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PEIXES DO CERRADO

PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL

RIO ARAGUAIA, MT


PEIXES DO CERRADO
PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL
RIO ARAGUAIA, MT

PAULO CESAR VENERE


VALDENER GARUTTI
© 2011 dos autores COMISSÃO EDITORIAL
Dirlene Ribeiro Martins
Paulo de Tarso Martins
Carlos Eduardo M. Bicudo (Instituto de Botânica – SP)
Direitos reservados desta edição Evaldo L. G. Espíndola (USP – SP)
RiMa Editora João Batista Martins (UEL – PR)
José Eduardo dos Santos (UFSCar – SP)
Fotos capa: Markos Alexandrou
Michèle Sato (UFMT – MT)

Processo FAPEMAT: 300176/2010

V449p Venere, Paulo Cesar


Peixes do Cerrado – Parque Estadual da Serra Azul – Rio
Araguaia, MT / Paulo Cesar Venere e Valdener Garutti – São
Carlos : RiMa Editora, FAPEMAT , 2011.

220 p. il.

ISBN – 978-85-7656-206-1

1. Peixes. 2. Cerrado. 3. Rio Araguaia. 4. PESA.


I. Autores. II. Título.

CDD – 597

www.rimaeditora.com.br
Rua Virgílio Pozzi, 213 – Santa Paula
13564-040 – São Carlos, SP
Fone/Fax: (16) 3411-1729
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem: ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da Bolsa de
Pesquisador Visitante para o autor júnior, que possibilitou sua estadia junto ao Instituto de Ciências e Letras do Médio Araguaia
(Campus Universitário do Araguaia – UFMT); à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT), não apenas
pelos recursos que permitiram esta publicação, mas, fundamentalmente, pelos esforços que tem dedicado no sentido de apoiar a
pesquisa no estado de Mato Grosso em suas diferentes facetas; à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), instituição que, de
certa forma, propiciou condições para nos fixarmos nessa região, dando-nos a aportunidade de concluir um trabalho que preenche
importante lacuna nos estudos ictiofaunísticos da grande área de Cerrado do Brasil Central; a Humberto Pereira Rêgo (Humbertão),
que, apesar de não mais se encontrar entre nós, foi sempre um ferrenho defensor de nossos peixes, tendo se transformado de
pescador inveterado a grande protetor do Araguaia, e Jason Leolino de Oliveira (Brutus), também um pescador inveterado, que hoje
conduz ecoturistas que se aventuram pelo Araguaia – ambos foram sempre grandes apoiadores e grandes amigos, sempre prontos
a participar de nossos projetos, muitas vezes deixando seus afazeres pelo simples prazer de colaborar com a preservação desse
maravilhoso rio Araguaia; a Valdésio de Oliveira (Valdésio), ex-aluno do curso de Ciências Biológicas da UFMT – Pontal do Araguaia,
que jamais mediu esforços para nos auxiliar no que fosse necessário; a Francisco Langeani (UNESP), Mário César Cardoso de Pinna
(MZUSP) e Ricardo C. Benine, pela identificação de alguns gêneros/espécies de peixes; e, finalmente, ao Índio Xavante Marinho
Temtré, pelo auxílio na citação de nomes populares dos peixes no seu idioma. Sem a colaboração dessas pessoas e instituições, este
trabalho dificilmente teria sido concluído. Muito obrigado!
Paulo Cesar Venere – Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar
(1986). Recém-graduado, iniciou sua carreira como biólogo no Reservatório de Tucuruí (Pará, Brasil), onde
trabalhou no levantamento de dados sobre a pesca comercial junto às colônias de pescadores locais. Cursou
o mestrado em Ecologia e Recursos Naturais na UFSCar (1991), doutorado em Genética e Evolução nessa
mesma instituição (1998) e pós-doutorado junto ao Departamento de Morfologia da Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) de Botucatu, SP. É professor associado da Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT). É ictiólogo, atuando principalmente com marcadores cromossômicos e moleculares em
peixes de água doce, biologia de peixes, levantamento e caracterização da ictiofauna. É credenciado nos
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da UFMT, Cuiabá, e Ecologia e
Conservação da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Nova Xavantina, MT. Atualmente é bolsita
de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Valdener Garutti – Licenciado em História Natural (1971) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
São José do Rio Preto (SP), atual Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. Mestre em
Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo – USP (1983). Doutor em Ciências Biológicas
(Zoologia) pela USP (1988). Livre-docente pela UNESP (1996). Experiência nas áreas de Sistemática Animal,
Ecologia e Piscicultura, com ênfase na taxonomia do gênero Astyanax grupo bimaculatus (Characiformes:
Characidae), Ecologia de Ecossistemas (especialmente em Ecologia de Peixes do alto rio Paraná) e cultivo
intensivo do lambari (A. altiparanae). Atualmente é professor aposentado pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... IX

PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL (PESA) ........................................................................................... 1


ÁREA DE ESTUDO ........................................................................................................................................................ 1
C LIMA ....................................................................................................................................................................... 2
G EOMORFOLOGIA .........................................................................................................................................................2
H IDROGRAFIA .............................................................................................................................................................3
T RIBUTÁRIOS DO R IO A RAGUAIA ........................................................................................................................... 3
TRIBUTÁRIOS DO RIO DAS MORTES ........................................................................................................................ 4
D IVERSIDADE DE AMBIENTES AQUÁTICOS ..........................................................................................................................5

FITOFISIONOMIAS ............................................................................................................................... 9
MARYLAND SANCHEZ & FERNANDO PEDRONI

METODOLOGIA ................................................................................................................................. 15
PEIXES DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL: SINOPSE
NÚMERO DE ESPÉCIES POR FAMÍLIA E TOTAL ..................................................................................................................... 21
S INOPSE DAS ORDENS , FAMÍLIAS , SUBFAMÍLIAS , GÊNEROS E ESPÉCIES .................................................................................... 22
DESCRIÇÃO E C OMENTÁRIOS SOBRE AS E SPÉCIES .............................................................................................................. 32

ÍNDICE POR NOMES CIENTÍFICOS ......................................................................................................... 195


ÍNDICE POR NOMES XAVANTE ............................................................................................................. 197
ÍNDICE POR NOMES POPULARES .......................................................................................................... 199
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 201
INTRODUÇÃO
Os peixes são conhecidos pelo grande público, principalmente, como fonte de alimento e lazer. Assim, a ideia que se faz da sua
riqueza ou, de outra maneira, dos seus diferentes modelos e diferentes espécies, está relacionada na maioria das vezes somente aos
peixes utilizados como alimento e, portanto, direta ou indiretamente com algum valor comercial. No lazer, apenas os peixes esporti-
vos ou de grande porte são interessantes, ou eventualmente aqueles que apresentam alguma peculiaridade marcante.
Em outras palavras, apenas os peixes que são comumente pescados são conhecidos do grande público. Os pequenos peixes, via
de regra, ou os peixes que não “caem” nas redes, ou que não são “atraídos pelas iscas” dos apetrechos de pesca, passam despercebi-
dos à maioria das pessoas. Eles são ilustres desconhecidos, mesmo para os pescadores profissionais experientes, diariamente nas
barrancas dos rios, que nunca se preocupam em avaliar os tipos de peixes locais e desconhecem as formas que normalmente não são
pescadas. A execução deste trabalho deixa claro que, no universo do grande público, poucos compreendem a riqueza e a diversidade
efetivas dos peixes. Essa “ideia prática” traz no seu bojo um enorme equívoco. Os peixes de grande porte, de interesse comercial e,
principalmente, na pesca esportiva, constituem geralmente o topo da cadeia alimentar daquele ambiente. Os pequenos peixes, ou os
peixes que por sua morfologia/anatomia digestória não são pescados com os apetrechos convencionais, são importantes elos da cadeia
alimentar e sua frequência de ocorrência interfere diretamente na disponibilidade dos “peixões”.
Os “peixões” situados no ápice da cadeia alimentar resultam da disponibilidade dos demais elos da cadeia. Geralmente há
relação direta: nos ambientes em que a cadeia alimentar é rica, a disponibilidade dos “peixões” também é elevada, e o local é
conhecido como bom de pesca, piscoso. O inverso também é, infelizmente, verdadeiro.
Pouca gente se dá conta de que para ter um ambiente piscoso é necessário ter uma cadeia alimentar rica. Rica significa ter
abundância de organismos. E, geralmente, quando se tem abundância de organismos, tem-se também uma diversidade1 de organis-
mos, ou seja, numerosas espécies de organismos, diferentes tipos de organismos.

1. No sentido literal, não no sentido ecológico.

IX
A ocorrência dos diversos organismos animais e vegetais, que compõem a cadeia alimentar dos peixes, está diretamente associ-
ada às condições ambientais. Tipo e qualidade da água, solo, margens, vegetação ripária, substrato (fundo) do rio constituem-se em
importantes componentes do ecossistema. É um erro fenomenal achar que os “peixões” são fruto isolado da natureza. Não. Não. E NÃO.
Eles resultam da interação dos diversos organismos e da abundância de cada organismo. Portanto, querer preservar os “peixões”
significa preservar todo um conjunto de organismos, incluindo os pequenos peixes, por exemplo. Significa preservar também o
ambiente físico onde eles vivem.
Neste manual, por tratar dos peixes de córregos, praticamente não há referência aos peixes de grande porte, particularmente
os grandes bagres (filhote, pintado, piraíba, pirarara, surubim), ou aos grandes peixes de escamas (apapá-amarelo, cachorra,
caranha, pirarucu). Não, não é esquecimento. Simplesmente porque esses peixes não habitam ou não adentram os córregos do
Parque Estadual da Serra Azul (PESA), município de Barra do Garças, estado de Mato Grosso, ou seus pequenos afluentes. Mesmo
que em épocas de águas altas.
A ideia central do manual é tratar dos pequenos peixes que habitam as pequenas correntes de água do PESA. Ou seja,
peixes que foram rigorosamente amostrados nos córregos do PESA, mesmo que em seus cursos inferiores e em épocas de águas
altas. Aliás, a sazonalidade ambiental é marcante nessas correntes. Na época das chuvas, de dezembro a março principalmente,
elas apresentam volumes consideráveis de água, e seus cursos inferiores ficam alagados pela subida do nível dos rios Araguaia,
Garças e cabeceiras do rio das Mortes. Na época da seca, principalmente de julho a novembro, o volume é drasticamente
reduzido, chegando algumas delas a secar completamente.
Há uma ideia generalizada de que a riqueza dos peixes do bioma Cerrado seja elevada. Entretanto, poucos estudos estão
disponíveis corroborando ou refutando essa hipótese. Soma-se a isto o fato de que a fauna de peixes do Cerrado também é
pobremente conhecida sob o aspecto taxonômico, isto é, aquele que trata do nome das espécies e dos modelos de peixes,
dentre outras coisas.
Este manual é um dos trabalhos pioneiros da fauna de peixes de pequeno porte do Cerrado brasileiro. Não se tem a
pretensão de que seja completo. Não, não é. Mas é um começo. Embora mais de uma centena e meia de espécies estejam
presentemente relacionadas, aos autores fica a convicção de que muitas outras não estão incluídas. Ou porque ocupam um

X
microambiente especializado e, portanto, não foram amostradas ao longo dos estudos de campo, ou porque a diagnose ampla ou a
falta de diagnose clara de algumas espécies dificultou a identificação precisa. Isto requer uma revisão taxonômica, o que está fora do
escopo deste manual. Para ter melhor noção do que representa a riqueza da fauna de peixes do PESA e seu entorno, basta lembrar
que na grande bacia do Alto rio Paraná são consideradas cerca de três centenas e meia de espécies, das quais aproximadamente 310
são conhecidas formalmente. Na enorme bacia Araguaia-Tocantins, pouco mais de 300 espécies são referidas, das quais cerca de
135 têm a localidade-tipo situada nessa bacia (Reis et. al., 2003). Claramente, para a bacia Araguaia-Tocantins, o número de
espécies referidas está muito abaixo da real riqueza de sua fauna piscícola. Entretanto, esses números refletem simplesmente o
quanto é desconhecida, ainda. Infelizmente, também, não têm sido publicados estudos taxonômicos mais abrangentes. Na última
década, poucas dezenas de novas espécies foram descritas para a grande bacia e, no presente levantamento, há referência a
aproximadamente 15 delas a partir de 2000.
Mas, apesar das limitações, o objetivo maior é divulgar a riqueza e a diversidade dos peixes de pequeno porte de uma restrita
área do Cerrado e chamar a atenção do grande público para os pequenos peixes, sem os quais os “peixões” não existiriam. Oxalá as
pessoas assumam posturas diferentes e realmente entendam que para preservar a natureza é preciso preservar o ambiente como
um todo, e não apenas um segmento de organismos nele contido. A natureza é um conjunto dinâmico e não compartimentos
estanques. A diminuição ou escassez dos “peixões” nos nossos rios simplesmente reflete as mudanças negativas ocorridas na
natureza, que interferem em sua produtividade. A própria sobrepesca, pesca em excesso, é uma delas. Não se trata simplesmente
de preservar a natureza para as futuras gerações. É imperioso que se preserve a qualidade de vida para a atual geração também.
Quanto mais conhecermos o que está e o que se passa ao nosso redor, melhor será nossa qualidade de vida. O monitoramento da
diversidade da fauna de peixes revelará a quantos anda a saúde ambiental, o que é importante na implementação das medidas
corretivas. Trata-se de um indicador biológico importantíssimo.
O leitor tem em mãos a oportunidade de conhecer a riqueza e a diversidade da fauna de uma minúscula área de Cerrado do
Centro-Oeste brasileiro, o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) e seu entorno. O PESA situa-se ao sul dos primeiros contrafortes
da Serra do Roncador, o grande maciço do Brasil-Central. São informações reais, não especulativas. Com certeza, vão corroborar
na sua tomada de decisão quanto ao modelo de desenvolvimento econômico e social que aí está. Não se é contra o desenvolvi-
mento, absolutamente, mas que este seja sustentável. Que se concilie desenvolvimento, “inclusa distribuição de renda”, com

XI
preservação e conservação da natureza. Que se concilie desenvolvimento com qualidade de vida. Que as medidas implementadas
não impliquem a perda do patrimônio genético que a natureza nos disponibiliza, tesouro vivo que a “mãe” Terra levou milhares de
anos para produzir. Trata-se de um bem que não é “meu”, não é “seu”, não é “nosso”. É da Humanidade.
Não prive seus filhos, seus netos, enfim, seus descendentes, dessa grandeza incomensurável. Não há valor monetário para
comprá-la. Não prive seu próprio futuro desses bens naturais únicos. Não prive os seus futuros anos (de vida) de ter qualidade de
vida, a qual está intimamente relacionada à qualidade do ambiente. Faça sua parte. Procure entender como é e como funciona a
natureza. Tome partido: o partido da qualidade, da sua vida e de seus descendentes, e acima de tudo o da autossustentabilidade do
planeta Terra.

XII
PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL (PESA)
ÁREA DE ESTUDO
O Parque Estadual da Serra Azul (PESA) localiza-se inteiramente no município de Barra do Garças e está inserido no Leste do
Estado de Mato Grosso, aproximadamente entre 15º45’-15o53’S e 52º07’-52o17’W. Ocupa área de 11.002,4 hectares e insere-se
no bioma Cerrado. É integrante do planalto dos Guimarães, limitando-se ao norte com a depressão do Paranatinga, a leste com
a depressão do Araguaia e a nordeste com o planalto dos Parecis. Pertence à drenagem da bacia Araguaia-Tocantins e está
situado às margens do rio Araguaia.

Essa área de preservação ambiental foi implantada


em 31 de maio de 1994, de acordo com a Lei Estadual
MT 6.439, e representa uma importante Unidade de Con-
servação (UC) na região leste do estado do Mato Grosso,
incluindo em sua área diversas fitofisionomias do Cerra-
do brasileiro como matas de galeria, matas semidecíduas,
cerrado sentido restrito, cerrado rupestre e veredas
(FEMA, 2000).

Figura 1 Vista geral da entrada do PESA no município de


Barra do Garças, MT. Foto: P. C. Venere.

1
CLIMA
O clima é do tipo tropical chuvoso Aw, na classificação de Köppen, e caracteriza-se por duas estações bem definidas: uma
chuvosa (outubro a abril) e outra seca (maio a setembro). A precipitação média anual é de 1.528 mm, e a temperatura média é
de 25,5oC (Pirani et al., 2009).

GEOMORFOLOGIA
A feição geomorfológica mais evidente do Parque Estadual da Serra Azul é o Planalto dos Guimarães, um conjunto de relevo
de aspecto geralmente tabular, com altitudes médias de 535 m (Figura 2). O PESA está constituído predominantemente por
sedimentos ordo-silurianos, do grupo Ivaí, e por sedimen-
tos devonianos, do grupo Paraná. A cobertura é detrítico-
latéritica, do Terciário-Quaternário. O relevo suave apre-
senta formas tabulares amplas.
Ocorrem cristas alongadas a nordeste, com uma gran-
de variedade de feições erosivas de direção NW-SE e ocor-
rências de ravinamentos e vales estreitos formando peque-
nos “canyons” (FEMA 2000).

Figura 2 Diferentes paisagens mostrando alguns aspectos do


relevo do PESA. Acima à esquerda, tem-se uma vista
do parque obtida a partir da cidade de Barra do Gar-
ças. Abaixo à direita, observa-se uma parte da cidade
vista do alto do PESA. Fotos: P. C. Venere.

2
HIDROGRAFIA
O Parque Estadual da Serra Azul é uma importante área de recarga do aquífero. É rico em drenagens de 1a e 2a ordens, com
padrões geralmente dendríticos, todos tributários da bacia hidrográfica dos rios Araguaia e das Mortes. Alguns córregos desem-
bocam diretamente nos volumosos rios das Garças ou Araguaia; outros, no entanto, vão se juntado e somando suas águas em
córregos maiores. As águas do Parque Estadual da Serra Azul, no geral, variam de ácidas a neutras, com baixa condutividade, e
geralmente apresentam águas cristalinas durante os períodos de estiagem (FEMA, 2000).
Os principais cursos de água, cujas nascentes situam-se na área do PESA, estão relacionados a seguir e podem ser visualizados
na Figura 3.

TRIBUTÁRIOS DO RIO ARAGUAIA


1. Córrego Fundo – aproximadamente 25,0 km de extensão. Forma-se a oeste/sudoeste. Tem como principais afluentes que
nascem no PESA os córregos da Onça (1a), Barreirinho (1b), da Lontra (1c) e do Peixinho (2).
2. Córrego Peixinho – aproximadamente 4,3 km de extensão. Forma-se na porção sudoeste e por este quadrante corta parte
da zona urbana de Barra do Garças. Desemboca na margem esquerda do córrego Fundo, tributário da margem esquerda do rio
Araguaia.
3. Córrego Avoadeira – aproximadamente 11,7 km de extensão. Forma-se nas porções centrais e corre para o limite sul. Corta
parte da zona urbana de Barra do Garças. Desemboca diretamente na margem esquerda do rio Araguaia. É o principal formador
de cachoeiras do Parque Estadual da Serra Azul – cerca de uma dúzia delas, sendo que as mais conhecidas recebem as denomi-
nações de Pé da Serra, Usina, Gnomos, Bolo de Noiva, Amor e Prefeitura. Essas cachoeiras são muito utilizadas para atividades de
lazer e turismo. O córrego Avoadeira tem em média 2 m de largura, fundo arenoso nas áreas planas e rochoso próximo às quedas
d’água. Em sua extensão existem nove declividades marcantes, que variam de 4 m a 17 m de altura. A profundidade média do
córrego é 0,5 m e chega a 4 m na base de algumas cachoeiras.

3
4. Córrego das Águas Quentes – aproximadamente 7,0 km de extensão. Nasce na porção Leste e desce por este quadrante,
cortando parte da área urbana de Barra do Garças. Deságua diretamente no rio Araguaia. Em seu curso inferior apresenta fontes
de águas quentes, exploradas pela municipalidade que ali construiu um balneário, muito visitado pela comunidade local e por
turistas.
5. Córrego Fundo II – aproximadamente 6,5 km de extensão. Nasce nas porções leste/sudeste do PESA, indo desaguar
diretamente no rio Araguaia. Recebe águas do córrego Buritirana, que também nasce no PESA. Corta parte da zona rural de Barra
do Garças. É curso intermitente, secando completamente na época seca.
6. Córrego Pitomba – aproximadamente 16,5 km de extensão. Nasce na porção leste, sai por este quadrante e corta parte da
zona rural de Barra do Garças. Desemboca na margem esquerda do rio Araguaia.
7. Córrego Ouro Fino – aproximadamente 28,0 km de extensão.
Nasce nas porções nordeste do PESA, sai por este quadrante e de-
ságua diretamente no rio Araguaia. Recebe os córregos Água Limpa
e das Araras, que nascem no Parque.

TRIBUTÁRIOS DO RIO DAS MORTES


8. Córrego José Dias – nasce nas porções nordeste do PESA. É
um importante afluente do córrego Grande. É um dos mais interes-
santes cursos de água por abrigar uma ictiofauna muito diversa.

Figura 3 Os principais cursos de água, cujas nascentes situam-se na área


do PESA. Os cursos d’água marcados com linhas brancas são
tributários do rio Araguaia e os marcados com linhas amarelas
são tributários do rio das Mortes.

4
9. Córrego Barro Preto – aproximadamente 10,0 km de extensão. Nasce a nordeste do Parque. Deságua no córrego José Dias,
que flui em direção ao córrego Grande, bacia do rio das Mortes.
10. Córrego Fogaça – aproximadamente 38,5 km. Nasce a nordeste do Parque. Sai pelo limite norte e flui em direção ao ribeirão
Ínsula, do qual é tributário. Tem vários pequenos afluentes de cabeceira situados no PESA.
11. Ribeirão Ínsula – aproximadamente 40,7 km de extensão. Nasce na porção noroeste e sai pelo limite norte. Tem como
afluentes que nascem no PESA os córregos Mata Seca, Aldeia, Araras e Barreiro. Faz parte dos tributários da margem direita do
rio das Mortes.
12. Córrego Areia – aproximadamente 11,5 km de extensão. Forma-se na porção oeste, por onde sai. Tem como afluentes que
nascem no PESA os córregos Melancia, da Areia e Santa Rosa. Por sua vez, é afluente do Ribeirão Ínsula, drenagem da bacia do
rio das Mortes.

DIVERSIDADE DE AMBIENTES AQUÁTICOS


No Parque, ocorrem nascentes de mais de 20 córregos, com deze-
nas de belas cachoeiras (Figura 4) e uma diversidade fantástica de
microambientes aquáticos.
Os numerosos córregos do PESA apresentam uma marcante
heterogeneidade ambiental. Os substratos podem ser rochosos, areno-
sos, argilosos, com muita matéria orgânica, passando por grande varie-
dade de seixos rolados. Formam pequenas poças ou grandes poções de
águas estagnadas ou correntosas.

Figura 4 Uma das dezenas de cachoeiras do córrego Avoadeira,


situado dentro do PESA. Foto: P. C. Venere.

5
Apresentam desníveis pouco acentuados a cachoeiras com mais de 30 m de altura. Variam em profundidade de águas rasas
a relativamente profundas, cerca de dois metros a cinco metros, em épocas de cheias (Figura 5). As margens podem ser desnu-
das, quando o cerrado rupestre chega até a linha d’água, ou com vegetação de galeria. Em muitos trechos existe abundante
vegetação de macrófitas aquáticas e algas que formam enormes tapetes submersos (Figura 6).

Figura 5 a) Cachoeira em área totalmente sombreada. b) Figura 6 Diferentes ambientes encontrados nos córregos do PESA.
Trecho com águas correntosas e fundo rocho- a) Trecho de nascente de um dos córregos do PESA. b)
so, em área totalmente iluminada. c) Cachoei- Substrato rochoso com águas correntosas e cristalinas. c)
ras “Bolo de Noiva”. d) “Pé-da-Serra”. Todas no Trecho iluminado, com tapete submerso de algas
córrego Avoadeira, PESA. Fotos: P. C. Venere. filamentosas. Fotos: P. C. Venere.

6
Os córregos apresentam uma marcada sazonalidade em
relação às suas vazões, podendo até ser intermitentes. No pe-
ríodo da seca, muitas chegam a secar completamente. No pe-
ríodo das águas, têm volumes aumentados 10, 20 ou mais
vezes (Figura 7).

Figura 7 a) Região da foz do córrego Avoadeira em período de águas


altas (ao fundo se observa uma das elevações que for-
mam o PESA). b) Um trecho do córrego Fundo em período
de estiagem. c) A mesma região mostrada em (a), porém
de ângulo reverso (de costas para o PESA e de frente para
o rio Araguaia, MT); além disso, a imagem retrata o córrego
em período de estiagem. Fotos: P. C. Venere.

7
FITOFISIONOMIAS
Maryland Sanchez & Fernando Pedroni*

O Parque Estadual da Serra Azul apresenta diversas fitofisionomias do bioma Cerrado, como florestas de galeria, florestas
semidecíduas, cerrado típico e, predominantemente, cerrado rupestre.
No PESA já foram identificadas 761 espécies vegetais, incluídas em 289 gêneros e 107 famílias. As famílias que apresentam
maior riqueza em espécies são Fabaceae (107), seguida de Myrtaceae (69), Asteraceae (50), Rubiaceae (37) e Malpighiaceae
(31).
1. Mata de galeria não-inundável – situa-se nos vales e acompanha os cursos d’água. As matas de galeria apresentam
trechos longos com topografia fortemente acidentada, sendo poucos os locais planos (Figura 8a e b). A textura do solo é areno-
argilosa, o que lhe confere boa drenagem. A rochosidade pode variar entre 10% e 50%. O estrato arbóreo tem altura média de
aproximadamente 9 m, podendo atingir até 30 m. Em alguns trechos, a mata é circundada por faixas de vegetação não
florestal, ocorrendo transição abrupta para formações savânicas. Em alguns locais, a vegetação circundante é mata semidecídua,
localizada na parte mais alta do relevo. Na mata de galeria, ocorrem 116 espécies pertencentes a 45 famílias, 66 gêneros. As
famílias mais ricas são Fabaceae (20 espécies) Myrtaceae (12) e Rubiaceae (6).
Apresentaram maiores abundâncias as famílias Rubiaceae (111 indivíduos), Leguminosae (53) e Sapotaceae (42). Dentre as
arbóreas, destacam-se espécies como angico (Anadenanthera falcata), copaíba (Copaifera langsdorffii) e mamoninha-do-mato
(Mabea fistulifera). Algumas espécies herbáceas e arbustivas são exclusivas desse ambiente, ocorrendo nas margens (Tococa
formicaria) ou nas corredeiras (Augusta longifolia) (Figura 8c e d).

* Curso de Ciências Biológicas, Campus Universitário do Médio Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, MT.

9
2. Mata semidecídua – A floresta
estacional semidecidual (Figura 9a) lo-
caliza-se nas partes mais altas do PESA
(648 m) e ocorre em relevo com incli-
nação entre 10o e 30o. A superfície do
solo é recoberta com serapilheira, o que
propicia condições à propagação de
fogo. O solo tem textura areno-argilosa
com rochosidade variando entre 2% e
10%. A grande maioria das árvores apre-
senta altura entre 4 e 16 m, mas ocor-
rem indivíduos com até 32 m. Nessa
fitofisionomia, ocorrem 97 espécies per-
tencentes a 89 gêneros e 49 famílias de
plantas arbóreas. As famílias mais ricas
são Fabaceae (16 espécies), Rubiaceae,
Sapotaceae, Sapindaceae (5 cada) e
Myrtaceae (4). Dentre as arbóreas, as
mais abundantes são o tarumanzinho Figura 8 a) e b) Mata de galeria não inundável do córrego Avoadeira em trechos de topo-
(Cordia selowiana), cafeeiro-do-mato grafia plana. c) e d) Augusta longifolia (Rubiaceae). Fotos: MS & FP.
(Coussarea hydrangeifolia), guatambu
(Aspidospermum subincanum), jatobá-da-mata (Hymenaea courbaril) e angico (Anadenanthera falcata) (Figura 9b). O subosque é
formado principalmente pelo estrato de regeneração, composto pelas plântulas e jovens do componente adulto da floresta. No
entanto, muitas espécies herbáceas, arbustivas e trepadeiras ocorrem tipicamente nesse ambiente, como variadas espécies de
orquídeas (Habenaria spp.), marantáceas (Calathea spp.), malpiguiáceas (Peixotoa cordistipula) (Figura 9c) e pteridófitas (Lygodium
venustrum).

10
Figura 9 Mata semidecídua. a) Aspecto do subosque da mata.
b) Tronco e copa do angico (Anadenanthera
falcata). c) Peixotoa cordistipula, uma das espécies
de trepadeira que ocorrem nesta fitofisionomia.
Fotos: MS & FP.

3. Cerrado sentido restrito – Ocorre como pequenas man-


chas no alto da serra (557 a 562 m de altitude), em relevo
relativamente plano (Figura 10a). O solo predominante é o
latossolo com textura areno-argilosa, profundo e com boa dre-
nagem. Nessa fitofisionomia do PESA, já foram registradas 86
espécies lenhosas, incluídas em 60 gêneros e 37 famílias. As
famílias com o maior número de espécies são Fabaceae (16
espécies), Myrtaceae (15), Annonaceae, Apocynaceae e
Malpighiaceae (4 cada).

Figura 10 Cerrado sentido restrito no PESA. a) Aspecto geral de


sua vegetação. b) Mirindiba (Buchenavia tomentosa).
c) Lixeirinha (Davilla elliptica). d) Sensitiva (Mimosa sp.).
e) Pitanga (Eugenia sp.). Fotos: PC, MS & FP.

11
As espécies lenhosas mais abundantes nessa fitofisionomia são a mirindiba (Buchenavia tomentosa) (Figura 10b), folha de
serra (Ouratea spectabilis), fruta-de-ema (Licania humilis), tapinhoã (Mezilaurus crassiramea) e lixeirinha (Davilla elliptica) (Figu-
ra 10c). Inúmeras espécies arbustivas de menor porte, herbáceas e trepadeiras (aproximadamente 127) compõem a vegetação
que permeia o estrato lenhoso, podendo-se destacar a copaibinha (Copaifera oblongifolia), sensitivas (Mimosa spp.) (Figura 10d),
pitangas (Eugenia spp.) (Figura 10e) e senes (Chamaecrista spp.).
4. Cerrado rupestre – O cerrado rupestre diferencia-se dos demais
subtipos fitofisionômicos do cerrado sentido restrito pelo tipo de
substrato (solos rasos com constantes afloramentos rochosos) (Ri-
beiro & Walter, 2008). No PESA, ocorre desde as partes mais baixas
da serra até as altitudes mais elevadas, em relevo com forte
declividade (Figura 11a). Os solos litólicos, originados da decomposi-
ção de arenito e quartzitos, são pobres em nutrientes com pH ácido
e baixo teor de matéria orgânica. As famílias com o maior número de
espécies são Fabaceae (14), Myrtaceae (8), Vochysiaceae (7),
Malpighiaceae (5), Rubiaceae (4), Apocynaceae (3) e Nyctaginaceae
(3). As espécies mais abundantes são Qualea parviflora, Salvertia
convallariaeodora, Davilla elliptica e Plathymenia reticulata. Na ve-
getação lenhosa, a maioria dos indivíduos apresenta alturas entre 2
e 4 m. Além disso, possui um rico componente formado por plantas
arbustivas, herbáceas e trepadeiras que somam 306 espécies. Den-
tre essas, pode-se destacar a canela-de-ema (Vellozia flavicans) (Fi-
gura 11b), barba-de-bode (Bulbostylis paradoxa) (Figura 11c) e
catuaba (Anemopaegma arvense) (Figura 11d).

Figura 11 Aspecto da vegetação de um cerrado rupestre no Parque


Estadual da Serra Azul. Fotos: MS & FP.

12
5. Veredas – Podem ser encontradas em nascentes de alguns córregos, mas
ocorrem predominantemente na parte final das matas de galeria onde o leito
se torna indefinido. Ocorrem sobre solos hidromórficos e saturados durante a
maior parte do ano. Um dos elementos mais marcantes que compõem a vege-
tação das veredas é o buriti (Mauritia flexuosa) (Figura 12a).
Na região, ocorre também uma espécie arbórea de distribuição amazô-
nica (Qualea ingens) seletiva de ambientes brejosos (Figura 12b e c). Além
disso, agrupamentos densos de gramíneas e ciperáceas dominam o compo-
nente herbáceo das veredas.

Figura 12 Vista geral de um pequeno


trecho de vereda em região
próxima à área de influência do
Parque Estadual da Serra Azul.
Fotos: PC, MS & FP.

13
METODOLOGIA
Constam deste manual as espécies efetivamente capturadas durante o período 2005-2006, por meio de coletas amostrais
(qualitativas) realizadas nos diferentes riachos e córregos que drenam o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) e na maioria de
seus pequenos afluentes localizados no entorno que se apresentam como dependentes diretos dessa rica área de preservação.
Com a finalidade de ter um quadro mais rico sobre os pequenos peixes habitantes de córregos de Cerrado na região, algumas
coletas foram também expandidas para outros pequenos córregos que fazem parte das mesmas microbacias, ainda que alguns
deles, como, por exemplo, o Taquaralzinho, tenham suas nascentes na Serra do Taquaral, uma extensão da Serra Azul.
O material coletado encontra-se depositado nas instituições: 1. Museu de Ictiologia do Médio Araguaia (MIMA), constituído
e mantido pelo Grupo de Estudos de Peixes do Médio Araguaia (GEPEMA) da Universidade Federal de Mato Grosso – Campus
Universitário do Araguaia, Pontal do Araguaia, MT (UFMT-PROARAGUAIA); 2. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo,
São Paulo, SP (MZUSP); e 3. Coleções do Departamento de Zoologia e Botânica (DZSJRP) da Universidade Estadual Paulista,
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, São José do Rio Preto, SP (UNESP-IBILCE).
Para a execução dos trabalhos, a medida inicial implementada foi solicitar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a competente licença para a coleta e transporte do material (Licença no 068/2005 –
DIFAP/IBAMA).
A seguir, com apetrechos diversos (anzóis, peneiras, tarrafas, pequenas redes de arrasto, puçás), os peixes foram captura-
dos. Após a captura, foram imediatamente colocados em recipientes com formol 10% para a fixação. É conveniente observar que
a colocação dos peixes de imediato na formalina auxilia na preparação do material para posteriores análises. As nadadeiras ficam
distendidas e as escamas bem aderidas, minimizando suas perdas. Assim, as contagens dos raios das nadadeiras e escamas da
linha lateral e do corpo ficam facilitadas. O formato natural do peixe também é preservado.
Vale esclarecer ainda que formol 10% é a concentração mais adequada para esse tipo de trabalho. Enrijece e desidrata as
peças sem deformá-las. É obtido a partir do formol concentrado, ou seja, aquele que tem entre 36-38% de formaldeído em sua
concentração (o formol comercial geralmente tem 37%). Como se trata de uma solução gasosa, esta é a concentração máxima do

15
gás na solução. Assim, ao preparar formol 10%, deve-se pegar uma parte do formol 37% e adicionar nove partes de água
destilada ou água comum limpa. Um erro muito frequente, com consequências danosas para estudos posteriores dos peixes, é
preparar a solução considerando uma regrinha de três simples a partir do formol concentrado. O material fica excessivamente
enrijecido, quebradiço e deformado.
Em exemplares maiores de 6-7 cm de comprimento total, deve-se injetar intraperitonialmente formol 10%, com o emprego
de uma seringa hipodérmica. Exemplares acima de 12-15 cm devem receber injeções também nos músculos (carne). O material
deve permanecer na solução de formol 10% por um período nunca inferior a 72 horas (três dias). Não há período máximo para a
retirada das peças dessa solução, desde que se esteja usando realmente formol 10%. Quando se vai realizar a triagem do
material, que é a etapa seguinte, deve-se lavá-lo em água corrente por pelo menos uma hora. Se o material for volumoso, deve-
se lavar por pelo menos um dia. O objetivo da lavagem é retirar o excesso de formol das peças, para facilitar o manuseio. Cuidado
ao manusear formol: é produto cancerígeno. Portanto, esteja em ambiente aberto ou arejado e ventilado (“evite inalar seus
gases”) e use sempre luvas ou pinças (evite o contato com a pele).
Após a fixação, a etapa seguinte é a triagem do material. É aconselhável executá-la logo após a lavagem. Triagem significa
separar espécies ou modelos diferentes de peixes, dentro do material amostrado. O número de espécies varia, dependendo do
ambiente pesquisado. Há ambientes mais e outros menos diversificados. A triagem feita de imediato é facilitada porque o material
ainda conserva a coloração original, especialmente nos primeiros dias da fixação. Assim, as manchas, máculas, listras, faixas, cor
de nadadeiras, etc. são caracteres evidentes (bons indicadores) e que facilitam a separação das espécies ou modelos. Isto é
importante porque a próxima etapa, a conservação, utiliza álcool etílico 70oGL (graus Gay-Lussac), cerca de 70%.
Álcool etílico é o álcool comum disponível em supermercados sob a denominação de álcool etílico hidratado. O álcool dissolve
cromatóforos (pigmento que dá a coloração) com facilidade, o que torna os exemplares descoloridos e esbranquiçados. Os pigmentos
negros são os que mais resistem. Os vermelhos e amarelos são os mais afetados e dissolvem-se mais facilmente. O correto é preparar
álcool 70oGL com o emprego do alcoômetro. Na falta desse instrumento, pode-se tentar obter o álcool 70oGL com o seguinte procedi-
mento: pegar um litro de álcool etílico hidratado [INPM 92,8o (=98oGL)] e acrescentar 325 ml de água destilada ou comum limpa.
Justamente pelo fato de o álcool descaracterizar a coloração dos exemplares, tomou-se o cuidado de, após cada coleta, no
retorno ao laboratório, separar representantes das diferentes espécies amostradas, com a forma geral do corpo e a coloração

16
natural preservadas para serem fotografadas. Isso sempre foi feito no próprio dia ou no dia seguinte à coleta, desde que os
exemplares já apresentassem certa rigidez corporal, o que facilita a realização da fotografia. Após a escolha, os peixes foram
montados em suporte fino (agulha hipodérmica fixada a pequeno ímã), na posição desejada, para não ficarem em contato com o
papel camurça azul utilizado como pano de fundo. Esse material foi escolhido por não deixar reflexos na fotografia.
Todas as fotos foram obtidas com câmeras digitais (Nikon Colpix, Nikon 3.000 e Canon) que possuem dispositivos para fotos
na função macro, uma vez que grande parte dos peixes retratados no presente trabalho é de porte pequeno. Sempre que possível
utilizou-se iluminação natural, pois isso garante melhor coloração do material a ser fotografado. Concluída a sessão fotográfica, as
fotos foram então trabalhadas no programa Adobe Photoshop 7.0.1, tomando-se o cuidado de, em hipótese alguma, gerar
qualquer artifício que pudesse alterar ou distorcer alguma característica diagnóstica da espécie.
Na etapa posterior, os exemplares de cada espécie, ou de cada modelo, foram acondicionados em frascos individuais com
álcool 70oGL, devidamente rotulados ou etiquetados, e estocados (armazenados) em ambiente arejado, sem luminosidade. A luz
também atua na descoloração dos cromatóforos, tornando os espécimes esbranquiçados.
A etapa subsequente corresponde à identificação dos peixes. É realizada com auxílio de literatura específica: chaves dicotômicas
e/ou descrição das espécies. De qualquer forma, é um trabalho árduo, especialmente quando se examinam peixes procedentes de
bacias hidrográficas pouco estudadas sob o aspecto taxonômico. Muitas vezes, somente o especialista daquele grupo de peixes
consegue resultado confiável. Tem sido comum a descoberta de espécies novas, isto é, espécies não conhecidas ainda da Ciência.
No caso da bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins, tem-se como certo a existência de muitas espécies não descritas. Portanto,
a identificação executada no presente trabalho foi aquela possível de ser realizada no momento. Não se tem a pretensão de que
a pesquisa esteja concluída, mas sim de que este trabalho seja apenas um começo.
As informações taxonômicas disponibilizadas neste manual resumem-se ao mínimo indispensável e estão restritas àquelas
consideradas imprescindíveis para o reconhecimento das espécies. Reitera-se que não se trata de trabalho eminentemente
taxonômico, mas de divulgação geral. Entende-se que é preciso saber o que se tem, o que de fato existe, para preservar e
conservar melhor, incluindo a implementação de medidas adequadas para cada ambiente.
Julga-se oportuno esclarecer que o nome científico é composto por duas palavras. A primeira, sempre com inicial maiúscula,
refere-se ao gênero. A segunda, sempre com inicial minúscula, refere-se à espécie. Ambas devem ser escritas em destaque no texto,

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negrito ou itálico. Algumas espécies neste manual são referidas simplesmente pelo nome do gênero seguido de sp., ou porque não
se conseguiu uma identificação mais precisa da espécie, ou porque não corresponde a nenhuma descrição disponível, conhecida.
Junto com o nome científico podem estar disponíveis outras informações taxonômicas, como o nome do autor da espécie
(quem a descreveu) e a data de publicação. Esta foi uma regra seguida na elaboração do presente manual. Quando o(s) nome(s)
do(s) autor(es) segue(m) o nome científico sem nenhum sinal entre eles, isso significa que aquela espécie foi descrita original-
mente naquele gênero. Por exemplo, Pristigaster cayana Cuvier, 1829 indica que Cuvier descreveu a espécie P. cayana em uma
publicação no ano de 1829, dentro do próprio gênero Pristigaster, o que é considerado válido até hoje. Por outro lado, quando o(s)
nome(s) do(s) autor(es) vem(êm) entre parênteses, isso significa que a espécie foi descrita originalmente em outro gênero. Por
exemplo, Colomesus aselus (Müller & Troschel, 1849) indica que Müller & Troschel (dois autores) descreveram a espécie C. asellus
em um gênero diferente de Colomesus, no ano de 1849 (esses autores descreveram-na dentro do gênero Chelichthys). Entretan-
to, estudos posteriores revelaram que a espécie em questão tem características genéricas de Colomesus e, por isso, o gênero foi
mudado. O nome do(s) autor(es) continua(m) o(s) mesmo(s), assim como a data, porém ambos devem estar dentro do parênte-
ses. Entre o nome do autor e a data sempre há uma vírgula. O nome do autor e a data não fazem parte do nome científico, mas
são informações complementares que enriquecem e valorizam o trabalho. Uma outra situação é o nome(s) do(s) autor(es)
seguido(s) de “in” e um ou mais nomes. Isto significa que o(os) autor(es) decreve(m) a espécie em publicação de terceiro(s). Por
ex., Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard in Freycinet, 1824): a espécie R. quelen foi descrita por Quoy & Gamard (dois autores) na
publicação de Freycinet de 1824. Se você tiver de se referir a alguma espécie, animal ou vegetal, não importa, procure inteirar-se
dessas questões fazendo referência ao(s) autor(es) e a data quando da primeira referência no texto.
Outro detalhe interessante é o significado dos sufixos FORMES, IDAE e INAE. Os táxons terminados em FORMES são da
categoria ordem; os terminados em IDAE se referem à família; e os terminados em INAE são da categoria subfamília.
A referência “aff.” entre o gênero e a espécie significa que a espécie em questão é parecida, ou seja, semelhante (próxima)
à espécie citada, porém, claramente não corresponde àquela espécie. A referência “cf.” é utilizada quando a espécie em questão
se encaixa na descrição da espécie, porém sua localidade-tipo e sua ocorrência geográfica conhecidas são de outra bacia hidrográfica;
portanto, pode ser essa espécie. O “gr.” indica que a espécie é daquele grupo de peixes: significa que são várias espécies próximas
e de difícil identificação ou que não existe revisão taxonômica recente para o grupo.

18
O nome popular que acompanha cada espécie neste manual é o nome corrente na região objeto da pesquisa. O nome na
linguagem da etnia Xavante é uma homenagem aos povos indígenas que vivem na área e uma tentativa de resgatar um pequeno
traço da cultura indígena, pressionada e dilapidada pelo avanço da civilização do homem branco. Infelizmente, o espaço do índio
é cada vez menor no Brasil, e sua cultura está lamentavelmente fadada ao desaparecimento.
As informações relacionadas à alimentação são provenientes de exames estomacais qualitativos efetuados e da literatura
disponível, assim como as informações relativas à ocorrência de dimorfismo sexual, isto é, machos e fêmeas diferirem externa-
mente. Esta última informação é suprimida quando não se coletaram exemplares suficientes, especialmente no período reprodutivo,
ou quando, aparentemente, não há informação disponível na literatura.
O tamanho apresentado para cada espécie corresponde ao encontrado na literatura ou o medido em exemplares capturados
na presente pesquisa. Na maioria das vezes refere-se ao comprimento padrão, isto é, comprimento medido da ponta do focinho
até o começo (base) da nadadeira caudal (excluída a nadadeira caudal).
A sequência de apresentação dos grupos maiores – Ordens, Famílias e Subfamílias – segue a ordem filogenética, de acordo
com o livro CHECK LIST OF THE FRESHWATER FISHES OF SOUTH AND CENTRAL AMÉRICA (CLOFFSCA), organizado por Reis et
al. (2003). A sequência vai dos grupos considerados “menos evoluídos”, cientificamente falando, mais primitivos, para os “mais
evoluídos”, isto é, mais derivados. Dentro de cada Família ou Subfamília, a sequência seguida para os gêneros e espécies é
alfabética. Fica aqui outra sugestão para o leitor: quando se referir a espécies pertencentes a vários grupos, animais ou vegetais,
além de informar o(s) nome(s) do(s) autor(es) das espécies e a data, organize a relação na sequência filogenética. Você enrique-
ce e valoriza consideravelmente seu trabalho.
A informação sobre a importância de cada espécie está baseada no exame do conteúdo estomacal de peixes carnívoros, em
pesquisas junto às comunidades ribeirinhas, mercados de peixes e feiras livres, aquariofilistas e literatura. A referência a “poten-
cial para aquariofilia” é utilizada quando a espécie, por alguma característica (de cor, estrutura ou forma, comportamento, etc.),
sobressai-se dentre as demais.

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PEIXES DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL: SINOPSE
NÚMERO DE ESPÉCIES POR FAMÍLIA E TOTAL
Família Esp. Família Esp.
1. Potamotrygonidae 01 20. Callichthyidae 05
2. Engraulidae 01 21. Loricariidae 17
3. Pristigasteridae 01 22. Pseudopimelodidae 02
4. Parodontidae 02 23. Heptapteridae 07
5. Curimatidae 07 24. Pimelodidae 05
6. Prochilodontidae 01 25. Doradidae 04
7. Anostomidae 08 26. Auchenipteridae 03
8. Chilodontidae 02 27. Gymnotidae 02
9. Crenuchidae 01 28. Sternopygidae 02
10. Hemiodontidae 05 29. Rhamphichthyidae 01
11. Gasteropelecidae 01 30. Apteronotidae 01
12. Characidae 50 31. Rivulidae 01
13. Acestrorhynchidae 02 32. Poeciliidae 01
14. Erythrinidae 02 33. Belonidae 01
15. Lebiasinidae 01 34. Synbranchidae 01
16. Ctenoluciidae 01 35. Sciaenidae 01
17. Cetopsidae 01 36. Cichlidae 12
18. Aspredinidae 01 37. Achiridae 01
19. Tricho mycteridae 06 38. Tetraodontidae 01
Total de espécies 162

21
SINOPSE DAS ORDENS, FAMÍLIAS, SUBFAMÍLIAS, GÊNEROS E ESPÉCIES

RAJIFORMES
Potamotrygonidae
Potamotrygon aff. motoro (Natterer in Müller & Henle, 1841).

CLUPEIFORMES
Engraulidae
Anchoviella cf. carrikeri Fowler, 1940.
Pristigasteridae
Pristigaster cayana Cuvier, 1829.

CHARACIFORMES
Parodontidae
Apareiodon argenteus Pavanelli & Britski, 2003.
Parodon pongoensis (Allen, 1942).
Curimatidae
Curimata inornata Vari, 1989.
Curimatella immaculata (Fernández-Yépez, 1948).
Cyphocharax gouldingi Vari, 1992.
Cyphocharax notatus (Steindachner, 1908).
Psectrogaster amazonica Eigenmann & Eigenmann, 1889.
Steindachnerina amazonica (Steindachner, 1911).
Steindachnerina gracilis Vari & Vari, 1989.
Prochilodontidae
Prochilodus nigricans Agassiz, 1829.

22
Anostomidae
Abramites hypselonotus (Günther, 1868).
Laemolyta fernandezi Myers, 1950.
Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850).
Leporinus cf. klausewitzi Géry, 1960.
Leporinus friderici (Bloch, 1794).
Leporinus sp.1
Leporinus geminis Garavello & Santos, 2009
Schizodon vittatus (Valenciennes, 1850).
Chilodontidae
Caenotropus labyrinthicus (Kner, 1858).
Chilodus punctatus Müller & Troschel, 1844.
Crenuchidae
Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909.
Hemiodontidae
Anodus orinocensis (Steindachner, 1887).
Bivibranchia velox (Eigenmann & Myers, 1927).
Hemiodus gracilis Günther, 1864.
Hemiodus microlepis Kner, 1858.
Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794).
Gasteropelecidae
Thoracocharax cf. stellatus (Kner, 1858).
Characidae
Iguanodectinae
Iguanodectes spilurus (Günther, 1864).

23
Bryconinae
Brycon falcatus Müller & Troschel, 1844.
Serrasalminae
Metynnis argenteus Ahl, 1923.
Myleus torquatus (Kner, 1858).
Serrasalmus spilopleura Kner, 1858.
Aphyocharacinae
Aphyocharax alburnus (Günther, 1869).
Aphyocharax sp.1
Characinae
Acestrocephalus acutus Menezes, 2006.
Charax leticiae Lucena, 1987.
Cynopotamus tocantinensis Menezes, 1987.
Galeocharax gulo (Cope, 1870).
Phenacogaster sp.
Roeboides myersii Gill, 1870.
Stethaprioninae
Poptella compressa (Günther, 1864).
Tetragonopterinae
Tetragonopterus aff. argenteus Cuvier, 1816.
Tetragonopterus chalceus Spix & Agassiz, 1829.
Cheirodontinae
Serrapinnus micropterus (Eigenmann, 1907).
Triportheinae
Triportheus albus Cope, 1872.
Triportheus auritus (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1850).
Triportheus trifurcatus (Castelnau, 1855).
24
Incertae Sedis
Astyanax argyrimarginatus Garutti, 1999.
Astyanax asuncionensis Géry, 1972.
Astyanax elachylepis Bertaco & Lucinda, 2005.
Astyanax sp.1
Astyanax sp.2
Astyanax xavante Garutti & Venere, 2009.
Bryconops alburnoides Kner, 1858.
Bryconops cf. giacopinii (Fernández-Yépez, 1950).
Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794).
Creagrutus figueiredoi Vari & Harold, 2001.
Creagrutus menezesi Vari & Harold, 2001.
Creagrutus seductus Vari & Harold, 2001.
Exodon paradoxus Müller & Troschel, 1844.
Hemigrammus aff. levis Durbin, 1908.
Hemigrammus cf. rodwayi Durbin, 1909.
Hemigrammus levis Durbin, 1908.
Hyphessobrycon aff. maculicauda Ahl, 1936.
Hyphessobrycon aff. tenuis Géry, 1964.
Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882).
Jupiaba polylepis (Günther, 1864).
Knodus sp.
Moenkhausia cf. comma Eigenmann, 1908.
Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882).
Moenkhausia dichroura (Kner, 1858).
Moenkhausia lepidura (Kner, 1858).

25
Moenkhausia oligolepis (Günther, 1864).
Moenkhausia pyrophthalma Costa, 1994.
Moenkhausia sp.
Salminus hilarii Valenciennes, 1850.
Thayeria boehlkei Weitzman, 1957.
Acestrorhynchidae
Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794).
Acestrorhynchus microlepis (Schomburgk, 1841).
Erythrinidae
Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829).
Hoplias cf. malabaricus (Bloch, 1794).
Lebiasinidae
Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903.
Ctenoluciidae
Boulengerella cuvieri (Agassiz in Spix & Agassiz, 1829).

SILURIFORMES
Cetopsidae
Cetopsis coecutiens (Lichtenstein, 1819).
Aspredinidae
Bunocephalus sp.
Trichomycteridae
Trichomycterinae
Ituglanis macunaima Datovo & Landim, 2005.
Stegophilinae
Henonemus intermedius (Eigenmann & Eigenmann, 1889).

26
Ochmacanthus sp.
Parastegophilus sp.
Pseudostegophilus sp.
Vandelliinae
Vandellia cirrhosa Valenciennes, 1846.
Callichthyidae
Aspidoras pauciradiatus (Weitzman & Nijssen, 1970).
Brochis splendens (Castelnau, 1855).
Corydoras araguaiaensis Sands, 1990.
Corydoras maculifer Nijssen & Isbrücker, 1971.
Megalechis personata (Ranzani, 1841).
Loricariidae
Hypoptopomatinae
Hisonotus sp.
Parotocinclus britskii Boeseman, 1974.
Loricariinae
Farlowella aff. oxyrryncha (Kner, 1853).
Loricaria sp.1
Loricaria sp.2
Loricaria sp.3
Rineloricaria hasemani Isbrücker & Nijssen, 1979.
Spatuloricaria sp.
Sturisoma aff. nigrirostrum Fowler, 1940.
Hypostominae
Hypostomus aff. cochliodon Kner, 1854.
Hypostomus faveolus Zawadzki, Birindelli & Lima, 2008.

27
Hypostomus sp.1
Hypostomus sp.2
Pterygoplichthys cf. gibbiceps (Kner, 1854).
Pterygoplichthys joselimaianus (Weber, 1991).
Squaliforma emarginata (Valenciennes, 1840).
Ancistrinae
Hemiancistrus spilomma Cardoso & Lucinda, 2003.
Pseudopimelodidae
Microglanis sp.
Pseudopimelodus cf. pulcher (Boulenger, 1887).
Heptapteridae
Imparfinis mirini Haseman, 1911.
Mastiglanis asopos Bockmann, 1994.
Phenacorhamdia somnians (Mees, 1974).
Pimelodella sp.1
Pimelodella sp.2
Pimelodella sp.3
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824).
Pimelodidae
Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840).
Megalonema platicephalum Eigenmann, 1912.
Pimelodus cf. blochii (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840).
Propimelodus araguayae Rocha, Oliveira & Py-Daniel, 2007.
Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801).
Doradidae
Anadoras regani (Steindachner, 1908).

28
Hassar orestis (Steindachner, 1875).
Hassar wilderi Kindle, 1895.
Leptodoras cf. cataniai Sabaj, 2005.
Auchenipteridae
Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766).
Auchenipterus nuchalis (Spix & Agassiz, 1829).
Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1758).

GYMNOTIFORMES
Gymnotidae
Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766).
Gymnotus cf. carapo Linnaeus, 1758.
Sternopygidae
Eigenmannia cf. trilineata López & Castello, 1966.
Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801).
Rhamphichthyidae
Gymnorhamphichthys petiti Géry & Vu-Tân-Tuê, 1964.
Apteronotidae
Apteronotus albifrons (Linnaeus, 1766).

CYPRINODONTIFORMES
Rivulidae
Rivulus zigonectes Myers, 1927.
Poeciliidae
Pamphorichthys araguaiensis Costa, 1991.

29
BELONIFORMES
Belonidae
Pseudotylosurus microps (Günther, 1866).

SYNBRANCHIFORMES
Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795.

PERCIFORMES
Sciaenidae
Pachypops fourcroi (La Cepède, 1802).
Cichlidae
Aequidens tetramerus (Heckel, 1840).
Biotodoma aff. cupido (Heckel, 1840).
Crenicichla aff. johanna Heckel, 1840.
Crenicichla labrina (Spix & Agassiz, 1831).
Crenicichla reticulata (Heckel, 1840).
Crenicichla sp.1
Heros aff. efasciatus Heckel, 1840.
Hypselecara temporalis (Günther, 1862)
Laetacara araguaiae Ottoni & Costa, 2009
Mesonauta festivus (Heckel, 1840).
Retroculus lapidifer (Castelnau, 1855).
Satanoperca jurupari (Heckel, 1840).

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PLEURONECTIFORMES
Achiridae
Hypoclinemus mentalis (Günther, 1862).

TETRAODONTIFORMES
Tetraodontidae
Colomesus asellus (Müller & Troschel, 1849).

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DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS SOBRE AS ESPÉCIES
NOME COMUM: arraia, arraia-de-fogo, raia.
NOME XAVANTE: têpêbö.
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon aff. motoro (Natterer in Müller & Henle,
1841).
FAMÍLIA: Potamotrygonidae.
TAMANHO: pode atingir mais de 70,0 cm de diâmetro do disco.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, com preferência por peixes e crustáceos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam clásper ou
pterigopódio, i.e., uma modificação das nadadeiras pélvicas e
que serve como órgão copulador. É uma estrutura dotada de
sulco, por onde fluem os espermatozoides durante a cópula. É
de caráter permanente (vide fotos comparativas de macho e
Diâmetro do disco: 64,5 cm fêmea).
COMENTÁRIOS: esqueleto cartilaginoso; corpo e cabeça achatados, em forma de disco, revestidos por diminutas escamas placóides
(daí a sensação de lixa ao tocá-la); nadadeiras peitorais profundamente modificadas, formando uma orla em volta do disco,
unidas na parte anterior do focinho; cauda estreita, distintamente separada do disco, e de tamanho aproximadamente igual ao
diâmetro do disco; espinhos médio-dorsais relativamente grandes na cauda, geralmente dispostos em uma série longitudinal;
fenda bucal situada ventralmente; cinco pares de aberturas branquiais situadas na região ventral; um par de olhos situados
dorsalmente; uma abertura de cada lado do olho, o espiráculo. Superfície dorsal do disco variando de marrom-oliváceo a cinza-
escuro, com manchas ocelares amarelas ou alaranjadas circundadas de negro, maiores na região central do disco e diminuindo
de tamanho em direção às margens. As raias são ovovivíparas, i.e., a fecundação e o desenvolvimento são internos, mas sem
a formação de uma placenta, de maneira que a fêmea libera filhotes; cerca de três meses de

32
gestação. Na cópula, o macho introduz apenas um clásper.
Preferem águas paradas, relativamente rasas e de substrato
arenoso ou argiloso, no qual permanecem apoiadas ou
semienterradas. Espécie pouco frequente ou rara nos cursos
superior e médio, ocorrendo mais nos cursos inferiores dos
riachos e córregos do PESA, principalmente na época das
águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia.

Vista ventral: macho (detalhe


do clásper) e fêmea.

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CP: 6,8 cm

NOME COMUM: manjuba, sardinha-de-gato. NOME XAVANTE: pe’awaipópare.


NOME CIENTÍFICO: Anchoviella cf. carrikeri Fowler, 1940. FAMÍLIA: Engraulidae.
TAMANHO: até 6,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, com preferência por pequenos peixes e crustáceos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado e comprimido lateralmente; recoberto por escamas ciclóides, grandes; focinho cônico e prolongado
num pequeno rostro acima da boca, a qual é estreita e largamente fendida para trás; dentes em série única no dentário e no
pré-maxilar; nadadeira caudal furcada. Corpo algo prateado; faixa lateral prateada conspícua no flanco. Espécie frequente nos
cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

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NOME COMUM: papuda.
NOME XAVANTE: pedzarébétó’mrã.
N OME CIENTÍFICO : Pristigaster cayana Cuvier,
1829.
FAMÍLIA: Pristigasteridae.
TAMANHO: até 14,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, alimentando-se princi-
palmente de insetos terrestres.
CP: 11,6 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, comprimido lateralmente e recoberto por escamas ciclóides; peito desenvolvido, com quilha
pré-ventral; espinho pré-dorsal (firmemente inserido na musculatura) presente; nadadeiras pélvicas e adiposa ausentes;
escamas perfuradas da linha lateral ausentes; boca ligeiramente voltada para cima, com dentes bem desenvolvidos em ambas
as maxilas e dentes diminutos sobre a língua; caudal bifurcada, com lobos longos. Corpo prateado homogêneo, em sua maior
parte. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente em épocas de águas altas.
IMPORTÂNCIA: esta espécie não é muito apreciada como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

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CP: 3,7 cm

NOME COMUM: canivete. NOME XAVANTE: pedzatórewawi.


NOME CIENTÍFICO: Apareiodon argenteus Pavanelli & Britski, 2003. FAMÍLIA: Parodontidae.
TAMANHO: até 7,6 mm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: raspadores de algas e organismos que se desenvolvem sobre elas (epífitos), junto ao substrato.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo fusiforme; boca subinferior e fenda bucal (vista ventralmente) reta; mandíbula na forma de pá e desprovida de
dentes; nadadeiras peitorais e pélvicas largas, permitindo boa aderência ao substrato; linha lateral completa, 40-42 escamas.
Listra longitudinal negra estreita correndo sobre a linha lateral e quatro a cinco barras transversais negras no dorso; área
prateada abaixo da faixa negra. Preferem águas correntes, rápidas, com cerca de 0,20 a 1 m de profundidade, e bem ilumina-
das. Permanecem sobre o substrato, raspando e ingerindo o epilíton (organismos que se desenvolvem sobre as rochas,
especialmente algas). Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

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CP 7,8 cm

NOME COMUM: canivete. NOME XAVANTE: pedzatóre.


NOME CIENTÍFICO: Parodon pongoensis (Allen, 1942). FAMÍLIA: Parodontidae.
TAMANHO: até 10,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, raspadores de algas e organismos que se desenvolvem sobre elas (epífitos), junto ao substrato.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo fusiforme; boca subinferior e fenda bucal (vista ventralmente) reta; mandíbula em forma de pá e desprovida de
dentes anteriormente, mas com dois ou três dentes de cada lado; dentes com muitas cúspides arredondadas; nadadeiras
peitorais e pélvicas largas, permitindo boa aderência ao substrato; linha lateral completa. Duas listras longitudinais escuras no
flanco do corpo, entremeadas por faixa clara: uma delas no dorso, outra na região mediana do corpo, estendida desde os olhos
até a extremidade dos raios caudais medianos; flanco inferior esbranquiçado. Preferem águas correntes, rápidas, com cerca
de 0,20 a 0,50 m de profundidade, e bem iluminadas; permanecem sobre o substrato, raspando e ingerindo o epilíton. Espécie
frequente nos riachos e córregos do PESA; abundante nas áreas abertas, de águas rápidas e substrato rochoso.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

37
NOME COMUM: branquinha.
NOME XAVANTE: da’watsa.
NOME CIENTÍFICO: Curimata inornata Vari, 1989.
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 13,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., alimenta-se de par-
tículas dispersas no substrato, principal-
mente micro-organismos de origem ani-
mal ou vegetal e matéria orgânica em de- CP 13,0 cm
composição; por isso, muitos autores pre-
ferem classificá-la como detritívora.
Estes peixes possuem um aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo pouco alongado, recoberto por escamas ciclóides, menores acima da linha lateral e maiores abaixo desta; boca
inferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 55 a 60 escamas perfuradas; nadadeira caudal nua, bifurcada. Coloração
prateada uniforme, sem máculas. Espécie rara nos cursos superior e médio dos córregos do PESA, mas frequente no inferior,
principalmente em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: os curimatídeos, de maneira geral, formam grandes cardumes que migram rio acima, principalmente na época da
reprodução. Nesta oportunidade, podem ser capturadas em grande quantidade, representando boa parcela na pesca de
subsistência. Constituem elo importante nas cadeias alimentares, uma vez que formam parte avultada dos peixes forrageiros.
Por esse comportamento, podem ser consideradas “espécies-chave” na ciclagem de nutrientes nos ambientes onde são
encontradas.

38
CP 7,2 cm

NOME COMUM: branquinha. NOME XAVANTE: pe’awaipó.


NOME CIENTÍFICO: Curimatella immaculata (Fernández-Yépez, 1948). FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 9,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., alimenta-se de partículas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou
vegetal e matéria orgânica em decomposição; por isso, muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Esses peixes
possuem um aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios. Os machos emitem um tipo de ronco na época em que se encontram prontos para
a eliminação dos gametas.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, desprovida de dentes; linha
lateral completa, com menos de 50 escamas; nadadeira caudal bifurcada, com lobos inteiramente recobertos por escamas
pequenas. Coloração prateada uniforme, sem máculas. Espécie pouco comum nos cursos superior e médio dos riachos e
córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

39
CP 6,7 cm

NOME COMUM: branquinha. NOME XAVANTE: penhãnãre.


NOME CIENTÍFICO: Cyphocharax gouldingi Vari, 1992. FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 8,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., alimenta-se de partículas dispersas no substrato, principalmente micro-organismos de origem animal ou
vegetal e matéria orgânica em decomposição; por isso, muitos autores preferem classificá-la como detritívora. Esses peixes
possuem um aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, relativamente grandes; boca terminal
desprovida de dentes; linha lateral completa, 30-33 escamas; nadadeira caudal nua. Coloração prateada uniforme, com mácu-
la negra na base da nadadeira caudal (o que facilita o reconhecimento da espécie). Espécie pouco frequente nos cursos
superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas abundante no inferior, principalmente em períodos de águas altas;
comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: pode ser esporadicamente consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

40
NOME COMUM: branquinha.
NOME XAVANTE: pe’adzarébétómrã.
NOME CIENTÍFICO:
Cyphocharax notatus
(Steindachner, 1908).
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 12,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., semelhante aos de-
CP 7,1 cm
mais curimatídeos. Trata-se de peixes que
se alimentam de partículas dispersas no
substrato, que podem ser de composição variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem
aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios. Os machos emitem um tipo de ronco na época em que se encontram prontos para
a eliminação dos gametas.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca desprovida de dentes, em posição anterior; linha
lateral completa, 30-35 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Coloração prateada uniforme. É a única espécie
do gênero com pigmentação na porção distal dos raios da nadadeira dorsal, além de máculas na porção distal dos lóbulos da
nadadeira caudal, o que facilita seu reconhecimento. Pouco frequente no curso superior dos riachos e córregos do PESA, mas
abundante nas lagoas marginais ao longo do curso médio dos córregos que fluem em direção ao rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: também representa um importante elo nas cadeias alimentares, uma vez que se constitui em parcela considerável dos
peixes forrageiros nos ambientes onde se encontra.

41
NOME COMUM: branquinha
NOME XAVANTE: pe’anhõhi’ware.
NOME CIENTÍFICO:
Psectrogaster amazonica
Eigenmann & Eigenmann, 1889.
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 16,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., semelhante aos de-
mais curimatídeos. Trata-se de peixes que CP 13,0 cm
se alimentam de partículas dispersas no
substrato cuja composição é variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem aparelho
digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal desprovida de dentes; região pós-ventral
quilhada com escamas terminando num processo espiniforme; linha lateral completa, 41 a 62 escamas; nadadeira caudal nua,
bifurcada. Coloração uniforme sem máculas, esverdeada acima da linha lateral, prateada abaixo. Espécie rara nos cursos superior
e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: atinge porte maior que as espécies dos gêneros Cyphocharax e Steindachnerina, e, portanto, desempenha papel
ligeiramente maior na pesca de subsistência. Como as demais forrageiras, P. amazonica representa um elo importante na
cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

42
NOME COMUM: branquinha.
NOME XAVANTE: penhãnãrehöi’re.
NOME CIENTÍFICO:
Steindachnerina amazonica
(Steindachner, 1911).
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 9,9 cm de comprimento padrão.
A LIMENTAÇÃO : esta também é uma espécie
iliófaga, i.e., semelhante aos demais CP 9,2 cm
curimatídeos. Trata-se de peixes que se
alimentam de partículas dispersas no substrato. As partículas podem ser de composição variada, desde micro-organismos até
matéria orgânica em decomposição. Possuem aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua
alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior, desprovida de dentes; linha lateral
completa, 36-41 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, com os raios longos do lobo inferior de coloração mais escura.
Coloração prateada uniforme, com indistinta faixa lateral negra na altura da linha lateral e mácula negra na base da porção
mediana dos raios da nadadeira dorsal. Espécie pouco frequente nos cursos superiores dos riachos e córregos do PESA;
abundante nas pequenas lagoas marginais dos cursos médios; e abundante nos cursos inferiores, principalmente em períodos
de águas altas.
IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, esta espécie não desempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S.
amazonica representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

43
CP 10,2 cm

NOME COMUM: branquinha. NOME XAVANTE: pe’adzarébépré.


NOME CIENTÍFICO: Steindachnerina gracilis Vari & Vari, 1989.
FAMÍLIA: Curimatidae. TAMANHO: até 10,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i.e., semelhante aos demais curimatídeos. Alimenta-se de partículas dispersas no substrato, cuja composição
é variada desde micro-organismos de origem animal ou vegetal até matéria orgânica em decomposição. Possui aparelho
digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca inferior, desprovida de dentes; linha lateral comple-
ta, 50-54 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada com o lobo inferior escuro. Coloração geral prateada uniforme; nadadeira
dorsal com mácula enegrecida na porção mediano-basal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do
PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, essa espécie não desempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S.
gracilis representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada.

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NOME COMUM: papa-terra, curimatã.
NOME XAVANTE: petómrã.
NOME CIENTÍFICO: Prochilodus nigricans Agassiz,
1829.
FAMÍLIA: Prochilodontidae.
TAMANHO: até 37,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i.e., raspadora de algas
e comedora de matéria orgânica
finamente particulada.
CP 10,2 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços ób-
vios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca terminal, com lábios espessos, móveis e
providos de numerosos dentículos, dispostos em uma única série lateralmente e em duas séries medialmente; membranas
branquiais unidas entre si e livres do istmo; espinho pré-dorsal presente; nadadeira adiposa presente; linha lateral completa,
44-49 escamas; nadadeira caudal bifurcada. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principal-
mente nos períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: bastante consumida como alimento; potencial para aquariofilia; de grande importância nos elos das cadeias alimenta-
res dos ambientes onde vive.

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NOME COMUM: piauzinho.
NOME XAVANTE: pe’a wa’rãmire.
N OME CIENTÍFICO :Abramites hypselonotus
(Günther, 1868).
FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 14,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: onívora, principalmente vermes,
algas, plantas aquáticas e crustáceos.
CP 8,9 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ciclóides; cabeça afunilada; boca pequena, terminal, com três dentes
assimétricos cuspidados no pré-maxilar e três incisiviformes, de borda lisa, no dentário; nadadeira caudal com escamas
apenas na base; linha lateral completa, 37-40 escamas. Corpo atravessado por oito barras inclinadas irregulares – a terceira
fundindo-se com a quarta, e continuando-se na base da nadadeira dorsal. Ocupa sempre posição de 45o, com a cabeça voltada
para baixo. Espécie rara nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: espécie muito atraente, não só pelo belo padrão de colorido, mas também pelo hábito de manter seu corpo inclinado,
sendo assim bastante interessante para o comércio aquariofilista. Como as demais espécies de pequeno porte, Abramites
também representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

46
CP 17,4 cm

NOME COMUM: piau-de-loca, piau-boca-fina. NOME XAVANTE: pedzató’uwa.


NOME CIENTÍFICO: Laemolyta fernandezi Myers, 1950. FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: herbívora, principalmente vegetais terrestres, algas filamentosas e restos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca pequena, sub-superior, com quatro dentes
assimétricos cuspidados no pré-maxilar e quatro planos no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha
lateral completa, 49-58 escamas. Corpo com quatro barras transversais escuras, conspícuas ou não. Espécie pouco frequente
nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, porém frequente nos cursos inferiores, principalmente no período
de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

47
CP 10,0 cm

NOME COMUM: solteira. NOME XAVANTE: danhôhuiwa.


NOME CIENTÍFICO: Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850). FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 24,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca pequena, com quatro dentes assimétricos, não
cuspidados no pré-maxilar e no dentário; lobos da nadadeira caudal recobertos por escamas pequenas. Mancha negra na
nadadeira dorsal e barras negras inclinadas na nadadeira caudal. Espécie muito rara nos riachos e córregos do PESA; encon-
trada em córregos com corredeiras e pedrais onde busca seu alimento. Pode também ser capturada nas corredeiras do rio
Araguaia, logo abaixo da foz do córrego Avoadeira que drena o PESA.
IMPORTÂNCIA: também é espécie vistosa, com um colorido incomum; logo, potencialmente importante para aquariofilia; consumida
como alimento; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

48
CP 9,5 cm

NOME COMUM: piau, piauzinho, piau-três-pintas. NOME XAVANTE: pedzatódzarebepré.


NOME CIENTÍFICO: Leporinus cf. klausewitzi Géry, 1960. FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, com preferência para frutos, sementes e larvas de insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca pequena, com quatro dentes assimétricos,
não cuspidados no pré-maxilar e no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37 a 41
escamas. Corpo com três máculas escuras conspícuas, arredondadas sobre a linha lateral (o que a diferencia facilmente de
Leporinus sp.1 e Leporinus geminis); nadadeiras adiposa e anal negras (o que a distingue prontamente de L. friderici). Espécie
rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA e também pouco frequente nos inferiores.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

49
CP 11,4 cm

NOME COMUM: cabeça-gorda, piau-três-pintas. NOME XAVANTE: pedzatódzarebepré.


NOME CIENTÍFICO: Leporinus friderici (Bloch, 1794). FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 40,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, com preferência para frutos, sementes e larvas de insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca pequena, com quatro dentes assimétricos,
não cuspidados no pré-maxilar e no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 37 a 41
escamas. Corpo com três máculas escuras conspícuas, arredondadas sobre a linha lateral (o que a diferencia facilmente de
Leporinus sp.1 e L. geminis); nadadeira adiposa amarelo-avermelhada e anal amarelada (o que a distingue prontamente de L.
cf. klausewitzi). Espécie frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA e abundante nos inferiores,
principalmente nos períodos de vazante, na foz de diversos córregos que deságuam no Araguaia, quando formam grandes
cardumes que são intensivamente pescados juntamente com L. trifasciatus.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; importante na pesca turística; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

50
CP 9,4 cm

NOME COMUM: aracu, aracu-pintado, piauzinho. NOME XAVANTE: pedzató.


NOME CIENTÍFICO: Leporinus sp.1. FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 12,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: herbívora, principalmente folhas, flores, frutos, sementes e algas filamentosas.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca pequena, com três dentes assimétricos,
não cuspidados no dentário e quatro no pré-maxilar; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 36
a 37 escamas. Máculas escuras conspícuas sobre a linha lateral e acima e abaixo nos flancos, cuja forma principal é horizon-
talmente ovalada (o que a diferencia facilmente de L. friderici, L. cf. klausewitzi e L. geminis). Espécie de porte pequeno;
machos maduros com 9,6 cm. Frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; pelo seu padrão de máculas pode desempenhar importante papel na aquariofilia; elo
importante na cadeia alimentar dos riachos e córregos que habita.

51
CP 13,9 cm

NOME COMUM: piau, piau-loqueiro. NOME XAVANTE: pedzatóware.


NOME CIENTÍFICO: Leporinus geminis Garavelo & Santos, 2009. FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 13,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos e sementes e larvas de insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas alcançam maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca subinferior, pequena, com
quatro dentes assimétricos, não cuspidados no pré-maxilar e quatro no dentário; nadadeira caudal com escamas apenas na
base; linha lateral completa, 37 a 42 escamas. Corpo de coloração castanho-amarelada no dorso e prateada na porção abaixo
da linha lateral (o que a diferencia facilmente de L. friderici, L. cf. klausewitzi e Leporinus sp.1); manchas escuras ocasionais,
alongadas, na altura da linha lateral; nadadeiras dorsal, ventral e adiposa escuras; caudal bifurcada, com borda avermelhada.
Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde ocorre principalmente no período de
águas altas. Corresponde a Leporinus sp.2 citada por Santos & Jegu, 1989.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

52
CP 17,0CPcm
17,0 cm

NOME COMUM: piau-cagão, piau-vara. NOME XAVANTE: pedzató wawi tópré.


NOME CIENTÍFICO: Schizodon vittatus (Valenciennes, 1850). FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 35,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: herbívora, principalmente raízes, folhas, frutos, sementes e algas filamentosas.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca pequena, terminal, quatro dentes multicuspidados
no pré-maxilar e quatro no dentário; linha lateral completa, 43 a 45 escamas; quatro fileiras de escamas acima da linha lateral
e quatro abaixo; nadadeira caudal com escamas apenas na base. Quatro barras transversais escuras no corpo e uma faixa
escura sobre o flanco. Espécie pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas abundante
nos inferiores, principalmente no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; importante na pesca turística no final das águas altas, quando é facilmente capturada na foz
de vários córregos afluentes do rio Araguaia; representa importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

53
NOME COMUM: cabeça-dura, durinho, escama-grossa.
NOME XAVANTE: pe’ahöihöi’ré.
NOME CIENTÍFICO: Caenotropus labyrinthicus (Kner,
1858).
FAMÍLIA: Chilodontidae.
TAMANHO: até 15,2 cm de comprimento padrão
(alguns aquaristas citam até 20,0 cm).
ALIMENTAÇÃO: omnívora, alimentando-se de peque- CP 13,1 cm
nos invertebrados, algas e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas crenuladas, grandes; cabeça afilada; boca pequena, com dentes
minúsculos fracamente implantados nos lábios; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 29-30
(raramente 27 ou 28) escamas perfuradas. Numerosas máculas puntiformes escuras pequenas pelo corpo prateado e faixa
longitudinal interceptada na região umeral por mácula escura. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos
do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. Comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, esta espécie não desempenha papel relevante na pesca. Como as demais forrageiras,
Caenotropus representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; além disso, por seu padrão de
colorido, é uma espécie interessante para a aquariofilia.

54
CP 5,4 cm

NOME COMUM: durinho, escama-grossa. NOME XAVANTE: pe’anh rãrã.


NOME CIENTÍFICO: Chilodus punctatus Müller & Troschel, 1844. FAMÍLIA: Chilodontidae.
TAMANHO: até 7,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, alimentando-se de pequenos invertebrados, algas e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides, grandes; cabeça afilada; boca pequena, com dentes
minúsculos fracamente implantados nos lábios; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 28-29
escamas. Numerosas máculas puntiformes escuras pelo corpo e pela nadadeira dorsal; dorsal e caudal avermelhadas; olho
com barra horizontal preto-avermelhada. Espécie frequente nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: esta espécie não desempenha papel de destaque na pesca. Como as demais forrageiras, Chilodus representa um elo
importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; além disso, pelo seu porte e pelo padrão de colorido, é muito
requisitada para a aquariofilia.

55
CP 4,5 cm

NOME COMUM: durinho. NOME XAVANTE: pedzató’uihö’rã.


NOME CIENTÍFICO: Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909. FAMÍLIA: Crenuchidae.
TAMANHO: até 4,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, pedaços de folhas e flores.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, estreito e roliço; nadadeiras peitorais e ventrais largas, com as quais se apoia no substrato; boca
pequena, subinferior; linha lateral completa, 36-38 escamas. Flanco do corpo com oito a dez faixas transversais; faixa estreita
longitudinal negra do focinho, passando pelo olho, até o fim do pedúnculo caudal; mancha avermelhada na parte superior do
opérculo; dorsal alaranjada nos raios proximais. Prefere águas correntes, com cerca de 0,20 a 0,50 m de profundidade.
Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos córregos onde vive.

56
CP 25,0 cm
CP 25,0 cm

NOME COMUM: lapixó-banana. NOME XAVANTE: wató.


NOME CIENTÍFICO: Anodus orinocensis (Steindachner, 1887). FAMÍLIA: Hemiodontidae.
TAMANHO: até 27,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: zooplanctívora, ingerindo principalmente cladóceros e copépodos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmen-
te) arredondada; dentes ausentes tanto na maxila superior quanto na mandíbula; linha lateral completa, com 94-116 escamas
perfuradas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; mácula escura no meio do flanco, atrás da dorsal.
Espécie rara nos cursos superiores e médios dos riachos e córregos do PESA, mas frequente nos cursos inferiores no período
de águas altas.
IMPORTÂNCIA: apreciada na pesca de subsistência; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

57
CP 10,4 cm

NOME COMUM: lapixó. NOME XAVANTE: pe’adzarébeprere.


NOME CIENTÍFICO: Bivibranchia velox (Eigenmann & Myers, 1927). FAMÍLIA: Hemiodontidae.
TAMANHO: até 15,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas e invertebrados em geral.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, prateado, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; fenda bucal (vista ventralmente) arredondada;
dentes tricúspides na maxila superior; mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 110 a 120 escamas; nadadeira
caudal nua, bifurcada, lobos pontudos, avermelhados. Corpo algo prateado; faixa prateada no flanco. Espécie rara nos cursos
superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

58
CP 12,0 cm

NOME COMUM: voador, cruzeiro-do-sul. NOME XAVANTE: pe’adzarébétsitsa’ridi.


NOME CIENTÍFICO: Hemiodus gracilis Günther, 1864. FAMÍLIA: Hemiodontidae.
TAMANHO: até 16,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: espécie adaptada a se alimentar raspando algas do substrato, sendo por isso também classificada como iliófaga, uma
vez que o alimento é ingerido juntamente com partículas de diferentes naturezas dispersas no substrato.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, baixo, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal; fenda bucal (vista ventralmente) arredon-
dada; maxila superior não protráctil, com dentes multicúspides e de coroa larga; mandíbula desprovida de dentes; linha lateral
completa, 45-47 escamas (o que a diferencia facilmente de H. microlepis e H. unimaculatus); nadadeira caudal nua, bifurcada,
pontuda. Mácula médio-lateral, prolongando-se para trás como uma faixa até a margem do lobo caudal inferior (o que também a
distingue prontamente de H. microlepis e H. unimaculatus); uma faixa estreita inconspícua também no lobo caudal superior; lobos
vermelhos, principalmente o inferior; máculas negras na adiposa e anal; cerca de três barras escuras inconspícuas no dorso do
corpo. Espécie frequente no curso inferior dos riachos e córregos do PESA e comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa importante grupo de peixes com grande potencial para a aquariofilia; elo
importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

59
CP 18,0 cm

NOME COMUM: voador, voador-escama-fina, jutuarana. NOME XAVANTE: pe’a’wa’õ.


NOME CIENTÍFICO: Hemiodus microlepis Kner, 1858. FAMÍLIA: Hemiodontidae.
TAMANHO: até 23,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo organismos bentônicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides pequenas; boca terminal; fenda bucal (vista
ventralmente) arredondada; maxila superior não protráctil e com dentes multicúspides e de coroa larga; mandíbula desprovida
de dentes; linha lateral completa, 120-148 escamas (o que facilmente a diferencia de H. gracilis e H. unimaculatus); nadadeira
caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; mácula médio-lateral arredondada (o que também a distingue prontamente
de H. gracilis). Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

60
CP 14,2 cm

NOME COMUM: voador, lapixó. NOME XAVANTE: pe’adzarébé’watsa.


NOME CIENTÍFICO: Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794). FAMÍLIA: Hemiodontidae.
TAMANHO: até 21,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo organismos bentônicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides, pequenas no flanco superior e grandes no inferior (o que
a diferencia facilmente de H. gracilis e H. microlepis); fenda bucal (vista ventralmente) arredondada; maxilar superior não
protráctil e com dentes multicúspides e de coroa larga: mandíbula desprovida de dentes; linha lateral completa, 71-77 escamas
(o que também a distingue de H. gracilis e H. microlepis); nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Corpo prateado; lobos da
caudal com faixa escura, larga no inferior (o que a separa prontamente de H. microlepis); mácula médio-lateral (o que
prontamente a diferencia de H. gracilis). Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas
frequente nos inferiores no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: apreciada como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

61
NOME COMUM: papudinha.
NOME XAVANTE: pedzapótówatsédé.
NOME CIENTÍFICO :Thoracocharax cf. stellatus
(Kner, 1858).
FAMÍLIA: Gasteropelecidae.
TAMANHO: até 6,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos
terrestres.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços ób-
vios; as fêmeas atingem maior porte que
CP 6 cm
os machos.

COMENTÁRIOS: corpo alto e excessivamente comprimido; peito muito desenvolvido, em virtude da expansão do osso coracóide; boca
ligeiramente superior, com duas séries de dentes no pré-maxilar; nadadeira peitoral muito longa, atingindo a ponta dos primei-
ros raios da anal; nadadeiras ventrais (pélvicas) diminutas; nadadeira adiposa presente; linha lateral inclinada, voltando-se em
direção à origem da anal. Corpo prateado. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em épocas
de águas altas.
IMPORTÂNCIA: espécie bastante interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

62
CP 6,2 cm

NOME COMUM: piabinha. NOME XAVANTE: pe’awãpá.


NOME CIENTÍFICO: Iguanodectes spilurus (Günther, 1864). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,2 mm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas e insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não foi possível a confirmação da existência de ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas de machos
maduros no material examinado.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, comprimido lateralmente; escamas pequenas, ciclóides; membranas branquiais unidas entre si mas
livres do istmo; boca terminal, série única de dentes no dentário; pré-maxilar com série única, porém com dente deslocado
para fora junto à sínfise; linha lateral completa, 62 a 68 escamas; nadadeira adiposa presente; anal longa, 35 a 37 raios
ramificados. Corpo prateado, mácula negra nos raios medianos e no lobo superior da caudal. Espécie pouco frequente nos
riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive, além de representar uma espécie potencialmente interes-
sante para a aquariofilia.

63
NOME COMUM: voadeira.
NOME XAVANTE: pehöire’a.
N OME CIENTÍFICO :Brycon falcatus Müller &
Troschel, 1844.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 37,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo peixes, crustá-
CP 18,5 cm
ceos, insetos aquáticos e terrestres, peda-
ços de folhas, flores, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nada-
deiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado, forte, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com três séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, sendo a externa composta por dentes multicúspides e a interna composta por
um par de dentes cônicos pequenos junto à sínfise e afastada dele. Posteriormente, uma fileira de dentes cônicos muito
pequenos e pouco visíveis; linha lateral completa, 51 a 64 escamas; nadadeira caudal nua. Corpo algo prateado; mancha
umeral negra; caudal com faixa negra transversal e alaranjada nos raios medianos; adiposa avermelhada; mancha avermelhada
sobre a pupila. Espécie rara nos cursos superiores, frequente nos médios e abundante nos inferiores dos riachos e córregos do
PESA, principalmente no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; principalmente os indivíduos jovens representam bom potencial para aquariofilia; elo
importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

64
NOME COMUM: pacu, pacu-marreca.
NOME XAVANTE: pedzapótó’a.
NOME CIENTÍFICO: Metynnis argenteus Ahl, 1923.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 14,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: herbívora, preferencialmente frugívora, i. e.,
comedora de frutos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alto, comprimido lateralmente e
recoberto por escamas pequenas, ciclóides; quilha
pré-ventral dotada de espinhos; espinho pré-dorsal
presente; base da nadadeira adiposa longa, mais CP 6,2 cm

ou menos igual à distância que a separa da dorsal;


boca terminal, com duas séries de dentes no pré-
maxilar e no dentário; a série interna do dentário constituída por um único dente junto à sínfise. Corpo prateado. Espécie
abundante nas lagoas marginais que se formam ao longo dos cursos médios e inferiores dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

65
NOME COMUM: pacu-branco.
NOME XAVANTE: pedzapódó.
NOME CIENTÍFICO: Myleus torquatus (Kner, 1858).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 30,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: herbívora, preferencialmente fru-
tos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços ób-
vios.
COMENTÁRIOS: corpo bastante elevado, compri-
mido lateralmente e recoberto por esca-
CP 13,6 cm
mas ciclóides, pequenas; boca terminal,
com duas séries de dentes no pré-maxilar
e no dentário: a série interna do dentário é constituída por um único dente junto à sínfise; quilha pré-ventral, dotada de
espinhos; espinho pré-dorsal presente; caudal emarginada; base da nadadeira adiposa curta, menor que a distância que a
separa da dorsal; nadadeira anal falcada. Coloração prateada uniforme; extremidades das nadadeiras anal e caudal negras;
espécie frequente na parte baixa dos riachos e córregos do PESA, no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

66
NOME COMUM: piranha.
NOME XAVANTE: wa’watópré.
NOME CIENTÍFICO: Serrasalmus spilopleura Kner,
1858.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 23,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes,
insetos e invertebrados.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alto, fortemente comprimi-
do lateralmente e recoberto por escamas
CP 8,0 cm
ciclóides, pequenas; quilha serrilhada no
peito formada por espinhos; perfil dorsal
anterior reto sobre a cabeça; boca ligeiramente superior, com dentes tricúspides em série única no pré-maxilar e no dentário;
nadadeira anal longa e adiposa de base curta. Manchas negras difusas pelo corpo; caudal com faixa negra submarginal, a
ponta dos raios clara; anal com faixa escura submarginal menos conspícua. Espécie frequente e numerosa nas lagoas margi-
nais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; classicamente inferida como elo importante na cadeia alimentar de jacarés.

67
CP 3,1 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’atõmõtsiwaptó.


NOME CIENTÍFICO: Aphyocharax alburnus (Günther, 1869). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, crustáceos, larvas (inclusive de peixes) e insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca terminal; dentes tricúspides, cúspide mediana maior, em série única
na mandíbula (13-20 dentes) e na maxila (9-20 dentes); nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal nua; origem da
nadadeira anal atrás da vertical da origem da dorsal; dorsal próxima da metade do corpo; linha lateral incompleta. Corpo
prateado; mancha umeral negra lembrando uma barra (o que a diferencia facilmente de Aphyocharax sp.1); conspícua caudal
vermelha; demais nadadeiras incolores (o que a distingue prontamente de Aphyocharax sp.1). Espécie pouco frequente nos
cursos superiores e médios dos riachos e córregos do PESA, mas comum nos inferiores.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

68
CP 2,7 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’adzarébéwaprú.


NOME CIENTÍFICO: Aphyocharax sp.1. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 3,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, crustáceos, larvas e insetos aquáticos e terrestres.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca terminal; dentes tricúspides, com a cúspide mediana maior, em série
única na mandíbula e na maxila; nadadeira dorsal próxima da metade do corpo; origem da anal atrás da vertical da origem da
dorsal; adiposa presente; caudal nua; linha lateral incompleta. Corpo prateado; caudal, anal e pélvicas vermelhas (o que a
distingue facilmente de A. alburnus); sem mácula umeral (o que também a distingue prontamente de A. alburnus). Espécie rara
nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

69
CP 8,7 cm

NOME COMUM: cigarra, cachorrinha. NOME XAVANTE: (pe’a)ai’útémãnhãr ’wa.


NOME CIENTÍFICO: Acestrocephalus acutus Menezes, 2006. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos sexualmente maduros apresentam ganchos na nadadeira anal.
COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, sem gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ctenóides; boca
terminal; fenda bucal oblíqua, grande; sem dentes no palato; duas fileiras de dentes na mandíbula; linha lateral completa, 70-
77 escamas; anal 29-35 raios. Corpo algo prateado; mácula negra na origem da nadadeira dorsal; mácula losangular negra,
grande, no pedúnculo caudal, não estendida até a extremidade dos raios caudais medianos; mácula negra no mento; faixa
prateada ao longo do flanco. Espécie rara nos riachos e córregos do PESA drenados para o Araguaia, mas comuns em
cabeceiras de alguns tributários da bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

70
NOME COMUM: cacunda, saicanga, cigarra.
NOME XAVANTE: pedzarébérã.
NOME CIENTÍFICO: Charax leticiae Lucena, 1987.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes,
insetos e outros invertebrados.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos se-
xualmente maduros das espécies deste gê-
nero e de gêneros relacionados geralmen- CP 9,0 cm

te apresentam ganchos nas nadadeiras anal


e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, com gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ciclóides; origem
da anal à frente da origem da dorsal; boca terminal; fenda bucal oblíqua, grande, sem dentes no palato; uma única fileira de
dentes na mandíbula e na maxila; a mandíbula possui quatro dentes caniniformes intercalados por vários dentes menores; na
maxila isso se repete; entretanto, quando a boca se fecha, os dentes caninos da maxila se encaixam entre os caninos da
mandíbula; maxilar com dentes cônicos pequenos em toda a sua extensão; linha lateral completa, 50-60 escamas; anal longa,
49-57 raios. Corpo prateado; mácula negra próxima da região umeral; mácula negra na base da caudal, não estendida até a
extremidade dos raios caudais medianos. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas
marginais.
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

71
CP 11,3 cm

NOME COMUM: cacunda, cigarra. NOME XAVANTE: pe’wanh pti’a.


NOME CIENTÍFICO: Cynopotamus tocantinensis Menezes, 1987. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 21,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: piscívora, principalmente pequenos peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos sexualmente maduros apresentam ganchos na nadadeira anal, provavelmente um cará-
ter transitório.
COMENTÁRIOS: perfil dorsal muito elevado atrás da cabeça, formando uma gibosidade bem característica; corpo revestido por esca-
mas ctenóides, pequenas; boca terminal; dentário com duas séries de dentes, a externa formada por quatro dentes grandes,
anteriormente, e vários dentes pequenos, posteriormente; a série interna com um a três dentes pequenos; anal longa, 40-45
raios. Corpo prateado; mancha umeral negra trapezoidal conspícua; faixa prateada ao longo do flanco. Espécie pouco frequen-
te nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

72
CP 12,9 cm

NOME COMUM: cacunda, saicanga. NOME XAVANTE: pe’wanh ptihöirã.


NOME CIENTÍFICO: Galeocharax gulo (Cope, 1870). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 22,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos, adultos e larvas, camarões e peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos sexualmente maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas
nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: perfil dorsal do corpo moderadamente elevado, sem gibosidade; comprimido; escamas pequenas, ctenóides; fenda
bucal ampla, oblíqua; dentário com duas séries de dentes, a externa com quatro dentes grandes, anteriormente, e vários
dentes pequenos, posteriormente, a série interna formada por 7 a 11 dentes pequenos; linha lateral completa, 80-89 escamas;
anal longa, 36-43 raios ramificados. Corpo prateado; mácula negra na região umeral; faixa prateada no flanco; pequena
mácula negra no pedúnculo caudal. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

73
CP 3,1 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’a po’redza’õnõ.


NOME CIENTÍFICO: Phenacogaster sp. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 5,1 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos e pedaços de folhas e frutos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: material insuficiente para exame deste caráter.
COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, revestido por escamas pequenas, ciclóides; pseudotímpano presen-
te; boca terminal; fileira única de dentes no dentário e em duas séries no pré-maxilar; maxilar com muitos dentes; origem da
anal atrás da origem da dorsal; linha lateral completa, 37-39 escamas. Mancha umeral negra mais ou menos arredondada
mais próxima do pseudotímpano do que da origem da nadadeira dorsal; mácula grande no pedúnculo caudal e na base da
caudal, estendida até a extremidade dos raios caudais medianos; lobos da caudal, anal, dorsal e adiposa avermelhados.
Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA e comum, mas não abundante, nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

74
CP 8,1 cm

NOME COMUM: piaba-bocuda. NOME XAVANTE: pe’atöire.


NOME CIENTÍFICO: Roeboides myersii Gill, 1870. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 18,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: lepidófaga. i.e., comedora de escamas, que retira de outros peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não detectado no material amostrado e, aparentemente, não existente.
COMENTÁRIOS: corpo com perfil dorsal moderadamente elevado, com gibosidade, comprimido; escamas pequenas, ciclóides; origem
da anal à frente da origem da dorsal; boca terminal; fenda bucal oblíqua, grande, sem dentes no palato; dentes nas maxilas e
dentes localizados fora da boca; linha lateral completa, 86-99 escamas; anal longa, 42 a 55 raios. Corpo prateado; mácula
umeral negra algo trapezoidal. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

75
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pe’atetere.
NOME CIENTÍFICO: Poptella compressa (Günther,
1864).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,8 mm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos
e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos ma-
duros apresentam ganchos na nadadeira
anal, i.e., as nadadeiras tornam-se áspe-
ras; é caráter transitório. CP 5,0 cm

COMENTÁRIOS: corpo ovalado muito alto (50,6 a


61,7% do comprimento padrão), muito comprimido, recoberto por escamas ciclóides; espinho pré-dorsal; boca terminal; pré-
maxilar com duas séries de dentes, a externa 4 dentes, interna 5; linha lateral completa, 35-36 escamas; 28 a 34 raios
ramificados na anal; caudal recoberta por pequenas escamas. Corpo prateado, uniforme; faixa prateada no flanco. Espécie
pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas abundante nos cursos inferiores em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

76
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pedzapótó’atö.
NOME CIENTÍFICO:Tetragonopterus aff. argenteus
Cuvier, 1816.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 11,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmen-
tos de folhas, flores, frutos e sementes,
insetos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não observados CP 6,7 cm
traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo comprimido e muito alto, altura 1,5 a 2 vezes o comprimento padrão; escamas ciclóides; área pré-ventral
achatada; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma no dentário; quatro a seis dentes na
série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, muito curva na porção anterior, 30-35 escamas; nadadeira anal longa, 36-
41 raios (o que a diferencia facilmente de T. chalceus); nadadeira caudal nua. Corpo prateado; duas manchas umerais difusas,
verticalmente muito alongadas; mácula negra em forma de barra na base da nadadeira caudal; nadadeiras peitorais, dorsal e
caudal incolores; pélvicas e início da anal avermelhadas (o que também a distingue prontamente de T. chalceus). Espécie
frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes
onde está presente.

77
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pe’adzapótó’waipópê.
NOME CIENTÍFICO:Tetragonopterus chalceus
Spix & Agassiz, 1829.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 9,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
CP 5,0 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não detecta-
do no material amostrado.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente; escamas ciclóides; área pré-ventral achatada; boca terminal, com duas séries
de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; geralmente cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, muito curva na porção anterior, 29-34 escamas; nadadeira anal longa, 32-33 raios (o que a diferencia
facilmente de T. aff. argenteus); nadadeira caudal nua. Corpo prateado; duas manchas umerais difusas verticalmente alongadas;
nadadeiras incolores (o que também a distingue prontamente de T. aff. argenteus). Espécie frequente nos cursos inferiores dos
riachos e córregos do PESA, principalmente na época de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada.

78
CP 2,3 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’adzarébétórã.


NOME CIENTÍFICO: Serrapinnus micropterus (Eigenmann, 1907). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 2,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas e flores, algas filamentosas e insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., são ásperas; é caráter
transitório, relacionado ao período reprodutivo.
COMENTÁRIOS: corpo comprimido; boca terminal; dentes multicúspides em série única na mandíbula e na maxila; dentes do pré-
maxilar com cúspides agudas, a mediana maior; nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal nua; linha lateral incompleta.
Conspícua mácula losangular negra, grande, no pedúnculo caudal e na base da caudal. Espécie frequente nos riachos e
córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar nos ambientes onde é encontrada.

79
CP 11,6 cm

NOME COMUM: sardinha. NOME XAVANTE: pe’ahöirãre.


NOME CIENTÍFICO: Triportheus albus Cope, 1872. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 15,1 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos, sementes e insetos adultos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; peito expandido e
comprimido, formando uma quilha ventral desde o istmo até a nadadeira anal; nadadeira peitoral muito longa; boca terminal,
com duas ou três séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, a interna com um único par de dentes
cônicos junto à sínfise; linha lateral completa, 31-32 escamas (o que a diferencia facilmente de T. auritus, 42 a 45), baixa,
correndo na segunda ou terceira série de escamas acima da base da nadadeira ventral. Corpo prateado, homogêneo; caudal
com borda enegrecida, principalmente no superior. Espécie frequente e numerosa nos cursos inferiores dos riachos e córregos
do PESA, em época de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

80
CP 21,5 cm

NOME COMUM: sardinha-facão, sardinha-comprida. NOME XAVANTE: pe’ahöire.


NOME CIENTÍFICO: Triportheus auritus (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1850). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 24,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos e insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; peito expandido e comprimido,
formando uma quilha ventral desde o istmo até a nadadeira anal; nadadeira peitoral muito longa; boca terminal, com três
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, das quais a interna com apenas um par de dentes cônicos
junto à sínfise; linha lateral completa, 40-46 escamas (32 a 35 em T. albus), baixa, correndo na segunda ou terceira série de
escamas acima da base da nadadeira ventral. Corpo prateado nos flancos; dorso amarronzado; nadadeira caudal emarginada,
com borda negra (o que facilmente a diferencia de T. trifurcatus). Espécie frequente e abundante nos cursos inferiores dos
riachos e córregos do PESA, em época de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada.

81
CP 11,4 cm

NOME COMUM: sardinha. NOME XAVANTE: pe’ahöirãre.


NOME CIENTÍFICO: Triportheus trifurcatus (Castelnau, 1855). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 16,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frutos, sementes e insetos adultos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; peito expandido e
comprimido, formando uma quilha ventral desde o istmo até a nadadeira anal; nadadeira peitoral muito longa; boca terminal,
com duas ou três séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, a interna com um único par de dentes
cônicos junto à sínfise; linha lateral completa, 32-34 escamas (42 a 45 em T. auritus), baixa, correndo na segunda ou terceira
série de escamas acima da base da nadadeira ventral. Corpo prateado; raios caudais medianos negros, prolongados em forma
de filamento (o que a diferencia facilmente de T. albus e T. auritus); nadadeira caudal com lobos amarelados. Espécie frequente
nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em época de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada.

82
NOME COMUM: piaba-do-rabo-vermelho.
NOME XAVANTE: pe’adza’ratató.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax argyrimarginatus
Garutti, 1999.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 12,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se- CP 12,9 cm
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alto, comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 42
a 46 escamas (até 40 em A. asuncionensis, A. xavante e Astyanax sp.2; acima de 48 em A. elachylepis e Astyanax sp.1);
nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente ovalada (em A. elachylepis, A. xavante e Astyanax
sp.1 é vertical e difusa); duas barras verticais marrons na região umeral; mancha negra no pedúnculo caudal estendida à
extremidade dos raios caudais medianos; faixa lateral negra no flanco do corpo, bordeada por faixas prateadas (o que a
diferencia facilmente das demais espécies do gênero tratadas aqui); nadadeiras caudal e anal vermelhas, especialmente a
primeira (o que também a diferencia prontamente das demais espécies). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos
do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

83
NOME COMUM: piaba-listrada.
NOME XAVANTE: pe’adza’ratató’uwa.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax asuncionensis Géry,
1972.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
CP 6,5 cm
larvas de insetos aquáticos e de peixes.

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34
a 40 escamas (42 a 46 em A. argyrimarginatus; 48 a 52 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); 26 a 35 raios na nadadeira anal (23
a 26 em A. xavante); nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente ovalada (nas demais espécies do
gênero aqui tratadas é vertical, exceto em A. argyrimarginatus e Astyanax sp.3); duas barras verticais marrons na região
umeral; uma mancha negra no pedúnculo caudal estendida à extremidade dos raios caudais medianos; cromatóforos concen-
trados no centro da escama, originando linhas longitudinais paralelas – padrão listrado (o que a diferencia das outras espécies
referidas, particularmente Astyanax sp.2). Espécie rara nos riachos e córregos do PESA (somente um exemplar foi coletado no
período).
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes
onde vive.

84
NOME COMUM:piaba, piaba-do-rabo-vermelho-
amarelo.
NOME XAVANTE: pe’aumrãtãhi.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax elachylepis Bertaco
& Lucinda, 2005.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 14,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
CP 6,8 cm
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam ganchos nas nadadeiras dorsal, anal, peitorais e pélvicas, i.e., as nadadeiras
são ásperas o ano todo.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 48
a 52 escamas (34 a 40 em A. asuncionensis; 34 a 37 em A. xavante; 35 a 39 em Astyanax sp.2); nadadeira caudal nua. Mancha
umeral negra vertical difusa (o que a diferencia facilmente de A. argyrimarginatus, A. asuncionensis e Astyanax sp.2); conspí-
cua mancha negra nos raios caudais medianos (o que a diferencia prontamente de Astyanax sp.1); mancha prateada grande no
pedúnculo caudal (em material vivo) ou negra em material conservado; nadadeira caudal nua, com extremidades dos lóbulos
avermelhados e região intermediária amarelada (o que também a distingue rapidamente de Astyanax sp.1). Espécie frequente
e abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

85
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pe’adza’ratatóuptabi.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax sp.1.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 11,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
CP 11,1 cm
larvas de insetos aquáticos e de peixes.

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras dorsal, anal, peitorais e pélvicas, i.e., as
nadadeiras são ásperas; é caráter sazonal.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 48
a 52 escamas (34 a 40 em A. asuncionensis; 34 a 37 em A. xavante; 35 a 39 em Astyanax sp.2); 29 a 34 raios na nadadeira anal
(23 a 26 em A. xavante); nadadeira caudal nua. Mancha umeral negra vertical difusa, entre duas barras claras (horizontalmen-
te ovalada em A. argyrimarginatus, A. asuncionensis e Astyanax sp.2); mancha negra difusa nos raios caudais medianos
(conspícua em A. elachylepis); caudal acinzentada (o que a diferencia facilmente de A. elachylepis); dorsal avermelhada;
mancha vermelha horizontalmente alongada sobre a pupila. Espécie frequente tão somente em uma corrente do PESA, o
córrego Grande, integrante da bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

86
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pe’aumrãtãhi.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax sp.2.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 8,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres, CP 8,4 cm

larvas de insetos aquáticos e de peixes.


DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, prateado, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com
duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, 35 a 39 escamas (42 a 46 em A. argyrimarginatus; 48 a 52 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); 23 a 29 raios
na nadadeira anal (26 a 35 em A. asuncionensis); nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente
ovalada (nas demais espécies do gênero aqui tratadas é vertical, exceto em A. argyrimarginatus e A. asuncionensis); duas
barras verticais marrons na região umeral; mancha negra no pedúnculo caudal estendida à extremidade dos raios caudais
medianos; cromatóforos espalhados na escama (o que a diferencia facilmente de A. asuncionensis); nadadeiras pélvicas,
dorsal e caudal algo avermelhadas. Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

87
CP 4,7 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’auptabi.


NOME CIENTÍFICO: Astyanax xavante Garutti & Venere, 2009. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres e larvas de
insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34
a 37 escamas (48 a 52 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); 23 a 26 raios na nadadeira anal (26 a 35 em A. asuncionensis; 29
a 34 em Astyanax sp.1); nadadeira caudal nua. Mancha umeral vertical difusa (horizontalmente ovalada em A. argyrimarginatus,
A. asuncionensis e Astyanax sp.2); mancha negra nos raios caudais medianos. Espécie frequente e abundante apenas em uma
corrente do PESA, o córrego Avoadeira, a montante da cachoeira Pé da Serra.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

88
CP 5,2 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’adzarébewatsi.


NOME CIENTÍFICO: Bryconops alburnoides Kner, 1858. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres e aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: nas espécies B. cf. giacopinii e B cf. melanurus, os machos maduros apresentam ganchos nas
nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas. Ainda que não se tenha coletado indivíduos com esse
dimorfismo, supõe-se que B. alburnoides também apresente tal característica em épocas de reprodução.
COMENTÁRIOS: corpo comprido, estreito; osso maxilar muito longo, sua borda anterior forma um ângulo quase reto com a borda do pré-
maxilar, curva-se abruptamente para trás e segue em linha aproximadamente paralela à do osso pré-maxilar; boca terminal, com
duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro a seis dentes na série interna do pré-maxilar;
linha lateral completa, 42-46 escamas; nadadeira dorsal amarelada (o que a diferencia facilmente de B. cf. giacopinii e B. cf.
melanurus); nadadeira caudal nua. Base da caudal com mancha negra estendida até a extremidade dos raios caudais medianos;
lobo superior da caudal amarelado (o que também a distingue prontamente de B. cf. giacopinii e B. cf. melanurus). Espécie
frequente, mas não abundante, principalmente em uma corrente do PESA, o córrego Grande, afluente do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

89
CP 8,4 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’adzarébéw .


NOME CIENTÍFICO: Bryconops cf. giacopinii (Fernández-Yépez, 1950). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 8,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres e aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo comprido, estreito; osso maxilar muito longo, sua borda anterior forma um ângulo quase reto com a borda do
pré-maxilar, curva-se abruptamente para trás e segue em linha aproximadamente paralela à do osso pré-maxilar; boca termi-
nal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro a seis dentes na série interna do
pré-maxilar; linha lateral completa, 44-46 escamas; nadadeira caudal nua. Nadadeira dorsal avermelhada (o que a diferencia
facilmente de B. alburnoides); raios medianos da caudal e lobo superior da caudal negros; mancha amarelo-alaranjada no
primeiro terço do lobo superior da caudal e mancha negra larga nos raios medianos até a extremidade (o que a distingue
facilmente de B. cf. melanurus). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos córregos onde vive.

90
CP 5,9 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’adzarébépré.


NOME CIENTÍFICO: Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 12,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, insetos terrestres e aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo comprido, estreito; osso maxilar muito longo, sua borda anterior forma um ângulo quase reto com a borda do
pré-maxilar, curva-se abruptamente para trás e segue em linha aproximadamente paralela à do osso pré-maxilar; boca termi-
nal, duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro a seis dentes na série interna do pré-
maxilar; linha lateral completa, 44-48 escamas; nadadeira caudal nua. Nadadeira dorsal avermelhada (o que a diferencia
facilmente de B. alburnoides); adiposa amarelo-alaranjada; raios medianos da caudal negros e lobo superior da caudal verme-
lho nos terços proximal e mediano (o que a distingue prontamente de B. cf. giacopinii). Espécie frequente nos riachos e
córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos córregos onde vive.

91
CP 6,0 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: po’redza’õtõwaipó.


NOME CIENTÍFICO: Creagrutus figueiredoi Vari & Harold, 2001. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres e fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos maduros com ganchos no 2o raio não ramificado e em todos os raios ramificados da
nadadeira anal.
COMENTÁRIOS: corpo estreito, comprimido lateralmente; boca ligeiramente inferior, com cinco dentes na fileira primária de dentes do
pré-maxilar (o que a diferencia facilmente de C. menezesi, que possui seis); 9-10 raios ramificados na nadadeira anal (o que
a distingue prontamente de C. seductus, 11 a 13); linha lateral completa, 36-38 escamas. Mancha umeral difusa verticalmente
alongada; faixa longitudinal prateada conspícua; nadadeira caudal suavemente vermelho-pálido. Espécie pouco frequente nos
riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: esta espécie pode ser consumida como alimento e representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes
onde vive.

92
CP 6,0 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pó’rédza’õnõ.


NOME CIENTÍFICO: Creagrutus menezesi Vari & Harold, 2001. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 7,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres e fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos maduros com ganchos em todos os raios ramificados da nadadeira anal.
COMENTÁRIOS: corpo estreito, comprimido lateralmente; boca ligeiramente inferior, com seis dentes (raramente sete) na fileira
primária de dentes do pré-maxilar (o que a diferencia facilmente de C. figueiredoi, que possui cinco); 9-10 raios ramificados na
nadadeira anal (o que a distingue prontamente de C. seductus, 11 a 13); linha lateral completa, 38-41 escamas. Mancha
umeral difusa verticalmente alongada; mancha avermelhada sobre o olho; faixa longitudinal prateada no flanco; nadadeiras
dorsal e caudal suavemente avermelhadas. Espécie frequente, porém pouco numerosa, nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

93
CP 5,7 cm

NOME COMUM: piaba. NOME XAVANTE: pe’atetedzaréberã.


NOME CIENTÍFICO: Creagrutus seductus Vari & Harold, 2001. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 7,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres e fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos maduros com ganchos nos seis primeiros raios ramificados da nadadeira anal.
COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente; boca ligeiramente inferior, com seis ou sete dentes (raramente cinco) na
fileira primária de dentes do pré-maxilar; 11 a 13 raios ramificados na nadadeira anal (o que a diferencia facilmente de C.
figueiredoi e C. menezesi, 9 a 10); linha lateral completa, 38 a 39 escamas. Mancha umeral negra verticalmente alongada,
situada acima da linha lateral. Vive em sintopia com as duas outras espécies do gênero, C. figueiredoi e C. menezesi; das três,
é a espécie mais frequente nos riachos e córregos do PESA. Exemplares topótipos (procedentes da localidade-tipo) foram
examinados.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

94
NOME COMUM: miguelinho.
NOME XAVANTE: pe’a’udzétó.
NOME CIENTÍFICO:Exodon paradoxus Müller &
Troschel, 1844.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 7,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: lepidófaga, i.e., comedora de
escamas. CP 7,0 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos têm


os raios das nadadeiras anal e dorsal ligeiramente mais longos que as fêmeas; as fêmeas atingem tamanho e peso maiores
que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior; fechada expõe os dentes do pré-
maxilar: dois “dentes” frontais, grossos, fortes, seguidos por outros voltados para fora, e duas fileiras mais internas cujos
dentes estão voltados para dentro; dentário também com dentes expostos: a fileira externa com “dentes” proporcionalmente
grandes, fortes, voltados para fora, e uma fileira interna com dentes menores e voltados para dentro; nadadeira caudal com
escamas apenas na base; linha lateral completa, 35 a 40 escamas. Grande mácula negra, conspícua, arredondada, um pouco
à frente da metade do corpo e outra, larga, no pedúnculo caudal; nadadeiras dorsal, caudal e anal avermelhadas. Espécie
frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, quando começam as chuvas e as águas turvam. Comuns em
lagos marginais no médio e baixo rio Araguaia.
IMPORTÂNCIA: a tonalidade avermelhada das nadadeiras associada às máculas laterais negras tornam essa espécie interessantíssima
para a aquariofilia.

95
CP 2,8 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’a uptabirã.


NOME CIENTÍFICO: Hemigrammus aff. levis Durbin, 1908. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 4,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, fragmentos de folhas e flores.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras
anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente (mais alto que em H. levis), recoberto por escamas ciclóides;
boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta;
nadadeira caudal recoberta com pequenas escamas. Faixa lateral prateada no flanco do corpo; mancha negra difusa no dorso
da cabeça; mancha negra difusa nos raios caudais medianos (em H. levis é larga, conspícua). Espécie frequente e abundante
nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

96
CP 2,8 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’a uptabirã.


NOME CIENTÍFICO: Hemigrammus cf. rodwayi Durbin, 1909.
FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 5,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, fragmentos de folhas e flores.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras
anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal recoberta
com pequenas escamas. Mancha negra algo horizontalmente ovalada conspícua, grande, sobre o pedúnculo caudal e raios
caudais medianos (o que a diferencia fácilmente de H. aff. levis e H. levis). Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais
dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

97
CP 3,5 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’a uptabirã.


NOME CIENTÍFICO: Hemigrammus levis Durbin, 1908. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 4,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, fragmentos de folhas e flores.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras
anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente (mais estreito que em H. aff. levis), recoberto por escamas
ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incom-
pleta; nadadeira caudal recoberta com pequenas escamas. Faixa lateral prateada no flanco do corpo; mancha negra larga,
conspícua, nos raios caudais medianos (em H. aff. levis é negra difusa). Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais
dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

98
CP 2,7 cm

NOME COMUM: piaba, piabinha. NOME XAVANTE: pe’a’udzé.


NOME CIENTÍFICO: Hyphessobrycon aff. maculicauda Ahl, 1936.
FAMÍLIA: Characidae. TAMANHO: até 4,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e de peixes e algas.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras
anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal nua, com
escamas apenas na base. Corpo avermelhado (o que a diferencia facilmente de H. aff. tenuis); mácula negra no pedúnculo
caudal, conspícua, grande; nadadeiras vermelhas/avermelhadas; nadadeira dorsal sem manchas (mancha negra conspícua,
grande, em H. eques). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos e lagoas marginais do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

99
NOME COMUM: piabinha.
NOME XAVANTE: pe’a uptabirã.
NOME CIENTÍFICO:
Hyphessobrycon aff. tenuis
Géry, 1964.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 2,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes e algas. CP 2,8 cm

D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos


maduros das espécies desse gênero geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras
tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente (mais alto que em H. aff. maculicauda e H. eques), recoberto
por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha
lateral incompleta; 22-25 raios na anal; nadadeira caudal nua, com escamas apenas na base. Corpo prateado ou acinzentado
(o que a distingue prontamente de H. aff. maculicauda); mancha umeral negra vertical difusa ou inconspícua; mancha negra
conspícua, grande, no pedúnculo caudal e base da caudal (o que a diferencia facilmente de H. eques); caudal e anal levemente
avermelhadas; nadadeira dorsal sem manchas (mancha negra conspícua, grande, em H. eques). Espécie frequente e abundan-
te nas lagoas marginais de alguns riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

100
CP 2,1 cm

NOME COMUM: piabinha. NOME XAVANTE: pe’awaipóre.


NOME CIENTÍFICO: Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 3,1 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquáticos e peixes e algas.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : não observado.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; linha lateral incompleta; nadadeira caudal nua, com
escamas apenas na base. Mancha umeral negra vertical difusa; mancha negra conspícua, grande, na nadadeira dorsal (o que
a diferencia facilmente de H. aff. maculicauda e H. aff. tenuis); caudal vermelha/avermelhada, anal levemente avermelhada.
Espécie frequente, mas não abundante, nas lagoas marginais de alguns riachos e córregos do PESA, drenagem para a bacia do
rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

101
CP 5,4 cm

NOME COMUM: piaba-espinhuda. NOME XAVANTE: pe’anhõ’utu’ware.


NOME CIENTÍFICO: Jupiaba polylepis (Günther, 1864). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,1 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes, insetos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não observado.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; espinhos pélvicos presentes; boca terminal,
com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar;
linha lateral completa, 39 a 45 escamas; nadadeira caudal nua. Corpo prateado; mancha umeral negra algo arredondada,
deslocada para o meio do corpo; faixa lateral prateada. Espécie frequente nos riachos e córregos e numerosa nas lagoas
marginais do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

102
CP 5,5 cm

NOME COMUM: piaba. NOME XAVANTE: pe’auptabitóm’udzé.


NOME CIENTÍFICO: Knodus sp. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres (incluindo larvas), fragmentos de folhas, flores, frutos e
sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : não observado.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; quatro dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, 38-40 escamas; nadadeira adiposa presente; nadadeira caudal com lobos arredondados recobertos por
escamas pequenas, até cerca de 2/5 de sua extensão. Faixa longitudinal enegrecida difusa no flanco, estendida à extremidade
dos raios medianos da caudal; nadadeira anal arroxeada. Uma das espécies mais frequentes e abundantes nos riachos e
córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

103
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pe’adza’ratatódzapódó.
NOME CIENTÍFICO: Moenkhausia cf. comma
Eigenmann, 1908.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 7,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos
de folhas, flores, frutos e sementes, insetos
aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquá-
ticos e de peixes. CP 7,3 cm

DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos madu-


ros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto (41,7-44,8% do comprimento padrão) e comprimido lateralmente, prateado e recoberto por
escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco
dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 43-45 escamas (o que a diferencia facilmente de Moenkhausia
sp.2); 28-29 raios na nadadeira anal (o que também a distingue prontamente de Moenkhausia sp.2); nadadeira caudal com
dois lobos pontudos, recobertos extensivamente por escamas pequenas. Mancha umeral difusa vertical na forma de barra,
situada entre duas barras claras; nadadeiras dorsal, anal, caudal, adiposa e pélvicas avermelhadas. Espécie frequente em
riachos e córregos do PESA que drenam para a bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

104
NOME COMUM: lambari, piaba.
NOME XAVANTE: pe’adzadzu.
N OME CIENTÍFICO: Moenkhausia collettii
(Steindachner, 1882).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 4,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e semen-
tes, insetos aquáticos e terrestres, larvas CP 2,5 cm

de insetos aquáticos e de peixes.


DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam ganchos na nadadeira anal. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado, recoberto por escamas ciclóides; porte pequeno (o menor dentre as sete espécies
referidas aqui para o gênero); boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário;
cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34 a 36 escamas; 22-25 raios na nadadeira anal; caudal
com dois lobos, o superior mais pontudo que o inferior, recobertos por pequenas escamas, pelo menos até o meio. Faixa lateral
negra conspícua desde o olho até o pedúnculo caudal (o que a diferencia facilmente das outras seis espécies de Moenkhausia
tratadas aqui); nadadeira anal ligeiramente falcada. Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA, voltados
para a bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

105
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: tsiwaptó.
N OME CIENTÍFICO : Moenkhausia dichroura
(Kner, 1858).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres, CP 6,4 cm
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, 34 a 39 escamas; nadadeira caudal com dois lobos algo pontudos, recobertos por escamas pequenas;
corpo prateado; faixa prateada no flanco do corpo; porção distal dos lobos da caudal atravessada por faixa escura (o que a
diferencia facilmente das demais espécies de Moenkhausia tratadas aqui). Espécie frequente e abundante nas lagoas mar-
ginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

106
CP 5,9 cm

NOME COMUM: piaba. NOME XAVANTE: buru’õtõpaihi.


NOME CIENTÍFICO: Moenkhausia lepidura (Kner, 1858). FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 8,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes e insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: material insuficiente par exame deste caráter.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, estreito (mais estreito que as outras espécies de Moenkhausia referidas neste manual), recoberto por
escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco
dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34 a 36 escamas; 19 a 22 raios ramificados na nadadeira anal;
nadadeira caudal com dois lobos algo pontudos, recobertos por escamas pequenas. Mancha umeral negra vertical; faixa
prateada no flanco; extremidade do lobo superior da caudal negra, precedida de mancha vermelha na porção intermediária (o
que a diferencia facilmente das demais espécies de Moenkhausia tratadas aqui). Espécie frequente, mas não numerosa, nos
riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

107
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: da’utsitsidzatómné.
N OME CIENTÍFICO : Moenkhausia oligolepis
(Günther, 1864).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes. CP 5,8 cm

D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos


maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-se ásperas; é um caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente (mais alto que M. pyrophthalma), recoberto por escamas ciclóides, grandes (o
que a diferencia facilmente das demais espécies de Moenkhausia tratadas aqui, exceto M. pyrophthalma); boca terminal, com
duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, 27-32 escamas; anal 25-26 raios; nadadeira caudal com dois lobos algo pontudos, recobertos por escamas
pequenas, pelo menos até o meio. Conspícua barra vertical negra larga na base da nadadeira caudal (o que a diferencia
facilmente das outras espécies referidas para o gênero). Espécie mais frequente do gênero, porém não numerosa, nos córregos
do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; espécie com predicados para ornamental e, por isso, interessante na aquariofilia; elo
importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

108
CP 3,1 cm

NOME COMUM: piaba. NOME XAVANTE: pe’atõmõdzapré.


NOME CIENTÍFICO: Moenkhausia pyrophthalma Costa, 1994. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 3,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos de folhas, flores, frutos e sementes e insetos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: material insuficiente para exame deste caráter.
COMENTÁRIOS: corpo estreito e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides, grandes; boca terminal, com duas séries de
dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral incomple-
ta, 27-28 escamas, das quais somente as primeiras 7-11 perfuradas; nadadeira caudal com dois lobos algo arredondados,
recobertos por escamas pequenas. Mancha umeral negra triangular difusa; barra vertical negra larga, algo difusa, na base da
nadadeira caudal (o que a diferencia facilmente das demais espécies do gênero tratadas aqui; em M. oligolepis esta faixa é
conspícua); olho avermelhado na porção superior (o que também a distingue prontamente das outras espécies de Moenkhausia
referidas neste manual). Espécie frequente, mas não abundante, nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

109
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pe’adzarebéwawa.
NOME CIENTÍFICO: Moenkhausia sp.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
CP 5,7 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não foi possí-
vel confirmar a existência de caracterís-
ticas sexuais externas entre os exemplares amostrados.
COMENTÁRIOS: corpo alto (43,0-47,5% do CP) e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, 38-40 escamas (o que a diferencia facilmente de Moenkhausia oligolepis, 30-31); nadadeira caudal com dois
lobos pontudos, recobertos por pequenas escamas; anal 31-34 raios ramificados. Corpo prateado; mancha umeral difusa
vertical larga na forma de barra; mancha inconspícua na base dos raios caudais medianos; conspícua faixa lateral prateada.
Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde aparece principalmente no período de
águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

110
CP 15,5 cm

NOME COMUM: saicanga, dourado. NOME XAVANTE: pehöirewaw .


NOME CIENTÍFICO: Salminus hilarii Valenciennes, 1850. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora voraz, alimentando-se principalmente de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, na fase reprodutiva; é caráter
transitório; fêmeas atingem maior porte que machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, forte, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; escamas com pontos escuros formando em con-
junto linhas longitudinais em todo flanco; boca terminal com dentes cônicos dispostos em duas séries no dentário e no pré-
maxilar; nadadeira anal longa; linha lateral completa, 63 a 72 escamas. Caudal com raios medianos negros e lóbulos vermelho-
bordô; demais nadadeiras vermelhas/avermelhadas. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do
PESA, mas frequente no inferior, principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é
encontrada.

111
CP 3,1 cm

NOME COMUM: piabinha. NOME XAVANTE: dawa’rãm .


NOME CIENTÍFICO: Thayeria boehlkei Weitzman, 1957. FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 3,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, flores, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado e recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides
no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; nadadeira adiposa presente; linha lateral
interrompida; nadadeira caudal com pequenas escamas em sua base, bifurcada, lobos pontudos, sendo o inferior ligeiramente
maior. Conspícua faixa negra no flanco, continuada no lobo inferior da caudal; flanco superior do corpo e raios inferiores da
caudal amarelo-esverdeados. Espécie frequente, mas não abundante, nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

112
CP 13,2 cm

NOME COMUM: cachorra, cachorrinha. NOME XAVANTE: pe’ wanh pti’a.


NOME CIENTÍFICO: Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794). FAMÍLIA: Acestrorhynchidae.
TAMANHO: até 27,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora, principalmente peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: focinho longo, muito maior que o diâmetro do olho; osso maxilar com dentes cônicos e dentes caniniformes na parte
anterior; pré-maxilar com um ou dois forames onde se encaixam os dentes caniniformes da mandíbula; corpo recoberto por
escamas ciclóides, pequenas; linha lateral completa, 80-105 escamas; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; adiposa
presente; anal falcada; caudal com lobos pontudos, avermelhados. Coloração do corpo prateada; anal e pélvicas avermelhadas;
máculas arredondadas na região umeral (o que a diferencia facilmente de A. microlepis) e na base dos raios caudais medianos.
Espécie frequente, mas não abundante, em riacho do PESA drenado para a bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

113
CP 9,5 cm

NOME COMUM: cachorra, cachorrinha. NOME XAVANTE: pe’ wanh pti’a.


NOME CIENTÍFICO: Acestrorhynchus microlepis (Schomburgk, 1841). FAMÍLIA: Acestrorhynchidae.
TAMANHO: até 22,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora, principalmente peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: focinho longo, muito maior que o diâmetro do olho; osso maxilar com dentes cônicos e dentes caniniformes na parte
anterior; pré-maxilar com um ou dois forames onde se encaixam os dentes caniniformes da mandíbula; corpo recoberto por
escamas ciclóides, pequenas; linha lateral completa, 95-130 escamas; nadadeira dorsal situada atrás da metade do corpo;
adiposa presente; anal falcada; caudal com lobos pontudos, levemente amarelados. Mácula na base dos raios caudais media-
nos; faixa prateada conspícua no meio da lateral do corpo (o que a diferencia facilmente de A. falcatus). Espécie pouco
frequente nos riachos e córregos do PESA, mas abundante nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

114
CP 9,4 cm

NOME COMUM: iu-iu, jeju. NOME XAVANTE: dzutsú.


NOME CIENTÍFICO: Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829). FAMÍLIA: Erythrinidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora de peixes e larvas de insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo cilíndrico; mandíbula não se projetando claramente além da maxila superior, quando a boca está fechada;
dentário e maxilar com dentes cônicos de tamanhos similares, apenas dois maiores situados na sínfise mandibular; nadadeira
dorsal 11 a 12 raios; nadadeira caudal arredondada; nadadeira adiposa ausente; o sexto osso infraorbital fazendo parte da
órbita. Faixa escura do opérculo até a nadadeira caudal. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA da bacia do rio das
Mortes, afluentes dos rios Corrente e Grande.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

115
CP 5,8 cm

NOME COMUM : traíra. NOME XAVANTE: dzu’u’é.


NOME CIENTÍFICO: Hoplias cf. malabaricus (Bloch, 1794). FAMÍLIA: Erythrinidae.
TAMANHO: até 49,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora de peixes e larvas de insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; entretanto, as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo grosso; nadadeira caudal arredondada; sem nadadeira adiposa; mandíbula ultrapassando francamente a ma-
xila superior, quando a boca está fechada; dentes desiguais entre si: dentário com dentes caniniformes junto à sínfise e
lateralmente; maxilar com dentes cônicos e caniniformes, na porção anterior; língua provida de dentículos; sexto infraorbital se
constitui em uma placa óssea projetada para fora; nadadeira dorsal 12 a 15 raios. Pequenas barras negras inclinadas na lateral
do corpo. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA; abundante nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

116
CP 3,1 cm

NOME COMUM: não conhecido. NOME XAVANTE: pe’adzada’rã.


NOME CIENTÍFICO: Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903. FAMÍLIA: Lebiasinidae.
TAMANHO: até 5,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos terrestres e larvas de insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: peixes pequenos, de corpo espesso recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
cônicos no dentário e no pré-maxilar; ausência de nadadeira adiposa e linha lateral; nadadeira dorsal mais próxima da base da
caudal que da ponta do focinho, avermelhada, com mácula negra na porção mediana; anal avermelhada; faixa negra horizontal
no focinho. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, mas numerosa nas águas espraiadas e veredas.
IMPORTÂNCIA: Pyrrhulina se apresenta como uma espécie interessante para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos
ambientes onde vive.

117
CP 19,5 cm

NOME COMUM: bicuda. NOME XAVANTE: pêpa.


NOME CIENTÍFICO: Boulengerella cuvieri (Agassiz in Spix & Agassiz, 1829). FAMÍLIA: Ctenoluciidae.
TAMANHO: até 67,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, predadora, principalmente peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, cilindriforme, roliço, ligeiramente comprimido, recoberto por escamas ctenóides; focinho pontudo,
em forma de lança e dotado de expansão carnosa na porção distal superior; dentes em ambas as maxilas, cônicos, numerosos
e de mesmo tamanho; nadadeira dorsal situada atrás do meio do corpo; linha lateral completa, 110 a 124 escamas. Corpo
prateado; caudal negra e vermelha, com mácula mais escura na base dos raios caudais medianos. Espécie frequente e
abundante nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; os exemplares maiores são bastante interessantes na pesca esportiva; repre-
senta um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

118
CP 24,5 cm

NOME COMUM: candiru-açu. NOME XAVANTE: tsadahi’uwawatsédé.


NOME CIENTÍFICO: Cetopsis coecutiens (Lichtenstein, 1819). FAMÍLIA: Cetopsidae.
TAMANHO: até 26,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: necrófaga, principalmente carne putrefata e peixes presos em redes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, algo roliço; olhos pequenos, diminutos, sem margem orbital livre; boca distintamente
inferior, dentes cônicos em três fileiras no pré-maxilar, uma no dentário; dentes também no palato; membranas branquiais
unidas ao istmo; nadadeiras dorsal e peitorais com filamentos; caudal bilobada; sem nadadeira adiposa. Coloração do dorso
cinza; ventre esbranquiçado. Corpo geralmente muito mucoso. Espécie que adentra o curso inferior de alguns riachos e
córregos do PESA, em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: alguns ribeirinhos consomem-na, mas, na maioria das vezes, pelo seu aspecto e comportamento, é rejeitada como
alimento; em várias oportunidades, em casos de afogamento, exemplares desses peixes já foram encontrados dentro de
cadáveres humanos. Seu hábito necrofágo a torna uma espécie de destaque nos rios amazônicos e elo importante na cadeia
alimentar desses ambientes.

119
NOME COMUM: peixe-pedra.
NOME XAVANTE: pehöi’rétede.
NOME CIENTÍFICO: Bunocephalus sp.
FAMÍLIA: Aspredinidae.
TAMANHO: até 7,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, invertebrados
aquáticos e terrestres e restos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: cabeça larga amplamente deprimida; corpo
também deprimido; ambos com pele rugosa coberta
por tubérculos queratinizados em vista dorsal (foto
superior); superfície ventral lisa, desprovida de pla-
cas ou acúleos (foto inferior); corpo seguido por um
pedúnculo caudal estreito, delgado; nadadeira dorsal
com cinco raios; cintura escapular larga e forte; pri-
meiro raio das peitorais com ganchos retrorsos; aber-
CP 7,1 cm
turas branquiais estreitas, reduzidas; três pares de
barbilhões; boca terminal. Corpo de coloração mar
rom-escura, com máculas negras. Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

120
CP 6,5 cm

NOME COMUM: candiru. NOME XAVANTE: pe’aurenhõwa’uwa.


NOME CIENTÍFICO: Ituglanis macunaima Datovo & Landim, 2005. FAMÍLIA: Trichomycteridae.
TAMANHO: até 8,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; boca terminal, cabeça algo deprimida; olho pequeno; opérculo relativamen-
te grande; espinhos na região opercular (opérculo e interopérculo); barbilhão nasal no orifício anterior da narina e um par de
barbilhões no canto da boca; nadadeira peitoral em contato com opérculo e interopérculo; dorsal sem espinho, atrás da
metade do corpo; caudal levemente arredondada; peitoral i,4; pélvica i,4; caudal 5,5. Dorso e flanco do corpo marrons, com
pequenas e numerosas pintas marrom-escuras; ventre creme. Hábitos noturnos. Vive entre raízes subaquáticas. Espécie pouco
frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

121
CP 8,7 cm

NOME COMUM: candiru.


NOME CIENTÍFICO: Henonemus intermedius (Eigenmann & Eigenmann, 1889). FAMÍLIA: Trichomycteridae.
TAMANHO: até 8,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: mucífaga e lepidófaga, i.e., comedora de muco e escamas de outros peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça baixa, deprimida; boca larga, inferior, com numerosos dentes
delicados em faixa ou fileira; espinhos no interopérculo e dois (espinhos) no opérculo; raios caudais procurrentes em pequeno
número; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; origem da anal atrás da base da dorsal; olhos superiores, próximos um
do outro; nadadeira caudal emarginada; nadadeira anal curta, 7 a 15 raios; nadadeira adiposa ausente. Dorso e flanco do
corpo marrons-claros, com numerosas e pequenas pintas escuras; ventre creme. Espécie pouco frequente nos riachos e
córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

122
NOME COMUM: candiru.
NOME CIENTÍFICO: Ochmacanthus sp.
FAMÍLIA: Trichomycteridae.
TAMANHO: até 5,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: mucífago, i.e., as espécies des-
se gênero são raspadoras do muco pre-
sente na superfície corporal dos demais
peixes de seu ambiente.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas
CP 4,2 cm
ou placas; espinhos operculares e
interoperculares presentes; cabeça bai-
xa, deprimida; boca inferior, larga; numerosos dentes delicados em faixa ou fileiras; olhos superiores, próximos um do outro;
nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; numerosos raios procurrentes acessórios; origem da anal sob a base da dorsal;
nadadeira caudal semelhante à de um girino; adiposa ausente. Coloração do corpo levemente amarronzada, uniforme, enegrecida
apenas na parte dorsal posterior da cabeça, e algumas máculas negras no pedúnculo caudal e na caudal. Espécie rara nos
riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: além do seu interesse ecológico, pode-se dizer que essa é uma espécie relativamente desconhecida.
ã

123
CP 4,7 cm

NOME COMUM: candiru. NOME XAVANTE: pe’atómrã’uré’udzé.


NOME CIENTÍFICO: Parastegophilus sp. FAMÍLIA: Trichomycteridae.
TAMANHO: até 4,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: mucífaga e lepidófaga, i.e., comedora de muco e escamas; raspa a pele do hospedeiro.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: pequeno porte; corpo alongado, sem escamas ou placas; espinhos na região opercular (opérculo e interopérculo);
cabeça achatada; boca inferior, em forma de ventosa; dentes delicados, dispostos em fileiras nas maxilas; dois barbilhões no
canto da boca; sem barbilhões nasais; olhos superiores, grandes; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; nadadeira
caudal emarginada. Coloração dos flancos do corpo levemente amarelada; dorso amarelo-ferruginoso. Hábitos noturnos.
Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos e lagoas do PESA, especialmente nos cursos inferiores.
IMPORTÂNCIA: ainda que não se tenha maiores informações sobre essa espécie, ela seguramente desempenha papel importante nas
cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

124
CP 8,8 cm

NOME COMUM: candiru. NOME XAVANTE: pe’awawi’uré.


NOME CIENTÍFICO: Pseudostegophilus sp. FAMÍLIA: Trichomycteridae.
TAMANHO: até 10,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: mucífaga e lepidófaga, i.e., comedora de muco e escamas; raspa a pele do hospedeiro.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, mais ou menos alto, sem escamas ou placas; pedúnculo caudal delgado; cabeça baixa; olhos supe-
riores, pequenos, próximos um do outro; espinhos no opérculo e interopérculo; boca inferior, larga; numerosos dentes delica-
dos em faixa ou fileiras; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; origem da anal atrás da dorsal; caudal levemente furcada;
adiposa ausente. Coloração geral do corpo creme, sobressaindo cinco faixas transversais largas marrons no dorso e flanco;
dorsal e caudal com máculas marrons. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia.

125
CP 4,2 cm

NOME COMUM: candiru. NOME XAVANTE: pe’auré’dzadzú.


NOME CIENTÍFICO: Vandellia cirrhosa Valenciennes, 1846. FAMÍLIA: Trichomycteridae.
TAMANHO: até 17,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: exclusivamente hematófaga, i.e., alimenta-se de sangue; penetra na câmara branquial do hospedeiro, dilacerando
vasos sanguíneos com seus dentes especializados.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, delgado, sem escamas ou placas; espinhos no opérculo e interopérculo; boca inferior, pequena, em
forma de ventosa; cabeça baixa, um pouco achatada; mandíbula desprovida de dentes; olhos superiores, pequenos, próximos
um do outro; nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; nadadeira caudal levemente emarginada ou truncada; origem da
anal sob a dorsal; adiposa ausente. Coloração do corpo amarelada, com pequenas máculas amarelo-gema, mais acentuadas
no dorso; raios medianos da caudal algo enegrecidos. Hábitos noturnos. Pode penetrar na uretra de banhistas. Espécie fre-
quente e abundante nos córregos do PESA, especialmente nos cursos inferiores.
IMPORTÂNCIA: perigo em potencial aos banhistas.

126
CP 3,1 cm

NOME COMUM: cascudinho. NOME XAVANTE: tsinhõ’érédanhõhui’wa.


NOME CIENTÍFICO: Aspidoras pauciradiatus (Weitzman & Nijssen, 1970). FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 3,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos e terrestres, algas e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem porte maior que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; focinho arredondado; largura interorbital menor
que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; olhos relativamente grandes; placas nucais encontrando-se ao
longo da linha mediano-dorsal; fontanela dupla, pequenas, arredondadas; nadadeira caudal furcada. Máculas negras ao longo
do corpo e nas nadadeiras dorsal, adiposa e caudal, isoladas ou conectadas originando linhas. Espécie abundante nos trechos
rasos dos riachos e córregos do PESA, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas estreitas nas margens e dentro
d’água.
IMPORTÂNCIA: interessante espécie para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

127
NOME COMUM: cascudinho.
NOME XAVANTE: pe’waprú.
NOME CIENTÍFICO:Brochis splendens
(Castelnau, 1855).
FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 6,5 mm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos, algas e detritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios. CP 5,8 cm

COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ós-


seas, dispostas em duas séries no flanco;corpo e cabeça altos e comprimidos; dois pares de barbilhões rictais e um par de
mentonianos no lábio inferior; focinho arredondado; largura interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem
anterior da órbita; olhos grandes; placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal; nadadeira caudal
algo emarginada, com o lóbulo superior maior; nadadeira dorsal com um acúleo e dez a doze raios ramificados. Cor de
fundo amarelo-claro uniforme, sem máculas. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

128
NOME COMUM: cascudinho.
N OME CIENTÍFICO :
Corydoras araguaiaensis
Sands, 1990.
FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente for-
mas jovens e pequenas de insetos aqu-
áticos e terrestres, algas e detritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios, no entanto as fêmeas atingem
porte maior que os machos.
CP 3,0 cm
COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósse-
as, dispostas em duas séries no flanco;
focinho arredondado (o que a diferencia facilmente de C. maculifer); largura interorbital menor que a altura da cabeça medida
na margem anterior da órbita; barbilhões rictais curtos, não se prolongando muito além da abertura branquial; lábio inferior
revertido para formar um único par de barbilhões; placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal;
coracóide mais ou menos expandido; fontanela frontal alongada e única; nadadeira caudal furcada. Máculas negras distribuí-
das pela região da cabeça e região pré-dorsal (o que também a diferencia de C. maculifer, que possui manchas alongadas e
não arredondadas nessas mesmas áreas); linhas negras conspícuas distribuídas longitudinalmente pelo corpo e transversal-
mente nas nadadeiras caudal e dorsal; nas demais nadadeiras essa pigmentação não é tão evidente. Espécie abundante nos
trechos rasos dos córregos do PESA que drenam para o rio das Mortes, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas
estreitas nas margens e fundo arenoso.
IMPORTÂNCIA: grande potencial para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

129
NOME COMUM: cascudinho.
NOME CIENTÍFICO:
Corydoras maculifer Nijssen
& Isbrücker, 1971.
FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente for-
mas jovens e pequenas de insetos aqu-
áticos e terrestres, algas e detritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços CP 3,0 cm
óbvios, no entanto as fêmeas atingem
porte maior que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; focinho arredondado e um pouco alongado (o
que a diferencia facilmente de C. araguaiaensis, que possui o focinho relativamente curto em comparação a ela); largura
interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; barbilhões rictais curtos, não se prolongando
além da abertura branquial; lábio inferior revertido para formar um único par de barbilhões; placas nucais não se encontrando
ao longo da linha mediano-dorsal; coracóide mais ou menos expandido; fontanela frontal alongada e única; nadadeira caudal
furcada. Máculas negras alongadas e irregulares distribuídas nas regiões da cabeça e pré-dorsal (o que também a diferencia
de C. araguaiaensis); linhas negras conspícuas distribuídas longitudinalmente pelo corpo e transversalmente nas nadadeiras
caudal e dorsal; nas demais nadadeiras essa pigmentação não é tão evidente. Espécie abundante nos trechos rasos dos
córregos do PESA que drenam para o rio das Mortes, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas estreitas nas
margens e fundo arenoso.
IMPORTÂNCIA: espécie com grande potencial para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes
onde vive.

130
CP 5,6 cm

NOME COMUM: tamoatá, tamboatá, cascudo. NOME XAVANTE: tsinhõ’éré’rã.


NOME CIENTÍFICO: Megalechis personata (Ranzani, 1841). FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 12,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos, algas e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; boca pequena, um par de barbilhões em cada
canto dela; focinho arredondado, largura interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita;
placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal; nadadeira dorsal com um acúleo e dez a doze raios
ramificados; nadadeira caudal arredondada. Coloração geral do corpo marrom-escura, na qual sobressaem máculas negras.
Espécie frequente e abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar nos ambientes onde se encontra.

131
NOME COMUM: cascudinho.
NOME CIENTÍFICO: Hisonotus sp.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até cerca de 5,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifíton
e detritos orgânicos sobre o substrato.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
C O M E N T Á R I O S : pequeno porte; corpo alongado,
recoberto com placas ósseas dispostas em vári-
as séries, inclusive no pedúnculo caudal; cabeça
algo deprimida; posição inferior da boca; olhos
súpero-laterais, relativamente grandes: diâme-
tro menor que o espaço que o separa da superfí-
cie inferior da cabeça; ponte escapular exposta
na superfície ventral (não coberta por pele);
pedúnculo caudal de secção elíptica; dorsal I+7;
adiposa ausente; peitorais longas, ultrapassan-
CP 2,2 cm
do pelo menos metade das pélvicas. Nadadeiras
com máculas negras tendendo a faixas,
entremeadas por manchas/faixas brancas. Permanece aderida em ramos caídos na água ou plantas subaquáticas, em locais
de águas limpas e correntes. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia.

132
NOME COMUM: cascudinho.
NOME XAVANTE: pehöi’re uptiira.
NOME CIENTÍFICO: Parotocinclus britskii Boeseman, 1974.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifiton
e detritos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as
fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: pequeno porte; corpo recoberto com pla-
cas ósseas dispostas em várias séries, inclusive no
pedúnculo caudal e região ventral; cabeça e corpo
relativamente altos; ponte escapular exposta na su-
perfície ventral; boca em posição inferior; pedúnculo
caudal de secção elíptica; caudal i+14+i; trava da
dorsal presente; adiposa presente. Corpo marrom,
com várias faixas transversais negras; nadadeiras
CP 2,2 cm
esbranquiçadas, com faixas negras. Espécie frequen-
te e numerosa nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: pelo seu pequeno porte e beleza, essa espécie também se apresenta com bom potencial para aquariofilia. Importante
na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

133
CP 10,7 cm

NOME COMUM: peixe-galho, cascudinho. NOME XAVANTE: höiwidzaóné.


NOME CIENTÍFICO: Farlowella aff. oxyrryncha (Kner, 1853). FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 23,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifíton e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo estreito e delgado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho
prolongado num rostro sem espinhos na ponta; seis a oito placas entre o supraoccipital e a nadadeira dorsal; placas ventrais
grandes, apenas duas ou três séries longitudinais cobrindo o abdômen; comprimento da nadadeira peitoral pouco mais de uma
vez o comprimento do focinho. Coloração do corpo marrom-escura, com dorso apenas marrom. Espécie frequente e numerosa
nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

134
CP 12,3 cm

NOME COMUM: cascudo, cari. NOME XAVANTE: pehöi’réwawi.


NOME CIENTÍFICO: Loricaria sp.1. FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: cabeça e corpo achatados com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando quilha
nos lados, limitada por série única de placas; nadadeira adiposa ausente; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco placas
entre o supraoccipital e a dorsal; caudal com dez raios ramificados; estruturas filamentosas presentes na porção mediana do
lábio inferior; dentes presentes em ambas as maxilas, com os do pré-maxilar longos, pelo menos duas vezes maiores que os
do dentário. Coloração geral do corpo marrom-clara, na qual se destacam cinco faixas negras transversais conspícuas, largas
(o que facilmente a diferencia de Loricaria sp.2, cujas faixas são menos conspícuas e estreitas, e de Loricaria sp.3, que não
apresenta faixas). Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

135
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: pehö’réböpa.
NOME CIENTÍFICO: Loricaria sp.2.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, frutos e
sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: cabeça e corpo achatados com placas
ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo cau-
dal achatado, formando quilha nos lados, limitada
por série única de placas; nadadeira adiposa au-
sente; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco
placas entre o supraoccipital e a dorsal; caudal
CP 11,8 cm
com dez raios ramificados; estruturas filamentosas
presentes na porção mediana do lábio inferior;
dentes presentes em ambas as maxilas, com os do pré-maxilar longos, pelo menos duas vezes maiores que os do dentário;
placas ausentes na superfície ventral. Coloração do corpo marrom-clara, com quatro faixas negras transversais estreitas (o
que facilmente a diferencia de Loricaria sp.1, que possui faixas largas, e de Loricaria sp.3, que não apresenta faixas). Esta
espécie, como as demais Loricariinae apresentadas neste manual, retém seus ovos (cor de ouro) junto à superfície ventral do
corpo até o momento da eclosão (figura acima, inferior direita). Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

136
CP 13,3 cm

NOME COMUM: cascudo, cari. NOME XAVANTE: pehöi’réurã.


NOME CIENTÍFICO: Loricaria sp.3. FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 16,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: cabeça e corpo achatados com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando quilha
nos lados, limitada por série única de placas; nadadeira adiposa ausente; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco placas
entre o supraoccipital e a dorsal; caudal com dez raios ramificados; estruturas filamentosas presentes na porção mediana do
lábio inferior; dentes presentes em ambas as maxilas, com os do pré-maxilar longos, pelo menos duas vezes maiores que os
do dentário. Coloração do corpo uniformemente amarelada, sobressaindo pequenas e numerosas máculas (pontos) marrons.
Difere facilmente de Loricaria sp.1 e de Loricaria sp.2 por não apresentar faixas negras transversais no corpo. Espécie abun-
dante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

137
CP 6,0 cm

NOME COMUM: cascudo, cari, acari. NOME XAVANTE: pehöi’réwahi.


NOME CIENTÍFICO: Rineloricaria hasemani Isbrücker & Nijssen, 1979. FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 13,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, principalmente algas e detritos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo achatado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando uma
quilha de cada lado; abdômen coberto de placas; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco placas entre o supraoccipital e a
dorsal; nadadeira adiposa ausente; caudal com filamentos compridos, especialmente no lobo superior. Coloração geral do
corpo marrom-clara, com pequenas áreas esbranquiçadas; áreas escuras e esbranquiçadas nas nadadeiras, o que resulta em
visual chamativo. Espécie bastante frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: espécie interessante para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

138
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: pehöi’re dzarébéhi.
NOME CIENTÍFICO: Spatuloricaria sp.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 18,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos, frutos, sementes e de-
tritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : no período
reprodutivo os machos apresentam
cerdas na porção lateral da cabeça (fi- CP 15,4 cm

gura c); é caráter transitório e não mui-


to comum. Em vários anos de coletas realizadas pelo GEPEMA, um único exemplar macho foi amostrado com tal caracterís-
tica desenvolvida.
COMENTÁRIOS: corpo achatado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo caudal achatado, formando uma
quilha de cada lado; duas a cinco placas entre o supraoccipital e a dorsal; nadadeira caudal com dez raios ramificados; boca
inferior, dentes bilobados, com o lobo mediano muito maior que o lateral, ambos em forma de colher; área inferior do lábio
posterior lisa ou com papilas, mas sem estruturas filamentosas, que podem ocorrer na borda do lábio; abdômen parcialmente
nu; nadadeira adiposa ausente. Coloração do corpo uniformemente amarelada, com quatro a seis faixas transversais negras.
Espécie frequente, mas não numerosa, nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

139
CP 15,1 cm

NOME COMUM: cascudo, cari, acari. NOME XAVANTE: pehöi’re watapa.


NOME CIENTÍFICO: Sturisoma aff. nigrirostrum Fowler, 1940. FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 22,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: detritívora, detritos e matéria orgânica particulada.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: em período reprodutivo os machos apresentam cerdas nos lados da cabeça; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo estreito e delgado, coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho
prolongado num rostro sem espinhos na ponta; seis a oito placas entre o supraoccipital e a nadadeira dorsal; placas ventrais
grandes, apenas duas ou três séries longitudinais cobrindo o abdômen; nadadeira caudal com 12 raios ramificados; entalhe
orbital ausente. Faixa negra larga na lateral do corpo; dorso marrom. Espécie frequente, mas pouco numerosa, nos riachos e
córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

140
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: pehöi’réatö.
NOME CIENTÍFICO: Hypostomus faveolus Zawadzki,
Birindelli & Lima, 2008.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 20,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos
orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios;
as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dis-
postas em várias séries; boca inferior; dentes
em forma de Y; focinho revestido de placas
pequenas; interopérculo pouco móvel, despro-
vido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nada-
deira dorsal com um acúleo e sete raios
ramificados (I,7); adiposa presente. Várias CP 7,0 cm
máculas amareladas, limitadas por linhas ne-
gras anastomosadas pelo corpo e
nadadeiras,originando aspecto de retículos (o que a diferencia facilmente de Hypostomus sp.1 e Hypostomus sp.2). Espécie
abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

141
CP 10,5 cm

NOME COMUM: cascudo, cari. NOME XAVANTE: pehöi’re nhõihitö.


NOME CIENTÍFICO: Hypostomus aff. cochliodon Kner, 1854. FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 13 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; cabeça e corpo relativamente altos; pedúnculo caudal
alto; focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; posição inferior da boca; dentes
com a coroa mediana muito larga, em forma de colher ou concha, a coroa lateral rudimentar ou ausente (o que a diferencia
facilmente das demais espécies do gênero); nadadeira dorsal com um acúleo e sete raios ramificados (I,7); adiposa presente,
precedida por um acúleo. Algumas máculas negras pelo corpo e nadadeiras; pedúnculo caudal cinza-amarelado. Espécie pouco
frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar de peixes maiores.

142
NOME COMUM: cascudo, cari.
NOME XAVANTE: pehöi’rédzarébépö.
NOME CIENTÍFICO: Hypostomus sp.1.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 17,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos
orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios;
as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dis-
postas em várias séries; posição inferior da
boca; dentes na forma de Y; focinho revestido
de placas pequenas; interopérculo pouco mó-
vel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal
alto; nadadeira dorsal com um acúleo e sete CP 14,1 cm
raios ramificados (I,7); adiposa presente. Três
barras negras oblíquas sobre o dorso e flanco
(o que a diferencia facilmente de H. faveolus e Hypostomus sp.2); várias máculas negras pequenas distribuídas pelo corpo e
nadadeiras. Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

143
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: dawawi.
NOME CIENTÍFICO: Hypostomus sp.2.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 15,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e de-
tritos orgânicos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios; as fêmeas atingem maior porte
que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ós-
seas dispostas em várias séries; boca
em posição inferior; dentes na forma
de Y; focinho revestido de placas pe-
quenas; interopérculo pouco móvel,
desprovido de cerdas; pedúnculo cau-
CP 10,2 cm
dal alto; nadadeira dorsal com um
acúleo e sete raios ramificados (I,7);
adiposa presente, precedida por um acúleo. Várias máculas negras pelo corpo e nadadeiras limitadas por linhas claras (o
que a diferencia facilmente de H. faveolus e Hypostomus sp.1). Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

144
CP 7,3 cm

NOME COMUM: cascudo. NOME XAVANTE: pehöi’rétepêbö.


NOME CIENTÍFICO: Pterygoplichthys cf. gibbiceps (Kner, 1854). FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, detritos e invertebrados a eles associados.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho revestido de placas
pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e 11 a 14
raios ramificados (I,11-14); adiposa presente. Numerosas pequenas pintas amareladas (claras) pelo corpo e nadadeiras de
coloração marrom-escura. Espécie pouco frequente nos córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; exemplares pequenos com ótimo potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia
alimentar dos ambientes onde vive.

145
CP 25,0 cm

NOME COMUM: cascudo, cari. NOME XAVANTE: pehöi’rénhãmr .


NOME CIENTÍFICO: Pterygoplichthys joselimaianus (Weber, 1991). FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 30,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, detritos e invertebrados a eles associados.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca; focinho revestido de placas
pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nadadeira dorsal com um acúleo e 11 a 14
raios ramificados (I,11-14); adiposa presente, precedida por um espinho. Coloração de fundo marrom, com numerosas linhas/
pintas claras pequenas disformes pelo corpo e nadadeiras. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; exemplares pequenos com ótimo potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia
alimentar dos ambientes onde vive.

146
CP 10,0 cm

NOME COMUM: cascudo, cari, acari. NOME XAVANTE: pehöi’rénh ’rada.


NOME CIENTÍFICO: Squaliforma emarginata (Valenciennes, 1840). FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dispostas em várias séries; posição inferior da boca (no detalhe da figura, boca em
vista ventral); focinho revestido de placas pequenas; interopérculo pouco móvel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal alto;
nadadeira dorsal com um acúleo e sete raios ramificados (I,7); adiposa presente, precedida por um acúleo. Numerosas
máculas negras pequenas pelo corpo e nadadeiras de coloração creme; lobos da caudal de cor ferruginosa, especialmente o
inferior. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

147
NOME COMUM: cascudo.
NOME XAVANTE: pehöi’rédzatsu.
NOME CIENTÍFICO:Hemiancistrus spilomma Car-
doso & Lucinda, 2003.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 13,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: costumam se alimentar de algas
que se encontram presas sobre rochas.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos com es-
pinho da nadadeira peitoral e odontodes
maiores que os das fêmeas.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas
dispostas em várias séries; posição inferi-
or da boca; focinho revestido de placas pe-
quenas; região interopercular provida de
ganchos fortes que podem se eriçar gra-
ças a um mecanismo especial de movimen-
tação do interopérculo; pedúnculo caudal CP 10,3 cm

alto; nadadeira dorsal com um acúleo e


sete raios ramificados (I+7); adiposa presente, precedida por acúleo. Máculas negras difusas pelo corpo. Espécie frequente
nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde é encontrada.

148
CP 2,8 cm

NOME COMUM: bagrinho. NOME XAVANTE: tsadahinhãmr .


NOME CIENTÍFICO: Microglanis sp. FAMÍLIA: Pseudopimelodidae.
TAMANHO: até 5,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pequenos invertebrados, larvas e adultos de insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo curto, sem escamas ou placas, algo roliço; cabeça aproximadamente tão larga quanto comprida, de topo liso;
boca relativamente larga, terminal, com placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; placa do pré-maxilar arredondada poste-
riormente; palato sem dentes; olhos pequenos, sem margem orbital livre; três pares de barbilhões curtos; membranas branquiais
livres entre si e do istmo; acúleo da dorsal forte, desenvolvido; adiposa bem desenvolvida, de borda distal com máculas e
manchas brancas. Coloração do corpo marrom uniforme, com alguns pontos negros espalhados; dorsal e caudal com faixas
negras e claras mais ou menos definidas. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada.

149
CP 8,1 cm

NOME COMUM: jauzinho. NOME XAVANTE: tsadahi’uwa.


NOME CIENTÍFICO: Pseudopimelodus cf. pulcher (Boulenger, 1887). FAMÍLIA: Pseudopimelodidae.
TAMANHO: até 8,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pequenos invertebrados e peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo curto, sem escamas ou placas, algo roliço; cabeça aproximadamente tão larga quanto comprida, de topo liso;
boca relativamente larga, terminal, com placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; placa do pré-maxilar com projeção para
trás; palato sem dentes; olhos pequenos, sem margem orbital livre; três pares de barbilhões curtos; membranas branquiais
livres entre si e do istmo; acúleo da dorsal forte, desenvolvido; adiposa bem desenvolvida. Coloração do corpo algo ferruginosa,
sobressaindo-se quatro barras negras transversais; nadadeiras dorsal, adiposa, caudal, anal, peitorais e pélvicas com faixas
negras e claras. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA; comum no inferior, principalmente
em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

150
CP 6,3 cm

NOME COMUM: bagrinho. NOME XAVANTE: tsadahire.


NOME CIENTÍFICO: Imparfinis mirini Haseman, 1911. FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 8,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: larvófaga, principalmente larvas de insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas; cabeça algo deprimida; fontanela longa e estreita, estendida até o supraoccipital;
três pares de barbilhões; boca terminal, placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; palato sem dentes; olhos pequenos,
superiores, com margem livre; acúleo da peitoral fraco; caudal bifurcada, com lobos pontudos; ventral não alcançando a
anal; anal curta, 11 a 15 raios. Corpo castanho-acinzentado, com barras transversais mais escuras no dorso. Espécie
frequente, mas não abundante, nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes em que se encontra e é potencialmente interessante para a aquariofilia.

151
CP 2,8 cm

NOME COMUM: bagrinho. NOME CIENTÍFICO: Mastiglanis asopos Bockmann, 1994.


FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 6,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: larvófaga, principalmente larvas de insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo pequeno, sem escamas; três pares de barbilhões, o maxilar alcançando a adiposa; boca ventral, maxila mais
longa que mandíbula; placas dentígeras no dentário e pré-maxilar; cabeça deprimida, coberta por pele; fontanela alcançando
a base do processo supraoccipital, que é bem desenvolvido e largo; olhos grandes; primeiros espinhos da dorsal e peitorais
extremamente alongados; dorsal i,6; anal 9-10 raios; adiposa triangular, bem desenvolvida; nadadeira caudal bifurcada, com
lobos algo arredondados. Corpo praticamente sem pigmentação, exceto sobre a cabeça; cromatóforos em pequeno número e
dispersos sobre a linha lateral e acima dela. Espécie frequente e sazonalmente abundante (final de cheias), nos riachos e
córregos do PESA drenados para o rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: da mesma forma que as demais espécies aqui relacionadas, desempenha papel importante nas cadeias alimentares
dos ambientes onde se encontra.

152
CP 5,3 cm

NOME COMUM: bagrinho. NOME XAVANTE: pe’a uhui’rã.


NOME CIENTÍFICO: Phenacorhamdia somnians (Mees, 1974). FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 6,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente larvas e adultos de insetos aquáticos, pedaços de folhas e frutos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça algo deprimida; mandíbula prognata; fontanela longa e estreita,
prolongando-se sobre o supraoccipital; três pares de barbilhões, o maxilar curto; boca terminal, placas dentígeras no dentário
e pré-maxilar; acúleos da dorsal e das peitorais frágeis, não pungentes; olho pequeno, dorsal, sem margem livre; base da
adiposa aproximadamente igual à da anal; caudal bifurcada, com lobos pontudos; nadadeira anal curta, cerca de 11 raios.
Coloração castanho-escuro no dorso e flancos, homogênea; lobo inferior da caudal enegrecido. Espécie frequente, mas não
numerosa, nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: elo importante na cadeia alimentar dos ambientes em que se encontra e potencialmente interessante para a aquariofilia.

153
NOME COMUM: mandi, mandi-chorão,
mandizinho.
NOME XAVANTE: tsadahiwawi.
NOME CIENTÍFICO: Pimelodella sp.1.
FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas CP 7,2 cm
de insetos e insetos adultos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; fontanela longa e estreita, estendida até o
supraoccipital; olhos grandes, superiores, com margem livre; processo occipital longo e estreito, atingindo a placa pré-dorsal;
três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento do corpo; boca larga; placas de dentes no pré-maxilar
e dentário; palato sem dentes; primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos; nadadeira caudal bifurcada,
com lobo inferior arredondado, estreito (o que a diferencia facilmente de Pimelodella sp.2 e Pimelodella sp.3); base da adiposa
mais longa que a da anal, cerca de 2 a 4 vezes no comprimento do corpo (o que também a distingue de Pimelodella sp.3).
Coloração do corpo creme-claro, com estreita faixa negra longitudinal no flanco, desde o focinho (o que a distingue prontamen-
te de Pimelodella sp.2). Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

154
CP 12,5 cm

NOME COMUM: mandi, mandi-chorão, mandi-mole. NOME XAVANTE: tsadahiwatatsupapê.


NOME CIENTÍFICO: Pimelodella sp.2. FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos e insetos adultos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; fontanela longa e estreita, estendida até o
supraoccipital; olhos grandes, superiores, com margem livre; processo occipital longo e estreito, atingindo a placa pré-dorsal;
três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é bem maior; boca larga; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem
dentes; base da adiposa mais longa que a da anal, cerca de 2 a 4 vezes no comprimento do corpo (o que a diferencia facilmente
de Pimelodella sp.3); primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos; nadadeira caudal bifurcada, com lobo
superior bem mais desenvolvido que o inferior (o que a distingue prontamente de Pimelodella sp.1 e Pimelodella sp.3). Colora-
ção geral cinza-amarelado. Espécie frequente nos cursos inferiores dos córregos do PESA, onde adentra principalmente em
período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

155
CP 12,6 cm

NOME COMUM: mandi-chorão, mandi-mole. NOME XAVANTE: tsadahi’watahöbö.


NOME CIENTÍFICO: Pimelodella sp.3. FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 16,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos e insetos adultos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; fontanela longa e estreita, estendida até o
supraoccipital; olhos grandes, superiores, com margem livre; processo occipital longo e estreito, atingindo a placa pré-dorsal;
três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento do corpo; boca larga; placas de dentes no pré-maxilar
e dentário; palato sem dentes; primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos; base da adiposa cerca de
duas vezes mais longa que a base da anal e cerca de 2,3 vezes o comprimento do corpo (o que a diferencia facilmente de
Pimelodella sp.1 e Pimelodella sp.2); nadadeira caudal bifurcada, com lobo inferior largo e arredondado (o que também a
distingue prontamente de Pimelodella sp.1 e Pimelodella sp.2), superior pontudo. Corpo acinzentado, com estreita faixa longi-
tudinal negra nos flancos. Espécie pouco frequente em córrego do PESA, integrante da bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

156
CP 8,0 cm

NOME COMUM: bagre. NOME XAVANTE: tsadahi’uwahöirã.


NOME CIENTÍFICO: Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824).
FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 38,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas e adultos de insetos aquáticos, vermes e peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, sem escamas; cabeça algo deprimida; processo occipital estreito e curto, não atingindo a
placa pré-dorsal; fontanela interrompida no nível da borda posterior do olho; olhos grandes, superiores, com margem livre;
boca terminal; placas dentígeras no dentário e no pré-maxilar; palato sem dentes; três pares de barbilhões; primeiro raio da
dorsal e das peitorais transformados em acúleos, porém não pungentes; nadadeira caudal com lóbulos largos. Coloração do
corpo marrom, com numerosas manchas mais escuras difusas. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.

157
CP 19,5 cm

NOME COMUM: jiripoca, jurupoca. NOME XAVANTE: tsadahirã.


NOME CIENTÍFICO: Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840). FAMÍLIA: Pimelodidae.
TAMANHO: até 60,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e camarões.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, alongado; cabeça achatada; crânio coberto com pele; olhos relativamente grandes e
dorsais; mandíbula mais longa que a maxila; faixa de dentes pré-maxilares muito estreita no meio; dentes vomerianos forman-
do uma área única, muito mais larga que a do pré-maxilar; área de dentes do pterigóide contígua à do vômer; três pares de
barbilhões; abertura branquial ampla; caudal bifurcada, com o lobo inferior mais largo; origem da dorsal equidistante da ponta
do focinho à porção posterior da adiposa. Numerosas máculas negras, rodeadas por áreas esbranquiçadas estreitas ou largas,
pelo corpo; ventre completamente esbranquiçado. Espécie encontrada em baixa frequência nos cursos inferiores dos riachos e
córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

158
CP 9,9 cm

NOME COMUM: mandi-prata, mandi-do-canal. NOME XAVANTE: tsadahi uptede.


NOME CIENTÍFICO: Megalonema platycephalum Eigenmann, 1912. FAMÍLIA: Pimelodidae.
TAMANHO: até 30,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e larvas e insetos adultos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; a fêmea atinge maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; topo da cabeça coberta de pele fina; processo occipital longo e estreito,
quase atingindo a placa pré-dorsal; maxila superior ultrapassando a mandíbula; dentes pré-maxilares parcialmente fora da
boca; palato sem dentes; olhos grandes, superiores, com margem livre; três pares de barbilhões algo achatados; primeiro raio
da dorsal e das peitorais mole, não pungente, tão longo ou mais longo que os raios posteriores; base da adiposa longa, cerca
de duas vezes a base da anal; distância entre as nadadeiras dorsal e adiposa maior que a base da dorsal; caudal bilobada,
lobos pontudos. Corpo uniformemente amarelo-prateado. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do
PESA; ocorre nos cursos inferiores, principalmente na época das águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

159
NOME COMUM: mandi.
NOME XAVANTE: tsadahi.
NOME CIENTÍFICO:
Pimelodus cf. blochii
(Valenciennes in Cuvier &
Valenciennes, 1840).
FAMÍLIA: Pimelodidae.
TAMANHO: até 35,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, CP 20,0 cm
insetos aquáticos e terrestres e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alto, sem escamas; cabeça relativamente alta; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa
pré-dorsal; fontanela larga, estendida até o nível posterior da órbita; olhos grandes, em posição súpero-lateral, com margem
livre; boca larga, lábio superior sem margem livre dorso-lateral; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem
dentes; três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento padrão; acúleo da dorsal e das peitorais forte
e pungente; base da adiposa mais longa que a da anal; anal com 11 a 13 raios; caudal bifurcada, lobo superior mais desenvol-
vido. Coloração amarelo-prateada homogênea; mácula na placa pré-dorsal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos
riachos e córregos do PESA, mas comum no inferior, principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

160
CP 12,8 cm

NOME COMUM: mandi. NOME XAVANTE: tsadahinhõi’iuptó.


NOME CIENTÍFICO: Propimelodus araguayae Rocha, Oliveira & Py-Daniel, 2007. FAMÍLIA: Pimelodidae.
TAMANHO: até 15,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, insetos e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alto, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; processo occipital forte, largo na base, em contato
com a placa pré-dorsal; fontanela larga, estendida até o nível posterior da órbita; olhos grandes, superiores, com margem
livre; boca subinferior; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem dentes; três pares de barbilhões, dos quais o
par maxilar é tão comprido quanto o comprimento do corpo; acúleo da dorsal e das peitorais forte e pungente; base da adiposa
mais longa que a da anal; nadadeira caudal bifurcada, com lobo superior mais alongado. Coloração do corpo creme; mácula
negra na placa pré-dorsal e na dorsal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas comum
no inferior, principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

161
CP 27,6 cm

NOME COMUM: bico-de-pato. NOME XAVANTE: pedzadaba’are.


NOME CIENTÍFICO: Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801). FAMÍLIA: Pimelodidae.
TAMANHO: até 50,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: piscívora, i.e., comedora de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça longa e extremamente deprimida; boca inferior, maxila superior
muito mais longa que a mandíbula; área de dentes pré-maxilares em forma de meia lua; palato com dentes; olho em posição
lateral; três pares de barbilhões, curtos; acúleos da dorsal e das peitorais fraco, não pungentes; nadadeira caudal bifurcada,
com lobo inferior arredondado. Dorso castanho-escuro a negro, abaixo da linha lateral uniformemente esbranquiçado; listra
clara da altura do olho até o lobo superior da caudal; faixa lateral negra no flanco. Espécie rara nos cursos superior e médio dos
riachos e córregos do PESA, mas adentra o inferior em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

162
NOME COMUM: mandi-serra, armal.
NOME XAVANTE: tsadahi watséde.
NOME CIENTÍFICO:
Anadoras regani
(Steindachner, 1908).
FAMÍLIA: Doradidae.
TAMANHO: até 11,0 cm de comprimento pa-
drão.
A LIMENTAÇÃO : omnívora, principalmente
moluscos, insetos aquáticos e terres-
tres e frutos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
CP 4,2 cm
óbvios; as fêmeas atingem maior por-
te que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo curto, alto, sem escamas, com uma fileira de placas ósseas em cada lado; cada placa provida de um espinho
voltado para trás; cabeça pouco achatada, mais comprida que larga; olhos relativamente grandes, superiores, com margem
livre; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; processo do coracóide mais curto que o
processo umeral; lacrimal sem espinhos; três pares de barbilhões; base da nadadeira adiposa mais curta que a da anal;
acúleos da dorsal e das peitorais fortes e pungentes; caudal entalhada. Manchas marrons no corpo amarelado; máculas negras
nas nadadeiras dorsal, caudal e anal. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde
aparece em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.

163
CP 13,0 cm

NOME COMUM: mandi-boca-de-flor. NOME XAVANTE: tsadahiböpa.


NOME CIENTÍFICO: Hassar orestis (Steindachner, 1875). FAMÍLIA: Doradidae.
TAMANHO: até 20,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, frutos e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, com uma fileira de placas ósseas em cada lado; cada placa provida de um espinho voltado para trás;
região mediana do dorso sem placas; focinho subcônico; boca relativamente pequena, lábios franjados (detalhe na figura);
olhos grandes, superiores, com margem livre, cabendo cerca de duas vezes no focinho (o que a diferencia facilmente de H.
wilderi); diâmetro horizontal da órbita maior que o vertical; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-
dorsal; acúleos da dorsal e das peitorais fortes e pungentes. Corpo acinzentado; mácula no terço proximal do acúleo da dorsal
(o que também a distingue facilmente de H. wilderi); nadadeira caudal bifurcada, com faixas enegrecidas. Espécie comum no
curso inferior dos riachos e córregos do PESA, principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia.

164
CP 13,4 cm

NOME COMUM: mandi-boca-de-flor. NOME XAVANTE: tsadahi’atö.


NOME CIENTÍFICO: Hassar wilderi Kindle, 1895. FAMÍLIA: Doradidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, frutos e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, com uma fileira de placas ósseas em cada lado; cada placa provida de um espinho voltado
para trás; região mediana do dorso sem placas; cabeça cônica, boca subinferior, pequena, barbilhões franjados (detalhe na
figura); olhos grandes, em posição súpero-lateral, com margem livre, cabendo mais de três vezes no focinho (o que a diferen-
cia facilmente de H. orestis); processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; acúleos da dorsal e
das peitorais fortes e pungentes; nadadeira caudal bifurcada. Corpo creme-esbranquiçado; mácula negra grande na porção
superior dos primeiros raios moles da dorsal (o que também a distingue facilmente de H. orestis). Espécie comum no curso
inferior dos riachos e córregos do PESA, principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia.

165
CP 15,2 cm

NOME COMUM: mandi-boca-de-flor. NOME XAVANTE: tsadahi’udzé.


NOME CIENTÍFICO: Leptodoras cf. cataniai Sabaj, 2005. FAMÍLIA: Doradidae.
TAMANHO: até 19,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, frutos e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, estreito, fusiforme, com uma fileira de placas ósseas largas em cada lado; cada placa provém de um
espinho voltado para trás; região mediana do dorso sem placas; cabeça subcônica; boca pequena, barbilhões conectados por
membrana ampla, formando lábios franjados (detalhe da porção ventral da cabeça na figura acima); olhos grandes, em
posição súpero-lateral, com margem livre; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; acúleos
da dorsal e das peitorais fortes e pungentes; origem da ventral mais próxima do focinho que da caudal; nadadeira caudal
bifurcada. Coloração do corpo creme-esbranquiçado; mácula negra no terço distal dos primeiros raios moles da dorsal. Espécie
comum no curso inferior dos riachos e córregos do PESA, principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia.

166
CP 27,3 cm

NOME COMUM: mandubé, fidalgo, boca-larga. NOME XAVANTE: tsadahirã.


NOME CIENTÍFICO: Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766). FAMÍLIA: Auchenipteridae.
TAMANHO: até 47,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: piscívora, i.e., alimenta-se de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam o barbilhão maxilar em forma de espinhos curvos.
COMENTÁRIOS: corpo recoberto por couro, sem placas ou escamas; um par de barbilhões maxilares; cabeça achatada; nadadeira
dorsal inserida logo atrás da cabeça; olhos em posição lateral, sem margem orbital livre; boca inferior; membranas branquiais
unidas ao istmo. Coloração do dorso cinza; flancos e ventre esbranquiçados; nadadeira caudal emarginada, com margem
distal negra. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos do PESA, mas adentra o inferior em período
de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

167
CP 14,7 cm

NOME COMUM: mandi, mandubé, fidalguinho. NOME XAVANTE: tsadahihöirã.


NOME CIENTÍFICO: Auchenipterus nuchalis (Spix & Agassiz, 1829). FAMÍLIA: Auchenipteridae.
TAMANHO: até 27,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos e pequenos crustáceos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos adultos, no período de reprodução, com barbilhão maxilar ossificado e com o acúleo da
dorsal e os primeiros raios da anal alongados e modificados (foto: exemplar macho).
COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, alongado e comprimido; olhos grandes e laterais; cabeça alta; crânio coberto com
pele; posição anterior da dorsal, logo atrás da cabeça; escudo pré-dorsal fortemente unido ao crânio; abertura branquial
pequena; anal longa, 32 a 48 raios; caudal bifurcada; adiposa pequena, muito distante da dorsal. Coloração esbranquiçada nos
flancos e ventre; dorso cinza-amarelado; caudal com margem negra. Espécie encontrada em baixa frequência nos cursos
inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

168
NOME COMUM: cachorro-do-padre, jauzinho.
NOME XAVANTE: tsadahidzarébé.
NOME CIENTÍFICO:Parauchenipterus galeatus
(Linnaeus, 1758).
FAMÍLIA: Auchenipteridae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento pa-
drão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pei-
xes e insetos.
CP 14,7 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos
adultos, no período de reprodução, apre-
sentam espessamento no primeiro raio da nadadeira anal.
COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, denso, ligeiramente comprimido na porção superior; cabeça tão larga quanto compri-
da; escudo pré-dorsal fortemente unido ao crânio; olhos pequenos, em posição súpero-lateral; mandíbula longa, ultrapassan-
do um pouco a maxila; abertura branquial pequena; posição anterior da dorsal, logo atrás da cabeça; adiposa pequena, muito
distante da dorsal; anal 24 a 27 raios; caudal obliquamente truncada. Corpo marrom; nadadeiras marrons com “faixas”
escuras e áreas esbranquiçadas. Espécie encontrada em baixa frequência nas lagoas marginais e nos cursos inferiores dos
riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

169
Fotos: Genito Santos CT 150,0 cm

NOME COMUM: poraquê, treme-treme, peixe-elétrico. NOME XAVANTE: upi.


NOME CIENTÍFICO: Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766). FAMÍLIA: Gymnotidae.
TAMANHO: até 250,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: Integra o grupo dos peixes elétricos. Espécie mais fortemente elétrica da família, capaz de provocar choques de 500-
600 volts. É predadora, de hábitos noturnos. Possui órgão oral vascularizado, importante na respiração. Respiração aérea
obrigatória, necessitando vir à tona para abocanhar ar a intervalos curtos (conforme mostrado na figura acima à direita). O
poraquê tem o corpo mais ou menos cilíndrico, cabeça deprimida e boca terminal; olhos diminutos; não possui escamas.
Espécie freqüente no PESA, mas pouco numerosa, ocorrendo especialmente em ambientes lênticos e com muita vegetação
aquática.
IMPORTÂNCIA: pouco consumida como alimento; aquariofilia.

170
CT 6,4 cm

NOME COMUM: languira, tuvira, sarapó, carapó. NOME XAVANTE: paipé.


NOME CIENTÍFICO: Gymnotus cf. carapo Linnaeus, 1758. FAMÍLIA: Gymnotidae.
TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos aquáticos e de peixes e pequenos peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possui órgãos elétricos e eletrorreceptores: produz um campo elétrico ao
redor do corpo e detecta qualquer objeto que penetre nesse campo; emite descargas elétricas de baixa intensidade. Corpo
muito alongado, recoberto por escamas ciclóides; abertura branquial muito estreita; nadadeira anal longa estendida até a
extremidade do corpo; nadadeiras caudal e pélvicas ausentes; boca voltada para cima (prognata). Coloração do corpo mar-
rom-escuro com numerosas faixas oblíquas claras. Espécie frequente nas lagoas dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa uma importante espécie no comércio de iscas vivas para pesca amadora; elo
importante na cadeia alimentar dos ambientes onde está presente.

171
CT 14,5 cm

NOME COMUM: tuvira, peixe-folha. NOME XAVANTE: paipé’uwa.


NOME CIENTÍFICO: Eigenmannia cf. trilineata López & Castello, 1966. FAMÍLIA: Sternopygidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos e protozoários.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possui órgãos elétricos, portanto, produz um campo elétrico e descargas
elétricas; as descargas são de baixa intensidade. Corpo lateralmente comprimido, recoberto por escamas ciclóides e translúcido
em vida, destacando-se três listras longitudinais escuras; nadadeira anal muito longa e pedúnculo caudal terminando em ponta
fina (pedúnculo caudal como cauda de rato); focinho curto, boca terminal ou subinferior com dentes; olho sem margem orbital
livre (o que a diferencia facilmente de Sternopygus macrurus); narinas anteriores, localizadas na região dorsal do focinho.
Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA, vivendo entre capins de folhas finas e raízes submersas.
IMPORTÂNCIA: espécie com potencial para aquariofilia; elo importante nos ambientes onde vive.

172
CT 12,4 cm

NOME COMUM: tuvira, peixe-folha. NOME XAVANTE: pe’úbún .


NOME CIENTÍFICO: Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801). FAMÍLIA: Sternopygidae.
TAMANHO: até 140,5 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas e insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possuem órgãos elétricos, portanto, produzem um campo elétrico e descargas
elétricas; as descargas são de baixa intensidade. Corpo lateralmente comprimido e recoberto por escamas ciclóides; nadadeira
anal muito longa e pedúnculo caudal terminando em ponta fina (pedúnculo caudal como cauda de rato); olho com margem
orbital livre, i.e., a pele da cabeça invagina-se em redor do olho, formando um sulco em torno dele (o que a diferencia
facilmente de Eigenmannia cf. trilineata); focinho curto e boca subinferior. Coloração marrom-escuro, homogênea. Espécie
frequente e relativamente abundante nos riachos e córregos do PESA; vive junto às raízes submersas e plantas aquáticas, do
tipo capins de folhas finas.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

173
CT 14,6 cm

NOME COMUM: peixe-da-areia, languira, tuvira, ituí. NOME XAVANTE: paipedzarébé.


NOME CIENTÍFICO: Gymnorhamphichthys petiti Géry & Vu-Tân-Tuê, 1964. FAMÍLIA: Rhamphichthyidae.
TAMANHO: até 30,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas de insetos aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: integra o grupo de peixes elétricos, i.e., possui órgãos elétricos, portanto, produz um campo elétrico e descargas
elétricas; as descargas são de baixa intensidade. Corpo lateralmente comprimido, recoberto por escamas ciclóides apenas na
porção posterior; focinho relativamente longo, reto; boca pequena, terminal, sem dentes; olho sem margem orbital livre;
nadadeira anal longa e pedúnculo caudal terminando em ponta fina (pedúnculo caudal como cauda de rato). Coloração creme-
claro no flanco; dorso amarelado, com numerosas manchas negras; pedúnculo caudal negro; corpo translúcido em vida. Ocupa
microambiente especializado: vive enterrada na areia durante o dia. Espécie comum nos riachos e córregos do PESA, integran-
tes da bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde é encontrada.

174
CT 15,6 cm

NOME COMUM: ituí-cavalo. NOME XAVANTE: pe’úbún ’rã.


NOME CIENTÍFICO: Apteronotus albifrons (Linnaeus, 1766). FAMÍLIA: Apteronotidae.
TAMANHO: até 50,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos aquáticos, pedaços de folhas e flores.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: Juntamente com outras espécies de Gymnotiformes, possui a capacidade de produzir campo elétrico ao redor de seu
corpo, cuja função é auxiliar o animal na localização no ambiente, do alimento e na fuga do ataque de predadores. Corpo
comprimido, recoberto por escamas ciclóides, pequenas; focinho curto, boca terminal, fenda bucal longa, ângulo da boca
alcançando a vertical da margem anterior do olho; pedúnculo caudal curto, com uma pequena nadadeira caudal; anal longa,
150 a 170 raios. Coloração do corpo marrom-escuro, com três faixas/máculas brancas transversais características situadas na
parte posterior, a primeira bem mais larga que as demais. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA, sendo facilmente
capturada entre touceiras de plantas aquáticas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; explorada na aquariofilia; representa espécie importante na cadeia alimentar dos ambien-
tes onde vive.

175
NOME COMUM: trairinha, rívulo.
NOME CIENTÍFICO: Rivulus zigonectes Myers,
1927.
FAMÍLIA: Rivulidae.
TAMANHO: até 4,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente inse-
tos terrestres.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : nas fêmeas,
a ponta da nadadeira ventral atinge ape-
nas o ânus, ficando distante da origem
da anal; nos machos, a ponta da ventral
atinge a origem da nadadeira anal; além
disso, as fêmeas apresentam um padrão
CT 4,0 cm; 3,0 cm
de colorido ligeiramente distinto, com
listras negras transversais e uma man-
cha ocelar na base do lobo superior da nadadeira caudal. As fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: porte pequeno; corpo recoberto por escamas ciclóides, inclusive na cabeça; boca voltada para cima (prognata); pré-
maxilar protráctil; nadadeiras pélvicas pequenas e em posição abdominal (ventrais); dorsal em posição bem posterior, além da
origem da anal; caudal arredondada; não possui nadadeira adiposa. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA e
especialmente abundante nos cursos superiores. Também é bastante comum nas veredas, ambientes característicos do Cerra-
do do Brasil Central.
IMPORTÂNCIA: representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; pelo seu belo padrão de colorido, é muito
apreciada na aquariofilia.

176
NOME COMUM: barrigudinho.
NOME XAVANTE: pe’aduptöire.
NOME CIENTÍFICO: Pamphorichthys araguaiensis
Costa, 1991.
FAMÍLIA: Poeciliidae.
TAMANHO: até 3,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente lar-
vas e adultos de insetos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos
apresentam gonopódio, órgão copulador
que é uma modificação permanente da
nadadeira anal; além disso, são meno-
res e mais coloridos (vide fotos).
COMENTÁRIOS: porte pequeno; corpo recoberto
por escamas ciclóides, presentes inclusive na cabeça; pré-maxilar protráctil; base da nadadeira pélvica do macho deslocada
para frente, situando-se sob a abertura opercular; sua ponta ultrapassando a origem da anal; segundo raio da anal expandido
na sua porção distal em forma de lança de ponta assimétrica; base da nadadeira anal do macho (gonopódio) deslocada para
frente, sua ponta alcançando além da base da dorsal. Manchas negra e amarelada na nadadeira dorsal dos machos. Espécie
frequente e abundante nas lagoas marginais dos córregos e nas veredas do PESA.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia; controle de larvas aquáticas de insetos; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.

177
CP 32,5 cm

NOME COMUM: agulha. NOME XAVANTE: pêpawata’wamhi.


NOME CIENTÍFICO: Pseudotylosurus microps (Günther, 1866). FAMÍLIA: Belonidae.
TAMANHO: até 60,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e invertebrados aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo muito longo, maxilas prolongadas num rostro e munidas de dentes cônicos agudos; escamas ciclóides, peque-
nas; mancha negra losangular no pedúnculo caudal, não estendida até a extremidade dos raios caudais medianos; faixa
prateada ao longo do flanco (em material recém-conservado, a metade posterior é negra). Em vida apresenta o corpo translúcido,
que se torna rapidamente opaco ao ser colocado no formol. Espécie pouco frequente nos cursos superior e médio dos riachos
e córregos do PESA; mais frequente nos cursos inferiores, em época de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial aquariofilia.

178
CT 12,8 cm

NOME COMUM: mussum. NOME XAVANTE: pe’ubún wareúptabi.


NOME CIENTÍFICO: Synbranchus marmoratus Bloch, 1795. FAMÍLIA: Synbranchidae.
TAMANHO: até 150,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes e larvas de insetos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: peixes serpentiformes, de corpo muito alongado, com apenas uma abertura branquial localizada sob a cabeça; não
possuem nadadeiras peitorais e ventrais, as demais são atrofiadas; corpo sem escamas; coloração cinza-escuro a castanho,
frequentemente com pequeninas manchas mais escuras esparsas, inclusive na cabeça; olhos pequenos, situados bem à frente
da cabeça. Espécie frequente, mas não abundante, nos riachos e córregos do PESA. Sobrevive em charcos que secam comple-
tamente, permanecendo enterrada na lama.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; representa uma importante espécie no comércio de iscas vivas para pesca amadora.

179
CP 12,2 cm

NOME COMUM: corvina, curvina. NOME XAVANTE: pe’waprúdzarébé’waré.


NOME CIENTÍFICO: Pachypops fourcroi (La Cepède, 1802). FAMÍLIA: Sciaenidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente crustáceos, insetos e peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente forte, recoberto por escamas ctenóides; boca pequena, inferior; duas porções na nadadeira
dorsal separadas por um entalhe pronunciado entre elas: a primeira com espinhos, a segunda com raios moles; 23 a 26 raios
na dorsal; pré-opérculo com espinhos na borda posterior e inferior; nadadeira anal com apenas dois espinhos; nadadeira
ventral em posição torácica, i.e., abaixo das peitorais; nadadeira caudal com bordo posterior afilado; linha lateral completa.
Corpo algo acinzentado; nadadeira dorsal com faixas negras. Adentra os cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA no
período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

180
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: hötörãbréwatóire.
NOME CIENTÍFICO:Aequidens tetramerus
(Heckel, 1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 16,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em
período reprodutivo os ciclídeos apre- CP 4,6 cm

sentam um padrão de colorido bastante


vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim
pelos ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ctenóides; focinho do tamanho do
olho; nadadeira anal com três (III) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior
posterior; primeiro arco branquial sem lóbulo; borda posterior do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal e da anal
nua, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais; faixa longitudinal do olho ao pedúnculo caudal, formada por
barras transversais negras, destacando-se uma mancha maior no meio do corpo e uma na porção superior da base da caudal.
Espécie frequente nas lagoas marginais e nos remansos dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

181
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: hötörãbrê.
NOME CIENTÍFICO:Biotodoma aff. cupido
(Heckel, 1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 12,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in- CP 5,9 cm
setos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ctenóides; focinho maior que o
diâmetro do olho; nadadeira anal com três (III) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um
inferior posterior; primeiro arco branquial sem lóbulo; borda posterior do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal
e da anal nua, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais; barra negra vertical cruzando olho; mancha negra
atrás da metade do corpo, com pintas claras antes e após a negra. Espécie frequente nas lagoas marginais dos riachos e
córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

182
CP 15,0 cm

NOME COMUM: jacundá, joana, joaninha. NOME XAVANTE: tepeipetsere.


NOME CIENTÍFICO: Crenicichla aff. johanna Heckel, 1840. FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 20 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos, crustáceos e peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas mais lisas que as das demais espécies de Crenicichla; boca grande, pré-
maxilar protráctil e mandíbula pouco mais longa que a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; linha
lateral em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do
primeiro arco branquial sem lóbulo. Nadadeira dorsal com faixa longitudinal avermelhada conspícua, mais proximal que distal;
porção distal do lobo superior da caudal também com faixa avermelhada. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é
encontrada.

183
NOME COMUM: jacundá, joana, joaninha.
NOME XAVANTE: tepeipetsere.
NOME CIENTÍFICO:Crenicichla labrina (Spix &
Agassiz, 1831).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pei- CP 10,3 cm
xes, insetos aquáticos e crustáceos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca grande, pré-maxilar protráctil e mandíbula mais longa que
a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; escamas da linha lateral maiores que as demais; linha lateral
em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do
primeiro arco branquial sem lóbulo. Faixa negra do focinho até o opérculo; conspícua mancha negra arredondada disposta após
o opérculo e acima da nadadeira peitoral, igual ou maior que o diâmetro da órbita; mancha negra pequena na base da caudal;
numerosas manchas negras, quase em linha, na nadadeira dorsal; manchas negras disformes no dorso da cabeça. Espécie
frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

184
CP 10,3 cm

NOME COMUM: jacundá, joana, joaninha. NOME XAVANTE: tepeipetsere.


NOME CIENTÍFICO: Crenicichla reticulata (Heckel, 1840). FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes, insetos aquáticos e pequenos crustáceos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca grande, pré-maxilar protráctil e mandíbula mais longa que
a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; escamas da linha lateral maiores que as demais; linha lateral
em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do
primeiro arco branquial sem lóbulo. Várias faixas escuras com disposição oblíqua em relação ao plano horizontal do corpo,
intercaladas por áreas claras; mancha negra pequena na porção mediana dos raios da cauda; escamas com pontos negros no
centro, dando ao animal uma aparência reticulada. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.

185
CP 10,3 cm

NOME COMUM: jacundá, joana, joaninha. NOME XAVANTE: tepeipetsere.


NOME CIENTÍFICO: Crenicichla sp.1. FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 14,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente insetos aquáticos, crustáceos e peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca grande, pré-maxilar protráctil e mandíbula mais longa que
a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; escamas da linha lateral maiores que as demais; linha lateral
em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do
primeiro arco branquial sem lóbulo. Conspícua mancha vermelha, de forma mais ou menos retangular, disposta obliquamente
após o opérculo e acima da nadadeira peitoral; mancha negra ovalada diagonalmente após a mancha vermelha; pequena
mancha negra na base da caudal. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

186
NOME COMUM: cará, acará-preto.
NOME XAVANTE: hötörãbrêdzapódó.
NOME CIENTÍFICO: Heros aff. efasciatus Heckel,
1840.
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes, vermes
aquáticos e material vegetal.
CP 9,2 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em
período reprodutivo, os ciclídeos apre-
sentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior
que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente; comprimento do focinho aproximadamente igual ao diâme-
tro do olho; nadadeira anal com três a quatro (III-IV) espinhos; boca terminal; sem lóbulo no primeiro arco branquial; linha
lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior. Cinco a sete faixas transversais escuras difusas no corpo.
Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; peixe bastante vistoso,
representando uma importante espécie para a aquariofilia.

187
NOME COMUM: cará, acará, acará-açaí.
NOME CIENTÍFICO:Hypselecara temporalis
(Günther, 1862).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo desde in-
setos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes, peque-
nos peixes até algas.
CP 10,0 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos
maduros apresentam a parte superior
da cabeça aumentada, formando uma espécie de “calombo” ou “cupim” na época de reprodução. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, altura contida duas vezes no comprimento padrão; linha lateral em dois ramos, um superior
anterior e um inferior posterior; uma fileira de dentes na porção mais externa da boca, destacadamente maiores que os
demais; diâmetro do olho contido cerca de duas vezes na distância interorbital e pouco menor que o focinho; sem lóbulo no
primeiro arco branquial; porção distal da nadadeira caudal algo arredondada. Os exemplares recém-coletados apresentam
uma coloração ligeiramente avermelhada, tornando-se escura após fixação e armazenamento em álcool 70%. Espécie pouco
frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; pelo seu padrão de colorido, esta espécie, como vários outros ciclídeos, apresenta impor-
tante potencial para a aquariofilia.

188
NOME COMUM: cará, carazinho.
NOME XAVANTE: pe’waprurê.
NOME CIENTÍFICO:
Laetacara araguaiae Ottoni
& Costa, 2009.
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 5,1 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes. CP 3,3 cm

D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em


período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma
protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ctenóides; boca terminal; focinho menor
que o diâmetro do olho; pré-operculo com escamas; porção dos raios moles da dorsal e da anal nua, i.e., sem pequenas
escamas nas membranas interradiais; anal com três (III) espinhos; dorsal com 7-8 raios moles; linha lateral em dois ramos,
um superior anterior (12-14 escamas) e um inferior posterior; cinco a sete faixas escuras transversais irregulares pouco
conspícuas sobre o flanco; caudal arredondada. Nadadeiras ventrais, anal e caudal avermelhadas. Espécie comum nas lagoas
marginais dos córregos do PESA e abundante nas veredas. Salta quando um observador se aproxima da água.
IMPORTÂNCIA: pelo seu pequeno porte e colorido, representa uma importante espécie para aquariofilia; elo importante na cadeia
alimentar dos ambientes onde vive.

189
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: pe’waprútó.
NOME CIENTÍFICO: Mesonauta festivus (Heckel,
1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas,
insetos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes, vermes
aquáticos, moluscos e crustáceos.
CP 9,5 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em
período reprodutivo, os ciclídeos apre-
sentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior
que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo moderadamente alto e comprimido lateralmente; focinho menor que o diâmetro do olho; nadadeiras ventrais,
dorsal e anal prolongadas em filamento; nadadeira anal com oito a nove (VIII-IX) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois
ramos, um superior anterior e um inferior posterior. Faixa negra oblíqua da ponta do focinho até os raios prolongados da dorsal;
mancha negra ovalada verticalmente na parte superior da base da caudal; cinco a seis faixas escuras transversais irregulares
sobre o flanco. Espécie abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: importante na aquariofilia; consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

190
NOME COMUM: rola-pedra, cará.
NOME XAVANTE: pe’waprú’uptó’a.
NOME CIENTÍFICO:Retroculus lapidifer
(Castelnau, 1855).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos, larvas e adultos, e ca-
CP 16,6 cm (exemplar macho)
marões.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e alongado, recoberto por escamas ctenóides; focinho alongado, muito maior que o diâmetro do
olho; boca terminal, lábio espesso; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do primeiro arco branquial com lóbulo
bem desenvolvido; rastros situados na base do lóbulo; caudal espessamente coberta de escamas quase até a ponta. Numerosas
pintas brancas no flanco do corpo e na cabeça, às vezes formando linhas, entremeadas por áreas vermelhas/avermelhadas;
dorsal e lóbulo superior da caudal com faixa vermelha. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, sendo geralmen-
te encontrada em ambientes com rochas e seixos rolados, onde captura suas presas (daí o nome “rola-pedra”).
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

191
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: hötörãbrêdzútsére’wa.
NOME CIENTÍFICO:Satanoperca jurupari
(Heckel, 1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 18,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes, pequenos CP 8,6 cm
peixes e material vegetal.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ctenóides; focinho alongado, cerca de duas vezes maior que o
diâmetro do olho; área escamosa da face projetando-se para frente, além da metade da distância que separa a vertical que
passa pela borda posterior do olho e do canto da boca; boca terminal; nadadeira anal com três (III) espinhos; linha lateral em
dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior; ramo superior do primeiro arco branquial com lóbulo; borda posterior
do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal e da anal nuas, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais.
Algumas barras negras transversais difusas no flanco do corpo; base da nadadeira caudal com ocelo. Espécie pouco frequente
nos riachos e córregos do PESA, mas comum e numerosa nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.

192
CP 11,8 cm

NOME COMUM: soia, solha, linguado. NOME XAVANTE: pe’ahöbö.


NOME CIENTÍFICO: Hypoclinemus mentalis (Günther, 1862). FAMÍLIA: Achiridae.
TAMANHO: até 18,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pequenos peixes, crustáceos e insetos que vivem no fundo do rio.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo comprimido e de contorno ovalado, revestido por escamas ctenóides; olhos situados no lado direito; nadadeiras
dorsal e anal muito longas, iniciando-se logo atrás da cabeça e estendendo-se até junto da caudal, que tem a borda posterior
arredondada; peitorais e ventrais presentes. Lado direito do corpo fortemente pigmentado, cinza-amarronzado com manchas
negras difusas; lado esquerdo sem pigmentação nenhuma. Vive apoiado no substrato pelo lado esquerdo ou, geralmente,
enterrado na lama. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde adentra em épocas de
águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia.

193
CP 5,5 cm

NOME COMUM: piau-balão, baiacu. NOME XAVANTE: pe’aduptôire’uptó.


NOME CIENTÍFICO: Colomesus asellus (Müller & Troschel, 1849). FAMÍLIA: Tetraodontidae.
TAMANHO: até 12,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, alimentando-se principalmente de esponjas, moluscos, crustáceos e vermes aquáticos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo ovóide, sem escamas e sem espinhos (como seus parentes marinhos); nadadeiras peitorais, dorsal, anal e
caudal presentes; caudal de borda truncada; abertura opercular pequena, situada bem próximo à base das peitorais; boca
pequena, com dois dentes coalescidos no pré-maxilar e dois no dentário. Dorso do corpo amarelo-alaranjado, com faixas
negras transversais conspícuas; ventre esbranquiçado. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos
do PESA, onde adentra em início das épocas de águas altas.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia. As espécies marinhas dessa família vêm sendo alvo de muitos estudos farmacológicos porque produzem
a tetrodotoxina, um potente veneno que pode ser mortal quando ingerido.

194
ÍNDICE POR NOMES CIENTÍFICOS
A Bryconops cf. giacopinii, 90 F
Abramites hypselonotus, 46 Bryconops cf. melanurus, 91 Farlowella aff. oxyrryncha, 134
Acestrocephalus acutus, 70 Bunocephalus sp., 120
Acestrorhynchus falcatus, 113 G
Acestrorhynchus microlepis, 114 C Galeocharax gulo, 73
Aequidens tetramerus, 181 Caenotropus labyrinthicus, 54 Gymnorhamphichthys petiti, 174
Ageneiosus inermis, 167 Cetopsis coecutiens, 119 Gymnotus cf. carapo, 171
Anadoras regani, 163 Characidium aff. zebra, 56
Anchoviella cf. carrikeri , 34 Charax leticiae, 71 H
Anodus orinocensis, 57 Chilodus punctatus, 55 Hassar orestis, 164
Apareiodon argenteus, 36 Colomesus asellus, 194 Hassar wilderi, 165
Aphyocharax alburnus, 68 Corydoras araguaiaensis, 129 Hemiancistrus spilomma, 148
Aphyocharax sp.1, 69 Corydoras maculifer, 130 Hemigrammus aff. levis, 96
Apteronotus albifrons, 175 Creagrutus figueiredoi, 92 Hemigrammus cf. rodwayi, 97
Aspidoras pauciradiatus, 127 Creagrutus menezesi, 93 Hemigrammus levis, 98
Astyanax argyrimarginatus, 83 Creagrutus seductus, 94 Hemiodus gracilis, 59
Astyanax asuncionensis, 84 Crenicichla aff. johanna, 183 Hemiodus microlepis, 60
Astyanax elachylepis, 85 Crenicichla labrina, 184 Hemiodus unimaculatus, 61
Astyanax sp.1, 86 Crenicichla reticulata, 185 Hemisorubim platyrhynchos, 158
Astyanax sp.2, 87 Crenicichla sp.1, 186 Henonemus intermedius, 122
Astyanax xavante, 88 Curimata inornata, 38 Heros aff. efasciatus, 187
Auchenipterus nuchalis, 168 Curimatella immaculata, 39 Hisonotus sp., 132
Cynopotamus tocantinensis, 72 Hoplerythrinus unitaeniatus, 115
B Cyphocharax gouldingi , 40 Hoplias cf. malabaricus, 116
Biotodoma aff. cupido, 182 Cyphocharax notatus, 41 Hyphessobrycon aff. maculicauda, 99
Bivibranchia velox, 58 Hyphessobrycon aff. tenuis, 100
Boulengerella cuvieri, 118 E Hyphessobrycon eques, 101
Brochis splendens, 128 Eigenmannia cf. trilineata, 172 Hypoclinemus mentalis, 193
Brycon falcatus, 64 Electrophorus electricus, 170 Hypostomus aff. cochliodon, 142
Bryconops alburnoides, 89 Exodon paradoxus, 95 Hypostomus faveolus, 141

195
Hypostomus sp.1, 143 Myleus torquatus, 66 Pterygoplichthys joselimaianus, 146
Hypostomus sp.2, 144 Moenkhausia cf. comma, 104 Pyrrhulina australis, 117
Hypselacara temporalis, 188 Moenkhausia collettii, 105
Moenkhausia dichroura, 106 R
I Moenkhausia lepidura, 107 Retroculus lapidifer, 191
Iguanodectes spilurus, 63 Moenkhausia oligolepis, 108 Rhamdia quelen, 157
Imparfinis mirini, 151 Moenkhausia pyrophthalma, 109 Rineloricaria hasemani, 138
Ituglanis macunaima, 121 Moenkhausia sp., 110 Rivulus zigonectes, 176
Roeboides myersii, 75
J O
Jupiaba polylepis, 102 Ochmacanthus sp., 123 S
Salminus hilarii, 111
K P Satanoperca jurupari, 192
Knodus sp., 103 Pachypops fourcroi, 180 Schizodon vittatus, 53
Pamphorichthys araguaiensis, 177 Serrapinnus micropterus, 79
Serrasalmus spilopleura, 67
L Parastegophilus sp., 124
Sorubim lima, 162
Laemolyta fernandezi, 47 Parauchenipterus galeatus, 169
Spatuloricaria sp., 139
Laetacara araguaiae, 189 Parodon pongoensis, 37
Squaliforma emarginata, 147
Leporellus vittatus, 48 Parotocinclus britskii, 133
Steindachnerina amazonica, 43
Leporinus cf. klausewitzi , 49 Phenacogaster sp., 74
Steindachnerina gracilis, 44
Leporinus friderici, 50 Phenacorhamdia somnians, 153
Sternopygus macrurus, 173
Leporinus geminis, 52 Pimelodella sp.1, 154 Sturisoma aff. nigrirostrum, 140
Leporinus sp.1, 50 Pimelodella sp.2, 155 Synbranchus marmoratus, 179
Leptodoras cf. cataniai, 166 Pimelodella sp.3, 156
Loricaria sp.1, 135 Pimelodus cf. blochii, 160 T
Loricaria sp.2, 136 Poptella compressa, 76 Tetragonopterus aff. argenteus, 77
Loricaria sp.3, 137 Potamotrygon aff. motoro, 32 Tetragonopterus chalceus, 78
Pristigaster cayana, 35 Thayeria boehlkei, 112
M Prochilodus nigricans, 45 Thoracocharax cf. stellatus, 62
Mastiglanis asopos, 152 Propimelodus araguayae, 161 Triportheus albus, 80
Megalechis personata, 131 Psectrogaster amazonica, 42 Triportheus auritus, 81
Megalonema platycephalum, 159 Pseudopimelodus cf. pulcher, 150 Triportheus trifurcatus, 82
Mesonauta festivus, 190 Pseudostegophilus sp., 125
Metynnis argenteus, 65 Pseudotylosurus microps, 178 V
Microglanis sp., 149 Pterygoplichthys cf. gibbiceps, 145 Vandellia cirrhosa, 126

196
ÍNDICE POR NOMES POPULARES
A cachorrinha, 70, 113, 114 E
acará, 181, 182, 188, 190, 192 cachorro-do-padre, 169 escama-grossa, 54, 55
acará-açaí, 188 cacunda, 71, 72, 73
acará-preto, 187 candiru, 121, 122, 123, 124, 125, 126 F
acari, 136, 138, 139, 140, 141, 144, 147 candiru-açu, 119 fidalgo, 167
agulha, 178 canivete, 36, 37 fidalguinho, 168
aracu, 51 cará, 181, 182, 187, 188, 189, 190, 191,
aracu-pintado, 51 192 I
armal, 163 carapó, 171 ituí, 174
arraia, 32 carazinho, 189 ituí-cavalo, 175
arraia-de-fogo, 32 cari, 135 , 136, 137, 138, 139, 140, 141, iu-iu, 115
142, 143, 144, 146, 147
B cascudinho, 127, 128, 129, 130, 132, 133, J
bagre, 157 134 jacundá, 183, 184, 185, 186
bagrinho, 149, 151, 152, 153 cascudo, 131, 135, 136, 137, 138, 139, jauzinho, 150, 169
baiacu, 194 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, jeju, 115
barrigudinho, 177 147, 148 jiripoca, 158
bico-de-pato, 162 cigarra, 70, 71, 72 joana, 183, 184, 185, 186
bicuda, 118 corvina, 180 joaninha, 183, 184, 185, 186
boca-larga, 167 cruzeiro-do-sul, 59 jurupoca, 158
branquinha, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44 curimatã, 45 jutuarana, 60
curvina, 180
C L
cabeça-dura, 54 D lambari, 105
cabeça-gorda, 50 dourado, 111 languira, 171, 174
cachorra, 113, 114 durinho, 54, 55, 56 lapixó, 58, 61

197
lapixó-banana, 57 piaba, 68, 69, 74, 76, 77, 78, 79, rívulo, 176
linguado, 193 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, rola-pedra, 191
92, 93, 94, 96, 97, 98, 99,
M 103, 104, 105, 106, 107, S
mandi, 154, 155, 160, 161, 168 108, 109, 110 saicanga, 71, 73, 111
mandi-boca-de-flor, 164, 165, 166 piaba-bocuda, 75 sarapó, 171
mandi-chorão, 154, 155, 156 piaba-do-rabo-vermelho, 83 sardinha, 80, 82
mandi-do-canal, 159 piaba-do-rabo-vermelho-amarelo, sardinha-comprida, 81
mandi-mole, 155, 156 85 sardinha-de-gato, 34
mandi-prata, 159 piaba-espinhuda, 102 sardinha-facão, 81
mandi-serra, 163 piaba-listrada, 84 soia, 193
mandizinho, 154 piabinha, 63, 68, 69, 74, solha, 193
mandubé, 167, 168 79, 88, 89, 90, 91, 92, 93, solteira, 32
manjuba, 34 96, 97, 98, 99, 100, 101,
miguelinho, 95 112 T
mussum, 179 piau, 49, 52 tamboatá, 131
piau três-pintas, 49, 50 tamoatá, 131
P piau-balão, 194 traíra, 116
pacu, 65 piau-boca-fina, 47 trairinha, 176
pacu-branco, 66 piau-cagão, 53 treme-treme, 170
pacu-marreca, 65 piau-de-loca, 47 tuvira, 171, 172, 173, 174
papa-terra, 45 piau-loqueiro, 52
papuda, 35 piau-vara, 53 V
papudinha, 62 piauzinho, 46, 49, 51 voadeira, 64
peixe-elétrico, 170 piranha, 67 voador, 59, 60, 61
peixe-da-areia, 174 poraquê, 170 voador-escama-fina, 60
peixe-folha, 172, 173
peixe-galho, 134 R
peixe-pedra, 120 raia, 32

198
ÍNDICE POR NOMES XAVANTE
A pe’a po’redza’õnõ, 74 pe’ahöbö, 193
(pe’a)ai’útémãnhãr ’wa, 70 pe’a uhui’rã, 153 pe’ahöihöi’ré, 54
pe’a uptabirã, 96, 97, 98, 100 pe’ahöirãre, 80, 82
B pe’a wa’rãmire, 46 pe’ahöire, 81
buru’õtõpaihi, 107 pe’a’udzé, 99 pe’anhõ’utu’ware, 102
pe’a’udzétó, 95 pe’anhõhi’ware, 42
D pe’a’wa’õ, 60 pe’anh rãrã, 55
da’utsitsidzatómné, 108 pe’aduptöire, 177 pe’atetedzaréberã, 94
da’watsa, 38 pe’aduptôire’uptó, 194 pe’atetere, 76
danhôhuiwa, 48 pe’adza’ratató, 83 pe’atöire, 75
dawa’rãm , 112 pe’adza’ratató’uwa, 84 pe’atõmõdzapré, 109
dawawi, 144 pe’adza’ratatódzapódó, 104 pe’atõmõtsiwaptó, 68
dzu’u’é, 116 pe’adza’ratatóuptabi, 86 pe’atómrã’uré’udzé, 124
dzutsú, 115 pe’adzada’rã, 117 pe’aumrãtãhi, 85, 87
pe’adzadzu, 105 pe’auptabi, 88
H pe’adzapótó’waipópê, 78 pe’auptabitóm’udzé, 103
höiwidzaóné, 134 pe’adzarébé’watsa, 61 pe’auré’dzadzú, 126
hötörãbrê, 182 pe’adzarébépré, 44 pe’aurenhõwa’uwa, 121
hötörãbrêdzapódó, 187 pe’adzarébépré, 91 pe’awaipó, 39
hötörãbrêdzútsére’wa, 192 pe’adzarébeprere, 58 pe’awaipópare, 34
hötörãbréwatóire, 181 pe’adzarébétómrã, 41 pe’awaipóre, 101
pe’adzarébétórã, 79 pe’awãpá, 63
P pe’adzarébétsitsa’ridi, 59 pe’awawi’uré, 125
paipé, 171 pe’adzarébéw , 90 pe’úbún , 173
paipé’uwa, 172 pe’adzarébéwaprú, 69 pe’úbún ’rã, 175
paipedzarébé, 174 pe’adzarébewatsi, 89 pe’ubún wareúptabi, 179
pe’ wanh pti’a, 113, 114 pe’adzarebéwawa, 110 pe’wanh pti’a, 72

199
pe’wanh ptihöirã, 73 pehöi’rénhãmr , 146 tsadahihöirã, 168
pe’waprú, 128 pehöi’rétede, 120 tsadahinhãmr , 149
pe’waprú’uptó’a, 191 pehöi’rétepêbö, 145 tsadahinhõi’iuptó, 161
pe’waprúdzarébé’waré, 180 pehöi’réurã, 137 tsadahirã, 158, 167
pe’waprurê, 189 pehöi’réwahi, 138 tsadahire, 151
pe’waprútó, 190 pehöi’réwawi, 135 tsadahiwatatsupapê, 155
pedzadaba’are, 162 pehöire’a, 64 tsadahiwawi, 154
pedzapódó, 66 pehöirewaw , 111 tsinhõ’éré’rã, 131
pedzapótó’a, 65 penhãnãre, 40 tsinhõ’érédanhõhui’wa, 127
pedzapótó’atö, 77 penhãnãrehöi’re, 43 tsiwaptó, 106
pedzapótówatsédé, 62 pêpa, 118
pedzarébérã, 71 pêpawata’wamhi, 178 U
pedzarébétó’mrã, 35 petómrã, 45 upi, 170
pedzató wawi tópré, 53 pó’rédza’õnõ, 93
pedzató, 51 po’redza’õtõwaipó, 92 W
pedzató’uihö’rã, 56 wa’watópré, 67
pedzató’uwa, 47 T wató, 57
pedzatódzarebepré, 49, 50 têpêbö, 32
pedzatóre, 37 tepeipetsere, 183, 184, 185, 186
pedzatórewawi, 36 tsadahi uptede, 159
pedzatóware, 52 tsadahi watséde, 163
pehö’réböpa, 136 tsadahi, 160
pehöi’re dzarébéhi, 139 tsadahi’atö, 165
pehöi’re nhõihitö, 142 tsadahi’udzé, 166
pehöi’re uptiira, 133 tsadahi’uwa, 150
pehöi’re watapa, 140 tsadahi’uwahöirã, 157
pehöi’réatö, 141 tsadahi’uwawatsédé, 119
pehöi’rédzarébépö, 143 tsadahi’watahöbö, 156
pehöi’rédzatsu, 148 tsadahiböpa, 164
pehöi’rénh ’rada, 147 tsadahidzarébé, 169

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