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LEV. ne 12 INSTRUCAO TECNICA DE VIA N.° 12 Conservagao Metédica da Via NIVELAMENTO — RECALCE SUMARIO: 1 — Objectivo e descrigéo do trabalho 2— Condi¢Ses de aplicagZo 3 —Sequéncia do trabalho 4— Medidas de seguranga 5— Ferramentas ¢ Utensilios Desenhos Entra em vigor a partir de 1 de Fevereiro de 1979 cS Departamento de Instalagdes Fixas Servigo de Via Distribuigéo: Departamento de Instalagdes Fixas Servigo de Via Regides Servigos de Instalagées Fixas Sreas de Instalagées Fixas Secgdes de Via Trogos de Via Langos de Vii Distritos de Via Divisio de Formagio Centro de Formacao | Divisio de Renovagio NIVELAMENTO — RECALCE 1. Objectivo e descricio do trabalho 1,1 E um processo que tem por fim colocar a superstrutura da via (conjunto dos carris ligados As travessas) numa posigdo correcta- mente nivelada e bem apoiada. @ 1,2 Executa-se : ay Levantando a via por meio de macacos até aos niveis adequa- dos e controlando com o visor e a mira: 5) Introduzindo a seguir balastro fino por baixo das travessas € procedendo depois a um ataque forte & forquilha (também se pode usar a pd plana), de modo a fixar a via e consolid4-la nessa posi¢ao antes de retirar os macacos. 2. Condicdes de aplicacio 2.1 Quando se utiliza o Recalce, executa-se sempre antes dos le- vantes medidos. Qs pontos nivelados por recalce sio tomados como Pontos Bons de levante zero (PBo). 2.2 O Recalce é utilizado principalmente nos seguintes casos: es a) Nivelamento dos pontos singulares de cota obrigatéria: apare- Thos de via, PN, etc.: 6) A altura a levantar na via é maior do que a permitida no pro- cesso dos levantes medidos, ou seja mais de 30 m/m (o diéme- tro maximo do balastro fino a utilizar nao pode ser superior ao levantamento. Geralmente o recalce minimo ¢ de 40 m/m ¢ o balastro fino € de 16/31,5, nao devendo o recalce maximo exceder 80 m/m. Se o levante tiver de ser superior a este Ultimo valor, convém fazer em primeiro lugar um levante a bita e sé depois fazer o recalce); c} O calo sob a travessa foi destrufdo quando da substituigéo das ~ travessas. d) Sao necess4rias grandes rectificagdes do tragado. 2.3. O processo do Recalce s6 € aplicado quando as vias j4 tém leito de balastro de brita. . 24 Se o leito da travessa est4 colmatado, isto é, entulhado e en- durecido, deve ser revolvido antes de se aplicar o balastro fino. 8. Sequéncia do trabalho 3.1 Preparagéo para o Recalce a) Devem estar terminados os trabalhos de revisio do material, rectificagdo do assentamento, quadramento, pregag&o e substi- tuigdo das travessas; 5) Deve fazer-se um alinhamento sumério da via alguns dias antes, de modo aos defeitos de alinhamento nao ultrapassarem 2m; c} Devem dispSr-se depdsitos de balastro fino em cordio ao longo do trabalho (para um levante de mais de 40 m/m, o balastro fino deve ter o diametro de 16/31,5 ¢ 0 consumo médio é de 80 m3/km); ~ d) Devem estudar-se os periodos de tempo disponiveis para a exe- cugio dos trabalhos a realizar com a protecgio da zona. (A brigada-tipo composta pelo chefe+15 agentes deve executar pelo menos 26 m/h de brigada de 16 homens = produtividade de 0,6 h/m. 32 Escolha dos Pontos Bons (PB) @) Se houver pontos com cota obrigatéria (PN, PI, aparelhos, etc.) escolhem-se esses pata PB; 5 b) Os outros pontos bons serio os Pontos Altos escolhidos a vista sobre travessas firmes na fila que levanta menos (em recta serd a que se encontra mais alta e em curva sera a fila alta — onde houver excesso de escala — ou a fila baixa — onde houver falta de escala); c) O afastamento desses PB deve ser de cerca de 30m nos casos correntes, para permitir as leituras com o visor e a mira. Nas concordancias de trainéis com inclinagdes diferentes, os PB fica- rao afastados de 10m, que é a distancia entre as estacas de piquetagem. Quando a diferenca entre as inclinagdes é superior a 4 m/m, a ligagdo entre os dois trainéis é feita por um arco de efrculo. E necess4rio que esta concordancia seja correctamente implantada © conservada em perfeitas condigées. No caso de ser necessdrio rectificar essa curva de ligacdo, deve ser tido em consideracdo o que -vai seguir-se : cl} O raio a usay sera o de 10000m ¢2) No caso de concordancia duma rampa ou pendente com um patamar, as tangentes e a bissectriz dessa curva sao deter- minadas do seguinte modo: tet xr ce peluxt 2 4 sendo T = tangente; I = inclinacdo da rampa ou pendente; B = bissectriz. ¢3) Para a concordancia de duas rampas ou pendentes do mesmo sentido, serd : e pail xt 4 sendo I e I’ as inclinagGes das duas rampas ou pendentes. 4) Para a concordancia de uma rampa com uma pendente, sera: i410 feng T=— xR ec B= xT 2 sendo I = inclinagio da rampa e I’ = inclinagao da pendente 5) Para determinar estes valores basta conhecer as inclinagdes dos trainéis, o que pode ser facilmente obtido com o auxi- lio de régua, nivel ¢ um metro ou fita métrica. d) Em cada PB medir o defeito de nivelamento transversal com a respectiva régua e o nivel, escrevendo esse valor junto 4 cabeca da travessa do lado que tem de ser levantado e dentro de um cfrculo. (Nas curvas o valor do defeito é em relacado 4 escala em cada ponto). 3.3 Desguarnecimento O desguarnecimento é feito nas duas filas. Desguamece-se de ambos os lados de todas as travessgs mas sem descobrir as cabecas (cerca de 30 cm para cada lado do carril, ver fig. 1). Em profundidade, deve ter-se 0 cuidado de no ultrapassar 0 calo onde apoia a travessa. 34 Levantamento da via, controlado com o visor e a mira a) No (PBn’) onde se inicia o trabalho e que j4 tem @ cota defini- nitiva com que deve ficar, coloca-se a mira em estagdo, regu- Jada no zero se tiver dispositive de regulagdo em altura ou sem calco, no caso contraric; by No outro (PBn) coloca-se o visor em estacio, regulado na al- tura do levante com o dispositivo prdéprio, se o tiver, ou com calgo n (n— valor do levantamento a executar nesse ponto) ¢ visa-se 0 zero da mira (fig. 2}, tendo o cuidado de nao Ihe me- xer durante as operagdes seguintes: c) Colocam-se 2 macacos 4 distancia de 6 travessas a partir do PBn’ inicial ¢ no sentido do PBn, ¢ outros 2 macacos & distin- cia de 6 travessas dos primeiros ¢ assim sucessivamente (normal- mente usam-se 10 a 12 macacos para melhor continuidade do trabalho); d) A mira, regulada no zero, ou sem calgo, ¢ colocada em estagio sobre a posigfo dos primeiros 2 macacos; 7 e) Dois agentes accionam eses 2 macacos, levantando a via até o observador verificar no visor que o zero da mira coincide com © fio do reticulo; , f) Com a ajuda da régua e do nivel, ajusta-se a outra fila no nivel certo (nas rectas sera o mesmo nivel em ambas as filas e em curva considera-se o desnivel correspondente 4 escala); 9) A mira passa para a posigdo seguinte, sobre outros 2 macacos distanciados de 6 travessas. e repetem-se as operagées a partir de d); h) Enquanto o levantamento da via vai sendo executado como se indicou, outra equipa executard o recalce das travessas no in- tervalo entre a zona j4 recalcada e a travessa situada junto dos 2 macacos colocados mais atrds (ver fig. 3); i} Quando uma nova posigao da mira ficar a menos de 10 traves- sas do visor, para que este niio seja afectado pelo levante a exe- cutar é mudado para o outro PB e regula-se de novo com a altura correspondente para continuar o nivelamento da via. 3.5 Recalce da via @) Esta operagao é feita por trogos de 6 travessas. Em todas as travessas se coloca balastro fino e obriga-se a pene- trar por baixo delas, atacando com a forquilha (ou com a p& plana); 5) No inicio da operag&o, o balastro fino deve ser colocado em pequenas quantidades para facilitar a introducdo por baixo da travessa: c) Em cada trogo e depois de executado o recalce até a 5.* tra- vessa, retiram-se os 2 macacos que est4o entre a 6.* e a 7.* tra- vessas (esses macacos passam para a frente dos outros) de modo a poder prosseguir a colocagac do balastro fino e o ata- que até & 11." travessa: 4) Retirando depois o& 2 macacos que estdo entre a 12,4 e a 13.* travessas, prossegue de novo o trabalho no trogo seguinte. As operacdes repetem-se até ao ultimo ponto. 3.6 Rampas de ligacdéu ou de concordancia E obrigatério executar rampas de ligacdo entre a zona tratada e a nao tratada. Para isso, coloca-se a mira, regulada no zero ou sem calgo, no Ultimo ponto que foi levantado com recalce e o visor, também em zero, no fim da rampa. A extensio da rampa é determinada em fungdo da inclinagZo con- siderada e que poderd ser de 2 mm/m para uma rampa provisdria © de imm/m para a rampa definitiva e de fim de trabalho didrio. O operador do visor visa o zero da mira e depois esta é deslocada de 6 em 6 travessas, fazendo-se o levante com os macacos ¢ 0 recalee —do mesmo modo que anteriormente — até se atingir o fim da rampa. 3.7 Reguarnecimento Executa-se com a forquilha, tendo o cuidado de reconstituir o per- fil transversal da banqueta, completando o balastro se necessrio. A zona central das travessas, na largura de 50cm, nao pode ficar apoiada no balastro, devendo retirar-se as pedras numa espessura de 5cm para garantir essa condigo (ver fig. 4). 3.8 Alinhamento Executa-se sempre a seguir ao recalce e de acordo com as ins- trugdes respectivas. 4, Medidas de seguranca 4.1 Protecgiio do pessoal com avisadores sonoros ¢ sinais «S» indicadores de trabalhos na via. 4.2 Colocacao de sinais de paragem 4s distincias regulamentares, durante a execugiio do recalce. 4.3 Limitagdo temporaria de velocidade de 30 km/h. 4.4 O desguarnecimento nao deve exceder 350m, durante o tra- balho, « 100m de um dia para o outro, e deve ser executado sem afectar as cabegas das travessas. 9 4.5 -Sdo obrigatérias as rampas de concordancia, como para os 46 Em BLS é um trabalho de 2.* categoria, pelo que devern ser respeitados os limites impostos. 5. B . ' levantes medidos continuos. t | i \ Ferramentas e utensilios —régua de escala — para nivelar a outra fita — nivel — para usar com a régua de escala — bita — para desguarnecer as travessas — visor e mira — para nivelar a fila directriz — Almofada — para apoiar os joelhos do operador do visor —forquilha normal — para reguarnecer a via —forquilha de 9 dentes — para atacar as travessas —macacos de manivela — para levantar a via —pa de bico — para carregar o balastro fino —baldes de plastico — para transportar o balastro fino —avisador sonoro — para proteccdo do pessoal —sinais «S» — indicadores de trabalhos na via —sinais de paragem — para protecgfo da zona dos trabalhos CONSERVACAO METODICA DA VIA Ltt NIVELAMENTO - RECALCE . LTW12 te (RO_FINO, Gorte longitudinal Desguarnecimento feity de ambos os lados das travassas para atocar em Ae B. LM Mee WZ (ZZZA COCO ee pe LN ae AL 4 PRBS 227 DNS eA Re a RE Ne -EXECUCAO 00 RECALCE (4agentes ABCD atacam simultangamente na mesma travessa) 18 TEMPO ‘Do, lado exterior aos carris 22 TEMPO Do tado interior aos carris Fig. 4 NO_FIM DA OPERACAO DEIXA-SE_A PARTE CENTRAL DA TRAVESSA LIVRE NAS DIMENSOES INDICADAS

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