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829 Carinvn 15 ~ Controle de Usinas Termelétricas ansformando as variagdes de consumo em desvios de ladas do sistema. O controle da freqiiéncia com tolerdn- estrellas € necessério nfo somente para assegurar a poténcia nominal demotores, mas também para permit cumprimento fiel de obrigagées contratuais, como as que devem ser observadas nas transferéncias de energia entre diferentes sistemas de geraco c transmissfo. As propriedades dindmicas do sistema eléirico ¢ a natureza da carga determinam o comportamento em regime transit6rio das unidades geradoras. Os distirbios provocados pelo sistema tém papel fundamental no desempenho das usinas ¢ sua com- pensagio, ou corregao, exige ages de controle continuadas para a manutengao das varidveis controladas dentro de limites aceitiveis, Tais distdrbios agem primeiramente sobre o regulador de velocidade das turbinas, como pode ser visto na figura 15.2, e sio parcialmente estocdsticos em natureza, porque, além das variago 1s instant’ neas previstas nos diagramas diirios de consumo, existem também conexdes ¢ desconexGes imprevisiveis de um grande némero de consumidores. Conseqitentemente, o consumo ¢ a pressio do vapor, terdo igualmente com- ponentes estocésticas. O mesmo se aplica a0 combustivel, que € a varidvel manipulada da malha de controle da pressiio do vapor, porque est intimamente relacionado com os desvios da fungao de transferéncia do contro} dor mestre. Nos alimentadores de carvo, que se constituem nos elementos finais de controle de combustivel, sinais parasitas, provocados pelas flutuagdes do poder calorifico do carvao e pelas irregularidades volumétricas nas esteiras dosadoras, sero superpostos aos sinais de controle. Isto provoca distorgdes nos sinais de comando transmitidos através das cadeias de controle, afetando os elementos finais, ¢, portanto, a alimentagao de com. bustivel, exigindo a intervencdo continua dos controladores. nas geradoras age como um acumulador de energia, tr freqiiéncia, sendo a freqiiéncia uma das varidveis control Distérbio E] Turbina Figura 15.2 - Esquema simplificado de uma UTE mostrando a agiio de distirbios provocados. suprimento de énergia 6 normalmente assegurado por um grande nimero de unidades geradoras. Em cada qual tanto a poténcia ativa como a reativa podem ser individualmente controladas, Isto pode ser feito por meio de regulagoes secundérias superimpostas por uma central, onde a distribuigao Stima de carga é determi- nada, por exemplo, através de um computador, ou localmente, pela intervene do pessoal de operagiio da usina, de acordo com programas preestabelecidos pelo Despacho de Carga. Como o alternador roda sincronamente com o sistema, ele intervird automaticamente no caso de grandes flutuagdes de freqiiéncia. Sua participagiio na manutengio da freqiiéncia ser determinada pelas caracterfsticas do regulador de velocidade da turbina. 830 Gerago Termelétrica: Planejamento, Projeto € Operagao ra usinas térmicas a carvao. Para a A figura 15.36 um esquema bisico do sistema de controle de carga p malha de controle da turbina, a soma N, + kf, € 0 erro de controle, enquanto para a malha de controle da caldeira este & um sinal de compensagio, da mesma forma que o sinal de fluxo de vapor superaquecido. O controlador da caldeira recebe, adicionalmente, o sinal de pressio do vapor, o qual deve seguir um programa que ¢ fungiio da carga da unidade. Este sinal atua sobre a alimentagio de combustivel através de um controlador PID. Canticle Despacho de corgo: 5. Pepaeae core i ft Patti 2 N v= = \ 2A st 7 = a Was freq Alernodor [| exare « ‘Selo Soqua Figura 15.3 - Demanda de carga em uma UTE a carvio como sinal de distarbio para o controle da caldeira. Covina 1. Controle de Usinas Termelét 15.2.1 Controle da Freqiiéncia do Sistema com base no seu programa das unidades freqiiéncia A diferenga entre a saida do Sistema, programada pelo Despacho de Car didrio, €0 valor real da carga (figura 15.4), deve se Ja ideal la pelo controle da geradoras. A ocorré: s de curta dur In 0 12 cow Figura 15.4 ~ Programa dirio de carga: planejado (Np) e realizado. Para resolver este problema de controle, é necessério que as unidades geradoras, além de suprir a poténcia requerida, participem, também, pelo menos transitoriamente, do controle de freqiiéncia. Portanto, 0 sinal de referéncia para.a saidada unidade geradora deve variar no somente em funco da poténcia gerada, mas também em funcao dos desvios de freqiiéncia. A figura 15.5 mostra um esquema de controle simplificado para suporte tempordrio de freqiiéncia. O sinal de entrada para ocontrole da unidade geradora consiste de duas componentes, originadas do controlador de carga e do controlador de freqiiéncia, a soma das quais fornece 0 sinal de referéncia para a saida do altenador. Os dois controladores estao ligados em paralelo. Para o primeiro deles, 0 sinal de entrada corresponde a diferenga entre a poténcia ativa gerada e a sua referéncia, enquanto para © segundo, o sinal de entrada corresponde ao desvio instantaneo de freqiiéncia. A funcdo de transferéncia do sinal de referéncia da unidade geradoraé: N_(s)=-G,(s) [N(s)-N,(s)]+Gq(s) [9(s)-9,] as.) Para que 0 desvio da referéncia de demanda seja zero, ou seja, para que a poténcia da unidade ‘ geradora seja ajustada a um novo valor de regime, o termo direito da equacdo acima deve ser nulo, o que € ___ obtido quando a saida da unidade é: G(s) to N(s)=N_(s)+ {o(s)-9,] as2) G(s) Geragdo Termelétrica: Planejamento, Projeto ¢ Operagti Ne aaa dade Raqdoste | os [ gerodoro | area | Ny freer ] wept 4 ou tw = eae cee 15.5 ~Controle de car som suporte temporirio de freqiiéncia, Seo controlador de c ncia Gn(s) = k/s, entdo, na ga for do tipo integral, com fungao de transfe 4 condigio de regime (quando s = 0) 0 segundo termo & direita da expresso anterior para N(s) torn: ap unidade geradora no controle da fre- lo, nece diferente de zero. Es ncia do sisten (5), mesino quando o desvio de freqid pnidu de modo que N(s) uma participagiio transitéri ¢ apenas suporte temporario par eoquenva de comole, portanto, iiéncia do sistema, ou se} lanutencao da freqliénc anto, se a unidade deve participar permanentemente no controle da freqiiéncia, os dois controladores devem ser figados em série, como mostra a figura 15.6, Neste caso: G,,(8) (IN(8)—N,(8)-Go(s) [9 (s)-9, }} (15.3) mesmo quando Ne(s) = 0, a anidade geradora 1(9)~Go(s) [p(s)-9,] (15.4) permuecerd a unn nivel diferente do valor de referéncia, Esta condigdo manter-se-4 até que a diferenga p(s) ~ 1 anule, on seja, até que a freqiiéncia do sistema assuma o valor desejado (60 Hz). ‘A snitioria das unidades termelétricas brasileiras nfo esta projetada para participar em regime continuo do 1a. Hm alguns casos, a conexdo com o Despacho de Carga est prevista aper controle da freqhéncia do sistem acidade de regulagio do Sistema deve ser tio grande quanto possivel 0 com o Despacho de Carga pode ser visto na figura 15.7 sender os horirios de ponta, quando a cay Neste caso, 0 esquema basico de conex: s (ein es l- . rast | veel | +— | ed midis dl Figura 15.7 - Controle centralizado de unidades geradoras. O sistema deve ser apto a desenvolver as seguintes fungdes: + determinar automaticamente a referéncia de carga para a unidade em modo coorde operagdes de emergéncia; + operar no modo caldeira-segue; + operar no modo turbina-segue. Caviruvo 15 ~ Controle de Usinas Termetétricas 835 Na configuragiio convencional caldeira-segue, o controle da caldeira opera em modo automitico, » da unidade enquanto 0 controle mestre da turbina é mantido em modo manual. O operador controla a gerai ‘a mantém, automaticamente, a pressiio do vaporsuperaquecido, produzindo uma taxa de combustio proporcional a demanda (carga). A figura 15.8 ilustra, esquematicamente, © modo caldeira-segue, Em usinas térmicas a carvo, 0 modo caldeira-segue ho dinimico relativamente pobre. Diversos fatores impoem limitagGes, dificultando a através da estagao de controle mestre da turbina, O controlador mestre da cald arg apresenta um desempe otimizagio pritica da operagio da caldeira, Alguns desses fatores esto descritos a seguir ucumulago ou liberagdo de grandes quantidades de sa € calor, Seus Componentes sio, freqientemente, sistemas de alta ordem, de + na caldeira, variagbes de carga envolvem a mass modo que a resposta do sinal dle safdla possui grande inércia, e € normalmente caracterizada por u na relagio ntre tempos de atraso e subida (T'/T,) muito grande (veja figura 15.9); sto attr caldeira exige a acumulagio de calor e de massa, ¢ saa a; + durante um aumento de carga, transigo para um novo nivel de + a caldeira apresenta alta resisténcia interna ao fluxo; ades dindmicas so dependentes da carga ou estiio + para alguns componentes da caldeira, as propr sujeitas a outros fatores externos + acaldeira é um processo de miiltiplas varidveis, com interagées cruzadas entre as grandezas contro- ladas e manipuladas; alguns distirbios se manifestam no processo mais préximo da safda do que da variavel manipulada, cuja fungi & ompensar o distirbio; + alguns componentes da caldeira so elementos nao lineares; + a pressio ¢ a temperatura do vapor sofrem desvios freqiientes. Por isso, mesmo quando os parimetros do vapor fonecido por uma caldeira a carvao forem mantidos cconstantes, isto nao significa que ela esteja operando sob condigdes estritas de regime permanente. Distairbios produzidos pelo combusttvel, tais como variagbes do poder calorffico ou a niio uniformidade do fluxo de carvao conduzido aos queimadores, afetam o balango térmico da caldeira, exigindo a intervenco continua dos sistemas sar esses efeitos. de controle para compen Além disso, dois compromissos contraditérios devem ser satisfeitos no projeto da caldeira. De um lado, a caldeira deve funcionar como um filtro efetivo dos distiirbios causados por fendmenos externos ¢ inter- nos, de modo a minimizar as perdas térmicas provocadas pela operagao em regime nao permanente. De outro lado, hi a necessidade de que a caldeira siga com minimo atraso a demanda de vapor exigida pela turbina. Este egundo requisito é contraditério a exigéncia de um filtro efetivo, pois grandes quantidades de massa ou de acumulagio de calor sio exigidos pela caldeira, 0 que adversamente afeta sua habilidade de responder rapida- mente. Para satisfazer esses dois requisites, é necessério conhecer todos os fatores que influenciam no compor- tamento dindmico da instalagio, fato que se aplica também a equipamentos auxiliares como alimentadore: moinhos, ventiladores, bombas, servomotores, etc. 5.2.2.2 O modo turbina-segue No modo turbina-segue, a geragiio da unidade ¢ controlada pelo operador através da estagdo de contro- le mestre da caldeira, enquanto a pressio do vapor é mantida auitomaticamente pelo controlador da turbina (figura 15.10). A taxa de combust, portanto, & definida pelo operador, de modo que o controlador mestre da caldeira nao tem nenhuma participagio automiitica no controle da pressio do vapor. © operador determina (por exemplo, através da atuago sobre uma meméria ou um integrador seguidor), o sinal de demanda de combustivel. Todo 0 sistema de controle de combustivel e ar estario operando automaticamente sob 0 comando deste sinal de referén- cia ajustado manualmente, Portanto, as variagSes aleat6rias de sinais provocadas pelas variagdes do podercalorifico do carvao e pelas irregularidades volumétricas dos alimentadores, bem como os distirbios provocados pelo siste- 836 Geragao Termeiéirica: Planejamento, Projeto e Operagdo_ (epvaed op ow 7 8 Feaysnquiog yory Jt ap ouosbeug A yuo ~ gst Ean oe 99 Dn Y piped opbovedwayo 2 usar 0p] ogssi10 edo [3 anjosaday 9}021009 opisanboradns. 20doq 2 owo,6014 Oe 837 Cartruno 15 ~ Controle de Usinas Termelétricas » serio “sentidos” pelo controle de combustivel. Todas essas perturbagdes terlo que ser compen jente para absorver praticamente (odas is ( potencia elétriea gerada ma elétrico, ni sadas pelo controlador da turbina, cuja velocidade de resposta é sufi .as variagdes, no entanto, se refletirio sticas exigird a corregiio continuada na abertura di turbina variar continy: variagbes inerentes ao processo controlado. E: pelo alternador, pois a compensagio de componentes estocd de controle da turbina, Em conseqiiéncia, a quantidade de vapor consumicl pel amente ou estocasticamente, fazendo variar, da mesma forma, a poténcia gerada. {(t) fempo de atraso Ts=Tempo de subido 0 To Jeon piles Figura 15.9 — Curva de resposta ao salto para uma caldeira a earvio. i | ‘A operagiio no modo turbina-segue, portanto, nilo contribui para o controle de carga e freqiléncia do I sistema, Pelo contrério, introduz variagSes de poténcia que deveriio ser compensadas por outras unidades , geradoras. O modo turbina-segue, por isso, 86 deve ser utilizado em condigdes de emergéncia quando outras i possibilidades de controle nio estao disponiveis | 15.2.2.3 O modo coordenado i O sistema de controle de uma unidade caldeira-turboaltemador deve estabelecer 0 equilibrio entre a f poténcia gerada © a consumida, bem como o equilfbrio entre 0 fluxo calorifico necessiirio e 0 suprido para Ee manter a poténcia na safda do alternador. ) primeiro equilfbrio é medido pela diferenca entie a pot@ncia elétrica gerada (N, em MW) e a 9 f referéncia (Ns = setpoint), enquanto o segundo deles & medio pela diferenca entre a pressilo real do vapor superaquecido e a referéncia correspondente, definida por um programa automético, Para manter essas dias grandezas dentro de limites de variagio aceitiveis, dois elementos de controle si utilizados: 0 controlador estre da caldeira e 0 controlador mestre da turbina. O sistema de controle coordenado caldeira-turbina tem fungio de manter os equilibrios de carga e fluxo calorifico, os quais estao intimamente relacionados, [sto ¢ feito, de um modo geral, pela aplicagao das seguintes regras, fundamentadas na agiio dos controladores: + cada variagdo positiva de carga causaré o fechamento das vilvulas de controle da turbinae simulti- nea redugao na carga da caldeira. + cada variagio negativa de carga causard a abertura das valvulas de controle da turbinae simultineo. ‘aumento na carga da caldeira, + cada variagdo positiva de pressiio causard a abertura das vélvulas de controle da turbina e simul tinea redugio da carga da caldeira, + cada variagio negativa de pressiio causara 0 fechamento das viilvulas de controle da turbina & simultineo aumento da carga da caldeira, LALLA» » 2 » 2 2 2 22222 DODD DO OD OD 2 D2 ee Carineno 15 ~ Controle de Usinas Termelétricas 839 P,) 60 desvio da caldeisa ¢ da positivo (negativo) de presso, as corregées a serem cumpridas pelos controladores: mestre turbina deverdo ser tais que: + -N, +P, =0, para o controlador mestre da turbina a) @ , para o controlador mestre da cald Jor id deve yer wilizado O esquema de controle coordenado para um sistema cakdleira-turboalte quando acaldeira possui uma capacidade de armazenamento de energia aclequada, qu resposta satisfatério quando sujeita a vi pidas de carga, Neste caso, é poss{vel dispensar a sofisticny de um esquema de controle com coordenagiio paralela, ou seja, nilo é necessario usar os desvios de cary para modificar o sinal de erro do controlador mestre da caldeira, exceto, ¢ claro, quando ocorrer desvios de grande amplitude, que normalmente caracterizam uma situagio anormal, caso que exigird a intervengio do Sistema Légico de Protegio. Portanto, somente a corregiio da poténcia solicitada é normalmente suficiente, conforme equacio (1). Esta correc & feita por uma rede de compensagio cujos pardimetros (0 gradiente de eorreg MWybar e os limites de amplitude) so ajustados em fungiio das caracterfsticas da caldeira e da tusbina (veja figura 15.11). Para melhorar tempo de resposta da caldeira nas variagdes de carga, o sinal de poténeia requerida 6 aplicado ao controlador mestre da caldeira como sinal de compensagiio proporcional, A figura 15.11 ¢ um ‘esquema simplificado de controle coordenado caldeira-turbina, Nesta configuragiio, os controladores mestres dit turbina e da caldeira trabalham automaticamente ¢ em paralelo, comandados basieamente pelo controle d daunidade. O sinal basico de referencia para o controle da poténcia gerada ¢ produzido pelo bloco de progra ‘gdo de carga, modificado em funcio do erro de pressiio do vapor superaquecido, O Despacho de Carga (DC) poderd intervir diretamente sobre o programa de carga da Unidade, tanto em amplitude como em somente em modo coordenado, Neste caso, a faixa de participagiio do DC ¢ determinada pelo operador, on automaticamente, em fungo das condigdes térmicas da caldeira e da turbina, através de seus respectivos com: putadores de avaliagao de stress térmico. Se a unidade estiver operando em modo coordenado, o controle devers ser comutado automaticamen te para caldeira-segue quando o controlador mestre da turbina for transferido para manual, 0 que poderd ser determinado pela intervengiio do operador, por erro de carga elevado ou pela presenga de qualquer ago limitadora sobre o controle da turbina. De maneira semelhante, se a unidade estiver operando em modo coordenado o sistema de controle de carga da unidade deverd ser automaticamente comutado para o modo turbina-segue se o controlador mestre da caldeira for transferido para manual, quer pela intervengio do operador ou pela presenga de ages limitadoras sobre o controle da caldeira. O sistema deve ser automaticamente comutado para o modo coordenado se tanto 0 controlador mestre da caldeira como o controlador mestre da turbina estiverem em modo automitico, ‘A figura 15.12 mostra uma variante do controle de carga, com coordenagiio paralela, Diversas outras configuragdes podem ser utilizadas no controle de carga de uma usina termelétrica, cada qual dependente das caracteristicas dos equipamentos utilizados ¢ da performance desejada, {A filosofia de controle mostrada na figura 15.13, por exemplo, mostra uma curva earacterfstica de pressio, escolhida de modo que a abertura das vélvulas de controle da turbina de alta pressfio permanega constante sobre uma ampla faixa (no exemplo, entre 30% e 90%). O fluxo de vapor através da turbina pode ser expresso, com razodvel preciso, pela equagiio: Q, =KPY podendo, por isso, ser utilizado para alterar linearmente a referencia de pressilo, Diversns eonfiguraybes pov dem ser usadas para cumprir as caracteristicas de controle sugeridas na figura 15.13, A seguir, so mostradas trés alternativas que podem ser utilizadas. Ihe confira un tempo de ia ido, mas ‘opeuap1009 opout o vzed voidn ovSemsyuod ~ IT'ST eansiy, ogtoquauy ‘2p onby 30.9 sopuoweg ES aa WL A boo sn [08 203 ae woes WAN TF agl ppuaieg| opourany Geragéo Termeléirica: Planejamento, Projeto ¢ Operagdo— my ‘ayoujue> ee ‘0950183 =} -E] oon fol qurodies, .0 15 - Controle de Usinas Termelétricas 843 A variante mostrada na figura 15.15 diverge da figura 15.14 apenas na formagdo da referéncia (P,). Nesta segunda configuragio, um sinal derivado da referéncia de carga (N,) € utilizado para gerar o sinal de referéncia de pressdo. O sistema, neste caso, requer um controlador adicional porque quando as condigdes de operacdo da turbina so modificadas (por exemplo, quando uma extragao varia), 0 valor de abertura estipulado (no exemplo, 90%) nio pode ser sustentado. O controlador adicionado compara a abertura das vélvulas de controle da turbina com uma referencia fixa (Y,) e corrige o sinal P, através de um multiplicador. Controle obertura ae P de yohuios S. rH H P< ¥s SEtpoint Abertura vélvulos Controle . py [Controle de a) lcarga alE r Ns ez Setpoint N- Corga Turbina | Alternador Figura 15.15 —Gerador de fiungio f(x), atrasador f(t) multiplicador para a formagdo de rampa de pressio. Na configuragdo apresentada na figura 15.16, 0 controlador de pressiio ndo é necessério durante operages normais. O controlador de combustivel, neste caso, € comandado pelo controlador de abertura das valvulas da turbina. A taxa de combustio é ajustada para que a abertura das valvulas permanega constante ¢ igual ao valor de referéncia (Y,). Este tipo de controle no é adequado para cargas altas, porque as vélvulas da turbina devem ser abertas totalmente. Por isso, um seletor de minimo valor € acrescentado. Se a carga for inferior a 90%, a diferenca (P.,4, ~ P) & sempre maior do que (Y ~ Y,) de modo que o sinal Y, € 0 desvio selecionado. A pressdo maxima € ajustada pelo operador através de uma estagdo (no exemplo, P = 175 bar) e quando a pressio P aproxima-se de P,,, 0 mesmo a ultrapassa, entdo (P,,4, ~ P) torna-se menor do que (¥ ~ ¥,). Com isso, tem-se um controle de pressio com referéncia Pry, de modo que as vélvulas da turbina poderao ser totalmente abertas sem que seja preciso retardar a taxa de fogo. Estas trés dltimas configuragSes, concebidas para produzir uma curva de carga com rampa de pressio deslizante, so igualmenite boas do ponto de vista din4mico, pois nenhuma esta sujeita a limitagGes significati- ‘vas. Se as vilvulas da turbina tiverem que operar no limite de abertura, o que ocorre em cargas elevadas, a primeira configuragio é a que apresenta os melhores resultados, Na terceira configuragiio, 6 visfvel a desvan- tagem quando a varidvel controlada muda, passando de abertura de vilvula para pressfio ¢ vice-versa. J4 a segunda variante € a que apresenta maiores variagdes de pressio, especialmente estocisticas, como as exercidas pela freqéncia do sistema. A despeito das vantagens e desvantagens, a primeira configuragdo ¢ a mais sim- ples ¢ a melhor de visualizar, devido 8 caracteristica de separago que apresenta. 846 Geragio Termelétrica: Planejamento, Projeto e Operagdo através de uma meméria, comandada pelo operador a F possivel, também, gerar o sinal de referénei partir da estagdo de controle, © operador pode determinar, a qualquer instante, a transferéncia do programa para manual. A transferéncia para automitico, no entanto, s6 € possivel se 0 controlador mestre da caldeira estiver em modo automatico. Na condigao automatico, a meméria seguir continuamente o integrador, enquan- 0 manual o integrador seguir continuamente a pressio real da caldeira. Estas condigdes sio -versa, sem provocar variagdes chaves A e B serio to na condi necessérias para garantir trocas de estado, de automatico para manual € vi indesejdveis na taxa de combustdo. Quando o programa for comutado para automitico, comutadas e 0 integrador recebers comando de partida do controlador I6gico. O integrador passar desenvolver uma rampa de pressio com o gradiente ajustado pelo operador até o valor final, também ajustado pelo operador (figura 15.18), Ps , entao, a Pressdo final |-—~ dP/dt gradiente de presséo Presséo de portida 7 1 1 1 I Sees | ti tr t Figura 15.18 - Rampa de pressio. ~ “ol Caso seja disparado um comando de redugo de carga (runback), 0 controlador mestre da caldeira € 0 programa de pressio serdo forgados para a condigio manual. Neste caso, a chave C muda de estado € 0 sinal de carga possivel, determinado pelo controle de carga da unidade, sera aplicado diretamente ao controle de combustivel, com a finalidade de reduzir a taxa de combusto da caldeira. Durante a redugiio de carga, 0 controlador mestre da turbina manteré automaticamente a presso do vapor. Uma vez. aleangado 0 valor da carga possivel, o sistema estaré novamente apto a operar em modo coordenado. 45.2.4 Programa de Carga, Carga Possivel e Fungo Runback ‘Um programa de carga convencional consiste basicamente de um integrador seguidor de valor final, com gradiente € valor final ajustaveis (figura 15.19). A safda do integrador representa 0 setpoint para o contro- Tador mestre da turbina, sendo também adicionado ao controle mestre da caldeira, mas como sinal de compensa «ao, para variar proporcionalmente a taxa de combustio e, com sso, agilizar e melhorar o desempenho dindmi- co da caldeira. ( bloco avaliador da carga possivel tem a finalidade de determinar o funcionamento automitico da unidade em condides de seguranga, tanto em operagées normais como de emergéncia, de modo a proteger os diversos equipamentos contra possfveis sobrecargas. Para tanto, so monitorados todos os parfimetros capazes de imitar a capacidade de geracao, informando sempre o controle de carga da unidade & poténcia que pode ser sustentada, Se a demanda de carga for maior do que a possfvel,o sistema recebe, através de um monitor l6gico, comando para reduzi-la automaticamente ao valor maximo permitido. Cuinno 15 ~ Controle de Usinas Termelétricas 847 Grodiente Poténcia gerada Do sistema l6gico de ‘acionamento do unidode Poténcia final Supervigo corgo possivel Estagio de controle} Nin Programa de corga Controle de carga Carga_possivel ‘Chove 3 onol6gico 1 = [Mesto caicra ps | Westre turbing ola _| Sistema t6gico Ty controle de carga Paro os controladores Ro : \égicos da coldeira, do unidode i lurbina € subsistemas Runbock! [= 4niGu| Monitor de Runbock Corga requerido Ns v P/ os controladores da turbina e coldeira Figura 15.19 ~ Programa de carga tipico para caldeiras ¢ turbinas. sinal de saida do bloco avaliador da carga possfvel é processado em fungio de sinais de estado fornecidos pelo sistema l6gico (interlock and drive logic). S40 supervisionados 0 estado operacional dos ventiladores induzidos, ventiladores forgados, ventiladores de ar primério, moinhos, bombas de alimentagiio, bombas de extragiio de condensado, além de rejeigdes de carga ¢ outros fatores que podem limitar a carga da unidade. O sinal de safda do integrador 6, pois, continuamente comparado com o valor da carga possivel. Se a diferenga indicar carga requerida maior do que a possivel, um dispositive monitor atward, resultando em wm comuando de redugio de carga (runback), ao qual seguem-se, em resumo, as seguintes agbes: + ocontrolador mestre da caldeira é transferido para o modo manual; + o gradiente de carga € transferido para © modo runback (mais ripido); + ocontrole de carga é transferido para o modo turbina-segue; smpo transitério (aproximadamente 1s), 0 + o programa de carga segue rapido, num intervalo de te sinal de safda do controlador mestre da caldeira. + 0 integrador passa a gerar uma rampa de carga para a caldeira, no sentido de reduzir a taxa de combustdo,com um gradiente mais rapido e dependente da limitagdio ocorrida, até o valor estipula- do pelo bloco supervisor de carga possivel. A turbina manterd a pressio do vapor automaticamente, 15.2.5 Controle de Carga da Unidade Via Despacho de Carga Num sistema superordenado, a distribuigiio tima de carga entre as unidades geradoras é normalmente controlada pelo Despacho de Carga (DC) através de um computador central. Cada unidade geradora deveré conter um bloco de interface para receber comandos do DC, transmitidos, por exemplo, via modem. Diversas configuragdes podem ser utilizadas, dependendo das caracteristicas dos equipamentos envolvidos {A figura 15.206 um esquema de controle automitico via DC. A incluso desta malha no sistema de controle de carga da unidade dependeré da decisio do operador e somente poder ser efetivada em modo coordenado. A faixa de participagao possivel do DC deverd ser ajustada pelo operador através de limites prévios, ‘ou automaticamente, em fungSo das condigdes térmicas da caldeira e da turbina. As variagdes automiticas solicitadas pelo DC sfo processadas por um integrador que gera o sinal de desvio com gradientes preestabelecidos em fungio das condigdes de operagao momentineas da unidade. Caso 0 desvio de carga ultrapasse os limites permitidos,o gradiente é transferido de normal para lento, para evitar possiveis sobrecargas na caldeira ¢ desvios de carga muito grandes para o controlador mestre da turbina. No esquema mostrado na figura 15.20, 0 integrador desenvolve rampas de carga em relagio a um ponto central (0%), para permitir variagdes positivas e negativas de desvios. Quando o operador mantém o DC exclufdo do controle, a chave C zera a entrada do sinal do DC. Como DC inclufdo, a chave C comuta, de modo que o valor final para o integrador muda para 0 sentido minimo (0%) ou maximo (100%). O integrador, no entanto, $6 parte quando pulsos de comando do DC sio recebidos ¢ reconhecidos. Neste caso, 0 sinal de saida da malha serd positivo ou negativo, dependendo da solicitagio do DC. Para excluir o DC, énecessério trazer o sinal de safda do integrador para zero. Para evitar que a carga da unidade seja reduzida ou aumentada da mesma amplitude estabelecida pelo integrador de zero central, um bloco l6gico transfere o incremento DNDC para 0 formador de setpoint de carga, através de um seguidor rapido. A figura 15.21 mostra um diagrama de carga para exemplificar as ages do DC sobre o controle da unidade. 15.2.6 Controle Mestre da Turbina e da Pressaio Limite da Caldeira O sistema de controle mestre da turbina tem a fungdo bisica de produzir as variagdes de poténcia létrica programadas pelo controle de carga da unidade e, se necessério, participar do controle de freqiiéncia do sistema. O controle mestre da turbina deve ser projetado para trabalhar em coordenagiio com o controle autornd- tico de cargae com o controle da caldeira (figura 15.22). 0 elemento final de controle é um atuador (servomotor) que posiciona o regulador de velocidade da turbina em fungio de um sinal de erro, que, dependendo do modo de ‘operagio selecionado, pode ser tanto 0 erro de carga (coordenido) como o de presstio (turbina-segue). Depen- dendo do sistema EHC, os comandos para o posicionamento das vilvulas de controle da turbina poderiio ser cfetivados por meio de servovilvulas, que so conversores cletrohidrdulicos que governam cada uma das vilvu- Jas de acordo com curvas de abertura programadas. No modo turbina-segue, a banda proporcional do controla- dor mestre da turbina pode ser reduzida, pois as propriedades dindmicas da unidade permitem 0 controle da pressao pela turbina com uma velocidade bem maior do que a exigida no modo coordenado. Na ocorréncia de uma redugio de carga (em modo runback), 0 controlador mestre da turbina é transferido para automiitico, passando a controlar 0 erro de pressio. Se, no entanto, a redugio é provocada por rejeicdo total de carga, o controlador é forgado para manual, enquanto sua meméria é zerada. Comisso, a saida 'N9. Aide orto Oona et 349 Jote Curtruto £5 ~ Controte de Usinas Terme ’ > a gerar a potdnela determinada pelo do controlador mestre da turbina é também zerudo, passando © grape combustito & automatioamente rdlurid ara atnagio das valvulas de Jae o bypass da consumo priprio da unidade. Nestes casos, i tana : turbina deverd intervir para regular a pressiio do vapor superacueciddo ¢ asst evi seguranga da caldeira. Setpoint de corgo do unidede Vee tt Cer Ero de corgo Pottocio gerade fi > Neder (58) Tronsimissdo W a A en | Sac ee Potdncio requeride = Habitogto i pee OC Formaciar songs 1 Rextuzi corgo " interface pore commons 0 OC 1 at Formador de setpoint de cargo, Ne| Setpoint de carga do unidede Pora os confroies mestres. do caldera € turbina Figura 15.20 ~ Interface para comandos de despacho de carga, Avaror in He oe ee ete eee eee ee ee ooo 15.3 CONTROLE DE COMBUSTIVEL A operacio satisfatoria de qui melhor eficiéncia poss: condigdes de operacao exige 0 3) operagao e a coordenag quer sistema de controle 4 combustfvel para assegurar como equipamentos para remogo dos pr bustivel, etc. Tais sistemas, embora indiv combustivel para assegurar o desempenko 15.3.1 Esquemas Basicos para o Controle da Combustao Qualquer método utilizado para cont combustivel e dos equipamentos envolvidos. Todo: de uma maneira geral, como sistemas série ou sistemas parak te, determinam diversas modificagSes destes esquemas bésicos, ¥ figura 15.23. Em cada caso, a presso do vapor € consideradia como 2 var que deve ser mantida constante pelo ajuste continuo da taxa de combustio. No esquema série, o sinal de demanda deseavolvido pelo controle mestre da pressio pode ser usado para ajustar tanto o flaxo de ar (caso2-1) como flaxo de combustivel (caso.a.2). A variével controlada € normalmente usada para ajustar a varidvel secendiria. No sistema paralelo (caso b), ocontrolador de pressio comanda simultancamente 0s subsistemas de combustivel © ar Contre | Vorort [Comme | [Conte Preesdo woper | ese | Presto veser | | prem eeeee Controle de cr | Vorioves [ Contre ae] ae Combusize | convcieda| Combest! | | | woe ; Contoe do or] Voie [Case ee] | corcctes [Cantale ae a] Combusiso | secwntiris| Combestis | Combest | simtoneamente | Combusio | @) (<2) » Figura 15.23 — ConfiguragSes bisicas para o controte dx combustio: (a) sistemas sésie; (b) sistema paraielo. Uma variante comum dos controles série e paralelo é a que utiliza um elemento de corrego para o suprimento de combustfvel ou ar. O fator de correcao usualmente ¢ um indicativo da relapdo entre o fluxo de vapor eo fluxo de ar, normalmente caracterizado por uma relacSo proporcional (figura 1524s). Uma segunda configurago, também bastante usada, estd mostrada funcionalmente na figara 15.24b. Neste arranjo, o controlador mestre da pressio do vapor comanda o suprimento de combustivel. O fluxo de vapor é usado como medida do calor liberado pelo combustivel. Como 2 quantidade de calor necesséria para produzir um quilo de vapor é normalmente constante, €, como o ar necessério para produzir uma unidade de calor é também constant para um dado combustivel, € comum utilizar 2 medi¢do de fluxo de vapor para controlar o ar de combustio. Esta alternativa ¢ normalmente emprezada na queima de combustivel com poder calorifico variével ou quando os mecanismos de alimenta;ao de combustivel estdo sujeitos a variagSes regula ‘res de suprimento, como no caso do carvao. 854 Geragdio Termelétrica: Planejamento, Projeto © sistema de controle mestre de combustivel consiste de um bloco para elaboragao do sinal de demanda, um bloco para determinagio do fluxo de carvio, um variador de ganko, de acordo com o ndmero de tmoinhos em servigo e um controlador mestre para manter 0 fluxo de combustivel igual & demanda, além de intertravamentos logicos (figura 15.27). Fluxo total de Sinol de demonda do Velocidode dos olimentodores (or de combusiéo de corbo {oxo de combusiéo i Poro o controle 4¢ Para 0 controle dos combustivel outiiar ‘limentadores de coryio Figura 15.27 — Configuragao tipica para o controle mestre de combustivel. (0 bloco elaborador do sinal de demanda consiste de um seletor de minimo valor que limita taxa de ee Pe vel Fluxo total de a ene na subfilo oF no fie pr aatic Figura 15.41 ~ Arranjo tipico para o controle do ar de combustio. AAAAAARAAADDD1DOD2090292002022022220200704 Qy=Fluxo totel de Geo sendo queimodo Y Fhuxo de 6ieo no fla Figura 15.42— Calculo simplificado do fluxo de leo por fila de queimadores. poder calorifico do éleo diesel ou pesado pode ser considerado praticamente constante. O poder calorific do carviio, no entanto, pode sofrer variagSes consideriiveis, devido a alteracies no teor de cinza, ‘umidade, matéria volitil, etc.,.informagdes que o sinal de velocidade do alimentador naturalmente no c No entanto, a quantidade de ar necesséiria para produzir uma étima combustio depende diretamente do pod calorifico inferior do combustivel, como mostram as equagses de Rossini: Qe L0r 3 8 = —— Py +05 (Nm? /k; 4 Feop Fa +0.5[Nm3 kg] Pc +2,0[Nm3/kg]} as21) endo P10 poder calorifico inferior do combustivel, Como. quantidade de ar necessiria depende da quantics- de de combustivel, évilido pensar em regular o fluxo de ar em fungio do fluxo calorifico, Para isto, dever-se-is rmedir, além da quantidade de carvao, o seu poder calorifico. Uma instalagio de medigao calorimétrica seria jmaginével, porém invidvel (porque impraticével). Pode-se, entretanto, imaginar a propria caldeira como am elemento de medigio calorimétrica. Se, por exemplo, o poder calorifico do carvdo aumentar, a pressio ¢ te, 0 fluxo de vapor, aumentario. O fluxo de vapor gerido pela caldeira €, pois, uma medida indireta do fluxo calorifico determinado pelo suprimento de combustivel. Para controlar 0 fluxo total de ar para ‘a caldeirae, particularmente, 0 excesso total dear necessirio, uma malhade controle mestre deve ser adicionada no sistema (figura 15.43). Este controle mestre deverd atuar sobre os sinais de referéncia dos controles individu- ais de ar secundsrio, corrigindo continuamente o sinal de velocidade dos alimentadores. OOOO esti‘i‘SOSOOSCsdT Carino 15 ~ Controle de Usinas Termelétricas 875 Teor 0, Fluxo totol Fuxo total nos goses de Fluxo totol — Fluxo vopor or or Pressdo yopor Fluxo coryio combustde 4@ carvdo —Superaquecide combusto combustivel superaquecido no fila & v Y : , Tak be TF ete 2 Temnpo:PT4! EB 2 | y=() i = + Configurador = Q)x corvéo Se alee = Ero Og requerido +/- ete fs = ole Estogio de val centile JE | timitador we 8 Reojuste monucl [Ei] exceso de: or no Pora os outras filas Fluxo de cory®o a filo (corsigido) Se ns io Figura 15.43 - Controle mestre do ar de combustdo: configuragao tipica. O excesso total de ar pode ser controlado automaticamente em fungdo da carga da caldeira e de sinais de realimentagZo direta fornecidos por analisadores de oxigénio baseados no principio da célula de zircOnio. A partir do sinal de fluxo de carvao, é possfvel gerar uma curva de excesso de ar a partir de um configurador "Op x carvio", que representa 0 setpoint de O, em fungio da carga da caldeira. Dentro de certos limites, a medio de 0, gera um erro de controle que atua paralelamente sobre o controlador mestre de ar. Uma estagio de ajuste pode ser incorporada ao controle para fornecer corregdes eventualmente necessérias no excesso global de ar. O controlador PI tem a funco de manter o sistema operando a curva ar ‘vapor, com a correco necesséria do teor de O. Um termo derivativo pode ser usado para antecipar 0 aumento 876 Geragiio Termelétrica: Planejamento, Projeto Operasiio do fluxo de ar, quando variagées positivas de fluxo de carvio sio detectadas. Isto prevenira a limit controlador mestre de combustivel em eventuais variagdes rapidas de carga. Outra aco derivativa sobre 0 sinal de pressio de vapor tem efeito semethante sobre o sistema, io do 15.4.2 Controle do Ar Secundario A figura 15.44 mostra o esquema de controle do fluxo de ar secundério em cada fileira de queimadores, sistema regula a abertura das comportas de controle localizadas nas entradas da caixa, variando o fluxo total de ar secundario em fungio do flux de combustivel. O sinal de fluxo de ar em cada subfila é a realimentagiio principal de cada controlador. O setpoint é ajustado por um médulo de configurag h » para a curva “arx carva Fine de or na Fura de cary8o no Fuxo de 6leo Fluxo de or subfio A filo (corigido) ra flo 0 subfio B Y Op 2% Redistibuigso cr no subila + * S \egicas Fuxo combustivel no fila | eospeie tas lor sec x combustve! Setpoint fuxo oF sec ne fila “It Convloder de or Lo centro de a sec no subfila A | yy } {se€ 10 subfila B | Eslogto 6e controle ‘Ruodor de Muador de|zyf—_[Leaiet= Olas cose “|O) &, Comports Comporta Concigdes controle controle Negicos or sec one U2 subfiia A subfio 6 LE Figura 15.44 — Controle do ar de combustio nas filas: configuracao tipica. Cada fileira contém uma estagiio para ajuste manual da distribuig70 de ar entre as filas. Isto permite que o operador controle melhor as condigSes da chama em cada fila, redistribuindo o fluxo total de ar dispontvel ‘entre as mesmas. O excesso total de ar para a caldeira é determinado pelo controlador mestre de ar, 0 qual corrige continuamente 0 sinal de fluxo de carvao, variando, dessa forma, a referéncia para o controle de ar secundario. Carino 15 ~ Controle de Usinas Termelétrica: A utitizagio de caixas de ar secundério individuais para cada fileira de queimadores ¢ 0 controle do fluxo de ar com as comportas localizadas imediatamente nas suas entradas, reduz, ao ménimo o tempo de Jviras a dleo resposta do sistema de ar de combustao (da ordem de segundos), Este tempo é comparivel ao de ci e€consideravelmente menor do que aquele das linhas de alimentagaio de carvao pulverizado esso de ar durante aumentos de carga nio silo justificdveis, de modo que anormais (perda de um ventilador forga Com isso, reduces no ex: intervengao “ar limita-combustivel” s6 pode ser esperada em condigGes deira sobre 05 controles de combus do, por exemplo). Portanto, u Jo paralela do controlador mestre dac tivel e ar pouco melhoraria as condigdes da combustio, ndo sendo, por isso, recomendada, pois « entre as duas malhas poderia levar o sistema a uma condigio de operagao instével. De fato, sendo cada fileira de queimadores controlada individualmente, o sinal de saida do controlador mestre deveria ser balanceado de acordo com 0 fluxo de combustivel em cada fila, para que repre: ia um acoplamento direto entre dois controles dk refer éncia correta para o fluxo de ar. Neste caso, estabelecer-s caracteristicas dinamicas compariiveis, © que certamente levaria o sistema a oscilagdes com coeficiente de amortecimento muito baixo, endo negativo. 15.4.3 Controle dos Ventiladores Forgados Para manter as comportas de controle de ar secundério em cada fileira sempre dentro de sua faixa titil de trabalho, & preciso controlar a pressio no coletor de descarga dos vemtiladores forgados, Uma t6 para isto ¢ utilizar o sinal de abertura das proprias comportas 15.45). A abertura de cada comporta de ar secundério ¢ individualmente medida e aplicada a um médulo formador de valor médio, que define o sinal de setpoint. ‘nica simples de ar secundério como referéncia para o controle de pressio (Figur ara garantir uma pressiio minima no coletor de uma estago de ajuste pode ser incorporada ao controle para limitar a referéncia a um valor minimo descarga admissivel. Um bloco PI controla as comportas de admissdo dos ventiladores. Quando se utiliza uma caixa de ar io no pode, naturalmente, ser individualizado para cada fileira de quein lores, comum, 0 controle de ar secun Neste caso, o controle do fluxo de ar & normalmente feito diretamente sobre as comportas de admissio dos ventiladores forgados (figura 15.46), 15.4.4 Controle da Temperatura dos Preaquecedores de Ar Nas partidas a frio, é particularmente importante manter uma temperatura minima no interior dos preaquecedores de ar. Isto é necessirio para proteger os aquecedores da a especialmente durante as operages com 6leo pesado. O controle da temperatura ¢ feito norr preaquecedores de ara vapor, instalados na descarga ou admissdio dos ventiladores forgados (figura 15.46), O sistema de controle tem a fungiio de manter a temperatura média no interior dos aquecedores acima do ponto de orvalho dos gases, de modo a evitar possiveis condensagdes e a conseqiiente formagiio de dcidlos corrosivos. Na figura 15.47, esté ilustrado um sistema de ar e gases com aquecedores regenerativos individuals. Calcula-se a média aritmética das temperaturas do ar e gases na entrada e safda do preaquecedor, a qual deve ser_mantida fixa. O elemento final de controle € uma valvula que regula a quantidade de vapor através do preaquecedor de ar para manter a temperatura média necesséria. Em instalagdes com preaquecedores de ar do tipo tubular, o controle de temperatura é mais simples, bastando manter a temper ntrada do aquecedor a um valor minimo que pode ser ajustado desde o terminal de operagiio, io corrosiva dos pases cle combustiio, Imente através de ura do ar‘ni Rae eae ee ee ee OO OO 2 Oe ee 2 ee ee ee ee ee

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