que o
rentes agências de viagens e turismo mediante processos viajante tem direito à redução do preço nos termos do
interligados de reserva em linha, previstas no ponto 5) da n.º 5, devendo, neste caso, determinar as regras precisas
subalínea ii) da alínea p) do n.º 1 do artigo 2.º, as agências de cálculo da alteração;
de viagem e turismo a quem os dados sejam transmitidos b) A alteração resultar diretamente de variações:
devem informar a agência a quem foi solicitado o pri- i) No custo do transporte de passageiros resultante do
meiro serviço de que foi celebrado o contrato que levou à preço do combustível ou de outras fontes de energia;
criação da viagem organizada e devem, ainda, prestar as ii) Dos impostos ou das taxas que incidem sobre os
informações necessárias para que este possa cumprir as serviços de viagem incluídos, aplicados por terceiros não
suas obrigações. diretamente envolvidos na execução da viagem organizada,
7 — Nos casos referidos no número anterior, logo que incluindo as taxas de estadia, de aterragem, de embarque
seja informada de que foi criada uma viagem organizada, ou de desembarque nos portos e aeroportos;
a agência de viagens e turismo a quem foi solicitado o pri- iii) Nas taxas de câmbio aplicáveis à viagem organi-
meiro serviço deve prestar ao viajante as informações pre- zada.
vistas nas alíneas a) a h) do n.º 3, num suporte duradouro.
8 — As informações a que se referem os n.os 3, 6 e 7 são 3 — O aumento do preço referido no número anterior
prestadas de forma clara, compreensível e bem visível. só é possível se for notificado pela agência de viagens e
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1223

turismo ao viajante de forma clara e compreensível, jun- ou custo inferiores, o viajante tem direito a uma redução
tamente com uma justificação do mesmo e os respetivos do preço.
cálculos, num suporte duradouro. 6 — Em caso de rescisão do contrato, a que se refere
4 — No caso de o aumento do preço referido no n.º 2 a alínea b) do n.º 2, se o viajante não aceitar uma viagem
exceder 8 % do preço total da viagem organizada, são organizada de substituição, a agência de viagens e turismo
aplicáveis os n.os 2 a 6 do artigo seguinte. deve reembolsar todos os pagamentos efetuados, no prazo
5 — Se o contrato de viagem organizada estipular a máximo de 14 dias após a rescisão.
possibilidade de aumento de preço, deve também prever
que o viajante tem direito à redução do preço, correspon- Artigo 25.º
dente à diminuição dos custos a que se refere a alínea b) Rescisão do contrato de viagem organizada pelo viajante
do n.º 2, que venham a ocorrer posteriormente à celebração
do contrato e previamente ao início da viagem organizada, 1 — O viajante pode rescindir o contrato de viagem
tendo a agência de viagens e turismo direito a deduzir as organizada a todo o tempo, antes do início da viagem.
despesas administrativas efetivas do reembolso devido ao 2 — No caso de rescisão do contrato nos termos do
viajante, devendo justificar tal valor caso seja solicitado número anterior, o viajante pode ser obrigado a pagar à
pelo viajante. agência de viagens e turismo uma taxa de rescisão ade-
Artigo 24.º quada e justificável, estabelecida no contrato, calculada
com base na antecedência da rescisão do contrato relativa-
Alteração de outros termos do contrato de viagem organizada mente ao início da viagem organizada e nas economias de
1 — A agência de viagens e turismo está vinculada aos custos e nas receitas esperadas em resultado da reafetação
termos do contrato de viagem organizada, não os podendo dos serviços de viagem.
alterar, sem prejuízo do disposto no artigo anterior, salvo 3 — Nos casos em que o contrato não estabeleça taxa de
se cumulativamente se verificar o seguinte: rescisão, o montante da mesma deve corresponder ao preço
da viagem organizada deduzido das economias de custos
a) O contrato de viagem organizada prever expressa- e das receitas resultantes da reafetação dos serviços de
mente essa possibilidade; viagem, devendo a agência de viagens e turismo, a pedido
b) A alteração for insignificante; e do viajante, justificar o montante da taxa de rescisão.
c) A agência de viagens e turismo informar o viajante 4 — O viajante tem direito a rescindir o contrato de
dessa alteração, de forma clara, compreensível e bem viagem antes do início da mesma sem pagar qualquer taxa
visível num suporte duradouro. de rescisão, caso se verifiquem circunstâncias inevitáveis
e excecionais no local de destino ou na sua proximidade
2 — Se, antes do início da viagem organizada, a agência imediata que afetem consideravelmente a realização da
de viagens e turismo se vir obrigada a alterar significativa- mesma ou o transporte dos passageiros para o destino.
mente alguma das características principais dos serviços 5 — A rescisão do contrato de viagem nos termos do
de viagem referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 17.º, número anterior confere ao viajante o direito ao reembolso
ou não conseguir preencher os requisitos especiais a que integral dos pagamentos efetuados, sem direito a indem-
se refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 20.º, ou propuser o nização adicional, sendo a agência de viagens e turismo
aumento do preço da viagem organizada em mais de 8 %, organizadora responsável por esse reembolso.
nos termos referidos no n.º 4 do artigo 23.º, o viajante 6 — A agência de viagens e turismo retalhista é soli-
pode, num prazo razoável fixado pela agência de viagens dariamente responsável pela obrigação estabelecida no
e turismo: número anterior, sem prejuízo do direito de regresso, nos
a) Aceitar a alteração proposta; termos gerais aplicáveis.
b) Rescindir o contrato, sem qualquer penalização, sendo 7 — A agência de viagens e turismo deve reembolsar,
reembolsado das quantias pagas nos termos do n.º 6. nos casos referidos nos n.os 1 a 3, todos os pagamentos
efetuados, deduzidos da taxa de rescisão, no prazo máximo
3 — No caso previsto na alínea b) do número anterior, de 14 dias após a rescisão do contrato de viagem.
o viajante pode aceitar uma viagem organizada de substi-
tuição, se possível de qualidade equivalente ou superior. Artigo 26.º
4 — Nos casos previstos no n.º 2, a agência deve Direito de retratação
comunicar ao viajante, sem demora injustificada e de
forma clara, compreensível e bem visível, num suporte 1 — No caso dos contratos celebrados fora do estabe-
duradouro: lecimento comercial, o viajante goza do direito de retrata-
ção do contrato de viagem organizada durante o prazo de
a) As alterações propostas e o seu impacto no preço da 14 dias sem ter de invocar qualquer fundamento.
viagem, nos termos do n.º 5; 2 — São considerados contratos celebrados fora do
b) Um prazo razoável para que o viajante comunique estabelecimento comercial os que são celebrados na pre-
a sua decisão; sença física simultânea do fornecedor de bens ou do pres-
c) As consequências da falta de resposta do viajante tador de serviços e do viajante em local que não seja o
dentro do prazo a que se refere a alínea anterior; e estabelecimento comercial daquele, nos termos definidos
d) Se for caso disso, a viagem organizada de substituição no Decreto-Lei n.º 24/2014, de 14 de fevereiro, na sua
proposta e o seu preço. redação atual.
3 — O direito previsto no n.º 1 não é aplicável ao con-
5 — Se as alterações ao contrato a que se refere o n.º 2 trato de viagem organizada que seja celebrado em stands
ou a viagem organizada de substituição a que se refere o de agências de viagens, devidamente identificadas como
n.º 3, resultarem numa viagem organizada de qualidade tal, em feiras de turismo.
1224 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

Artigo 27.º para o viajante, sempre que possível de qualidade equiva-


Rescisão do contrato de viagem organizada pela agência
lente ou superior à especificada no contrato, a fim de dar
continuidade à viagem organizada, inclusive se o regresso
1 — A agência de viagens e turismo pode rescindir o do viajante ao local de partida não for assegurado como
contrato nos casos seguintes: acordado.
5 — Se os serviços de viagem propostos pela agência de
a) O número de pessoas inscritas na viagem for inferior viagens e turismo forem de qualidade inferior aos previs-
ao número mínimo indicado no contrato; ou tos no contrato, a mesma deve conceder ao viajante uma
b) A agência de viagens e turismo for impedida de redução adequada do preço da viagem.
executar o contrato devido a circunstâncias inevitáveis 6 — O viajante só pode recusar os serviços de viagem
e excecionais. propostos se estes não forem comparáveis ao que tinha sido
acordado no contrato de viagem organizada ou se a redução
2 — No caso previsto na alínea a) do número anterior, do preço referida no número anterior for inadequada.
a agência de viagens e turismo deve notificar o viajante 7 — Se for impossível encontrar alternativas ou o
da rescisão do contrato dentro do prazo fixado no mesmo viajante recusar as alternativas propostas nos termos do
e o mais tardar: número anterior, o viajante tem direito, se adequado, a
a) 20 dias antes do início da viagem organizada, no caso uma redução do preço e/ou a uma indemnização por danos,
de viagens com duração superior a seis dias; nos termos do artigo seguinte, sem rescindir o contrato de
b) 7 dias antes do início da viagem organizada, no caso viagem organizada.
de viagens com duração de dois a seis dias; 8 — Quando a agência de viagens e turismo não asse-
c) 48 horas antes do início da viagem organizada, no gure em tempo útil, a prestação de serviços equivalentes
caso de viagens com duração inferior a dois dias. aos contratados ou o suprimento de qualquer outra falta de
conformidade, desde que notificada nos termos do n.º 1, o
3 — No caso previsto da alínea b) do n.º 1, a agência viajante pode suprir esta falta e solicitar o reembolso das
de viagens e turismo deve notificar o viajante da rescisão despesas incorridas à agência de viagens e turismo.
do contrato, sem demora injustificada, antes do início da 9 — O reembolso por despesas incorridas pelo viajante,
viagem organizada. nos termos do número anterior, inclui as despesas com a
4 — A rescisão do contrato de viagem nos termos do contratação com terceiros de serviços de alojamento e
n.º 1, e cumpridas as obrigações previstas nos n.os 2 e 3, transporte não incluídos no contrato.
confere ao viajante o direito ao reembolso integral dos 10 — Se a falta de conformidade afetar consideravel-
pagamentos efetuados, mas não o direito a uma indemni- mente a execução da viagem organizada e a agência de
zação adicional. viagens e turismo não a suprir dentro de um prazo razoá-
5 — A agência de viagens e turismo deve efetuar os vel fixado pelo viajante, este pode rescindir o contrato de
reembolsos exigidos nos termos do número anterior no viagem organizada sem pagar uma taxa de rescisão e pode
prazo máximo de 14 dias após a rescisão do contrato de solicitar uma redução do preço e/ou uma indemnização por
viagem. danos, nos termos do artigo seguinte.
6 — A agência de viagens e turismo organizadora é 11 — Se a viagem organizada incluir o transporte de
responsável pelo reembolso previsto no número anterior passageiros e a falta de conformidade afetar consideravel-
mente a execução da viagem, quando se mostre impossível
na situação prevista na alínea b) do n.º 1.
a continuação da viagem ou o viajante recusar as alterna-
7 — A agência de viagens e turismo retalhista é soli-
tivas propostas nos termos do n.º 6, a agência de viagens
dariamente responsável pela obrigação estabelecida no
e turismo deve fornecer, sem aumento de preço, um meio
número anterior, sem prejuízo do direito de regresso, nos de transporte equivalente que possibilite o regresso, sem
termos gerais aplicáveis. demora injustificada, ao local de partida ou a outro local
acordado.
Artigo 28.º
Artigo 29.º
Incumprimento
Redução do preço e indemnização por danos
1 — Qualquer falta de conformidade na execução
de serviço de viagem incluído no contrato de viagem 1 — O viajante tem direito à redução do preço durante
organizada deve ser comunicada à agência de viagens todo o período em que se verifique a falta de conformi-
e turismo por escrito ou de outra forma adequada, sem dade, salvo se a agência de viagens e turismo provar que
demora injustificada. a mesma é imputável ao viajante.
2 — A agência de viagens e turismo deve assegurar o 2 — O viajante tem direito a receber, sem demora injus-
suprimento da falta de conformidade, salvo quando tal seja tificada, uma indemnização por quaisquer danos sofridos
impossível ou implique custos desproporcionados, tendo em resultado de uma eventual falta de conformidade, salvo
em conta o valor dos serviços afetados e a relevância da se a agência de viagens e turismo provar que a falta de
falta de conformidade em causa. conformidade é:
3 — Nas situações previstas no número anterior, o a) Imputável ao viajante;
cliente tem direito à restituição da diferença entre o preço b) Imputável a um terceiro alheio à prestação dos servi-
das prestações previstas e o das efetivamente fornecidas, ços de viagem incluídos no contrato de viagem organizada
bem como a ser indemnizado nos termos do artigo seguinte. e é imprevisível ou inevitável; ou
4 — Caso uma parte significativa dos serviços de via- c) Devida a circunstâncias inevitáveis e excecionais.
gem não possa ser prestada como acordado no contrato de
viagem organizada, a agência de viagens e turismo deve 3 — Os direitos à indemnização ou à redução de preço
propor alternativas adequadas, sem custos suplementares nos termos do presente decreto-lei não podem afetar os
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1225

direitos dos viajantes nos termos do Regulamento (CE) ponsabilidade nos termos do n.º 3 se o prestador de serviços
n.º 261/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de transporte em causa não puder invocar tais circunstân-
de fevereiro de 2004, do Regulamento (CE) n.º 1371/2007, cias nos termos da legislação aplicável da União.
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de
2007, do Regulamento (CE) n.º 392/2009, do Parlamento Artigo 31.º
Europeu e do Conselho, de 23 de abril de 2009, do Regu- Proteção em caso de insolvência
lamento (UE) n.º 1177/2010, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 24 de novembro de 2010, e do Regulamento 1 — Nos casos em que os serviços contratados não
(UE) n.º 181/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, sejam executados em consequência da insolvência da
de 16 de fevereiro de 2011, e nos termos das convenções agência de viagens e turismo, esta deve reembolsar todos
internacionais, tendo os viajantes direito de apresentar os pagamentos efetuados pelos viajantes ou por conta
reclamações nos termos do presente decreto-lei e dos destes.
referidos regulamentos e convenções internacionais. 2 — Se no contrato de viagem organizada estiver
4 — A indemnização ou a redução de preço concedida incluído o transporte de passageiros, a agência de via-
nos termos do presente decreto-lei e a indemnização ou a gens e turismo deve igualmente garantir o repatriamento
redução de preço concedida nos termos dos regulamentos dos viajantes.
e convenções internacionais referidos no número ante- 3 — Sem prejuízo do número anterior, a agência de
rior devem ser deduzidas uma da outra a fim de evitar a viagens e turismo pode propor ao viajante a continuação
sobrecompensação. da viagem.
5 — O direito a apresentar reclamações nos termos do 4 — Relativamente aos serviços de viagem que não
presente artigo prescreve no prazo de dois anos. tenham sido prestados, os reembolsos são efetuados sem
demora injustificada após o pedido do viajante.
Artigo 30.º
Artigo 32.º
Assistência aos viajantes
Outras obrigações
1 — Em caso de dificuldades do viajante, ou quando por
razões que não lhe forem imputáveis, este não possa termi- Sem prejuízo da responsabilidade solidária, prevista no
nar a viagem organizada, a agência de viagens e turismo é n.º 3 do artigo 35.º, caso a agência de viagens e turismo
obrigada a dar-lhe assistência, nomeadamente: organizadora esteja estabelecida fora do Espaço Econó-
mico Europeu, a agência de viagens e turismo retalhista
a) Fornecendo informações adequadas sobre os serviços estabelecida em território nacional fica sujeita às obrigações
de saúde, as autoridades locais e a assistência consular; e aplicáveis às agências de viagens e turismo organizadoras
b) Ajudando o viajante a efetuar comunicações à distân- previstas nos artigos 28.º, 29.º, 30.º e 31.º, salvo se puder
cia e a encontrar soluções alternativas de viagem. provar que a agência de viagens e turismo organizadora
preenche as condições previstas nestes artigos.
2 — A agência de viagens e turismo pode cobrar uma
taxa razoável por essa assistência se a dificuldade tiver Artigo 33.º
sido causada pelo viajante de forma deliberada ou por
negligência deste último, que não pode, em caso algum, Contacto com a agência organizadora através
da agência retalhista
exceder os custos efetivamente incorridos pela agência.
3 — Se devido a circunstâncias inevitáveis e excecio- 1 — O viajante pode enviar mensagens, pedidos ou
nais, o viajante não puder regressar, a agência de viagens apresentar reclamações relacionadas com a execução da
e turismo organizadora é responsável por assegurar os viagem organizada diretamente à agência de viagens e
custos de alojamento necessários, se possível de categoria turismo retalhista por intermédio da qual a viagem foi
equivalente, por um período não superior a três noites por adquirida, caso em que, esta transmite à agência de via-
viajante. gens e turismo organizadora essas mensagens, pedidos ou
4 — A agência de viagens e turismo retalhista é soli- reclamações, sem demora injustificada.
dariamente responsável pela obrigação estabelecida no 2 — Para efeitos do cumprimento de prazos e de prazos
número anterior, sem prejuízo do direito de regresso, nos de prescrição, a receção de mensagens, de pedidos ou de
termos gerais aplicáveis. reclamações a que se refere o número anterior pela agência
5 — Se, nos termos da legislação da União Europeia de viagens e turismo retalhista é equiparada à receção pela
em matéria de direitos dos passageiros, forem previstos agência de viagens e turismo organizadora.
períodos de alojamento mais longos para os meios de
transporte relevantes para o regresso do viajante, o período
SECÇÃO IV
previsto no n.º 3 deve ser aumentado em consonância com
tal legislação. Serviços de viagem conexos
6 — A limitação dos custos prevista no n.º 3, não se
aplica às pessoas com mobilidade reduzida, nem aos Artigo 34.º
respetivos acompanhantes, às grávidas e às crianças não
Requisitos de informação e proteção em caso de insolvência
acompanhadas, nem às pessoas que necessitem de cui-
dados médicos específicos, desde que a agência de via- 1 — Antes de um viajante ficar vinculado por um con-
gens e turismo tenha sido notificada dessas necessidades trato conducente à criação de um serviço de viagem conexo
específicas pelo menos 48 horas antes do início da viagem ou por uma proposta correspondente, o operador que faci-
organizada. lite os serviços de viagem conexos, mesmo que não esteja
7 — A agência de viagens e turismo não pode invocar estabelecido num Estado-Membro mas que, por qualquer
circunstâncias inevitáveis e excecionais para limitar a res- meio, dirija tais atividades para o território nacional, deve
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indicar de forma clara, compreensível e bem visível que títulos de alojamento e de transporte e ainda pela escolha
o viajante: culposa dos prestadores de serviços, caso estes não tenham
sido sugeridos pelo cliente.
a) Não beneficia dos direitos que se aplicam exclu-
5 — As agências de viagens e turismo que intervenham
sivamente a viagens organizadas ao abrigo do presente
como intermediárias em vendas ou reservas de serviços de
decreto-lei e que cada prestador de serviços será o único
viagem avulsos são responsáveis pelos erros de emissão
responsável pela correta execução contratual do seu ser-
dos respetivos títulos, mesmo nos casos decorrentes de
viço; e
deficiências técnicas nos sistemas de reservas que lhes
b) Beneficia da proteção em caso de insolvência, nos
sejam imputáveis.
termos do n.º 3.
6 — A agência de viagens e turismo é responsável por
2 — A fim de dar cumprimento ao número anterior, o quaisquer erros devido a deficiências técnicas no sistema
operador que facilite serviços de viagem conexos deve de reservas que lhe sejam imputáveis e, se tiver aceite pro-
fornecer ao viajante as informações através da ficha in- ceder à reserva de uma viagem organizada ou de serviços
formativa normalizada relevante constante do anexo III de viagem que façam parte de serviços de viagem conexos,
ao presente decreto-lei e do qual faz parte integrante, ou, pelos erros cometidos durante o processo de reserva.
caso o tipo especial de serviços de viagem conexos não 7 — As agências de viagens e turismo não são responsá-
seja abrangido por uma das fichas informativas constante veis por erros na reserva que sejam imputáveis ao viajante
desse anexo, fornece as informações aí indicadas. ou que sejam causados por circunstâncias inevitáveis e
3 — As agências de viagens e turismo que facilitam excecionais.
serviços de viagem conexos nos termos do disposto na Artigo 36.º
alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º devem garantir o reembolso
Limites
de todos os pagamentos recebidos dos viajantes, na medida
em que o serviço de viagem que faz parte de um serviço 1 — A responsabilidade da agência de viagens e turismo
de viagem conexo não seja executado em consequência tem como limite o montante máximo exigível às entidades
da sua insolvência. prestadoras dos serviços, nos termos da Convenção de
4 — Se as agências de viagens e turismo referidas no Montreal, de 28 de maio de 1999, sobre transporte aéreo
número anterior forem a parte responsável pelo transporte internacional, e da Convenção de Berna, de 1961, sobre
dos passageiros, a garantia abrange também o repatria- transporte ferroviário.
mento do viajante. 2 — No que concerne aos transportes marítimos,
5 — O n.º 3 do artigo 6.º e os n.os 2 a 4 do artigo 31.º a responsabilidade das agências de viagens e turismo,
são aplicáveis com as devidas adaptações. relativamente aos seus clientes, pela prestação de servi-
6 — Se o operador que facilitar os serviços de viagem ços de transporte, ou alojamento, quando for caso disso,
conexos não cumprir os requisitos constantes dos números por empresas de transportes marítimos, no caso de danos
anteriores, são aplicáveis os direitos e obrigações previs- resultantes de dolo ou negligência destas, tem como limites
tos nos artigos 22.º, 25.º, 26.º, 27.º, 28.º, 29.º, 30.º e 33.º os seguintes montantes:
relativamente aos serviços de viagem incluídos no serviço
de viagem conexo. a) € 441 436,00, em caso de morte ou danos corporais;
7 — Quando um serviço de viagem conexo resultar b) € 7881,00, em caso de perda total ou parcial de
da celebração de um contrato entre um viajante e uma bagagem ou da sua danificação;
agência de viagens e turismo que não facilite o serviço de c) € 31 424,00, em caso de perda de veículo automóvel,
viagem conexo, essa agência deve informar a agência de incluindo a bagagem nele contida;
viagens e turismo que facilita o serviço de viagem conexo d) € 10 375,00, em caso de perda de bagagem, acompa-
da celebração do contrato correspondente. nhada ou não, contida em veículo automóvel;
e) € 1097,00, por danos na bagagem, em resultado da
danificação do veículo automóvel.
CAPÍTULO IV
3 — Quando exista, a responsabilidade das agências de
Da responsabilidade das agências de viagens viagens e turismo pela deterioração, destruição e subtração
de bagagens ou outros artigos, em estabelecimentos de
Artigo 35.º alojamento turístico, enquanto o cliente aí se encontrar
Princípios gerais alojado, tem como limites:
1 — As agências de viagens e turismo são responsáveis a) € 1397,00, globalmente;
perante os seus clientes pela execução dos serviços de b) € 449,00 por artigo;
viagem incluídos no contrato de viagem, sem prejuízo do c) O valor declarado pelo cliente, quanto aos artigos
disposto nos números seguintes. depositados à guarda do estabelecimento de alojamento
2 — Quando se tratar de viagens organizadas, as agên- turístico.
cias de viagens e turismo são responsáveis perante os seus
clientes, ainda que os serviços devam ser executados por 4 — As agências de viagens e turismo têm direito de
terceiros e sem prejuízo do direito de regresso, nos termos regresso sobre os fornecedores de bens e serviços relati-
gerais aplicáveis. vamente às quantias pagas no cumprimento da obrigação
3 — No caso de viagens organizadas, as agências de de indemnizar prevista nos números anteriores, nos termos
viagens e turismo organizadoras respondem solidariamente gerais aplicáveis.
com as agências retalhistas. 5 — O contrato de viagem pode limitar a indemnização
4 — Nos restantes serviços de viagens, as agências de a pagar, desde que esse limite não seja aplicável às lesões
viagens e turismo respondem pela correta emissão dos corporais, nem aos danos causados de forma deliberada
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1227

ou por negligência e não represente menos do que o triplo 2 — Sempre que o FGVT atinja um valor inferior a
do preço total da viagem organizada. € 3 000 000,00, as agências de viagens e turismo são
notificadas pelo Turismo de Portugal, I. P., para presta-
rem contribuição adicional, nos termos do quadro único
CAPÍTULO V em anexo I ao presente decreto-lei e do qual faz parte
Das garantias dos viajantes integrante, e na proporção estabelecida, até que o FGVT
atinja o seu valor mínimo de € 4 000 000,00.
Artigo 37.º 3 — A contribuição referida no número anterior é efe-
tuada no prazo de 30 dias a contar da data da notificação
Fundo de garantia de viagens e turismo do Turismo de Portugal, I. P., devendo em simultâneo a
1 — O FGVT, criado ao abrigo do Decreto-Lei agência de viagens e turismo facultar o acesso à informação
n.º 61/2011, de 6 de maio, na sua redação atual, mantém- empresarial simplificada que tenha apresentado para efeitos
-se em vigor, sendo regulado pelas normas constantes do fiscais, para comprovação do respetivo volume de negócios
presente decreto-lei. e apuramento do escalão aplicável e respetivo montante a
2 — O FGVT é dotado de personalidade jurídica e contribuir, nos termos do número anterior.
de autonomia administrativa, patrimonial e financeira,
responde solidariamente pelo pagamento dos créditos de Artigo 39.º
viajantes decorrentes do incumprimento de serviços con- Acionamento do fundo de garantia de viagens e turismo
tratados às agências de viagens e turismo.
3 — O FGVT tem o montante mínimo de € 4 000 000,00 1 — Os viajantes interessados em obter a satisfação de
e é constituído pelos valores a que se refere o artigo seguinte. créditos resultantes do incumprimento de contratos cele-
4 — Os valores que integram o FGVT respondem brados com agências de viagens e turismo podem acionar
solidariamente pelos créditos dos viajantes relativamente o FGVT por requerimento escrito dirigido ao Turismo de
a serviços contratados a agências de viagens e turismo, e Portugal, I. P., devendo apresentar, em alternativa:
satisfazem: a) Sentença judicial ou decisão arbitral transitada em
julgado, da qual conste o montante da dívida exigível,
a) O reembolso dos pagamentos efetuados pelos via-
certa e líquida;
jantes ou por conta destes na medida em que os serviços
b) Decisão do provedor do cliente da Associação Por-
contratados não sejam prestados por força da insolvência
tuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), da
da agência de viagens e turismo;
qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida,
b) O reembolso dos montantes entregues pelos viajantes desde que aquele esteja inscrito na lista de entidades de
referentes ao incumprimento ou cumprimento defeituoso Resolução Alternativa de Litígios, nos termos da Lei
de contratos celebrados com agências de viagens e turismo; n.º 144/2015, de 8 de setembro, na sua redação atual;
c) O reembolso das despesas suplementares suportadas c) Requerimento solicitando a intervenção da comissão
pelos clientes em consequência da não prestação dos ser- arbitral a que se refere o artigo seguinte, instruído com
viços ou da sua prestação defeituosa. documentos comprovativos dos factos alegados e identi-
5 — Podem acionar o FGVT os viajantes que não ficação das agências de viagens e turismo organizadora e
estejam abrangidos por um acordo geral para a organiza- retalhista envolvidas.
ção de viagens de negócios.
6 — Ficam excluídos do âmbito do FGVT o pagamento 2 — O Turismo de Portugal, I. P., notifica as agências
dos créditos dos viajantes: de viagens e turismo organizadora e retalhista responsáveis
para proceder ao pagamento da quantia devida no prazo
a) Relativos à compra isolada de bilhetes de avião; de 10 dias, antes de acionar o FGVT.
b) Que tenham viajado com base num acordo geral para 3 — Na ausência de pagamento nos termos previstos no
a organização de viagens de negócios. número anterior, o FGVT procede ao pagamento, devendo
a agência ou agências de viagens e turismo responsáveis
7 — A gestão do FGVT cabe ao Estado, representado repor o montante utilizado, no prazo máximo de 15 dias,
pelo Turismo de Portugal, I. P., com o apoio, não remune- a contar da data do pagamento pelo FGVT.
rado, de um conselho geral que integra representantes das 4 — O requerimento a que se refere a alínea c) do n.º 1 é
agências de viagens e turismo e dos viajantes, em termos apresentado, salvo prazo superior contratualmente previsto,
a regulamentar por portaria do membro do Governo res- no prazo de 60 dias após:
ponsável pela área do turismo.
8 — A gestão do FGVT pode ser atribuída pelo Turismo a) O termo da viagem;
de Portugal, I. P., ouvido o conselho geral do FGVT, a uma b) O cancelamento da viagem imputável à agência de
sociedade financeira, com respeito pelas normas aplicáveis viagens e turismo;
à contratação pública. c) A data do conhecimento da impossibilidade da sua
9 — As receitas decorrentes da gestão do FGVT rever- realização por facto imputável à agência de viagens e
tem para o mesmo. turismo;
d) O encerramento do estabelecimento.
Artigo 38.º
Financiamento do fundo de garantia de viagens e turismo 5 — Considera-se observado o prazo referido no número
anterior desde que o cliente:
1 — O financiamento do FGVT é assegurado pelas
agências de viagens e turismo, mediante uma contribuição a) Apresente reclamação no livro de reclamações;
única de € 2500,00, a prestar no momento da inscrição b) Dirija reclamação, sob qualquer forma escrita, em
no RNAVT. alternativa, à agência de viagens e turismo, ao Turismo
1228 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

de Portugal, I. P., à Autoridade de Segurança Alimentar 3 — O montante mínimo coberto pelo seguro é de
e Económica (ASAE), à Direção-Geral do Consumidor, € 75 000,00 por sinistro.
aos Centros de Informação Autárquica ao Consumidor, 4 — A apólice uniforme do seguro, celebrada sob a lei
aos Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo, ao portuguesa, é aprovada pela Autoridade de Supervisão de
Provedor do Cliente das Agências de Viagens e Turismo Seguros e Fundos de Pensões.
ou a qualquer entidade com atribuições nesta matéria. 5 — Equivale ao seguro referido nos números ante-
riores a subscrição de qualquer outra garantia financeira,
6 — Por cada processo tramitado na comissão arbitral nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-Lei
prevista no artigo seguinte é devida uma taxa administra- n.º 92/2010, de 26 de julho.
tiva que reverte para o FGVT, em termos a regulamentar
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas Artigo 42.º
áreas das finanças e do turismo. Exclusão da cobertura do seguro de responsabilidade civil

Artigo 40.º 1 — São excluídos do seguro de responsabilidade civil:


Comissão arbitral a) Os danos causados aos agentes ou representantes
legais das agências de viagens e turismo quando estes se
1 — O requerimento previsto na alínea c) do n.º 1 do encontrem ao serviço;
artigo anterior é apreciado por uma comissão de resolu- b) Os danos provocados pelo cliente ou por terceiro
ção de conflitos, designada Comissão Arbitral, convocada alheio ao fornecimento das prestações.
pelo presidente do Turismo de Portugal, I. P., no prazo de
10 dias após a entrega do pedido. 2 — Podem ser excluídos do seguro:
2 — A comissão referida no número anterior é cons-
tituída por: a) Os danos causados por acidentes ocorridos com meios
de transporte que não pertençam à agência de viagens e
a) Um representante do Turismo de Portugal, I. P., que turismo, desde que o transportador tenha o seguro exigido
preside; para aquele meio de transporte;
b) Um representante da APAVT; b) As perdas, deteriorações, furtos ou roubos de baga-
c) Um representante de associação de defesa do con- gens ou valores entregues pelo cliente à guarda da agência
sumidor; ou de viagens e turismo.
d) Um representante de uma entidade adequada para
defesa do viajante, no caso de o mesmo não ser consu-
midor. CAPÍTULO VI
Da fiscalização e sanções
3 — A entidade adequada para a defesa do viajante não
consumidor, nos termos da alínea d) do número anterior, Artigo 43.º
é indicada pelo Turismo de Portugal, I. P.
4 — As agências de viagens e turismo e os viajantes Entidade fiscalizadora competente
podem, caso pretendam, fazer-se representar legalmente 1 — Sem prejuízo das competências atribuídas a outras
junto da comissão arbitral. entidades, compete à ASAE fiscalizar o cumprimento do
5 — A comissão arbitral delibera no prazo máximo de disposto no presente decreto-lei, bem como proceder à
20 dias após a sua convocação, sendo a deliberação tomada instrução dos respetivos processos de contraordenação.
por maioria dos membros presentes, tendo o presidente 2 — As autoridades administrativas e policiais prestam
voto de qualidade. apoio à ASAE no exercício das suas funções de fiscalização.
6 — A comissão arbitral é uma entidade de Resolução 3 — Deve ser facultada aos elementos dos serviços de
Alternativa de Litígios, aplicando-se-lhes as disposições inspeção toda a informação necessária ao exercício da
e regime previstos na Lei n.º 144/2015, de 8 de setem- atividade fiscalizadora.
bro, na sua redação atual, e na Lei n.º 63/2011, de 14 de
dezembro; Artigo 44.º
Artigo 41.º
Obrigação de participação
Seguro de responsabilidade civil
1 — Todas as autoridades e seus agentes devem parti-
1 — As agências de viagens e turismo devem celebrar cipar à ASAE quaisquer infrações ao presente decreto-lei
um seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos e respetivas disposições regulamentares.
decorrentes da sua atividade garantindo o ressarcimento 2 — Quando se tratar de infração ao disposto no n.º 1 do
dos danos patrimoniais e não patrimoniais causados a artigo 13.º, a participação é feita ao Instituto da Mobilidade
clientes ou a terceiros por ações ou omissões da agência e dos Transportes, I. P.
ou dos seus representantes.
2 — O seguro de responsabilidade civil deve ainda Artigo 45.º
cobrir como risco acessório:
Aplicação de medidas cautelares
a) O repatriamento dos clientes e a sua assistência nos
1 — A ASAE é competente para determinar a suspensão
termos do artigo 30.º;
temporária do exercício da atividade e o encerramento
b) A assistência médica e medicamentos necessários em
temporário do estabelecimento nos seguintes casos:
caso de acidente ou doença ocorridos durante a viagem,
incluindo aqueles que se revelem necessários após a con- a) Havendo declaração de insolvência, sem aprovação
clusão da viagem. do respetivo plano;
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1229

b) Se a agência cessar a atividade por um período c) A infração ao disposto no artigo 11.º;


superior a 90 dias sem justificação atendível; d) A alteração do preço de uma viagem organizada em
c) Se for verificada a inexistência de seguro de respon- violação do disposto no artigo 23.º;
sabilidade civil válido; e) A alteração de outros termos contratuais de uma via-
d) Se a agência não proceder à reposição dos valores gem organizada em violação do disposto no artigo 24.º;
do FGVT da sua responsabilidade, nos termos do n.º 3 do f) A violação do disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 22.º;
artigo 39.º; g) A violação do disposto no n.º 6 do artigo 25.º e no
e) Quando se verificarem irregularidades graves na n.º 5 do artigo 27.º;
gestão da empresa ou incumprimento grave perante os h) O incumprimento das obrigações de informação pre-
fornecedores ou viajantes suscetíveis de pôr em risco os vistas no artigo 34.º, quando estejam em causa situações
interesses destes ou as condições normais de funciona- em que o facilitador não receba pagamentos respeitantes
mento do mercado; a serviços prestados por terceiros.
f) Se a agência não prestar a contribuição adicional
prevista nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 38.º 4 — As contraordenações cometidas nos termos do nú-
mero anterior, são punidas com as seguintes coimas:
2 — A aplicação das medidas cautelares, a que se a) Contraordenação muito grave:
refere o número anterior, deve ser devidamente funda-
mentada e atender à existência de pressuposto da ocor- i) Tratando-se de pessoa singular, de € 2500,00 a
rência de um prejuízo grave para os viajantes ou para € 3740,00;
ii) Tratando-se de micro, pequena ou média empresa,
o mercado.
de € 7500,00 a € 22 000,00;
3 — Verificado o disposto na alínea c) do n.º 1, a ASAE
iii) Tratando-se de grande empresa, de € 15 000,00 a
informa de imediato o Turismo de Portugal, I. P., para
€ 44 000,00;
efeitos de cancelamento de inscrição no RNAVT, conforme
previsto na alínea c) do n.º 2 do artigo 9.º
b) Contraordenação grave:
4 — O não cumprimento do disposto nas alíneas d)
e f) do n.º 1, no prazo de 30 dias, implica o cancela- i) Tratando-se de pessoa singular, de € 1000,00 a
mento imediato da inscrição no RNAVT pelo Turismo de € 3000,00;
Portugal, I. P. ii) Tratando-se de micro, pequena ou média empresa,
de € 1500,00 a € 10 000,00;
Artigo 46.º iii) Tratando-se de grande empresa, de € 2500,00 a
€ 20 000,00;
Contraordenações
1 — Constituem contraordenações muito graves: c) Contraordenação leve:
a) A infração ao disposto no n.º 1 do artigo 4.º; i) Tratando-se de pessoa singular, de € 250,00 a
b) A prestação de serviços antes de efetuada a mera € 1500,00;
comunicação prévia conforme o n.º 1 do artigo 6.º; ii) Tratando-se de micro, pequena ou média empresa,
c) A não prestação das garantias exigidas no n.º 1 do de € 500,00 a € 3500,00;
artigo 6.º; iii) Tratando-se de grande empresa, de € 750,00 a
d) A infração ao disposto no n.º 3 do artigo 6.º; € 5000,00.
e) A prestação de serviços ao abrigo do disposto no
artigo 10.º por pessoa singular ou coletiva que não se 5 — Para efeitos de classificação da empresa como
encontre legalmente estabelecida em Estado-Membro da micro, pequena e média empresa ou grande empresa,
União Europeia ou do espaço económico europeu. são utilizados os critérios definidos na Recomendação
n.º 2003/361/CE, da Comissão Europeia, de 6 de maio
2 — Constituem contraordenações graves: de 2003.
6 — A infração ao disposto no artigo 14.º constitui con-
a) A infração ao disposto no n.º 3 do artigo 3.º; traordenação punida nos termos previstos no Decreto-Lei
b) A infração ao disposto nos n.os 1 e 2 do artigo 5.º; n.º 156/2005, de 15 de setembro, na sua redação atual.
c) O incumprimento das obrigações previstas nos ar-
tigos 15.º, 16.º e 17.º, no n.º 2 do artigo 18.º, no n.º 2 do Artigo 47.º
artigo 19.º e no artigo 20.º;
d) O incumprimento das obrigações previstas nos n.os 2 Tentativa e negligência
a 5 do artigo 28.º e no artigo 30.º; A tentativa e a negligência são puníveis, sendo, nesses
e) O incumprimento das obrigações previstas no ar- casos, os limites máximo e mínimo do montante da coima
tigo 34.º, quando esteja em causa a situação prevista na a aplicar reduzidos a metade.
alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º;
f) A infração ao disposto no n.º 3 do artigo 39.º; Artigo 48.º
g) A oposição à realização de inspeções e vistorias pelas
Sanções acessórias
entidades competentes e a recusa de prestação, a estas
entidades, dos elementos solicitados. 1 — Quando a gravidade da infração o justifique, podem
ser aplicadas as seguintes sanções acessórias, nos termos
3 — Constituem contraordenações leves: do regime geral das contraordenações:
a) A infração ao disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 5.º; a) Interdição do exercício de profissão ou atividades
b) A violação ao disposto no n.º 4 do artigo 8.º; diretamente relacionadas com a infração praticada;
1230 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

b) Suspensão do exercício da atividade e encerramento Artigo 53.º


dos estabelecimentos, pelo período máximo de dois anos, Reavaliação
designadamente quando se trate dos comportamentos re-
feridos na alínea b) do n.º 1 e nas alíneas a) e f) do n.º 2 O regime de funcionamento do FGVT é reavaliado no
do artigo 46.º prazo máximo de um ano a contar da data da entrada em
vigor do presente decreto-lei.
2 — A decisão de aplicação de qualquer sanção pode ser
publicitada, a expensas do infrator, no sítio web da ASAE e Artigo 54.º
em jornal de difusão nacional, regional ou local, de acordo Norma revogatória
com a importância e os efeitos da infração.
É revogado o Decreto-Lei n.º 61/2011, de 6 de maio,
Artigo 49.º na sua redação atual.
Artigo 55.º
Competência para aplicação das sanções
Entrada em vigor
1 — A decisão de aplicação das sanções previstas no
presente decreto-lei compete ao inspetor-geral da ASAE. O presente decreto-lei entra em vigor no dia 1 de julho
2 — A aplicação das coimas é comunicada ao Turismo de de 2018.
Portugal, I. P., para efeitos de averbamento ao registo. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 25 de ja-
neiro de 2018. — Augusto Ernesto Santos Silva — Augusto
Artigo 50.º Ernesto Santos Silva — Mário José Gomes de Freitas
Produto das coimas Centeno — Paulo Alexandre dos Santos Ferreira.
1 — O produto das coimas resultantes da infração ao Promulgado em 1 de março de 2018.
disposto no presente decreto-lei reverte: Publique-se.
a) Em 60 % para o Estado; O Presidente da República, MARCELO REBELO DE SOUSA.
b) Em 40 % para a ASAE.
Referendado em 5 de março de 2018.
2 — Quando o produto da coima resultar de infração a O Primeiro-Ministro, António Luís Santos da Costa.
disposições relativas ao FGVT, o seu produto reverte:
ANEXO I
a) Em 60 % para o Estado;
b) Em 30 % para a ASAE; (a que se refere o n.º 2 do artigo 38.º)
c) Em 10 % para o FGVT.
Quadro único
CAPÍTULO VII
Montante
Disposições complementares, transitórias e finais Escalão
Prestação de serviços efetuados (euros)
(*)
da contribuição
anual para
o FGVT (euros)
Artigo 51.º
Tramitação desmaterializada 1.º . . . . . . . . . . . . . . . ≤ 1 milhão 200
2.º . . . . . . . . . . . . . . . > 1 até 5 milhões 500
A tramitação dos procedimentos e comunicações pre- 3.º . . . . . . . . . . . . . . . > 5 até 10 milhões 1 500
4.º . . . . . . . . . . . . . . . > 10 até 30 milhões 3 500
vistos no presente decreto-lei é realizada por via ele- 5.º . . . . . . . . . . . . . . . > 30 até 60 milhões 7 000
trónica através do RNAVT, acessível através do balcão 6.º . . . . . . . . . . . . . . . > 60 milhões até 100 milhões 10 000
único eletrónico a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei 7.º . . . . . . . . . . . . . . . > 100 milhões 15 000
n.º 92/2010, de 26 de julho, e ainda disponível no Portal (*) Ao abrigo do anexo N da Declaração Anual de IVA — Regimes Especiais — informação
da Empresa, no Portal do Cidadão e no Portal do Turismo empresarial simplificada
de Portugal, I. P. (Campo N15).

Artigo 52.º ANEXO II

Regiões autónomas (a que se referem os n.os 1, 2 e 3 do artigo 17.º


e o n.º 2 do artigo 18.º)
1 — Os atos e os procedimentos necessários à execu-
ção do presente decreto-lei nas Regiões Autónomas dos Parte A
Açores e da Madeira competem às entidades das respetivas
Ficha informativa normalizada para contratos de viagem
administrações regionais com atribuições e competências organizada caso a utilização de hiperligações seja possível
nas matérias em causa.
2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei A combinação de serviços de viagem que lhe é proposta
n.º 92/2010, de 26 de julho, as decisões proferidas, quer constitui uma viagem organizada na aceção da Diretiva da
pelos organismos da administração central quer pelos servi- (UE) 2015/2302.
ços competentes das administrações das regiões autónomas Por conseguinte, beneficiará de todos os direitos da
no âmbito do presente decreto-lei, são válidas para todo União Europeia aplicáveis às viagens organizadas. A(s)
o território nacional. empresa(s) XY será/serão plenamente responsável/res-
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1231

ponsáveis pela correta execução da globalidade da viagem Os viajantes têm também direito a uma redução do
organizada. preço e/ou a uma indemnização por danos em caso de
Além disso, conforme exigido por lei, a(s) empresa(s) incumprimento ou de execução deficiente dos serviços
XY tem/têm uma proteção para reembolsar os pagamentos de viagem.
que tenha efetuado e, se o transporte estiver incluído na O organizador e o retalhista têm de prestar assistência
viagem organizada, assegurar o seu repatriamento caso se um viajante estiver em dificuldades.
seja(m) declarada(s) insolvente(s). Se o organizador ou o retalhista for declarado insolvente,
Mais informações sobre os principais direitos ao abrigo os pagamentos serão reembolsados. Se o organizador ou o
do Diretiva da (UE) 2015/2302 [a fornecer através de uma retalhista for declarado insolvente após o início da viagem
hiperligação] organizada e se o transporte estiver incluído na viagem
organizada, é garantido o repatriamento dos viajantes. XY
Clicando na hiperligação, o viajante receberá as seguin- subscreveu uma proteção em caso de insolvência com YZ
tes informações: [entidade que garante a proteção em caso de insolvência,
por exemplo, um fundo de garantia ou uma companhia de
Direitos essenciais previstos na Diretiva da (UE)
seguros]. Os viajantes podem contactar esta entidade ou,
2015/2302
se aplicável, a autoridade competente (contactos, incluindo
Os viajantes receberão todas as informações essenciais nome, endereço geográfico, endereço de correio eletrónico
sobre a viagem organizada antes de celebrarem o respetivo e número de telefone) se for recusada a prestação de ser-
contrato. viços devido à insolvência de XY.
Há sempre pelo menos um operador responsável pela
correta execução de todos os serviços de viagem incluídos Diretiva (UE) 2015/2302 conforme transposta para o
no contrato. direito nacional [HIPERLIGAÇÃO]
Os viajantes dispõem de um número de telefone de
emergência ou dos contactos de um ponto de contacto Parte B
para poderem comunicar com o organizador ou a agência
de viagens. Ficha informativa normalizada para contratos de viagem organizada
Os viajantes podem ceder a viagem organizada a outra caso as situações sejam distintas das abrangidas pela Parte A
pessoa, mediante um pré-aviso razoável e, eventualmente, A combinação de serviços de viagem que lhe é proposta
mediante o pagamento de custos adicionais. constitui uma viagem organizada na aceção da Diretiva da
O preço da viagem organizada só pode ser aumentado (UE) 2015/2302.
em caso de aumento de custos específicos (por exemplo, Por conseguinte, beneficiará de todos os direitos da
do preço do combustível), se essa possibilidade estiver União Europeia aplicáveis às viagens organizadas. A(s)
expressamente prevista no contrato e, em qualquer caso, empresa(s) XY será/serão plenamente responsável/res-
até 20 dias antes do início da viagem organizada. Se o ponsáveis pela correta execução da globalidade da viagem
aumento do preço for superior a 8 % do preço da viagem organizada.
organizada, o viajante pode rescindir o contrato. Se o or- Além disso, conforme exigido por lei, a(s) empresa(s)
ganizador se reservar o direito de aumentar o preço, o XY tem/têm uma proteção para reembolsar os pagamentos
viajante tem direito a uma redução do preço em caso de que efetuou e, se o transporte estiver incluído na viagem
redução dos custos relevantes. organizada, assegurar o seu repatriamento caso seja(m)
Os viajantes podem rescindir o contrato sem pagar uma declarada(s) insolvente(s).
taxa de rescisão e obter o reembolso integral dos paga-
mentos efetuados em caso de alteração significativa de Direitos essenciais previstos na Diretiva da (UE)
algum dos elementos essenciais da viagem organizada, 2015/2302
com exceção do preço. Se, antes do início da viagem or-
ganizada, o operador responsável pela mesma a anular, os Os viajantes receberão todas as informações essenciais
viajantes têm direito ao reembolso e, se for caso disso, a sobre a viagem organizada antes de celebrarem o respetivo
uma indemnização. contrato.
Os viajantes podem rescindir o contrato sem pagar uma Há sempre pelo menos um operador responsável pela
taxa de rescisão antes do início da viagem organizada, em correta execução de todos os serviços de viagem incluídos
circunstâncias excecionais, por exemplo em caso de graves no contrato.
problemas de segurança no destino suscetíveis de afetar a Os viajantes dispõem de um número de telefone de
viagem organizada. emergência ou dos contactos de um ponto de contacto
Além disso, os viajantes podem rescindir o contrato a para poderem comunicar com o organizador ou a agência
qualquer momento antes do início da viagem organizada de viagens.
mediante o pagamento de uma taxa de rescisão adequada Os viajantes podem ceder a viagem organizada a outra
e justificável. pessoa, mediante um pré-aviso razoável e, eventualmente,
Se, após o início da viagem organizada, não for possí- mediante o pagamento de custos adicionais.
vel prestar elementos significativos da mesma conforme O preço da viagem organizada só pode ser aumentado
acordado, terão de ser propostas alternativas adequadas em caso de aumento de custos específicos (por exemplo,
ao viajante, sem custos suplementares. O viajante pode o preço do combustível), se essa possibilidade estiver
rescindir o contrato de viagem organizada sem pagar uma expressamente prevista no contrato e, em qualquer caso,
taxa de rescisão caso os serviços não sejam executados até 20 dias antes do início da viagem organizada. Se o
nos termos do contrato, esta falta de conformidade afete aumento do preço for superior a 8 % do preço da via-
consideravelmente a execução da viagem organizada e o gem organizada, o viajante pode rescindir o contrato. Se
organizador não supra esta falta. o organizador se reservar o direito de aumentar o preço,
1232 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

o viajante tem direito a uma redução do preço em caso de Além disso, conforme exigido por lei, a empresa YZ
redução dos custos relevantes. tem uma proteção para reembolsar os pagamentos que
Os viajantes podem rescindir o contrato sem pagar uma tenha efetuado e, se o transporte estiver incluído na via-
taxa de rescisão e obter o reembolso integral de quaisquer gem organizada, assegurar o seu repatriamento caso seja
pagamentos efetuados em caso de alteração significativa declarada insolvente.
de algum dos elementos essenciais da viagem organi- Mais informações sobre os principais direitos ao abrigo
zada, com exceção do preço. Se, antes do início da viagem da Diretiva da (UE) 2015/2302… [a fornecer através de
organizada, o operador responsável pela mesma a anular, uma hiperligação]
os viajantes têm direito ao reembolso e, se for caso disso,
a uma indemnização. Clicando na hiperligação, o viajante receberá as seguin-
Os viajantes podem rescindir o contrato sem pagar uma tes informações:
taxa de rescisão antes do início da viagem organizada, em
circunstâncias excecionais, por exemplo em caso de graves Direitos essenciais previstos na Diretiva da (UE)
problemas de segurança no destino suscetíveis de afetar a 2015/2302
viagem organizada. Os viajantes receberão todas as informações essenciais
Além disso, os viajantes podem rescindir o contrato sobre os serviços de viagem antes de celebrarem o contrato
a qualquer momento antes do início da viagem organi- de viagem organizada.
zada mediante o pagamento de uma taxa de rescisão ade- Há sempre pelo menos um operador responsável pela
quada. correta execução de todos os serviços de viagem incluídos
Se, após o início da viagem organizada, não for possí- no contrato.
vel prestar elementos significativos da mesma conforme
Os viajantes dispõem de um número de telefone de
acordado, terão de ser propostas alternativas adequadas
emergência ou dos contactos de um ponto de contacto
ao viajante, sem custos suplementares. O viajante pode
rescindir o contrato de viagem organizada sem pagar uma para poderem comunicar com o organizador ou a agência
taxa de rescisão caso os serviços não sejam executados de viagens.
nos termos do contrato, esta falta de conformidade afete Os viajantes podem ceder a viagem organizada a outra
consideravelmente a execução da viagem organizada e o pessoa, mediante um pré-aviso razoável e, eventualmente,
organizador não supra esta falta. mediante o pagamento de custos adicionais.
Os viajantes têm também direito a uma redução do O preço da viagem organizada só pode ser aumentado
preço e/ou a uma indemnização por danos em caso de em caso de aumento de custos específicos (por exemplo,
incumprimento ou de execução deficiente dos serviços o preço do combustível), se tal estiver expressamente pre-
de viagem. visto no contrato e, em qualquer caso, até 20 dias antes do
O organizador e o retalhista têm de prestar assistência início da viagem organizada. Se o aumento do preço for
se um viajante estiver em dificuldades. superior a 8 % do preço da viagem organizada, o viajante
Se o organizador ou o retalhista for declarado insolvente, pode rescindir o contrato. Se o organizador se reservar
os pagamentos serão reembolsados. Se o organizador ou o o direito de aumentar o preço, o viajante tem direito a
retalhista for declarado insolvente após o início da viagem uma redução do preço em caso de redução dos custos
organizada e se o transporte estiver incluído na viagem relevantes.
organizada, é garantido o repatriamento dos viajantes. XY Os viajantes podem rescindir o contrato sem pagar uma
subscreveu uma proteção em caso de insolvência com YZ taxa de rescisão e obter o reembolso integral de quaisquer
[entidade que garante a proteção em caso de insolvência, pagamentos efetuados em caso de alteração significativa
por exemplo, um fundo de garantia ou uma companhia de de algum dos elementos essenciais da viagem organi-
seguros]. Os viajantes podem contactar esta entidade ou, zada, com exceção do preço. Se, antes do início da viagem
se aplicável, a autoridade competente (contactos, incluindo organizada, o operador responsável pela mesma a anular,
nome, endereço geográfico, endereço de correio eletrónico os viajantes têm direito ao reembolso e, se for caso disso,
e número de telefone) se for recusada a prestação de ser- a uma indemnização.
viços devido à insolvência de XY. Os viajantes podem rescindir o contrato sem pagar uma
taxa de rescisão antes do início da viagem organizada, em
[Sítio web que disponibiliza a Diretiva (UE) 2015/2302 circunstâncias excecionais, por exemplo em caso de graves
conforme transposta para o direito nacional] problemas de segurança no destino suscetíveis de afetar a
viagem organizada.
Parte C Além disso, os viajantes podem rescindir o contrato a
qualquer momento antes do início da viagem organizada
Ficha informativa normalizada caso o organizador transmita mediante o pagamento de uma taxa de rescisão adequada
dados a outro operador, nos termos e justificada.
do ponto 5) da subalínea ii) da alínea p) do n.º 1 do artigo 2.º Se, após o início da viagem organizada, não for possí-
Ao celebrar um contrato com a empresa AB no prazo vel prestar elementos significativos da mesma conforme
de 24 horas após a receção da confirmação da reserva pela acordado, terão de ser propostas alternativas adequadas
empresa XY, os serviços de viagem prestados por XY e AB ao viajante, sem custos suplementares. O viajante pode
constituirão uma viagem organizada na aceção da Diretiva rescindir o contrato de viagem organizada sem pagar uma
da (UE) 2015/2302. taxa de rescisão caso os serviços não sejam executados
Por conseguinte, beneficiará de todos os direitos da UE nos termos do contrato, esta falta de conformidade afete
aplicáveis às viagens organizadas. A empresa XY será ple- consideravelmente a execução da viagem organizada e o
namente responsável pela correta execução da globalidade organizador não supra esta falta. De outro modo, os via-
da viagem organizada. jantes podem rescindir o contrato.
Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018 1233

Os viajantes têm também direito a uma redução do nome, endereço geográfico, endereço de correio eletrónico
preço e/ou a uma indemnização por danos em caso de e número de telefone) se for recusada a prestação dos
incumprimento ou de execução deficiente dos serviços serviços devido à insolvência de XY.
de viagem. Nota. — Esta proteção em caso de insolvência não abrange os con-
O organizador e o retalhista têm de prestar assistência tratos celebrados com partes distintas de XY que possam ser executados
se o viajante estiver em dificuldades. apesar da insolvência de XY.
Se o organizador ou o retalhista for declarado insol-
vente, os pagamentos serão reembolsados. Se o orga- Diretiva (UE) 2015/2302 conforme transposta para o
nizador ou o retalhista for declarado insolvente após direito nacional [HIPERLIGAÇÃO]
o início da viagem organizada e se o transporte estiver
incluído na viagem organizada, é garantido o repatria-
mento dos viajantes. XY subscreveu uma proteção em Parte B
caso de insolvência com YZ [entidade que garante a
proteção em caso de insolvência, por exemplo, um fundo Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os ser-
de garantia ou uma companhia de seguros]. Os viajantes viços de viagem conexos em linha, na aceção da subalínea i) da
alínea n) do n.º 1 do artigo 2.º, seja um operador distinto de uma
podem contactar esta entidade ou, se aplicável, a autori- transportadora que vende bilhetes de ida e volta.
dade competente (contactos, incluindo nome, endereço
geográfico, endereço de correio eletrónico e número de Se, após a seleção e o pagamento de um serviço de
telefone) se for recusada a prestação de serviços devido viagem, reservar serviços de viagem suplementares para a
à insolvência de XY. sua viagem ou férias através na nossa empresa/XY, NÃO
beneficiará dos direitos aplicáveis às viagens organizadas
Diretiva (UE) 2015/2302 conforme transposta para o nos termos da Diretiva da (UE) 2015/2302.
direito nacional [HIPERLIGAÇÃO] Por conseguinte, a empresa XY não será responsável
pela correta execução desses serviços de viagem autóno-
mos. Em caso de problemas, queira contactar o prestador
ANEXO III de serviços em causa.
No entanto, se reservar serviços de viagem suplementa-
(a que se refere o n.º 2 do artigo 34.º) res durante a mesma visita do sítio web de reservas da nossa
empresa/XY, os serviços de viagem passarão a fazer parte
Parte A de um serviço de viagem conexo. Nesse caso, conforme
exigido pelo direito da União, XY tem uma proteção para
Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os reembolsar os pagamentos que efetuou a seu favor por
serviços de viagem conexos em linha, na aceção subalínea i) da serviços não prestados devido à insolvência de XY. Queira
alínea n) do n.º 1 do artigo 2.º, seja uma transportadora que vende notar que esta proteção não abrange o reembolso em caso
bilhetes de ida e volta. de insolvência do prestador de serviços em causa.
Se, após a seleção e o pagamento de um serviço de Mais informações sobre a proteção em caso de insol-
viagem, reservar serviços de viagem suplementares para a vência [a fornecer através de uma hiperligação]
sua viagem ou férias através da nossa empresa/XY, NÃO
beneficiará dos direitos aplicáveis às viagens organizadas Clicando na hiperligação, o viajante receberá as seguin-
nos termos da Diretiva da (UE) 2015/2302. tes informações:
Por conseguinte, a empresa XY não será responsável XY subscreveu uma proteção em caso de insolvên-
pela correta execução desses serviços de viagem suplemen- cia com YZ [entidade que garante a proteção em caso de
tares. Em caso de problemas, queira contactar o prestador insolvência, por exemplo, um fundo de garantia ou uma
de serviços em causa. companhia de seguros].
No entanto, se reservar serviços de viagem suplementa- Os viajantes podem contactar esta entidade ou, se
res durante a mesma visita do sítio web de reservas da nossa aplicável, a autoridade competente (contactos, incluindo
empresa/XY, os serviços de viagem passarão a fazer parte nome, endereço geográfico, endereço de correio eletrónico
de um serviço de viagem conexo. Nesse caso, conforme e número de telefone) se for recusada a prestação dos
exigido pelo direito da União, XY tem uma proteção para serviços devido à insolvência de XY.
reembolsar os pagamentos que efetuou a seu favor por
serviços não prestados devido à insolvência de XY, e, se Nota. — Esta proteção em caso de insolvência não abrange os con-
tratos com outras partes distintas de XY que possam ser executados
necessário, para o seu repatriamento. Queira notar que esta apesar da insolvência XY.
proteção não abrange o reembolso em caso de insolvência
do prestador de serviços em causa. Diretiva (UE) 2015/2302 conforme transposta para o
Mais informações sobre a proteção em caso de insol- direito nacional [HIPERLIGAÇÃO]
vência [a fornecer através de uma hiperligação]

Clicando na hiperligação, o viajante receberá as seguin- Parte C


tes informações:
Ficha informativa normalizada para serviços de viagem conexos, na
XY subscreveu uma proteção em caso de insolvên- aceção da subalínea i) da alínea n) do n.º 1 do artigo 2.º, caso os
cia com YZ [entidade que garante a proteção em caso de contratos sejam celebrados simultaneamente na presença física
insolvência, por exemplo, um fundo de garantia ou uma do operador (distinto de uma transportadora que vende bilhetes
de ida e volta) e do viajante.
companhia de seguros].
Os viajantes podem contactar esta entidade ou, se Se, após a seleção e o pagamento de um serviço de
aplicável, a autoridade competente (contactos, incluindo viagem, reservar serviços de viagem suplementares para
1234 Diário da República, 1.ª série — N.º 48 — 8 de março de 2018

a sua viagem ou as suas férias através da nossa empresa/ insolvência, por exemplo, um fundo de garantia ou uma
XY, NÃO beneficiará dos direitos aplicáveis às viagens companhia de seguros].
organizadas previstos na Diretiva (UE) 2015/2302. Os viajantes podem contactar esta entidade ou, se
Por conseguinte, a nossa empresa XY não será responsá- aplicável, a autoridade competente (contactos, incluindo
vel pela correta execução desses serviços de viagem autó- nome, endereço geográfico, endereço de correio eletrónico
nomos. Em caso de problemas queira contactar o prestador
e número de telefone) se for recusada a prestação dos
de serviços em causa.
No entanto, se reservar serviços de viagem suplemen- serviços devido à insolvência de XY.
tares durante a mesma visita ao sítio web de reservas da Nota. — Esta proteção em caso de insolvência não abrange os con-
nossa empresa/XY, os serviços de viagem passarão a tratos com outras partes distintas de XY que possam ser executados
fazer parte de um serviço de viagem conexo. Nesse caso, apesar da insolvência de XY.
conforme exigido pelo direito da União, XY tem uma Diretiva (UE) 2015/2302 conforme transposta para o
proteção para reembolsar os pagamentos que efetuou a
seu favor por serviços não prestados devido à insolvên- direito nacional [HIPERLIGAÇÃO]
cia de XY. Queira notar que esta proteção não abrange
o reembolso em caso de insolvência do prestador de Parte E
serviços em causa.
XY subscreveu uma proteção em caso de insolvência
Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os ser-
com YZ [entidade que garante a proteção em caso de viços de viagem conexos em linha, na aceção da subalínea ii) da
insolvência, por exemplo, um fundo de garantia ou uma alínea n) do n.º 1 do artigo 2.º, seja um operador distinto de uma
companhia de seguros ou, se aplicável]. transportadora que vende bilhetes de ida e volta.
Os viajantes podem contactar esta entidade ou, se apli-
cável, a autoridade competente (contactos — incluindo Se reservar serviços de viagem suplementares para a
nome, endereço geográfico, endereço de correio eletrónico sua viagem ou as suas férias através desta ligação, NÃO
e número de telefone), se for recusada a prestação dos beneficiará dos direitos aplicáveis às viagens organizadas
serviços devido à insolvência de XY. nos termos da Diretiva (UE) 2015/2302.
Nota. — Esta proteção em caso de insolvência não abrange os con- Por conseguinte, a nossa empresa/XY não será res-
tratos com outras partes distintas de XY que possam ser executados ponsável pela correta execução dos serviços de viagem
apesar da insolvência de XY. suplementares. Em caso, de problemas queira contactar o
prestador de serviços em causa.
[Website onde se pode encontrar a Diretiva (UE)
2015/2302 conforme transposta para o direito nacional.] No entanto, se reservar serviços de viagem suplementa-
res através desta(s) ligação/ligações no prazo de 24 horas
após receção da confirmação da sua reserva por parte da
Parte D nossa empresa XY, esses serviços de viagem passarão a
Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os fazer parte de um serviço de viagem conexo. Nesse caso,
serviços de viagem conexos em linha, na aceção da subalínea ii) conforme exigido pelo direito da União, XY tem uma
da alínea n) do n.º 1 do artigo 2.º, seja uma transportadora que proteção para reembolsar os pagamentos que efetuou a
vende bilhetes de ida e volta. seu favor por serviços não prestados devido à insolvên-
cia de XY. Queira notar que esta proteção não abrange o
Se reservar serviços de viagem suplementares para a sua
viagem ou as suas férias através desta(s) ligação/ligações, reembolso em caso de insolvência do prestador de serviços
NÃO beneficiará dos direitos aplicáveis às viagens orga- em causa.
nizadas previstos na Diretiva (UE) 2015/2302. Mais informações sobre a proteção em caso de insol-
Por conseguinte, a nossa empresa/XY não será respon- vência [a fornecer através de uma hiperligação]
sável pela correta execução desses serviços de viagem
suplementares. Em caso de problemas, queira contactar o Clicando na hiperligação, o viajante receberá as seguin-
prestador de serviços em causa. tes informações:
No entanto, se reservar serviços de viagem suplementa-
res através desta(s) ligação/ligações no prazo de 24 horas XY subscreveu uma proteção em caso de insolvên-
após receção da confirmação da reserva pela nossa empresa cia com YZ [entidade que garante a proteção em caso de
XY, esses serviços de viagem passarão a fazer parte de um insolvência, por exemplo, um fundo de garantia ou uma
serviço de viagem conexo. Nesse caso, conforme exigido companhia de seguros].
pelo direito da União, XY tem uma proteção para reembol- Os viajantes podem contactar esta entidade ou, se
sar os pagamentos que efetuou a seu favor por serviços não aplicável, a autoridade competente (contactos, incluindo
prestados devido à insolvência de XY e, se necessário, para nome, endereço geográfico, endereço de correio eletrónico
o seu repatriamento. Queira notar que esta proteção não e número de telefone) se for recusada a prestação dos
abrange o reembolso em caso de insolvência do prestador
serviços devido à insolvência de XY.
de serviços em causa.
Mais informações sobre a proteção em caso de insol- Nota. — Esta proteção em caso de insolvência não abrange os con-
vência [a fornecer através de uma hiperligação] tratos com outras partes distintas de XY que possam ser executados
Clicando na hiperligação, o viajante receberá as seguin- apesar da insolvência de XY.
tes informações: Diretiva (UE) 2015/2302 conforme transposta para o
XY subscreveu uma proteção em caso de insolvên- direito nacional [HIPERLIGAÇÃO]
cia com YZ [entidade que garante a proteção em caso de 111178627
5336 Diário da República, 1.ª série — N.º 158 — 17 de Agosto de 2009

nais do sector da justiça, de renovação de equipamentos Artigo 2.º


e da aprovação de instrumentos normativos, que serão
Norma revogatória
igualmente desenvolvidos nos tribunais administrativos
e fiscais. São revogados os n.os 6 e 7 do artigo 4.º do Decreto-Lei
Foram ouvidos o Conselho Superior da Magistratura, o n.º 325/2003, de 29 de Dezembro.
Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais
e a Ordem dos Advogados. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de
Foram promovidas as diligências necessárias à audição Julho de 2009. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sou-
do Conselho Superior do Ministério Público, da Câmara sa — Alberto Bernardes Costa.
dos Solicitadores e do Conselho dos Oficiais de Justiça. Promulgado em 7 de Agosto de 2009.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons- Publique-se.
tituição, o Governo decreta o seguinte:
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Artigo 1.º Referendado em 10 de Agosto de 2009.
Alteração ao Decreto-Lei n.º 325/2003, de 29 de Dezembro
Pelo Primeiro-Ministro, Luís Filipe Marques Amado,
O artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 325/2003, de 29 de De- Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
zembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 182/2007, de 9 de
Maio, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 4.º
MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DA INOVAÇÃO
[...]

1 — A tramitação dos processos nos tribunais da Decreto-Lei n.º 191/2009


jurisdição administrativa e fiscal é efectuada electroni- de 17 de Agosto
camente em termos a definir por portaria do membro do
Governo responsável pela área da justiça, devendo as Consciente da crescente importância do turismo na eco-
disposições processuais relativas a actos dos magistra- nomia nacional, o XVII Governo Constitucional adop-
dos e das secretarias judiciais ser objecto das adaptações tou no seu Programa o turismo como área de intervenção
práticas que se revelem necessárias, designadamente prioritária.
quanto: O turismo representa actualmente cerca de 11 % do
PIB e emprega mais de 500 000 pessoas, tendo uma ca-
a) À apresentação de peças processuais e documentos; pacidade real de contribuir para a melhoria da qualidade
b) À distribuição de processos; de vida dos Portugueses e para a progressão da coesão
c) À prática, necessariamente por meios electrónicos, territorial e da identidade nacional, através da promoção
dos actos processuais dos magistrados e dos funcioná- do desenvolvimento sustentável em termos ambientais,
rios; económicos e sociais.
d) Aos actos, peças, autos e termos dos processos O Programa do Governo estabelece a necessidade de
que não podem constar do processo em suporte físico; adopção de uma lei de bases do turismo que consagre os
e) À remessa ao tribunal, necessariamente por meios princípios orientadores e o objectivo de uma política na-
electrónicos, do processo administrativo; cional de turismo, o que se faz através do presente decreto-
f) Ao acesso e consulta dos processos em suporte -lei.
informático. Quanto aos princípios gerais, reafirma-se a sustentabili-
dade ambiental, social e económica do turismo, salienta-se
2 — O disposto no número anterior é aplicável às a transversalidade do sector, que torna fundamental a arti-
citações e notificações das partes e dos mandatários ju- culação das várias políticas sectoriais, aposta-se na garantia
diciais, que são efectuadas electronicamente nos termos da competitividade das empresas e da livre concorrência
da lei de processo e da portaria do membro do Governo e assegura-se a participação dos interessados na definição
responsável pela área da justiça. das políticas públicas.
3— ..................................... Paralelamente, são apontadas como áreas prioritárias de
4 — Os documentos que possam ser digitalizados incidência das políticas públicas de turismo os transportes
podem ser apresentados por transmissão electrónica de e acessibilidades, maxime o transporte aéreo, a qualificação
dados, podendo as partes ser dispensadas de remeter ao da oferta, a promoção, o ensino e formação profissional e
tribunal o respectivo suporte de papel e as cópias dos a política fiscal, elegendo a competitividade dos agentes
mesmos, nos termos a definir por portaria do Ministro económicos como factor determinante do desenvolvimento
da Justiça, e devolvidos ao apresentante. do turismo.
5 — O disposto nos números anteriores não prejudica Foram ouvidos os órgãos de governo próprio da Região
o dever de exibição dos originais das peças processuais Autónoma da Madeira e a Associação Nacional de Muni-
e dos documentos juntos pelas partes por transmissão cípios Portugueses.
electrónica de dados, sempre que o juiz o determine, Foi promovida a audição dos órgãos de governo próprio
nos termos da lei de processo. da Região Autónoma dos Açores.
6 — (Revogado.) Foram ouvidas, a título facultativo, as associações re-
7 — (Revogado.)» presentativas do sector.
Diário da República, 1.ª série — N.º 158 — 17 de Agosto de 2009 5337

Assim: as políticas sectoriais que influenciam o desenvolvimento


Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons- turístico, nomeadamente nos domínios da segurança e da
tituição, o Governo decreta o seguinte: protecção civil, do ambiente, do ordenamento do território,
dos transportes e das acessibilidades, das comunicações,
da saúde e da cultura.
CAPÍTULO I
Disposições gerais Artigo 6.º
Princípio da competitividade
Artigo 1.º
O princípio da competitividade traduz-se:
Objecto
a) Na adopção de políticas de ordenamento do terri-
O presente decreto-lei estabelece as bases das políticas tório que potencializem os recursos naturais e culturais
públicas de turismo, enquanto sector estratégico da eco- como fontes de vantagem competitiva para os destinos e
nomia nacional, e define os instrumentos para a respectiva produtos turísticos;
execução. b) Na adopção de mecanismos de regulação focados
Artigo 2.º na qualificação do sector e na defesa do consumidor e da
Conceitos gerais concorrência;
c) Na adopção de políticas de simplificação de proce-
Para os efeitos do presente decreto-lei, entende-se dimentos administrativos, tendo em vista a redução dos
por: custos de contexto;
a) «Turismo», o movimento temporário de pessoas para d) Na adopção de políticas de educação e de forma-
destinos distintos da sua residência habitual, por motivos ção que garantam o desenvolvimento das competências e
de lazer, negócios ou outros, bem como as actividades qualificações necessárias ao desenvolvimento do turismo;
económicas geradas e as facilidades criadas para satisfazer e) Na adopção de políticas, nomeadamente fiscais e
as suas necessidades; laborais, que permitam às empresas portuguesas competir
b) «Recursos turísticos», os bens que pelas suas carac- com as dos países concorrentes.
terísticas naturais, culturais ou recreativas tenham capa-
cidade de motivar visita e fruição turísticas; CAPÍTULO II
c) «Turista», a pessoa que passa pelo menos uma noite
num local que não seja o da residência habitual e a sua Políticas públicas
deslocação não tenha como motivação o exercício de ac-
tividade profissional remunerada no local visitado; SECÇÃO I
d) «Utilizador de produtos e serviços turísticos», a
pessoa que, não reunindo a qualidade de turista, utiliza Política Nacional de Turismo
serviços e facilidades turísticas.
Artigo 7.º
Artigo 3.º Enquadramento legal
Princípios gerais
A Política Nacional de Turismo é prosseguida por um
São princípios gerais das políticas públicas de turismo: conjunto coerente de princípios e de normas regulado-
ras das actividades turísticas, da organização, atribuições
a) O princípio da sustentabilidade;
e competências das entidades públicas, assim como do
b) O princípio da transversalidade;
exercício das profissões que, por razões de segurança dos
c) O princípio da competitividade.
consumidores e qualidade do serviço, exijam tutela jurídica
específica.
Artigo 4.º
Princípio da sustentabilidade Artigo 8.º
O princípio da sustentabilidade traduz-se na adopção Plano Estratégico Nacional do Turismo
de políticas que fomentem:
1 — As políticas públicas de turismo são enquadradas
a) A fruição e a utilização dos recursos ambientais com por um conjunto de directrizes, metas e linhas de acção,
respeito pelos processos ecológicos, contribuindo para a identificados num Plano Estratégico Nacional.
conservação da natureza e da biodiversidade; 2 — A elaboração do Plano Estratégico Nacional do
b) O respeito pela autenticidade sociocultural das co- Turismo compete ao membro do Governo responsável
munidades locais, visando a conservação e a promoção pela área do turismo.
das suas tradições e valores; 3 — Na elaboração do Plano Estratégico Nacional do
c) A viabilidade económica das empresas como base Turismo devem ser ponderados os interesses económicos,
da criação de emprego, de melhores equipamentos e de sociais, culturais e ambientais e assegurada a participação
oportunidades de empreendedorismo para as comunidades das entidades representativas de tais interesses.
locais. 4 — O Plano Estratégico Nacional do Turismo deve
Artigo 5.º apresentar uma visão de longo prazo e estabilidade tempo-
ral, embora susceptível de revisão sempre que alterações
Princípio da transversalidade
conjunturais a justifiquem.
O princípio da transversalidade traduz-se na necessidade 5 — O Plano Estratégico Nacional do Turismo é apro-
de articulação e de envolvimento harmonizado de todas vado por resolução do Conselho de Ministros.
5338 Diário da República, 1.ª série — N.º 158 — 17 de Agosto de 2009

Artigo 9.º g) Dinamização de projectos de turismo social, com


Objectivos e meios
particular incidência nos segmentos jovem, sénior e familiar.

1 — A Política Nacional de Turismo tem por objectivos,


SECÇÃO II
nomeadamente:
a) Aumentar os fluxos turísticos, bem como a permanên- Áreas de actuação
cia e o gasto médio dos turistas nacionais e estrangeiros no
País, através da promoção e do apoio ao desenvolvimento Artigo 10.º
dos produtos e destinos turísticos regionais; Qualificação da oferta
b) Contribuir para o desenvolvimento económico e so-
cial do País, para a criação de emprego, para o crescimento 1 — A qualificação da oferta de produtos e destinos
do produto interno bruto e para a redução de assimetrias turísticos nacionais tem por objectivo aumentar a com-
regionais; petitividade e a visibilidade da oferta turística nacional
c) Promover o reforço da organização regional do tu- relativamente a mercados concorrentes, bem como garantir
rismo, contribuindo para uma efectiva aproximação às um elevado nível de satisfação dos turistas e utilizadores
comunidades locais e às empresas; de bens e serviços turísticos, e deve orientar-se pelos se-
d) Promover a generalização do acesso dos Portugueses guintes parâmetros:
aos benefícios do turismo; a) Valorização das zonas especialmente vocacionadas
e) Promover a acessibilidade às actividades e empreen- para a actividade turística, prevendo a instalação de pro-
dimentos turísticos de pessoas portadoras de deficiência jectos turísticos de qualidade nos instrumentos de gestão
ou com mobilidade condicionada; territorial aplicáveis;
f) Estimular a competitividade internacional da activi- b) Agilização de procedimentos de licenciamento de
dade turística portuguesa através da qualificação da oferta infra-estruturas, estabelecimentos, empreendimentos, em-
e, nomeadamente, do incentivo à inovação e à criativi- presas e actividades que contribuam para o desenvolvi-
dade; mento de uma oferta turística de qualidade;
g) Criar as condições mais favoráveis para o aumento c) Adopção de soluções que incentivem a inovação e
do investimento privado no turismo; a criatividade;
h) Construir uma identidade turística nacional e uma d) Dinamização de produtos turísticos inovadores, em
atitude de hospitalidade transversal a todo o País; função da evolução da procura e das características dis-
i) Estimular a concretização de parcerias público- tintivas dos destinos regionais;
-privadas na prossecução da política de turismo e no seu e) Promoção e incentivo à valorização das envolventes
financiamento; turísticas, nomeadamente do património cultural e natu-
j) Introduzir mecanismos de compensação em favor ral;
das comunidades locais pela conversão do uso do solo e f) Optimização dos recursos agrícolas e das actividades
pela instalação de empreendimentos turísticos em zonas desenvolvidas em meio rural enquanto recursos turísticos;
territoriais não destinadas previamente a uma finalidade g) Valorização do serviço como elemento chave dife-
turística. renciador da oferta turística, incentivando a adopção de
mecanismos de certificação.
2 — Os objectivos enumerados no número anterior
concretizam-se, nomeadamente, através dos seguintes 2 — Pode ser atribuído o estatuto de utilidade turística a
meios: empreendimentos, equipamentos e estabelecimentos pres-
tadores de serviços turísticos que satisfaçam os requisitos
a) Estímulo às entidades regionais e locais a planear, nas
e condições definidos em diploma legal, como meio de
suas áreas de intervenção, actividades turísticas atractivas
incentivo à qualificação da oferta turística nacional.
de forma sustentável e segura, com a participação e em
benefício das comunidades locais;
Artigo 11.º
b) Incentivo à instalação de equipamentos e à dina-
mização de actividades e serviços de expressão cultural, Formação e qualificação dos recursos humanos
animação turística, entretenimento e lazer que contribuam
para a captação de turistas e prolongamento da sua estada 1 — A valorização dos recursos humanos constitui uma
no destino; prioridade da Política Nacional de Turismo, assumindo a
c) Fomento da prática de um turismo responsável, pro- formação profissional um papel central na melhoria dos
movendo a actividade como veículo de educação e inter- níveis de qualificação dos jovens e dos activos empregados
pretação ambiental e cultural e incentivando a adopção de ou desempregados do sector e de oferta turística através da
boas práticas ambientais e de projectos de conservação da progressiva disseminação de uma cultura de serviço.
natureza que permitam uma utilização eficiente dos recur- 2 — São objectivos da política de qualificação dos re-
sos, minimizando o seu impacto nos ecossistemas; cursos humanos do sector do turismo:
d) Adopção de medidas de política fiscal como in- a) Garantir uma qualificação inicial aos jovens que
centivo ao desenvolvimento sustentável das actividades pretendam ingressar no mercado de trabalho, através de
turísticas; percursos de dupla qualificação escolar e profissional;
e) Dinamização do turismo em espaço rural como factor b) Promover a formação contínua dos trabalhadores
de desenvolvimento económico e de correcção das assi- empregados ou desempregados, através de itinerários de
metrias regionais; qualificação modularizados, enquanto instrumento para a
f) Promoção e organização de programas de aproxima- valorização e actualização profissionais e para a compe-
ção entre o turismo e a sociedade civil; titividade das empresas;
Diário da República, 1.ª série — N.º 158 — 17 de Agosto de 2009 5339

c) Promover e regular o acesso ao reconhecimento, 3 — A mobilidade no território nacional deve, ainda,


validação e certificação das qualificações profissionais ser promovida através da criação de circuitos turísticos
para efeitos de acesso ao exercício de profissões turísticas integrados, designadamente através do desenvolvimento
em Portugal; de redes de ciclovias e de caminhos pedonais.
d) Desenvolver novos perfis profissionais para o sector
do turismo e adequar a regulamentação das actividades e Artigo 14.º
profissões do sector;
e) Impulsionar a qualificação ou a reconversão profis- Apoio ao investimento
sional de trabalhadores desempregados, com vista a um
rápido reingresso ao mercado de trabalho. Devem ser implementados mecanismos de apoio à
actividade turística e de estímulo ao desenvolvimento
3 — A prossecução dos objectivos referidos no número das pequenas e médias empresas (PME), nomeada-
anterior deve pautar-se pelos seguintes parâmetros: mente através do aumento e diversificação de linhas
de incentivo e de financiamento, bem como ao apoio
a) Adaptação da oferta formativa às necessidades da ao investimento público de interesse turístico, privile-
procura; giando em ambos os casos a inovação, a qualificação e
b) Adequação da capacidade de formação nos estabeleci- a sustentabilidade.
mentos de ensino em função do desenvolvimento turístico
das diversas regiões;
Artigo 15.º
c) Promoção de parcerias com as empresas, parceiros
sociais, associações profissionais, universidades e demais Informação turística
estabelecimento de ensino;
d) Criação de uma cultura de aprendizagem, reconhe- 1 — A informação ao turista deve evoluir para o fun-
cendo e validando as aprendizagens em contextos infor- cionamento em rede através da criação de uma rede na-
mais e não-formais, com vista ao reconhecimento escolar cional de informação turística, que garanta a qualidade e
e profissional. um nível homogéneo da informação prestada ao turista,
independentemente do ponto em que seja solicitada, e
Artigo 12.º na qual se privilegie a maior interacção possível com
Promoção turística os turistas.
2 — Cabe às entidades públicas, centrais, regionais e
1 — A promoção turística tem como objectivos prin- locais, em colaboração com o sector privado, a produção
cipais o crescimento das receitas turísticas em proporção de conteúdos informativos e a sua disponibilização aos
superior ao aumento do número de turistas e aos demais turistas.
indicadores da actividade, em particular nos mercados 3 — A adaptação e harmonização da sinalização ro-
emissores tradicionais, a progressiva diversificação de doviária e da sinalética turística, enquanto instrumentos
mercados emissores e o aumento do volume do consumo essenciais para o desenvolvimento de produtos e desti-
turístico interno. nos turísticos e para a satisfação dos turistas, constituem
2 — A promoção turística deve ser desenvolvida em um eixo determinante da política nacional de informação
torno dos seguintes eixos: turística.
a) Posicionamento da marca Portugal baseado em fac-
tores distintivos sólidos que sustentem uma comunicação Artigo 16.º
eficaz e adequada aos segmentos preferenciais da procura; Conhecimento e investigação
b) Reforço e desenvolvimento das marcas regionais em
articulação com a marca Portugal; 1 — A autoridade turística nacional, em colaboração
c) Progressiva participação do sector privado nas estru- com as entidades regionais e locais do turismo, deve asse-
turas com responsabilidades na promoção, bem como nos gurar a coordenação de estudos, bem como o intercâmbio
respectivos processos de decisão e financiamento; de informação relativa às actividades e aos empreendimen-
d) Crescente profissionalização das entidades com res- tos turísticos, integrando entidades públicas ou privadas
ponsabilidade na promoção externa, assegurando a re- de investigação, formação e ensino na disponibilização,
presentatividade dos agentes públicos e privados nessas análise e divulgação dessa informação.
entidades; 2 — O intercâmbio de informações relativas às acti-
e) Captação de eventos, reuniões e congressos nacionais vidades e aos empreendimentos turísticos visam dotar as
e internacionais. entidades públicas e privadas do conhecimento detalhado e
aprofundado da oferta e da procura turística, possibilitando
Artigo 13.º a adequação daquela às características e preferências dos
consumidores.
Acessibilidades
3 — Cabe à autoridade turística nacional a criação, o
1 — As acessibilidades constituem um factor funda- desenvolvimento e a manutenção de um registo nacional
mental para a mobilidade e captação de turistas e para o de turismo que centralize e disponibilize toda a informação
aumento da competitividade de Portugal enquanto destino relativa aos empreendimentos e empresas do turismo em
turístico. operação no País.
2 — As políticas públicas devem promover a mobi- 4 — As entidades regionais e locais com competências
lidade dos turistas nacionais e estrangeiros, através da no turismo e os agentes privados devem disponibilizar à
qualificação e do reforço das ligações e infra-estruturas autoridade turística nacional toda a informação necessá-
aéreas, rodoviárias, ferroviárias, marítimas e fluviais, tendo ria para a criação e manutenção do registo nacional do
em conta a localização dos mercados e destinos. turismo.
5340 Diário da República, 1.ª série — N.º 158 — 17 de Agosto de 2009

CAPÍTULO III Artigo 19.º


Agentes do turismo Direitos dos fornecedores de produtos e serviços turísticos
São direitos dos fornecedores de produtos e serviços
Artigo 17.º turísticos:
Agentes públicos do turismo
a) O acesso a programas de apoio, financiamento ou
1 — Consideram-se agentes públicos do turismo todas outros benefícios, nos termos de diploma legal;
as entidades públicas centrais, regionais e locais com atri- b) A menção dos seus empreendimentos ou estabeleci-
buições no planeamento, desenvolvimento e concretização mentos comerciais, bem como dos serviços e actividades
das políticas de turismo, nomeadamente: que exploram ou administram, em campanhas promocionais
organizadas pelas entidades responsáveis pela promoção in-
a) O membro do Governo responsável pela área do terna e externa, para as quais contribuam financeiramente;
turismo; c) Constar dos conteúdos informativos produzidos e
b) A autoridade turística nacional; divulgados pelas entidades públicas com responsabilidades
c) As entidades regionais de turismo; na área do turismo.
d) As direcções regionais de economia; Artigo 20.º
e) As comissões de coordenação e desenvolvimento
regional; Deveres dos fornecedores de produtos e serviços turísticos
f) O Instituto da Conservação da Natureza e da Biodi- São deveres dos fornecedores de produtos e serviços
versidade, I. P. (ICNB, IP); turísticos:
g) As regiões autónomas;
h) As autarquias locais. a) Cumprir a legislação específica aplicável às respec-
tivas actividades;
2 — Os agentes públicos do turismo têm como missão b) Apresentar preços e tarifas ao público de forma visí-
vel, clara e objectiva, nos termos da legislação aplicável;
promover o desenvolvimento da actividade turística através c) Desenvolver a sua actividade com respeito pelo ambiente,
da coordenação e da integração das iniciativas públicas e pelo património cultural e pelas comunidades locais;
privadas, de modo a atingir as metas do Plano Estratégico d) Assegurar a existência de sistemas de seguro ou de
Nacional do Turismo. assistência apropriados que garantam a responsabilidade
3 — Considera-se, ainda, que intervêm na prossecução civil dos danos causados aos turistas e consumidores de
da Política Nacional de Turismo as entidades públicas produtos e serviços turísticos, assim como a terceiros,
centrais, regionais e locais que, não tendo atribuições espe- ocorridos no âmbito do exercício da actividade turística;
cíficas na área do turismo, sejam responsáveis pela gestão e) Adoptar as melhores práticas de gestão empresarial
e exploração de equipamentos e recursos turísticos. e de qualidade de serviço e procedimentos de controlo
interno da sua actividade;
Artigo 18.º f) Adoptar práticas comerciais leais e transparentes, não
Fornecedores de produtos e serviços turísticos lesivas dos direitos e interesses legítimos dos consumidores
de produtos turísticos e respeitadoras das normas da livre
1 — São fornecedores de produtos e serviços turísti- concorrência.
cos as pessoas singulares ou colectivas que exerçam uma Artigo 21.º
actividade organizada para a produção, comercialização,
intermediação e gestão de produtos e serviços que concorram Participação das associações
para a formação de oferta turística nacional, nomeadamente: As associações empresariais, sindicais e outras da área
a) Agências de viagens e turismo; do turismo constituem parceiros fundamentais na definição
e prossecução das políticas públicas de turismo.
b) Empresas ou entidades exploradoras de empreendi-
mentos turísticos;
c) Empresas de aluguer de veículos de passageiros sem CAPÍTULO IV
condutor;
d) Empresas de animação turística e operadores marítimo- Direitos e deveres do turista e do utilizador
-turísticos; de produtos e serviços turísticos
e) Estabelecimentos de restauração e bebidas;
f) Empresas concessionárias de jogos de fortuna e Artigo 22.º
azar; Direitos do turista e do utilizador de produtos e serviços turísticos
g) Entidades prestadoras de serviços na área do turismo
social; Sem prejuízo dos demais direitos reconhecidos em le-
h) Empresas de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário gislação especial, o turista e o utilizador de produtos e
e marítimo de passageiros e entidades gestoras das respec- serviços turísticos gozam dos seguintes direitos:
tivas infra-estruturas de transporte. a) Obter informação objectiva, exacta e completa sobre
todas e cada uma das condições, preços e facilidades que lhe
2 — Considera-se, ainda, que concorrem para a forma- oferecem os fornecedores de produtos e serviços turísticos;
ção da oferta turística os estabelecimentos de alojamento b) Beneficiar de produtos e serviços turísticos nas con-
local, as empresas organizadoras de eventos, congressos dições e preços convencionados;
e conferências, bem como os agentes económicos que, c) Receber documentos que comprovem os termos da
operando noutros sectores de actividade, sejam responsá- sua contratação e preços convencionados;
veis pela gestão e exploração de equipamentos e recursos d) Fruir de tranquilidade, privacidade e segurança pes-
turísticos. soal e dos seus bens;
Diário da República, 1.ª série — N.º 158 — 17 de Agosto de 2009 5341

e) Formular reclamações inerentes ao fornecimento de b) Participação nos diversos organismos internacionais


produtos e prestação de serviços turísticos, de acordo com com competências na área do turismo, com particular ên-
o previsto na lei, e obter respostas oportunas e adequadas; fase nos grupos de trabalho que incidam sobre matérias de
f) Fruir dos produtos e serviços turísticos em boas con- interesse para o desenvolvimento da actividade turística
dições de manutenção, conservação, higiene e limpeza; nacional no âmbito dos princípios e objectivos definidos
g) Obter a informação adequada à prevenção de aciden- no presente decreto-lei.
tes, na utilização de serviços e produtos turísticos.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de
Artigo 23.º Junho de 2009. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sou-
sa — Luís Filipe Marques Amado — Fernando Teixeira dos
Deveres do turista e do utilizador de produtos e serviços turísticos
Santos — Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira — João
O turista e o utilizador de produtos e serviços turísticos António da Costa Mira Gomes — Rui Carlos Perei-
têm os seguintes deveres: ra — Francisco Carlos da Graça Nunes Correia — Ma-
a) Cumprir a lei e os regulamentos vigentes; nuel António Gomes de Almeida de Pinho — Jaime de
b) Respeitar o património natural e cultural das comu- Jesus Lopes Silva — Mário Lino Soares Correia — José
nidades, bem como os seus costumes; António Fonseca Vieira da Silva — Ana Maria Teodoro
c) Utilizar e fruir dos serviços, produtos e recursos turís- Jorge — Valter Victorino Lemos — José Mariano Rebelo
ticos com respeito pelo ambiente e tradições nacionais; Pires Gago — José António de Melo Pinto Ribeiro.
d) Adoptar hábitos de consumo ético e sustentável dos Promulgado em 7 de Agosto de 2009.
recursos turísticos.
Publique-se.
CAPÍTULO V
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Financiamento e fiscalidade
Referendado em 10 de Agosto de 2009.
Artigo 24.º
Pelo Primeiro-Ministro, Luís Filipe Marques Amado,
Suporte financeiro Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
O suporte financeiro ao turismo assenta nas seguintes
fontes de financiamento: Decreto-Lei n.º 192/2009
a) O Orçamento do Estado, pela transferência de verbas
de 17 de Agosto
destinadas ao sector do turismo para a autoridade turística
nacional e para as entidades regionais de turismo; O Decreto-Lei n.º 51/2007, de 7 de Março, alterado
b) As receitas provenientes do imposto sobre o jogo pelo Decreto-Lei n.º 88/2008, de 29 de Maio, veio regular
e das concessões das zonas de jogo, dentro dos limites algumas práticas bancárias no crédito à habitação, num
definidos na lei de enquadramento orçamental; incentivo à concorrência no sector bancário, e, em especial,
c) Os recursos financeiros alocados pelas entidades na concessão e renegociação do crédito à habitação.
privadas e pelas entidades públicas regionais e locais, bem No entanto, verifica-se que as obrigações decorrentes
como pelas instituições comunitárias; deste diploma não são ainda suficientes para garantir um
d) Os recursos financeiros provenientes de outras enti- adequado nível de protecção do consumidor.
dades públicas e privadas, nacionais e internacionais; Com efeito, em muitos casos, o consumidor que pre-
e) Outras receitas próprias da autoridade turística nacional. tende procurar melhores condições no mercado depara-se,
Artigo 25.º ainda, com elevadas comissões de reembolso praticadas
nos chamados créditos paralelos, multiusos ou multiop-
Política fiscal ções. Estes são, muitas vezes, contratados em simultâneo
No âmbito da política nacional de turismo, pode ser ao crédito à habitação, com as mesmas condições, pelos
promovida a adopção de medidas de política fiscal que mesmos prazos e tendo como garantia o mesmo imóvel,
contribuam para o maior desenvolvimento das actividades destinando-se a fazer face a despesas complementares
económicas que integram o sector do turismo, estimulem da aquisição, como a compra de mobiliário e outros fins
o consumo turístico interno e a deslocação turística dos conexos. Entendendo-se não se justificar regimes diversos
portugueses em território nacional, promovam a compe- para créditos similares e muitas vezes complementares,
titividade internacional das empresas, ou que incentivem pretende-se estender a estes contratos de crédito as regras
a adopção de práticas que contribuam para o desenvolvi- aplicáveis ao crédito à habitação. De facto, a actual con-
mento sustentável do turismo. juntura económica, justifica, também, a flexibilização de
créditos conexos com os créditos à habitação, permitindo
CAPÍTULO VI às famílias a procura de melhores opções para os encargos
Representação internacional assumidos com a sua habitação permanente e a preservação
do património habitacional.
Artigo 26.º De acordo com o artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 51/2007,
Cooperação e participação internacional
de 7 de Março, quando o cliente bancário pretende contrair
um empréstimo, a instituição de crédito não pode fazer
A representação internacional de Portugal no sector do depender a concessão desse crédito da contratação de ou-
turismo deve ser assegurada, nomeadamente, através das tros produtos ou serviços fornecidos por essa instituição.
seguintes linhas: No entanto, é prática das instituições de crédito oferecem
a) Desenvolvimento de programas de cooperação in- reduções do spread sob condição da aquisição de outros
ternacional de carácter bilateral e multilateral no sector produtos e serviços financeiros. Porém, nem sempre tais
do turismo; práticas se traduzem em benefícios reais para os consu-

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