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@ LEW ne 14 INSTRUCAO TECNICA DE VIA N. 11 Conservagado Metédica da Via NIVELAMENTO — LEVANTES MEDIDOS SUMARIO: 1—Objectivo © descrigio geral 2—Tolertncias 3—Tipos de Levantes medidos 4—Sequéncia do trabalho S—MedigHo dos levantes a executar 6 —Execuho dos levantes medidos continuos 7—Levantes medidos descontinuos 8—Levantes medidos nas juntas 9—Caso especial das vias com juntas alternadas 10 — Medidas de seguranca 11 Organizagio do Estaleiro 12 —Ferramentas ¢ utensilios Desenhos Entra em vigor a partir de 1 de Fevereiro de 1979 c Departamento de Instalagdes Fixas Serviga de Via Distribuigdéo: Departamento de Instalagées Fixas Servico de Via Regides Servigos de Instalagdes Fixas Areas de Instalacdes Fixas Seegdes de Via Trogos de Via Langos de Via Distritos de Via Divisio de Formacho Centro de Formacto Divisio de Renovagio NIVELAMENTO — LEVANTES MEDIDOS 1. Objectivo e descricéo geral Chama-se «Levantes Medidos» a um processo de trabalho desti- nado a colocar a via no nfvel correcto e solidamente apoiada, mediante a introdugdo — por baixo das travessas e em cima do seu calo de apoio —de camadas de gravilha com espessuras correspondentes aos defeitos de nivelamento que sido previamente determinados. A técnica utilizada consiste no levantamento condicionado da via, executado simultaneamente em ambas as filas, por meio de macacos, para permitir a introdugdo da gravilha calibrada por baixo das traves- sas em quantidades determinadas, de modo que a via fique bem desem- penada e apoiada. Neste processo de trabalho, a gravilha ¢ colocada em camada, sem ser compactada, na espessura adequada 4 grandeza dos defeitos de ni- velamento verificados na via. E um processo que exige muito cuidade ¢ critério na sua aplicagdo para se conseguir o resultado desejado. 2. Tolerancias Os defeitos de nivelamento podem ser longitudinais ou transversais. 2.1 Os defeitos longitudinais correspondem ao aparecimento em intervalos curtos (3 a 50 metros) de um ou varios pontos, altos ou bai- xos, no perfil longitudinal ao longo de cada carril, ¢ que resultam de irregularidades produzidas nos apoios das travessas por acgdo da cir- culagdo dos comboios, Como norma, devem corrigir-se os defeitos de nivelamento longi- tudinal logo depois de serem detectados ¢ sempre que as tolerAncias transversais forem ultrapassadas. Nao é facil fixar valores limites de tolerancia para o nivelamento longitudinal, ndo s6 porque o9 inconvenientes e riscos dependem da quantidade desses defeitos em certa extensdo, mas principalmente por- que estdo permanentemente em evolugdo ¢ os valores que em dado momento seriam tolerdveis pouco tempo depois j4 o nao sdo. O que 6 mais importante é considerar a influéncia do desnivela- mento longitudinal no nivelamento transversal porque um defeito no perfil longitudinal ao longo de uma fila pode colocar o nivelamento transversal fora das tolerancias. 2.2 Os defeitos de nivelamento transversal tm as mesmas causas dos longitudinais ¢ os seus valores sio preponderantes para a segu- ranca das circulagdes. Existe defeito de nivelamento transversal quando a escala real (medida no local) é diferente da escala fixada para cada ponto. A escala € nula em recta e nas curvas é fixada no respectivo estudo, 23 Tolerfncias de nivelamento transversal Valores maximos dos desvios dos valores fixados para cada trogo: —desvio de 10mm em via principal —desvio de 15mm em vias de circulagSo de passageiros —desvio de 20mm em vias secundérias, 2.4 Variagio da escala em cada 3 metros (empeno da via) E a variagfo por metro das escalas medidas em dois pontos dis- tanciados entre si de 3 metros. Valores miximos do empeno (que, quando excedidos, exigem cor- recofo imediata) : 6 mm/m para V = 60 km/hora (18mm em cada 3m) 5 mm/m para 60 < V < 80 km/hora (15mm em cada 3 my 4 mm/m para 80 < V <= 100 km/hora (12mm em cada 3m) 3,3 mm/m para 100 < V = 120 km/hora (10mm em cada 3m) 3° mm/m para V > 120 km/hora ( 9mm em cada 3m) Estes defeitos deverdo incluir a danca das travessas (via em carga). ww ar 5 2.5 Portanto, tendo em atencéo as tolerincias dos defeitos de ni- velamento transversal, podemos concluir que, se o defeito longitudinal aparece na mesma travessa ¢ s6 numa fila, a tolerfncia ¢ a correspon- dente & do desvio da escala fixada para esse ponto (como se indicou 10, 15 ou 20mm respectivamente para as vias principais, vias de cir- culacdo de passageiros ¢ vias secundérias), No caso dos defeitos longitudinais num trogo de via interessarem as duas filas ¢, por esse facto, se manter o nivelamento transversal den- tro das tolerancias, deve proceder-se & correcefo desses defeitos logo que atinjam os valores de: 20mm em vias principais 30mm em vias de circulagio de passageiros 40mm em vias secundérias valores estes medidos num comprimento de cerca de 10 metros, 3. Tipos de «levantes medidos» Utilizam-se 3 tipos de Levantes Medidos que se distinguem pela condigdo de os levantes ¢, consequentemente, a colocacio da camada do gravilha, serem obrigatérios em todas as travessas ou 96 em algu- mas ¢, neste viltimo caso, consoante ¢ aplicado ao longo de um trogo de via ou apenas na zona das juntas. 3.1 Levantes medidos continuos (LMC) A camada de gravilha é colocada em ambas as filas sob as tra- vessas. Para que essa condigdo se verifique sempre, impde-se um levante minimo nos pontos altos (P. A.) que sio os pontos dos carris que s¢ apresentam mais altos em relagdo & rasante média ao longo do trogo de via a nivelar, (ver 4.2 — 5). O valor desso levante m{nimo imposto nos pontos altos é previa- mente fixado conforme a experi¢ncia de comportamento da via ¢ estado dos apoios (calos) sob as travessas. Esse valor ¢ normalmente de 3 a Smm mas pode excepcional- mente ir até 10mm. 32 Levantes medidos descontinuos (LMD) Também se chamam levantes medidos com abatimento porque, além de nao se impor levantes nos P, A., reduzem-se os valores dos desn{veis determinados em 1 mm nas travessas das juntas e 2mm nas restantes travessas. Como nao sido autorizados valores negativos, con- sideram-se iguais a zero os resultados negativos. Resulta portanto que nos levantes medidos descontinuos sé se coloca a camada de gravilha em algumas trayessas, pois o valor do levante nos pontos altos da fila directriz ¢ igual a zero ¢ todos os defeitos determinados que tenham os valores de 2mm (ou de 1mm nas travessas de junta) consideram-se iguais a zero por ser imposta essa redugio. Os resultados negativos corresponderiam a rebaixar o calo da travessa, 0 que nfo é autorizado em nenhum caso. ‘A cota do levante deve ser pelo menos igual A danga depois de feita a deducdo de | ou 2mm. 3.3 Levantes medidos nas juntas (LMJ) Est&o sujeitos aos mesmos descontos aplicados nos levantes me- didos descontfnuos mas distinguem-se destes em dois aspectos : a) A medicdo dos defeitos ¢ feita independentemente em cada fila ¢ portanto sem considerar eventuais diferencas no nivelamento transversal que, no entanto, devem estar dentro das tolerncias; 5) Os defeitos 86 sdo medidos nas zonas das juntas ¢ no m{nimo em 2 travessas para cada lado quando se utiliza a régua funi- cular, ou em 4 travessas para cada lado quando se usa 0 visor ¢ 4 mira. 4. Sequéncia do trabalho 4.1 Trabalhos preliminares As operagdes de nivelamento num trogo da RI sé devem ser ini- ciadas depois de concluidos os seguintes trabalhos preliminares : a) Reviséo do material; 1 1b) Rectificagéo do tragado ¢ alinhamento que ndo deve ter defei- tos superiores a 20 mm; ©) Nivelamento prévio dos pontos singulares com cota obrigatéria, tais como aparelhos de via, concordincias em perfil longitudi- nal, PN, PI sem balastro, PS, zonas onde o gabarit em altura ndo permite levantar a via como por exemplo o caso da catend- ria baixa, ete; d) Preparagdo de depdsitos de gravilha ao longo de toda a zona dos trabalhos; : ¢) Estudo da organizacdo do estaleiro, dos intervalos entre circula- : gdes e da protecgfo da zona com limitagdo de velocidade, 1 quando necessirio, etc.: f) Verificagio da existéncia de apoio dos meios das travessas, efec- tuada por sondagem, ¢ o seu desguarnecimento, se necessdrio; 8) Fora da RI, antes do nivelamento, verificar o estado da prega- gHo, 2 posigdo das travessas ¢ o aperto dos parafusos das barretas. 4.2 Medig&éo dos levantes a executar (generalidades) Esta 1.* fase do trabalho compreende : a) Medico dos defeitos de estubilidade Estes defeitos resultam da existéncia de vazios por baixo das travessas (travessas dancantes) e sio medidos com os dang6- metros: b) Localizagéo dos pontos Bons (PB) Serio os Pontos Obrigatérios ou os Pontos Altos (PA) escolhi- dos na fila que levanta menos (fila directriz), para servirem de referéncia as leituras feitas para determinacio dos defeitos de nivelamento: ¢) Medigao dos defeitos de nivelamento Estes defeitos sio determinados em relagdo As cotas dos Pon- tos Bons (PB) escolhidos: d) Determinagdo dos levantes totais a executar Serd o cAlculo das correcgdes a fazer, impondo um levante mi- nimo nos PB no caso dos levantes medidos contfnuos ou im- pondo um abatimento geral aos valores dos defeitos nos levan- tes medidos descontfnuos. Todos os valores sido escritos nas travessas conforme se indica nas figuras respectivas (fig. 20 ¢ 29), destacando-se o valor final do levante a executar em cada travessa que é escrito a giz ver- melho na patilha do carril, do lado interior. 4.3 Execugao dos levantes Esta 2." fase do trabalho deve ser executada no mais curto prazo poss{ivel (depois das medi¢des), para termos a garantia de que os valo- tes dos defeitos nfo sofreram alteragdo por accéo dos factores que estio permanentemente produzindo a deformacfo da via (circulagdes ¢ intempéries). A sequéncia das operagdes na 2." fase é a seguinte : a) Desguarnecimento da via, segundo um esquema normalizado € em extensdo limitada; 4) Colocagéo dos macacos especialmente destinados a este tra- balho ¢ dispostos sempre 2 a 2, face a face, nas duas filas: c) Levantamento da via na altura de 40 mm, operago que ¢ controlada com bitolas com essa altura ¢ executada sempre simultaneamente em ambas as filas, mesmo que ndo haja colo- cago de gravilha, como nos casos de LMD e LMJ: d) Introdugdo da camada medida de gravilha, tendo o cui- dado de executer as rampas de transic&o: v) Retirada dos macacos 9 f) Guarnecimento da via, para facilitar a consolidag&o das ca- madas de gravilha, executado depois de passar pelo menos uma circulagdo; 4) Alinhamento da via, opera¢io que deve ser sempre executada depois da correccdo do nivelamento. 5. Medic&o dos levantes a executar (1. fase dos levantes’medidos) Nos parigrafos seguintes descreve-se o caso dos levantes medidos continues, Os casos particulares dos levantes medidos descontinuos ¢ das juntas, sdo tratados adiante nos iteng n.* 6 € 7, 5.1 Medigéo dos defeitos de estabilidade a) Estes defeitos, resultantes da falta de apoio sdlido por baixo das travessas, tem tendéncia a agravar-se, por accdo das circulagdes. As travessas nessas condigdes (travessas dancantes) sho locali- zadas com 0 auxflio do jalio de bola, batendo na travessa, em cada fila, a cerca de 10 cm. do carril, do lado exterior (ver fig. 2); esta operagiio executa-se separadamente em ‘cada uma das filas. Encontrado um numero de travessas dangantes, verifica-se qual 6 delas a que danca mais e marca-se a giz, na extremidade que danga, o sinal (+) (ver fig. respectivas n.* 1, 2 ¢ 3). As travessas firmes mais préximas desse grupo de travessas dancantes sio marcadas com os sinais < ou > (ver fig. 3). Se dos dois lados da firme h4 travessas dancantes, marca-se na travessa firme: > < ) A modig&o da altura do defeito ¢ feita com aparelhos quo me- dem o abaixamento do carril ou da travessa (suposta bem ligade ao carril) quando passa um comboio. O mais usado ¢ o dan- gémetro (ver fig. 4) que regista o abaixamento da travessa. O valor deste abaixamento 6 medido com a cunha graduada. Esta cout pode usar-se para medigéo directa, o que exige: desguarneci- mento prévio, calo sélido sob a travessa ¢ quadramento per- feito desta. Também pelo som da pancada com o jalao ¢ possivel a um agente com grande pritica avaliar a grandeza do defeito de estabilidade; c) Medigio com os dangémetros Emprega-se | dangémetro em cada grupo de 5 wavessas, colo- cando-o na travessa que danga mais. Para 10 travessas, usam-se dois e para 15 trés dangdmetros (ver disposigio na fig. 3). So entre 2 dangémetros h4 pelo menos 3 travessas instdveis, coloca-se mais 1 suplementar na que danca menos, e conside- ram-se os valores médios entre dangémetros. O niimero em mm, obtido com 1 dangémetro num grupo de 5 travessas isoladas, permitira determinar na fila respectiva ¢ dentro desse grupo de 5 travessas os valores para as contfguas © que seréo metade do dado pelo dangémetro. As travessas que estio a seguir &’s contfguas 4 do dangémetro terfo valores iguais a metade dos que foram obtidos para essas travessas cont{guas na operago precedente. Os valores so arredondados para as unidades inferiores. Exemplo: Caso de um grupo de 5 travessas: se 0 dangémetro indicou 5 mm ag contiguas terdo 5/2 ~ 2mm; as seguintes teréo 2/2 = 1 mm. Os valores séo registados nas travessas, fora dos carris ¢ junto & patilha destes, cm cada fila (fig. 29). O mesmo se passa Para © caso de um grupo de 10 travessas. Exemplo: Colocados 2 dangémetros nas travessas que dancam mais, a 3.* © 2 6.*, ¢ os valores obtidos foram 6 mm ¢ 10 mm. Entre estes dois dan- gémetros hé 2 travessas; a contigua & de 6mm, que é a 4.*, terd 6/2 = 3mm ¢ 2 contigua a de 10mm, que € a 5.*, teré 10/2 = 5 mm. Para as outras travessas situadas antes da de 6mm e depois da de 10 mm, o critério a seguir seré o mesmo que foi utilizado para o Ne W caso do grupo de 5 travessas, isto é, a que esté imediatamente antes da de 6mm, a 2%, terd um defeito de estabilidade de 6/2 = 3mm, a que est antes desta, a L.*, terd 3/2~ L mm. A que fica imediatamente de- pois da de 10mm. a 7.*. terd 10/2 = 5mm e assim sucessivamente. 5.2 Escotha dos Pontos Bons (PB) a) O objectivo desta operacao ¢ identificar os «perfis transversaiss mais vantajosos, ao longo do trogo de via a tratar, para servi- rem de base ao nivelamento da’ via. Por «perfis transversais» deve entender-se, neste caso, as linhas que unem 2 pontos da mesa de rolamento situados em esqua- dria sobre a mesma travessa. As vantagens que s¢ pretende obter sio a melhor estabilizacio da via com o minimo de despesa. b) A técnica para identificar estes «pettis transversais» tem por base a escolha dos pontos bons (PB) na fila que precisa de levantar menos ¢ se designa por fila directriz. Em cada travessa, a0 PB da fila directriz corresponde um PB da outra fila e ambos definem uma linha de «perfil transversal». Essas linhas definidas pelos ‘sucessivos PB ¢ depois de nivela- dag transversalmente (em recta sdo horizontais © em curva tém a-inclinagdo da escala) sdo tomadas como referéncia para a determinagdo dos defeitos de nivelamento @ corrigir. c) A escolha dos PB ¢ feita na fila directriz ¢ depende de varias condigdes exigindo critério ¢ ponderacho. Apresentant-se a seguir as condicdes gerais mais importantes a ter em atencdo na escolha dos PB: c.l) Devem ser escolhidos na fila que levanta menos (fila di- rectriz); ¢.2) Para saber qual € essa fila, interessa comegar por medir de 9 em 9 travessas (cerca de $ metros) o desn{vel transversal com a régua ¢ 0 nivel (fig. 5 © 6) ¢ escrevé-lo, dentro de um cfrculo, na metade da travessa do lado que tem de subir ¢ na zona interior ao carril. Nas curvas, fazer as medidas nos pontos em frente das estacas de piquetagem e no meio da distAncia entre elas. Esses pontos ficaréo também distanciados de 5 metros. Tgualmente nas curvas, o defeito do desnfvel transversal em mm, a escrever dentro do cfrculo, é em relagdo a es- cala da curva ¢ nao & horizontal, como sucede nos alinha- Mentos rectos; c.3) A fila que levanta menos serd a filado lado das meias travessas que nfo tém nuimeros dentro de circulos, pois é a que jé se encontra mais alta (tig. 21): eS c.4) Os PB nao devem ficar afastados mais de 30 metros para boa visibilidade da leitura na mira; ¢.5) Terdo de ser pontos obrigatérios, ov Pontos Altos (PA)— Pontos caracterizados por se encontrarem salientes ao longo do perfil longitudinal de uma dada fila ¢ corresponderem @ travessas firmes. Os PA estiio bem escolhidos quando, ‘na fila respectiva, a linha poligonal que eles definem nao toca nessa fila em mais nenhum ponto; ¢.6) Os pontos altos s&o identificados & vista com todo o cui- dado poig, so houver erro na escolha de um PA, as ope- ragdes de leitura com o visor ¢ a mira mostram o erro ¢ serd necessdrio corrigir a sua localizacko. d) Exemplos de escolha dos PB: e 5.2.1 Caso da via com pontos obrigatérios Procede-se previamente ao nivelamento desses pontos obrigatérios (por ataque manual ou por recalce, se houver balastro) tomando-os depois para PB de levante zero, isto é, pontos que ndo sero levantados (neste caso os PB so pontos limites da zona onde se aplicario os LMc). 0 caso dos aparelhos de via, concordAncias longitudinais, PN PI nio balastradas, zonas de: PS, catendria, cais, etc, com gabarits limitados em altura. 5.22 Caso geral Via em alinhamento recto ou em plena curva (escala nula ou constante). Medem-se ¢ escrevem-se os desniveis transversais de 9 em 9 tra- vessas (ver 4.2.c,2). Escolhem-se os PB observando a vista sob a fila que levanta menos, fila onde ndo hé valores escritos dentro dum cfrculo. Escreve-se PB seguido do levante minimo (ver 2.1), na cabeca da semi-travessa do lado dessa fila (fila directriz). Ex.: PB3. Também se pode escrever no meio da travessa (ver fig. 29). Determina-se nessa travessa o desnivel transversal com a régua res- pectiva ¢ inscreve-se dentro de um cfrculo. Ex.: (2). Nessa travessa, o PB da outra fila terdé um levante igual A soma do valor atribufdo a0 PB da fila directriz mais o valor do desn{vel transversal medido, Ex.: PB3+(2)}=PBS. A inscrigfio no meio da travessa ficard: § PB3 ou 3 PBS conforme 0 sentido da inscriclo. 5.2.3 Caso em que uma fila levanta muito mais que a outra — (Tergagem) Caso dos trogos em curva onde hé rectificagio da escala 6 trocos com grandes defeitos de nivelamento transversal (ver fig. 16 © 17). Nestes casos, para que a ponta da travessa ndo tenha de baixar, tem de se cumprir a seguinte condigéo, que se designa por —-Ter- gagem : Na mesma travessa deve verificar-se a seguinte relagio entre os valores de ievante dos dois PB nas duas filas: «o menor valor teré de ser pelo menos igual a um tergo da diferenga entre os dois valores (das duas filas) nessa travessa». Exemplo: Sendo o desn{vel transversal 14mm No caso de termos: na semi-travessa de um lado: PB3 (3 — levante imposto); do outro lado: (14) — PB17. Como 14/3=4,6 ~ 5 (arredonda-se sempre para cima). Corrige-se para PBS (5 novo levante imposto); do outro lado (14) — PBIO. 14 5.24 Caso das concordfncias parabdlicas Escala varlivel Escolhem-se 03 PB sobre a fila que levanta menos (fila directriz) ¢ escreve-se PB seguido do valor do levante minimo imposto. Se a fila directriz for a fila alta, medem-se os desniveis transver- sais nas travessas onde estdo situados esses pontos altos, determinando © defeito em relagdo A escala da curva em cada ponto (notar que a escala teérica sendo varidvel, tem de ser calculada para cada ponto). Sobre a fila baixa, o valor em cada PB é igual & soma do levante minimo imposto com o defeito determinado, de modo a obter-se a escala tedrica. O nivelamento 6 feito em primeiro lugar pela fila baixa, nivelan- do-se sempre os pontos situados em frente das estacas de piquetagem que so transportados para a outra fila, tendo em conta a escala. Em seguida & feito o nivelamento da fila directriz (fila alta) con- siderando como PB os jd anteriormente determinados e também os que foram obtidos em frente das estacas de piquetagem com o trasporte do nivelamento feito na fila baixa. Se a fila directriz for a fila baixa, o processo ¢ idéntico: os PB da fila baixa sido transportados para a fila alta, tendo em atencdo a escala em cada um deles, mas o nivelamento € feito também em primeiro lugar na fila baixa, seguindo-se em tudo o que foi dito para o caso anterior. Procedendo- -se assim: (em primeiro lugar sendo nivelada._a a fila baixa) hd a certeza de, em cada ponto,:se colocar.a escala devida. 5.25 Caso dos pontos de passagem SSo 09 pontos em que a fila qué levanta menos muda de lado. ‘Neste caso, procura-se com a régua e © nivel, o ponto onde o de- feito de nivelamento é nulo (ponto onde a fila directriz muda de lado). Indica-se P.P. nas duas cabecas da travessa correspondente 6 to- mam-se como PBS (fig. 21). 5.2.6 Caso da zona de concord&ncia entre dols trainéis de inclinag&o diferente Quando a diferenga entre as inclinagdes ¢ superior a 4 mm, a liga- 1s gdo entre os dois trainéis é feita por um arco de cfrculo, o que toma imposs{vel as visadas entre os pontos altos. Nesta zona deverio existir estacas de nivelamento de 10 em 10 metros. Escolhem-se os PB em frente a cada estaca ¢ medem-se com a régua e o nfvel as correccdes a fazer que so as diferengas para os niveis indicados pelas estacas, Também com a régua e o nivel se medem os desnfveis transversais determinando as correcgdes na outra fila. Atender a que ter sempre de haver em frente a cada estaca o levante minimo imposto para os levantes cont{nuos ou pela escala, pelo que, quando for preciso, aumenta-se em todas as estacas a mesma quan- tidade necessdria. 5.2.7 Caso de se obterem valores de correcgio superiores aos maximos autorizados pelas regras de segurancga em cada linha Procede-se do seguinte modo: no ponto onde o valor ¢ mais alto, cria-se um PB suplementar ¢ atribui-se-lhe o valor da correcgo mé- xima autorizada,em vez do valor inicialmente obtido. Corrige-se tam- bém o valor no PB da outra fila. As medicées sdo feitas utilizando este novo PB suplementar in- termédio. 5.28 Outros casos particulares Descrevem-se nas figuras anexas n.“ 9 a 18 outros casos que podem apresentar-se, indicando-se o modo de proceder para a escolha correcta dos PB. 5.3 Medigiéo dos defeitos de nivelamento A medig&o dos defeitos ¢ feita com o visor e a mira, primeiro numa fila ¢ depois na outra. 5.3.1 Os pontos bons PB foram escolhidos como se indicou o o seu afastamento 6 de 25 a 30 metros, para serem seguras as leituras da mira através do dculo do visor. 5.82 Nas travessas dos PB esto jd indicados os levantes nesses pontos © para cada uma das duas filas. 5.33 Os valores nos pontos intermédios entre dois PB serdo de- terminados pelas leituras a fazer com o visor (fig. 8) ¢ a mira (fig. 7). Esses valores sdo as diferengas de cotas, em relacdo & rasante que ligaré os dois PB consecutivos, depois de levantados. Para as leituras, é preciso regular o éculo de modo a visar 0 zero da mira segundo uma linha paralela a essa rasante para que as leituras na escala da mira sejam directas; (desniveis em mm iguais aos mm lidos na escala). 5.34 Para isso, coloca-se o visor em estado, regulado para uma altura igual & do levante escrito nesse PB. Se o visor nao tiver regula- g&o em altura, coloca-se em estacdo sobre um calco apoiado no carril, sendo a espessura daquele calco igual & do levante a fazer nesse ponto. No outro PB coloca-se a mira também regulada para uma altura igual & do levante determinado para esse ponto (se nao tiver regulagdo em altura, serd usado um calgo, conforme foi dito para o visor). Ter o cuidado de colocar a mira nivelada transversalmente (em estacio). O visor é entdo regulado de modo a apontar para o zero da escala da mira pois a visada nessas condi¢des seré paralela & rasante em rela- ¢&o & qual vio ser medidos os defeitos de nivelamento entre os dois PB. & preciso muito cuidado para n&o tocar no visor durante as lei- turas, 0 que poderia desreguld-lo ¢ obrigar a repetir todas as operagdes. 5.3.5 As leituras entre dois PB sdo feitas directamente em mm, Ou por interpolagdo, na escala da mira colocada, sem calgo ou regu- lada na posigio baixa, em cada ponto intermédio no trogo limitado pelos dois PB. 5.3.6 As leituras fazem-se de duas em duas travessas, a partir de PB onde se colocou primeiro a mira para @ regulag&o do visor ¢ no sentido deste, Nas juntas fazem-se leituras nas quatro travessas conti- uas A junta (2 de cada lado). Notar que o levantamento regulado da mira (ou © calco) s6 foi usado para apontar o dculo do visor e obter a linha rasante entre os "7 dois PB ¢ que, como nos pontos intermédios interessa ler o valor total do levante, regula-se a mira na posigdo baixa (ou nao se pe o calgo, no caso de ndo ter regulagao em altura). 5.3.7 Nas travessas intermédias sem leitura, considera-se um le- t vante igual & média aritmética das cont{guas, arredondada para menos. 5ah8 Execugio das leituras: 0 opetador do visor, normalmente o : chefe do distrito, faz as leituras enquanto um agente vai colocando a mira nos pontos intermédios (indicados em 4.3.6). ‘ © operador do visor diz em voz alta o valor observado na escala } da mira, o agente que est4 junto desta escreve o ntimero na semi-tra- : vessa (fig. 29) (do lado interior junto ao carril dessa fila) e repete, tam- | bém em voz alta, o numero que escreveu, para evitar enganos (deve sublinhar-se be » | 5.3.9 E importante ter em atengZo que se exige uma precisio das leituras da ordem do milimetro ¢ é indispens4vel por isso proceder a verificagdes dos valores medidos. Para verificar que ndo houve desregulamento do visor, no fim da operagio a mira ¢ colocada outra vez no ponto de partida ¢ a leitura correspondente deve ser igual ao valor do levante indicado na travessa desse PB. Se o valor for diferente, hd erro nas leituras ¢ tera que ser repetido todo o trabalho nesse trogo, 5.3.10 Visadas compridas Quando os PB estdo entre os 30 ¢ 60 metros € ndo permitem lei- luras correctas, cria-se um PBS a meia distancia com a ajuda do visor ¢ da mira. 5.311 Visadas curtas Quando a mira se aproxima do visor deixam de ser possiveis as leituras, pelo que ¢ necessirio.colocar o visor no PB onde inicialmente sé tinha colocado a mira. Regula-se novamente o visor como se indicou no n. 4.3.4 ¢ com- pletam-se as leituras. Se o visor permitir as leituras até & distancia de 3 travessas da- quela onde esta situado ¢ que entre © visor ¢ a mira nao haja qualquer junta, pode achar-se para a travessa intermédia (que est4 no meio das trés) um valor correspondente 4 média aritmética dos obtidos para as travessas da mira e do visor, evitando-se a deslocagéo deste. 5.3.12 Verificacio final com a régua e o nivel ‘Terminadas as leituras em cada trogo ¢ nas duas filas, mede-se com a régua e o nivel o desnivel transversal nos pontos onde se fizeram essas leituras, devendo o valor obtido ser igual 4 diferenga dos nimeros escritos em cada fila (considerar a escala nos trogos em curva) com as tolerancias de 1 a 2mm. 54 ‘Célculo dos levantes totais a executar Os levantes a executar em cada fila serdo iguais 4 soma dos valo- Tes marcados sobre a travessa dum ¢ doutro lado do carril e que s&o: @) Defeitos de estabilidade em milfmetros avaliados pelos dan- gémetros; 5) Defeitos de nivelamento em relagdo 4 rasante, em milfmetros, determinados pelas teituras na mira através do visor. Notar que nos levantes medidos continuos essas Ieituras, efectua- das como se descreveu nos n.™ 4.3.4 ¢ 4.3.5, consideram ja o levante m{nimo imposto nos pontos altos. Os valores finais dos levantes assim determinados s&o escritos com giz vermelho na patilha do carril do lado interior da via (fig. 29) © vio servir depois, na fase de execucdo, para a medida da espessura da camida de gravilha a introduzir sob cada uma das travessas. 6. Execucio dos levantes medidos continuos (2 fase dos levantes medidos) 61 Desguarnecimento O desguarnecimento € feito somente na extensko correspondente ao trabalho de um dia, de modo a deixar a via reguarnecida no fim da actividade didria (em vias cldssicas admite-se deixar desguarnecidos 100 metros durante dois dias no miximo). Portanto a extensdo a desguarnecer depende dos intervalos dis- poniveis. a) Nas vias com barras curtas O desguarnecimento é feito em metade do vdo na largura de 25cm. para cada lado do carril, em ambas as filas e em todas as travessas (fig. 22) mas s6 de um dos lados da travessa que sera escolhido : —do lado da aproximagio do comboio, nas vias de sentido tinico (via dupla): —do lado mais alto nas rampas (via tinica). Nos patamares das vias unicas, o desguarnecimento faz-se como. para as barras longas (ver b). Nos locais de aplicagéo dos macacos desguarnece-se do outro lado da travessa. b) Nas vias equipadas com barras longas O desguarnecimento ¢ feito em «quincéncios alternadamente numa ¢ noutra fila, com desguarnecimento total entre travessas numa largura de 25 cm. para cada lado do carril (fig. 22). Para colocar os macacos fazem-se desguarnecimentos locali- zados. 6.2 Levantamento da via Utilizam-se 4 macacos, 2 em cada fila, colocados de 9 em 9 vaos (cerca de 5,40 metros) nas travessas de madeira ¢ de 7 em 7 vidos nas travessas de betdo ¢ sempre que possivel no lado exterior a via (fig. 30). Se por razdes especiais tiverem de ficar do lado interior, exigem-se cuidados para garantir a seguranga ¢ para evitar eventuais contactos eléctricos entre filas. Se a sua posic&o coincidir com um v4o de junta, avancam-se para © v&o- seguinte. 20 As posigées em que irfo ficar os macacos durante os trabalhos devem ser assinaladas com uma + no lado exterior da patilha dos car- tig para, quando do desguarnecimento, poder ser preparado o intervalo para a sua colocacdo. Colocados os macacos em posigéo, com um agente em cada um deles, procede-se ao levantamento simultineo em ambas as filas na altura de 40mm que é controlada com uma bitola de madeira intro- duzida entre a face inferior da travessa e a base de apoio (fig. 23). 6.3 Introdugao da gravilha a) A gravilha deve encontrar-se junto ao local em depésitos pré- prios ou em sacos de plastico. Dois agentes fazem o abastecimento de gravilha nos carros des- tinados ao seu transporte ¢ que se apoiam no carril ¢ na tra- vessa (fig. 24); b) Dois outros agentes vao deslocando os carros da graviiha ¢ com as pds doseadoras (fig. 25 ¢ 26) vdo medindo as quantidades de gravilha, de acordo com os valores dos levantes indicados na patilha do carril, que depois ¢ despejada nas pds injectoras: cc) Por sua vez, os agentes que trabalham com as pds injectoras (fig. 27) um em cada fila, encostam-nas lateralmente ao carril, mantendo-as com 0 pé, recebem nelas a gravilha contida nas p4s doseadoras correspondentes, ¢ introduzem-na de cada lado do carril entre a travessa ¢ o calo, sem afectar este. Os agentes dao as pds, para facilitar a introdug&o da gravilha, um movimento de rotacdo alternado ¢ «injectam» com o man{- pulo mével, uma vez para doses até [0mm ¢ duas vezes para doses maiores, De cada lado do carril é introduzida a quantidade de gravitha indicada pelo valor escrito na patilha do carril a giz vermelho; 4) Ter 0 cuidado da gravilha nao cair fora do calo da travessa ao retirar a pd e sobretudo nio danificar o calo; ¢) Em cada meia wavessa aplica-se uma camada de cada lado do carril, uma camada a direita do carril e outra & esquerda (fig. 28); 4 f) No caso da diferenga dos levantes nas duas filas da mesma tra- vessa exceder 10 mm, ¢ preciso ajustar as camadas que se colo- cam de um lado e do outro do carril, deduzindo ou aumentando em 1/9 da diferenga entre os valores nas duas filas (ver fig. 32); 8) Os levantes medidos podem ser executados em duas passagens € nesse caso o procedimento indicado refere-se a cada uma das passagens. © trabalho faz-se em passagens sempre que © valor do levante ultrapasse os 20mm. Nesse caso, na primeira passagem exe- B cuta-se no maximo esse valor ¢ depois de passar um comboio. numa segunda passagem, completa-se o que falta (ver fig. 31). Na solugdo A da fig. 31 executam-se na primeira passagem to- dos os levantes até 20mm e na segunda passagem executa-se © que resta. Na solugéo B, na primeira passagem deixam-se pelo menos Smm por fazer em todas as travessas para na segunda passa- gem completar o trabalho tratando todas as travessas; h) No caso das barras longas soldadas (BLS) se o levante for grande, para cima de 30 mm, as passagens seguintes que sejam necessdrias devem ficar separadas entre si por um espaco m{- nimo de tempo correspondente ao perfodo de estabilizagio, nunca inferior a dois dias. 6.4 Rampas de seguranga 2 E obrigatério executar rampas de ligag&o entre uma zona nio tra- tada © uma zona tratada (fig. 33). Faz-se uma rampa proviséria para passar qualquer comboio que aparega ¢ faz-se uma rampa definitiva no fim do trabalho didrio. a) Rampa proviséria O disfarce teré de ser de 2mm por travessa. Onde for precisa, marca-se na travessa R2, R4, R6, etc, até obter 1 mm de diferenca para a maior altura do levante mar- cado na patilha do carril numa ¢ noutra fila. Notar que a extensio da rampa pode ser diferente numa fila ¢ noutra, pois os valores dos maiores levantes sfo em geral diferentes de uma fila para a outra (fig. 34). Ao executar a introdugdo da gravilha, coloca-se a quantidade prevista diminufda do valor da rampa escrito na travessa. Ficam a faltar os levantes indicados por R2, R4, etc., que s¢e- tHo executados em segunda fase depois de passar pelo menos um comboio. 6) Rampa definitiva O disfarce tera de ser de 1 mm por travessa. Procede-se de um modo semelhante ao descrito para a rampa proviséria, marcando nas travessas R1, R2, R3, etc. A rampa deve terminar junto a um ponto alto ¢ fora das juntas ou zona de aparelho de via (fig. 35). 6.5 Reguarnecimento Deve fazer-so no préprio dia na zona onde se executaram os levan- tes medidos. Executa-se com a forquilha ¢ depois da passagem de pelo menos um comboio. . Devem ser retirados os elementos demasiadamente grossos ¢ ser teconstitufdo o perfil transversal, completando-o com balastro se ne- cessério, de modo a encher até além de 10cm do topo da travessa, pelo menos. 66 Alinhamento Esta operagdo é sempre feita quando se acaba um nivelameato, flo préprio dia ou no dia seguinte. 7. Levantes medidos descontinuos 7.1 Como se disse em 2.2, distinguem-se dos levantes medidos continuos por ndéo se considerar levante m{nimo imposto nos pontos altos (PA) e fazer-se um abatimento em todos os valores medidos, que € normalmente fixado em 2mm em geral ¢ | mm nas travessas das juntas. + hana inmate enn tent mene nee rn 2 Deste modo, havers apenas um numero limitado de travesas que precisam de camada de gravilha, o que representa uma economia além de se evitar tocar, ¢ eventualmente desconsolidar, uma via com peque- nos defeitos de nivelamento. Se numa travessa h4 levante de um lado e do outro o valor obtido t for zero, este sé terd de se alterar para se colocar, também desse lado, uma camada de gravilha se o primeiro levante for superior a 10mm. Entdo essa camada de gravilha poder ter a espessura cortespondente ao levante minimo e ser tomado em consideragio o que j4 foi dito : sobre tercagem, se necessiirio. 7.2 Este processo ¢ de aplicagdo bastante delicada pela preciso que se exige nas operagées ¢ é particularmente indicado: a) Durante a RI, quando a via estd boa e precisa apenas de pe- quenas correc¢des; b) Fora da RI, como’ trabalho provisério até & préxima RI ou para corrigir os defeitos que excedem os limites permitidos pelas Tegras de seguranca. 7.3 A técnica deste processo é a mesma dos levantes medidos continuos com as seguintes diferencas : a) Nas medigées — Nao hé levante imposto nos PB mas apenas o que resulta do S nivelamento transversal (levante zero indica-se PBO). —A medicio dos defeitos ¢ também continua mas os valores desses defeitos totais calculados sdo reduzidos— para se obte- Tem os levantes a executar — de: -—2mm em geral (inclufdos os PB da outra fila) | — 1mm nas travessas das juntas. Importante: Se depois das medigSes se verificar que ha 75% de travessas a tratar, convém executar os levantes medidos con- tinuos, 4 b) Na execucéio Desguarnecem-se sd as travessas que tém levante. Todas as outras operagdes sido idénticas As dos levantes medidos continuos. 8. Levantes medidos nas juntas 8.1 Como se disse em 2.3, o que distingue este processo dos ou- tros tipos de levantes medidos ¢ 0 facto da sua aplicacdo ser limitada ag zonas das juntas ¢ as medi¢des serem feitas independentemente em cada fila. No entanto, deve verificar-se com a régua e 0 nivel se o nivela- mento transversal nao sai fora das tolerdncias. A técnica de execugdo € a mesma. 8.2 Nas medicdes dos defeitos de nivelamento — se estes se limi- tam As 6 travessas contiguas da junta (3 de cada lado) — pode usar-se a régua funicular constituida por uma estrutura de madeira ou metd- lica, entre os extremos da qual esta esticado um fio de nylon ou de ago. Esta nigua & colocada sobre a junta e tem um comprimento de cerca de 3,80 metros. Com uma cunha graduada introduzida entre o carril e o fio me- dem-se os defeitos de nivelamento ¢ somam-se aos defeitos de esta- bilidade. Os valores dos levantes resultam das somas anteriores reduzindo depois 2mm em geral e 1 mm nas travessas de junta. Também se pode utilizar um fio esticado entre pontoy bons esco- Ihidos nas proximidades das juntas. 8.3 Este processo tem muita utilidade porque as juntas dos carris slo 03 pontos mais sujeitos a desnivelamentos causados pelos choques continuados das rodas dos vefculos e que por isso necessitam de correc- g®es com maior frequéncia do que a via em geral. 8.4 Utilize-se 0 processo de levantes medidos nas juntas (LMJ) nos seguintes casos : 4) Para conservar um nivelamento correcto numa via sem grandes deformagoes: as b) Para conservar uma via que vai ser renovada dentro de pouco tempo: c) Antes da recarga dos topos dos carris (neste caso deveré haver um prazo de consolidacdo): d) Antes dos levantes medidos continuos (LMC) para climinar as juntas demasiadamente baixas: €) Depois dos LMC para corrigir as juntas que sofreram abati- mento: f) Depois da substitui 8) Antes da aplicagdo da prensa hidrdulica. io de barretas, se necessario; 8.5 Condigdes de aplicagio dos LMJ a) S6 devem tratar-se as juntas onde o defeito total (estabili- dade+nivelamento) for igual ou superior a 5 mm (antes de con- siderar os abatimentos previstos neste método); b) Nas linhas onde a velocidade € igual ou superior a 130 km/hora ou o comprimento dos carris ¢ inferior a 18 metros, o trabalho deve ser executado em duas passagens; na primeira tratam-se no maximo trés juntas consecutivas e deixam-se duas de inter- valo para tratar em segunda passagem. Em zonas curtas ¢ a titulo excepcional, pode o nivelamento ser feito alternadamente de duas em duas juntas. Caso especial das vias com juntas alternadas 91 Nivelamento continuo ~manter sem alterago o levante das duas meias travessas que ladeiam a junta; —diminuir de 1mm o levante das duas meias travessas situadas do lado contrario da junta e em frente desta. 9.2 Nivelamento descontinue —-do lado da junta —diminuir de 1 mm o lcvante das duas meias travessas que ladeiam a junta ¢ de 2 mm o das restantes; do lado contririo a junta —diminuir de 2mm o levante das meias travessas. 9.3. Nivelamento de juntas 9.3.1 Com a régua especial —manter a cota exacta das duas meias travessas que ladeiam a junta; -~diminuir de 1 mm o levante das duas meias travessas do lado contrério da junta e em frente desta. 93.2 Com o visor e a mira —a) do lado da junta —diminuir de | mm o levante das duas meias travessas que ladeiam a junta; —diminuir de 2mm o levante das outras meias travessas abrangidas. —b) do lado contrario —diminuir de 2mm o levante de todas as meias travessas abrangidas. Nota: Em todos 09 casos, os defeitos de estabilidade determina- dos com os dangémetros devem ser corrigidos na totalidade. 10. Medidas de seguranca 10.1 ProtecgSo do pessoal com avisadotes sonoros ¢ sinais «S» indicadores de trabalhos na via. 10.2 E expressamente proibido executar levantes medidos se hou- ver risco da temperatura dos carris poder atingir : a) 45°C nas vias cldssicas (com afrouxamento para 30 km/hora quando acima de 35°C); A) Os limites de temperatura permitidos para os trabalhos de 2.* categoria em BLS. 27 10.3 Impor uma redug&o de velocidade para 30 km/hora enquanto nao h4 rampas. 10.4 a) O desguarnecimento tem de ser executado conforme os es- quemas descritos, ndo podendo ultrapassar 350 metros du- rante © trabalho diério; 6) Em BLS deve respeitar-se um plano por zonas (1.° — tra- tar a zona dos AD: 2." — a zona central; 3.° — as zonas in- termédias (de. respiracdo). 10.5 De um dia para o outro: a) Em BLS tem de se completar, no préprio dia, o guarnecimento em toda a extensdo do trabalho de nivelamento; +) Em via sem barras longas, podem permanecer desguarnecidos 100 metros entre dois dias de trabalho. 10.6 Maximo levantamento com os macacos: 40 mm. 10.7 Maximo valor dos levantes conforme as velocidades permi- tidas na linha : a) Se V > 120 km/hora —15mm b) Se 120 = V > 100 km/hora — 20 mm. c)Se V < 100 km/hora — 30mm 10.8 Maximo comprimento que pode ser levantado entre duas cir- culagdes + a) em recta ou curva de R => 800 metros — 150 metros 6) em curva de R_ < 800 metros — 100 metros 10.9 Rampas. Variagdo de travessa a travesssa : a) rampa proviséria — m4ximo 2 mm por travessa 4) rampa definitiva — méximo | mm por travessa 28 11. Organizacio do estaleiro Seguem-se dois quadros onde se indicam as tarefas a fazer pot cada grupo de agentes ¢ as ferramentas a utilizar. L.1 1L* fase dos levantes medidos continuos (medigdes) Executada por quatro agentes: 1, 2 ¢ 3 dirigidos pelo Chefe do Distrito (Ch. D). Agentes Ferramentas Tarefas ch, D 142 ‘Uma fita de 10 metros Cadernos das curvas Giz amarelo Um jaliio de bola Dangometros ‘Uma cunha graduada Para dangémetro Giz amarelo Uma almofada Uma réguatnivel +giz amarelo 18 operagio (marcas nas curvas) —marcar na alma do carril os pontes a $ metros ¢ a 2,5 metros ¢ escrever os va- lores das escalas ¢ das flechas 2 operagio (danga das travessas) —localizar as travessas dangantes —colocar os dangémetros — depois da pastagem do comboio ler ¢ escrever o valor do defeito ‘—repartir 0 defeito pelas travestas dan- gantes 2+ operagdo (escolha dos PB) —pesquisar os PB ¢ dar instrug6es a (2) -—medir desniveis transversais de 9 em 9 travessas ¢ nos PB conforme as indica- des de (1) —escrever os valores nas travessas ‘Uma almofada Um visor Uma mica Giz amarelo 4." operagio (leituras) —efectuar as visadas de PB a PB ou de PBS a PBS ou PB —fazer as leituras de duas em duas tra- vessas © ainda em todas as travessas das juntas —verificat o ponto de partida no fim das leituras Giz vermelho 5." operacéo (inscrigko dos levantes) —somar os valores dos defeitos de estabi- Tidade ¢ nivelamento para obter os le- vantes totais ¢ escrevé-los na patilha do cartit do lado interior OBSERVACSES 1 — Dado o cuidado a ter nas medi¢des, deve escolher-se 0 sub- chefe e dois dos agentes mais aptos. 2—No caso dos levantes medidos descontfnuos usa-se a mesma organizagio. Na determinacao dos levantes, consideram-se PBo e os restantes valores sio reduzidos como se indicou no n.° 6. IMPORTANTE Se depois das medigées se verificar que ha 75% de traves- sas a tratar, convém executar os levantes medidos continuos.’ 11.2 2° fase dos LMC (execucdo) : Executada por sete agentes (Ch. D+-agentes i, 2, 3, 4, 5, 6). Agentes Ferramentas Tarefas 1" operaco (desguarnecimento) —determinar 0 comprimento a executar conforme os intervalos ¢ medidas de se- guranga —marcar os locais para os macacos —marcar @ rampa de fim do trabalho 106 | Seis bitas —desguarnecer em todo 0 comprimento a ou ¢xecutar no dia duas charruas (1 agente em cada vio—ter 0 cuidado de nfo haver balastro sobre as traves- ‘sas, Se forem utilizadas as charruas, se- ro 3 agentes em cada vio) Tarefas 28 operagio (levantamento da via ¢ intro- dugdo de gravilha) —controlar a altura a levantar —verificar a dosagem —retirar pedras que cairam para debaixo das travessas —vigiar a utilizagSo das pds injectoras —marcar as rampas provisérias Quatro macacos —levantar a via (manobrar os dois ma~ Dois carros cacos em face ao mesmo tempo) Duas pés de bico | —encher os carros ¢ retirar pedras grossas Duas pds injectoras | —-um agente em cada fila; operam na mesma travessa —introduzir a totalidade da gravitha me- dida com a pd doseadora ¢ de modo a fo cair fora do calo da travassa Duas pais doseadoras| —1 agente em cada fila —puxar 08 carros com gravilha —proceder & dosagem de acordo com o1 valores dos levantes e despejar nas pds injectoras S* operachio (reguarnecimento) Cinco forquithas | — reguamecer, reconstituindo © perfil da banqueta Uma forquilha —sempre o mesmo agente, todos os dias, faz o scabamento da bangueta ¢ a lim- peza da pista .* operagho —alihamento preciso 113 Gr&ficos de organizag&o e ocupagéo do pessoal Na fig. 36 representa-se (sob uma forma gréfica) a ocupagio do pessoal durante o trabalho num perfodo de 8 horas, indicando-se o ren- dimento médio que ¢ possivel conseguir. 12, Ferramentas e utensilios —Jalao de bola — para reconhecer as travessas dancantes — Almofada — para apoiar os joclhos do operador do visor — Dangémetro — para determinar 0 abaixamento das travessas dangantes — Régua funicular — para verificar o abaixamento das traves- sas das juntas ¢ das guardas — Cunha graduada — para medir o abaixamento verificado com os dangémetros ¢ a régua funicular — Régua e nivel — para verificar o nivelamento transversal — Visor e mira — para medir defeitos de nivelamento — Bita — para desguarnecer as travessas —Macacos de alavanca — para levantar a via —Termémetro para carris— para medir a temperatura no carril —Cunhas de madeira com 38mm de espessura — para re- gular o levante da via — Pa injectora — para introduzir a gravilha —P& doseadora — para medir a quantidade de gravilha —Carro para gravilha — para transportar a gravilha — P& de bico — para carregar a gravilha — Forquilha — para reguarnecer as travessas — Avisador sonoro — para protecgdo do pessoal ~— Sinais «S» — indicadores de trabalhos na via. ~ | CONSERVACAO METODICA DA VIA LIV-11 NIVELAMENTO — LEVANTES MEDIDOS Figs Fig.2 Fig.3 as 0-4 1S0m Distribuighe dos dancémetron i Peso 7K / 1 [ Posie para baler com o julio #000 fe alto de bole Fig.4 x DANES METRO vison (esquena) Fig. 8 CONSERVACAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO — LEVANTES MEDIDOS Fig. Less toidn _Seierenanariny ples Se enlte? PB hé 1ponto duvidose ver criando um PB inlermédia, ve nee: i E pgnoaeore ia en Fal tp pedometers anieito y b4 eee. Depois de excoiner ox PB na fila direetr lta Gita, antes de iniciet as ieitura utes tia JACAO METODICA DA VIA NSERV: NIVELAMENT TO —LEVANTES MEDIDOS Fig fa pes bet gs * . Ponte duvide 2 ope pes pete rite Procedando come te indicoy na Figit0 a teitura dey 2, pelo que ¢ pen Cine eriar um nove Pd em E, porque otevante minima ¢ Simm. Fig.12 pi wo i, Fig.13 sige © Day am ver do valor ce ncaa 9, este ca vinsen de Cate Diese em Ee determinate Eide modo a ter a eacelan 0. Fig. 16 oe Sh 4 > Pata aliminar 08 erros reterides na Fig. 19, localizam-ve pelo grafico de eomegat por medic ot levan- 62 curva os ponton onde pr fet. Serlo 04 ponten intermédion ABCD CONSERVACAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO — LEVANTES MEDIDOS Fig. 15 Aumento Netle ease como Onio pede descer, ters de impic-se am Aum evante minima de 3/5: Ne ovtea tila em Boteante Fa(a 4 daa Ceara ceca & atcal 8 2/35 am ¢ 238 ems) Fi9.17 troge recto = a y ae Os lavantes indicados na Fig 17 obrigam a levantar Ge topos ree tos contiguor Fig.18 visor. . mara, + Elevng io oe 28-2008 Klevagié oe 22-2022 care. rem PB com levantes superioras bs pom tura com 4 mica umentam-s Fig.19 =? preeqe eye CONSERVACAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO—LEVANTES MeDibos | TO"! Fig.20 Innerigxe dou walgres na via, KLEE EL FL B) Dis cesses danedmetros Leitures da a 32 caemolo da encothe do pot e8SE pos PO numa curva de ence f4 tome Levante anime Semm Bitola para controle de levantamento da via com on macacos View cldssicas \ Fig22 \ de dee arsz07s — Eequema do: guarneciments, CONSERVACAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO EVANTES MEDIDOS Fig 25 PA DOseaponA. As e0000000000 0 eooecooe s—/occccccccc0s Wesco Fig.26 RECIPIENTE PARA MEDIR QUANTIDADES EEAGIAS OF ORAVILHAL Fig.27 Fig. 28 CONSERVAGAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO ~ LEVANTES MEDIDOS POSICOES DE PA INJECTORA msenicao 003 VALORES wo CALCULO iluegs ee_rlee 0S LEVANTES PRO A 8 ~ Quando of levantes chegam 6 fravesta oF mi yranie € mudamse pare 0 vio a sequit « 18 travensa enquento leaves “ ot ee eum @- agentes S=PE doseadora O- Pd injectors Wh Nacace CONSERVACAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO — LEVANTES Mepipos | ‘t¥-"! Fig, 31 -EXECUCEO DOS LEVANTES EM QUAS PASSAGENS.. si Sougso A 6 LICY py mpm mas aa eee 4 Is t t Ei q 7 ® of ocrigit_ Pertil_no final da 1paseagem ‘ -O5S_NAS CAMADAS DE GRAVILHA A INTROOUZIR NA, Fig. 32 SABRECH ZAVILHA A INTRODUZIR NA casos Ae Bits 16-5) <1 c z SSs3 2" 30 uD Cases Ee F: 1/9 (28-8) 22 Fig, 33 -BAMPA PROVISORIA QUANDO SE INTERROMPE 0 TRABALHO EMS _ PERFIL antigo CONSERVACAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO —LEVANTES MEDIDOS Fig. 34 A. XTENSAO DIFERENTE Nas Fig, 35 ane LTV-11 CONSERVACAO METODICA DA VIA NIVELAMENTO—LEVANTES MEDIDOS Fig, 36 criricos on oRGANIZACKO E EXECUGEO 00 TRABALHO DURANTE 1 OIA(Bhoras) JOrlentardo - Chete do Distrito A = Praar trabaiho com & agentes ferent we (eccmar meres 28 Extanedo a executar &$0 a $00m/dla de th B—execustio dos levantas medidos com Tagentes Incluindo 0 Chetede Distrito,

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