Professional Documents
Culture Documents
Key words: Borborema, Pajeu-Paraiba Belt, Alto Pajeú Terrane, Cariris Velhos Cycle, Brasiliano, Alto Moxotó Terrane
RESUMO O Sistema de Dobramentos Pajeú-Paraiba (SPP), que tem suas melhores representações nos sertões de Pernambuco, chega à zona
costeira na Paraíba (tangenciando fronteiras de estados vizinhos), consoante sua porção mais setentrional designada de Terreno Alto Pajeú (TAP).
Este terreno é limitado ao norte pelo Lineamento Patos, que o separa de um contexto distinto de embasamento que lhe é justaposto, o terreno
tectono-estratigráfico do Rio Grande do Norte (RGN). Ao sul, o TAP faz contato por zonas de cisalhamento de caráter regional com outra fração
do embasamento paleoproterozóico do SPP, o Terreno Alto Moxotó (TAM). O RGN (ao norte) e o TAM (ao sul) são considerados como mega-
fragmentos de um supercontinente paleoproterozóico, enquanto o TAP é assumido como parte/segmento de costura orogênica do Meso-
neoproterozóico, provavelmente do supercontinente desta época (Rodinia). Todos estes terrenos foram justapostos e retrabalhados pelo desen-
volvimento do Ciclo Brasiliano, nos eventos de estruturação do Gondwana Ocidental, ao longo do Neoproterozóico.
O TAP é constituído de gnaisses a muscovita e biotita placosos (a), biotita-granada xistos (b) cortados por augen-gnaisses graníticos e
sienograníticos (c) que são todas unidades eo-neoproterozóicas do Ciclo Cariris Velhos, retrabalhadas diversamente e penetradas por granitóides
(d) do Ciclo Brasiliano, no final do Neoproterozóico. Estas unidades maiores (a, b, c) se acham situadas entre zonas de cisalhamento de rejeito
direciona! dextral (na porção a leste do meridiano 36°00" aqui estudada), consubstanciando ampla estrutura em leque sinformal, imposta pelo
retrabalhamento brasiliano.
Determinações geocronológicas Rb-Sr, Sm-Nd e U-Pb efetuadas confirmam a idade paleoproterozóica do RGN (e do TAM) e seu
retrabalhamento no Brasiliano, e a idade eo-neoproterozóica (Ciclo Cariris Velhos) para o TAP, em suas diversas supracrustais e augen-gnaisses
neles intrusivos. O cisalhamento e a granitogênese do Brasiliano são eventos comuns e importantes tanto no RGN como no TAP (assim como
no embasamento mais ao sul, do TAP).
Palavras-chaves: Borborema, Sistema Pajeú-Paraíba, Terreno Alto Pajeú, Ciclo Cariris Velhos, Granitos brasilianos, Terreno Alto Moxotó
INTRODUÇÃO O Sistema de Dobramentos Pajeú-Paraíba (Brito (SUDENE, sistema DNPM-CPRM, RadamBrasil etc.). com as restri-
Neves 1983), que tem seu desenvolvimento e estudos clássicos nos ções usuais de escala, não podendo atender às muitas demandas do
sertões centrais de Pernambuco, apresenta continuidade para leste, conhecimento. Muitos problemas persistiram, pela sua complexidade
chegando à faixa costeira, na Paraíba, imediatamente a sul do linea- necessitando escalas maiores de mapeamento, devido à presença de
mento de Patos, com extensão na plataforma continental e deve coberturas terciárias, intensidade do intemperismo na medida que se
(presumivelmente) continuar na África. O presente estudo foi desen- caminha para a zona costeira etc. Por seu turno, as bacias costeiras
volvido principalmente nesta porção mais oriental do sistema de do- deste saliente oriental têm sido objeto de muitos estudos de diferentes
bramentos, que corresponde à parte central da região conhecida como fontes e escalas maiores, sobretudo das escolas de geologia (Natal,
"saliente oriental", designação que compreende a região a leste do Recife, Salvador) e da Petrobrás.
meridiano 36°00' W. A composição, estrutura e idade das rochas do Reconhecendo esta demanda, já na década de 70, o autor senior
embasamento Pré-cambriano foram o alvo principal estudado, na por- procurou conduzir um trabalho de suporte geocronológico neste sali-
ção mais central deste saliente oriental. Trata-se de região importante ente oriental (Brito Neves et al. 1978). Na década de 90, com o apoio
do ponto de vista geológico por diversas razões - e. g. influência/he- da FAPESP, foram conduzidos duas dissertações de mestrado na área
rança tectônica em bacias costeiras e outras terciárias, correlação com e subseqüentemente vários outros perfis geológico-estruturais foram
África - e também do ponto de vista sócio-econômico, por reunir gran- elaborados, com apoio geocronológico de vários métodos. Os resulta-
des núcleos populacionais (de Natal a Maceió). dos obtidos nesta sucessão de trabalhos estão aqui sintetizados e sub-
O embasamento pré-cambriano desta área tem sido foco de alguns metidos à comunidade, tendo sido equacionados alguns problemas e
trabalhos geológicos de reconhecimento nas últimas décadas ficado a consciência de que há muitos outros em aberto ainda.
1 - Instituto de Geociências, Universidade de S. Paulo - Rua do Lago, 562 - Cidade Universitária, 05508-900, S. Paulo-SP - bbleybn@usp.br, -camposnt@usp.br
2 - William Randall Van Schmus- Department of Geology, University of Kansas, Lindley Hall, Lawrence, USA, Campus West - rvschmus@eagle.cc.ukans.edu
3 - Edilton José dos Santos - CPRM, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Recife, Rua das Pernambucanas, 297 - 52011-010, Recife-PE-
ediltonjs@aol.com
O "Sistema Pajeu-Paraíba" e o "Maciço" São José do Campestre no Leste da Borborema
Figura 2a e 2b - Seções geológicas da porção norte-ocidental da área do presente estudo, enfocando a passagem de TAP para JC, cruzando-se o Lineamen-
to de Patos (LP). Representados os granitóides de Esperança (3, no TAP), Arara e sul de Algodão de Jandaira (3, em JC), supracrustais neoproterozóicas (2,
Grupo Seridó), embutidas em LP e ao norte e ao sul dos ortognaisses e migmatitos (1) de JC. Vide localização na Fig. 1.
Figura 3 - Seção geológica do sudoeste da área, cruzando do TAM (ortognaisses bandados laminados, ortognaisses trondhjemiíicos, 1) para o TAP, ao nor-
te do granitóide de Queimadas (3) ao granitóide de Lagoa de Roça. No TAP, estão secionados o Complexo Granítico de Campina Grande (3) e os xistos
milonilos (4) sub-horizontais que o limitam, e todo contexto de supracrustais, com "sheets" de ortognaisses graníticos do Cariris Velhos (2, mais ao norte).
Vide localização na Fig. 1.
Sistema de Zonas de Cisalhamento Galante-Serra Re- designação anterior de "Maciço Caldas Brandão", de Brito Neves
donda-Mari Trata-se da parte mais oriental de uma complexa rede (1983) - hoje obsoleta e que deve ser erradicada. Tratam-se de tipos
de cisalhamento que se inicia ao norte do município de Floresta (Z. C. variados de ortognaisses paleoproterozóicos de mais de uma geração,
"Afogados de Ingazeira"), no centro-oeste de Pernambuco, e que vem de filiação cálcio-alcalina, e migmatitos, fortemente tectonizados no
até a linha de costa, após diversas ramificações (feather faults) com Ciclo Brasiliano, e penetrados por alguns poucos granitóides deste
deslocamentos direcionais dextrais (e consorciados de transpressão) de ciclo. Provavelmente é um fragmento ("terreno") derivado do mesmo
vulto, principalmente no Neoproterozóico mais superior. contexto supercontinental do RGN, com suas peculiaridades
composicionais e tectônicas (as principais auferidas no Brasiliano),
Terreno Alto Moxotó (TAM) Este é constituído por fração do colocado ao sul do TAP.
embasamento paleoproterozóico, com núcleos e muitas evidências de
protólitos arqueanos, que aflora várias vezes de sudoeste (Floresta-PE) Lineamento do Congo/Cruzeiro do Nordeste (LC) Este
para leste (proximidades de João Pessoa-PB), ao longo do sistema de sistema de cisalhamento é originário como adventício do Lineamento
dobramentos (SPP), chegando à zona costeira, onde era conhecido sob Pernambuco, mais a oeste (nas imediações de Ibimirim-PE), se desen-
Revista Brasileira de Geociências, Volume 31, 2001 175
O "Sistema Pajeu-Paraíba" e o "Maciço" São José do Campestre no Leste da Borborema
volve na direção WNW-ESE, separando o TAM (constituindo seu li- cipalmente) paleoproterozóicas, apesar da expressiva atuação
mite sul) do Terreno Rio Capibaribe (RC), de Santos e Medeiros (shearing, granitóides) do Brasiliano. Feições magmáticas e estruturais
(1999). do paleoproterozóico podem ser apenas localmente asseguradas, posto
Terrenos Rio Capibaribe (RC) Esta unidade é constituída por que a trama do Brasiliano, com forte componente direcional dextral, é
supracrustais xistosas e grauváquicas, com muitas intercalações sempre forte e dominante na área de análise (área adjacente ao norte do
calcissilicáticas e carbonáticas e fora preliminarmente considerada LP).
como ramo mais ao sul do Sistema Pajeú-Paraiba, podendo incluir As supracrustais são predominantemente compostas de metaturbi-
supracrustais mais novas, neoproterozóicas. Este terreno fica fora do ditos (com algumas inserções vulcânicas) transformados em biotita
foco de análise deste trabalho, cabendo só a rápida menção por neces- (muscovita) xistos, e ocorrem de forma esparsa (schist belts de Barrra
sidade descritiva. de Santa Rosa, Solânea etc.) associadas com depressões transtrativas
e a nappismo. Geralmente estas supracrustais são assinaladas como
Maciço/Terreno Pernambuco-Alagoas Esta unidade correlatas ao Grupo Seridó, da faixa topônima (e. g. Jardim de Sá et
gnáissico-migmatítica-granítica por excelência, com alguns núcleos al 1999), o que é viável (e cronologicamente um fato, como será vis-
paleoproterozóicos e mesmo arqueanos, separa os terrenos da zona to), mas sua distribuição vestigial no espaço de um "alto tectônico"
transversal daqueles do sistemas de dobramentos do domínio meridi- neoproterozóico ( o JC) é problema em aberto ainda.
onal da Borborema (Brito Neves et al. 2000), tendo sido já foco de As rochas graníticas são geralmente hololeucoráticas equigranu-
farto acervo bibliográfico. Esta unidade não será objeto de análise lares, com grande variedade de facies (McMurry 1982, Borges 1996,
nesta oportunidade. Jardim de Sá et al. 1999), a maioria deles revelando afinidades alcali-
nas e tipologia intra-placa (tipo "A"). Afora os muitos corpos já relata-
MACIÇO SÃO JOSÉ DO CAMPESTRE Esta fração mais ori- dos e estudados nesta região (Dona Inês, Monte das Cameleiras,
ental do RGN tem a presente posição geológica em função da tectônica Caxexa, Japi etc.) devem ser assinaladas ocorrências importantes ou-
direcional do final do Brasiliano - escape tectonics -, como elemento tras como a de Serraria (Bananeiras-Serraria-Belém) e Massabiele (ao
atuante (além-país) no desenvolvimento das faixas móveis deste ciclo norte de Esperança, granito alcalino) que escaparam de observações e
(como Seridó, Piancó etc.) e provavelmente também do ciclo imedia- mapeamentos anteriores. No batólito de Serraria, hornblenda-quartzo-
tamente anterior (Cariris Velhos, Brito Neves et al 1995). monzonitos porfiríticos e tonalitos são as rochas predominantes, com
O contexto do embasamento na área de análise (Barbosa et al. 1974, muitas evidências de mixing e mingling, sendo caracteristicamente um
Dantas 1997), situada imediatamente ao norte de TAP é constituída por plutão muito heterogêneo (presenças complexas e freqüentes de
vários tipos de ortognaisses, tonalíticos e granodioríticos, localmente autólitos e xenólitos) e que demanda investigações adicionais, em es-
migmatizados e atingido francamente pela ampla rede de deformação calas de detalhes.
cisalhante do LP e adventícias (featherfaults) ao norte-nordeste. Ca-
racterísticas interessantes desta trama paleoproterozóica - retrabalhada Dados Geocronológicos pelo Método Rb-Sr Serão refe-
intensamente no Brasiliano - são as presenças de núcleos arqueanos ridas aqui apenas determinações ainda inéditas e aquelas concernentes
(Dantas 1996, Dantas et al. 1998), protólitos isotópicos arqueanos, e à borda sul do JC, tendo em vista vários outros trabalhos já desenvol-
muitas vezes a preservação de razões isotópicas (sistema Rb-Sr prin- vidos (mencionados nas referências) nesta parte da área.
Figura 4 - Seção geológica SSE-NNW, Riachão do Bacamarte (no TAP) - Coelhos (no JC), cruzando todo o TAP e seus limites. Nos extremos estão os
ortognaisses e migmatitos (1) de TAM e JC, na parte mais central as estão as supracrustais metagrauváquicas (2) do Cariris Velhos com seus "sheets" de
ortognaisses (3). Supracrustais neoproterozóicas, mica-xistos diversos (4), ocorrem embutidas no LP, a norte do granitóide de Esperança (5), entre este e os
ortognaisses de Coelhos (l, no JC). Vide localização na Fig. 1.
Figura 5 - Seção geológica paralela a leste a seção da Fig. 4, entre BR-230 e Pilões-PB. Destaca-se na passagem TAM (ortognaisses, migmatitos, xistos
anfibólicos, 1) para TAP (supracrustais Cariris Velhos, 2, com "sheets ortognaisses graníticos", 3) a transpressão na Zona de Cisalhamento Serra Redonda-
Mari (a sul de Mulungu). Pilões se encontra já ao norte do LP (milonitos ,4), no domínio de ortognaisses graníticos de JC (5), do Batólito de Serraria. Vide
Fig.1, localização.
Figura 7 - Diagrama isocronico para o granitóide (seis fades petrográficas Figura 8 - Diagrama isocronico de referência para os granitóides
distintas, de tonalito a sienogranito) de Dona Inês-PB, reunindo e "Brasilianos " tardios da parte sul de JC (Belém, Caxexa, S. Bento). A regres-
recalculando dados originais de McMurry 1982 e Borges 1996. Dados ana- são obtida f oi similar àquela da isócrona do granitóide de Dona Inês (Fig. 7),
líticos e coordenadas no Anexo 1 b. e que foi a utilizada devido o bom ajuste. Dados analíticos e coordenadas no
Anexo1 b.
Figura 9 - Diagrama de evolução de Ndpara as rochas de alto grau do ma- Figura 10 - Diagrama de evolução de Nd para as rochas granitóides do ma-
ciço São José do Campestre ciço São José do Campestre
assertivas similares anteriores de Dantas (1996) e Dantas et al.(l 998), (responsável pela designação popular de "Rachinha", explorável
consignadas em área bem maior de análise deste mesmo terreno. como material de construção, que é muito disseminada na área)
Com relação aos granitóides (Anexo 2, Fig. 10) todos os resultados com raras intercalações de xistos biotíticos (tufos?) que ocorrem em
obtidos apresentam εNd (para t= 600Ma) fortemente negativos (ca. - bancos decimétricos a métricos, do sul de Soledade (50 Km a oeste
20), de forma coerente, apontando a consistente contribuição de fon- de Campina Grande) a Alagoinha, e daí para Guarabira, na Paraíba.
tes antigas (arqueanas a paleoproterozóicas) na formação destas ro- Composicionalmente são gnaisses meta a peraluminosos, tipo
chas. colisionais (tipo "S") do Ciclo Cariris Velhos, e que se encontram
Os dados de apenas duas supracrustais (SCB-Mgv-Pir, SPP-Bx- dispostos em numa estrutura em leque ao longo de uma larga zona
Sol) foram obtidos. Os dados analíticos diferem das rochas de alto de transcorrência (norte de Campina Grande-Matinhas) e encaixan-
grau do embasamento e assumem uma posição acima do feixe princi- do o batólito de Esperança -Areia, cuja idade é ca. 580 Ma
pal de retas, com valores de εNd também negativos (menos que as do (Almeida et al. 1997)
embasamento) e valores de idade (Tdm) coerentes entre si, próximas Bitotia-plagioclásio gnaisses e granada-biotita xistos, muscovita-
del,5Ga. biotita xistos, localmente bandados e rítmicos, com algumas finas
Estes resultados servem para confrontar as porções ao norte (JC, intercalações anfibolíticas e de rochas ortoderivadas de composição
RGN) e ao sul (TAP, a ser mostrada mais a frente), do Lineamento de intermediária (metandesitos), muito típicas das imediações de
Patos, que se mostram completamente diferentes, principalmente no Alagoa Grande e Mulungu, e que estão encaixando os batólitos de
tocante às fontes dos granitóides, reiterando que este lineamento está Campina Grande e Serra Redonda (ca. 580 Ma, Almeida et
de fato demarcando dois terrenos distintos. Aliás, esta é uma al. 1997). Apesar dos valores de idade eo-neoproterozóicos (a serem
constatação complementar de uma série de outras (estruturais, comentados), a sobreposição de deformação sobretudo
geoeconômicas, geofísicas, isotópicas) de que o traço deste lineamento cisalhamento e metamorfismo com desenvolvimento local de
separa contextos litosféricos muito distintos. migmatização, do Ciclo Brasiliano é de observação freqüente.
Dentro dos domínios das rochas acima, aparecem com certa fre-
O TERRENO ALTO PAJEÚ (TAP) Na porção imediatamente
qüência sheets, bolsões e massas estratóides graníticas porfiríticas,
ao sul de LP se destacam de norte para o sul (vide cortes geológicos,
a muscovita e biotita (localmente são sieno-granitos) de dimensões
Fig. 3,4 e 5), entre o LP e a Zona de Cisalhamento de Galante-Serra
modestas, com relações intrusivas com as suas encaixantes. Tratam-
Redonda-Mari, as seguintes assembléias litológicas:
se dos granitóides do Ciclo Cariris Velhos (Brito Neves et al. 1995),
a. Muscovita-biotita granitos e granodioríticos placosos ( Sp=S2) que ocorrem sistematicamente e vêm sendo rastreados desde o
onde o Sp por vezes é um Sc, gerando desplacamento importante Piauí (Afeição) até a costa da Paraíba (norte de Mari), tanto cortan-
do as supracrustais como eventualmente as exposições de fases minerais (perante os ciclos Cariris Velhos e Brasiliano) é tema
embasamento, que aflora mais ao sul (domínio do TAM). Uma for- sugestivo de pesquisa. Na seqüência da pesquisa na área se pretende
te foliação (de segunda geração, S2) está sempre presente nestes estudar o comportamento de titanitas e monazitas dos augen-gnaisses
ortognaisses, inclusive com texturas protomiloníticas localmente pelo método U/Pb a fim de se entender qualitativa e quantitativamente
desenvolvidas. A idade desta foliação é discutível, mas os dados a sobreposição do Brasiliano nas rochas do Evento Cariris Velhos e a
Rb-Sr e outras inferências de campo sugerem que se trata de uma real natureza deste.
foliação adquirida no Eo-Neoproterozóico, no ciclo Cariris Velhos.
Este é um tema para investigação pormenorizada, em andamento. ROCHAS GRANÍTICAS INTRUSIVAS Em primeiro lugar serão tra-
As rochas deste terreno, em conjunto, mostram foliações de segun- tadas as rochas graníticas peraluminosas (ricas em Rb) que ocorrem
da geração (Sp = S2) francamente redobradas e dispostas hoje na for- próximo ao longo do baixo curso do Rio Mamanguape. Os dados ana-
líticos (Anexo 3 a, Fig. 13 ) forneceram precário alinhamento isotópico
ma de amplo leque sinformal ENE-WSW, delimitado ao norte pela
(errócrona) T1 = 450±40 Ma (para n = 5), para uma razão inicial pró-
transcorrência dextral de Patos e delimitado ao sul por transcorrência
xima a 0,740 (anômala, muito elevada). A interpretação preliminar
sinistrai (Serra Redonda -Mari), a qual gerou transpressão por sobre o
possível é de idades mínimas para rochas derivadas de fusão crustal no
TAM (Fig.5 ). As informações estruturais indicam que este desenho de
Brasiliano (o que será endossado com os dados Sm-Nd), bastante
ampla sinformal (paralela ao norte de uma zona antiformal do TAM) modificadas por ações tectônicas tardias. A presença de muscovita em
foi resultado da ação de zonas de cisalhamento que balizam o TAP e, excesso pode ter sido responsável por uma abertura do sistema até o
portanto, devem ser de uma quarta geração de estruturas tectogênicas Paleozóico, ou pode ter havido modificações nas quantidades de Rb e
(trata-se de um D 4 aqui interpretada como gerada no Brasiliano) Sr, acima da nossa capacidade de análise, de forma que o resultado não
pode ser conclusivo.
Determinações Geocronológicas pelo método Rb-Sr No mesmo diagrama, foram colocados os dados das demais rochas
SUPRACRUSTAIS E MIGMATITOS Os dados analíticos destas uni- graníticas da faixa e foi possível o traçada da isócrona (T2) de referên-
dades litológicas (Anexos 3c e 3d) estão dispostos no diagrama da cia de 562±8 Ma. A isócrona de referência é qualitativamente boa, com
Fig. 11. É notório o quadro de dispersão das supracrustais, mesmo entre erro pequeno (de apenas l ,3 %, MSWD próximo da unidade), e com
aquelas coletadas em afloramentos contíguos. Certamente, o resultado um valor de idade próxima àquela dos granitos do JC acima discutidos.
se refere tanto à diversidade de fontes como aos eventos de Adicionalmente, Almeida et al.(1997) apresentaram um valor de ida-
homogeneização isotópica incompleta do sistema Rb-Sr ao longo do de U-Pb em zircão para o batólito de Campina Grande de 581 ± l ,6 Ma
Brasiliano. (intrusivo no TAP), o que é fator que reforça o significado da idade
Por seu turno, nas rochas migmatíticas, onde as ações de anatexia isocrônica agora obtida e a importância destas idades de plutonismo
e deformação foram naturalmente incisivas, obteve-se isócrona de re- granítico centradas no terço superior do Neoproterozóico III (580-
ferência de 574 Ma, com erro elevado (cerca de 15%), mas que se trata 540Ma).
de um dado coerente com aqueles obtidos para as graníticas da faixa
(tratadas a seguir). Determinações Geocronológicas pelo método Sm-Nd
Ainda que a homogeneização isotópica não foi alcançada integral- Em pequeno número, as determinações Sm-Nd no TAP (Anexo 4,
mente nas supracrustais biotíticas (que são mais factíveis), deve ser Fig. 14) apresentam coerência de valores e são auto-explicativas.
registrado que nenhuma indicação do Ciclo Cariris Velhos foi resgatá- Os gnaisses Cariris Velhos (tracejado fino) mostram um grupo bem
vel até o presente. A idade (mínima) destas supracrustais vai ser
definido de retas de evolução, com εNd] (hoje) próximos a (-.10), para
auferida indiretamente da determinação dos augen-gnaisses que as
valores de Tdm entre 1900 e 1400 Ma. Trata-se de resultado similar ao
recortam. Como será visto e proposto, são rochas do início do
que já fora obtido a oeste, em rochas deste contexto (consoante Brito
Neoproterozóico (Período Toniano).
Neves et al. 1995). Os valores de εNd são ligeiramente negativos
GNAISSES CARIRIS VELHOS Os augen-gnaisses graníticos e (entre zero e - 4), o que possibilita aludir certa contribuição de mate-
sieno-graníticos em conjunto com os gnaisses aluminosos placosos já riais juvenis na formação destes gnaisses.
mencionados (dados no Anexo 3b) configuraram isócrona de referên- Por sua vez, as rochas graníticas mostram comportamento flagran-
cia de 958±41 (Fig. 12), atribuída ao metamorfismo Cariris Velhos. temente diferente, com valores negativos para o eNd entre (-9,0) e
Para isto são evocadas diversas isócronas anteriores com valores simi- (-20,0), indicando origem por fusão crustal de rochas do embasamento
lares (Brito Neves et al. 1995), obtidas mais para oeste, no mesmo ter- (valores de Tdm entre 1800 e 3200 Ma, na maioria das vezes). Os
reno e adjacentes, e ainda as determinações U-Pb em zircão dados das supracrustais são poucos, mas muito próximos daqueles das
preexistentes (Kozuch et al.1997, outras determinações ainda rochas graníticas, consubstanciando diversidade de fontes mais antigas
inéditas) e aquelas serem comentadas. para ambos os casos.
Compete observar que o sistema Rb-Sr parece ter sido preservado Como as rochas do Cariris Velhos são consideradas ortognaisses,
nestas rochas (diferentemente do caso das supracrustais acima tratadas) configura-se contraste de fontes entre estas (com alguma contribuição
apesar do tectonismo cisalhante (do LP e outros consorciados) e da juvenil) e aquelas graníticas do Brasiliano (derivadas flagrantemente
granitogênese do Neoproterozóico, do Ciclo Brasiliano, e que são fatos de fusão crustal). Diante deste interessante contraste, a conclusão mais
de assunção unânime. simples para o momento é de que somente no Neoproterozóico (ca.
Numa das amostras dos gnaisses placosos (no caso, o S- tectonito 580-540 Ma) havia um substrato antigo exeqüível, Arqueano a
SPP-Gn-PA, onde Sp = Sm= S2, na Fazenda Pedro Agra, poucos qui- Paleoproterozóico para servir de fonte (parcial ou total) para a forma-
lômetros a oeste da área em estudo), as muscovitas ( relativamente ção dos granitóides brasilianos. Estas fontes não funcionaram/não es-
abundantes) foram separadas e forneceram uma idade de 589±5 Ma, tavam exeqüíveis quando da formação dos ortognaisses Cariris Velhos.
determinação convencional de excelente qualidade analítica. De forma Ou ainda, colocando de outra forma, o fecho do Cariris Velhos (Eo-
que, enquanto o sistema Rb-Sr rocha total preservou a idade Cariris Neoproterozóico) deve ter agido para coalescer massas continentais
Velhos (fato observado em várias isócronas de trabalhos anteriores), na antigas (colisão/aglutinação), dantes afastadas/dispersadas, ao longo
escala desse mineral isto não acontece, estando valores de idade na do sjeu desenvolvimento (tafrogênese e drifte).
gama do Ciclo Brasiliano. É possível que estas massas mais antigas (do Arqueano e
Por conta destes fatos, informalmente, pode-se falar que há duas Paleoproterozóico) coalescidas a partir do Toniano (Eo-
linhas de opinião em debate na Borborema. Há alguns pesquisadores Neoproterozóico) - a partir do Cariris Velhos - puderam servir de fon-
que defendem o Cariris Velhos como ciclo completo (geração de ro- te para a formação dos granitóides (neoproterozóicos) do Ciclo
chas e metamorfismo). Há outro grupo que defende o Cariris Velhos Brasiliano. Outras linhas de discussão são possíveis, mas é necessário
apenas como gerador de magmatismo, e que todo metamorfismo regi- aguardar dados geológicos e isotópicos adicionais.
onal observado seria do Brasiliano.
Determinações U-Pb em ortognaisses As determinações
Para dirimir este debate a análise do comportamento das diferentes
Referências
colaborou de diversas formas (mapas do PLGB, dados petrográficos, Brito Neves B.B., Van Schmus W.R., Santos E.J., Campos Neto M.C., Kozuch M. 1995.
O Evento Cariris Velhos na Província Borborema. Rev. Bras. Geociências, 25:279-
viagens de campo) em várias fases da pesquisa. A colega Marianne 296
Kozuch foi a responsável pela concórdia do sul de Alagoa Grande.
Caúla J. A. 1974 Carta Geológica do Brasil ao Milionésimo, folha Natal (SB.25), folha
Aos revisores anônimos da RBG pela revisão e sugestões ao original. Recife (SC.25). Brasília, DNPM, 42p.
Albuquerque J.P.T. & Brito Neves B.B. 1978. Inventário Hidrogeológico Básico do Nordes- Costa A. C. (coord). 1980. Projeto Extremo Nordeste, Relatório Final. Convênio CPRM/
te. Folha 16-PARAIBA SO. Recife-PE, DHG/SUDENE, Série Hidrogeologia, 53: DNPM, 6 volumes. Recife (Circulação Restrita)
167p.
Dantas E. L. 1996. Geocronologia U-Pb e Sm-Nd de Terrenos Arqueanos e
Albuquerque J.P.T. & Ferreira J. A.M. 1973 Mapa Geológico do Estado da Paraíba, escala Paleopmterozóicos do Maciço Caldas Brandão, NE do Brasil. Rio Claro, Institu-
1/250.000. Campina Grande-PB, CINEP/ATECEL (circulação restrita). to de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Tese
Almeida C.N., Guimarães I.P., Silva Filho A.F., Beurlen H. 1997. Sm-Nd Isotope de Doutoramento, 208 p.
Geochemistry and U/Pb Geochronological Data of the Campina Grande Complex, Dantas E.L. & Hackspacher P.C. 1997. Arquitetura de blocos crustais arqueanos e
Paraíba State, NE Brazil. In: SBG/N/ucleo Nordeste, Simp.Geol. Nordeste, 17, Re- paleoproterozóicos rotacionados durante a orogênese brasiliana a leste da Província
sumos Expandidos, 3-6. Borborema, NE Brasil. In: Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos, 6, Pirenópolis
Amaro V. E. 1998. Análise conjunta de ciados geológicos, geofísicos e de sensoriamento (GO)ylna/.v:291-293.
remoto no setor extremo nordeste da Província Borborema, Nordeste do Brasil, com Dantas E. L., Hackspacher P.C., Van Schmus W.R., Brito Neves B.B. de. 1998. Archean
ênfase nas zonas de cisalhamento dúcteis neoproterozóicas. Inst. de Geociências, accretion in the São José do Campestre Massif, Borborema Province, Northeast
Universidade de São Paulo, S. Paulo, Tese de Doutoramento, 393p. Brazil. Rev. Bras. Geociências, 28: 221-228.
Barbosa A.J., Braga A.P., Bezerra M. A. 1974. Projeto Leste da Paríiha e do Rio Grande Dantas J.R. A., Caúla J. A., Brito Neves B.B., Pedrosa I.L. 1982 Mapa Geológico do Estado
do Norte. Convênio DNPM/CPRM, Recife-PE, 4 volumes, mapa 1/250 000. da Paraíba, escala J/500.000. Campina Grande-PB, SERM/Companhia de Desen-
Borges S. V. F. 1996. Geologia da região do Médio Curimataú (PB) e o alojamento do gra- volvimento de Recrusos Minerais (CDRM), 133 p.
nito de Dona Inês associado a zonas de cisalhamento transcorrentes brasilianas. Fernandes T.M.G. 1997. Estudos Geológicos e geocronológicos complementares da par-
Inst. Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disseração de mestrado, te sul do Maciço Caldas Brandão-PB. Rio Claro, Inst. de Geociências e Ciências
139 p. Exatas, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Dissertação de Mestrado,106 p.
Brito Neves B.B. 1983. O Mapa Geológico do Nordeste Oriental do Brasil, Escala 111 000 Guimarães I.P., Almeida C.N., Silva Filho A.F., Araújo J.M.M. 2000. Granitoids marking
000. Tese de Livre Docência, Instituto de Geociências da Universidade de S. Paulo, the end of the Brasiliano (Pan-African) orogeny within the central tectonic domain
171p of the Borborema province. Rev. Bras. Geociencias,3Q: 177-181
Brito Neves B.B. de 1978 (coord.). Estudo da Geocronologia da Faixa Costeira Pré- Howell D.G. 1995. Principles ofterrane analysis. New application for Global Tectonics.
Cambríana do Nordeste. São Paulo, Inst. de Geociências, Relatório Final referente 2nd. Ed. New York, Chapman & Hall, 245 p.
ao Termo de Concessão Processo 22220884/75 do CNPq. Relatório Inédito, 24 p.
Jardim de Sá E.F., Trindade R.I.F., Hollanda M.H.B.M., Araújo J.M., Galindo A.C, Amaro
Brito Neves B.B. & Albuquerque J.P.T. 1978. Inventário Hidrogeológico Básico do Nordes- V.E., Souza Z.S., Vigneresse J.L., Lardeaux J.M. 1999. Brasiliano syntectonic
te, Folha 21- RECIFE. Recife-PE, DHG/SUDENE, Série Hidrogeologia, 54: 184 p. alkaline granites emplaced in a strike-slip/extensional setting (Eastern Sendo belt, NE
Brito Neves B.B., Riccomini C., Fernandes T.M.G., Santana L. 1999. O Sistema Brazil). Anais da Academia Brasileira de Ciências, 71: 17-28.
Tafrogênico Terciário do Saliente Oriental Nordestino: Um Legado Proterozóico. In: Kozuch M., Bittar S.M.B., Van Schmus W.R., Brito Neves B.B. 1997. Late
SBG/Núcleo Bahia/Sergipe, Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos, 7, Lençóis- Mesoproterozoic and Middle Neoproterozoic magmatism in the Zona Transversal of
Bahia, Anais, Sessão 4, p.21-24. Borborema Province, NE Brazil. Simp, de Geologia do Nordeste, 17, boletim 15,
Brito Neves B.B., Santos E.J., Van Schmus W.R. 2000. The Tectonic History of the Fortaleza, Anais: 47-50
Borborema Province. In: U.G. Cordani, E.J. Milani, A. Thomaz Filho, D.A. Campos Lambert-de Figueiredo L. 1992. Etude petrostructurale et geocronologique ""'Ar^Ar de
(ed.) "Tectonic Evolution of the South American Continent", Rio de Janeiro, 38th
systemes decrochants ductiles: L'exemple de la Province Borborema (NE Brésil).
International Geological Congress, 151-182
Institui de Géodynamique, Université de Nice-Sophia Antipolis, Memoire (Disser-
tação de mestrado), 23 p. Santos E.J. & Medeiros V.C. 1999. Constraints from granitic plutonism on Proterozoic
McMurry B. A. J. 1982 Petrology and Rb-Sr geochemistry of the Monte das Cameleiras and crustal growth of the Transverse Zone, Borborema Province, NE Brazil. Revr. Bras.
Dona Inêsplutons, Northeastern Brazil. University of Texas, Austin, Texas, USA. Geociências, 29: 73-84.
M A thesis, 180p. Souto Mayor J. 1966. Estudo Hidrogeológico do Médio e Baixo Mamanguape-Paraiba.
Moraes Neto J.M. & Alkmim F.F. 1999 Falhas reversas, falhas de rejeito direcional e jun- Recife-PE, DHG- SUDENE, Série Hidrogeologia, 5:110 p.
tas na cobertura terciária das Serras de Cuité e Bom Bocadinho (PB): registro de um Van Schmus W.R., Brito Neves B.B., Hackspacher P.C., Babinski M. 1995 U/Pb and Sm/
pulso compressional Cenozóico? In: Simpósio Nacional de Estudos Tectônicos, 7, Nd geochronologic studies of the Eastern Borborema province, Northeastern Brazil:
Lençóis-Bahia, Anais, Sessão 4, p. 17-20. initial conclusions. Journal of South American Earth Sciences. 8 : 267-288.
Rogers J.J. 1996. A History of Continents in the Past Three Billion Years. The Journal of Van Schmus W.R., Brito Neves B.B. de, Hackspacher P.C., Fetter A.H., Kozuch M.,
Geology, 104::91-107 Babinski M. 1998. The Borborema Province: A collage of polycyclical crustal
Santos EJ., Gusmão R., Paiva l.P. 1997. Terrenos no Domínio Transversal da Província domains in NE Brazil. In : International Conference on Precambrian and Craton
Borborema: controles sobre acresção e retrabalhamento crustais ao sul do Lineamen- Tectonics, 14, Ouro Preto-MG, Abstracts, 80-83.
to Patos. Simpósio de Geologia do Nordeste, 17, SBG/Núcleo Nordeste, Fortaleza, Van Schmus W.R., Fetter A.H., Brito Neves B.B., Williams I.S. 1999. Ages of detrital zircon
Atas: Boletim n. 15, p.141-l44. populations from Neoproterozoic supracrustal units in NE Brazil: Implication for
assembly of West Gondwanaland. In: GSA Annual Meeting and Exposition, 1999,
Denver, Colorado, Abstracts with Pograms, vol. 31 (T2 = Geochemical and Isotopic
Tracers), session 130, p. A 299.
Anexo 1a - Dados analíticos das determinações Rb/Sr de rochas do embasamento do "Maciço" São José Campestre Recebido em 20 de s^tembro°de*2000
Anexo 1 b - Dados analíticos das determinações Rb/Sr de granitóides do "Maciço" São José Campestre
Anexo 1 c - Dados analíticos das determinações Rb/Sr de supracrustais do "Maciço" São José Campestre
Anexo 2 - Dados analíticos das determinações Sin/Nd no "Maciço " São José Campestre
Obs. Os eiros de idade Tdm são em geral inferiores a 2 %, salvo exceções. Os valores eNd (t) foram calculados para 2000 (rochas de embasamento) e 600 Ma (supracrustais e granitic as)