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ÍNDICE
Introdução ......................................................................................................................................... 2
Tomada de decisão no contexto esportivo ...................................................................................... 5
Conhecimento, tomada de decisão e expertise no esporte ........................................................... 11
Conhecimento de atletas em função do nível de expertise .............................................. 13
Investigação centrada na tomada de decisão e nas estratégias visuais em atletas ........ 18
Alterações cerebrais em função da experiência ........................................................................... 22
Investigação sobre a ativação cerebral e a expertise ....................................................... 28
A tomada de decisão no treinador ................................................................................................. 32
Investigação aplicada acerca do treinador e a expertise ................................................. 33
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 38
SOBRE OS AUTORES .................................................................................................................. 55
Ϯ
Introdução
pesquisa se limitará aos aspectos relacionados à compreensão tática do jogo, ou seja, à leitura de
jogo, nomeadamente aos aspectos inerentes à tomada de decisão.
A tomada de decisão do treinador se caracteriza como uma habilidade cognitiva que, de
acordo com Kirschner e Vilsteren (1997), é formada pelos processos cognitivos de ordem superior,
com ou sobre os conhecimentos adquiridos e que devem ser testados por meio da exposição do
comportamento. A habilidade cognitiva, que consiste de operações ou ações que são medidas de
acordo com o quão bem uma pessoa mostra-se capaz de realizar estas operações (velocidade,
precisão, dentre outras), pode ser aprimorada ou alterada pela prática, por feedbacks extrínsecos e
intrínsecos. Assim, estas operações formam um conhecimento específico, os seus resultados (ou
produtos) se encerram neste.
O conhecimento do treinador assenta-se assim na mudança de paradigma que evolui das
questões relativas aquilo que os treinadores sabem (acúmulo de conhecimento) para a habilidade de
aplicar aquilo que sabem, se expressando em competências específicas, adaptadas às circunstâncias
da prática, mutáveis e imprevisíveis; garantem a tomada de decisão eficiente e eficaz para a
resolução dos problemas inerentes ao jogo (EGERLAND; SALLES; BALDI, 2015; SANTOS et
al., 2010; MESQUITA, 2010, 2015). Portanto, o processo de formação que leva à expertise do
treinador mostra-se relacionado com sua competência profissional, ou seja, do seu conhecimento do
esporte.
Os estudos realizados com treinadores, em sua maioria, verificaram quais as concepções que
estes possuem sobre metodologias de ensino (MENEZES; MARQUES; NUNOMURA, 2015;
RAMOS; NASCIMENTO; GRAÇA, 2009), auto percepção sobre competência (EGERLAND;
NASCIMENTO; BOTH, 2010; RESENDE; MESQUITA; FERNANDEZ, 2007) e sobre sua
formação profissional (BRASIL; RAMOS; NASCIMENTO, 2015; EGERLAND et al., 2013;
RAMOS et al., 2011). Além disso, observam-se numerosos estudos sobre o coaching, que
diferenciaram treinadores principiantes de experientes segundo o efeito do comportamento do
treinador em tarefas de aprendizagem, especificamente no tempo de empenho na tarefa (DARST;
LANGSDORF; RICHARDSON; KRAHENBUHL, 1981; LACY; MARTIN, 1994; TRUDEL;
BRUNELLE, 1985), o seu sentimento de competência, autoestima e grau de satisfação (REJESKI;
DARRACOTT; HUTSLAR, 1979; SINCLAIR; VEALEY, 1989; SMITH; SMOLL, 1990; SMITH;
ZANE; SMOLL; COPPEL, 1983) e os seus comportamentos sociais (FISHER et al., 1982;
LIUKKONEN; LAAKSO; TELAMA, 1996). A literatura centrada na formação dos treinadores
valoriza cada vez mais o desenvolvimento dos processos reflexivos sobre os problemas da prática
que emerge de forma situada, nomeadamente sobre a forma como os treinadores transformam o seu
ϱ
esporte, nomeadamente a teoria ecológica, a teoria intuitiva e a teoria cognitiva se diferenciam pelas
suas abordagens e postulados. Cada uma destas teorias será descrita brevemente, embora esta
pesquisa tenha como foco a teoria cognitiva.
A psicologia ecológica sugere a necessidade de se descrever e considerar o ambiente em que o
indivíduo se encontra antes de fazer perguntas sobre a forma como ele pode alcançar o
conhecimento acerca desse ambiente (ARAÚJO; DAVIDS, 2009). Desta forma, inicia-se a
interação entre indivíduo, atividade e ambiente para a solução de uma tarefa em situação ecológica
(ARAÚJO; DAVIDS; HRISTOVSKI, 2006). Assim, a tomada de decisão ocorre como resultado
dos aspectos que emergem do ambiente (ARAÚJO; DAVIDS; SERPA, 2005). Os autores destacam
uma relação direta entre a percepção e a ação, de acordo com as incertezas do meio ambiente e do
indivíduo (ARAÚJO; DAVIDS, 2009).
A abordagem ecológica proposta inicialmente por Gibson (1979) mostra que a tomada de
decisão é dependente das affordances ambientais, ou seja, das limitações e condicionantes da tarefa
presentes no meio. Neste modelo, o organismo humano ajusta-se via os órgãos periféricos, tais
como os olhos e a cabeça, para aquisição da informação que nos rodeia, mostrando que ambiente e
pessoa se influenciam mutuamente, causando alterações neste sistema (ARAÚJO; DAVIDS, 2009).
Nesta perspectiva, as decisões e ações são consideradas como uma relação interdependente do meio
ambiente, porém os processos cognitivos tais como atenção, memória e flexibilização cognitiva,
apresentam pouca relevância.
A teoria intuitiva, diferentemente da teoria ecológica, distingue a tomada de decisão de
acordo com a complexidade e velocidade do processamento de informações. Seu autor principal,
.DKQHPDQ GLVWLQJXH GRLV VLVWHPDV QR SURFHVVR GH WRPDGD GH GHFLVmR ³6LVWHPD ´ H
³6LVWHPD´$VRSHUDo}HVGR³6LVWHPD´LPSOLFDP HP GHFLV}HV LQWXLWLYDVDVTXHQRUPDOPHQWH
são rápidas, automáticas, sem esforço, associativas, implícitas e muitas vezes influenciadas pelas
emoções; elas também são reguladas por hábitos, por conseguinte, difíceis de controlar ou
modificar. Neste sentido, a decisão intuitiva, ou seja, a intuição é uma interação emergente entre os
processamentos do tipo botton-up e top-down$VRSHUDo}HVGR³6LVWHPD´LPSOLFDPHPGHFLV}HV
deliberativas, são mais lentas, de série, com esforço, mais propensas a serem monitoradas
consciente e deliberadamente controladas; elas são também relativamente flexíveis e
potencialmente governadas por regras.
Tversky e Kahneman (1974) descrevem as relações entre ambos os sistemas (Sistema 1
³LQWXLWLYR´H6LVWHPD³GHOLEHUDWLYR´FRPEDVHQDSUREDELOLGDGHGDVXDRFRUUrQFLD$VVLPTXDQWR
mais frequente for a situação, maior será a solicitação do Sistema 1. Em contrapartida, as situações
ϳ
menos comuns e/ou mais complexas, caso sejam identificadas pelo sistema nervoso central, serão
processadas pelo Sistema 2. O sistema perceptivo e as operações intuitivas do Sistema 1 geram
impressões sobre percepção e pensamento acerca das situações (KAHNEMAN, 2003), enquanto a
associação do pensamento consciente com a memória de trabalho explica a natureza lenta,
sequencial e de capacidade limitada do Sistema 2 (EVANS, 2008). Um exemplo no voleibol é
quando o treinador solicita ao líbero que fique mais próximo do atacante de ponta que está na rede
para ajudá-OR QD UHFHSomR ³6LVWHPD ´ &RQWXGR DSyV SHUFHEHU TXH D HVWUDWpJLD GD HTXLSH
adversária é sacar no jogador de ponta do fundo, devido a eficácia de recepção reduzida, o treinador
altera a formação de recepção e diminui o espaço de recepção do pior recebedor. A teoria cognitiva,
remetendo especificamente a mais recente, também denominada de cognitivismo contemporâneo
(NITSCH, 2009) será utilizada como pano de fundo desta pesquisa. A cognição é o termo comum
para designar todos os processos ou estruturas que se relacionam com a consciência ou o
conhecimento (BERGIUS, 1985). Relacionam-se com os processos cognitivos, aqueles que
SHUPLWHP D ³LQWHUSUHWDomR H RUGHQDPHQWR GDV LQIRUPDo}HV QD FRQVFLrQFLD DWUDYpV GDV IXQo}HV
LQWHOHFWXDLVHDIRUPDomRGHFRQFHLWRVSDVVtYHLVGHRIHUHFHUVROXo}HVGHXPSUREOHPD´%(5*,86
1985).
Os modelos explicativos da ação em esportes que se relacionam com as teorias cognitivas se
originam a partir do trabalho seminal de Mahlo (1980). Neste, a ação tática se inicia com a análise
da situação por meio da percepção e apreciação dos próprios conhecimentos, a segunda fase implica
em uma solução mental para a tarefa, e na terceira fase, a realização motora, ou seja, o produto, a
execução de uma habilidade motora. A proposta de Mahlo (1980) indica a importância de a ação ser
avaliada e armazenada na memória, interligando as experiências relativas ao processo e ao
resultado. De acordo com Matias e Greco (2010), o atleta, das modalidades consideradas no grupo
dos Jogos Esportivos Coletivos, deve antecipar e perceber os movimentos dos companheiros de
equipe, dos adversários e da bola, portanto suas ações devem ser antecipativas e não somente
reativas, como inicialmente se desprende do modelo proposto por Mahlo (1980).
O seguinte trabalho de impacto na área da psicologia do esporte a descrever o decorrer de
uma ação esportiva foi apresentado por Nitsch (1985). O autor refere que a ação esportiva se realiza
na interação da pessoa com o ambiente em dependência da tarefa que se defronta. A ação se
desenvolve em três fases:
a) $QWHFLSDomRFRPSRVWDSHORVSURFHVVRVGH³IRUPDomRGDLQWHQomR´HGH³SODQHMDPHQWR´
b) 5HDOL]DomRFRPSRVWDSHORVSURFHVVRVGHFRQWUROH³GRHVWDGR´HFRQWUROHGR³SURFHVVR´
c) ,QWHUSUHWDomRFRPSRVWDSHORVSURFHVVRVGH³DYDOLDomR´H³DWULEXLomR´
ϴ
Nitsch (2009) destaca que existe uma relação temporal entre a antecipação e a interpretação.
É importante destacar que segundo este autor, as três fases da ação são monitoradas pelos sistemas
de controle cognitivo, emocional e automático de forma a verificar cada uma dessas fases e seus
processos.
Nesta vertente de pensamento considera-se que ações nos esportes são intencionais (ou seja,
subjazem nestas as intenções táticas), dinâmicas, motivadas, direcionadas a uma meta, em interação
com percepções objetivas e subjetivas (SAMULSKI, 2009). De forma resumida, considera-se que
ações são movimentos coordenados e regulados por fatores cognitivos e emocionais que partem de
uma avaliação e percepção subjetiva da realidade em direção a consequências esperadas.
É importante destacar que a ação em esportes resulta dos processos conscientes, pois mesmo
as respostas intuitivas se apoiam em experiências anteriores, ou seja, com recurso da memória de
trabalho, à busca dessas vivências na memória de longo prazo. Nitsch (2009) considera que o
decorrer de uma ação em esportes se caracteriza por diferentes fases: a de antecipação, a de
realização e a de interpretação (FIGURA 1). Na fase de antecipação a pessoa antecipa mentalmente
a execução da ação e as consequências possíveis, baseando-se na avaliação das condições iniciais
da situação. A fase de realização é marcada pela realização dos planos de ação, juntamente com a
regulação dos processos sensoriomotores correspondentes. Na fase de interpretação a pessoa avalia
a possível execução e consequências da ação, baseando-se nos planos antecipados, ou seja,
desejados.
Na Teoria da Ação, a ação é regulada pela forma como o indivíduo percebe e adapta a sua
própria competência, com relação à tarefa a executar e conforme o ambiente em que se encontra
(NITSCH, 1985, 2009). Neste modelo a ação tática é produto da tríade ambiente-tarefa-pessoa,
sendo determinada tanto pelas condições subjetivas, interesse, atitudes, experiência, opiniões e
preconceitos, quanto pelas objetivas: condicionamento físico, aspectos antropométricos e
biomecânicos, condições climáticas e temperatura (MATIAS; GRECO, 2010).
ϵ
Conforme ocorre o incremento nas ligações que compõem a rede de conhecimento, observa-
se maior propensão à ativação neural (PETER; ANDREW, 1986). Contudo, existem resultados
controversos sobre a ativação cerebral e tomada de decisão no esporte em relação à expertise.
Kobayashi, Yasuda e Suzuki (2006) estudaram a relação entre a atividade do córtex pré-frontal e a
aquisição de uma habilidade por meio do fNIRS. Os autores observaram que conforme houve a
repetição da tarefa ocorreu a diminuição da ativação pré-frontal. Além disso, deduziram que a
ativação pré-frontal dos principiantes é elevada, pois precisaram armazenar muita informação nova
e alocar um grande espaço para o processamento de informações, incluindo a alocação de atenção
para novos estímulos relacionados e não relacionados com a tarefa.
Abreu et al. (2012) utilizaram a ressonância magnética funcional para explorar a capacidade
de tomar decisões acerca da previsão de ações específicas do basquetebol. A amostra deste estudo -
composta por atletas especialistas, que apresentavam entre 3 e 21 anos de prática na liga italiana
B/C, e principiantes, que nunca jogaram profissionalmente ou que jogaram em nível amador -
DVVLVWLUDPTXDUHQWDHGXDVFHQDVGDVpULH³%´SURILVVLRQDOLWDliana. Os resultados apontaram para a
similaridade na ativação pré-frontal de principiantes e especialistas, já que os dados encontrados
não diferiram segundo o tempo de prática para a previsão da ação. Ao se considerar esses resultados
evidencia-se que a ativação da rede neuronal dos processos de percepção da ação e execução
ϭϯ
A investigação tem incidido neste tema, sobretudo no processo de decisão e estratégias visuais
em atletas. A forma de síntese-resumo o quadro 2, a seguir, apresenta os estudos sobre a tomada de
decisão e as estratégias visuais no esporte, em atletas experientes e principiantes.
De acordo com o quadro 2, onze estudos compararam atletas experientes com principiantes e
observaram que: em sete estudos os atletas experientes apresentaram menor número de fixações e
maior tempo de fixação na detecção de sinais relevantes, diferenciando as estratégias visuais de
acordo com o local que direcionaram a atenção; dois estudos mostraram que as estratégias visuais
dos atletas principiantes em relação aos peritos são similares, sugerindo que a diferença encontra-se
no processamento da informação ao invés do local para onde a atenção foi direcionada; um estudo
Ϯϭ
mostrou que os atletas experientes realizaram maior número de fixações e menor tempo de fixação,
indicando que estes buscaram uma análise mais exploratória das cenas de análise para o
processamento de informação; e um estudo mostrou que os atletas experientes apresentaram menor
número de fixações e menor tempo de fixação, possivelmente devido a eficácia na identificação dos
sinais relevantes e o processamento de informação mais rápido. Além disso, três estudos
compararam grupos de atletas mais qualificados com menos qualificados, sendo que: dois estudos
observaram que o grupo de atletas mais qualificado realizou mais fixações com menor duração,
além de direcionarem a atenção para os espaços funcionais, ou seja, espaço entre jogadores que
permitiu a análise ampla da cena observada. Entretanto, dois estudos não verificaram diferenças
entre os grupos, sugerindo que esta ocorreu no processamento de informação, assim sendo, na
atividade cerebral.
Desta forma, observa-se que os estudos sobre estratégias visuais e tomada de decisão
mostraram inconsistência, embora exista indício dos experientes realizarem menor número de
fixações por mais tempo, fato observado em sete artigos descritos no quadro 2. Além disso,
percebe-se que o direcionamento da atenção e, principalmente, o processamento de informação são
essenciais no processo de tomada de decisão, sendo fatores diferenciadores quanto à expertise.
Assim, a atenção, por meio das fixações e extração de informações, mostra-se específica à
tarefa (BALLARD; HAYHOE, 2009; VICKERS, 2009) e os atletas experientes usam estratégias
mais eficientes no olhar do que os principiantes, já que aqueles restringem o foco de atenção apenas
nas informações relevantes para completar a tarefa em questão (MANN et al., 2007). Os
experientes apresentam estratégias de busca visual mais eficazes (WILLIAMS; DAVIDS, 1998),
rápidas e precisas no reconhecimento e recordação dos padrões de jogo, devido às informações
armazenadas na memória de longo prazo (WILLIAMS; DAVIDS, 1995).
A partir do treinamento sistematizado e de longo prazo, os experientes detectam os sinais
posturais do adversário, estruturas e padrões de jogo, bem como preveem com exatidão as
possibilidades de ocorrência de um evento (NORTH et al., 2009). Além disso, as adaptações na
habilidade cognitiva são específicas e mediadas por processos refinados e elaborados de codificação
e recuperação da memória de longo prazo (WILLIAMS et al., 2011). Assim, observa-se a
transferência de conhecimentos percepto-cognitivos entre os esportes, embora, estas habilidades
mostrem-se específicas à função no esporte (ABERNETHY; BAKER; CÔTÉ, 2005).
A superioridade na habilidade percepto-cognitivo associa-se à maior ativação das estruturas
corticais e subcorticais envolvidas nas habilidades cognitivas (BISHOP et al., 2013). Os experientes
apresentam mais conceitos sobre os jogos e situações esportivas do que os principiantes,
ϮϮ
1DV GLIHUHQWHV UHJL}HV GR VLVWHPD QHUYRVR FHQWUDO VH HQFRQWUDP RV SULQFLSDLV JUXSDPHQWRV
QHXURQDLV H FLUFXLWRV HQYROYLGRV QRV SURFHVVRV FRJQLWLYRV GHVWDFDQGR-VH R FyUWH[ FHUHEUDO
&216(1=$ 2 FyUWH[ FHUHEUDO Hғ YLVXalizado macroscopicamente como uma camada de
substância cinzenta que reveste todo o cérebro. Este, no caso da espécie humana, é girencefálico,
pois tem sua superfície marcada por sulcos e giros, de tal forma que a maior parte do córtex
permanece oculta a uma inspeção externa. Anatomicamente, o córtex cerebral é fracionado em
regiões denominadas lobos, a saber: frontal, parietal, temporal, occipital e lobo da insula, este
último visível quando se examina a profundidade do sulco lateral do cérebro. O córtex apresenta
uma arquitetura citoarquitetônica diversa, com inúmeros mapas corticais e Korbinian Brodmann,
para facilitar a identificação das diversas áreas cerebrais, dividiu o cérebro em mais de 50 regiões
(FIGURA 3), permitindo a localização precisa de regiões e funções (CONSENZA, 2013).
O lobo frontal ocupa 1/3 do cérebro humano e é responsável pelo processamento de
informações oriundas das regiões posteriores do córtex. As partes posteriores compreendem regiões
responsáveis pela informação sensorial enquanto a parte anterior (pré-frontal) organiza as
informações emotivas, mnemônicas e da atenção, oriundas do sistema límbico ou do cerebelo, além
das informações sensoriais (BOSA, 2001). O córtex pré-frontal ocupa a porção mais anterior do
lobo frontal, coordena a ligação entre as áreas de associação sensoriais e as áreas límbicas,
relacionando as informações do mundo externo, os processos emocionais e os processos
Ϯϯ
4c ± Córtex frontopolar
O córtex pré-frontal ventromedial tem ligações recíprocas com regiões do cérebro que estão
associadas com o processamento emocional (amígdala), memória (hipocampo) e processamento
sensorial de ordem superior (áreas de associação visuais temporais), bem como com o córtex pré-
frontal dorsolateral. O córtex pré-frontal dorsolateral tem ligações recíprocas com regiões do
cérebro que estão associadas ao controle motor (gânglios basais, córtex pré-motor, área motora
suplementar), monitoramento de desempenho (córtex cingulado) e processamento de ordem
superior sensorial (áreas de associação, córtex parietal). O córtex pré-frontal interliga-se com as
áreas ventromedial e dorsolateral do córtex pré-frontal (WOOD; GRAFMAN, 2003; BURGESS;
GONEN-YAACOVI; VOLLE, 2011).
O córtex pré-frontal ventromedial (OFC) suporta as funções de apoio que integram as
informações sobre a emoção, memória e estímulos ambientais. O córtex pré-frontal dorsolateral
(LPC) é responsável pela regulação do comportamento e controle das respostas aos estímulos
ambientais (WOOD; GRAFMAN, 2003). O córtex frontopolar (FPC) está mais envolvido em
Ϯϱ
Figura 5. Interação entre o córtex frontopolar, córtex pré-frontal dorsolateral e córtex pré-frontal
ventromedial. As setas verdes indicam ações excitatórias, enquanto as setas vermelhas indicam
ações inibitórias
Embora o córtex pré-frontal apresente capacidade limitada, descrita acima, os seres humanos
realizam tomadas de decisões complexas. A experiência, em uma situação específica, torna o
processo de tomada de decisão mais simples, reduzindo a incerteza e contingência durante a
detecção dos sinais relevantes e seleção da resposta apropriada ao cenário. Uma hipótese para este
fato é que o treinamento extensivo forma mapas geográficos mentais com conjunto de ramificações
cerebrais e criam um sistema eficiente de busca para a solução, que se baseia em estruturas
cerebrais especializadas, como o córtex parietal e o hipocampo (KOECHLIN; HYAFIL, 2007).
Na tomada de decisão, quando uma área específica do cérebro se torna metabolicamente ativa,
cada uma das células nervosas, individualmente, produz um sinal elétrico que é transmitido ao
longo dos axônios e dendritos para as membranas das células adjacentes. Esses sinais de potencial
de ação provocam o aumento no consumo de oxigênio pelas células neuronais e induzem ao
aumento secundário no volume e fluxo sanguíneo cerebral para atender ao aumento da demanda por
glicose e oxigênio (PERREY, 2008).
O aumento do fluxo sanguíneo cerebral e da taxa metabólica é consequência da atividade
cerebral, evidenciada pelo aumento na HbO2 (oxihemoglobina) acompanhada pela diminuição na
HHb (deoxyhemoglobina). Além disso, se verifica o aumento da atividade neuronal sem o aumento
do fluxo sanguíneo cerebral. Neste caso, há aumento da concentração de deoxyhemoglobina,
Ϯϳ
devido ao aumento metabólico do cérebro, embora esta resposta seja menos esperada do que a
citada anteriormente (TAMURA; HOSHI; OKADA, 1997).
Além das alterações supracitadas, existe a desativação na rede de modo padrão (default mode
network). A rede de modo padrão é definida como o conjunto de regiões do cérebro que são
consistentemente mais ativadas durante o repouso ou estado inicial passivo do que durante o
processamento dos estímulos ambientais (SHULMAN et al., 2007; RAICHLE et al., 2001). As
tarefas que demandam a memória episódica, entendida aqui como uma das componentes do sistema
de memória declarativa que corresponde à recordação de eventos ocorridos (SQUIRE;
KNOWLTON, 1995), geram a desativação da rede de modo padrão, bem como do córtex pré-
frontal medial (SESTIERI et al., 2011). A desativação destas áreas impede mudanças inadequadas
na atenção e ocorre após a detecção do alvo ou do sinal relevante, evitando o desvio da atenção para
estímulos irrelevantes (SHULMAN et al., 2007). A desativação na rede de modo padrão reflete a
alocação de recursos cerebrais em outras regiões a fim de melhorar a performance na tarefa,
principalmente quando estas são cognitivamente exigentes e dependentes dos recursos atencionais
para o processamento da informação (KOSHINO et al., 2014).
De acordo com a hipótese de eficiência neural, a ativação do cérebro, durante a resolução de
problemas, mostra-se dependente da experiência do sujeito, sendo que sujeitos mais experientes
apresentam menor ativação cerebral da área pré-frontal (NUSSBAUMER; GRABNER; STERN,
2015). Contudo, a complexidade e a dificuldade da tarefa interferem na ativação cerebral e o
treinamento pode não reduzir a ativação cerebral para a resolução de tarefas com dificuldade
moderada ou baixa (NUSSBAUMER; GRABNER; STERN, 2015).
A eficiência neural, oriunda de níveis mais elevados de inteligência ou pela experiência em
tarefas específicas (NUSSBAUMER; GRABNER; STERN, 2015), evidencia, consistentemente,
menor ativação cerebral. As pessoas mais inteligentes/experientes mostram menor atividade
cerebral no giro frontal inferior esquerdo, indicando que os cérebros destes têm capacidade de
processamento de informação eficiente nesta região e, como consequência, consomem menos
recursos metabólicos durante a tomada de decisão (DOMENICO et al., 2015). O hemisfério
esquerdo do cérebro, especificamente o córtex pré-frontal esquerdo, mostra-se relacionado com a
memória de trabalho e conhecimento conceitual. O córtex pré-frontal ventromedial esquerdo está
associado com o processamento de informações e com o mapeamento estímulo-resposta, enquanto
o córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo encontra-se relacionado com a memória de trabalho. Por
fim, o córtex frontopolar esquerdo evidencia o aumento da oxigenação local em tarefas cognitivas
de ordem superior, sendo responsável pelo controle hierárquico do processamento, pelo controle
Ϯϴ
cognitivo e pela alocação de recursos de memória de trabalho necessários para a solução da tarefa
(GLASCHER et al., 2010).
A investigação neste tema tem utilizado com mais frequência os instrumentos de ressonância
magnética e eletroencefalograma, no intuito de mapear as regiões que são ativadas durante a
realização de um movimento, planejamento do movimento ou imaginação do movimento. O quadro
3 apresenta estudos sobre tomada de decisão e ativação cerebral. O mesmo foi dividido conforme o
instrumento utilizado, tendo em vista as diferenças existentes entre a espectroscopia de
infravermelho próximo (fNIRS), ressonância magnética e eletroencefalograma.
corpo estriado,
responsável pela
percepção da ação,
para ambos os grupos.
SEO et al. (2012) Comparar a ativação Ressonância Os especialistas
cerebral entre magnética funcional apresentaram maior
principiantes e ativação das áreas
experientes em corticais associadas à
tarefas de atenção atenção visuo-espacial
visuo-espaciais. e memória de trabalho,
Além disso, incluindo o córtex
identificar diferenças frontal médio, área
na rede de modo motora suplementar e
padrão segundo a córtex pré-frontal
experiência. dorsolateral. No que se
refere à desativação do
cérebro, os
especialistas exibiram
maior desativação em
áreas corticais, tal
como o córtex
paracentral/precuneus
e porção anterior e
posterior do córtex
cingulado.
WRIGHT et al. Comparar a ativação Ressonância Jogadores mais
(2013) cerebral entre atletas magnética funcional qualificados
masculinos mais mostraram
qualificados, menos significativamente
qualificados e maior ativação no
mulheres menos córtex pré-motor e
qualificadas durante frontal, juntamente
a análise de vídeo de com a junção
futebol e posterior occipital-temporal
decisão se o jogador esquerda ( uma região
realizaria a finta ou sensível de movimento
não. visual).
BALSER et al. Analisar a influência Ressonância Os resultados
(2014) dos conhecimentos magnética funcional apontaram para um
específicos à tarefa aumento da ativação
na ativação cerebral do córtex parietal
em dois grupos de superior em
especialistas experientes, quando
treinados em comparados aos
diferentes esportes. principiantes.
KIM et al. (2014) Comparar a ativação Ressonância Os atletas de elite
cerebral em magnética funcional mostraram atividade
arqueiros de elite e na área motora
principiantes durante suplementar, área
uma simulação de temporoparietal, e área
ϯϭ
De acordo com o quadro 3, dois estudos analisaram a relação entre a ativação cerebral e a
recompensa, nove estudos relacionaram a ativação cerebral com o tempo de experiência, três
estudos compararam a ativação cerebral de praticantes com a de não praticantes e dois estudos
investigaram a ativação cerebral em atletas qualificados e menos qualificados. Os estudos sobre
recompensa mostraram, por meio da ressonância magnética funcional, que nas decisões
deliberativas ocorre maior ativação da área pré-frontal, bem como escolhas que demandam
recompensas a longo prazo. Os estudos que relacionaram o tempo de experiência com a ativação
cerebral observaram, por meio da ressonância magnética funcional, que os experientes não
apresentaram diferenças na ativação do córtex pré-frontal ou mostraram menor ativação desta área,
quando comparados aos principiantes. Além disso, observaram que ocorre maior desativação do
córtex cingulado. Apenas um estudo mostrou que experientes apresentam maior ativação da área
cerebral, sugerindo maior processamento de informação. Os estudos que compararam praticantes
com não praticantes observaram, por meio da ressonância magnética funcional e fNIRS, que
praticantes apresentaram menor ativação do córtex pré-frontal, verificando a eficiência neural
destes. Contudo, um estudo verificou que mergulhadores experientes apresentaram maior ativação.
Possivelmente este fato ocorreu devido ao tipo de tarefa que não permitiu aos nãos atletas qualquer
tipo de interpretação das cenas. Os estudos sobre atletas mais qualificados e menos qualificados
mostrou inconsistência, uma vez que um estudo mostrou maior ativação do córtex pré-frontal, por
meio da ressonância magnética funcional, e o outro estudo verificou menor ativação deste
utilizando o eletroencefalograma.
Embora as pesquisas apresentadas no quadro 3 mostrem uma inconsistência na ativação
cerebral, espera-se que a experiência oportunize a redução da ativação cerebral dos sujeitos, em
situações complexas, devido à eficiência neural. A formação de mapas estímulo-resposta permite a
detecção dos sinais relevantes com maior velocidade, propiciando menor demanda metabólica e
posterior desativação do córtex pré-frontal durante os processos de tomada de decisão. Além disso,
o lado esquerdo deste sofre adaptações e alterações na ativação, devido à eficiência neural nos
processos cognitivos superiores, neste caso os que se encontram envolvidos na tomada de decisão.
integrando-os para agir nas situações esportivas (MESQUITA, 2013). A ação dos treinadores
depende da aquisição de um conjunto de competências que se expressam na habilidade de tomar
decisões com êxito, adaptadas ao contexto situacional (BATISTA; GRAÇA; MATOS, 2008).
Então, a competência do treinador assenta na estrutura cognitiva que, do ponto de vista operacional,
engloba conhecimentos, habilidades, atitudes, meta-cognição e pensamento estratégico, bem como
pressupõe tomadas de decisão conscientes e intencionais para lidar com situações complexas e
imprevisíveis (WESTERA, 2001). Na recolha de informações da literatura afirma-se que os
treinadores experientes realizam treinos eficazes ao longo de um extenso período de tempo
(BOWES; JONES, 2006), tomam boas decisões (ABRAHAM; COLLINS, 1998; NASH;
COLLINS, 2006), ensinam, atempadamente, habilidades específicas do esporte (BUCKHAM,
2013), possuem elevado conhecimento sobre o esporte (KNOWLES; BORRIE; TELFER, 2005) e
mostram competências ao nível do pensamento crítico (ABRAHAM; COLLINS, 1998).
Estudos de Jones e Standage (2006) e Jones e Wallace (2006) realçaram a importância da
experiência do treinador na fundamentação e racionalização das decisões tomadas, com particular
incidência no relacionamento interpessoal com os atletas e na promoção de ambientes de prática
com impacto na qualidade das experiências dos atletas. De acordo com Dieffenbach, Gould e
Moffett (1999) o conhecimento específico do esporte é um dos aspectos mais relevantes do
treinador experiente. Para além disso, os treinadores experientes são bons em avaliar as técnicas,
aspectos táticos e estratégicos, bem como as equipes adversárias (BECKER, 2009). Em
contrapartida, Schempp, McCullick e Grant (2012) e Schempp et al. (2007) afirmam que o
treinador inexperiente apresenta dificuldades na escolha dos meios para promover o melhor clima
para o aperfeiçoamento do praticante e está excessivamente preocupado em manter o controle de
tudo o que se passa no treino e na competição.
Assim, na visão de Bian (2003), os treinadores experientes constituem um grupo de pessoas de elite,
altamente especializados, que possuem características únicas, promovem grande impacto nos seus
atletas e na sua modalidade desportiva. A expertise nos treinadores mostra-se dependente da prática
deliberada com duração entre 9,000 e 12,000 horas de experiências no esporte específico, sendo que
a especialização do treinador depende da integração entre conhecimentos acerca do esporte,
rendimento dos atletas e os diferentes contextos de trabalho (CÔTÉ; GILBERT, 2009).
pensamento tático.
MENEZES; 4 treinadores Entrevista Os treinadores experientes
MORATO; REIS experientes de semiestruturada sistematizam os treinamentos
(2015) handebol com exigências estratégico-
táticas semelhantes à
competição.
De acordo com o quadro 4 verifica-se que os sete estudos sobre o conhecimento do treinador
basearam-se principalmente em entrevistas semiestruturadas, um estudo analisou as estratégias
visuais e um estudo comparou o CTD de treinadores com o de atletas. O estudo de Moreno et al.
(2002) analisou as estratégias visuais de treinadores e identificou que os experientes apresentaram
menor número de fixações e maior tempo de fixação. Contudo, este estudo analisou as estratégias
visuais de treinadores de ginástica artística, provavelmente impossibilitando a transposição destes
resultados para os esportes coletivos que apresentam situações de oposição, traduzidos em situações
de análise mais complexas. O estudo que investigou os treinadores e atletas verificou que os
treinadores possuem um CTD mais elevado, corroborando com a ideia inicial desta revisão, onde
foi discutida a importância do treinador na formação do atleta.
O estudo de Vieira et al. (2014) evidenciou que os treinadores, independentemente do
tempo de prática e da excelência, relataram que é necessário transmitir aos atletas informações
técnico-táticas de maneira individualizada. Ao considerar o efeito da expertise na prática do
treinador, percebe-se que cinco estudos analisaram o comportamento do treinador experiente
(WIMAN; SALMONI; HALL, 2010; NASH; SPROULE; HORTON, 2011; DOUGLAS; HARDIN,
2014; MENEZES; MARQUES; NUNOMURA, 2015; MENEZES; MORATO; REIS, 2015) e
observaram que os treinadores de alto nível mostram-se comprometidos com o processo de
treinamento, sabem manipular o planejamento do treino, procuram auxiliar os atletas na aquisição
de habilidades técnicas/táticas do jogo e apresentam conhecimento acerca das situações específicas
do jogo. Além disso, nota-se que o treinador experiente, quando comparado ao principiante,
preocupa-se mais com os aspectos táticos e técnicos do jogo e busca realizar correções atempadas à
demanda da tarefa (GONÇALVES et al., 2010).
Abraham, Collins e Martindale (2006) afirmaram que o treinador expert possui
conhecimento específico sobre o esporte, bem como motivação no exercício da sua atividade. Neste
âmbito, o treinador é responsável por organizar, planejar e integrar de forma criativa a estratégia, a
tática e a técnica como forma de potencializar o rendimento dos atletas. Para complementar isto,
ϯϳ
Ramos et al. (2011), ao entrevistarem quatro treinadores de basquetebol (com mais de dez anos de
experiência), descobriram que há grande valorização do conhecimento prático (ou de resolução de
problemas) pelos treinadores e que os propósitos de treino, muitas vezes, são influenciados por suas
experiências pessoais.
Os treinadores experientes possuem ampla hierarquia de conhecimentos de base dentro do
seu domínio; recurso rápido à memória de longo prazo quando confrontados com uma situação de
jogo, selecionando as melhores soluções; predição de resultados e efeitos através das competências
de percepção; automatismo comportamental e meticulosa auto avaliação (SCHEMPP;
MCCULLICK; GRANT, 2012). Assim, a experiência mostra-se como um fator diferenciador na
qualidade do ensino e requer que pesquisas sobre as características e práticas dos treinadores
experientes sejam realizadas com o intuito de encontrar uma atuação de excelência nesta função
(SCHEMP et al., 2007). Entre outras características, o tempo de atividade de treinador é referido
por Erickson, Cotê e Fraser-Thomas (2007) como fundamental, sendo que sobre este aspecto
recairia a necessidade de se estabelecer um limiar mínimo de experiência total no esporte, que
identifique as competências de um treinador de alto rendimento. Burden (1990) apresentou uma
classificação relativa à experiência, estruturada do seguinte modo: Fase de iniciação (1 a 2 anos de
experiência, conhecimento limitado); Fase de ajustamento (3 a 4 anos de experiência,
planejamento/organização); Fase de estabilização (5 ou mais anos de experiência, comando de
atividades de ensino e ambiente).
Até o presente momento, não se encontrou na literatura pesquisas que comparassem o
conhecimento dos treinadores experientes com o dos principiantes sobre as situações específicas de
jogo, por meio do teste de conhecimento do esporte, especificamente pela tomada de decisão
deliberada. Neste sentido, demandam-se ainda estudos comparativos sobre a tomada de decisão e
seus processos subjacentes para uma melhor compreensão da expertise no esporte, sobretudo no
treinador. As investigações sobre a expertise no treinador se basearam, principalmente, em
entrevistas que não se complementaram com o conhecimento relativo à qualidade da tomada de
decisão deste em testes específicos de conhecimento sobre o jogo, bem como os processos
subjacentes à tomada de decisão, nomeadamente as estratégias visuais utilizadas e o nível de
ativação cerebral.
Em uma análise geral a revisão apresentada no capítulo 3 desta tese mostrou que:
x Os estudos sobre ativação cerebral mostram inconsistência acerca da relação entre tempo de
prática e área ativada em atletas;
ϯϴ
x Os estudos que utilizaram o eye tracking não evidenciaram estratégias visuais típicas
geradas pela expertise em atletas e foi encontrado apenas um estudo com treinadores de
ginástica artística, impossibilitando a transposição dos achados para os esportes coletivos;
Os estudos sobre CTD e tomada de decisão em atletas são incongruentes e não permitem
diferenciar os principiantes dos experientes em relação a estes parâmetros.
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