Professional Documents
Culture Documents
Livro Peixes Do Cerrado Venere and Garut PDF
Livro Peixes Do Cerrado Venere and Garut PDF
RIO ARAGUAIA, MT
PEIXES DO CERRADO
PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL
RIO ARAGUAIA, MT
220 p. il.
ISBN – 978-85-7656-206-1
CDD – 597
www.rimaeditora.com.br
Rua Virgílio Pozzi, 213 Santa Paula
13564-040 São Carlos, SP
Fone/Fax: (16) 3411-1729
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem: ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da Bolsa de
Pesquisador Visitante para o autor júnior, que possibilitou sua estadia junto ao Instituto de Ciências e Letras do Médio Araguaia
(Campus Universitário do Araguaia UFMT); à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT), não apenas
pelos recursos que permitiram esta publicação, mas, fundamentalmente, pelos esforços que tem dedicado no sentido de apoiar a
pesquisa no estado de Mato Grosso em suas diferentes facetas; à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), instituição que, de
certa forma, propiciou condições para nos fixarmos nessa região, dando-nos a aportunidade de concluir um trabalho que preenche
importante lacuna nos estudos ictiofaunísticos da grande área de Cerrado do Brasil Central; a Humberto Pereira Rêgo (Humbertão),
que, apesar de não mais se encontrar entre nós, foi sempre um ferrenho defensor de nossos peixes, tendo se transformado de
pescador inveterado a grande protetor do Araguaia, e Jason Leolino de Oliveira (Brutus), também um pescador inveterado, que hoje
conduz ecoturistas que se aventuram pelo Araguaia ambos foram sempre grandes apoiadores e grandes amigos, sempre prontos
a participar de nossos projetos, muitas vezes deixando seus afazeres pelo simples prazer de colaborar com a preservação desse
maravilhoso rio Araguaia; a Valdésio de Oliveira (Valdésio), ex-aluno do curso de Ciências Biológicas da UFMT Pontal do Araguaia,
que jamais mediu esforços para nos auxiliar no que fosse necessário; a Francisco Langeani (UNESP), Mário César Cardoso de Pinna
(MZUSP) e Ricardo C. Benine, pela identificação de alguns gêneros/espécies de peixes; e, finalmente, ao Índio Xavante Marinho
Temtré, pelo auxílio na citação de nomes populares dos peixes no seu idioma. Sem a colaboração dessas pessoas e instituições, este
trabalho dificilmente teria sido concluído. Muito obrigado!
Paulo Cesar Venere Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos UFSCar
(1986). Recém-graduado, iniciou sua carreira como biólogo no Reservatório de Tucuruí (Pará, Brasil), onde
trabalhou no levantamento de dados sobre a pesca comercial junto às colônias de pescadores locais. Cursou
o mestrado em Ecologia e Recursos Naturais na UFSCar (1991), doutorado em Genética e Evolução nessa
mesma instituição (1998) e pós-doutorado junto ao Departamento de Morfologia da Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) de Botucatu, SP. É professor associado da Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT). É ictiólogo, atuando principalmente com marcadores cromossômicos e moleculares em
peixes de água doce, biologia de peixes, levantamento e caracterização da ictiofauna. É credenciado nos
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da UFMT, Cuiabá, e Ecologia e
Conservação da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Nova Xavantina, MT. Atualmente é bolsita
de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Valdener Garutti Licenciado em História Natural (1971) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
São José do Rio Preto (SP), atual Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP. Mestre em
Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade de São Paulo USP (1983). Doutor em Ciências Biológicas
(Zoologia) pela USP (1988). Livre-docente pela UNESP (1996). Experiência nas áreas de Sistemática Animal,
Ecologia e Piscicultura, com ênfase na taxonomia do gênero Astyanax grupo bimaculatus (Characiformes:
Characidae), Ecologia de Ecossistemas (especialmente em Ecologia de Peixes do alto rio Paraná) e cultivo
intensivo do lambari (A. altiparanae). Atualmente é professor aposentado pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... IX
FITOFISIONOMIAS ............................................................................................................................... 9
MARYLAND SANCHEZ & FERNANDO PEDRONI
METODOLOGIA ................................................................................................................................. 15
PEIXES DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL: SINOPSE
NÚMERO DE ESPÉCIES POR FAMÍLIA E TOTAL ..................................................................................................................... 21
S INOPSE DAS ORDENS , FAMÍLIAS , SUBFAMÍLIAS , GÊNEROS E ESPÉCIES .................................................................................... 22
DESCRIÇÃO E C OMENTÁRIOS SOBRE AS E SPÉCIES .............................................................................................................. 32
IX
A ocorrência dos diversos organismos animais e vegetais, que compõem a cadeia alimentar dos peixes, está diretamente associ-
ada às condições ambientais. Tipo e qualidade da água, solo, margens, vegetação ripária, substrato (fundo) do rio constituem-se em
importantes componentes do ecossistema. É um erro fenomenal achar que os peixões são fruto isolado da natureza. Não. Não. E NÃO.
Eles resultam da interação dos diversos organismos e da abundância de cada organismo. Portanto, querer preservar os peixões
significa preservar todo um conjunto de organismos, incluindo os pequenos peixes, por exemplo. Significa preservar também o
ambiente físico onde eles vivem.
Neste manual, por tratar dos peixes de córregos, praticamente não há referência aos peixes de grande porte, particularmente
os grandes bagres (filhote, pintado, piraíba, pirarara, surubim), ou aos grandes peixes de escamas (apapá-amarelo, cachorra,
caranha, pirarucu). Não, não é esquecimento. Simplesmente porque esses peixes não habitam ou não adentram os córregos do
Parque Estadual da Serra Azul (PESA), município de Barra do Garças, estado de Mato Grosso, ou seus pequenos afluentes. Mesmo
que em épocas de águas altas.
A ideia central do manual é tratar dos pequenos peixes que habitam as pequenas correntes de água do PESA. Ou seja,
peixes que foram rigorosamente amostrados nos córregos do PESA, mesmo que em seus cursos inferiores e em épocas de águas
altas. Aliás, a sazonalidade ambiental é marcante nessas correntes. Na época das chuvas, de dezembro a março principalmente,
elas apresentam volumes consideráveis de água, e seus cursos inferiores ficam alagados pela subida do nível dos rios Araguaia,
Garças e cabeceiras do rio das Mortes. Na época da seca, principalmente de julho a novembro, o volume é drasticamente
reduzido, chegando algumas delas a secar completamente.
Há uma ideia generalizada de que a riqueza dos peixes do bioma Cerrado seja elevada. Entretanto, poucos estudos estão
disponíveis corroborando ou refutando essa hipótese. Soma-se a isto o fato de que a fauna de peixes do Cerrado também é
pobremente conhecida sob o aspecto taxonômico, isto é, aquele que trata do nome das espécies e dos modelos de peixes,
dentre outras coisas.
Este manual é um dos trabalhos pioneiros da fauna de peixes de pequeno porte do Cerrado brasileiro. Não se tem a
pretensão de que seja completo. Não, não é. Mas é um começo. Embora mais de uma centena e meia de espécies estejam
presentemente relacionadas, aos autores fica a convicção de que muitas outras não estão incluídas. Ou porque ocupam um
X
microambiente especializado e, portanto, não foram amostradas ao longo dos estudos de campo, ou porque a diagnose ampla ou a
falta de diagnose clara de algumas espécies dificultou a identificação precisa. Isto requer uma revisão taxonômica, o que está fora do
escopo deste manual. Para ter melhor noção do que representa a riqueza da fauna de peixes do PESA e seu entorno, basta lembrar
que na grande bacia do Alto rio Paraná são consideradas cerca de três centenas e meia de espécies, das quais aproximadamente 310
são conhecidas formalmente. Na enorme bacia Araguaia-Tocantins, pouco mais de 300 espécies são referidas, das quais cerca de
135 têm a localidade-tipo situada nessa bacia (Reis et. al., 2003). Claramente, para a bacia Araguaia-Tocantins, o número de
espécies referidas está muito abaixo da real riqueza de sua fauna piscícola. Entretanto, esses números refletem simplesmente o
quanto é desconhecida, ainda. Infelizmente, também, não têm sido publicados estudos taxonômicos mais abrangentes. Na última
década, poucas dezenas de novas espécies foram descritas para a grande bacia e, no presente levantamento, há referência a
aproximadamente 15 delas a partir de 2000.
Mas, apesar das limitações, o objetivo maior é divulgar a riqueza e a diversidade dos peixes de pequeno porte de uma restrita
área do Cerrado e chamar a atenção do grande público para os pequenos peixes, sem os quais os peixões não existiriam. Oxalá as
pessoas assumam posturas diferentes e realmente entendam que para preservar a natureza é preciso preservar o ambiente como
um todo, e não apenas um segmento de organismos nele contido. A natureza é um conjunto dinâmico e não compartimentos
estanques. A diminuição ou escassez dos peixões nos nossos rios simplesmente reflete as mudanças negativas ocorridas na
natureza, que interferem em sua produtividade. A própria sobrepesca, pesca em excesso, é uma delas. Não se trata simplesmente
de preservar a natureza para as futuras gerações. É imperioso que se preserve a qualidade de vida para a atual geração também.
Quanto mais conhecermos o que está e o que se passa ao nosso redor, melhor será nossa qualidade de vida. O monitoramento da
diversidade da fauna de peixes revelará a quantos anda a saúde ambiental, o que é importante na implementação das medidas
corretivas. Trata-se de um indicador biológico importantíssimo.
O leitor tem em mãos a oportunidade de conhecer a riqueza e a diversidade da fauna de uma minúscula área de Cerrado do
Centro-Oeste brasileiro, o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) e seu entorno. O PESA situa-se ao sul dos primeiros contrafortes
da Serra do Roncador, o grande maciço do Brasil-Central. São informações reais, não especulativas. Com certeza, vão corroborar
na sua tomada de decisão quanto ao modelo de desenvolvimento econômico e social que aí está. Não se é contra o desenvolvi-
mento, absolutamente, mas que este seja sustentável. Que se concilie desenvolvimento, inclusa distribuição de renda, com
XI
preservação e conservação da natureza. Que se concilie desenvolvimento com qualidade de vida. Que as medidas implementadas
não impliquem a perda do patrimônio genético que a natureza nos disponibiliza, tesouro vivo que a mãe Terra levou milhares de
anos para produzir. Trata-se de um bem que não é meu, não é seu, não é nosso. É da Humanidade.
Não prive seus filhos, seus netos, enfim, seus descendentes, dessa grandeza incomensurável. Não há valor monetário para
comprá-la. Não prive seu próprio futuro desses bens naturais únicos. Não prive os seus futuros anos (de vida) de ter qualidade de
vida, a qual está intimamente relacionada à qualidade do ambiente. Faça sua parte. Procure entender como é e como funciona a
natureza. Tome partido: o partido da qualidade, da sua vida e de seus descendentes, e acima de tudo o da autossustentabilidade do
planeta Terra.
XII
PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL (PESA)
ÁREA DE ESTUDO
O Parque Estadual da Serra Azul (PESA) localiza-se inteiramente no município de Barra do Garças e está inserido no Leste do
Estado de Mato Grosso, aproximadamente entre 15º45-15o53S e 52º07-52o17W. Ocupa área de 11.002,4 hectares e insere-se
no bioma Cerrado. É integrante do planalto dos Guimarães, limitando-se ao norte com a depressão do Paranatinga, a leste com
a depressão do Araguaia e a nordeste com o planalto dos Parecis. Pertence à drenagem da bacia Araguaia-Tocantins e está
situado às margens do rio Araguaia.
1
CLIMA
O clima é do tipo tropical chuvoso Aw, na classificação de Köppen, e caracteriza-se por duas estações bem definidas: uma
chuvosa (outubro a abril) e outra seca (maio a setembro). A precipitação média anual é de 1.528 mm, e a temperatura média é
de 25,5oC (Pirani et al., 2009).
GEOMORFOLOGIA
A feição geomorfológica mais evidente do Parque Estadual da Serra Azul é o Planalto dos Guimarães, um conjunto de relevo
de aspecto geralmente tabular, com altitudes médias de 535 m (Figura 2). O PESA está constituído predominantemente por
sedimentos ordo-silurianos, do grupo Ivaí, e por sedimen-
tos devonianos, do grupo Paraná. A cobertura é detrítico-
latéritica, do Terciário-Quaternário. O relevo suave apre-
senta formas tabulares amplas.
Ocorrem cristas alongadas a nordeste, com uma gran-
de variedade de feições erosivas de direção NW-SE e ocor-
rências de ravinamentos e vales estreitos formando peque-
nos canyons (FEMA 2000).
2
HIDROGRAFIA
O Parque Estadual da Serra Azul é uma importante área de recarga do aquífero. É rico em drenagens de 1a e 2a ordens, com
padrões geralmente dendríticos, todos tributários da bacia hidrográfica dos rios Araguaia e das Mortes. Alguns córregos desem-
bocam diretamente nos volumosos rios das Garças ou Araguaia; outros, no entanto, vão se juntado e somando suas águas em
córregos maiores. As águas do Parque Estadual da Serra Azul, no geral, variam de ácidas a neutras, com baixa condutividade, e
geralmente apresentam águas cristalinas durante os períodos de estiagem (FEMA, 2000).
Os principais cursos de água, cujas nascentes situam-se na área do PESA, estão relacionados a seguir e podem ser visualizados
na Figura 3.
3
4. Córrego das Águas Quentes aproximadamente 7,0 km de extensão. Nasce na porção Leste e desce por este quadrante,
cortando parte da área urbana de Barra do Garças. Deságua diretamente no rio Araguaia. Em seu curso inferior apresenta fontes
de águas quentes, exploradas pela municipalidade que ali construiu um balneário, muito visitado pela comunidade local e por
turistas.
5. Córrego Fundo II aproximadamente 6,5 km de extensão. Nasce nas porções leste/sudeste do PESA, indo desaguar
diretamente no rio Araguaia. Recebe águas do córrego Buritirana, que também nasce no PESA. Corta parte da zona rural de Barra
do Garças. É curso intermitente, secando completamente na época seca.
6. Córrego Pitomba aproximadamente 16,5 km de extensão. Nasce na porção leste, sai por este quadrante e corta parte da
zona rural de Barra do Garças. Desemboca na margem esquerda do rio Araguaia.
7. Córrego Ouro Fino aproximadamente 28,0 km de extensão.
Nasce nas porções nordeste do PESA, sai por este quadrante e de-
ságua diretamente no rio Araguaia. Recebe os córregos Água Limpa
e das Araras, que nascem no Parque.
4
9. Córrego Barro Preto aproximadamente 10,0 km de extensão. Nasce a nordeste do Parque. Deságua no córrego José Dias,
que flui em direção ao córrego Grande, bacia do rio das Mortes.
10. Córrego Fogaça aproximadamente 38,5 km. Nasce a nordeste do Parque. Sai pelo limite norte e flui em direção ao ribeirão
Ínsula, do qual é tributário. Tem vários pequenos afluentes de cabeceira situados no PESA.
11. Ribeirão Ínsula aproximadamente 40,7 km de extensão. Nasce na porção noroeste e sai pelo limite norte. Tem como
afluentes que nascem no PESA os córregos Mata Seca, Aldeia, Araras e Barreiro. Faz parte dos tributários da margem direita do
rio das Mortes.
12. Córrego Areia aproximadamente 11,5 km de extensão. Forma-se na porção oeste, por onde sai. Tem como afluentes que
nascem no PESA os córregos Melancia, da Areia e Santa Rosa. Por sua vez, é afluente do Ribeirão Ínsula, drenagem da bacia do
rio das Mortes.
5
Apresentam desníveis pouco acentuados a cachoeiras com mais de 30 m de altura. Variam em profundidade de águas rasas
a relativamente profundas, cerca de dois metros a cinco metros, em épocas de cheias (Figura 5). As margens podem ser desnu-
das, quando o cerrado rupestre chega até a linha dágua, ou com vegetação de galeria. Em muitos trechos existe abundante
vegetação de macrófitas aquáticas e algas que formam enormes tapetes submersos (Figura 6).
Figura 5 a) Cachoeira em área totalmente sombreada. b) Figura 6 Diferentes ambientes encontrados nos córregos do PESA.
Trecho com águas correntosas e fundo rocho- a) Trecho de nascente de um dos córregos do PESA. b)
so, em área totalmente iluminada. c) Cachoei- Substrato rochoso com águas correntosas e cristalinas. c)
ras Bolo de Noiva. d) Pé-da-Serra. Todas no Trecho iluminado, com tapete submerso de algas
córrego Avoadeira, PESA. Fotos: P. C. Venere. filamentosas. Fotos: P. C. Venere.
6
Os córregos apresentam uma marcada sazonalidade em
relação às suas vazões, podendo até ser intermitentes. No pe-
ríodo da seca, muitas chegam a secar completamente. No pe-
ríodo das águas, têm volumes aumentados 10, 20 ou mais
vezes (Figura 7).
7
FITOFISIONOMIAS
Maryland Sanchez & Fernando Pedroni*
O Parque Estadual da Serra Azul apresenta diversas fitofisionomias do bioma Cerrado, como florestas de galeria, florestas
semidecíduas, cerrado típico e, predominantemente, cerrado rupestre.
No PESA já foram identificadas 761 espécies vegetais, incluídas em 289 gêneros e 107 famílias. As famílias que apresentam
maior riqueza em espécies são Fabaceae (107), seguida de Myrtaceae (69), Asteraceae (50), Rubiaceae (37) e Malpighiaceae
(31).
1. Mata de galeria não-inundável situa-se nos vales e acompanha os cursos dágua. As matas de galeria apresentam
trechos longos com topografia fortemente acidentada, sendo poucos os locais planos (Figura 8a e b). A textura do solo é areno-
argilosa, o que lhe confere boa drenagem. A rochosidade pode variar entre 10% e 50%. O estrato arbóreo tem altura média de
aproximadamente 9 m, podendo atingir até 30 m. Em alguns trechos, a mata é circundada por faixas de vegetação não
florestal, ocorrendo transição abrupta para formações savânicas. Em alguns locais, a vegetação circundante é mata semidecídua,
localizada na parte mais alta do relevo. Na mata de galeria, ocorrem 116 espécies pertencentes a 45 famílias, 66 gêneros. As
famílias mais ricas são Fabaceae (20 espécies) Myrtaceae (12) e Rubiaceae (6).
Apresentaram maiores abundâncias as famílias Rubiaceae (111 indivíduos), Leguminosae (53) e Sapotaceae (42). Dentre as
arbóreas, destacam-se espécies como angico (Anadenanthera falcata), copaíba (Copaifera langsdorffii) e mamoninha-do-mato
(Mabea fistulifera). Algumas espécies herbáceas e arbustivas são exclusivas desse ambiente, ocorrendo nas margens (Tococa
formicaria) ou nas corredeiras (Augusta longifolia) (Figura 8c e d).
* Curso de Ciências Biológicas, Campus Universitário do Médio Araguaia, Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, MT.
9
2. Mata semidecídua A floresta
estacional semidecidual (Figura 9a) lo-
caliza-se nas partes mais altas do PESA
(648 m) e ocorre em relevo com incli-
nação entre 10o e 30o. A superfície do
solo é recoberta com serapilheira, o que
propicia condições à propagação de
fogo. O solo tem textura areno-argilosa
com rochosidade variando entre 2% e
10%. A grande maioria das árvores apre-
senta altura entre 4 e 16 m, mas ocor-
rem indivíduos com até 32 m. Nessa
fitofisionomia, ocorrem 97 espécies per-
tencentes a 89 gêneros e 49 famílias de
plantas arbóreas. As famílias mais ricas
são Fabaceae (16 espécies), Rubiaceae,
Sapotaceae, Sapindaceae (5 cada) e
Myrtaceae (4). Dentre as arbóreas, as
mais abundantes são o tarumanzinho Figura 8 a) e b) Mata de galeria não inundável do córrego Avoadeira em trechos de topo-
(Cordia selowiana), cafeeiro-do-mato grafia plana. c) e d) Augusta longifolia (Rubiaceae). Fotos: MS & FP.
(Coussarea hydrangeifolia), guatambu
(Aspidospermum subincanum), jatobá-da-mata (Hymenaea courbaril) e angico (Anadenanthera falcata) (Figura 9b). O subosque é
formado principalmente pelo estrato de regeneração, composto pelas plântulas e jovens do componente adulto da floresta. No
entanto, muitas espécies herbáceas, arbustivas e trepadeiras ocorrem tipicamente nesse ambiente, como variadas espécies de
orquídeas (Habenaria spp.), marantáceas (Calathea spp.), malpiguiáceas (Peixotoa cordistipula) (Figura 9c) e pteridófitas (Lygodium
venustrum).
10
Figura 9 Mata semidecídua. a) Aspecto do subosque da mata.
b) Tronco e copa do angico (Anadenanthera
falcata). c) Peixotoa cordistipula, uma das espécies
de trepadeira que ocorrem nesta fitofisionomia.
Fotos: MS & FP.
11
As espécies lenhosas mais abundantes nessa fitofisionomia são a mirindiba (Buchenavia tomentosa) (Figura 10b), folha de
serra (Ouratea spectabilis), fruta-de-ema (Licania humilis), tapinhoã (Mezilaurus crassiramea) e lixeirinha (Davilla elliptica) (Figu-
ra 10c). Inúmeras espécies arbustivas de menor porte, herbáceas e trepadeiras (aproximadamente 127) compõem a vegetação
que permeia o estrato lenhoso, podendo-se destacar a copaibinha (Copaifera oblongifolia), sensitivas (Mimosa spp.) (Figura 10d),
pitangas (Eugenia spp.) (Figura 10e) e senes (Chamaecrista spp.).
4. Cerrado rupestre O cerrado rupestre diferencia-se dos demais
subtipos fitofisionômicos do cerrado sentido restrito pelo tipo de
substrato (solos rasos com constantes afloramentos rochosos) (Ri-
beiro & Walter, 2008). No PESA, ocorre desde as partes mais baixas
da serra até as altitudes mais elevadas, em relevo com forte
declividade (Figura 11a). Os solos litólicos, originados da decomposi-
ção de arenito e quartzitos, são pobres em nutrientes com pH ácido
e baixo teor de matéria orgânica. As famílias com o maior número de
espécies são Fabaceae (14), Myrtaceae (8), Vochysiaceae (7),
Malpighiaceae (5), Rubiaceae (4), Apocynaceae (3) e Nyctaginaceae
(3). As espécies mais abundantes são Qualea parviflora, Salvertia
convallariaeodora, Davilla elliptica e Plathymenia reticulata. Na ve-
getação lenhosa, a maioria dos indivíduos apresenta alturas entre 2
e 4 m. Além disso, possui um rico componente formado por plantas
arbustivas, herbáceas e trepadeiras que somam 306 espécies. Den-
tre essas, pode-se destacar a canela-de-ema (Vellozia flavicans) (Fi-
gura 11b), barba-de-bode (Bulbostylis paradoxa) (Figura 11c) e
catuaba (Anemopaegma arvense) (Figura 11d).
12
5. Veredas Podem ser encontradas em nascentes de alguns córregos, mas
ocorrem predominantemente na parte final das matas de galeria onde o leito
se torna indefinido. Ocorrem sobre solos hidromórficos e saturados durante a
maior parte do ano. Um dos elementos mais marcantes que compõem a vege-
tação das veredas é o buriti (Mauritia flexuosa) (Figura 12a).
Na região, ocorre também uma espécie arbórea de distribuição amazô-
nica (Qualea ingens) seletiva de ambientes brejosos (Figura 12b e c). Além
disso, agrupamentos densos de gramíneas e ciperáceas dominam o compo-
nente herbáceo das veredas.
13
METODOLOGIA
Constam deste manual as espécies efetivamente capturadas durante o período 2005-2006, por meio de coletas amostrais
(qualitativas) realizadas nos diferentes riachos e córregos que drenam o Parque Estadual da Serra Azul (PESA) e na maioria de
seus pequenos afluentes localizados no entorno que se apresentam como dependentes diretos dessa rica área de preservação.
Com a finalidade de ter um quadro mais rico sobre os pequenos peixes habitantes de córregos de Cerrado na região, algumas
coletas foram também expandidas para outros pequenos córregos que fazem parte das mesmas microbacias, ainda que alguns
deles, como, por exemplo, o Taquaralzinho, tenham suas nascentes na Serra do Taquaral, uma extensão da Serra Azul.
O material coletado encontra-se depositado nas instituições: 1. Museu de Ictiologia do Médio Araguaia (MIMA), constituído
e mantido pelo Grupo de Estudos de Peixes do Médio Araguaia (GEPEMA) da Universidade Federal de Mato Grosso Campus
Universitário do Araguaia, Pontal do Araguaia, MT (UFMT-PROARAGUAIA); 2. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo,
São Paulo, SP (MZUSP); e 3. Coleções do Departamento de Zoologia e Botânica (DZSJRP) da Universidade Estadual Paulista,
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, São José do Rio Preto, SP (UNESP-IBILCE).
Para a execução dos trabalhos, a medida inicial implementada foi solicitar no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) a competente licença para a coleta e transporte do material (Licença no 068/2005
DIFAP/IBAMA).
A seguir, com apetrechos diversos (anzóis, peneiras, tarrafas, pequenas redes de arrasto, puçás), os peixes foram captura-
dos. Após a captura, foram imediatamente colocados em recipientes com formol 10% para a fixação. É conveniente observar que
a colocação dos peixes de imediato na formalina auxilia na preparação do material para posteriores análises. As nadadeiras ficam
distendidas e as escamas bem aderidas, minimizando suas perdas. Assim, as contagens dos raios das nadadeiras e escamas da
linha lateral e do corpo ficam facilitadas. O formato natural do peixe também é preservado.
Vale esclarecer ainda que formol 10% é a concentração mais adequada para esse tipo de trabalho. Enrijece e desidrata as
peças sem deformá-las. É obtido a partir do formol concentrado, ou seja, aquele que tem entre 36-38% de formaldeído em sua
concentração (o formol comercial geralmente tem 37%). Como se trata de uma solução gasosa, esta é a concentração máxima do
15
gás na solução. Assim, ao preparar formol 10%, deve-se pegar uma parte do formol 37% e adicionar nove partes de água
destilada ou água comum limpa. Um erro muito frequente, com consequências danosas para estudos posteriores dos peixes, é
preparar a solução considerando uma regrinha de três simples a partir do formol concentrado. O material fica excessivamente
enrijecido, quebradiço e deformado.
Em exemplares maiores de 6-7 cm de comprimento total, deve-se injetar intraperitonialmente formol 10%, com o emprego
de uma seringa hipodérmica. Exemplares acima de 12-15 cm devem receber injeções também nos músculos (carne). O material
deve permanecer na solução de formol 10% por um período nunca inferior a 72 horas (três dias). Não há período máximo para a
retirada das peças dessa solução, desde que se esteja usando realmente formol 10%. Quando se vai realizar a triagem do
material, que é a etapa seguinte, deve-se lavá-lo em água corrente por pelo menos uma hora. Se o material for volumoso, deve-
se lavar por pelo menos um dia. O objetivo da lavagem é retirar o excesso de formol das peças, para facilitar o manuseio. Cuidado
ao manusear formol: é produto cancerígeno. Portanto, esteja em ambiente aberto ou arejado e ventilado (evite inalar seus
gases) e use sempre luvas ou pinças (evite o contato com a pele).
Após a fixação, a etapa seguinte é a triagem do material. É aconselhável executá-la logo após a lavagem. Triagem significa
separar espécies ou modelos diferentes de peixes, dentro do material amostrado. O número de espécies varia, dependendo do
ambiente pesquisado. Há ambientes mais e outros menos diversificados. A triagem feita de imediato é facilitada porque o material
ainda conserva a coloração original, especialmente nos primeiros dias da fixação. Assim, as manchas, máculas, listras, faixas, cor
de nadadeiras, etc. são caracteres evidentes (bons indicadores) e que facilitam a separação das espécies ou modelos. Isto é
importante porque a próxima etapa, a conservação, utiliza álcool etílico 70oGL (graus Gay-Lussac), cerca de 70%.
Álcool etílico é o álcool comum disponível em supermercados sob a denominação de álcool etílico hidratado. O álcool dissolve
cromatóforos (pigmento que dá a coloração) com facilidade, o que torna os exemplares descoloridos e esbranquiçados. Os pigmentos
negros são os que mais resistem. Os vermelhos e amarelos são os mais afetados e dissolvem-se mais facilmente. O correto é preparar
álcool 70oGL com o emprego do alcoômetro. Na falta desse instrumento, pode-se tentar obter o álcool 70oGL com o seguinte procedi-
mento: pegar um litro de álcool etílico hidratado [INPM 92,8o (=98oGL)] e acrescentar 325 ml de água destilada ou comum limpa.
Justamente pelo fato de o álcool descaracterizar a coloração dos exemplares, tomou-se o cuidado de, após cada coleta, no
retorno ao laboratório, separar representantes das diferentes espécies amostradas, com a forma geral do corpo e a coloração
16
natural preservadas para serem fotografadas. Isso sempre foi feito no próprio dia ou no dia seguinte à coleta, desde que os
exemplares já apresentassem certa rigidez corporal, o que facilita a realização da fotografia. Após a escolha, os peixes foram
montados em suporte fino (agulha hipodérmica fixada a pequeno ímã), na posição desejada, para não ficarem em contato com o
papel camurça azul utilizado como pano de fundo. Esse material foi escolhido por não deixar reflexos na fotografia.
Todas as fotos foram obtidas com câmeras digitais (Nikon Colpix, Nikon 3.000 e Canon) que possuem dispositivos para fotos
na função macro, uma vez que grande parte dos peixes retratados no presente trabalho é de porte pequeno. Sempre que possível
utilizou-se iluminação natural, pois isso garante melhor coloração do material a ser fotografado. Concluída a sessão fotográfica, as
fotos foram então trabalhadas no programa Adobe Photoshop 7.0.1, tomando-se o cuidado de, em hipótese alguma, gerar
qualquer artifício que pudesse alterar ou distorcer alguma característica diagnóstica da espécie.
Na etapa posterior, os exemplares de cada espécie, ou de cada modelo, foram acondicionados em frascos individuais com
álcool 70oGL, devidamente rotulados ou etiquetados, e estocados (armazenados) em ambiente arejado, sem luminosidade. A luz
também atua na descoloração dos cromatóforos, tornando os espécimes esbranquiçados.
A etapa subsequente corresponde à identificação dos peixes. É realizada com auxílio de literatura específica: chaves dicotômicas
e/ou descrição das espécies. De qualquer forma, é um trabalho árduo, especialmente quando se examinam peixes procedentes de
bacias hidrográficas pouco estudadas sob o aspecto taxonômico. Muitas vezes, somente o especialista daquele grupo de peixes
consegue resultado confiável. Tem sido comum a descoberta de espécies novas, isto é, espécies não conhecidas ainda da Ciência.
No caso da bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins, tem-se como certo a existência de muitas espécies não descritas. Portanto,
a identificação executada no presente trabalho foi aquela possível de ser realizada no momento. Não se tem a pretensão de que
a pesquisa esteja concluída, mas sim de que este trabalho seja apenas um começo.
As informações taxonômicas disponibilizadas neste manual resumem-se ao mínimo indispensável e estão restritas àquelas
consideradas imprescindíveis para o reconhecimento das espécies. Reitera-se que não se trata de trabalho eminentemente
taxonômico, mas de divulgação geral. Entende-se que é preciso saber o que se tem, o que de fato existe, para preservar e
conservar melhor, incluindo a implementação de medidas adequadas para cada ambiente.
Julga-se oportuno esclarecer que o nome científico é composto por duas palavras. A primeira, sempre com inicial maiúscula,
refere-se ao gênero. A segunda, sempre com inicial minúscula, refere-se à espécie. Ambas devem ser escritas em destaque no texto,
17
negrito ou itálico. Algumas espécies neste manual são referidas simplesmente pelo nome do gênero seguido de sp., ou porque não
se conseguiu uma identificação mais precisa da espécie, ou porque não corresponde a nenhuma descrição disponível, conhecida.
Junto com o nome científico podem estar disponíveis outras informações taxonômicas, como o nome do autor da espécie
(quem a descreveu) e a data de publicação. Esta foi uma regra seguida na elaboração do presente manual. Quando o(s) nome(s)
do(s) autor(es) segue(m) o nome científico sem nenhum sinal entre eles, isso significa que aquela espécie foi descrita original-
mente naquele gênero. Por exemplo, Pristigaster cayana Cuvier, 1829 indica que Cuvier descreveu a espécie P. cayana em uma
publicação no ano de 1829, dentro do próprio gênero Pristigaster, o que é considerado válido até hoje. Por outro lado, quando o(s)
nome(s) do(s) autor(es) vem(êm) entre parênteses, isso significa que a espécie foi descrita originalmente em outro gênero. Por
exemplo, Colomesus aselus (Müller & Troschel, 1849) indica que Müller & Troschel (dois autores) descreveram a espécie C. asellus
em um gênero diferente de Colomesus, no ano de 1849 (esses autores descreveram-na dentro do gênero Chelichthys). Entretan-
to, estudos posteriores revelaram que a espécie em questão tem características genéricas de Colomesus e, por isso, o gênero foi
mudado. O nome do(s) autor(es) continua(m) o(s) mesmo(s), assim como a data, porém ambos devem estar dentro do parênte-
ses. Entre o nome do autor e a data sempre há uma vírgula. O nome do autor e a data não fazem parte do nome científico, mas
são informações complementares que enriquecem e valorizam o trabalho. Uma outra situação é o nome(s) do(s) autor(es)
seguido(s) de in e um ou mais nomes. Isto significa que o(os) autor(es) decreve(m) a espécie em publicação de terceiro(s). Por
ex., Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard in Freycinet, 1824): a espécie R. quelen foi descrita por Quoy & Gamard (dois autores) na
publicação de Freycinet de 1824. Se você tiver de se referir a alguma espécie, animal ou vegetal, não importa, procure inteirar-se
dessas questões fazendo referência ao(s) autor(es) e a data quando da primeira referência no texto.
Outro detalhe interessante é o significado dos sufixos FORMES, IDAE e INAE. Os táxons terminados em FORMES são da
categoria ordem; os terminados em IDAE se referem à família; e os terminados em INAE são da categoria subfamília.
A referência aff. entre o gênero e a espécie significa que a espécie em questão é parecida, ou seja, semelhante (próxima)
à espécie citada, porém, claramente não corresponde àquela espécie. A referência cf. é utilizada quando a espécie em questão
se encaixa na descrição da espécie, porém sua localidade-tipo e sua ocorrência geográfica conhecidas são de outra bacia hidrográfica;
portanto, pode ser essa espécie. O gr. indica que a espécie é daquele grupo de peixes: significa que são várias espécies próximas
e de difícil identificação ou que não existe revisão taxonômica recente para o grupo.
18
O nome popular que acompanha cada espécie neste manual é o nome corrente na região objeto da pesquisa. O nome na
linguagem da etnia Xavante é uma homenagem aos povos indígenas que vivem na área e uma tentativa de resgatar um pequeno
traço da cultura indígena, pressionada e dilapidada pelo avanço da civilização do homem branco. Infelizmente, o espaço do índio
é cada vez menor no Brasil, e sua cultura está lamentavelmente fadada ao desaparecimento.
As informações relacionadas à alimentação são provenientes de exames estomacais qualitativos efetuados e da literatura
disponível, assim como as informações relativas à ocorrência de dimorfismo sexual, isto é, machos e fêmeas diferirem externa-
mente. Esta última informação é suprimida quando não se coletaram exemplares suficientes, especialmente no período reprodutivo,
ou quando, aparentemente, não há informação disponível na literatura.
O tamanho apresentado para cada espécie corresponde ao encontrado na literatura ou o medido em exemplares capturados
na presente pesquisa. Na maioria das vezes refere-se ao comprimento padrão, isto é, comprimento medido da ponta do focinho
até o começo (base) da nadadeira caudal (excluída a nadadeira caudal).
A sequência de apresentação dos grupos maiores Ordens, Famílias e Subfamílias segue a ordem filogenética, de acordo
com o livro CHECK LIST OF THE FRESHWATER FISHES OF SOUTH AND CENTRAL AMÉRICA (CLOFFSCA), organizado por Reis et
al. (2003). A sequência vai dos grupos considerados menos evoluídos, cientificamente falando, mais primitivos, para os mais
evoluídos, isto é, mais derivados. Dentro de cada Família ou Subfamília, a sequência seguida para os gêneros e espécies é
alfabética. Fica aqui outra sugestão para o leitor: quando se referir a espécies pertencentes a vários grupos, animais ou vegetais,
além de informar o(s) nome(s) do(s) autor(es) das espécies e a data, organize a relação na sequência filogenética. Você enrique-
ce e valoriza consideravelmente seu trabalho.
A informação sobre a importância de cada espécie está baseada no exame do conteúdo estomacal de peixes carnívoros, em
pesquisas junto às comunidades ribeirinhas, mercados de peixes e feiras livres, aquariofilistas e literatura. A referência a poten-
cial para aquariofilia é utilizada quando a espécie, por alguma característica (de cor, estrutura ou forma, comportamento, etc.),
sobressai-se dentre as demais.
19
PEIXES DO PARQUE ESTADUAL DA SERRA AZUL: SINOPSE
NÚMERO DE ESPÉCIES POR FAMÍLIA E TOTAL
Família Esp. Família Esp.
1. Potamotrygonidae 01 20. Callichthyidae 05
2. Engraulidae 01 21. Loricariidae 17
3. Pristigasteridae 01 22. Pseudopimelodidae 02
4. Parodontidae 02 23. Heptapteridae 07
5. Curimatidae 07 24. Pimelodidae 05
6. Prochilodontidae 01 25. Doradidae 04
7. Anostomidae 08 26. Auchenipteridae 03
8. Chilodontidae 02 27. Gymnotidae 02
9. Crenuchidae 01 28. Sternopygidae 02
10. Hemiodontidae 05 29. Rhamphichthyidae 01
11. Gasteropelecidae 01 30. Apteronotidae 01
12. Characidae 50 31. Rivulidae 01
13. Acestrorhynchidae 02 32. Poeciliidae 01
14. Erythrinidae 02 33. Belonidae 01
15. Lebiasinidae 01 34. Synbranchidae 01
16. Ctenoluciidae 01 35. Sciaenidae 01
17. Cetopsidae 01 36. Cichlidae 12
18. Aspredinidae 01 37. Achiridae 01
19. Tricho mycteridae 06 38. Tetraodontidae 01
Total de espécies 162
21
SINOPSE DAS ORDENS, FAMÍLIAS, SUBFAMÍLIAS, GÊNEROS E ESPÉCIES
RAJIFORMES
Potamotrygonidae
Potamotrygon aff. motoro (Natterer in Müller & Henle, 1841).
CLUPEIFORMES
Engraulidae
Anchoviella cf. carrikeri Fowler, 1940.
Pristigasteridae
Pristigaster cayana Cuvier, 1829.
CHARACIFORMES
Parodontidae
Apareiodon argenteus Pavanelli & Britski, 2003.
Parodon pongoensis (Allen, 1942).
Curimatidae
Curimata inornata Vari, 1989.
Curimatella immaculata (Fernández-Yépez, 1948).
Cyphocharax gouldingi Vari, 1992.
Cyphocharax notatus (Steindachner, 1908).
Psectrogaster amazonica Eigenmann & Eigenmann, 1889.
Steindachnerina amazonica (Steindachner, 1911).
Steindachnerina gracilis Vari & Vari, 1989.
Prochilodontidae
Prochilodus nigricans Agassiz, 1829.
22
Anostomidae
Abramites hypselonotus (Günther, 1868).
Laemolyta fernandezi Myers, 1950.
Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850).
Leporinus cf. klausewitzi Géry, 1960.
Leporinus friderici (Bloch, 1794).
Leporinus sp.1
Leporinus geminis Garavello & Santos, 2009
Schizodon vittatus (Valenciennes, 1850).
Chilodontidae
Caenotropus labyrinthicus (Kner, 1858).
Chilodus punctatus Müller & Troschel, 1844.
Crenuchidae
Characidium aff. zebra Eigenmann, 1909.
Hemiodontidae
Anodus orinocensis (Steindachner, 1887).
Bivibranchia velox (Eigenmann & Myers, 1927).
Hemiodus gracilis Günther, 1864.
Hemiodus microlepis Kner, 1858.
Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794).
Gasteropelecidae
Thoracocharax cf. stellatus (Kner, 1858).
Characidae
Iguanodectinae
Iguanodectes spilurus (Günther, 1864).
23
Bryconinae
Brycon falcatus Müller & Troschel, 1844.
Serrasalminae
Metynnis argenteus Ahl, 1923.
Myleus torquatus (Kner, 1858).
Serrasalmus spilopleura Kner, 1858.
Aphyocharacinae
Aphyocharax alburnus (Günther, 1869).
Aphyocharax sp.1
Characinae
Acestrocephalus acutus Menezes, 2006.
Charax leticiae Lucena, 1987.
Cynopotamus tocantinensis Menezes, 1987.
Galeocharax gulo (Cope, 1870).
Phenacogaster sp.
Roeboides myersii Gill, 1870.
Stethaprioninae
Poptella compressa (Günther, 1864).
Tetragonopterinae
Tetragonopterus aff. argenteus Cuvier, 1816.
Tetragonopterus chalceus Spix & Agassiz, 1829.
Cheirodontinae
Serrapinnus micropterus (Eigenmann, 1907).
Triportheinae
Triportheus albus Cope, 1872.
Triportheus auritus (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1850).
Triportheus trifurcatus (Castelnau, 1855).
24
Incertae Sedis
Astyanax argyrimarginatus Garutti, 1999.
Astyanax asuncionensis Géry, 1972.
Astyanax elachylepis Bertaco & Lucinda, 2005.
Astyanax sp.1
Astyanax sp.2
Astyanax xavante Garutti & Venere, 2009.
Bryconops alburnoides Kner, 1858.
Bryconops cf. giacopinii (Fernández-Yépez, 1950).
Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794).
Creagrutus figueiredoi Vari & Harold, 2001.
Creagrutus menezesi Vari & Harold, 2001.
Creagrutus seductus Vari & Harold, 2001.
Exodon paradoxus Müller & Troschel, 1844.
Hemigrammus aff. levis Durbin, 1908.
Hemigrammus cf. rodwayi Durbin, 1909.
Hemigrammus levis Durbin, 1908.
Hyphessobrycon aff. maculicauda Ahl, 1936.
Hyphessobrycon aff. tenuis Géry, 1964.
Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882).
Jupiaba polylepis (Günther, 1864).
Knodus sp.
Moenkhausia cf. comma Eigenmann, 1908.
Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882).
Moenkhausia dichroura (Kner, 1858).
Moenkhausia lepidura (Kner, 1858).
25
Moenkhausia oligolepis (Günther, 1864).
Moenkhausia pyrophthalma Costa, 1994.
Moenkhausia sp.
Salminus hilarii Valenciennes, 1850.
Thayeria boehlkei Weitzman, 1957.
Acestrorhynchidae
Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794).
Acestrorhynchus microlepis (Schomburgk, 1841).
Erythrinidae
Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829).
Hoplias cf. malabaricus (Bloch, 1794).
Lebiasinidae
Pyrrhulina australis Eigenmann & Kennedy, 1903.
Ctenoluciidae
Boulengerella cuvieri (Agassiz in Spix & Agassiz, 1829).
SILURIFORMES
Cetopsidae
Cetopsis coecutiens (Lichtenstein, 1819).
Aspredinidae
Bunocephalus sp.
Trichomycteridae
Trichomycterinae
Ituglanis macunaima Datovo & Landim, 2005.
Stegophilinae
Henonemus intermedius (Eigenmann & Eigenmann, 1889).
26
Ochmacanthus sp.
Parastegophilus sp.
Pseudostegophilus sp.
Vandelliinae
Vandellia cirrhosa Valenciennes, 1846.
Callichthyidae
Aspidoras pauciradiatus (Weitzman & Nijssen, 1970).
Brochis splendens (Castelnau, 1855).
Corydoras araguaiaensis Sands, 1990.
Corydoras maculifer Nijssen & Isbrücker, 1971.
Megalechis personata (Ranzani, 1841).
Loricariidae
Hypoptopomatinae
Hisonotus sp.
Parotocinclus britskii Boeseman, 1974.
Loricariinae
Farlowella aff. oxyrryncha (Kner, 1853).
Loricaria sp.1
Loricaria sp.2
Loricaria sp.3
Rineloricaria hasemani Isbrücker & Nijssen, 1979.
Spatuloricaria sp.
Sturisoma aff. nigrirostrum Fowler, 1940.
Hypostominae
Hypostomus aff. cochliodon Kner, 1854.
Hypostomus faveolus Zawadzki, Birindelli & Lima, 2008.
27
Hypostomus sp.1
Hypostomus sp.2
Pterygoplichthys cf. gibbiceps (Kner, 1854).
Pterygoplichthys joselimaianus (Weber, 1991).
Squaliforma emarginata (Valenciennes, 1840).
Ancistrinae
Hemiancistrus spilomma Cardoso & Lucinda, 2003.
Pseudopimelodidae
Microglanis sp.
Pseudopimelodus cf. pulcher (Boulenger, 1887).
Heptapteridae
Imparfinis mirini Haseman, 1911.
Mastiglanis asopos Bockmann, 1994.
Phenacorhamdia somnians (Mees, 1974).
Pimelodella sp.1
Pimelodella sp.2
Pimelodella sp.3
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824).
Pimelodidae
Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840).
Megalonema platicephalum Eigenmann, 1912.
Pimelodus cf. blochii (Valenciennes in Cuvier & Valenciennes, 1840).
Propimelodus araguayae Rocha, Oliveira & Py-Daniel, 2007.
Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801).
Doradidae
Anadoras regani (Steindachner, 1908).
28
Hassar orestis (Steindachner, 1875).
Hassar wilderi Kindle, 1895.
Leptodoras cf. cataniai Sabaj, 2005.
Auchenipteridae
Ageneiosus inermis (Linnaeus, 1766).
Auchenipterus nuchalis (Spix & Agassiz, 1829).
Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1758).
GYMNOTIFORMES
Gymnotidae
Electrophorus electricus (Linnaeus, 1766).
Gymnotus cf. carapo Linnaeus, 1758.
Sternopygidae
Eigenmannia cf. trilineata López & Castello, 1966.
Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801).
Rhamphichthyidae
Gymnorhamphichthys petiti Géry & Vu-Tân-Tuê, 1964.
Apteronotidae
Apteronotus albifrons (Linnaeus, 1766).
CYPRINODONTIFORMES
Rivulidae
Rivulus zigonectes Myers, 1927.
Poeciliidae
Pamphorichthys araguaiensis Costa, 1991.
29
BELONIFORMES
Belonidae
Pseudotylosurus microps (Günther, 1866).
SYNBRANCHIFORMES
Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Bloch, 1795.
PERCIFORMES
Sciaenidae
Pachypops fourcroi (La Cepède, 1802).
Cichlidae
Aequidens tetramerus (Heckel, 1840).
Biotodoma aff. cupido (Heckel, 1840).
Crenicichla aff. johanna Heckel, 1840.
Crenicichla labrina (Spix & Agassiz, 1831).
Crenicichla reticulata (Heckel, 1840).
Crenicichla sp.1
Heros aff. efasciatus Heckel, 1840.
Hypselecara temporalis (Günther, 1862)
Laetacara araguaiae Ottoni & Costa, 2009
Mesonauta festivus (Heckel, 1840).
Retroculus lapidifer (Castelnau, 1855).
Satanoperca jurupari (Heckel, 1840).
30
PLEURONECTIFORMES
Achiridae
Hypoclinemus mentalis (Günther, 1862).
TETRAODONTIFORMES
Tetraodontidae
Colomesus asellus (Müller & Troschel, 1849).
31
DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS SOBRE AS ESPÉCIES
NOME COMUM: arraia, arraia-de-fogo, raia.
NOME XAVANTE: têpêbö.
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon aff. motoro (Natterer in Müller & Henle,
1841).
FAMÍLIA: Potamotrygonidae.
TAMANHO: pode atingir mais de 70,0 cm de diâmetro do disco.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, com preferência por peixes e crustáceos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam clásper ou
pterigopódio, i.e., uma modificação das nadadeiras pélvicas e
que serve como órgão copulador. É uma estrutura dotada de
sulco, por onde fluem os espermatozoides durante a cópula. É
de caráter permanente (vide fotos comparativas de macho e
Diâmetro do disco: 64,5 cm fêmea).
COMENTÁRIOS: esqueleto cartilaginoso; corpo e cabeça achatados, em forma de disco, revestidos por diminutas escamas placóides
(daí a sensação de lixa ao tocá-la); nadadeiras peitorais profundamente modificadas, formando uma orla em volta do disco,
unidas na parte anterior do focinho; cauda estreita, distintamente separada do disco, e de tamanho aproximadamente igual ao
diâmetro do disco; espinhos médio-dorsais relativamente grandes na cauda, geralmente dispostos em uma série longitudinal;
fenda bucal situada ventralmente; cinco pares de aberturas branquiais situadas na região ventral; um par de olhos situados
dorsalmente; uma abertura de cada lado do olho, o espiráculo. Superfície dorsal do disco variando de marrom-oliváceo a cinza-
escuro, com manchas ocelares amarelas ou alaranjadas circundadas de negro, maiores na região central do disco e diminuindo
de tamanho em direção às margens. As raias são ovovivíparas, i.e., a fecundação e o desenvolvimento são internos, mas sem
a formação de uma placenta, de maneira que a fêmea libera filhotes; cerca de três meses de
32
gestação. Na cópula, o macho introduz apenas um clásper.
Preferem águas paradas, relativamente rasas e de substrato
arenoso ou argiloso, no qual permanecem apoiadas ou
semienterradas. Espécie pouco frequente ou rara nos cursos
superior e médio, ocorrendo mais nos cursos inferiores dos
riachos e córregos do PESA, principalmente na época das
águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia.
33
CP: 6,8 cm
34
NOME COMUM: papuda.
NOME XAVANTE: pedzarébétómrã.
N OME CIENTÍFICO : Pristigaster cayana Cuvier,
1829.
FAMÍLIA: Pristigasteridae.
TAMANHO: até 14,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, alimentando-se princi-
palmente de insetos terrestres.
CP: 11,6 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, comprimido lateralmente e recoberto por escamas ciclóides; peito desenvolvido, com quilha
pré-ventral; espinho pré-dorsal (firmemente inserido na musculatura) presente; nadadeiras pélvicas e adiposa ausentes;
escamas perfuradas da linha lateral ausentes; boca ligeiramente voltada para cima, com dentes bem desenvolvidos em ambas
as maxilas e dentes diminutos sobre a língua; caudal bifurcada, com lobos longos. Corpo prateado homogêneo, em sua maior
parte. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente em épocas de águas altas.
IMPORTÂNCIA: esta espécie não é muito apreciada como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
35
CP: 3,7 cm
36
CP 7,8 cm
37
NOME COMUM: branquinha.
NOME XAVANTE: dawatsa.
NOME CIENTÍFICO: Curimata inornata Vari, 1989.
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 13,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., alimenta-se de par-
tículas dispersas no substrato, principal-
mente micro-organismos de origem ani-
mal ou vegetal e matéria orgânica em de- CP 13,0 cm
composição; por isso, muitos autores pre-
ferem classificá-la como detritívora.
Estes peixes possuem um aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo pouco alongado, recoberto por escamas ciclóides, menores acima da linha lateral e maiores abaixo desta; boca
inferior, desprovida de dentes; linha lateral completa, 55 a 60 escamas perfuradas; nadadeira caudal nua, bifurcada. Coloração
prateada uniforme, sem máculas. Espécie rara nos cursos superior e médio dos córregos do PESA, mas frequente no inferior,
principalmente em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: os curimatídeos, de maneira geral, formam grandes cardumes que migram rio acima, principalmente na época da
reprodução. Nesta oportunidade, podem ser capturadas em grande quantidade, representando boa parcela na pesca de
subsistência. Constituem elo importante nas cadeias alimentares, uma vez que formam parte avultada dos peixes forrageiros.
Por esse comportamento, podem ser consideradas espécies-chave na ciclagem de nutrientes nos ambientes onde são
encontradas.
38
CP 7,2 cm
39
CP 6,7 cm
40
NOME COMUM: branquinha.
NOME XAVANTE: peadzarébétómrã.
NOME CIENTÍFICO:
Cyphocharax notatus
(Steindachner, 1908).
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 12,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., semelhante aos de-
CP 7,1 cm
mais curimatídeos. Trata-se de peixes que
se alimentam de partículas dispersas no
substrato, que podem ser de composição variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem
aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios. Os machos emitem um tipo de ronco na época em que se encontram prontos para
a eliminação dos gametas.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca desprovida de dentes, em posição anterior; linha
lateral completa, 30-35 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, pontuda. Coloração prateada uniforme. É a única espécie
do gênero com pigmentação na porção distal dos raios da nadadeira dorsal, além de máculas na porção distal dos lóbulos da
nadadeira caudal, o que facilita seu reconhecimento. Pouco frequente no curso superior dos riachos e córregos do PESA, mas
abundante nas lagoas marginais ao longo do curso médio dos córregos que fluem em direção ao rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: também representa um importante elo nas cadeias alimentares, uma vez que se constitui em parcela considerável dos
peixes forrageiros nos ambientes onde se encontra.
41
NOME COMUM: branquinha
NOME XAVANTE: peanhõhiware.
NOME CIENTÍFICO:
Psectrogaster amazonica
Eigenmann & Eigenmann, 1889.
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 16,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i. e., semelhante aos de-
mais curimatídeos. Trata-se de peixes que CP 13,0 cm
se alimentam de partículas dispersas no
substrato cuja composição é variada, desde micro-organismos até matéria orgânica em decomposição. Possuem aparelho
digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal desprovida de dentes; região pós-ventral
quilhada com escamas terminando num processo espiniforme; linha lateral completa, 41 a 62 escamas; nadadeira caudal nua,
bifurcada. Coloração uniforme sem máculas, esverdeada acima da linha lateral, prateada abaixo. Espécie rara nos cursos superior
e médio dos riachos e córregos do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: atinge porte maior que as espécies dos gêneros Cyphocharax e Steindachnerina, e, portanto, desempenha papel
ligeiramente maior na pesca de subsistência. Como as demais forrageiras, P. amazonica representa um elo importante na
cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.
42
NOME COMUM: branquinha.
NOME XAVANTE: penhãnãrehöire.
NOME CIENTÍFICO:
Steindachnerina amazonica
(Steindachner, 1911).
FAMÍLIA: Curimatidae.
TAMANHO: até 9,9 cm de comprimento padrão.
A LIMENTAÇÃO : esta também é uma espécie
iliófaga, i.e., semelhante aos demais CP 9,2 cm
curimatídeos. Trata-se de peixes que se
alimentam de partículas dispersas no substrato. As partículas podem ser de composição variada, desde micro-organismos até
matéria orgânica em decomposição. Possuem aparelho digestório adaptado para selecionar o que interessa ou não à sua
alimentação.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, fusiforme, recoberto por escamas ciclóides; boca subinferior, desprovida de dentes; linha lateral
completa, 36-41 escamas; nadadeira caudal nua, bifurcada, com os raios longos do lobo inferior de coloração mais escura.
Coloração prateada uniforme, com indistinta faixa lateral negra na altura da linha lateral e mácula negra na base da porção
mediana dos raios da nadadeira dorsal. Espécie pouco frequente nos cursos superiores dos riachos e córregos do PESA;
abundante nas pequenas lagoas marginais dos cursos médios; e abundante nos cursos inferiores, principalmente em períodos
de águas altas.
IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, esta espécie não desempenha papel importante na pesca. Como as demais forrageiras, S.
amazonica representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.
43
CP 10,2 cm
44
NOME COMUM: papa-terra, curimatã.
NOME XAVANTE: petómrã.
NOME CIENTÍFICO: Prochilodus nigricans Agassiz,
1829.
FAMÍLIA: Prochilodontidae.
TAMANHO: até 37,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: iliófaga, i.e., raspadora de algas
e comedora de matéria orgânica
finamente particulada.
CP 10,2 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços ób-
vios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca terminal, com lábios espessos, móveis e
providos de numerosos dentículos, dispostos em uma única série lateralmente e em duas séries medialmente; membranas
branquiais unidas entre si e livres do istmo; espinho pré-dorsal presente; nadadeira adiposa presente; linha lateral completa,
44-49 escamas; nadadeira caudal bifurcada. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principal-
mente nos períodos de águas altas.
IMPORTÂNCIA: bastante consumida como alimento; potencial para aquariofilia; de grande importância nos elos das cadeias alimenta-
res dos ambientes onde vive.
45
NOME COMUM: piauzinho.
NOME XAVANTE: pea warãmire.
N OME CIENTÍFICO :Abramites hypselonotus
(Günther, 1868).
FAMÍLIA: Anostomidae.
TAMANHO: até 14,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: onívora, principalmente vermes,
algas, plantas aquáticas e crustáceos.
CP 8,9 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ciclóides; cabeça afunilada; boca pequena, terminal, com três dentes
assimétricos cuspidados no pré-maxilar e três incisiviformes, de borda lisa, no dentário; nadadeira caudal com escamas
apenas na base; linha lateral completa, 37-40 escamas. Corpo atravessado por oito barras inclinadas irregulares a terceira
fundindo-se com a quarta, e continuando-se na base da nadadeira dorsal. Ocupa sempre posição de 45o, com a cabeça voltada
para baixo. Espécie rara nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: espécie muito atraente, não só pelo belo padrão de colorido, mas também pelo hábito de manter seu corpo inclinado,
sendo assim bastante interessante para o comércio aquariofilista. Como as demais espécies de pequeno porte, Abramites
também representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
46
CP 17,4 cm
47
CP 10,0 cm
48
CP 9,5 cm
49
CP 11,4 cm
50
CP 9,4 cm
51
CP 13,9 cm
52
CP 17,0CPcm
17,0 cm
53
NOME COMUM: cabeça-dura, durinho, escama-grossa.
NOME XAVANTE: peahöihöiré.
NOME CIENTÍFICO: Caenotropus labyrinthicus (Kner,
1858).
FAMÍLIA: Chilodontidae.
TAMANHO: até 15,2 cm de comprimento padrão
(alguns aquaristas citam até 20,0 cm).
ALIMENTAÇÃO: omnívora, alimentando-se de peque- CP 13,1 cm
nos invertebrados, algas e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente espesso, recoberto por escamas crenuladas, grandes; cabeça afilada; boca pequena, com dentes
minúsculos fracamente implantados nos lábios; nadadeira caudal com escamas apenas na base; linha lateral completa, 29-30
(raramente 27 ou 28) escamas perfuradas. Numerosas máculas puntiformes escuras pequenas pelo corpo prateado e faixa
longitudinal interceptada na região umeral por mácula escura. Espécie rara nos cursos superior e médio dos riachos e córregos
do PESA, mas frequente no inferior, principalmente em períodos de águas altas. Comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: por ser de pequeno porte, esta espécie não desempenha papel relevante na pesca. Como as demais forrageiras,
Caenotropus representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; além disso, por seu padrão de
colorido, é uma espécie interessante para a aquariofilia.
54
CP 5,4 cm
55
CP 4,5 cm
56
CP 25,0 cm
CP 25,0 cm
57
CP 10,4 cm
58
CP 12,0 cm
59
CP 18,0 cm
60
CP 14,2 cm
61
NOME COMUM: papudinha.
NOME XAVANTE: pedzapótówatsédé.
NOME CIENTÍFICO :Thoracocharax cf. stellatus
(Kner, 1858).
FAMÍLIA: Gasteropelecidae.
TAMANHO: até 6,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente insetos
terrestres.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços ób-
vios; as fêmeas atingem maior porte que
CP 6 cm
os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alto e excessivamente comprimido; peito muito desenvolvido, em virtude da expansão do osso coracóide; boca
ligeiramente superior, com duas séries de dentes no pré-maxilar; nadadeira peitoral muito longa, atingindo a ponta dos primei-
ros raios da anal; nadadeiras ventrais (pélvicas) diminutas; nadadeira adiposa presente; linha lateral inclinada, voltando-se em
direção à origem da anal. Corpo prateado. Espécie frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, em épocas
de águas altas.
IMPORTÂNCIA: espécie bastante interessante para a aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
62
CP 6,2 cm
63
NOME COMUM: voadeira.
NOME XAVANTE: pehöirea.
N OME CIENTÍFICO :Brycon falcatus Müller &
Troschel, 1844.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 37,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo peixes, crustá-
CP 18,5 cm
ceos, insetos aquáticos e terrestres, peda-
ços de folhas, flores, frutos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros geralmente apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nada-
deiras tornam-se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alongado, forte, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com três séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e duas no dentário, sendo a externa composta por dentes multicúspides e a interna composta por
um par de dentes cônicos pequenos junto à sínfise e afastada dele. Posteriormente, uma fileira de dentes cônicos muito
pequenos e pouco visíveis; linha lateral completa, 51 a 64 escamas; nadadeira caudal nua. Corpo algo prateado; mancha
umeral negra; caudal com faixa negra transversal e alaranjada nos raios medianos; adiposa avermelhada; mancha avermelhada
sobre a pupila. Espécie rara nos cursos superiores, frequente nos médios e abundante nos inferiores dos riachos e córregos do
PESA, principalmente no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; principalmente os indivíduos jovens representam bom potencial para aquariofilia; elo
importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
64
NOME COMUM: pacu, pacu-marreca.
NOME XAVANTE: pedzapótóa.
NOME CIENTÍFICO: Metynnis argenteus Ahl, 1923.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 14,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: herbívora, preferencialmente frugívora, i. e.,
comedora de frutos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alto, comprimido lateralmente e
recoberto por escamas pequenas, ciclóides; quilha
pré-ventral dotada de espinhos; espinho pré-dorsal
presente; base da nadadeira adiposa longa, mais CP 6,2 cm
65
NOME COMUM: pacu-branco.
NOME XAVANTE: pedzapódó.
NOME CIENTÍFICO: Myleus torquatus (Kner, 1858).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 30,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: herbívora, preferencialmente fru-
tos e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços ób-
vios.
COMENTÁRIOS: corpo bastante elevado, compri-
mido lateralmente e recoberto por esca-
CP 13,6 cm
mas ciclóides, pequenas; boca terminal,
com duas séries de dentes no pré-maxilar
e no dentário: a série interna do dentário é constituída por um único dente junto à sínfise; quilha pré-ventral, dotada de
espinhos; espinho pré-dorsal presente; caudal emarginada; base da nadadeira adiposa curta, menor que a distância que a
separa da dorsal; nadadeira anal falcada. Coloração prateada uniforme; extremidades das nadadeiras anal e caudal negras;
espécie frequente na parte baixa dos riachos e córregos do PESA, no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.
66
NOME COMUM: piranha.
NOME XAVANTE: wawatópré.
NOME CIENTÍFICO: Serrasalmus spilopleura Kner,
1858.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 23,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes,
insetos e invertebrados.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alto, fortemente comprimi-
do lateralmente e recoberto por escamas
CP 8,0 cm
ciclóides, pequenas; quilha serrilhada no
peito formada por espinhos; perfil dorsal
anterior reto sobre a cabeça; boca ligeiramente superior, com dentes tricúspides em série única no pré-maxilar e no dentário;
nadadeira anal longa e adiposa de base curta. Manchas negras difusas pelo corpo; caudal com faixa negra submarginal, a
ponta dos raios clara; anal com faixa escura submarginal menos conspícua. Espécie frequente e numerosa nas lagoas margi-
nais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; classicamente inferida como elo importante na cadeia alimentar de jacarés.
67
CP 3,1 cm
68
CP 2,7 cm
69
CP 8,7 cm
70
NOME COMUM: cacunda, saicanga, cigarra.
NOME XAVANTE: pedzarébérã.
NOME CIENTÍFICO: Charax leticiae Lucena, 1987.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente peixes,
insetos e outros invertebrados.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos se-
xualmente maduros das espécies deste gê-
nero e de gêneros relacionados geralmen- CP 9,0 cm
71
CP 11,3 cm
72
CP 12,9 cm
73
CP 3,1 cm
74
CP 8,1 cm
75
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: peatetere.
NOME CIENTÍFICO: Poptella compressa (Günther,
1864).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,8 mm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente insetos
e sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos ma-
duros apresentam ganchos na nadadeira
anal, i.e., as nadadeiras tornam-se áspe-
ras; é caráter transitório. CP 5,0 cm
76
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: pedzapótóatö.
NOME CIENTÍFICO:Tetragonopterus aff. argenteus
Cuvier, 1816.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 11,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmen-
tos de folhas, flores, frutos e sementes,
insetos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não observados CP 6,7 cm
traços óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo comprimido e muito alto, altura 1,5 a 2 vezes o comprimento padrão; escamas ciclóides; área pré-ventral
achatada; boca terminal, com duas séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma no dentário; quatro a seis dentes na
série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, muito curva na porção anterior, 30-35 escamas; nadadeira anal longa, 36-
41 raios (o que a diferencia facilmente de T. chalceus); nadadeira caudal nua. Corpo prateado; duas manchas umerais difusas,
verticalmente muito alongadas; mácula negra em forma de barra na base da nadadeira caudal; nadadeiras peitorais, dorsal e
caudal incolores; pélvicas e início da anal avermelhadas (o que também a distingue prontamente de T. chalceus). Espécie
frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, principalmente no período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes
onde está presente.
77
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: peadzapótówaipópê.
NOME CIENTÍFICO:Tetragonopterus chalceus
Spix & Agassiz, 1829.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 9,7 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
CP 5,0 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não detecta-
do no material amostrado.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente; escamas ciclóides; área pré-ventral achatada; boca terminal, com duas séries
de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; geralmente cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, muito curva na porção anterior, 29-34 escamas; nadadeira anal longa, 32-33 raios (o que a diferencia
facilmente de T. aff. argenteus); nadadeira caudal nua. Corpo prateado; duas manchas umerais difusas verticalmente alongadas;
nadadeiras incolores (o que também a distingue prontamente de T. aff. argenteus). Espécie frequente nos cursos inferiores dos
riachos e córregos do PESA, principalmente na época de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde é encontrada.
78
CP 2,3 cm
79
CP 11,6 cm
80
CP 21,5 cm
81
CP 11,4 cm
82
NOME COMUM: piaba-do-rabo-vermelho.
NOME XAVANTE: peadzaratató.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax argyrimarginatus
Garutti, 1999.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 12,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se- CP 12,9 cm
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alto, comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 42
a 46 escamas (até 40 em A. asuncionensis, A. xavante e Astyanax sp.2; acima de 48 em A. elachylepis e Astyanax sp.1);
nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente ovalada (em A. elachylepis, A. xavante e Astyanax
sp.1 é vertical e difusa); duas barras verticais marrons na região umeral; mancha negra no pedúnculo caudal estendida à
extremidade dos raios caudais medianos; faixa lateral negra no flanco do corpo, bordeada por faixas prateadas (o que a
diferencia facilmente das demais espécies do gênero tratadas aqui); nadadeiras caudal e anal vermelhas, especialmente a
primeira (o que também a diferencia prontamente das demais espécies). Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos
do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
83
NOME COMUM: piaba-listrada.
NOME XAVANTE: peadzaratatóuwa.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax asuncionensis Géry,
1972.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
CP 6,5 cm
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 34
a 40 escamas (42 a 46 em A. argyrimarginatus; 48 a 52 em A. elachylepis e Astyanax sp.1); 26 a 35 raios na nadadeira anal (23
a 26 em A. xavante); nadadeira caudal nua. Conspícua mancha umeral negra horizontalmente ovalada (nas demais espécies do
gênero aqui tratadas é vertical, exceto em A. argyrimarginatus e Astyanax sp.3); duas barras verticais marrons na região
umeral; uma mancha negra no pedúnculo caudal estendida à extremidade dos raios caudais medianos; cromatóforos concen-
trados no centro da escama, originando linhas longitudinais paralelas padrão listrado (o que a diferencia das outras espécies
referidas, particularmente Astyanax sp.2). Espécie rara nos riachos e córregos do PESA (somente um exemplar foi coletado no
período).
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes
onde vive.
84
NOME COMUM:piaba, piaba-do-rabo-vermelho-
amarelo.
NOME XAVANTE: peaumrãtãhi.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax elachylepis Bertaco
& Lucinda, 2005.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 14,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
CP 6,8 cm
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos apresentam ganchos nas nadadeiras dorsal, anal, peitorais e pélvicas, i.e., as nadadeiras
são ásperas o ano todo.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 48
a 52 escamas (34 a 40 em A. asuncionensis; 34 a 37 em A. xavante; 35 a 39 em Astyanax sp.2); nadadeira caudal nua. Mancha
umeral negra vertical difusa (o que a diferencia facilmente de A. argyrimarginatus, A. asuncionensis e Astyanax sp.2); conspí-
cua mancha negra nos raios caudais medianos (o que a diferencia prontamente de Astyanax sp.1); mancha prateada grande no
pedúnculo caudal (em material vivo) ou negra em material conservado; nadadeira caudal nua, com extremidades dos lóbulos
avermelhados e região intermediária amarelada (o que também a distingue rapidamente de Astyanax sp.1). Espécie frequente
e abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
85
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: peadzaratatóuptabi.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax sp.1.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 11,9 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
CP 11,1 cm
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras dorsal, anal, peitorais e pélvicas, i.e., as
nadadeiras são ásperas; é caráter sazonal.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas séries de dentes
multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha lateral completa, 48
a 52 escamas (34 a 40 em A. asuncionensis; 34 a 37 em A. xavante; 35 a 39 em Astyanax sp.2); 29 a 34 raios na nadadeira anal
(23 a 26 em A. xavante); nadadeira caudal nua. Mancha umeral negra vertical difusa, entre duas barras claras (horizontalmen-
te ovalada em A. argyrimarginatus, A. asuncionensis e Astyanax sp.2); mancha negra difusa nos raios caudais medianos
(conspícua em A. elachylepis); caudal acinzentada (o que a diferencia facilmente de A. elachylepis); dorsal avermelhada;
mancha vermelha horizontalmente alongada sobre a pupila. Espécie frequente tão somente em uma corrente do PESA, o
córrego Grande, integrante da bacia do rio das Mortes.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
86
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: peaumrãtãhi.
NOME CIENTÍFICO: Astyanax sp.2.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 8,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres, CP 8,4 cm
87
CP 4,7 cm
88
CP 5,2 cm
89
CP 8,4 cm
90
CP 5,9 cm
91
CP 6,0 cm
92
CP 6,0 cm
93
CP 5,7 cm
94
NOME COMUM: miguelinho.
NOME XAVANTE: peaudzétó.
NOME CIENTÍFICO:Exodon paradoxus Müller &
Troschel, 1844.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 7,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: lepidófaga, i.e., comedora de
escamas. CP 7,0 cm
95
CP 2,8 cm
96
CP 2,8 cm
97
CP 3,5 cm
98
CP 2,7 cm
99
NOME COMUM: piabinha.
NOME XAVANTE: pea uptabirã.
NOME CIENTÍFICO:
Hyphessobrycon aff. tenuis
Géry, 1964.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 2,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes e algas. CP 2,8 cm
100
CP 2,1 cm
101
CP 5,4 cm
102
CP 5,5 cm
103
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: peadzaratatódzapódó.
NOME CIENTÍFICO: Moenkhausia cf. comma
Eigenmann, 1908.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 7,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente fragmentos
de folhas, flores, frutos e sementes, insetos
aquáticos e terrestres, larvas de insetos aquá-
ticos e de peixes. CP 7,3 cm
104
NOME COMUM: lambari, piaba.
NOME XAVANTE: peadzadzu.
N OME CIENTÍFICO: Moenkhausia collettii
(Steindachner, 1882).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 4,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e semen-
tes, insetos aquáticos e terrestres, larvas CP 2,5 cm
105
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: tsiwaptó.
N OME CIENTÍFICO : Moenkhausia dichroura
(Kner, 1858).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres, CP 6,4 cm
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: os machos maduros apresentam ganchos nas nadadeiras anal e pélvicas, i.e., as nadadeiras tornam-
se ásperas; é caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, 34 a 39 escamas; nadadeira caudal com dois lobos algo pontudos, recobertos por escamas pequenas;
corpo prateado; faixa prateada no flanco do corpo; porção distal dos lobos da caudal atravessada por faixa escura (o que a
diferencia facilmente das demais espécies de Moenkhausia tratadas aqui). Espécie frequente e abundante nas lagoas mar-
ginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.
106
CP 5,9 cm
107
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: dautsitsidzatómné.
N OME CIENTÍFICO : Moenkhausia oligolepis
(Günther, 1864).
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes. CP 5,8 cm
108
CP 3,1 cm
109
NOME COMUM: piaba.
NOME XAVANTE: peadzarebéwawa.
NOME CIENTÍFICO: Moenkhausia sp.
FAMÍLIA: Characidae.
TAMANHO: até 6,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente frag-
mentos de folhas, flores, frutos e se-
mentes, insetos aquáticos e terrestres,
larvas de insetos aquáticos e de peixes.
CP 5,7 cm
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: não foi possí-
vel confirmar a existência de caracterís-
ticas sexuais externas entre os exemplares amostrados.
COMENTÁRIOS: corpo alto (43,0-47,5% do CP) e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ciclóides; boca terminal, com duas
séries de dentes multicúspides no pré-maxilar e uma série no dentário; cinco dentes na série interna do pré-maxilar; linha
lateral completa, 38-40 escamas (o que a diferencia facilmente de Moenkhausia oligolepis, 30-31); nadadeira caudal com dois
lobos pontudos, recobertos por pequenas escamas; anal 31-34 raios ramificados. Corpo prateado; mancha umeral difusa
vertical larga na forma de barra; mancha inconspícua na base dos raios caudais medianos; conspícua faixa lateral prateada.
Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde aparece principalmente no período de
águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.
110
CP 15,5 cm
111
CP 3,1 cm
112
CP 13,2 cm
113
CP 9,5 cm
114
CP 9,4 cm
115
CP 5,8 cm
116
CP 3,1 cm
117
CP 19,5 cm
118
CP 24,5 cm
119
NOME COMUM: peixe-pedra.
NOME XAVANTE: pehöirétede.
NOME CIENTÍFICO: Bunocephalus sp.
FAMÍLIA: Aspredinidae.
TAMANHO: até 7,3 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, invertebrados
aquáticos e terrestres e restos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: cabeça larga amplamente deprimida; corpo
também deprimido; ambos com pele rugosa coberta
por tubérculos queratinizados em vista dorsal (foto
superior); superfície ventral lisa, desprovida de pla-
cas ou acúleos (foto inferior); corpo seguido por um
pedúnculo caudal estreito, delgado; nadadeira dorsal
com cinco raios; cintura escapular larga e forte; pri-
meiro raio das peitorais com ganchos retrorsos; aber-
CP 7,1 cm
turas branquiais estreitas, reduzidas; três pares de
barbilhões; boca terminal. Corpo de coloração mar
rom-escura, com máculas negras. Espécie frequente e abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: interessante para a aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.
120
CP 6,5 cm
121
CP 8,7 cm
122
NOME COMUM: candiru.
NOME CIENTÍFICO: Ochmacanthus sp.
FAMÍLIA: Trichomycteridae.
TAMANHO: até 5,8 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: mucífago, i.e., as espécies des-
se gênero são raspadoras do muco pre-
sente na superfície corporal dos demais
peixes de seu ambiente.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas
CP 4,2 cm
ou placas; espinhos operculares e
interoperculares presentes; cabeça bai-
xa, deprimida; boca inferior, larga; numerosos dentes delicados em faixa ou fileiras; olhos superiores, próximos um do outro;
nadadeira dorsal atrás da metade do corpo; numerosos raios procurrentes acessórios; origem da anal sob a base da dorsal;
nadadeira caudal semelhante à de um girino; adiposa ausente. Coloração do corpo levemente amarronzada, uniforme, enegrecida
apenas na parte dorsal posterior da cabeça, e algumas máculas negras no pedúnculo caudal e na caudal. Espécie rara nos
riachos e córregos do PESA, mas comum nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: além do seu interesse ecológico, pode-se dizer que essa é uma espécie relativamente desconhecida.
ã
123
CP 4,7 cm
124
CP 8,8 cm
125
CP 4,2 cm
126
CP 3,1 cm
127
NOME COMUM: cascudinho.
NOME XAVANTE: pewaprú.
NOME CIENTÍFICO:Brochis splendens
(Castelnau, 1855).
FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 6,5 mm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos, algas e detritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios. CP 5,8 cm
128
NOME COMUM: cascudinho.
N OME CIENTÍFICO :
Corydoras araguaiaensis
Sands, 1990.
FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente for-
mas jovens e pequenas de insetos aqu-
áticos e terrestres, algas e detritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios, no entanto as fêmeas atingem
porte maior que os machos.
CP 3,0 cm
COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósse-
as, dispostas em duas séries no flanco;
focinho arredondado (o que a diferencia facilmente de C. maculifer); largura interorbital menor que a altura da cabeça medida
na margem anterior da órbita; barbilhões rictais curtos, não se prolongando muito além da abertura branquial; lábio inferior
revertido para formar um único par de barbilhões; placas nucais não se encontrando ao longo da linha mediano-dorsal;
coracóide mais ou menos expandido; fontanela frontal alongada e única; nadadeira caudal furcada. Máculas negras distribuí-
das pela região da cabeça e região pré-dorsal (o que também a diferencia de C. maculifer, que possui manchas alongadas e
não arredondadas nessas mesmas áreas); linhas negras conspícuas distribuídas longitudinalmente pelo corpo e transversal-
mente nas nadadeiras caudal e dorsal; nas demais nadadeiras essa pigmentação não é tão evidente. Espécie abundante nos
trechos rasos dos córregos do PESA que drenam para o rio das Mortes, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas
estreitas nas margens e fundo arenoso.
IMPORTÂNCIA: grande potencial para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
129
NOME COMUM: cascudinho.
NOME CIENTÍFICO:
Corydoras maculifer Nijssen
& Isbrücker, 1971.
FAMÍLIA: Callichthyidae.
TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente for-
mas jovens e pequenas de insetos aqu-
áticos e terrestres, algas e detritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços CP 3,0 cm
óbvios, no entanto as fêmeas atingem
porte maior que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto por placas ósseas, dispostas em duas séries no flanco; focinho arredondado e um pouco alongado (o
que a diferencia facilmente de C. araguaiaensis, que possui o focinho relativamente curto em comparação a ela); largura
interorbital menor que a altura da cabeça medida na margem anterior da órbita; barbilhões rictais curtos, não se prolongando
além da abertura branquial; lábio inferior revertido para formar um único par de barbilhões; placas nucais não se encontrando
ao longo da linha mediano-dorsal; coracóide mais ou menos expandido; fontanela frontal alongada e única; nadadeira caudal
furcada. Máculas negras alongadas e irregulares distribuídas nas regiões da cabeça e pré-dorsal (o que também a diferencia
de C. araguaiaensis); linhas negras conspícuas distribuídas longitudinalmente pelo corpo e transversalmente nas nadadeiras
caudal e dorsal; nas demais nadadeiras essa pigmentação não é tão evidente. Espécie abundante nos trechos rasos dos
córregos do PESA que drenam para o rio das Mortes, desprotegidos da mata ripária, com capins de folhas estreitas nas
margens e fundo arenoso.
IMPORTÂNCIA: espécie com grande potencial para a aquariofilia; representa um elo importante na cadeia alimentar dos ambientes
onde vive.
130
CP 5,6 cm
131
NOME COMUM: cascudinho.
NOME CIENTÍFICO: Hisonotus sp.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até cerca de 5,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifíton
e detritos orgânicos sobre o substrato.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
C O M E N T Á R I O S : pequeno porte; corpo alongado,
recoberto com placas ósseas dispostas em vári-
as séries, inclusive no pedúnculo caudal; cabeça
algo deprimida; posição inferior da boca; olhos
súpero-laterais, relativamente grandes: diâme-
tro menor que o espaço que o separa da superfí-
cie inferior da cabeça; ponte escapular exposta
na superfície ventral (não coberta por pele);
pedúnculo caudal de secção elíptica; dorsal I+7;
adiposa ausente; peitorais longas, ultrapassan-
CP 2,2 cm
do pelo menos metade das pélvicas. Nadadeiras
com máculas negras tendendo a faixas,
entremeadas por manchas/faixas brancas. Permanece aderida em ramos caídos na água ou plantas subaquáticas, em locais
de águas limpas e correntes. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia.
132
NOME COMUM: cascudinho.
NOME XAVANTE: pehöire uptiira.
NOME CIENTÍFICO: Parotocinclus britskii Boeseman, 1974.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 3,5 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, perifiton
e detritos orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as
fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: pequeno porte; corpo recoberto com pla-
cas ósseas dispostas em várias séries, inclusive no
pedúnculo caudal e região ventral; cabeça e corpo
relativamente altos; ponte escapular exposta na su-
perfície ventral; boca em posição inferior; pedúnculo
caudal de secção elíptica; caudal i+14+i; trava da
dorsal presente; adiposa presente. Corpo marrom,
com várias faixas transversais negras; nadadeiras
CP 2,2 cm
esbranquiçadas, com faixas negras. Espécie frequen-
te e numerosa nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: pelo seu pequeno porte e beleza, essa espécie também se apresenta com bom potencial para aquariofilia. Importante
na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
133
CP 10,7 cm
134
CP 12,3 cm
135
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: pehöréböpa.
NOME CIENTÍFICO: Loricaria sp.2.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas, frutos e
sementes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios.
COMENTÁRIOS: cabeça e corpo achatados com placas
ósseas dispostas em várias séries; pedúnculo cau-
dal achatado, formando quilha nos lados, limitada
por série única de placas; nadadeira adiposa au-
sente; lobos dos dentes espatulados; duas a cinco
placas entre o supraoccipital e a dorsal; caudal
CP 11,8 cm
com dez raios ramificados; estruturas filamentosas
presentes na porção mediana do lábio inferior;
dentes presentes em ambas as maxilas, com os do pré-maxilar longos, pelo menos duas vezes maiores que os do dentário;
placas ausentes na superfície ventral. Coloração do corpo marrom-clara, com quatro faixas negras transversais estreitas (o
que facilmente a diferencia de Loricaria sp.1, que possui faixas largas, e de Loricaria sp.3, que não apresenta faixas). Esta
espécie, como as demais Loricariinae apresentadas neste manual, retém seus ovos (cor de ouro) junto à superfície ventral do
corpo até o momento da eclosão (figura acima, inferior direita). Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
136
CP 13,3 cm
137
CP 6,0 cm
138
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: pehöire dzarébéhi.
NOME CIENTÍFICO: Spatuloricaria sp.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 18,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos, frutos, sementes e de-
tritos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : no período
reprodutivo os machos apresentam
cerdas na porção lateral da cabeça (fi- CP 15,4 cm
139
CP 15,1 cm
140
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: pehöiréatö.
NOME CIENTÍFICO: Hypostomus faveolus Zawadzki,
Birindelli & Lima, 2008.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 20,6 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos
orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios;
as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dis-
postas em várias séries; boca inferior; dentes
em forma de Y; focinho revestido de placas
pequenas; interopérculo pouco móvel, despro-
vido de cerdas; pedúnculo caudal alto; nada-
deira dorsal com um acúleo e sete raios
ramificados (I,7); adiposa presente. Várias CP 7,0 cm
máculas amareladas, limitadas por linhas ne-
gras anastomosadas pelo corpo e
nadadeiras,originando aspecto de retículos (o que a diferencia facilmente de Hypostomus sp.1 e Hypostomus sp.2). Espécie
abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se encontra.
141
CP 10,5 cm
142
NOME COMUM: cascudo, cari.
NOME XAVANTE: pehöirédzarébépö.
NOME CIENTÍFICO: Hypostomus sp.1.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 17,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e detritos
orgânicos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios;
as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas dis-
postas em várias séries; posição inferior da
boca; dentes na forma de Y; focinho revestido
de placas pequenas; interopérculo pouco mó-
vel, desprovido de cerdas; pedúnculo caudal
alto; nadadeira dorsal com um acúleo e sete CP 14,1 cm
raios ramificados (I,7); adiposa presente. Três
barras negras oblíquas sobre o dorso e flanco
(o que a diferencia facilmente de H. faveolus e Hypostomus sp.2); várias máculas negras pequenas distribuídas pelo corpo e
nadadeiras. Espécie abundante nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.
143
NOME COMUM: cascudo, cari, acari.
NOME XAVANTE: dawawi.
NOME CIENTÍFICO: Hypostomus sp.2.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 15,4 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora: algas, perifíton e de-
tritos orgânicos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
óbvios; as fêmeas atingem maior porte
que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ós-
seas dispostas em várias séries; boca
em posição inferior; dentes na forma
de Y; focinho revestido de placas pe-
quenas; interopérculo pouco móvel,
desprovido de cerdas; pedúnculo cau-
CP 10,2 cm
dal alto; nadadeira dorsal com um
acúleo e sete raios ramificados (I,7);
adiposa presente, precedida por um acúleo. Várias máculas negras pelo corpo e nadadeiras limitadas por linhas claras (o
que a diferencia facilmente de H. faveolus e Hypostomus sp.1). Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: pode ser consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
144
CP 7,3 cm
145
CP 25,0 cm
146
CP 10,0 cm
147
NOME COMUM: cascudo.
NOME XAVANTE: pehöirédzatsu.
NOME CIENTÍFICO:Hemiancistrus spilomma Car-
doso & Lucinda, 2003.
FAMÍLIA: Loricariidae.
TAMANHO: até 13,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: costumam se alimentar de algas
que se encontram presas sobre rochas.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: machos com es-
pinho da nadadeira peitoral e odontodes
maiores que os das fêmeas.
COMENTÁRIOS: corpo coberto com placas ósseas
dispostas em várias séries; posição inferi-
or da boca; focinho revestido de placas pe-
quenas; região interopercular provida de
ganchos fortes que podem se eriçar gra-
ças a um mecanismo especial de movimen-
tação do interopérculo; pedúnculo caudal CP 10,3 cm
148
CP 2,8 cm
149
CP 8,1 cm
150
CP 6,3 cm
151
CP 2,8 cm
152
CP 5,3 cm
153
NOME COMUM: mandi, mandi-chorão,
mandizinho.
NOME XAVANTE: tsadahiwawi.
NOME CIENTÍFICO: Pimelodella sp.1.
FAMÍLIA: Heptapteridae.
TAMANHO: até 10,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente larvas CP 7,2 cm
de insetos e insetos adultos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alongado, sem escamas ou placas; cabeça relativamente alta; fontanela longa e estreita, estendida até o
supraoccipital; olhos grandes, superiores, com margem livre; processo occipital longo e estreito, atingindo a placa pré-dorsal;
três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento do corpo; boca larga; placas de dentes no pré-maxilar
e dentário; palato sem dentes; primeiro raio da dorsal e das peitorais transformados em acúleos; nadadeira caudal bifurcada,
com lobo inferior arredondado, estreito (o que a diferencia facilmente de Pimelodella sp.2 e Pimelodella sp.3); base da adiposa
mais longa que a da anal, cerca de 2 a 4 vezes no comprimento do corpo (o que também a distingue de Pimelodella sp.3).
Coloração do corpo creme-claro, com estreita faixa negra longitudinal no flanco, desde o focinho (o que a distingue prontamen-
te de Pimelodella sp.2). Espécie frequente e numerosa nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde se
encontra.
154
CP 12,5 cm
155
CP 12,6 cm
156
CP 8,0 cm
157
CP 19,5 cm
158
CP 9,9 cm
159
NOME COMUM: mandi.
NOME XAVANTE: tsadahi.
NOME CIENTÍFICO:
Pimelodus cf. blochii
(Valenciennes in Cuvier &
Valenciennes, 1840).
FAMÍLIA: Pimelodidae.
TAMANHO: até 35,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente peixes, CP 20,0 cm
insetos aquáticos e terrestres e detritos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: sem traços óbvios; as fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo alto, sem escamas; cabeça relativamente alta; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa
pré-dorsal; fontanela larga, estendida até o nível posterior da órbita; olhos grandes, em posição súpero-lateral, com margem
livre; boca larga, lábio superior sem margem livre dorso-lateral; placas de dentes no pré-maxilar e dentário; palato sem
dentes; três pares de barbilhões, dos quais o maxilar é maior que o comprimento padrão; acúleo da dorsal e das peitorais forte
e pungente; base da adiposa mais longa que a da anal; anal com 11 a 13 raios; caudal bifurcada, lobo superior mais desenvol-
vido. Coloração amarelo-prateada homogênea; mácula na placa pré-dorsal. Espécie rara nos cursos superior e médio dos
riachos e córregos do PESA, mas comum no inferior, principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
160
CP 12,8 cm
161
CP 27,6 cm
162
NOME COMUM: mandi-serra, armal.
NOME XAVANTE: tsadahi watséde.
NOME CIENTÍFICO:
Anadoras regani
(Steindachner, 1908).
FAMÍLIA: Doradidae.
TAMANHO: até 11,0 cm de comprimento pa-
drão.
A LIMENTAÇÃO : omnívora, principalmente
moluscos, insetos aquáticos e terres-
tres e frutos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : sem traços
CP 4,2 cm
óbvios; as fêmeas atingem maior por-
te que os machos.
COMENTÁRIOS: corpo curto, alto, sem escamas, com uma fileira de placas ósseas em cada lado; cada placa provida de um espinho
voltado para trás; cabeça pouco achatada, mais comprida que larga; olhos relativamente grandes, superiores, com margem
livre; processo occipital forte, largo na base, em contato com a placa pré-dorsal; processo do coracóide mais curto que o
processo umeral; lacrimal sem espinhos; três pares de barbilhões; base da nadadeira adiposa mais curta que a da anal;
acúleos da dorsal e das peitorais fortes e pungentes; caudal entalhada. Manchas marrons no corpo amarelado; máculas negras
nas nadadeiras dorsal, caudal e anal. Espécie pouco frequente nos cursos inferiores dos riachos e córregos do PESA, onde
aparece em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: potencial para aquariofilia; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde se encontra.
163
CP 13,0 cm
164
CP 13,4 cm
165
CP 15,2 cm
166
CP 27,3 cm
167
CP 14,7 cm
168
NOME COMUM: cachorro-do-padre, jauzinho.
NOME XAVANTE: tsadahidzarébé.
NOME CIENTÍFICO:Parauchenipterus galeatus
(Linnaeus, 1758).
FAMÍLIA: Auchenipteridae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento pa-
drão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pei-
xes e insetos.
CP 14,7 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos
adultos, no período de reprodução, apre-
sentam espessamento no primeiro raio da nadadeira anal.
COMENTÁRIOS: corpo sem escamas ou placas, denso, ligeiramente comprimido na porção superior; cabeça tão larga quanto compri-
da; escudo pré-dorsal fortemente unido ao crânio; olhos pequenos, em posição súpero-lateral; mandíbula longa, ultrapassan-
do um pouco a maxila; abertura branquial pequena; posição anterior da dorsal, logo atrás da cabeça; adiposa pequena, muito
distante da dorsal; anal 24 a 27 raios; caudal obliquamente truncada. Corpo marrom; nadadeiras marrons com faixas
escuras e áreas esbranquiçadas. Espécie encontrada em baixa frequência nas lagoas marginais e nos cursos inferiores dos
riachos e córregos do PESA, onde adentra principalmente em período de águas altas.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
169
Fotos: Genito Santos CT 150,0 cm
170
CT 6,4 cm
171
CT 14,5 cm
172
CT 12,4 cm
173
CT 14,6 cm
174
CT 15,6 cm
175
NOME COMUM: trairinha, rívulo.
NOME CIENTÍFICO: Rivulus zigonectes Myers,
1927.
FAMÍLIA: Rivulidae.
TAMANHO: até 4,0 cm de comprimento total.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente inse-
tos terrestres.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : nas fêmeas,
a ponta da nadadeira ventral atinge ape-
nas o ânus, ficando distante da origem
da anal; nos machos, a ponta da ventral
atinge a origem da nadadeira anal; além
disso, as fêmeas apresentam um padrão
CT 4,0 cm; 3,0 cm
de colorido ligeiramente distinto, com
listras negras transversais e uma man-
cha ocelar na base do lobo superior da nadadeira caudal. As fêmeas atingem maior porte que os machos.
COMENTÁRIOS: porte pequeno; corpo recoberto por escamas ciclóides, inclusive na cabeça; boca voltada para cima (prognata); pré-
maxilar protráctil; nadadeiras pélvicas pequenas e em posição abdominal (ventrais); dorsal em posição bem posterior, além da
origem da anal; caudal arredondada; não possui nadadeira adiposa. Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA e
especialmente abundante nos cursos superiores. Também é bastante comum nas veredas, ambientes característicos do Cerra-
do do Brasil Central.
IMPORTÂNCIA: representa um importante elo na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; pelo seu belo padrão de colorido, é muito
apreciada na aquariofilia.
176
NOME COMUM: barrigudinho.
NOME XAVANTE: peaduptöire.
NOME CIENTÍFICO: Pamphorichthys araguaiensis
Costa, 1991.
FAMÍLIA: Poeciliidae.
TAMANHO: até 3,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: insetívora, principalmente lar-
vas e adultos de insetos.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos
apresentam gonopódio, órgão copulador
que é uma modificação permanente da
nadadeira anal; além disso, são meno-
res e mais coloridos (vide fotos).
COMENTÁRIOS: porte pequeno; corpo recoberto
por escamas ciclóides, presentes inclusive na cabeça; pré-maxilar protráctil; base da nadadeira pélvica do macho deslocada
para frente, situando-se sob a abertura opercular; sua ponta ultrapassando a origem da anal; segundo raio da anal expandido
na sua porção distal em forma de lança de ponta assimétrica; base da nadadeira anal do macho (gonopódio) deslocada para
frente, sua ponta alcançando além da base da dorsal. Manchas negra e amarelada na nadadeira dorsal dos machos. Espécie
frequente e abundante nas lagoas marginais dos córregos e nas veredas do PESA.
IMPORTÂNCIA: aquariofilia; controle de larvas aquáticas de insetos; elo importante nas cadeias alimentares dos ambientes onde vive.
177
CP 32,5 cm
178
CT 12,8 cm
179
CP 12,2 cm
180
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: hötörãbréwatóire.
NOME CIENTÍFICO:Aequidens tetramerus
(Heckel, 1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 16,2 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes.
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em
período reprodutivo os ciclídeos apre- CP 4,6 cm
181
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: hötörãbrê.
NOME CIENTÍFICO:Biotodoma aff. cupido
(Heckel, 1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 12,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in- CP 5,9 cm
setos aquáticos e de peixes.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente, recoberto por escamas ctenóides; focinho maior que o
diâmetro do olho; nadadeira anal com três (III) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois ramos, um superior anterior e um
inferior posterior; primeiro arco branquial sem lóbulo; borda posterior do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal
e da anal nua, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais; barra negra vertical cruzando olho; mancha negra
atrás da metade do corpo, com pintas claras antes e após a negra. Espécie frequente nas lagoas marginais dos riachos e
córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
182
CP 15,0 cm
183
NOME COMUM: jacundá, joana, joaninha.
NOME XAVANTE: tepeipetsere.
NOME CIENTÍFICO:Crenicichla labrina (Spix &
Agassiz, 1831).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente pei- CP 10,3 cm
xes, insetos aquáticos e crustáceos.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alongado e recoberto por escamas ctenóides; boca grande, pré-maxilar protráctil e mandíbula mais longa que
a maxila superior; borda posterior do pré-operculo denticulada; escamas da linha lateral maiores que as demais; linha lateral
em dois ramos, um superior anterior e outro inferior posterior; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do
primeiro arco branquial sem lóbulo. Faixa negra do focinho até o opérculo; conspícua mancha negra arredondada disposta após
o opérculo e acima da nadadeira peitoral, igual ou maior que o diâmetro da órbita; mancha negra pequena na base da caudal;
numerosas manchas negras, quase em linha, na nadadeira dorsal; manchas negras disformes no dorso da cabeça. Espécie
frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
184
CP 10,3 cm
185
CP 10,3 cm
186
NOME COMUM: cará, acará-preto.
NOME XAVANTE: hötörãbrêdzapódó.
NOME CIENTÍFICO: Heros aff. efasciatus Heckel,
1840.
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 20,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes, vermes
aquáticos e material vegetal.
CP 9,2 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em
período reprodutivo, os ciclídeos apre-
sentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior
que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, forte e comprimido lateralmente; comprimento do focinho aproximadamente igual ao diâme-
tro do olho; nadadeira anal com três a quatro (III-IV) espinhos; boca terminal; sem lóbulo no primeiro arco branquial; linha
lateral em dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior. Cinco a sete faixas transversais escuras difusas no corpo.
Espécie frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive; peixe bastante vistoso,
representando uma importante espécie para a aquariofilia.
187
NOME COMUM: cará, acará, acará-açaí.
NOME CIENTÍFICO:Hypselecara temporalis
(Günther, 1862).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, ingerindo desde in-
setos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes, peque-
nos peixes até algas.
CP 10,0 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : os machos
maduros apresentam a parte superior
da cabeça aumentada, formando uma espécie de calombo ou cupim na época de reprodução. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto, altura contida duas vezes no comprimento padrão; linha lateral em dois ramos, um superior
anterior e um inferior posterior; uma fileira de dentes na porção mais externa da boca, destacadamente maiores que os
demais; diâmetro do olho contido cerca de duas vezes na distância interorbital e pouco menor que o focinho; sem lóbulo no
primeiro arco branquial; porção distal da nadadeira caudal algo arredondada. Os exemplares recém-coletados apresentam
uma coloração ligeiramente avermelhada, tornando-se escura após fixação e armazenamento em álcool 70%. Espécie pouco
frequente nos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; pelo seu padrão de colorido, esta espécie, como vários outros ciclídeos, apresenta impor-
tante potencial para a aquariofilia.
188
NOME COMUM: cará, carazinho.
NOME XAVANTE: pewaprurê.
NOME CIENTÍFICO:
Laetacara araguaiae Ottoni
& Costa, 2009.
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 5,1 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes. CP 3,3 cm
189
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: pewaprútó.
NOME CIENTÍFICO: Mesonauta festivus (Heckel,
1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 15,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente algas,
insetos aquáticos e terrestres, larvas de
insetos aquáticos e de peixes, vermes
aquáticos, moluscos e crustáceos.
CP 9,5 cm
D IMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO : quando em
período reprodutivo, os ciclídeos apre-
sentam um padrão de colorido bastante vistoso. Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior
que comumente é chamada de cupim pelos ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo moderadamente alto e comprimido lateralmente; focinho menor que o diâmetro do olho; nadadeiras ventrais,
dorsal e anal prolongadas em filamento; nadadeira anal com oito a nove (VIII-IX) espinhos; boca terminal; linha lateral em dois
ramos, um superior anterior e um inferior posterior. Faixa negra oblíqua da ponta do focinho até os raios prolongados da dorsal;
mancha negra ovalada verticalmente na parte superior da base da caudal; cinco a seis faixas escuras transversais irregulares
sobre o flanco. Espécie abundante nas lagoas marginais dos riachos e córregos do PESA.
IMPORTÂNCIA: importante na aquariofilia; consumida como alimento; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
190
NOME COMUM: rola-pedra, cará.
NOME XAVANTE: pewaprúuptóa.
NOME CIENTÍFICO:Retroculus lapidifer
(Castelnau, 1855).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 25,0 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: carnívora, principalmente inse-
tos aquáticos, larvas e adultos, e ca-
CP 16,6 cm (exemplar macho)
marões.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo relativamente alto e alongado, recoberto por escamas ctenóides; focinho alongado, muito maior que o diâmetro do
olho; boca terminal, lábio espesso; nadadeira anal com três (III) espinhos; ramo superior do primeiro arco branquial com lóbulo
bem desenvolvido; rastros situados na base do lóbulo; caudal espessamente coberta de escamas quase até a ponta. Numerosas
pintas brancas no flanco do corpo e na cabeça, às vezes formando linhas, entremeadas por áreas vermelhas/avermelhadas;
dorsal e lóbulo superior da caudal com faixa vermelha. Espécie pouco frequente nos riachos e córregos do PESA, sendo geralmen-
te encontrada em ambientes com rochas e seixos rolados, onde captura suas presas (daí o nome rola-pedra).
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
191
NOME COMUM: cará, acará.
NOME XAVANTE: hötörãbrêdzútsérewa.
NOME CIENTÍFICO:Satanoperca jurupari
(Heckel, 1840).
FAMÍLIA: Cichlidae.
TAMANHO: até 18,5 cm de comprimento padrão.
ALIMENTAÇÃO: omnívora, principalmente inse-
tos aquáticos e terrestres, larvas de in-
setos aquáticos e de peixes, pequenos CP 8,6 cm
peixes e material vegetal.
DIMORFISMO SEXUAL SECUNDÁRIO: quando em período reprodutivo, os ciclídeos apresentam um padrão de colorido bastante vistoso.
Algumas espécies desenvolvem uma protuberância na região dorsal anterior que comumente é chamada de cupim pelos
ribeirinhos. É caráter transitório.
COMENTÁRIOS: corpo alto e comprimido, recoberto por escamas ctenóides; focinho alongado, cerca de duas vezes maior que o
diâmetro do olho; área escamosa da face projetando-se para frente, além da metade da distância que separa a vertical que
passa pela borda posterior do olho e do canto da boca; boca terminal; nadadeira anal com três (III) espinhos; linha lateral em
dois ramos, um superior anterior e um inferior posterior; ramo superior do primeiro arco branquial com lóbulo; borda posterior
do pré-opérculo lisa; porção dos raios moles da dorsal e da anal nuas, i.e., sem pequenas escamas nas membranas interradiais.
Algumas barras negras transversais difusas no flanco do corpo; base da nadadeira caudal com ocelo. Espécie pouco frequente
nos riachos e córregos do PESA, mas comum e numerosa nas lagoas marginais.
IMPORTÂNCIA: consumida como alimento; potencial para aquariofilia; elo importante na cadeia alimentar dos ambientes onde vive.
192
CP 11,8 cm
193
CP 5,5 cm
194
ÍNDICE POR NOMES CIENTÍFICOS
A Bryconops cf. giacopinii, 90 F
Abramites hypselonotus, 46 Bryconops cf. melanurus, 91 Farlowella aff. oxyrryncha, 134
Acestrocephalus acutus, 70 Bunocephalus sp., 120
Acestrorhynchus falcatus, 113 G
Acestrorhynchus microlepis, 114 C Galeocharax gulo, 73
Aequidens tetramerus, 181 Caenotropus labyrinthicus, 54 Gymnorhamphichthys petiti, 174
Ageneiosus inermis, 167 Cetopsis coecutiens, 119 Gymnotus cf. carapo, 171
Anadoras regani, 163 Characidium aff. zebra, 56
Anchoviella cf. carrikeri , 34 Charax leticiae, 71 H
Anodus orinocensis, 57 Chilodus punctatus, 55 Hassar orestis, 164
Apareiodon argenteus, 36 Colomesus asellus, 194 Hassar wilderi, 165
Aphyocharax alburnus, 68 Corydoras araguaiaensis, 129 Hemiancistrus spilomma, 148
Aphyocharax sp.1, 69 Corydoras maculifer, 130 Hemigrammus aff. levis, 96
Apteronotus albifrons, 175 Creagrutus figueiredoi, 92 Hemigrammus cf. rodwayi, 97
Aspidoras pauciradiatus, 127 Creagrutus menezesi, 93 Hemigrammus levis, 98
Astyanax argyrimarginatus, 83 Creagrutus seductus, 94 Hemiodus gracilis, 59
Astyanax asuncionensis, 84 Crenicichla aff. johanna, 183 Hemiodus microlepis, 60
Astyanax elachylepis, 85 Crenicichla labrina, 184 Hemiodus unimaculatus, 61
Astyanax sp.1, 86 Crenicichla reticulata, 185 Hemisorubim platyrhynchos, 158
Astyanax sp.2, 87 Crenicichla sp.1, 186 Henonemus intermedius, 122
Astyanax xavante, 88 Curimata inornata, 38 Heros aff. efasciatus, 187
Auchenipterus nuchalis, 168 Curimatella immaculata, 39 Hisonotus sp., 132
Cynopotamus tocantinensis, 72 Hoplerythrinus unitaeniatus, 115
B Cyphocharax gouldingi , 40 Hoplias cf. malabaricus, 116
Biotodoma aff. cupido, 182 Cyphocharax notatus, 41 Hyphessobrycon aff. maculicauda, 99
Bivibranchia velox, 58 Hyphessobrycon aff. tenuis, 100
Boulengerella cuvieri, 118 E Hyphessobrycon eques, 101
Brochis splendens, 128 Eigenmannia cf. trilineata, 172 Hypoclinemus mentalis, 193
Brycon falcatus, 64 Electrophorus electricus, 170 Hypostomus aff. cochliodon, 142
Bryconops alburnoides, 89 Exodon paradoxus, 95 Hypostomus faveolus, 141
195
Hypostomus sp.1, 143 Myleus torquatus, 66 Pterygoplichthys joselimaianus, 146
Hypostomus sp.2, 144 Moenkhausia cf. comma, 104 Pyrrhulina australis, 117
Hypselacara temporalis, 188 Moenkhausia collettii, 105
Moenkhausia dichroura, 106 R
I Moenkhausia lepidura, 107 Retroculus lapidifer, 191
Iguanodectes spilurus, 63 Moenkhausia oligolepis, 108 Rhamdia quelen, 157
Imparfinis mirini, 151 Moenkhausia pyrophthalma, 109 Rineloricaria hasemani, 138
Ituglanis macunaima, 121 Moenkhausia sp., 110 Rivulus zigonectes, 176
Roeboides myersii, 75
J O
Jupiaba polylepis, 102 Ochmacanthus sp., 123 S
Salminus hilarii, 111
K P Satanoperca jurupari, 192
Knodus sp., 103 Pachypops fourcroi, 180 Schizodon vittatus, 53
Pamphorichthys araguaiensis, 177 Serrapinnus micropterus, 79
Serrasalmus spilopleura, 67
L Parastegophilus sp., 124
Sorubim lima, 162
Laemolyta fernandezi, 47 Parauchenipterus galeatus, 169
Spatuloricaria sp., 139
Laetacara araguaiae, 189 Parodon pongoensis, 37
Squaliforma emarginata, 147
Leporellus vittatus, 48 Parotocinclus britskii, 133
Steindachnerina amazonica, 43
Leporinus cf. klausewitzi , 49 Phenacogaster sp., 74
Steindachnerina gracilis, 44
Leporinus friderici, 50 Phenacorhamdia somnians, 153
Sternopygus macrurus, 173
Leporinus geminis, 52 Pimelodella sp.1, 154 Sturisoma aff. nigrirostrum, 140
Leporinus sp.1, 50 Pimelodella sp.2, 155 Synbranchus marmoratus, 179
Leptodoras cf. cataniai, 166 Pimelodella sp.3, 156
Loricaria sp.1, 135 Pimelodus cf. blochii, 160 T
Loricaria sp.2, 136 Poptella compressa, 76 Tetragonopterus aff. argenteus, 77
Loricaria sp.3, 137 Potamotrygon aff. motoro, 32 Tetragonopterus chalceus, 78
Pristigaster cayana, 35 Thayeria boehlkei, 112
M Prochilodus nigricans, 45 Thoracocharax cf. stellatus, 62
Mastiglanis asopos, 152 Propimelodus araguayae, 161 Triportheus albus, 80
Megalechis personata, 131 Psectrogaster amazonica, 42 Triportheus auritus, 81
Megalonema platycephalum, 159 Pseudopimelodus cf. pulcher, 150 Triportheus trifurcatus, 82
Mesonauta festivus, 190 Pseudostegophilus sp., 125
Metynnis argenteus, 65 Pseudotylosurus microps, 178 V
Microglanis sp., 149 Pterygoplichthys cf. gibbiceps, 145 Vandellia cirrhosa, 126
196
ÍNDICE POR NOMES POPULARES
A cachorrinha, 70, 113, 114 E
acará, 181, 182, 188, 190, 192 cachorro-do-padre, 169 escama-grossa, 54, 55
acará-açaí, 188 cacunda, 71, 72, 73
acará-preto, 187 candiru, 121, 122, 123, 124, 125, 126 F
acari, 136, 138, 139, 140, 141, 144, 147 candiru-açu, 119 fidalgo, 167
agulha, 178 canivete, 36, 37 fidalguinho, 168
aracu, 51 cará, 181, 182, 187, 188, 189, 190, 191,
aracu-pintado, 51 192 I
armal, 163 carapó, 171 ituí, 174
arraia, 32 carazinho, 189 ituí-cavalo, 175
arraia-de-fogo, 32 cari, 135 , 136, 137, 138, 139, 140, 141, iu-iu, 115
142, 143, 144, 146, 147
B cascudinho, 127, 128, 129, 130, 132, 133, J
bagre, 157 134 jacundá, 183, 184, 185, 186
bagrinho, 149, 151, 152, 153 cascudo, 131, 135, 136, 137, 138, 139, jauzinho, 150, 169
baiacu, 194 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, jeju, 115
barrigudinho, 177 147, 148 jiripoca, 158
bico-de-pato, 162 cigarra, 70, 71, 72 joana, 183, 184, 185, 186
bicuda, 118 corvina, 180 joaninha, 183, 184, 185, 186
boca-larga, 167 cruzeiro-do-sul, 59 jurupoca, 158
branquinha, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44 curimatã, 45 jutuarana, 60
curvina, 180
C L
cabeça-dura, 54 D lambari, 105
cabeça-gorda, 50 dourado, 111 languira, 171, 174
cachorra, 113, 114 durinho, 54, 55, 56 lapixó, 58, 61
197
lapixó-banana, 57 piaba, 68, 69, 74, 76, 77, 78, 79, rívulo, 176
linguado, 193 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, rola-pedra, 191
92, 93, 94, 96, 97, 98, 99,
M 103, 104, 105, 106, 107, S
mandi, 154, 155, 160, 161, 168 108, 109, 110 saicanga, 71, 73, 111
mandi-boca-de-flor, 164, 165, 166 piaba-bocuda, 75 sarapó, 171
mandi-chorão, 154, 155, 156 piaba-do-rabo-vermelho, 83 sardinha, 80, 82
mandi-do-canal, 159 piaba-do-rabo-vermelho-amarelo, sardinha-comprida, 81
mandi-mole, 155, 156 85 sardinha-de-gato, 34
mandi-prata, 159 piaba-espinhuda, 102 sardinha-facão, 81
mandi-serra, 163 piaba-listrada, 84 soia, 193
mandizinho, 154 piabinha, 63, 68, 69, 74, solha, 193
mandubé, 167, 168 79, 88, 89, 90, 91, 92, 93, solteira, 32
manjuba, 34 96, 97, 98, 99, 100, 101,
miguelinho, 95 112 T
mussum, 179 piau, 49, 52 tamboatá, 131
piau três-pintas, 49, 50 tamoatá, 131
P piau-balão, 194 traíra, 116
pacu, 65 piau-boca-fina, 47 trairinha, 176
pacu-branco, 66 piau-cagão, 53 treme-treme, 170
pacu-marreca, 65 piau-de-loca, 47 tuvira, 171, 172, 173, 174
papa-terra, 45 piau-loqueiro, 52
papuda, 35 piau-vara, 53 V
papudinha, 62 piauzinho, 46, 49, 51 voadeira, 64
peixe-elétrico, 170 piranha, 67 voador, 59, 60, 61
peixe-da-areia, 174 poraquê, 170 voador-escama-fina, 60
peixe-folha, 172, 173
peixe-galho, 134 R
peixe-pedra, 120 raia, 32
198
ÍNDICE POR NOMES XAVANTE
A pea poredzaõnõ, 74 peahöbö, 193
(pea)aiútémãnhãr wa, 70 pea uhuirã, 153 peahöihöiré, 54
pea uptabirã, 96, 97, 98, 100 peahöirãre, 80, 82
B pea warãmire, 46 peahöire, 81
buruõtõpaihi, 107 peaudzé, 99 peanhõutuware, 102
peaudzétó, 95 peanhõhiware, 42
D peawaõ, 60 peanh rãrã, 55
dautsitsidzatómné, 108 peaduptöire, 177 peatetedzaréberã, 94
dawatsa, 38 peaduptôireuptó, 194 peatetere, 76
danhôhuiwa, 48 peadzaratató, 83 peatöire, 75
dawarãm , 112 peadzaratatóuwa, 84 peatõmõdzapré, 109
dawawi, 144 peadzaratatódzapódó, 104 peatõmõtsiwaptó, 68
dzuué, 116 peadzaratatóuptabi, 86 peatómrãuréudzé, 124
dzutsú, 115 peadzadarã, 117 peaumrãtãhi, 85, 87
peadzadzu, 105 peauptabi, 88
H peadzapótówaipópê, 78 peauptabitómudzé, 103
höiwidzaóné, 134 peadzarébéwatsa, 61 peaurédzadzú, 126
hötörãbrê, 182 peadzarébépré, 44 peaurenhõwauwa, 121
hötörãbrêdzapódó, 187 peadzarébépré, 91 peawaipó, 39
hötörãbrêdzútsérewa, 192 peadzarébeprere, 58 peawaipópare, 34
hötörãbréwatóire, 181 peadzarébétómrã, 41 peawaipóre, 101
peadzarébétórã, 79 peawãpá, 63
P peadzarébétsitsaridi, 59 peawawiuré, 125
paipé, 171 peadzarébéw , 90 peúbún , 173
paipéuwa, 172 peadzarébéwaprú, 69 peúbún rã, 175
paipedzarébé, 174 peadzarébewatsi, 89 peubún wareúptabi, 179
pe wanh ptia, 113, 114 peadzarebéwawa, 110 pewanh ptia, 72
199
pewanh ptihöirã, 73 pehöirénhãmr , 146 tsadahihöirã, 168
pewaprú, 128 pehöirétede, 120 tsadahinhãmr , 149
pewaprúuptóa, 191 pehöirétepêbö, 145 tsadahinhõiiuptó, 161
pewaprúdzarébéwaré, 180 pehöiréurã, 137 tsadahirã, 158, 167
pewaprurê, 189 pehöiréwahi, 138 tsadahire, 151
pewaprútó, 190 pehöiréwawi, 135 tsadahiwatatsupapê, 155
pedzadabaare, 162 pehöirea, 64 tsadahiwawi, 154
pedzapódó, 66 pehöirewaw , 111 tsinhõérérã, 131
pedzapótóa, 65 penhãnãre, 40 tsinhõérédanhõhuiwa, 127
pedzapótóatö, 77 penhãnãrehöire, 43 tsiwaptó, 106
pedzapótówatsédé, 62 pêpa, 118
pedzarébérã, 71 pêpawatawamhi, 178 U
pedzarébétómrã, 35 petómrã, 45 upi, 170
pedzató wawi tópré, 53 pórédzaõnõ, 93
pedzató, 51 poredzaõtõwaipó, 92 W
pedzatóuihörã, 56 wawatópré, 67
pedzatóuwa, 47 T wató, 57
pedzatódzarebepré, 49, 50 têpêbö, 32
pedzatóre, 37 tepeipetsere, 183, 184, 185, 186
pedzatórewawi, 36 tsadahi uptede, 159
pedzatóware, 52 tsadahi watséde, 163
pehöréböpa, 136 tsadahi, 160
pehöire dzarébéhi, 139 tsadahiatö, 165
pehöire nhõihitö, 142 tsadahiudzé, 166
pehöire uptiira, 133 tsadahiuwa, 150
pehöire watapa, 140 tsadahiuwahöirã, 157
pehöiréatö, 141 tsadahiuwawatsédé, 119
pehöirédzarébépö, 143 tsadahiwatahöbö, 156
pehöirédzatsu, 148 tsadahiböpa, 164
pehöirénh rada, 147 tsadahidzarébé, 169
200
REFERÊNCIAS
Armbruster, J. W. 2004. Phylogenetic relationships of loricariid catfishes. Zoological Journal of the Linnean Society, 141: 1-80.
Axelrod, H. R. 1996. The most complete colored lexicon of cichlids. 2nd Edition. T.F.H. Publications. NJ, USA. 864p.
Bertaco, V. A. & P. H. F. Lucinda. 2005. Astyanax elachylepis, a new characid fish from the rio Tocantins drainage, Brazil (Teleostei:
Characidae). Neotropical Ichthyology, 3(3): 389-394.
Böhlke, J. E., S. H. Weitzman & N. A. Menezes. 1978. Estado atual da sistemática dos peixes de água doce da América do Sul. Acta
Amazônica, 8(4): 657-677.
Borges, D. R. 1987. Rio Araguaia Corpo e Alma. IBRASA Editora da Universidade de São Paulo, 240p.
Braga, F. M. de S. 1990. Aspectos da reprodução e alimentação de peixes comuns em um trecho do rio Tocantins entre Imperatriz e
Estreito, Estados do Maranhão e Tocantins, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, 50(3): 547-548.
Britski, H. A. 1976. Sobre uma nova espécie de Leporinus da Amazônia. Acta Amazonica, 6(4, Supl.): 87-89.
Britski, H. A. 1992. Conhecimento atual das relações filogenéticas de peixes neotropicais. In: Situação Atual e Perspectivas da Ictiologia
no Brasil. UEM, NUPÉLIA, SBI. Maringá. 42-57.
Britski, H. A. 1997. Descrição de duas espécies novas de Leporinus dos rios Araguaia e Tocantins, e comentários sobre as demais espécies
do gênero assinaladas na bacia (Ostariophysi, Characiformes, Anostomidae). Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da
PUCRS, série Zoologia, 10: 27-43.
Britski, H. A., K. Z. S. Silimon & B. S. Lopes. 2007. Peixes do Pantanal. Brasília, EMBRAPA, 230p.
Britto, M. R. 1998. Two new species of the genus Aspidoras (Siluriformes: Callichthyidae) from Central Brazil. Ichthyological Exploration
Freshwaters, 8: 359368.
Britto, M. R., F. C. T. Lima & C. R. Moreira. 2002. Aspidoras velites, a new catfish from the upper Rio Araguaia basin, Brazil (Teleostei:
Siluriformes: Callichthyidae). Proceedings of the Biological Society of Washington, 115(4): 727-736.
Buckup, P. A. 1993. Review of the characidiin fishes (Teleostei: Characiformes), with descriptions of four new genera and ten new species.
Ichthyological Exploration Freshwaters, 4(2): 97-154.
201
Burguess W. E. 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes, a preliminary survey of the Siluriformes. T.F.H. Publications,
784p.
Cardoso, A. R. & P. H. F. Lucinda. 2003. Three new species of Hemiancistrus (Teleostei: Siluriforms: Loricariidae) from the rio Tocantins basin
with comments on the genus. Ichthyological Exploration of Freshwaters, 14(1): 73-84.
Costa, W.J.E.M. 1991. Description dune nouvelle espèce du genre Pamphorichthys (Cyprinodontiformes: Poeciliidae) du bassin de lAraguai,
Brèsil. Revue Française dAquariologie, 18(2): 39-42.
Costa, W. J E. M. 1994. Description of two new species of the genus Moenkhausia (Characiformes: Characidae) from the central Brazil.
Zoologischer Anzeiger, 232: 2129.
Costa, C. G., C. C. B. Rodrigues, D. L. Paiva-Filho & J. B. R. Rodrigues. 1977. Estudo preliminar da ictiofauna do pólo Araguaia-
Tocantins. SUDEPE, Brasília. 171p.
Datovo, A. & M. I. Landim. 2005. Ituglanis macunaima, a new catfish from the rio Araguaia basin, Brazil (Siluriformes: Trichomycteridae).
Neotropical Ichthyology, 3(4): 455-464.
Eigenmann, C. H. 1918. The American Characidae. Memoirs of the Museum of Comparative Zoology, 43(2): 103-208.
Eigenmann, C. H. 1921. The American Characidae. Memoirs of the Museum of Comparative Zoology, 43(3): 209-310.
FEMA Fundação Estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso, 2000. Diagnóstico ambiental do Parque Estadual da Serra Azul. Barra
do Garças, MT.
Ferreira, E. J. G., J. A. S. Zuanon & G. M. Santos. 1998. Peixes comerciais do médio Amazonas: região de Santarém, Pará. Edições
IBAMA. Brasília DF, 211p.
Garavello, J. C. 1979. Revisão taxonômica do gênero Leporinus Spix, 1829 (Ostariophysi, Anostomidae). Unpublished Ph. D.
Dissertation, Universidade de São Paulo, 451 pp.
Garavello, J. C. & H. A. Britski. 2003. Family Anostomidae. Pp. 71-84. In: Reis, R. E, S. O. Kullander & C. F. Ferraris Jr. (Eds.). Check List of
the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre, Edipucrs, 729p.
Garutti, V. 1995. Revisão taxonômica dos Astyanax (Pisces, Characidae), com mancha umeral ovalada e mancha no pedúnculo
caudal, estendendo-se à extremidade dos raios caudais medianos, das bacias do Paraná, São Francisco e Amazônica. Tese de
Livre Docência, IBILCE-UNESP, São José do Rio Preto, 286p.
202
Garutti, V. 1998. Descrição de uma espécie nova de Astyanax (Teleostei, Characidae) da bacia do Tocantins, Brasil. Iheringia, Série
Zoologia, 85: 115-122.
Garutti, V. 1999. Descrição de Astyanax argyrimarginatus sp. n. (Characiformes, Characidae) procedente da Bacia do Rio Araguaia. Revista
Brasileira de Biologia, 59(4): 585-591.
Garutti, V. & H. A. Britski. 1997. Descrição de uma nova espécie de Astyanax (Teleostei, Characidae), com mancha umeral ovalada horizon-
talmente, procedente da bacia do rio Guaporé, Amazônia. Papéis avulsos de Zoologia, 40(14): 217-229.
Garutti, V. & H. A. Britski. 2000. Descrição de uma espécie nova de Astyanax (Teleostei: Characidae) da bacia do Alto rio Paraná e
considerações sobre as demais espécies do gênero na bacia. Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Série
Zoologia, 13: 65-88.
Garutti, V. & F. Langeani. 2009. Redescription of Astyanax goyacensis Eigenmann, 1908 (Ostariophysi: Characiformes: Characidae). Neotropical
Ichthyology, 7(3): 371-376.
Garutti, V. & P. C. Venere. 2009. Astyanax xavante, a new species of characid from middle rio Araguaia in the Cerrado region, Central Brazil
(Characiformes: Characidae). Neotropical Ichthyology, 7(3): 377-383.
Géry, J. 1977. Characoids of the World. Neptune City, T.F.H. Publications, 672p.
Gosline, W. A. 1947. Contributions to the classification of the Loricariid catfishes. Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 41: 79-
134.
Goulding, M. 1980. The fishes and the forest: Explorations in Amazonian Natural History. University of California Press, Berkeley, CA,
USA. 280p.
Isbrücker, I. J. H. 1980. Classification and catalogue of the mailed Loricariidae (Pisces, Siluriformes). Verslagen en Technische Gegevens,
22: 1-181.
Kullander, S. O. 2003. Family Cichlidae, Pp. 605-654. In: Reis, R.E., S.O. Kullander & C. J. Ferraris (eds.). Check List of the Freshwater
Fishes of South and Central America. Edipucrs, Porto Alegre, 729p.
Langeani, F. 1999. New species of Hemiodus (Ostariophysi, Characiformes, Hemiodontidae) from the Rio Tocantins, Brazil, with comments
on color patterns and tooth shapes within the species and genus. Copeia, 3: 718-722.
Lauzane, L. & G. Lobens. 1985. Peces del rio Mamoré. Paris Orston Cordobeni UTB. 116p.
203
Lima, F. C. T. 2004. Brycon gouldingi, a new species from the rio Tocantins drainage, Brazil (Ostariophysi: Characiformes: Characidae), with
a key to the species in the basin. Ichthyological Exploration of Freshwaters, 15(3): 279-287.
Lima, F. C. T., L. R. Malabarba, P. A. Buckup, J. F. Pezzi da Silva, R. P. Vari, A. Harold, R. Benine, O. T. Oyakawa, C. S. Pavanelli, N. A. Menezes,
C. A. S. Lucena, M. C. S. L. Malabarba, Z. M. S. Lucena, R. E. Reis, F. Langeani, L. Casatti, V. A. Bertaco, C. Moreira & P. H. F. Lucinda. 2003.
Genera Incertae Sedis in Characidae. Pp. 106-169 in: Reis, R. E., S. O. Kullander & C. J. Ferraris (eds.). Check List of the Freshwater
Fishes of South and Central America. Edipucrs, Porto Alegre, 729p.
Lima, J. D. 2003. Diversidade, estrutura da ictiofauna e condições limnológicas em um lago de planície inundável do rio das
Mortes, MT. Cuiabá, MT. Dissertação de Mestrado. UFMT. 110p.
Lowe-McConnell, R. H. 1991. Natural history of fishes in Araguaia and Xingu Amazonian tributaries, Serra do Roncador, Mato Grosso, Brazil.
Ichthyological Exploration of Freshwaters, 2(1): 63-82.
Lowe-McConnell, R. H. 1999. Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. São Paulo: Edusp. 535p.
Malabarba, L. R., R. E. Reis, R. P. Vari, Z. M. S. Lucena & C. A. S. Lucena. 1998. Phylogeny and classification of neotropical fishes.
Porto Alegre, Edipucrs, 603 p.
Melo, C. E. 1995. Hábitos alimentares, diversidade de peixes e condições limnológicas em um córrego de Cerrado, Barra do
Garças, MT. Dissertação de Mestrado. PPG Ecol. e Cons. da Biodiversidade, UFMT. Cuiabá, 176p.
Melo, C. E. 2000. Ecologia comparada da ictiofauna em córregos de cerrado do Brasil Central. Tese de Doutorado. São Carlos,
UFSCAR, 84p.
Melo, C. E., F. A. Machado & V. Pinto-Silva. 2004. Feeding habitats of fish from a stream in the savanna of Central Brazil, Araguaia Basin.
Neotropical Ichthyology, 2(1): 37-44.
Melo, C. E. & C.P. Röpke. 2004. Alimentação e Distribuição de Piaus (Pisces, Anostomidae) na Planície do Bananal, Mato Grosso, Brasil.
Revista Brasileira de Zoologia, 21(1): 51-56.
Melo, C. E., F. A. Lima, T. L. Melo & V. PINTO-SILVA. 2005. Peixes do Rio das Mortes: identificação e ecologia das espécies mais
comuns. Cuiabá, Central de Textos, 145p.
Melo, C. E.; F. A. Machado & V. Pinto-Silva. 2003. Diversidade de Peixes em um Córrego de Cerrado no Brasil Central. Brazilian Journal of
Ecology 1/2: 17-23.
204
Melo, F. A. G. 2001. Revisão taxonômica das espécies do gênero Astyanax Baird e Girard, 1854 (Teleostei: Characiformes: Characidae), da
região da Serra dos Órgãos. Arquivos do Museu Nacional, 59: 1-46.
Menezes, N. A. 1992. Redefinição taxonômica das espécies de Acestrorhynchus do grupo lacustris com a descrição de uma espécie
(Osteichthyes, Characiformes, Characidae). Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Série Zoologia, 5: 39-54.
Menezes, N. A. 2006. Description of five new species of Acestrocephalus Eigenmann and redescription of A. sardina and A. boehlkei
(Characiformes: Characidae). Neotropical Ichthyology, 4(4): 385-400.
Menezes, N. A. & J. Géry. 1983. Seven new acestrorhynchin characid species (Osteichthyes, Ostariophysi, Characiformes) with comments
on the systematics of the group. Revue Suisse de Zoologie, 90(3): 563-592.
Merona, B. 1987. Aspectos ecológicos da ictiofauna no baixo Tocantins. Acta Amazonica, 16/17: 109-124.
Nelson, J. S. 2006. Fishes of the world. John Wiley and Sons, Inc. New York. 4th edition. 601p.
Nijssen, H. & I. J. H. Isbrücker. 1976. The South American plated catfish genus Aspidoras R. von Ihering, 1907, with descriptions of nine
new species from Brazil (Pisces, Siluriformes, Callichthyidae). Bijadragen tot de Dierkunde, 46(1): 107-131.
Nijssen, H. & I. J. H. Isbrücker. 1980. A review of the genus Corydoras La Cepède, 1803 (Pisces, Siluriformes, Callichthyidae). Bijadragen
tot de Dierkunde, 50(1): 190-220.
Pavanelli, C. S. & H. A. Britski. 2003. Apareiodon Eigenmann, 1916 (Teleostei, Characiformes) from the Tocantins-Araguaia basin, with
description of three new species. Copeia, 2: 337-348.
Pirani, F .R., M. Sanchez & F. Pedroni. 2009. Fenologia de uma comunidade arbórea em Cerrado sentido restrito em Barra do Garças, MT.
Acta Botânica Brasílica 23(4): 1096-1109.
Ribeiro, J. F. & B. T. Walter. 2008. As principais fitofisionomias do bioma Cerrado. In: Sano, S. M.; S. P. Almeida & J. F. Ribeiro eds. Cerrado:
Ecologia e Flora. EMBRAPA, DF, p.153-212.
Rocha, M. S., R. R. de Oliveira & L. H. Rapp Py-Daniel A new species of Propimelodus Lundberg & Parisi, 2002 (Siluriformes: Pimelodidae)
from rio Araguaia, Mato Grosso, Brazil. Neotropical Ichthyology, 5(3): 279-284.
Sabaj, M. H. 2005. Taxonomic assessment of Leptodoras (Siluriformes: Doradidae) with descriptions of three new species. Neotropical
Ichthyology, 3(4):637-678.
Santos, G. M. & M. Jégu. 1989. Inventário taxonômico e redescrição das espécies de Anostomideos (Characiformes, Anostomidae) do baixo
Rio Tocantins, PA, Brasil. Acta Amazonica, 19: 159-213.
205
Santos, G. M., M. Jegu & B. Merona. 1984. Catálogo de peixes comerciais do Baixo Tocantins. Tucuruí. Eletronorte/CNPq/INPA. 80p.
Santos, G. M., B. Merona, A. A. Juras & M. Jégu. 2004. Peixes do Baixo Rio Tocantins: 20 anos depois da Usina Hidroelétrica
Tucurui. Eletronorte, Brasilia, 216p.
Silva, E. F. da S.; C. E. de Melo & P. C. Vênere. 2007. Fatores que influenciam a comunidade de peixes em dois ambientes no baixo Rio das
Mortes, Planície do Bananal, Mato Grosso, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 24(2): 482-492.
Tejerina-Garro, F. L., R. Fortin, M. A. Rodriguez. 1998. Fish community structure in relation to environmental variation in floodplain lakes of
the Araguaia River, Amazon Basin. Environmental Biology of Fishes. 51: 399-410.
Toledo-Pizza, M., N. A. Menezes & G. M. Santos, 1999. Revision of the Neotropical fish genus Hydrolycus (Ostariophysi: Cynodontidae) with
the description of two new species Ichthyological Exploration of Freshwaters, 10(3): 225-280.
Vari, R. P. 1983. Phylogenetic relationships of the families Curimatidae, Prochilodontidae, Anostomidae and Chilodontidae (Pisces: Characiformes).
Smithsonian Contributions to Zoology, 378: 1-60.
Vari, R. P. 1984a. Two new fish species of the genus Curimata (Pisces: Curimatidae) from Venezuela. Acta Biologica Venezuelica, 11(4):
27-43.
Vari, R. P. 1984b. Systematics of the Neotropical characiform genus Potamorhina (Pisces, Characiformes). Smithsonian Contributions to
Zoology, 400: 1-36.
Vari, R. P. 1988. The Curimatidae, a lowland Neotropical fish family (Pisces: Characiformes): distribution, endemism, and phylogenetic history.
Proceedings of a Workshop on Neotropical Distribution Patterns. (ed. by W.R Heyer, and P. E. Vanzolini), pp. 343-377. Academia
Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, Brazil.
Vari, R. P. 1989a. Systematics of the Neotropical characiform genus Curimata Bosc (Pisces: Characiformes). Smithsonian Contributions
to Zoology, 474: 1-63.
Vari, R. P. 1989b. Systematics of the Neotropical characiform genus Psectrogaster Eigenmann and Eigenmann (Pisces: Characiformes).
Smithsonian Contributions to Zoology, 481: 1-43.
Vari, R. P. 1991. Systematics of the Neotropical characiform genus Steindachnerina Fowler (Pisces, Ostariophysi). Smithsonian Contributions
to Zoology, 507: 1-118.
Vari, R. P. 1992a. Systematics of the Neotropical characiform genus Curimatella Eigenmann and Eigenmann (Pisces, Ostariophysi), with
summary comments on the Curimatidae. Smithsonian Contributions to Zoology, 533: 1-48.
206
Vari, R. P. 1992b. Systematics of the Neotropical Characiform genus Cyphocharax Fowler (Pisces, Ostariophysi). Smithsonian Contributions
to Zoology, 529: 1-137.
Vari, R. P. 1995. The Neotropical fish family Ctenoluciidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes): Supra and intrafamilial phylogenetic
relationships, with a revisionary study. Smithsonian Contributions to Zoology, 564: 1-97.
Vari, R. P. & A. S. Harold. 2001. Phylogenetic study of the Neotropical fish genera Creagrutus Günther and Piabina Reinhardt (Teleostei:
Ostariophysi: Characiformes), with a revision of the Cis-Andean species. Smithsonian Contributions to Zoology, 613:1-239.
Vari, R. P. & R. E. Reis. 1995. Curimata acutirostris, a new fish (Teleostei: Characiformes: Curimatidae) from the rio Araguaia, Brazil:
Description and phylogenetic relationships. Ichthyological Exploration of Freshwaters, 6(4): 297-304.
Vari, R. P., R. M. C. Castro & S. J. Raredon. 1995. The Neotropical fish family Chilodontidae (Teleostei: Characiformes): a phylogenetic study
and a revision of Caenotropus Günther. Smithsonian Contributions to Zoology, 577: 1-32.
Venere, P. C. & C. H. Melo. 1995. Levantamento ictiofaunístico e aspectos ecológicos dos peixes do médio Araguaia e de seus
afluentes. Reunião Especial da SBPC. Cuiabá-MT. p. 299
Venere, P. C. 1998. Diversificação cariotípica em peixes do Médio Araguaia, com ênfase em Characiformes e Siluriformes
(Ostariophysi). UFSCar. 129p. (Tese de Doutorado).
Weber, C. 1991. Nouveaux taxa dans Pterygoplichthys sensu lato (Pisces, Siluriformes, Loricariidae). Revue Suisse de Zoologie, 98(3):
637-643.
Weitzman, S. H. & W. Fink. 1983. Relationships of Neon Tetras, a group of South American freshwater fishes (Teleostei, Characidae) with
comments on the phylogeny of new world Characiforms. Bulletin of the Museum of Comparative Zoology, 150(6): 339-395.
Zawadzki, C. H., J. L. O. Birindelli & F. C. T. Lima. 2008. A new pale-spotted species of Hypostomus Lacépède (Siluriformes: Loricariidae) from
the rio Tocantins and rio Xingu basins in central Brazil. Neotropical Ichthyology, 6(3): 395-402.
207