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COLÉGIO PARAENSE - APOSTILA DE FÍSICA

1. NOTAÇÃO CIENTÍFICA

A notação científica serve para expressar números muito grandes ou muito pequenos. O
segredo é multiplicar um numero pequeno por uma potência de 10.
A forma de uma Notação científica é: m . 10 e, onde m significa mantissa e E significa ordem
de grandeza. A mantissa SEMPRE será um valor em módulo entre 1 e 10.
Transformando
Para transformar um numero grande qualquer em notação cientifica, devemos deslocar a
vírgula para a esquerda até o primeiro algarismo desta forma:
200 000 000 000 » 2,00 000 000 000
Note que a vírgula avançou 11 casas para a esquerda, então em notação científica este número
fica: 2 . 1011.
Para com valores muito pequenos, é só mover a vírgula para a direita, e a cada casa avançada,
diminuir 1 da ordem de grandeza:
0,0000000586 » movendo a vírgula para direita » 5,86 (avanço de 8 casas) » 5,86 . 10-8
-12.000.000.000.000 » -1,2 . 1013

1.1. EXERCÍCIO

1 – Determinem em notação científica os seguintes números:


a) 8 490 000 000 000 =

b) 0,000000569 =

c) 0,0000000000461 =

d) 4 724 300 000 000 =

e) 698 000 000 =

CINEMÁTICA ESCALAR
Embora frequentemente nos passem despercebidos, os fenômenos físicos estão sempre
presentes no nosso cotidiano. Poderíamos mesmo dizer que a Física aparece, de uma
forma ou de outra, em todas as atividades do homem.
A cinemática é a parte da física que estuda o movimento das “coisas” sem levar em
consideração o que provocou seu movimento. Mas para entendermos melhor essa parte
da física, vamos descrever os conceitos iniciais.

Referencial
Podemos dizer que referencial é o corpo em relação ao qual identificamos o estado de
repouso ou movimento de um móvel. Assim, dizemos que um móvel está se movendo em
relação a um determinado referencial se a sua posição se altera, com o passar do tempo,
em relação a ele.

Espaço de um móvel
Para localizarmos um móvel ao longo de uma trajetória, devemos orientá-la e adotar um
ponto como origem. A medida em relação ao ponto de origem até um ponto qualquer é
chamada de espaço S.

Variação do espaço

Vamos considerar um móvel que parte da cidade A que se encontra no Km 235 de uma
rodovia. O móvel demora cerca de 4h para chegar até a cidade B, que fica localizada no
Km 672 da mesma rodovia. Chamamos de variação de espaço a diferença entre o espaço
de chegada e o espaço de saída.

Onde:
ΔS é a variação do espaço
Si é o espaço de saída do móvel
Sf é o espaço de chegada do móvel

VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA


Em corridas automobilísticas é comum ouvirmos a citação da “velocidade média” de um
automóvel em determinada volta. Podemos definir a velocidade escalar média (Vm) de um
móvel por meio da relação entre a variação do espaço ΔS e o intervalo de tempo Δt. Assim,
temos:

Exemplos:
1 – Um carro saiu do km 65 de uma estrada às 17:00 horas e chegou ao seu destino no km 425
às 22:00 horas. Qual foi a sua velocidade média aproximada?
425−65
vm =
22−17
360
vm =
5
vm = 72 km/h

2 – Determine a velocidade média de um móvel que percorre 430 km em 5 horas.


430
vm =
5
vm = 86 km/h

EXERCÍCIOS
1 - Qual é a velocidade escalar média, em km/h, de uma pessoa que percorre a pé 1200 m em
20 min?
a) 4,8 km/h
b) 3,6 km/h
c) 2,7 km/h
d) 2,1 km/h
e) 1,2 km/h
2 - Alonso decidiu passear pelas cidades próximas da região onde mora. Para conhecer os
locais, ele gastou 2 horas percorrendo uma distância de 120 km. Que velocidade Alonso
estava em seu passeio?
a) 70 km/h
b) 80 km/h
c) 60 km/h
d) 90 km/h
3 - Uma pessoa, correndo, percorre 4,0 km com velocidade escalar média de 12 km/h. O
tempo do percurso é de:
a) 3,0 min
b) 8,0 min
c) 20 min
d) 30 min
e) 33 min
4 - Laura estava passeando no parque com uma velocidade de 10 m/s em sua bicicleta.
Realizando a conversão de unidades, qual seria essa velocidade se expressássemos em
quilômetros por hora?
a) 12 km/h
b) 10 km/h
c) 24 km/h
d) 36 km/h

ACELERAÇÃO ESCALAR MÉDIA

Podemos relacionar o termo aceleração com a variação da velocidade de um móvel no


decorrer do tempo. Assim, podemos definir aceleração escalar média αm de um móvel da
seguinte maneira:

Ex: Uma partícula parte do repouso e em 8 s. atinge velocidade média de 360 m/s. Determine
sua aceleração.
360
am =
8
am = 45 m/s2

MOVIMENTO UNIFORME
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em
um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma
velocidade constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a
velocidade instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na
velocidade em nenhum momento do percurso.
É importante não confundir o s que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.
Este é uma unidade de tempo. Para que haja essa diferenciação, no problema foram usados: S
(para deslocamento) e s (para segundo).

EXEMPLOS:
1 – Uma bicicleta sai do metro 10 de uma ciclovia a uma velocidade de 20 m/s. Onde ela
estará após 5 segundos?
S = S0 + V.t 
S = 10 + 20.5
S = 10 + 100
S = 110 m. 
2 – Um carro parte do início de uma estrada a uma velocidade de 60 Km/h. Quanto tempo ele
demorará para chegar ao Km 180?
S = S0 + V.t
180 = 0 + 60.t
180-0 = 60.t
180 = 60.t
60.t = 180
t = 180/60
t = 3 h.
EXERCICIOS

1. Um macaco que pula de galho em galho em um zoológico, demora 6 segundos para
atravessar sua jaula, que mede 12 metros. Qual a velocidade média dele?
2. Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4
horas, pois decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser
trocado, levando 1 hora e 20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o
carro desenvolveu durante a viagem?

3 - Uma bola de basebol é lançada com velocidade igual a 108m/s, e leva 0,6 segundo para
chegar ao rebatedor. Supondo que a bola se desloque com velocidade constante. Qual a
distância entre o arremessador e o rebatedor?

4 - Durante uma corrida de 100 metros rasos, um competidor se desloca com velocidade
média de 5m/s. Quanto tempo ele demora para completar o percurso?

5 - Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S = 20 + 5t (no SI).
Determine:
a) a posição inicial; b) a velocidade;
c) a posição no instante 4s; d) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
.

6 – A posição de um móvel varia com o tempo, segundo a função s = 10 + 2t (SI). Determine


para o móvel:
a) Sua posição inicial. b) Sua velocidade.

c) Sua posição no instante t = 2s. d) O instante que corresponde à posição 20m.

EQUAÇÃO DE TORRICELLI

"A equação de Torricelli é uma equação da Cinemática desenvolvida pelo físico e matemático
italiano Evangelista Torricelli. Essa equação permite determinar grandezas como aceleração,
velocidades final e inicial e, até mesmo, o deslocamento de um corpo que se move com
aceleração constante quando não se conhece o intervalo de tempo no qual o movimento
ocorreu."
"A equação de Torricelli é independente do tempo. Ela é desenvolvida a partir da junção da
função horária da velocidade com a função horária da posição para o movimento
uniformemente variado (MUV), ou seja, um movimento que ocorre em linha reta e com
aceleração constante. A equação de Torricelli é definida pela fórmula abaixo:"

V2 = v02 + 2 . a . ∆ s
V = velocidade final
V0 = velocidade inicial
a = aceleração
∆S = variação de espaço

Exemplo
Um carro de corrida encontra-se inicialmente em repouso até o momento em que é submetido
a uma aceleração de 20 m/s². Calcule a distância percorrida pelo carro até atingir a velocidade
de 30 m/s (108 km/h).

EXERCÍCIO
1 - Uma motocicleta tem velocidade inicial de 20 m/s e adquire uma aceleração constante e
igual a 2m/s². Calcule sua velocidade em km/h ao percorrer 100 m.

2 - Sabendo que a velocidade de uma aeronave no momento de decolagem é 300m/s, com


aceleração constante de 50 m/s², calcule quantos metros sobre a pista ela percorre a partir do
repouso.

DINÂMICA

A dinâmica, juntamente à cinemática e estática, integra o que conhecemos como mecânica.


Ela estuda as causas que dão origem ao movimento, ou seja, as forças.
Dinâmica é a área de conhecimento da Física que estuda a causa dos movimentos, analisando-
os e descrevendo-os de acordo com as forças que são responsáveis por produzi-los. A
dinâmica é, portanto, uma das áreas da mecânica, juntamente com a cinemática e a estática.
Dinâmica é a área da Física que estuda o movimento segundo as forças aplicadas.
Leis de Newton: descrevem os movimentos dos corpos por meio das forças que atuam sobre
eles. Ao todo, existem três leis de Newton: a lei da inércia, o princípio fundamental da
dinâmica e a lei da ação e reação. A partir das leis de Newton, também se estuda o
comportamento das forças de atrito, empuxo, tração, forças centrípetas etc.

LEIS DE NEWTON

Quando se fala em dinâmica de corpos, a imagem que vem à cabeça é a clássica e mitológica
de Isaac Newton, lendo seu livro sob uma macieira. Repentinamente, uma maçã cai sobre a
sua cabeça. Segundo consta, este foi o primeiro passo para o entendimento da gravidade, que
atraia a maçã.
Com o entendimento da gravidade, vieram o entendimento de Força, e as três Leis de Newton.
Na cinemática, estuda-se o movimento sem compreender sua causa. Na dinâmica, estudamos
a relação entre a força e movimento.

Força: É uma interação entre dois corpos.


O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreendê-lo, pode-se basear em efeitos
causados por ela, como:

Aceleração: faz com que o corpo altere a sua velocidade, quando uma força é aplicada.

Deformação: faz com que o corpo mude seu formato, quando sofre a ação de uma força.
Força Resultante: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um
corpo.
Dadas várias forças aplicadas a um corpo qualquer: A força resultante será igual a soma
vetorial de todas as forças aplicadas:
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica
Clássica, que justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.

1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia


Quando estamos dentro de um carro, e este contorna uma curva, nosso corpo tende a
permanecer com a mesma velocidade vetorial a que estava submetido antes da curva, isto dá a
impressão que se está sendo "jogado" para o lado contrário à curva. Isso porque a velocidade
vetorial é tangente a trajetória.
Quando estamos em um carro em movimento e este freia repentinamente, nos sentimos como
se fôssemos atirados para frente, pois nosso corpo tende a continuar em movimento. Estes e
vários outros efeitos semelhantes são explicados pelo princípio da inércia, cujo enunciado é:

"Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento


tende a permanecer em movimento."
Então, conclui-se que um corpo só altera seu estado de inércia se alguém ou alguma coisa
aplicar nele uma força resultante diferente de zero.

2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica


Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que
elas não produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da
aceleração de um corpo pela sua massa, ou seja:

ou em módulo: F = ma
Onde:
F é a resultante de todas as forças que agem sobre o corpo (em N);

m é a massa do corpo a qual as forças atuam (em kg);


a é a aceleração adquirida (em m/s²).

A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg m/s²


(quilograma metro por segundo ao quadrado).
Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por
ele?
F = ma
12 = 2a
a = 6m/s²

FORÇA DE TRAÇÃO
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível,
flexível e tem massa desprezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo,
a qual chamamos Força de Tração .

3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação


Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força
de ação. mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com
módulo e direção iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.

Esta é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:

"As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de
reação."

Exemplo
1 — Determine qual é a aceleração desenvolvida por um corpo de massa igual a 45 kg,
quando sujeito a uma força de 900 N.

F=m.a
900 = 45 . a
a = 900 / 45
a = 20 m/s2

FORÇA RESULTANTE

O movimento é algo muito presente em nossas vidas, acontece em seres animados e


inanimados. Isso é muito natural para nós, mas muitas vezes não percebemos o que o causa,
não é verdade? As pessoas sabem que um corpo solto no ar, por exemplo, tende a cair por que
não está sobre nenhuma superfície, mas muitas vezes elas não se atentam ao fato de que o que
causa o movimento de queda é a força da gravidade que o puxa para a superfície terrestre.
Então explicando melhor, o que causa movimento é determinada força, que é uma grandeza
vetorial e por isso tem as seguintes características:
– Módulo: intensidade da força aplicada;
– Direção: se é horizontal, diagonal ou vertical;
– Sentido: para que lado a força é (direita, esquerda, cima, baixo)
Existem diversos tipos de força: de atrito, peso, atração, elástica, entre outras. Cada uma pode
causar uma certa mudança de movimento, a qual depende de algo muito importante: a força
resultante, isto é, o resultado de todas as forças aplicadas em determinado corpo.
Para descobrir qual a força resultante são necessários cálculos de soma vetorial, que é a soma
de vetores.
Alguns exemplos de casos:
1 – Forças com mesma direção e sentido
Nesse caso o que se deve fazer, como mostra a figura, é somar as “setas” (vetores), ligando o
final de uma com o começo da outra. Caso os módulos das forças tenham sido apresentados é
só somar os números para ter o módulo da força resultante, que nesses casos vai ser sempre
diferente de zero, pois as forças têm mesma direção e sentido.

2 – Forças com mesma direção e sentidos opostos

Nesse caso como os sentidos dos vetores são opostos, uma das forças recebe o sinal negativo
e assim se tira um pedaço do outro vetor, como é mostrado na figura. E para saber o módulo
da força resultante se subtrai os módulos das forças. Agora, caso os vetores tenham o mesmo
módulo (com sinais diferentes, pois têm sentidos opostos), o resultado da força resultante será
zero e não haverá mudança de movimento.

3 – Forças perpendiculares
Já nesse caso a força resultante é calculada fazendo os dois vetores saírem do mesmo ponto,
formando um ângulo de 90° e assim fazendo um paralelogramo. A força resultante então é o
vetor que sai do ângulo e vai em direção ao ponto em que os paralelos das duas forças se
encontram. A soma dos módulos é feita através da fórmula de Hipotenusa, sendo assim:
Fr² = F1² + F2²
É importante ressaltar o fato de que a mudança de movimento só acontece se o resultado da
força resultante for diferente de zero.

EXEMPLO: Duas forças concorrentes, F1 e F2, de intensidade 8N e 6N, atuam num mesmo
ponto material, formando um ângulo α entre si. Determine a intensidade da força resultante
para os seguintes valores:
a) α = 0° b) α = 180° c) α = 60°
FR = F1 + F2 FR = F1 – F2 FR = √ F 12 + F 22 +2 F 1 . F 2 cos 60
F=8+6 F=8–6 F = √ 82 +62 +2 . 8 .6 .1/2
F = 14N F = 2N F = √ 64+36 +48
F = √ 148
F = 12,2N aproximadamente

EXERCÍCIO
1 – Duas forças concorrentes, F1 e F2, de intensidade 4N e 3N, atuam num mesmo ponto
material, formando um ângulo α entre si. Determine a intensidade da força resultante para os
seguintes valores:
a) α = 0° b) α = 180° c) α = 60°
ENERGIA MECÂNICA

Energia é a capacidade de executar um trabalho.


Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos
sistemas físicos. Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de
dinâmica são:
Energia Cinética;
Energia Potencial Gravitacional;
Energia Potencial Elástica;

ENERGIA CINÉTICA
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema
que põe o corpo em movimento.
Sua equação é dada por:

Utilizando a equação de Torricelli e considerando o inicio do movimento sendo o repouso,


teremos:

Substituindo no cálculo do trabalho:

 A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J)

EXEMPLO
1 – Calcule a energia cinética de um corpo de massa 1000 kg no instante em que sua
velocidade é de 3 km/h.
ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL

É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza.


É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o
nível de referência (solo, chão de uma sala).
Epg = mgh
Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a
altura diminui, perde Energia Potencial Gravitacional.

EXEMPLO

1 – Um ponto material de massa 80 kg está a 3 metros de altura. Determine sua energia


potencial gravitacional.

Epg = 80 . 9,8 . 3

Epg = 2352 J

ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA

Corresponde ao trabalho que a força Elástica realiza.


Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da
área do seu gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:
Como a área de um triângulo é dada por:

Então:
k. 2
Epe = x
2
EXEMPLO: Uma mola de constante elástica k = 800 N/m sofre uma deformação de 0,04 m.
Calcule a energia potencial elástica acumulada pela mola.
800 .
Epe = ( 0,04)2
2
Epe = 400 . 0,0016
Epe = 0,64 J

EXERCICIO

1 - Calcule a energia cinética de uma bola de massa 0,6 kg ao ser arremessada e atingir uma
velocidade de 5 m/s.

2 - Um corpo de massa de 6 kg está posicionado a uma altura de 30m. Calcule a energia


potencial gravitacional desse corpo.
3 - Calcule a energia potencial elástica armazenada em uma mola, cuja constante elástica é
100 N/m, que está comprimida, apresentando uma deformação de 45 cm.

ESCALAS TERMOMÉTRICAS

Atualmente, existem três escalas termométricas em uso no mundo:

1) Escala Celsius: Criada em 1742 pelo físico sueco Anders Celsius (1701 – 1744), essa
escala atribui o valor 0 °C para o ponto de fusão e 100 °C para o ponto de ebulição da água.

2) Escala Fahrenheit: Criada em 1708 pelo físico alemão Daniel Fahrenheit (1686 – 1736),
essa escala é utilizada principalmente nos países de língua inglesa e possui o valor 32 °F para
o ponto de fusão e 212 °F para a ebulição da água.

3) Escala Kelvin: Essa escala foi criada pelo inglês Willian Thompson (1824 – 1907),
conhecido como Lord Kelvin. Tendo como referência a temperatura do zero absoluto,
temperatura em que a vibração molecular cessa, a escala Kelvin é conhecida como escala
absoluta.

Lord Kelvin atribuiu o valor zero à temperatura de – 273,15 °C, que corresponde à
temperatura do zero absoluto. Assim, os pontos de fusão e ebulição na escala Kelvin
correspondem, respectivamente, a 273 K e 373 K. Essa escala não apresenta a notação grau
(°) e é utilizada pela comunidade científica.

Conversão entre escalas termométricas

A equação a seguir faz a transformação entre as temperaturas das escalas Celsius, Fahrenheit
e Kelvin. Ao aplicá-la, podemos transformar qualquer valor de temperatura e encontrar seu
correspondente em outra escala termométrica.
Nessa equação, TC, TF e TK representam temperaturas quaisquer nas escalas Celsius,
Fahrenheit e Kelvin, respectivamente.

Exemplo
Vamos utilizar a equação de transformação para encontrar o valor correspondente a 45 °C na
escala Fahrenheit.

A temperatura de 45 °C corresponde a 113 °F.  

EXERCICIO
1 - Um viajante, ao desembarcar no aeroporto de Londres, observou que o valor da
temperatura do ambiente na escala Fahrenheit é o quíntuplo do valor da temperatura na escala
Celsius. Essa temperatura é de:
a) 5°C
b) 10 °C
c) 15 °C
d) 20 °C
e) 25 °C
Resp: letra b

2 – Uma variação de temperatura de 300K equivale na escala Fahrenheit à uma variação de:
a) 540 ºF
b) 54 ºF
c) 300 ºF
d) 2700 ºF
e) n.d.a
Resp: letra a

DILATAÇÃO TÉRMICA

Rosimar Gouveia Escrito por Rosimar Gouveia Professora de Matemática e Física


Dilatação Térmica é a variação que ocorre nas dimensões de um corpo quando submetido a
uma variação de temperatura.
De uma maneira geral, os corpos, sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos, aumentam suas
dimensões quando aumentam sua temperatura.

Dilatação Linear
A dilatação linear leva em consideração a dilatação sofrida por um corpo apenas em uma das
suas dimensões. É o que acontece, por exemplo, com um fio, em que o seu comprimento é
mais relevante do que a sua espessura,
Para calcular a dilatação linear utilizamos a seguinte fórmula:
ΔL = L0.α.Δθ
Onde,
ΔL: Variação do comprimento (m ou cm)
L0: Comprimento inicial (m ou cm)
α: Coeficiente de dilatação linear (ºC-1)
Δθ: Variação de temperatura (ºC)

EXEMPLO:
1. Qual será o comprimento de uma barra de concreto de 2m a 30º C após ser exposta a uma
temperatura de 50º C?
O coeficiente de dilatação do concreto (α) é 12.10-6
ΔL = L0.α.Δθ
ΔL = 2 . 12 . 10-6. (50 - 30)
ΔL = 2 . 12 . 10-6.( 20)
ΔL = 2 . 12 . 20 . 10-6
ΔL = 480 . 10-6
ΔL = 0,00048
0,00048 é a variação do comprimento. Para sabermos o tamanho final da barra de concreto
temos de somar o comprimento inicial com a sua variação:
L = L0 + ΔL
L = 2 + 0,00048
L = 2,00048m

2 - Um fio de cobre tem 20m à temperatura de 20º C. Se a temperatura aumentar para 35º C
qual será o seu comprimento?
O coeficiente de dilatação do cobre (α) é 17.10-6
A temperatura inicial é de 20º C, enquanto a temperatura final é de 35º C
ΔL = L0.α.Δθ
ΔL = 20 . 17 . 10-6 . (35 - 20)
ΔL = 20 . 17 . 10-6 .(15)
ΔL = 20 . 17 . 15 . 10-6
ΔL = 5100 . 10-6
ΔL = 0,0051

0,0051 é a variação do comprimento. Para sabermos o tamanho final dao fio de cobre temos
de somar o comprimento inicial com a sua variação:
L = L0 + ΔL
L = 20 + 0,0051
L = 20,0051m

Dilatação Superficial
A dilatação superficial leva em consideração a dilatação sofrida por uma determinada
superfície. É o que acontece, por exemplo, com uma chapa de metal delgada.
Para calcular a dilatação superficial utilizamos a seguinte fórmula:
ΔA = A0.β.Δθ
Onde,
ΔA: Variação da área (m2 ou cm2)
A0: Área inicial (m2 ou cm2)
β: Coeficiente de dilatação superficial (ºC-1)
Δθ: Variação de temperatura (ºC)
Importa destacar que o coeficiente de dilatação superficial (β) é igual a duas vezes o valor do
coeficiente de dilatação linear(α), ou seja:β = 2 . α
EXEMPLO:
1 – Uma chapa, com área superficial de 5 m², é feita de um material cujo coeficiente de
dilatação superficial é de 10.10-6 °C-1. Calcule a variação da área superficial ao ser
submetida a uma variação de temperatura de 100 °C. Primeiro passo é organizar os dados:
ΔS = ?
S0 = 5 m²
β = 10.10-6 oC-1
Δθ = 100 ºC
Utilizaremos a fórmula da dilatação superficial:
ΔS = S0.β.Δθ
ΔS = 5 . 10.10-6 . 100
ΔS = 5000.10-6
ΔS = 0,005 m²
2 – Uma pedaço de aço em formato retangular é aquecido em 500 °C. Qual será a expansão da
superfície, sabendo que o coeficiente de dilatação superficial é do aço é de 22 . 10 -6 oC-1 e a
área inicial era de 200cm²?
Primeiro passo é organizar os dados:
ΔS = ?
S0 = 200 cm²
β = 22.10-6 0C-1
Δθ = 500 ºC
Utilizaremos a fórmula da dilatação superficial:
ΔS = S0 . β . Δθ
ΔS = 200 . 22.10-6 . 500
ΔS = 2200000.10-6
ΔS = 2,2 cm²
Portanto, a dilatação superficial foi de 2,2 cm².

Dilatação Volumétrica
A dilatação volumétrica resulta do aumento no volume de um corpo, o que acontece, por
exemplo, com uma barra de ouro.
Para calcular a dilatação volumétrica utilizamos a seguinte fórmula:
ΔV = V0 . γ . Δθ
Onde,
ΔV: Variação do volume (m3 ou cm3)
V0: Volume inicial (m3 ou cm3)
γ: Coeficiente de dilatação volumétrica (ºC-1)
Δθ: Variação de temperatura (ºC)
Repare que o coeficiente de dilatação volumétrico (γ) é três vezes maior que coeficiente de
dilatação linear (α), ou seja: γ=3.α

EXEMPLO:
1 - Um pedaço de aço, de coeficiente linear igual a 11∙10-6 °C-1 , teve sua temperatura variada
em 50°C e dilatou. Qual é a variação do seu volume em litros, sabendo que seu volume inicial
era de 5 m3 ?
Resolução:
Como não temos o valor do coeficiente de dilatação volumétrica, usaremos a sua relação com
o coeficiente de dilatação linear:
∆V = V0 ∙ 3 ∙ α ∙ ∆T
Substituindo os valores dados no enunciado, nesse caso não há necessidade de converter
nenhuma unidade de medida:
∆V = 5 ∙3 ∙ 11 ∙ 10-6 ∙ 50
∆V = 8250 ∙ 10-6
∆V = 8,250 ∙ 103 ∙ 10-6
∆V = 8,250 ∙ 10-3
∆V=0,00825 m3
Então, houve uma dilatação volumétrica de 0,00825 m3."

Exercícios
1) Um fio de aço apresenta comprimento igual a 20 m quando sua temperatura é de 40ºC.
Qual será seu comprimento quando sua temperatura for igual a 100 ºC? Considere do
coeficiente de dilatação linear do aço igual a 11.10-6 ºC-1.
2) Uma chapa quadrada de alumínio, possui lados iguais a 3 m quando sua temperatura é igual
a 80ºC. Qual será a variação da sua área, se a chapa for submetida a uma temperatura de
100ºC? Considere o coeficiente de dilatação linear do alumínio 22.10-6 ºC-1.

3 – Um cubo de aço é aquecido em 180 oC. Considerando que o volume inicial do cubo era
de 500 cm³ e que o coeficiente de dilatação volumétrica do aço é 33.10-6 oC-1, calcule a
variação do volume após o aquecimento. Ocultar resposta
Primeiro passo é organizar os dados:

HIDROSTÁTICA

Hidrostática é a parte da física que estuda fluidos em equilíbrio estático, considerando as


forças exercidas sobre os líquidos e gases em repouso, levando em conta também as forças
que eles exercem sobre os corpos. Diferentemente do que ocorre com as substâncias no estado
sólido, nos estados líquido e gasoso, a molécula possui mais mobilidade, o que resulta na sua
fluidez. Isso faz com que os fluidos mudem de forma e se adaptem mesmo ao ser submetidos
a pequenas forças.
Caracterizados pela capacidade de escoamento, os fluidos se deformam com facilidade, de
modo que, quando colocado em qualquer recipiente, as substâncias fluidas adquirem o
formato do mesmo. O escoamento dos fluidos varia de acordo com a sua viscosidade. Ou seja,
quando menor for a viscosidade, mais fácil será o escoamento do fluido, uma vez que a
viscosidade representa o atrito existente entre suas moléculas durante um movimento.
CONCEITOS DE HIDROSTÁTICA

A hidrostática trabalha com alguns conceito que são fundamentais para a sua compreensão.
Dentre eles estão os conceitos de: densidade, pressão, empuxo e o Princípio Fundamental da
Hidrostática.
O Princípio Fundamental da Hidrostática diz que dois pontos na horizontal do mesmo líquido
em equilíbrio, têm a mesma pressão. Conhecido como Lei de Stevin, esse aponta que a
pressão hidrostática não depende da área de contato do líquido e que a pressão aumenta
conforme a profundidade.

DENSIDADE
A densidade é uma grandeza física que faz uma relação entre a massa de um corpo e o seu
volume. É por meio da densidade que é possível identificar se a substância de um corpo é
mais ou menos compacta.
Ao fazer uma comparação entre dois corpos formados por materiais diferentes e com mesmo
volume, e dizer que um deles é mais pesado que o outro, na verdade está se fazendo uma
referência à densidade dos objetos.
Desse modo, corpos com pequeno volume e muita massa são considerados corpos de grande
densidade, enquanto os corpos que possuem pouca massa e grande volume são considerados
corpos de pequena densidade. Logo, a densidade é a relação entre a massa e volume de um
corpo. Para realizar este cálculo, utiliza-se a seguinte fórmula:
d = m/v
Onde:
d = Densidade
m = massa
v = volume

EXEMPLO:
Qual a densidade de um material que apresenta um volume de 200 mL e massa de 896 g?
d = m/V
d = 896 g/200 mL
d = 4,48 g/mL
A densidade é medida pelo Sistema Internacional (SI) em 1kg/m³. No caso da água em
temperatura ambiente (em média 25°C), sua densidade é 1g/cm³. Isso significa que 1cm³, que
corresponde a 1 mililitro de água, pesa 1g.

EXERCÍCIO
1 - O mercúrio é um metal que possui densidade de 13,6 g/cm³ em condições normais. Dessa
forma, um volume de 1 litro (1 m³) desse metal tem massa, em quilogramas, igual a:
a) 0,0136
b) 0,136
c) 1,36
d) 13,6
e) 136
Resp: m = 13,6 kg
2 - Um vidro contém 200 cm³ de mercúrio de densidade 13,6 g/cm³. A massa de mercúrio
contido no vidro é:
a) 0,8 kg
b) 0,68 kg
c) 2,72 kg
d) 27,2 kg
e) 6,8 kg
Resp: m = 2,72 kg

PRESSÃO

A pressão tem relação com densidade dos fluidos e a aceleração da gravidade. Ou seja, trata-
se de uma grandeza física resultante da relação entre a intensidade da força e a área em que
ela se distribui.
De acordo com o Princípio de Pascal quando se aplica uma força a um líquido, a pressão
causada é distribuída proporcionalmente em todas as direções e sentidos. Isso explica porque
quando um objeto é submerso na água ela exerce uma pressão sobre ele, de modo que quanto
mais fundo mergulhar, maior será essa pressão.
No SI, a unidade de pressão é o Pascal (Pa), nome adotado para N/m². A pressão pode ser
calculada pela seguinte fórmula:

P=d.h.g
Onde:
P = pressão hidrostática
d = densidade do líquido
h = altura do líquido no recipiente
g = aceleração da gravidade

Exemplo:
1 - Calcule a pressão exercida pelos pés de uma mulher de massa igual a 60,0 kg. Considere
que a mulher encontra-se em pé e que a área total de seus pés seja de 120 cm².

Dados: g = 10 m/s².

Assuma agora que a mulher esteja usando sapatos de salto alto e que a área total desses saltos
seja de, aproximadamente, 4 cm². Nesse caso, qual será o módulo da pressão exercida sobre o
solo?"

EXERCICIO
1 - Uma força de 200 N é aplicada sobre uma área de 0,05 m². A pressão exercida sobre essa
área é igual a:
a) 10 Pa
b) 2.103 Pa
c) 4.103 Pa
d) 200 Pa
e) 0,05 Pa
Resp: P = 4 . 103 Pa

CALORIMETRIA
Calor
Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato, podemos observar
que a temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do corpo "mais frio" aumenta, até o
momento em que ambos os corpos apresentem temperatura igual. Esta reação é causada pela
passagem de energia térmica do corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência
de energia é o que chamamos calor.
Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas diferentes.
A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI seja o joule
(J). Uma caloria equivale a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um
grama de água pura, sob pressão normal, de 14,5 °C para 15,5 °C.
A relação entre a caloria e o joule é dada por:
1 cal = 4,186J
Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de três simples.
Como 1 caloria é uma unidade pequena, utilizamos muito o seu múltiplo, a quilocaloria.
1 kcal = 10³cal
Calor sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da
temperatura de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da
Calorimetria, que diz que a quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua massa,
da variação da temperatura e de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza
de cada corpo denominada calor específico.
Assim:

Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C).
m = massa do corpo (g ou kg).
Δθ = variação de temperatura (°C).
 É interessante conhecer alguns valores de calores específicos:

Substância c (cal/g°C)

Alumínio 0,219
Água 1,000
Álcool 0,590
Cobre 0,093
Chumbo 0,031
Estanho 0,055
Ferro 0,119
Gelo 0,550
Mercúrio 0,033
Ouro 0,031
Prata 0,056

Vapor d'água 0,480

Zinco 0,093
Quando:
Q > : o corpo ganha calor.
Q < 0: o corpo perde calor.
 
Exemplo 1
Qual a quantidade de calor sensível necessária para aquecer uma barra de ferro de 2 kg de
20°C para 200 °C? Dado: calor específico do ferro = 0,119cal/g°C.
2 kg = 2000 g

EXERCICIO

1 – Um bloco de ferro com massa de 500 g está a uma temperatura de 20°C. O calor
específico do ferro é igual a 0,114 cal/g.°C. Qual a quantidade de calor que o bloco deve
receber quando sua temperatura estiver em 50°C?

Calor latente

Nem toda a troca de calor existente na natureza se detém a modificar a temperatura dos
corpos. Em alguns casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste caso, chamamos a
quantidade de calor calculada de calor latente.
A quantidade de calor latente (Q) é igual ao produto da massa do corpo (m) e de uma
constante de proporcionalidade (L).
Assim:

A constante de proporcionalidade é chamada calor latente de mudança de fase e se refere a


quantidade de calor que 1 g da substância calculada necessita para mudar de uma fase para
outra.
Além de depender da natureza da substância, este valor numérico depende de cada mudança
de estado físico.
Por exemplo, para a água:

Calor latente de fusão 80cal/g

Calor latente de vaporização 540cal/g

Calor latente de solidificação -80cal/g

Calor latente de condensação -540cal/g


 

Quando:
Q>0: o corpo funde ou vaporiza.
Q<0: o corpo solidifica ou condensa.

 Exemplo:
Qual a quantidade de calor necessária para que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água = 1g/cm³ e calor latente de vaporização da água = 540 cal/g.
Assim:

EXERCICIO
1 - Um corpo de massa 6g em estado sólido, é aquecido até o ponto de fusão. Sabendo que o
calor latente do corpo é de 35 cal/g, determine a quantidade de calor recebida pelo corpo.

Resp: Q = 210 cal


2 - Inicialmente em estado líquido, um corpo com massa igual a 40g, é resfriado e alcança
devido ao resfriamento o estado de fusão. Sabendo que a quantidade de calor é 1200 cal,
determine o calor latente de fusão desse corpo.

Resp: L = 30 cal/g
CARGA ELÉTRICA - LEI DE COULOMB

A Lei de Coulomb, formulada pelo físico francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806)
no final do século XVIII, abrange os estudos sobre a força elétrica entre partículas
eletricamente carregadas.
Ao observar a força eletrostática de atração entre as cargas de sinais opostos e de repulsão
entre cargas que apresentam o mesmo sinal, Coulomb propôs a seguinte teoria:
“A força elétrica de ação mútua entre duas cargas elétricas puntiformes tem intensidade
diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância que as separa”.
Assim, a Lei de Coulomb trata da força de atração e repulsão de partículas eletricamente
carregadas. Está é maior, quanto maior for o produto entre as cargas e diminui com a distância
entre elas.
Como estuda forças que agem sem haver contato, a Lei de Coulomb trata de um força de
campo.

Saiba mais sobre a Força Elétrica.


Fórmula da Lei de Coulomb

Logo, temos que   em que:

 F – força elétrica dada em N (newton) entre as duas cargas;

 k – é a constante dielétrica do vácuo, dada por 9,0.109 N.m²/C²;

 Q1 – intensidade da carga elétrica dada em c (coulomb) da carga 1;

 Q2 – intensidade da carga elétrica dada em c (coulomb) da carga 2;

 d – distância em m (metros) entre as duas cargas.

No Sistema internacional (SI), a unidade de medida das cargas elétricas, é o Coulomb (C), em
sua homenagem pelas contribuições à Física nos estudos da eletricidade.

EXEMPLOS:
1 - Duas pequenas esferas iguais eletrizadas com a mesma carga elétrica Q, situam-se a
distancia de 50 cm. No vácuo e repelem-se com forças de intensidade 1,44.10 -1. Determine a
carga elétrica Q dessas esferas. Considere K = 9.109 Nm²/C².

Q2 2
d
F = k0 . 2 → k0 . Q2 = F . d2 → Q2 = k 0
d k
Q2 = 1,44 10-1 . (0,5)2
9 . 109
Q = 0,16 . 10-1 . 0,25 . 10-9
2

Q2 = 0,4 . 10-1 . 10-9


Q2 = 4 . 10-1 . 10-1 . 10-9
Q2 = 4 . 10-12
Q = +√ 4 .10−12
Q = + 2 . 10-6 C ou Q = 2μC

EXERCÍCIO

1 – Duas cargas puntiformes, Q1 = 5 . 10-6 C e Q2 = -4 . 10-6 C, no vácuo, estão separadas por


uma distância de 0,3 m. Determinar a força elétrica entre elas.
Dado: k0 = 9 . 109 N . m2/C2.
Resp: F = 2N

2 - Duas cargas puntiformes, Q1 = 5 . 10-6 C e Q2 = 0,3 . 10-6 C, no vácuo, estão separadas por
uma distância de 5 cm. Determinar a força elétrica entre elas.
Dado: k0 = 9 . 109 N . m2/C2.
Resp: F = 54N
CAPACIDADE DE UM CONDUTOR

Suponhamos um condutor isolado de qualquer outro condutor. Se ele for carregado


sucessivamente com diversas cargas, a cada carga diferente ele atingirá um potencial
diferente. Sejam os potenciais que ele adquire respectivamente com as cargas. A experiência
mostra que se ele estiver isolado, o quociente de cada carga pelo potencial correspondente é
constante.

A constante C é chamada capacidade do condutor. Por definição, capacidade do condutor é o


quociente de sua carga pelo seu potencial, quando ele está isolado.

Temos então: ou

O fato de C ser constante indica que os potenciais que um condutor isolado adquire são
diretamente proporcionais às suas cargas. A condição de ele estar isolado é necessária,
porque, se estiver em presença de outros condutores eletrizados, o fenômeno de indução
modificará o seu potencial e a relação dada acima não subsistirá mais.
A capacidade do condutor depende de sua forma geométrica, de suas dimensões e do
meio no qual está colocado.
Na eletrostática, quando dizemos que um condutor está isolados, queremos dizer que
não está em contato com outros, e que está muito afastado dos outros condutores, de maneira
que não possa sofre indução.
EXEMPLO
1 – Calcular a capacidade de um condutor que possui carga de 2,0 μC e potencial de 800V.
Q
C=
V
−6
2. 10
C=
800
−6
2. 10
C= 2
8 . 10
C = 0,25 . 10-6 .10-2
C = 0,25 . 10-8
C = 2,5 . 10-1 . 10-8
C = 2,5 . 10-9 F ou C = 2,5 nF.

EXERCÍCIO
1 – Qual é a carga elétrica de um condutor de capacidade 2,0 . 10-8F e potencial de 2000 V?

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