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PEMBROKE COLLINS
EDITORIAL BOARD
DIREITOS HUMANOS
PENSANDO A PRODUÇÃO
JURIDICIDADE E EFETIVIDADE
ACADÊMICA
GRUP O M ULTIF O C O
Rio de Janeiro, 2019
PEMBROKE COLLINS
1191 E Newport Center Dr #103 - Deerfield Beach
FL 33442 - United States
info@pembrokecollins.com
www.pembrokecollins.com
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This book was financed by the International Council for Higher Studies in Law (CAED-Jus), by the
International Council for Higher Studies in Education (CAEduca) and by Pembroke Collins.
All books are submitted to the peer view process in double blind format by the Publisher and, in the case
Collection, also by the Editors.
P418
382 p.
ISBN 979-8-88670-024-4
CDD 370.7
ARTIGOS 13
RESUMOS 357
9
(Johann Wolfgang Goethe-Universität -
Gunter Frankenberg
Frankfurt am Main, Alemanha)
João Mendes (Universidade de Coimbra, Portugal)
(Universidade Federal do Estado do Rio de
Jose Buzanello
Janeiro, Brasil)
Klever Filpo (Universidade Católica de Petrópolis, Brasil)
Luciana Souza (Faculdade Milton Campos, Brasil)
Marcello Mello (Universidade Federal Fluminense, Brasil)
Maria do Carmo
(Universidade Federal do Sul da Bahia, Brasil)
Rebouças dos Santos
Nikolas Rose (King’s College London, Reino Unido)
Oton Vasconcelos (Universidade de Pernambuco, Brasil)
(Fundación Universitária Los Libertadores,
Paula Arévalo Mutiz
Colômbia)
Pedro Ivo Sousa (Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil)
(Universidad Nacional de Río Cuarto,
Santiago Polop
Argentina)
Siddharta Legale (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil)
Saul Tourinho Leal (Instituto Brasiliense de Direito Público, Brasil)
Sergio Salles (Universidade Católica de Petrópolis, Brasil)
Susanna Pozzolo (Università degli Studi di Brescia, Itália)
Thiago Pereira (Centro Universitário Lassale, Brasil)
(Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
Tiago Gagliano
Brasil)
Walkyria Chagas da Silva
(Universidade de Brasília, Brasil)
Santos
SOBRE O CAED-Jus
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ARTIGOS
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NEGACIONISMO E REVISIONISMO
DA EXTREMA-DIREITA NO GOVERNO
BOLSONARO
Margarida Aparecida de Oliveira1
INTRODUÇÃO
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2 O livro, em parceria com Londa Schiebinger, foi publicado em 2008, Agnotology: The
Making and Unmaking of Ignorance (Agnotologia: a construção e a desconstrução da igno-
rância), nele o conceito aparece de forma mais sistematizada.
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O Brasil dos últimos anos vem sendo marcado pela desconfiança re-
lacionada ao conhecimento científico que tem demonstrado crescimento
junto à opinião pública, marcadamente no momento de ascensão ao po-
der de uma extrema-direita que faz do negacionismo e da veiculação de
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3. NEGACIONISMO E REVISIONISMO NO
BOLSONARISMO.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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COMO ORGANIZAR UMA SEMANA
DE ENFERMAGEM DE FORMA
REMOTA? RELATO DE EXPERIÊNCIA
DE UM COORDENADOR DE EVENTO
NA PANDEMIA COVID-19
Marttem Costa de Santana3
INTRODUÇÃO
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REFERÊNCIAS
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COMO ELABORAR UM ARTIGO
COM RELATO DE EXPERIÊNCIA? UM
RELATO METODOLÓGICO DE UM
PESQUISADOR-EXTENSIONISTA
Marttem Costa de Santana4
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REFERÊNCIAS
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SOUSA, Eva Francisca Abreu Rabelo de; LOBO, Soraya Oka; SAN-
TANA, Marttem Costa. Passos para construção de um relato de ex-
periência: vivências metodológicas de um projeto extensionista. In:
ROCHA, Diego Porto; MONÇÃO, Nayana Bruna Nery; BATIS-
TA JÚNIOR, José Ribamar Lopes (org.). A interdisciplinaridade
como eixo articulador da Educação Profissional e Tecnológi-
ca: livro de resumos da VI Jornada Acadêmica e VI Mostra de Pes-
quisa e Extensão. Recife: Pipa Comunicação, 2020.
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CONTROLE DA TUBERCULOSE:
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM
MUNICÍPIO TRIFRONTEIRIÇO
Regiane Bezerra Campos5
Elcias Olveira da Silva6
Reinaldo Antonio Silva-Sobrinho7
INTRODUÇÃO
5 Doutora em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade do Estado de São Paulo – USP.
6 Doutorando em Direitos Humanos na Universidade de Salamanca – USAL.
7 Doutor em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade do Estado de São Paulo – USP.
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1. MATERIAIS E MÉTODOS
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2. RESULTADOS
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Desvio-
Categoria de Análise Média N Classificação
padrão
USF Morumbi III 5,7 1,3 6 Básica
USF Jardim São Paulo II 6,0 1 Razoável
USF Três Bandeiras 7,9 1,0 3 Razoável
Tipo de Serviço de Saúde
USF 6,4a 1,6 65 Razoável
UBS 6,6a 1,9 29 Razoável
CRF 7,2a 1,8 11 Razoável
Categoria Profissional
Enfermeiro 6,5a 1,4 16 Razoável
Auxiliar de Enfermagem 6,2a 2,1 18 Razoável
Técnico em Enfermagem 6,1a 1,3 10 Razoável
Médico 6,3a 1,7 13 Razoável
Agente Comunitário de Saúde 6,9a 1,7 48 Razoável
Fonte: dados da pesquisa, 2014.
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3. DISCUSSÃO
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CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO
AMBIENTE DE TRABALHO: UMA
ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO À
“SÍNDROME DE BURNOUT”
Michelle de Paula Resende Silva8
INTRODUÇÃO
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1. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
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rio explicar quais são as suas consequências para as organizações, caso essa
enfermidade venha a incidir em seus colaboradores.
É cada vez mais imperante a acirrada a disputa de mercado entre as
organizações. Tal acirramento promove mais cobranças para que as metas
sejam cumpridas com maior agilidade, o que acarreta mais pressão para
as equipes de colaboradores. A maior pressão no local de trabalho é fator
preponderante para o aumento da ocorrência de casos de “Burnout”, o
que poderá gerar consequências negativas para as organizações.
Dentre as consequências de cunho negativo, a referida síndrome pode
motivar o afastamento de funcionários, causar a alta rotatividade de mão
de obra e grandes custos para as organizações, relacionados ao treinamen-
to de novos colaboradores. Nesse sentido, Eleutério, Parmejani e Teixeira,
explicaram:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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THULIN, Lila. The first personality test was developed during World
War I. Smithsonian Magazine. 2019. Disponível em: https://
www.smithsonianmag.com/history/first-personality-test-was-de-
veloped-during-world-war-i-180973192. Acesso em: 09 de março
de 2022.
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ACIDENTES DE TRABALHO NO
BRASIL: ANÁLISES DE ARTIGOS DA
REVISTA BRASILEIRA DE SAÚDE
OCUPACIONAL
Claudia Lima Monteiro9
Estela Douvletis10
INTRODUÇÃO
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11 A primeira edição da RBSO ocorreu na versão impressa, em 1973. A partir do volume
28, em 2003, o periódico foi disponibilizado também no formato on-line, com livre acesso
pelo endereço eletrônico https://www.scielo.br/j/rbso/. Sua versão impressa possui o Inter-
nacional Standard Serial Number (ISSN) nº 0303-7657 e a versão on-line, ISSN 2317-6369.
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Quadro 1 – Artigos com títulos com menção a acidentes de trabalho na RBSO – período
2012 a 2022
Nº artigos com menção a
Volume Número Nº total de
Ano acidentes de trabalho nos
artigos
títulos
2012 37 125 21 1
2012 37 126 14 0
2013 38 127 16 113
2013 38 128 17 0
2014 39 129 11 2
2014 39 130 10 1
2015 40 131 08 0
2015 40 132 11 1
2016 41 -- 23 1
2017 42 -- 12 1
2017 42 Suplemento 13 0
1
2018 43 16 0
2019 44 Suplemento 11 0
1
2020 45 38 2
2021 46 26 2
2022 47 01 0
Total 16 248 12
Quadro elaborado pelas autoras, 2022.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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JACKSON FILHO, José Marçal et al. Sobre a" aceitabilidade social" dos
acidentes de trabalho e o inaceitável conceito de ato inseguro. Re-
vista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 38, p. 6-8, 2013.
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LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE
DADOS: UMA ANÁLISE DO DIREITO
DO TITULAR ELEVADO A DIREITO
FUNDAMENTAL
Luciane Dutra Oliveira14
INTRODUÇÃO
14 Mestra em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Programa de
Pós-graduação em Ciências Contábeis, Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
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1. REFERENCIAL TEÓRICO
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III - Dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser
identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis
e disponíveis na ocasião de seu tratamento.
Portanto, Bioni (2019) define que dado pessoal nada mais é que al-
gum tipo de informação acerca de uma pessoa natural. Ante esse caráter
pessoal, o dado pode até mesmo ser considerado um direito da persona-
lidade, caracterizando-se como uma projeção, extensão ou dimensão do
seu titular. Toda a pessoa física e natural é um titular de dado pessoal, ou
seja, somos todos titulares de dados.
Também a lei explicita quais são os dados tratados pela legislação e
quem é o dono do dado, ou seja, o titular do dado pessoal. A seguir será
apresentada a abrangência da lei, quais empresas estão obrigadas a se ade-
quarem aos preceitos da LGPD.
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A proteção dos dados pessoais, por outro lado – para além da referência
ao sigilo da comunicação de dados – também encontra salvaguarda parcial
e indireta mediante a previsão da ação de habeas data (art. 5º, LXXII, da
CF), ação constitucional, com status de direito-garantia fundamental au-
tônomo, que precisamente busca assegurar ao indivíduo o conhecimento
e mesmo a possibilidade de buscar a retificação de dados constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público, ao mesmo tempo que se trata de uma garantia procedimental do
exercício da autodeterminação informacional (SARLET, 2020).
Com relação ao sigilo da comunicação de dados, contudo, há que ter
cautela, razão pela qual se impõe o registro. Sarlet (2020) destaca de que
não se trata, neste caso, do direito à proteção de dados pessoais em si nem
de seu fundamento direto. A privacidade é encarada como um direito
fundamental, as informações pessoais em si parecem, a uma parte da dou-
trina, ser protegidas somente em relação à sua comunicação, conforme
art. 5, XII, que trata da inviolabilidade da comunicação de dados. Tal
interpretação traz consigo o risco de sugerir uma grande permissividade
em relação à utilização de informações pessoais (SARLET, 2020, p. 184).
Acrescente-se que, a teor do art. 5º, §§2º e 3º, CF, o marco norma-
tivo que concretiza e formata o âmbito de proteção e as funções e dimen-
sões do direito (fundamental) à proteção de dados é também integrado
– embora tal circunstância seja usualmente negligenciada – pelos tratados
internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil, destacando-se,
para o efeito da compreensão adequada e manejo correto em nível do-
méstico, a Convenção Americana de São José da Costa Rica e o Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos, incluindo a sua interpretação
pelas instâncias judiciárias e não judiciárias respectivas (SARLET, 2020).
Esse fato assume uma dimensão particularmente relevante, à vista do
atual posicionamento do STF sobre o tema, dada a atribuição aos tratados
de direitos humanos devidamente ratificados, hierarquia normativa su-
pralegal, de modo que, ao menos assim o deveria ser, o marco normativo
nacional infraconstitucional não apenas deve guardar consistência formal
e material com a CF, mas também estar de acordo com os parâmetros de
tais documentos internacionais, sendo passível do que se tem designado
de um controle jurisdicional de convencionalidade. Além disso, convém
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2. METODOLOGIA
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3. DISCUSSÃO E RESULTADOS
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versas, tanto de defesa como de prestações positivas, sendo que cada uma
dessas posições jusfundamentais. Não obstante, os direitos fundamentais
abarcam o direito à privacidade e proteção de dados a partir da promulga-
ção da LGPD e da PEC 17, uma vez que o titular do dado pessoal passa a
ter propriedade sobre esses dados e faz jus à inviolabilidade da intimidade
da vida privada, da honra e imagem.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BONINI, Deise Mara Soares et al. Proteção financeira dos idosos à luz da
lei geral de proteção de dados. Research, Society and Develop-
ment, v. 10, n. 12, p. e575101220973-e575101220973, 2021.
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EDUCAÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO
DA PANDEMIA DA COVID-19: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA À LUZ DO
ENSINO REMOTO
Claudinei Zagui Pareschi15
Davi Milan16
Edna Maria da Silva Oliveira17
INTRODUÇÃO
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A suspensão das aulas presenciais nas escolas foi uma das princi-
pais medidas para conter o avanço da pandemia da Covid-19 em todo
o mundo. De acordo com o relatório do Banco Mundial, mais de 1,5
bilhão de alunos ficaram sem estudos presenciais em 160 países. O
contingente representou mais de 90% de todos os estudantes do pla-
neta. Nestes termos:
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derem o que está escrito. Esse tipo de atividade pode desmotivar ainda
mais os alunos, levando-os ao fracasso escolar. De acordo com Paulina
(2010), para se ter alguma utilidade pedagógica, tem de responder muito
bem à pergunta “copiar por quê?”.
Em uma palestra organizada em 2009 pela Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo, a educadora argentina Delia Lerner, da Universidade
de Buenos Aires, sugeriu mais questões para potencializar a indagação: a
cópia é ou era uma prática social importante? Quais são seus propósitos?
Para que se copiava antigamente? E hoje em dia?
É essencial, conforme destaca a pesquisadora, considerar o tipo de
relação que existe entre a forma e o ato de copiar, de modo que na escola
é apresentada a maneira como existe fora dela, no dia a dia, sendo função
da instituição formar pessoas que saibam fazer coisas úteis fora da sala de
aula. Para ilustrar essa situação, apresentamos a figura 03, referente à ação
de copiar algo na lousa.
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está escrito. Infelizmente, essa prática também foi muito corriqueira nas
residências dos alunos durante o ensino remoto.
Como fora mencionado no início do artigo, as crianças trazem consi-
go conhecimentos anteriores à escola, retirados dos textos, relacionamen-
tos com os pares, logo, será importante não haver mecanicamente cópias
de palavras e frases “soltas”, sem sentido. “Portanto, é necessário criar
momentos para que os alunos possam refletir sobre o sistema de escrita
alfabético e pensar sobre as relações grafofônicas e as peculiaridades da
língua escrita” (FERREIRO, 2006, p.26).
Muito válido e oportuno, os alunos escreverem por conta própria,
com a supervisão e direcionamentos do professor, dando-lhes oportuni-
dade de refletirem sobre a escrita realizada por eles e a escrita convencio-
nalmente correta.
É imperioso destacar a disponibilidade de cartazes com pequenos tex-
tos na sala de aula, outros com o nome dos alunos da classe para criar nessa
sala de aula um ambiente alfabetizador. Com relação ao desenvolvimento
da alfabetização, verifica-se que:
O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um am-
biente social. Mas nas práticas sociais, assim como as informações sociais,
não são recebidas passivamente pelas crianças. Quando tentam com-
preender, elas necessariamente transformam o conteúdo recebido. Este
é o significado profundo da noção de assimilação que Piaget colocou no
âmago de sua teoria (FERREIRO 2006, p. 22).
Assim, nas discussões dos autores citados que o indivíduo terá um
desenvolvimento considerável ao entrar em contato com o meio em que
vive, ou seja, as crianças aprenderão efetivamente quando trocarem expe-
riências com outras crianças, estando o professor como mediador desse
processo de ensino-aprendizagem.
METODOLOGIA
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Nível Garatuja:
Nível Pré-silábico:
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Nível Silábico:
Nível silábico-alfabético:
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Nas figuras acima, a escrita de uma criança que está no nível de escri-
ta alfabético. Não há erros de ortografia e a criança consegue dominar a
escrita de forma efetiva. Esse nível é uma transição do silábico para o alfa-
bético. É uma escrita quase alfabética, quando a criança começa a escrever
alfabeticamente algumas sílabas e para outras permanece silábico.
Nível alfabético
Figura 08 – Nível alfabético
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CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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IMPACTOS DO USO DE MÁSCARAS
NA COMUNICAÇÃO EM LIBRAS:
COMPREENSÃO DAS EXPRESSÕES
FACIAIS E DESENVOLVIMENTO DE
CRIANÇAS SURDAS
Celso Anjos Junior18
INTRODUÇÃO
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gua oral e/ou escrita, como segunda Língua. Partindo do acesso às duas
línguas, o sujeito desenvolve-se inserido numa rede bicultural, se relacio-
nando hora com a cultura surda e hora com a ouvinte. Nesse contexto, a
Língua de Sinais é utilizada amplamente na comunicação entre surdos e
em todo o desenvolvimento global, ao passo que a Língua oral/escrita se
dedica à integração com a sociedade.
O canal visuoespacial se caracteriza pela percepção e transmissão lin-
guística.
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“Em Niterói, onde entrou em vigor a lei nº 3.542, que torna obri-
gatório o uso de máscaras acessíveis em 30% dos funcionários de
estabelecimentos que realizam atendimento presencial.”
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REFERÊNCIAS
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AUDIODESCRIÇÃO EM FILMES
CINEMATOGRÁFICOS: PERCEPÇÕES
POR USUÁRIOS COM DEFICIÊNCIA
VISUAL
Érico Gurgel Amorim19
INTRODUÇÃO
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relacionadas. Isso faz com que ela necessite urgentemente de uma base in-
terdisciplinar orientada para a pesquisa e que inclua as vozes dos usuários
deste serviço (BRAUN, 2008), contribuindo para o seu aprimoramento
e divulgação.
Nesse sentido, o presente estudo objetiva investigar as percepções
de usuários com deficiência visual sobre a audiodescrição, com vistas a
subsidiar o entendimento sobre as potencialidades e os desafios da au-
diodescrição na atualidade, contribuindo para implementação de po-
líticas públicas e aplicação da referida técnica nos diversos dispositivos
socioculturais.
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REFERÊNCIAS
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2D2008&text=Aprova%20o%20texto%20da%20Conven%-
C3%A7%C3%A3o,Art. Acesso em: 10 mar. 2022.
LÉVY, Pierre. O que é o virtual? 2. ed. São Paulo: Editora 34, 1996.
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SE SABE DE REPENTE NA CACIQUE
DOMINGOS: UMA LEGÍTIMA
PROPULSÃO DE PROTAGONISTAS
Emerson Felipe da silva20
INTRODUÇÃO
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tura que utilizo para me referir aos alunos com passagem no projeto, acre-
dito que os dados e o texto trarão respostas significativas.
Ainda em abril de 2013, o Governo da Paraíba lançava o Projeto de
Apoio à Expressão Juvenil “Se Sabe de Repente”. Com nome disseme-
lhante, até ousado, o projeto foi uma iniciativa da SEE (Secretaria de Esta-
do da Educação), atualmente SEECT (Secretaria de Estado da Educação,
Ciência e Tecnologia) em parceria com outras secretarias e demais repre-
sentações do poder público e sociedade civil.
Naquele cenário inicial do projeto, há aproximadamente 10 anos, foi
destinado aos estudantes do Ensino Médio Regular e Ensino Médio da
Educação de Jovens e Adultos (EJA), localizadas apenas em quatro muni-
cípios, em Gerências Regionais de Ensino (GRE) distintas, com aproxi-
madamente 50 unidades de ensino. Realidade essa que sofreu considerá-
veis alterações até seu último ano de existência, em 2019, dentre as quais
destacamos: Implementação em todas as 14 GREs, alteração do público-
-alvo, admitindo também estudantes das turmas do 8º e do 9º anos do
ensino fundamental, maximização de unidades de ensino ofertantes do
projeto, dentre outras.
Pertinente ressaltar que na 14ª GRE Mamanguape, gerência há qual a
Escola Indígena Cacique Domingos está inserida, o projeto chegou apenas
no ano de 2017, ano esse que tal educandário fora contemplado. Recordo-
-me que quando apresentado pela gestão escolar para seleção do profissio-
nal da educação para ser o professor articulador, nenhum dos meus pares
aceitou aquele desafio, então, sem titubear me prontifiquei a aceitar com
a condição de iniciar as atividades apenas após a fase regional dos JEPPB
(Jogos Escolares e Paraescolares da Paraíba), evento também do governo
estadual do qual estava coordenador pela primeira vez, e, assim, iniciava
uma das missões mais nobres em minha trajetória no sacerdócio docente.
Então, cabe evidenciar que muito provavelmente o apoio da gestão
escolar e minha presença enquanto professor articulador fizeram com que
o Se Sabe de Repente na Escola Indígena Cacique Domingos, projeto ex-
tinto na Paraíba após o ano letivo 2019, muito provavelmente pelos efeitos
da pandemia da Covid-19 na educação escolar, fosse o único em atuação
ininterrupta independente do ensino remoto presente nos anos 2020 e
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FELIPE ASENSI (ORG.)
Devido ao ano 2013 ser o marco inicial do projeto nas escolas, con-
forme mencionei anteriormente, provavelmente remete-me ao fato de
vislumbrar uma antecipação ao pregar tanto a BNCC (Base Nacional Co-
mum Curricular), quanto o NEM (Novo Ensino Médio) frente ao prota-
gonismo, pois, essa palavra de origem grega, protagonismo, está bastante
presente na base curricular e nesse moderno ensino médio.
Conforme afirma Clear (2019, p. 256): “Ser curioso é melhor do
que ser inteligente.” Então, a nomenclatura do projeto, a proposta ar-
rojada em abordar o protagonismo enquanto ideia central e essa an-
tecipação comentada frente ao BNCC e ao NEM são elementos, no
mínimo, instigantes para aguçar a curiosidade e entender a essência do
Se Sabe de Repente.
Necessito afirmar que aqui jamais conseguiríamos aludir todo o en-
redo do projeto na mencionada escola, então, como em janeiro de 2022
ocorreu um evento nomeado ‘Reencontro dos Protas’, solenidade provo-
cada pela equipe remanescente do projeto durante esses árduos dois anos
2021 e 2022 de pandemia da Covid-19, objetivando apresentar aos prota-
gonistas egressos ou transferidos do educandário que o projeto não apenas
resistiu aos dias difíceis vivenciados implantando um corajoso e audacioso
projeto ambiental, mas, também, pela gratidão e reconhecimento aos pri-
meiros discentes que constituem o início da história.
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Por isso, quando indagados sobre o nível de satisfação frente aos te-
mas abordados durante os encontros semanas do Se Sabe de Repente,
25 alunos afirmaram ser muito satisfeitos. Tais dados devem ser bastan-
te comemorados porque ofertar em contraturno palestras para discentes
não habituados a tal realidade e, geralmente, desconhecedores do assunto,
sempre foi desafiante.
Consegui implantar ainda no pioneiro ano de execução, 2017, um
curso básico de Libras, ministrado por acadêmicos do curso de Letras da
UFPB. Já no segundo ano, 2018, tive o privilégio de concretizar o curso
de compostagem orgânica ministrado pela EMPASA (Empresa Paraibana
de Abastecimento e Serviços Agrícolas), como também iniciei os cursos
básicos de Design, Informática Básica e GeoGebra ministrados por acadê-
micos da UFPB (Campus IV), mas não concluídos devido a problemáticas
no espaço físico da escola, todos apreciados em 2018. E em 2019 consegui,
através da Loja Maçônica de Rio Tinto, um curso de Produção Textual
(redação para o ENEM), mas infelizmente não implementado devido à
ausência de sala de aula.
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gonista 2018, após sua transferência para cursar o ensino médio Técnico
em Comércio, na ECIT (Escola Cidadã Integral e Técnica) Luiz Gonzaga
Burity, aproveitou a oportunidade de estágio na empresa Iplug Telecom
e muito provavelmente ao término desse estágio, que ocorrerá nos próxi-
mos dias, deverá ser aproveitada no quadro de funcionários da empresa.
Entender que a sorte segue a coragem, não se trata de uma sorte esva-
ziada de perícia, de habilidade, de competência. É uma sorte impregnada
de capacidades e competências. E essa expressão parte do pressuposto de
que a pessoa teve humildade para buscá-las (CORTELLA, 2021, p. 46).
Trilhar caminhos que possam conduzi-los ao sucesso é o desejo de
todos os que fazem o educandário Cacique Domingos, mas, essencial-
mente, daqueles que constituem o Projeto Se Sabe de Repente, uma vez
que tais legados estarão sempre eternizados na história desse projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Enfim, acredito que esse presente artigo poderá nas escolas públicas,
inclusive nas indígenas, fomentar uma maior produção acadêmica, através
do relato de experiência, como também alertar a rede estadual e demais
redes que um projeto exitoso somado a um professor articulador ou equi-
pe competente e uma unidade de ensino cúmplice de boas práticas peda-
gógicas podem formar exímios protagonistas.
REFERÊNCIAS
201
AS TDICS HODIERNAMENTE NA
EDUCAÇÃO ESCOLAR: UM ESTUDO
PARCIAL NA EMEF ANTONIO
AZEVEDO
Emerson Felipe da Silva21
INTRODUÇÃO
202
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METODOLOGIA
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sendo uma das primeiras unidades de ensino da região que efetuaram tal
prática, pois todos devemos relembrar dos meses vivenciados em aulas re-
motas devido ao enfrentamento da Covid-19.
Os ambientes de educação remotos foram maximizados em razão da
pandemia da Covid-19 que interrompeu as aulas presenciais em todas as
instituições de ensino no país. Fato que possibilitou o cumprimento das
aulas serem organizadas através de plataformas digitais, como o Google
Classroom e salas de reunião por meio do Google Meet (SILVA; AN-
DRADE; SANTOS, 2020, p. 2-3).
Observando esse pronunciamento dos autores acima, necessitamos
aqui inferir que essa realidade vivenciada em uma maioria das escolas
da rede estadual, ou seja, utilização do Classroom e Meet, não foi uma
realidade presente na EMEF Antonio Azevedo, da mesma maneira que
acreditamos não ocorrer nas pequenas cidades do interior do Estado da
Paraíba, independente se estejam situadas no centro, até porque na zona
rural geralmente o cenário é ainda mais desfavorável para o trabalho com
esses aplicativos do Google.
Além dos dados coletados e estudo bibliográfico, considerou-se para
realização deste trabalho as observações, inquietações e reflexões inferidas
ao longo do ensino remoto, que perdurou aproximadamente por quatorze
meses no educandário, tal qual as primogênitas vivências emanadas no
educandário nesse ‘novo’ período de aulas presenciais.
Na análise dos resultados, apresentados na próxima seção, foram se-
lecionadas para discussão algumas questões pontuais de todas as cinco se-
ções, pois alguns dados realmente clamaram a atenção.
RESULTADOS
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Por fim, a derradeira seção, acredito que a mais aguardada, não ape-
nas por conter praticamente 50% dos questionamentos, mas, consubstan-
cialmente, pelo fato de detalhar a prática pedagógica ante o trabalho com
as TDICs, estivemos num legítimo caleidoscópio para escolha de quais
dados deveríamos aqui apresentar.
Todavia, decidimos, diferente das demais seções, apresentar dois mo-
mentos distintos, ou seja, lembrando daquela velha história que temos duas
notícias, uma boa e uma ruim... então, estaremos conforme geralmente
escutamos: – fala logo a ruim, iniciando por um ponto preocupante, e, em
seguida, apresentando, ao invés de um, dois pontos extremamente positi-
vos tabulados nos posicionamentos docentes.
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DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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RELATO DE EXPERIÊNCIA: UMA
ANÁLISE DE PRÁTICAS NO CAMPO
DO ENSINO DE FILOSOFIA NO
ENSINO MÉDIO
Claudinei Zagui Pareschi22
Davi Milan23
INTRODUÇÃO
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1. QUADRO CONCEITUAL
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para se conhecer suas ações, seus saberes e sua formação. Os saberes dos
professores são moldados em seu ambiente de trabalho em contato com
outros professores, alunos e comunidade.
De tal modo, a análise de práticas é importante na medida em
que proporciona aos professores iniciantes problematizar situações co-
tidianas da escola para a partir delas, criar novas práticas, conforme
Wittorski (2014).
O Relato de experiência (RE) é uma narrativa importante que
legitima a experiência profissional dos professores como fenômeno
científico a ser estudado e explorado. Daltro e Faria (2019, p. 277)
apresentam o RE como “uma fonte inesgotável de sentidos e possibili-
dades passíveis de análise”. No RE é possível analisar acontecimentos
e as experiências dos autores para assim compreender como se dão as
práticas educativas.
A fim de produzir novos conhecimentos e fornecer dados para
uma análise consistente da realidade de uma aula de Filosofia no se-
gundo ano do Ensino Médio, optou-se por fazer um RE por meio
da metodologia autoetnográfica, defendida por Bossle e Molina Neto
(2009, p. 143) como uma investigação importante para compreen-
der o trabalho docente coletivo em uma perspectiva epistemológica e
metodológica inovadora, destacando as vivências do sujeito pesqui-
sador em sua pesquisa, sendo um instrumento muito relevante para
a análise de práticas, na medida em que transforma esses relatos em
pesquisa cientifica.
Ademais, a metodologia de análise autoetnográfica que será utilizada
neste trabalho permite que o autor narre uma ou mais situações vivencia-
das por ele no ambiente escolar para que sirva de instrumento para uma
autorreflexão sobre sua prática, descrevendo pontos positivos e negativos
a fim de propor novas práticas. Por meio das etapas de análise proposto
por Smyth (1992), primeiramente, será descrito o plano de aula e as ações
desenvolvidas pelo autor; em segundo lugar, será informado o significado
dessas ações; em terceiro lugar, serão corroborados os motivos que fize-
ram o autor ser o que ele é; e por último, será feita a análise da prática com
sugestões para um possível aperfeiçoamento.
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REFERÊNCIAS
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230
BOATE KISS: O CUMPRIMENTO DAS
LEIS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
COMO FUNDAMENTAL CRITÉRIO
PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Jailda Nonato dos Santos Oliveira24
INTRODUÇÃO
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3. SEGURANÇA DO TRABALHO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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ambiente de trabalho dos profissionais são por falta das medidas de segu-
rança para o trabalho nesse ambiente.
No âmbito dessas informações, faz-se essencial a aplicação das nor-
mas regulamentadoras, leis, documentos, portarias e demais orientações
do corpo de bombeiros e profissionais de saúde e segurança do trabalho
no planejamento e organização das diversas áreas diurnas, e a exemplo do
objeto de estudo, dos locais em funcionamento noturno, (bares, restau-
rantes, casas de show, dentre outros), não apenas pelo aspecto normativo,
mas, principalmente, por conter princípios de utilização coletiva.
Sobre esses aspectos, torna-se necessária a implementação de padrões
de segurança e proteção contra incêndio nos imóveis, sistemas de proteção
por extintor de incêndio, aplicação da norma regulamentadora (NR 23),
bem como em áreas de risco de incêndio. Todas as pessoas ao frequentar
um estabelecimento, conforme citado, precisa visualizar facilmente as si-
nalizações para saídas de emergência, porta corta-fogo, extintores, alarme
de incêndio com detector de fumaça, Sprinkler (chuveiro automático para
extinção de incêndio) e quadro informativo da capacidade máxima de pú-
blico, caso contrário o ambiente é considerado inseguro.
Outros aspectos a serem considerados como caráter preventivo e que
se constituem situações sujeitas à denúncia na Vigilância em Saúde do
Trabalhador são aquelas potencialmente geradoras de risco à saúde ou de
acidentes e doenças adquiridas nos ambientes e condições de trabalho,
tais como: 1) Antropométricos; 2) Layout ou Leiaute; 3) Biomecânicos;
4) Organização do trabalho; 5) Químicos; 6) Físicos; 7) Biológicos; 8)
Mecânicos; 9) Cognitivos.
Consiste em um direito para os funcionários e frequentadores efetuar
denúncias sobre as más condições do ambiente de trabalho. Em primeiro
lugar, está a atuação da Vigilância em Saúde do Trabalhador (VST), este
órgão municipal, intervém nos fatores determinantes de agravos à saúde
das pessoas gerados pelo ambiente mal dimensionado para a realização do
trabalho (espaço reduzido, mobiliário inadequado, ferramentas pesadas,
obstáculos de circulação, etc.), pois o resultado da exposição a estes fatores
pode levar a acidentes de trabalho ou adoecimento junto aos ministérios
do Trabalho e Emprego (MTE) e Público do Trabalho (MPT), bem como
vigilância sanitária. Em segundo lugar, estão as ações conjuntas com ór-
24 5
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REFERÊNCIAS
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24 7
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https://www.scielo.br/j/spp/a/kFvWqHDVNTf63ncfjZHP5Kg/?-
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 01.04.2022.
24 8
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24 9
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250
PERDA AUDITIVA: ESTRATÉGIAS
DE BUSCA PARA PROMOVER O
APRENDIZADO EM UM MUNDO
SILENCIOSO
Maria de Lourdes Oliveira25
INTRODUÇÃO
251
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com muitas diferenças entre uma criança e outra. Além da grande diver-
sidade humana presente em sala de aula, na qual cada sujeito tem suas
peculiaridades e formas diferentes de construir o seu aprendizado e seus
conhecimentos. A educação tem o papel de ser um ambiente inclusivo
e precisa preparar sua estruturação a fim de receber, entender e acolher
todos os diferentes sujeitos.
Também cabe a este ambiente o papel de reconhecer as diferenças
nas capacidades físicas, motoras e psicológicas das crianças, nesse sentido
a criança com perfil diferenciado e necessidades diversas deve ser consi-
derada no processo educativo, nos casos de pessoas surdas, essa debilidade
pode ser capaz de deixar esse ambiente ainda mais inóspito e hostil, pois
de acordo com o posicionamento do professor e do corpo docente respon-
sável por aquela escola, este ambiente pode ser melhorado ou prejudicado
por falta de recursos para a permanência dessa criança na escola.
Portanto, pensar uma escola para todos passa a representar uma ade-
quação às necessidades dos usuários deste espaço. Pois:
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PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
Pois para alcançar a todos será preciso desenvolver estratégias que su-
perem suas limitações conforme Coll (1999, p. 203), ao dizer que: “As
primeiras limitações na evolução intelectual das crianças surdas manifes-
tam-se em suas expressões simbólicas, não somente na aquisição do código
linguístico oral, mas também em outras formas como o jogo simbólico”.
Educar não se trata apenas de incluir a criança no ambiente escolar,
será preciso uma busca de subsídios para entender e desenvolver o poten-
cial da criança, para que ela se sinta pertencente a este espaço do saber, e
não apenas estar em um espaço físico.
Visto que se ela não escuta, muitas ações realizadas nas escolas po-
dem não fazer sentido algum, o que irá depender do grau de surdez desta
criança. Pois para Rinaldi (1994), “a diminuição da capacidade de percep-
ção normal dos sons, sendo considerado surdo aquele cuja audição não é
funcional com ou sem prótese auditiva”.
Nos casos em que a criança não ouve os sons, ela precisa buscar em
todo o seu sistema de aprendizagens substitutos para tais funções, quando
estes não são suficientes acarretam uma perda considerável do seu poten-
cial para as aprendizagens.
Nesses momentos o educador será um elemento possibilitador, pois
este pode oferecer estímulos externos capazes de despertar sentidos im-
portantes para tais funções, nesse sentido o uso de recursos como ima-
gens, língua de sinais, entre tantos outros recursos eficazes para a apro-
priação de uma linguagem, pode ser um instrumento possibilitador para
o desenvolvimento da linguagem.
Nesse sentido, também o educador pode desenvolver com a criança a
linguagem de Libras como a primeira língua, visto que esta já é reconhe-
cida legalmente.
Portanto, a escola é um ambiente pensado para atender a todos, po-
rém existe muitas dificuldades em se garantir estes direitos e as crianças
com deficiência acabam por serem as mais prejudicadas.
Para tanto é importante salientar que essa responsabilidade é de todos
dentro de uma sociedade, porém acaba caindo nos braços do professor em
sala de aula, e o resultado para a criança surda pode ser uma sala de aula
como um lugar silencioso, onde tudo parece complexo e sem significado.
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- Dificuldade de comunicação;
- Dificuldades na aprendizagem;
- Dificuldade de comunicação;
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Seguindo esse princípio, na maioria das vezes esta busca por modi-
ficar o sistema educativo parte dos professores, pois são estes que buscam
diante de suas dificuldades as formações adequadas para desenvolver as
habilidades necessárias ao trabalho com o aluno e suas peculiaridades.
Portanto, a curiosidade e as necessidades de se promover as apren-
dizagens para as crianças surdas podem promover grandes mudanças no
perfil do educador e consequentemente da escola. Pois este tem latente
em si a sua fala interior, diferente da criança surda, já que
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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surda, logo nos primeiros anos de sua vida, para que este processo seja
realmente natural.
Considera-se a aquisição da língua de sinais como um processo
natural da criança, ou seja, uma língua materna, será preciso que esta
linguagem esteja inserida no seio familiar. Para que assim a familiari-
dade com a língua se torne de fato uma língua materna, no real sentido
da palavra. Desse modo, percebe-se que muito estratégias educativas
podem ser desenvolvidas dentro das escolas e nas comunidades esco-
lares a fim de se disseminar os conhecimentos promovidos nas escolas
para além dos muros, só assim será possível falar em inclusão da pessoa
surda de fato.
REFERÊNCIAS
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263
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
DA CRIANÇA COM AUTISMO NO
ENSINO FUNDAMENTAL I
Antocléia de Sousa Santos26
Maria de Lourdes Oliveira27
INTRODUÇÃO
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O autor nos diz que o docente tem que ser pesquisador, facilitador no
processo de aprendizagem da criança autista, para que possa penetrar no
mundo autista para entender, aprender e compreender como esta criança
absorve esse conhecimento.
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28 https://clicnavegantes.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Igualdade-e-Equidade.jpg.
29 MICHAELIS, Dicionário. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&-
t=0&palavra=igualdade. Acesso em: 05/03/2022.
269
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ções, pois fica tudo dessincronizado, e ele pode demorar para reali-
zar as tarefas e os processos sociais do ambiente, ou, por outro lado,
pode agilizá-los demais.
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Einstein vem nos alertar que cada indivíduo tem seus pontos fortes
e fracos. Com isso, é de suma importância buscar meios e estratégias que
contemplem as diversas características de cada um para se promover uma
aprendizagem capaz de considerar os pontos fortes de cada criança, como
por exemplo, considerar o mundo interior da criança autista, pode ser o
diferencial entre desenvolver suas potencialidades ou se retrair ainda mais
diante dos pares.
Portanto, ao propor uma atividade para um grupo com o intuito de se
promover a equidade, se pode considerar que mesmo sendo a afetividade
um ponto primordial para a educação, em casos de autismo, esta afetivi-
dade deve ser trabalhada de forma diferente para que se possa promover
30 https://kdfrases.com/frases-imagens/frase-todo-mundo-e-um-genio-mas-se-voce-jul-
gar-um-peixe-pela-sua-habilidade-de-subir-em-arvores-ele-albert-einstein-91282.jpg.
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[...] alfabetização precisa ter uma função [...] é preciso que tenha-
mos muita criatividade para adaptar materiais e inserir as letras
[...], no âmbito da vivência do discente. No que se refere o desen-
volvimento do aluno, é importante que o educador faça atividades
que se associam com as carências existentes do aluno, visto que
é preciso a junção do aprendizado [...] ao maior número possí-
vel de estímulos concretos: o aluno que está aprendendo a contar,
por exemplo, precisa sentir” as quantidades e os números de forma
palpável.
2 74
FELIPE ASENSI (ORG.)
cessidades para que possam chegar ao mesmo ponto, tendo como ponto
de partida lugares e situações diferentes e necessidades de recursos parti-
culares a cada uma, olhar para cada situação e investigar as necessidades
para o seu desenvolvimento pode ser uma forma de humanizar a educação
e promover educação para todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
275
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
REFERÊNCIAS
MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: guia prático. 5. ed. São Paulo:
AMA; Brasília: CORDE, 2007.
276
FELIPE ASENSI (ORG.)
277
A CONSTRUÇÃO DE UM ESTADO
SOCIAL: O PAPEL DO ESTADO E DAS
CONGREGAÇÕES RELIGIOSAS31
Débora Soares Karpowicz32
INTRODUÇÃO
278
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279
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
significativo dessa classe de indigentes – povo sem lei, sem religião, sem
autoridade, sem polícia –, foi a reclusão, recurso escolhido como forma
de restaurar o pertencimento comunitário (CASTEL, 2008, p. 61; 73).
A austeridade no rigor fez com que técnicas de disciplinas fossem
desenvolvidas, segundo Goffman, os internados de uma Instituição total33
têm todo o dia determinado, isso equivale a dizer que todas as necessida-
des essenciais precisam ser planejadas. Neste caso, o trabalho, a oração e o
aprendizado são fatores determinantes. Segundo o autor, essas instituições
“são estufas para mudar pessoas; cada uma é um experimento natural so-
bre o que se pode fazer ao eu” (GOFFMAN, 2001, p. 21-2).
Corroborando esta ideia, Foucault destaca as características das pri-
sões do século XVI. Buscavam a transformação pedagógica e espiritual
através de um exercício contínuo, feito através da exigência de leituras
religiosas, de trabalho obrigatório, de horário estrito dentro de um sistema
de proibições e obrigações, sempre sob o olhar de uma vigilância cons-
tante, cujo objetivo era “atrair para o bem e desviar do mal”, trazendo ao
indivíduo preguiçoso o gosto pelo trabalho, o qual seria mais vantajoso
que continuar na preguiça. Não só o gosto pelo trabalho seria restituído,
como também a possibilidade de uma vida melhor dentro e fora do cárce-
re (FOUCAULT, 2010, p. 117-8).
A estes indivíduos passiveis de uma ressocialização através da disci-
plina e do cárcere ou a partir do assistencialismo, associa-se a figura do
“vagabundo”, impedido de compor uma ordem social determinada, per-
33 “Uma instituição total pode ser definida como um local de residência e trabalho onde
um grande número de indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade mais
ampla por considerável período de tempo, levam uma vida fechada e formalmente admi-
nistrada”. In: GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva,
2001, p. 11. Para o autor, o caráter de instituição total é simbolizado pela barreira à relação
social com o mundo externo e por proibições à saída, que muitas vezes estão incluídas no
esquema físico da própria instituição, como: portas fechadas, paredes altas, arame farpado,
enfim, barreiras físicas que tolhem a interação do indivíduo ali presente com a sociedade e
com o mundo “extramuros”. Goffman divide as instituições totais em cinco categorias distin-
tas, no entanto, com características comuns. O agrupamento de interesse para este trabalho
será o três, que caracteriza como instituição total as penitenciárias, cadeias, campos de
prisioneiros de guerra e campos de concentração, que objetivam proteger a comunidade
contra os perigos intencionais (GOFFMAN, op. cit., p. 16-7).
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tence à massa dos “pobres” que só podem viver do trabalho, mas que, no
entanto, estão impossibilitados de fazê-lo.
Até o século XVI esses indivíduos são associados a uma série de
qualificativos, em especial à versão pejorativa do “mendigo válido”. Dois
critérios tornaram-se explícitos na definição desta categoria: “a ausência
de trabalho, que caracteriza a ociosidade associada à falta de recursos;
e o fato de ser sem “fé nem lei”, isto é, sem pertencimento comuni-
tário”. Sendo assim, a “vagabundagem” está substancialmente ligada à
condição da falta de trabalho, bem como a pessoas com profissões de
má reputação e ocupações condenadas, como a prostituição. Aos ditos
“vagabundos” também se incluem os indivíduos sem “endereço certo”,
ou em constantes trocas de residência, o que determina, mais uma vez,
o rompimento com as regras sociais: trabalho, família, moralidade e reli-
gião. “É um ser sem lugar nenhum” (CASTEL, 2008, p. 56-7, 120-35).
Essa definição pouco mudou nos séculos seguintes, visto que o Código
Penal Napoleônico assim os definiu:
281
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
34 O autor, ao longo do texto, discute a questão que divide entre capacidade e incapacidade
de trabalho. Quem seriam os “verdadeiros” incapazes, merecedores da assistência social?
Segundo o autor, existe um núcleo de incapacidades reconhecido de se enquadrar à ordem
do trabalho por causa de deficiências físicas manifestas devido à idade (crianças e idosos),
à enfermidade, à doença, e que podem até se estender a algumas situações familiares ou
sociais desastrosas, como a da “viúva cheia de crianças”. Outro caráter discriminatório que
determina quais pobres merecem ser assistidos é chamada de economia da salvação. Por
esta categoria são excluídos os que se revoltam contra a ordem do mundo desejada por
Deus. O pobre mais digno de mobilizar a caridade é o que exibe em seu corpo a impotência
e o sofrimento humano. In: CASTEL, op. cit., p. 41-2; 65-7. Grifos da autora.
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A estrutura destes conventos, bem como seu papel social foram dras-
ticamente abalados com o advento da Revolução Francesa. O período
revolucionário modificou a organização da Igreja que por dez anos se re-
traiu em suas ações. Somente após a ascensão de Napoleão Bonaparte que
Igreja e Estado retomam os laços, fazendo novos usos e sentidos às ações
executadas pelos religiosos, conforme veremos.
O final do século XVIII e início do século XIX foi marcadamente
um período antagônico. Por um lado, a presença das ideias religiosas, da
fixidez, da fé, por outro, confrontaram-se as ideias de ciência, da velocida-
de e da razão. Ao contrário do século XVIII, assinalado pela mistura entre
o ser e o devir, o século XIX, impulsionado por uma nova filosofia, foi o
primeiro século verdadeiramente do devir com uma grande tendência à
multiplicidade, à fragmentação da ciência, bem como de um pensamento
sectário político e histórico. No século XIX o indivíduo tornou-se ele-
mento central (BAUMER, 1990b, p. 13, 95).
A marca desse triunfo está no constitucionalismo iniciado com a ma-
triz americana (1776), seguido da Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão, adotada pela Assembleia Constituinte na primeira fase da
Revolução Francesa (1789), que, segundo Loius Dumont, fundamentou a
nova Constituição da França decorrente de manifestações populares e tida
como exemplo na Europa e no restante do mundo (DUMOND, 1985, p.
109). Espalhando-se rapidamente pela América e chegando ao Brasil no
início do século XIX (1824) (GAUER, 2014, p. 19-35).
Às vésperas da Revolução Francesa, a Igreja da França cuidava de
mais de dois mil e duzentos asilos, além do ensino ministrado nas escolas
paroquiais. Havia entre o Baixo e o Alto clero uma grande disparidade
no que tange às ações sociais e o valor pago pelos trabalhos prestados. A
relação entre Igreja e Estado do final do século XVIII acirrou-se com a
aprovação, pela Assembleia Nacional Constituinte, da Constituição Civil
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35 Estes documentos assinados entre o representante da Igreja, o Papa Pio VII e o re-
presentante do Estado, Cônsul Napoleão Bonaparte, estão disponíveis integralmente na
BnF (Bibliothèque Nacional de France), conforme link: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bp-
t6k6503426z/.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
295
PELO LEGADO DE BELL HOOKS:
NARRATIVAS INSURGENTES DE UMA
VOZ NEGRA EM DEVIR
Rose Mari Ferreira40
Antônio Cícero de Andrade Pereira41
INTRODUÇÃO
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FELIPE ASENSI (ORG.)
[...] Aquele homem ali diz que é preciso ajudar as mulheres a subir
numa carruagem, é preciso carregar elas quando atravessam um
lamaçal e elas devem ocupar sempre os melhores lugares. Nunca
ninguém me ajuda a subir numa carruagem, a passar por cima da
lama ou me cede o melhor lugar! E não sou uma mulher? Olhem
para mim! Olhem para meu braço! Eu capinei, eu plantei, juntei
palha nos celeiros e homem nenhum conseguiu me superar! E não
sou uma mulher? Eu consegui trabalhar e comer tanto quanto um
homem – quando tinha o que comer – e também aguentei as chi-
cotadas! E não sou uma mulher? Pari cinco filhos e a maioria deles
foi vendida como escravos. Quando manifestei minha dor de mãe,
ninguém, a não ser Jesus, me ouviu! E não sou uma mulher? [...] E
daí eles falam sobre aquela coisa que tem na cabeça, como é mes-
mo que chamam? (uma pessoa da plateia murmura: “intelecto”).
É isto aí, meu bem. O que é que isto tem a ver com os direitos das
mulheres ou os direitos dos negros? Se minha caneca não está cheia
nem pela metade e se sua caneca está quase toda cheia, não seria
mesquinho de sua parte não completar minha medida? (TRUTH,
2020, p. 28).
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FELIPE ASENSI (ORG.)
que o discurso era vitimista, que agora tudo é racismo. Continuo a dis-
cussão questionando sobre qual o embasamento que ele, homem branco,
possui para classificar o que é uma fala racista e o que não é fala racista. O
clima fica tenso e a cada palavra que eu digo ele se posiciona de maneira
mais agressiva. Ninguém na sala se posiciona. O silêncio grita e somente
ouvem-se duas vozes: a minha, mantida em tom o suficiente para ser ou-
vida e a voz do homem branco, supremacista, racista, deslegitimando meu
discurso. A professora então pede para que “os ânimos” se acalmem, pois
estamos aguardando um convidado que fará uma participação na aula.
Decido por manter minha educação e aguardar pela chegada do convida-
do. A aula termina e saio.
Na aula seguinte ao ocorrido, a professora inicia uma conversa de que
parecia ter acontecido algo de ofensivo na aula passada, e o estudante que
falou em tom mais “incisivo” não estava na aula mas havia enviado uma
mensagem a ela dizendo que “talvez ele tivesse se excedido”, mas que ela
achava tudo normal dentro de um ambiente democrático.
Mais uma vez o silenciamento do restante dos componentes da aula
ao que eu pedi a palavra e disse que não se pode optar por ser antirracista
em um dia e no outro cometer atos racistas. Essa é a posição da branqui-
tude acrítica.
E aqui faz-se necessário lembrar do que inteligentemente bell hooks
nos traz de sua experiência como docente em ambientes majoritariamente
ocupados por pessoas brancas,
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À GUISA DE DESFECHO
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REFERÊNCIAS
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308
EDUCAÇÃO ESCOLAR PÚBLICA EM
ANGOLA: PERCEÇÕES DE ATORES
EDUCATIVOS LOCAIS SOBRE
INFRAESTRUTURAS ESCOLARES
E RECURSOS HUMANOS E SUAS
CONDIÇÕES DE TRABALHO NAS
ESCOLAS DO ENSINO PRIMÁRIO
E SECUNDÁRIO DA REGIÃO LESTE
ANGOLANA, NO PERÍODO ENTRE
2008 A 2018
Paulo Carlos Lopes44
INTRODUÇÃO
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Província Escolas 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Lunda Norte Ensino P. e secundário 180 185 200 206 208 213 203 208 210 213 213
Lunda Sul Ensino P. e secundário 189 193 197 197 208 232 263 273 285 285 287
Moxico Ensino P. e secundário 135 158 337 386 407 431 439 470 481 490 490
Total de escolas na região leste angolana 504 536 734 789 823 876 905 951 976 988 990
Fonte: criação do autor, a partir de DPGEPE, Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico
315
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
2. ESTUDO EMPÍRICO
2.1. METODOLOGIA
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2.2. PARTICIPANTES
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Zona Leste 35 8,58% 139 34,07% 64 15,69% 63 15,44% 36 8,82% 71 17,40% 2.78
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Opinião Inexistente Inadequado Razoável Bom Muito Bom Excelente Não responde Média
sobre
material n % n % n % n % n % n % n %
escolar
Salas de 26 6,37% 122 29,90% 150 36,76% 52 12,75% 19 4,66% 15 3,68% 24 5,88% 2.90
Aula
Material 54 13,24% 108 26,47% 139 34,07% 57 13,97% 17 4,17% 13 3,19% 20 4,90% 2.78
Didático
33 8,09% 121 29,66% 109 26,72% 71 17,40% 28 6,86% 11 2,70% 35 8,58% 2.93
Carteiras
Compute e 272 66,67% 51 12,50% 40 9,80% 11 2,70% 8 1,96% 2 0,49% 24 5,88% 1.54
Internet
Opinião sobre Inexistente Inadequado Razoável Bom Muito Bom Excelente Não responde
instalações e Média
materiais n % n % n % n % n % n % n %
Salas de Aula 2 1,57% 28 22,05% 71 55,91% 20 15,75% 5 3,94% 0 0,00% 1 0,79% 2.98
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FELIPE ASENSI (ORG.)
Estado de limpeza 66 16,18% 60 14,71% 113 27,70% 85 20,83% 34 8,33% 50 12,25% 2,89
323
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
Não Média
Qualidade da Péssimo Má Razoável Boa Muito Boa
conservação da responde
Infraestrutura n % n % n % n % n % n %
Conservação do 3,06
11 8,66% 18 14,17% 50 39,37% 39 30,71% 4 3,15% 5 3,94%
Edifício
Higiene de WC, salas 3,00
8 6,30% 26 20,47% 53 41,73% 28 22,05% 7 5,51% 5 3,94%
de aulas e gabinetes de
docentes 3.39
Limpeza dos Espaços,
Entrada Principal, 4 3,15% 16 12,60% 47 37,01% 39 30,71% 16 12,60% 5 3,94%
Corredores, jardins…
Condições Não
Inexistente Péssimo Mau Razoável Boa Muito boa
Saneament responde Média
o Básica n % n % n % n % n % n % n %
Água
207 50,74% 46 11,27% 43 10,54% 53 12,99% 29 7,11% 17 4,17% 13 3,19% 2.25
Canalizada
Luz 92 22,55% 54 13,24% 44 10,78% 109 26,72% 53 12,99% 32 7,84% 24 5,88% 3.22
Elétrica
Casas de 68 16,67% 89 21,81% 89 21,81% 78 19,12% 49 12,01% 15 3,68% 20 4,90% 2.99
Banho
Retretes ou 151 37,01% 69 16,91% 52 12,75% 46 11,27% 44 10,78% 9 2,21% 37 9,07% 2.43
Latrinas
3 24
FELIPE ASENSI (ORG.)
Muito Não
Condições do Inexistente Péssimo Mau Razoável Boa
boa responde Média
Saneamento Básico
n % n % n % n % n % n % n %
Água Canalizada 68 53,54% 11 8,66% 11 8,66% 27 21,26% 8 6,30% 1 0,79% 1 0,79% 2.20
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PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
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FELIPE ASENSI (ORG.)
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Quadro 10: Pessoal docente e administrativo nas escolas da região leste angolana
Classificação da Não
quantidade do Mau Insuficiente Mínimo Bom Muito Bom
responde
pessoal docente,
Média
administrativo
nas escolas da n % n % n % n % n % n %
região leste.
Professores (as) 35 8,58% 154 37,75% 102 25,00% 61 14,95% 33 8,09% 23 5,64% 2,75
Coordenador de
45 11,03% 79 19,36% 78 19,12% 114 27,94% 42 10,29% 50 12,25% 3,08
Turno
Coordenadores
92 22,55% 90 22,06% 43 10,54% 61 14,95% 27 6,62% 95 23,28% 2,49
de Cursos
Coordenadores
49 12,01% 74 18,14% 60 14,71% 104 25,49% 54 13,24% 67 16,42% 3,12
de Disciplinas
Funcionários
67 16,42% 101 24,75% 59 14,46% 72 17,65% 26 6,37% 83 20,34% 2,66
Administrativos
Pessoal
83 20,34% 89 21,81% 69 16,91% 64 15,69% 29 7,11% 74 18,14% 2,62
Administrativo
Quadro 11: Quantidade dos espaços nas escolas da região leste angolana
Classificação da
quantidade dos Mau Insuficiente Mínimo Bom Muito Bom Não responde
espaços nas Média
escolas da região n % n % n % n % n % n %
leste.
Gabinetes/Salas
65 15,93% 73 17,89% 47 11,52% 97 23,77% 65 15,93% 61 14,95% 3,07
de Professores
Salas/Gabinetes
coordenadores de 95 23,28% 99 24,26% 42 10,29% 64 15,69% 32 7,84% 76 18,63% 2,52
Curso/Disciplinas
Sala de Reuniões 95 23,28% 70 17,16% 47 11,52% 86 21,08% 48 11,76% 62 15,20% 2,77
Sala de Convívio 171 41,91% 71 17,40% 22 5,39% 31 7,60% 17 4,17% 96 23,53% 1,88
329
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
Quadro 12: pessoal docente e administrativo nas escolas da região leste angolana
Classificação da Não
Mau Insuficiente Mínimo Bom Muito Bom
quantidade do responde
pessoal docente e
administrativo Média
nas escolas da n % n % n % n % n % n %
região leste
angolana
Professores (as) 1 0,79% 50 39,37% 33 25,98% 35 27,56% 6 4,72% 2 1,57% 2.96
Coordenador de
10 7,87% 34 26,77% 31 24,41% 40 31,50% 7 5,51% 5 3,94% 3.00
Turno
Coordenadores
29 22,83% 27 21,26% 29 22,83% 23 18,11% 7 5,51% 12 9,45% 2.58
de Cursos
Coordenadores
13 10,24% 27 21,26% 21 16,54% 46 36,22% 14 11,02% 6 4,72% 3.17
de Disciplinas
Funcionários
11 8,66% 30 23,62% 27 21,26% 47 37,01% 8 6,30% 4 3,15% 3.09
Administrativos
Pessoal
11 8,66% 30 23,62% 38 29,92% 40 31,50% 5 3,94% 3 2,36% 2.98
Administrativo
Quadro 13: quantidade dos espaços nas escolas da região leste angolana
Classificação da Não
quantidade dos Mau Insuficiente Mínimo Bom Muito Bom
responde
espaços nas Média
escolas da região n % n % n % n % n % n %
leste angolana
Gabinetes/Salas
25 19,69% 25 19,69% 25 19,69% 37 29,13% 10 7,87% 5 3,94% 2.85
de Professores
Salas/Gabinetes
coordenadores de 36 28,35% 32 25,20% 19 14,96% 28 22,05% 6 4,72% 6 4,72% 2.47
Curso/Disciplinas
34 26,77% 25 19,69% 17 13,39% 32 25,20% 15 11,81% 4 3,15% 2.75
Sala de Reuniões
Sala de Convívio 70 55,12% 23 18,11% 6 4,72% 15 11,81% 5 3,94% 8 6,30% 1.84
330
FELIPE ASENSI (ORG.)
331
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
Quadro 14: condições de trabalho dos docentes e do pessoal administrativo nas escolas do
ensino primário, colégio e liceus e gabinetes
332
FELIPE ASENSI (ORG.)
Quadro 15: Condições do trabalho dos docentes e do pessoal administrativo nas escolas
do ensino primário, colégios e liceus e gabinete da região leste angolana
CONSIDERAÇÕES FINAIS
333
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
REFERÊNCIAS
334
FELIPE ASENSI (ORG.)
335
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
336
DESATANDO OS NÓS DA
REPRESENTAÇÃO NO DIREITO
SUCESSÓRIO
Clarissa Bottega45
Mariana Gomes de Oliveira46
INTRODUÇÃO
337
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
1. DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
338
FELIPE ASENSI (ORG.)
339
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
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FELIPE ASENSI (ORG.)
341
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
342
FELIPE ASENSI (ORG.)
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PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
344
FELIPE ASENSI (ORG.)
2.2 EFEITOS
345
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
346
FELIPE ASENSI (ORG.)
2.3 HIPÓTESES
347
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
348
FELIPE ASENSI (ORG.)
2.4 LIMITES
349
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
350
FELIPE ASENSI (ORG.)
351
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
Por fim, apenas para ilustrar os diversos nós que podem surgir na aná-
lise dos limites do direito de representação, vejamos situação em que uma
sobrinha-neta (parente colateral de 4º grau) pretendia ver seu direito su-
cessório reconhecido:
352
FELIPE ASENSI (ORG.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
353
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
REFERÊNCIAS
354
FELIPE ASENSI (ORG.)
DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 7. ed. rev., atual. e ampl.
Salvador: Editora JusPodivm, 2021.
355
RESUMOS
357
NECROCAPITALISMO E
NEOFASCISMO EM TEMPOS
SOMBRIOS
Margarida Aparecida de Oliveira47
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
359
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
360
FELIPE ASENSI (ORG.)
361
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
METODOLOGIA
362
FELIPE ASENSI (ORG.)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
363
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
364
COMPORTAMENTO DE MATERIAIS
CIMENTÍCIOS SUPLEMENTARES
PARA CONCRETO ARMADO
SUBMETIDOS A ALTAS
TEMPERATURAS
Mariana de Almeida Motta Rezende 49
INTRODUÇÃO
365
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
366
FELIPE ASENSI (ORG.)
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
367
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
368
FELIPE ASENSI (ORG.)
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
LI, Bo; LING, Tung Chai; YU, Jin Guang; WU, Jiaqi; CHEN, Weiwei.
Cement pastes modified with recycled glass and supplementary ce-
mentitious materials: Properties at the ambient and high tempera-
tures. Journal of Cleaner Production, [S. l.], v. 241, 2019. DOI:
10.1016/j.jclepro.2019.118155.
369
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
370
VOZES INSURGENTES POR UMA
EDUCAÇÃO LIBERTADORA:
DIÁLOGOS COM BELL HOOKS
Antônio Cícero de Andrade Pereira50
Rose Mari Ferreira51
INTRODUÇÃO
371
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
do tópico “bell hooks: por uma educação como prática libertadora” e fi-
nalizaremos este texto, sem intenção alguma de buscar seu esgotamento,
destacando nossas considerações finais.
Saber que vida de professor não é fácil, todos nós já, no mínimo, po-
demos imaginar. As gerações em que se encontram os autores do presente
ensaio eram aquelas que foram educadas em escolas que figuravam os pro-
fessores como os detentores do conhecimento e os alunos eram agentes
passivos a aprender conceitos prontos como aqueles trazidos em enciclo-
pédias e livros didáticos, o que nos remete à educação bancária. Esta visão
bancária da educação, segundo Paulo Freire (2005, p. 67), “o ‘saber’ é
uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber.”
Algumas inquietações nos arrebataram diante da reflexão freiriana su-
pracitada, sendo estas: como quebrar este ciclo de educação bancária que
reprime o ser crítico? Como ensinar a transgredir a este molde bancário
de educação? Como ensinar para a prática da libertação?
Vale salientar que Paulo Freire tornou-se uma referência sólida para
bell hooks em seus estudos sobre educação como prática da liberdade.
Sendo que, ao beber de fontes freirianas, bell hooks fundamenta sua obra
Ensinando a transgredir a partir da pedagogia de Paulo Freire.
Quando bell hooks afirma que “ensinar é um ato teatral” (HOOKS,
2017, p. 21), não devemos imaginar um espetáculo em que o professor é
um ator em um palco e os alunos são simples expectadores. Pelo contrá-
rio, o ensinar como ato teatral vem da interação entre professor e alunos,
são trocas de saberes e de experiências, permitindo assim o crescimen-
to mútuo. É, ao mesmo tempo, ensinar e aprender. Ou seja, o ensinar a
transgredir parte desta premissa.
“Essa estratégia pedagógica se baseia no pressuposto de que todos nós
levamos à sala de aula um conhecimento que vem da experiência e de que
esse conhecimento pode, de fato, melhorar nossa experiência de aprendi-
zado” (HOOKS, 2017, p. 114).
Para tanto, bell hooks (2021) apresenta o conceito de educação de-
mocrática, em que ela defende o processo de ensino e aprendizagem como
372
FELIPE ASENSI (ORG.)
373
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dialogar com bell hooks tem sido uma experiência ímpar para duas
pessoas negras que se encontram na busca pela construção identitária en-
quanto pesquisadores intelectuais. Neste diálogo, trouxemos a educação
como prática libertadora e a relação ensino-aprendizagem dentro de um
contexto transgressor e insurgente.
Transgressão esta quando destacamos a necessidade de/por práticas
pedagógicas que vão abolir a formação bancária. Já esta insurgência, re-
presentada pelas vozes que se recusam em ser silenciadas, alicerça a prática
libertadora.
Acreditamos que este diálogo com bell hooks, ainda inconcluso, pois
consideramos este um ponto de partida, nos permitirá retomadas futuras,
abordando também outras temáticas e destacando diferentes contextos.
REFERÊNCIAS
3 74
RESISTÊNCIA AO FOGO DE
CONCRETOS DE ALTO E ULTRA ALTO
DESEMPENHO
Mariana de Almeida Motta Rezende 52
INTRODUÇÃO
375
PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
dio, este trabalho visa analisar artigos científicos que estudaram o compor-
tamento desses concretos
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
376
FELIPE ASENSI (ORG.)
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
O CUAD feito por Liu e Tan (2018), com uso conjunto de fibras de aço e
PE, apresentou spalling não explosivo, também comprovando a eficiência
desses concretos com fibras. Nos estudos feitos por Banerji; Kodur; Solh-
mirzaei (2020), o volume fragmentado ao longo do comprimento da viga
não era uniforme devido à natureza não homogênea do concreto.
Quanto à análise de microscopia eletrônica de varredura (MEV), com
a utilização de outro tipo de fibra associada à fibra de aço, a fibra de po-
lietileno (PE) também auxilia na melhora do desempenho térmico dos
CUADs, como foi comprovado por Liu e Tan (2018). Foi possível obser-
var que a associação de fibras de aço e de PE faz com que a fissuração do
CUAD aos 200 ºC seja muito menor que o CUAD sem fibras.
Liang et al. (2018) mostraram que a matriz de CUAD com fibras de
aço e PP ficam mais densas e compactas. O fato é melhor explicado por
Liang et al. (2018), pois conseguiram mostrar uma suposta reação das fi-
bras com a matriz que provoca melhor aglomeração dos materiais. Essa
explicação ainda é questionável no meio científico, mas ganha cada vez
mais força devido à falta de outras explicações.
Em relação ao comportamento de CUAD frente a uma situação de
incêndio, análise de perda de massa mostra uma perda significativa entre
200 e 400 ºC devido à evaporação da água e a análise microscópica mostra
que a matriz fica mais densa entre essas temperaturas de 200 e 400 ºC.
A resistência à compressão dos CADs e CUADs normalmente cai até
os 100 ºC, mas é recuperada ou superada até os 300 ºC devido à facilitação
de evaporação da água proporcionada pela fusão das fibras. Os CUADs
com fibras podem apresentar resistência à compressão de 69% aos 800 ºC
quando comparada à resistência em temperatura ambiente;
Uma informação relevante levantada é que o tipo de agregado in-
fluencia significativamente na manutenção da resistência em elevadas
temperaturas – o agregado de escória de aço desempenhou melhor que o
agregado quartzoso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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FELIPE ASENSI (ORG.)
REFERÊNCIAS
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cemconcomp.2018.02.014.
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PENSANDO A PRODUÇÃO ACADÊMICA
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