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LTV. ne 13 INSTRUCAO TECNICA DE VIA N. 13 Conservagao Metédica da Via @ Rectificagao do tragado Alinhamento e rectificagao das curvas SUMARIO: 1 —Objectivo do trabalho e consideragies gerais, 2—=Sequéncia do trabalho 3 Alinhamento rigoroso nos trogos rectos 4— Retificagdo das curvas piquetadas $5 —Rectificagdo das curvas ndo piquetadas ou com grandes correogées 6 — Método dos 3 pontos para a correcgiio das flechas 7—Medidas de seguranga 8—Organizagio do estaleiro 9—~Ferramentas Utensilios Anexo 13.1 —Quadro para o céleulo das flechas Anexo 13.1A-— Exemplo de aplicago do método dos 3 pontos Anexo 13.2 —Caderno de registo de curvas Anexo 13.3 — Quadro para correceiio da piquetagem nas curvas ‘Anexo 13.4 — Modelo para o diagrama da linha 2) Desenhos. Entra em vigor a partir de 1 de Fevereiro de 1979 cP Departamento de Instalagoes Fixas Servigo de Via Distribuigéo: Departamento de Instalagées Fixas Servigo de Via Regides Servigos de Instalagdes Fixas Areas de Instalagdes Fixas Secgdes de Via Trogos de Vie Langos de Via Distritos de Via Divisio de Formacio Centro de Formacio RECTIFICACAO DO TRACADO ALINHAMENTO E RECTIFICACAO DAS CURVAS 1. Objectivo do trabalho e consideragées gerais 1.1 Objectivo A rectificaciio do tragado destina-se a corrigir a posigdo da via em planta nos alinhamentos rectos e nas curvas, compreendendo as seguin- tes operagées : a) Avaliagao dos defeitos (desvios relativamente ao tragado); 5) Estudo das correegdes ¢ calculo dos valores das ripagens: ©) Execugio das ripagens; d) Em relagao as curvas, inclui ainda: a verificagiio e¢ conservagdo das estacas de piquetagem ja implantadas e a colocagéo de es- tacas quando nao existam ou tenham de ser alteradas. 1.2 Estacas de piquetagem a) Durante a Revisdo Integral, no trogo correspondente, deverao ser rectificadas todas as curvas e ficarem piquetadas no terreno por meio de estacas de piquetagem, solidamente macicadas. 6) As estacas definitivas ‘ficarao afastadas 10m entre si e a dis- + tancia de 1,07 m do bordo interior da cabega do carril nas vias tenovadas com material de 54 kg/m e de 1,00 m do bordo exterior nas outras linhas. Somente serio colocadas a distdncias dife- rentes por exigéncias das condigées locais; c) Colocam-se estacas em toda a extenséo da plena curva, nas tansigdes e nos trogos rectos contiguos no comprimento de 100m para cada lado, normalmente do lado da fila alta das curvas em via tinica e do lado direito nos alinhamentos rectos. Na via dupla, a sua posi¢do normal é no centro da entre-via; d) Os pontos que definem os limites da transi¢Zo devem ter esta- cas pois os comprimentos das transigGes e da plena curva tém . valores multiplos de 10; e) Nas Secgdes ficarao guardados os cadernos de registo de cada "curva — devidamente actualizados —- devendo o Chefe de Lango conservar uma cépia de cada registo para efectuar as verifica- gGes sempre que seja necessdrio; 13 Diagrama da linha Até Julho de cada ano deveriio ser elaborados os Diagramas da @ Linha conforme o modelo do Anexo 13.4, ou corrigi-los se os mesmos j4 existirem, e envié-los ao Servico de Via para actualizagZo do res- pectivo arquivo. 1.4 Verificacio do trabalho de ripagem Depois de efectuado o trabalho de alinhamento ¢ de terem pas- sado alguns comboios, interessa verificar se a correcgio resultou, pois é importante neste trabalho adquirir experiéncia na avaliagdo da con- tra-flecha que se deverd aplicar, quando da ripagem, para obter a cor- recgdo exacta. 2. Sequéncia do trabalho O alinhamento manual compreende 2 fases: — Avaliagdo dos defeitos © —Execugiio das ripagens. 21 Sequéncia dos trabalhos em alinhamento recto a) Comeca-se por escolher os pontos bons (PB) para alinhamento que serao os pontos escolhidos para servirem de referéncia & medic¢o das ripagens; 5) Avaliam-se os defeitos e faz-se o alinhamento de varios pontos intermédios, distanciados de 20 a 30m no maximo, por meio 5 de ripagem controlada com auxilio do visor e da mira de alinha- tmhento, considerando-os — depois de rectificados — como pon- tos bons suplementares (PBS); c) Procede-se ao alinhamento rigoroso, entre os PB ¢ os PBS atras definidos, por meio de ripagens controladas, executadas de 4 em 4 travessas. A verificagao da ripagem faz-se esticande um fio entre PB e PBS ou entre os PBS e medindo com uma régua os valores a ripar para se conseguir que os sucessivos pontos do carril fiquem todos a uma mesma distincia do fio. 2.2 Sequéncia do trabalho em curva piquetada (com estacas afastadas de 10m) a) Comega-se por fazer a verificagdo das estacas de piquetagem, rectificando as marcas de acordo com o caderno de registo da curva. As rectificagdes fazem-se pelo método dos 3 pontos descrito adiante (n.° 6), utilizando 0 fio de 20m; b) Verificam-se os desgastes dos carris para eventual substituigao, se necessdria; c) Depois de rectificadas as estacas de piquetagem e substituidos ‘os carris com desgastes fora das tolerdncias, fazem-se as medi- gées, em frente das estacas, das distancias entre as marcas des- $as estacas ¢ a face interior da cabega do carril, a 15 mm abaixo da mesa de rolamento. Se houver diferencas em relacao distancia correcta, executam- -se as ripagens necessdrias para corrigir os desvios, Obtém-se assim os PB distanciados de 10m. d) Procede-se em seguida a verificagdo e eventual correcgio dos pontos entre os PB correspondentes as estacas, primeiro a 5m e depois a 2.5m. Executa-se esta verificagéo medindo as flechas — utilizando um fio esticado entre os PB em frente das estacas— e comparando- -as com as do registo da curva. 23 Sequéncia do trabalho em curva onde nao ha estacas nem caderno de registo da curva a) Comega-se por verificar o desgaste dos carris, substituindo os que excederem as tolerdncias; b) Procede-se depois 4 medigio das flechas de 10 em 10m, usando um fio com 20m, e faz-se o seu registo; c) A partir deste registo, faz-se no gabinete o estudo da curva, de preferéncia pelo método das flechas; d) Com base no estudo, executam-se as ripagens necessdrias para colocar a curva de acordo com o tragado estudado; e) Colocam-se a seguir as estacas de piquetagem de 10 em 10 me- tros, com as marcas respectivas, elaborando-se o caderno de registo da curva. Alinhamento rigorose nos trocos rectos 3.1 Escolha dos pontos bons (PB) para alinhamento a) O PB para origem ou fim do alinhamento a rectificar deve ser escolhido : —a 20 ou 30m do inicio de uma transigao de curva; — junto a um ponto obrigatério correcto: aparelho de via, obra de arte ou estaca de piquetagem se existir; 5) O afastamento dos PB deve ser o maior possivel mas na pra- tica, para permitir as observacdes com o visor e a mira, esco- them-se com afastamentos até cerca de 200m. Os PB sfo assinalados sobre a travessa inscrevendo um rectan- gulo com as duas diagonais ¢ as letras PB. 3.2 Fixag&o dos pontos bons suplementares (PBS) intermédios a) Com 0 visor colocado no ponte bom de origem e a mira sobre © ponto bom seguinte, apontar ao eixo vertical daquela: 7 b} Deslocar a mira cerca de 20m, no sentido do visor, para um : ponto intermédio e fazer a ripagem até que o eixo da mira coincida com a linha do visor. A distancia pode ser elevada para 50 m se houver utensilios adequados. Bater as travessas e verificar de novo; c) Obtém-se assim um ponto suplementar que é assinalado por um rectangulo com uma diagonal ¢ a inscrigéo PBS. d) Determinar pelo mesmo processo os outros PBS de 20 em 20m @ ou de 50 em 50m. Se a ripagem a fazer em algum PBS for importante, deve pro- ceder-se ainda a uma ripagem adicional em ambos os lados desse ponto, para suprimir garrotes. Como norma. os PBS devem ser escolhidos a meio dos carris. 3.3 Alinhamento rigoroso entre os PB e PBS @) Utiliza-se um fio de nylon esticado entre os pontos que podem estar afastados de 20 m ou de 50 m, O comprimento do fio ter4, além dos 20 m, cerca de 3m de cada lado para 0 esticar ¢ fixar; b) Coloca-se o fio esticado entre o PB de origem do trabalho e o PBS seguinte, no sentido em que vai ser executado o trabalho e de modo a ficar afastado — nas suas extremidades — 20 mm da face interior da cabega do carril. Para isto, usam-se «bra- cadeiras de alinhamento» (ver fig. 6) que tém uma ranhura por onde passa 0 fio que ¢ depois esticado ¢ preso com um «fixador do fio», de cada lado (ver fig. 7); c) Verifica-se a posigio da via de 4 em 4 travessas, medindo a dis- tancia entre o fio ¢ a face interior da cabega do carril. Para o alinhamento correcto, essa distancia deverd ser de 20 mm em todos os pontos entre PB (verificar se, por construgao, a gatta tem essa distancia correcta, de 20 mm, ou se € diferente. Se for diferente, 19 ou 21 mm por exemplo, também a distancia a obter de 4 em 4 travessas deverd ser igual 4 medida na pré- pria garra, isto ¢, 19 ou 21 mm). Se necessdrio, faz-se a correc- do por ripagem controlada com sucessivas medicdes da dis- tancia;

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