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Furto & Roubo
Furto & Roubo
generalidades
● o bem jurídico tutelado é o patrimônio.
patrimônio (conceito no direito civil) patrimônio (conceito no direito penal)
conjunto de relações jurídicas de uma qualquer objeto material que, embora seja
pessoa, economicamente apreciáveis, economicamente apreciável, tenha algum
compreendendo seu lado ativo e passivo. valor para o dono ou possuidor, por satisfazer
suas necessidades, usos ou prazeres.
● núcleo do tipo:
○ subtrair (art. 155, 156 e 157)
○ constranger (art. 158)
○ sequestrar (art. 159)
○ apropriar-se (art. 168 e 169)
○ obter (arti. 171)
● sujeito ativo - qualquer pessoa, crime comum.
● sujeito passivo - qualquer pessoa:
○ possuidor legítimo, detentor legítimo ou proprietário legítimo.
● tipo objetivo - dolo.
● ação penal pública incondicionada.
furto roubo
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou
alheia móvel. para outrem, mediante grave ameaça ou
violência à pessoa, ou depois de havê-la, por
qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência.
● coisa: coisa corpórea passível de ser deslocada, removida, apreendida ou transportada de
um lugar a outro.
● alheia:
○ coisa abandonada - não caracteriza crime
○ coisa de ninguém - nunca teve dono, logo, não é crime
○ coisa perdida - não caracteriza crime de furto (art. 169, §único, II)
● móvel: pode ser transportada sem perder identidade.
furto
é a subtração de coisa alheia móvel com o fim de apoderar-se dela de modo definitivo, ainda que
para 3º.
● subtrair é tirar a coisa de forma clandestina.
● é preciso a oposição tácita/presumida do ofendido.
○ consentimento exclui crime (se torna coisa abandonada).
● é exigível valor econômico relevante, se não aplica-se o princípio da insignificância.
● precisa haver resultado danoso ao patrimônio, já que é um crime material.
● crime de peculato (art. 312, §1º): caracterizado quando o sujeito ativo é funcionário público
no exercício da função.
repouso noturno
● aumenta ⅓ da pena se o crime é praticado durante o repouso noturno.
○ é causa de aumento de pena.
○ repouso noturno - momento em que a cidade costuma se recolher para repousar
diariamente
■ varia de acordo com a cidade.
● incide também no comércio.
○ art. 155, § 1º.
furto privilegiado
● requisitos:
○ criminoso primário;
○ coisa furtada de pequeno valor (não superior a 1 salário mínimo da época)
■ nesses casos o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção e
diminuí-la em ⅔ ou aplicar apenas a multa.
● é um direito subjetivo do réu.
○ art. 155, §2º.
furto qualificado
● se o crime é cometido nas seguintes condições a pena é de reclusão de 2 - 8 anos.
○ art. 155, §4º.
I - com destruição ou II - com abuso de III - com emprego de IV - mediante
rompimento de confiança, ou mediante chave falsa concurso de duas ou
obstáculo à subtração fraude, escalada ou mais pessoas
da coisa destreza
uso da violência para conseguir retirar o objeto uso da violência para assegurar a imunidade ou
da vítima. a detenção da coisa.
roubo majorado
● a pena é aumentada de ⅓ até metade nos seguintes casos:
○ concurso de 2 ou + pessoas.
○ se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente sabe.
○ subtração de veículo transportado para outro Estado ou para o exterior.
○ se o agente mantém a vítima em seu poder.
○ subtração de substâncias explosivas.
○ emprego de arma branca.
■ art. 157, §2º.
● a pena é aumentada em ⅔ nas seguintes hipóteses:
○ emprego de arma de fogo.
○ destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivos.
■ art. 157, §2º - A.
● a pena é aplicada em dobro se a violência/grave ameaça é exercida com emprego de arma
de fogo de uso restrito ou proibido.
○ art. 157, §2º - B.
● se da violência resultar:
○ lesão corporal grave
■ a pena é de reclusão de 7 - 18 anos e multa.
○ morte
■ a pena é de reclusão de 20 - 30 anos e multa.
● também chamado de latrocínio (roubo seguido de morte)
○ art. 157, §3º.
● não existe roubo privilegiado e roubo de uso.
● se o roubo está qualificado como latrocínio (art. 157, §3º) não sofre as majorantes do §2º.