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LTV nS INSTRUCAO TECNICA DE VIA N. 5 ConservacGo Metédica da Via RectificagGo do Assentamento e Quadramento das Travessas SUMARIO: 1— Objective do trabalho e particularidades 2—Tolerancias 3 — Sequéncia do trabalho 4— Medidas de seguranga 5—Ferramentas € utensflios Desenhos Entra em vigor a partir de 1 de Fevereiro de 1979 c Departamento de Instalagées Fixas Servigo de Via Distribuigio: Departamento de Instalagées Fixas Servigo de Via Regides Servicos de Instalagées Fixas Areas de Instalagies Fixas Secgdes de Via Trogos de Via Lancos de Via Distritos de Via Diviséo de Formacio Centro de Formagio Divisio de Renovacio RECTIFICACAO DO ASSENTAMENTO E QUADRAMENTO DAS TRAVESSAS 1. Objective do trabalho e particularidades 1.1 Com o espagamento correcto das travessas obtém-se uma con- veniente distribuic¢do sobre o balastro das cargas recebidas pelos carris, além de permitir a manuten¢@o do alinhamento da via e da respectiva bitola. S&o duas as operacdes a executar : —reposi¢éo do plano de assentamento das travessas; — quadramento das travessas; 1.2 As irregularidades de distribuicgdo ¢ de posigdo das travessas aparecem principalmente nas zonas das juntas ou nas zonas de res- piragdo das BLS e sdo provocadas pelo caminhamento dos carris. Sio agravadas por falta de aperto da pregagio, insuficiéncia da quantidade de balastro, defeitos de folga nas juntas, eto. Como a reposigéo do plano de assentamento das travessas é um trabalho que pode causar a desconsolidacio da via, é moroso e nfo tem influéncia sensfvel na qualidade da via e no conforto, nfio se vé necessidade de corrigir todos os defeitos, mas sim somente aqueles que ultrapassem umas certas tolerAncias, tolerancias essas que se estendem também ao quadramento e que séo: 2. Tolerancias 21 Tolerancias do assentamento @) A deslocagao da travessa nao deve ultrapassar 8 cm, em relagio ao plano de assentamento; 3. b) As travessas de junta com bartetas angulares devem estar situa- das de modo a permitir o aperto dos tirefonds nas recravas dessas barretas; c) Nas travessas de junta com barretas lisas, a posigio das tra- vessas deve ser tal que Os tirefonds ndo impecam a manobra dos parafusos nem estes o aperto dos tirefonds. 2.2 Tolerdncias do quadramento @) Por principio as travessas devem ficar perpendiculares ao eixo da via, admitindo-se na prdtica uma tolerancia até 5 cm de falsa esquadria (desquadramento), se consentida pela rectificagio da bitola; b) Nas juntas obedecem as condigées de redistribuigdo (ver 2.1.b © c) mas devem acompanhar o desquadramento dos carris, se © houver. Sequéncia do trabalho As operagdes sdo simultaneas para as duas correcgies. 3.1 Registo na via dos defeitos a corrigir @) Faz-se com marcas de giz branco sobre o bordo interior da cabega do carril, referidas ao eixo das travessas de uma fila (na qual a posigao das travessas seja jd a mais perfeita). — um traco vertical a indicar a posigGo correcta do eixo da tra- vessa que também ser4 utilizado depois para a verificaglo da bitola. b) Nas travessas de junta tem de medir-se a distincia até ao topo do carril com metro ou padrao apropriado ao tipo de material. c) Faz-se o transporte das marcas feitas numa fila para a outra usando o esquadro, excepto nas juntas. 3.2 Marcas para indicar a ripagem a) Travessa a ripar dos dois lados no mesmo sentido —uma seta a giz amarelo no meio da travessa nesse sentido. b) Travessa a ripar dos dois lados em sentidos contrarios — duas setas a giz amarelo, uma em cada cabega, com os sen- tidos correspondentes as deslocagées a sofrer. c) Travessa a ripar s6 de um lado —uma seta a giz amarelo nesse lado e no sentido da ripagem. d) Travessa em que vai ser aplicada gravilha (ripagem de 10 cm ou mais) —acrescentar a letra g junto A seta. e) Travessa que nao necessita de desguarnecimento (ripagem até 2 cm) —fazer um trago perpendicular & cauda da seta. 3.3 Execucio da ripagem a) Aliviar os tirefonds —do lado que deve mover-se — cerca de 1/4 de volta no maximo e apertando depois um deles, ligei- ramente; 5) Desguarnecer a travessa do lado conveniente (sentido da ripa- gem) até 1 cm abaixo da base da travessa (ou 5 cm numa ex- tensio de 30 cm para cada lado do carril, se o deslocamento for de 10 cm ou mais). Neste caso é feita uma distribuigdo de gravilha de modo a reconstituir a mesa de apoio para a travessa. Desguarnecer nos locais onde vao ser apticados os macacos: c) Levantar a via 10mm nas duas filas ao mesmo tempo, com -4 macacos de manivela espagados de 7 em 7 travessas ¢.colo- cados face a face, dois a dois; dy Ripar as travessas para a posicdo correcta com pancadas do mago de madeira ou utilizando a cabega redonda da alavanca de ripar. Nao bater nas cintas, se houver; e) Baixar os macacos ao mesmo tempo, pouco a pouco, ¢ retird-los; f) Os macacos passam depois para a frente numa distancia de 7 travessas; 8) Depois da ripagem, apertar os tirefonds que tinham sido ali- viados e colocar os fixadores onde for conveniente; hh) Guarnecer sumariamente antes do nivelamento. 4, Medidas de segurancga 4.1 Proteccdo do pessoal com avisadores sonoros ¢ sinais «S» —indicadores de trabalhos na via. 4.2 Se a deslocacao de uma travessa tem um valor maior do que metade da sua largura, deve considerar-se que houve desconsolidagio da via como se a travessa tivesse sido substituida. Neste caso : a) Nao executar o trabalho se a temperatura do carril puder atin- gir 45°C com pregag&o rigida e 40°C com pregacdo elistica; 6) Em cada passagem, nao desguarnecer mais do que duas traves- sas consecutivas ¢ mais que 1/3 das travessas dum mesmo carril; c) Em BLS, cumprir as condicGes para os trabalhos de 2* ca- tegoria. 5. Ferramentas e utensilios —esquadro de via — para transportar as esquadrias de uma para a outra fila 7 -~-metro ou padrao— para medir espacamentos ¢ diferengas * —chave de tirefonds — para desapertar ¢ apertar os tirefonds — bita — para desguarnecer as travessas —pa de bico— para colocar gravilha, quando necessério: —macacos de manivela — para levantar a via; —maco de madeira — para bater nas travessas para as deslocar e@ —alavanea de ripar — para deslocar as travessas; — forquilha — para reguarnecer as travessas; —termémetro para carris — para medir temperaturas; —avisador sonore— para proteceao do pessoal; —sinais «S» — indicadores de trabalhos na via CONSERVACAO METODICA DA VIA RECTIFICACAO D0 ASSENTAMENTO E QUADRAMENTO OAS TRAVESSAS Fig.1 warcas a intcrever na via. Fig.2 colocaeso da grain Sentigo de_ripagem

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