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sfilipa de plencastrs SUMARIO FORJA DE ALMAS UM DESABAFO POR ONDE ANDAM 08 NOSSOS CHAPEUS?... AR LIVRE O DIA DA «MOCIDADE> INVERNO PAGINA DAS LUSITAS ("Ludevina ¢ 0 sou mal, © “Aventuras de Rosa Teimosa,) © LAR (A Habitagio © Receitas de Cosinha) TRABALHOS DE MAOS COLABORACAO DAS FILIADAS eee OBRA DAS MAES “MOCIDADE PORTU GUESA FEMININA” oe Sere ies Pare eCee est 2 Gomiseiado Naeio. BOLETIM a cement ceca aay ae P Sa Siw Pr ro tempo héapede de uma senhora veneranda, a ctijo palicio o rei se viera refugiar. Todos os dine, logo de manhdeinhs, o rel levantavarce © dirigianse ao sett quartel general. Um din a senhora teve a curiosidade de entrar no quarto do rei, logo apés a sua saida, Sobre a mesinha de cabeceira estava um livrinho. Abriu-o: tratava-se de um livro de piedosas méditagdes—e um sinal marcava uma pagina do volume. A senhora fixou o nimero da pagina, e no dia seguinte, entrando de novo no quarto, pode verificar que o sinal tinha-avancado algu- mas paginas. E 0 caso repetit-se nos dias seguintes. Qliere dizer: —o rei da Bélgica, a-pesar-das preoeupagbes tremendas da guerra, nio sais do sett quarto, sem primeiro ter feito a sua meditagio.... Num dos muitos livros escritos tiltimamente sdbre essa figura extraordinaria de homem: cristio que foi o gtande Lyautey, Gartic conta-nos um paseo de uma conversa que o escritor tivera com 0 grande militar na sua propriedade de Thorey — lugar preferido por éle para. se recolher e ouvir melhor as vozes interiores—éle, o homem da acco. A meio da conversa, Lyau- tey, tem esta saida: . Fot nesse dia que Portugal resurgiv: @ a resurreitio 6 ainda mels do nto, porque 6 a vida imorall din are a «Mec espirilo nacionalst, recordando os heréis que arrscar fornar Portugal de novo livre e dando graces a Deus que abenroov © seu gesto ovsado, Ea"borecnjem oot heréis de 1640, um eatelo da M. P. fei, de menhé, depor um ramo de fldres no monumento dos tauradores. Em segulda, grande némero de Diigentes ¢ de com chnticoy por ym ‘grupo coral do filiadas. No firm da missa, © Sr. Arcebispe fez ume alocyio em que, relo- rindo-te 20 miligrio de clo que 16 encontrava no romano ¢ teria de marcadio 205 anh do Império, comparou cada festa do 1.° de Dezembro i oe 1o que = recorda © miliério de oiro da nossa jo de Portugal. recordar rowo pasado de aléria, dine —0 «os inpaie eredo&flaa go peel, raprandoo his Aqui, nesta igreja de Nossa Senhora dos Martires — mértires do Pitin'e de Fo—scb o car de Pacrosir de Portas, jl « Deus que os filhos que Deus vos der, he tugueses @ por isso mesmo bons cristios, para gléria e sah peso lta od, pr ae ena de Po foul > *Cantado © o dade a bénsio do Sanisimo Sscrx mento, © Sr. Arcebispo relirou-se precedido pelos guides e bandel- yma mank® clara o alegre, como dizem bro de 1640. iudo se repetia. .. O. mesmo sol dove ado, o met ria no coragio dot bons portugueses, ‘8 mouma Hézta erguida nas mios dum Prelado. .. D. Rodrigo da Cunha —entéo Arcebspo de Libos, que rmanhé, com @ Hésia nas mios, abencoou 2 revolugéo que tinh lado preperar— 6 hoje um punhado de cinzas. ». Os heréis dda Reslauragio sombras do passado... Mas Portugal vive! Por- tugel ioral! A tarde realizou-se ume sessio festive no Liceu Ma Vaz de Carvalho. Prosidiu 3 sesio 2 Exe Sr Condossa de Ri do O. M. E. N., que finha 3 dire a Comisséria Nacional da M. P. F, D. Marla Baptista Guardiola, a Adjunte D. Fernanda de Orey @ a Sub-Delegede Regional, D. Maria Emilia da Cost 2 exquerda a Adjunta D, Maria Luiza Van-Zeller, @ a Delegada Provincial, D. Alice Amslia Presidente ie Marte comme Care ravilhas Um eleito de lu © guides: como se 0 sangu fingido nelasficasse um esplendor de lr Nas galerias, entre colchas de damatco vermelho, lasos de fbres, nats liam meoramri orginal» iain, demos meine 08 & primeira enirega de disinivos 3: gree duadas — lagos de oro! Depois de cantedo o hino da Restauracéo, fol dede 2 palavra 8 Secreéria Geral da M. P. F., D. Aurora David, que falou sobre ‘ que nossa Comissérla Nacional ford cada uma de vés. Dentro de alguns instan! Imposigio do «lago de ouro: Um laco & unibo © © ouro com que éste foi bordado traduz 0 allo valor © a boleza desta uniéo. Ficarels com le. mals obriga a0 cumprimento dos vouos sdeveres> : deveres de filhas @ de lemis— deveres de estudantes © do raparigas. Ficareis com ale invesidas no vowo cargo de que a sua voz vibrate e fresca fez chogar aos nossos cora;des «Prometemos com fiemeza, Serhoras Dirigentes da M. P.F., seguir Incessanlemente os vossos conselhos e cumpririnteiramente as vossas orden. Pena & que 0 nota pouca idede © peqveno conhecimenio ddas coisas da vida vos no posia servir pare uma colaboracio mais ‘il, Alouma coisa colocamos ainda 8 vossa disposiio: © enlsiasmo 2 legria da nossa juventude, ave pode aritar bom alto as filadas roves que. chegom e's raparigas indiferentes, a nosa {6 profunda nos destinos de Porlugel, governado pelos principios do Estado Novo. Ete grito vindo do fundo de alma, cepaz de despertarlantos corasBes ainda ‘ries, peranle esta luz viva da nossa. prosperidade tie podemos nés fazd-lo ouvir por Por- Podemos aritar sem cessar s entidades adormecidas: Portugal redimido ! Portugal engrandacido! Portugal eritéo! Portugal eterno! E por fim, » encerrar a sessio, falou a Sr.t Condessa de Ribas, Presidente da'O. M. E. N. Depois de manifestado a sva satilacdo por ali xo encontrar @ presidir qu ima alegria por verfier 0 re nascimento adm verificando ma nossa Mocidade: Feminina — «renascimento que sério, profundo, corajose, que awe gure 10 now pals um futuro digno de sua Histériy —a Sr Cone dessa de Rilvas, dirigi em especial as graduadas. Algumas palavras. «Ser gra uma honra, mas também uma responsabilidade. Ser chele exige 0 exemplo, o dom de si proprio, © desintees- tado amor pelos 1aus ubordinados, uma dedicto que ndo expere recompense. Tam agora as chefes de castlo de educar a svar subordin das, de the formar o espirito: formar-thes rior que exalte a iva coragem thes dé uma atmostora do Felicidade pacilca © suave.» E a linda festa do «Dia da Mocidade? © hino da *Mocidade Lusi- tana, Mander lel tara da propria vida, alegria fagiu da natu morta. Mas nesta aparéneta de morte que o {nverno toma, realt« save wn escondido ¢ magnifico trabalho de vida, B” 0 tneerno que como diz Afonso Lopes Vieira, no «Elogio da Neves — 1 madrugede dov gem 1 e edolscacia dev Aeel> No inverno, como em todaa as estacées do ano, Deus continua a obra da eriagdo, que jamais we in- ferrompe, pols xe Dewn cennanse de eriar, 0 mundo detxaria de exise Ure E Deus que desfothon aa éroo- rea e faz eair a neve, val jd pen= sando com amor nas fldres que uma setoa nova faré desabrochar nessas drcores ¢ no aol que ha-de derreter a

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