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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

Capítulo II - PRINCIPAIS ESPÉCIES PRATENSES E FORRAGEIRAS


Ao longo da História, diversos sistemas de classificação de plantas foram elaborados,
permitindo a ordenação das espécies em grupos, segundo diferentes conjuntos de atributos. Inicialmente,
a morfologia externa ou organografia ofereceu a base para identificação dos seres vivos, ao tratar de
caracteres de fácil reconhecimento.
Taxonomia ou sistemática é, portanto, a ciência da classificação dos organismos. Caracteres
taxonômicos são as características utilizadas para identificar e separar grupos de indivíduos. Os objetivos
da taxonomia são: identificar, dar nomes e descrever os organismos, cataloga los segundo seus grupos,
organizar sistemas de classificação que permita compreender o parentesco entre indivíduos e entender os
processos evolutivos.
As principais categorias ou unidades taxonômicas de classificação, em ordem decrescente,
são: reino, divisão, classe, ordem, família, gênero e espécie. De acordo com o Código Internacional de
Nomenclatura Botânica, novas categorias podem ser intercaladas ou adicionadas e uma categoria pode
subdividir-se em categorias intermediárias e de hierarquia mais baixa, acrescentando-se ao seu nome o
prefixo “sub” para designá- las: divisão – subdivisão; classe – subclasse; ordem – subordem; família –
subfamília; gênero – subgênero; secção – subsecção; série – subsérie; espécie – subespécie; variedade –
subvariedade; forma – subforma ( Schlede et al, 2020).
Cada “taxon” representa um grupo de plantas e há categorias superiores e inferiores de
classificação. Estas últimas compreendendo o gênero, a espécie e suas subdivisões.
A espécie é a unidade taxonomica de base é o conjunto de plantas que presentam várias semelhanças e
reprodusem se entre elas sem nenhuma dificuldade (Schleder et al, 2020).
O nome de uma espécie constituido em duas partes: a primeira, denominada gênero e também chamada
de denominação genérica, e a segunda denominada epíteto específico. A combinação gênero + epíteto
específico é chamada de basiônimo. A espécie é escrita com dois nomes, isto é, binominal (nomenclatura
binária), conforme estabelecido por Linneu (1753), ( Schleder et al, 2020).
Assim, o nome científico de uma planta combina o gênero e o epíteto específico, sem
terminações fixas, e deve ser acompanhada do nome do autor e aparecer em destaque no texto (itálico
negrito ou sublinhado). Ex. gênero Panicum, espécie Panicum maximum. Como existem muitas variações,
que colocadas após o nome científico (espécie), servem para caracterizar exatamente uma determinada
planta, criou-se então, os termos:
a) Variedade (Var.) – utilizada quando a planta se distingue das demais espécies através de caracteres
botânicos e ocorrendo de forma natural.
b) Cultivar (cv.) - empregado quando a planta foi criada pelo homem através de melhoramento
genético ou quando uma variedade é intensamente cultivada pelo homem.
É recomendações do Código Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN) que os nomes
dados às divisões têm como terminação o sufixo phyta (Magnoliophyta), para ordem a terminação é ales
(Rosales) e para subordem é ineae. O nome das famílias é acrescido da terminação aceae, as subfamílias
terminam em oideae,para tribo é eae e para subtribo é inae.

Apesar do grande número de espécies e cultivares de forrageiras com adaptação a diferentes condições
ambientais, poucas têm expressão do ponto de vista agronómico. Para uma melhor escolha é primordial
conhecer as características dos gramínos e legumenosas, que fazem parte dans plantas, mais consomidas
pelos ruminantes.

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

Fonte : Gonçalves et Al, (2018, p. 10): Tópicos De Forragicultura Tropical

GRAMÍNEAS

As gramíneas pertencem ao Reino vegetal, divisão angiospermae, classe monocotiledoneae e


ordem gramínelas (poales) e família de Gramineae ou poaceae, As mesmas estão agrupadas em
610 gêneros e 10000 espécies, constitui no verdadeiro sustentáculo da sobrevivência universal,
onde são incluídas as ervas designadas pelos nomes de capins e gramas. O porte é muito
variável, indo desde as rasteiras (gramas), passando pelas de porte médios (capins), até as de
porte alto (milho, sorgo etc.). São utilizadas na forma de pastagens, fenos ou silagens. As
principais plantas gramíneas tropicais mais utlisados para forragens são:

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1. BRACHIARIA DECUMBENS
Nome científico: Brachiaria decumbens
Nomes comuns: capim braquiária ou braquiária, braquiária de morro,
braquiarinha, Decumbens.
Prdução: 10T/ha/ano de MS ( ate 20 t/ha em 6 cortes em clima subequatorial)
Origem: África. Exigências: Não muito exigente em fertilidade de solo. Para
bom desenvolvimento necessita de precipitação anual de mais de 800 mm.
Utilização: Pode ser empregado para pastejo e fenação, é bem palatável em
comparação com as demais, sendo que os eqüinos rejeitam esta gramínea.
Porte e hábito de crescimento: Pode atingir de 50 a 70 cm, é perene, herbácea,
pode emitir raízes adventícias (estolonífera), é bastante agressiva. Muito
empregada com a finalidade de impedir a erosão. Não tolera solos argilosos,
nem secas prolongadas.

2. BRACHIARIA HUMIDICOLA
Nome científico: Brachiaria humidicola
Nomes comuns: humidícola, quicuio do Amazonas.
Origem: Africana
Produção: Aproximadamente 18 t de MS/ha/ano
Exigências: Pouco exigente em fertilidade do solo. Boa resistência à geada.
Porte e hábito de crescimento: Planta ereta, a vegetação atinge até 1,0 m,
rizomatosa, perene. Também é fortemente estolonífera. Panícola com 2 a 5
racemos. Multiplicação: Através de sementes e por mudas. As sementes
apresentam dormência até de 1 ano.

3. BRACHIARIA PLANTAGINEA
Nome científico: Brachiaria plantaginea
Nomes comuns: capim marmelada, milhã branca, capim papuã.
Origem: Brasil
Aspectos vegetativos: Gramínea anual, herbácea, sub-ereta, (dá bom feno); Muito
suculenta. Clima e solos: Desenvolve-se em climas tropical e temperado; Prefere
solos férteis com boa umidade, mas cresce em solos de baixa fertilidade.
Propagação e Plantio: Propaga-se por mudas e sementes; Utilização: Pode ser
utilizada para pastejo direto e para produção de feno, que é de excelente
qualidade.

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4. BRACHIARIA RUZIZIENSIS
Nome científico: Brachiaria ruziziensis
Nomes comuns: Ruziziensis, capim congo.
Prdução: 10T/ha/ano de MS ( ate 20 t/ha em 6 cortes em clima subequatorial).
Origem: Congo. Exigências: Pouco exigente em fertilidade do solo. Porte e
hábito de crescimento: Ésta brachiaria é muito semelhante a decumbens, a
vegetação atinge 1,0 a 1,5 m, é perene, estolonífera. Panícula com 3 a 6 racemos
e forte pigmentação avermelhada. As plantas são verde-amareladas. Baixa
resistência a geadas e secas. Suporta bem o pastejo. Tem maior rendimento por
área que a decumbens a multiplicação Pode ser feita por mudas e por sementes.
Por sementes deve observar o período de dormência, que ocorre após colheita
que é de até 12 meses (em condições ambientais). Floresce uma vez por ano.

5. CAPIM ANGOLA
Nome científico: Brachiaria mutica, Anteriormente era classificado como:
Panicum purpurascens ou Panicum barbinoide.
Nomes comuns: Capim angola, capim de planta, capim fino, capim de corte,
Capim de boi, “Para grass”, Bengo, Capim de muda.
Origem: África Central
Produção 10-15 t/ha / ano de. Exigências: Adapta-se a regiões tropicais e
subtropicais úmida. Baixa resistência a geadas e secas prolongadas, porém
resiste a inundações e solos encharcados. Deve ser utilizado em pastejo
controlado. Hábito de pastejo: Planta estolonífera, com estolões compridos,
perene, panícola com 10 a 20 rácemos. Multiplicação: Por mudas, visto que a
produção de sementes é baixa, produz poucas cariopses (frutos que apresentam
o pericarpo preso à semente, confundindo-se com ela).

6. RADICANS
Nome científico: Brachiaria radicans ( sinonímia: B. arrecta)
Nome comum: “Tanner grass”, Brachiaria de brejo. Origem: África Exigências:
Pouca quanto à fertilidade do solo. Adaptação excelente em solos úmidos, ou seja,
mal drenado. Rendimento: 9 ton/ha/ano de matéria seca. Porte e hábito de
crescimento: Rizomatosa, estolonífera, hastes finas e flexíveis. Folhas lisas e
verdes brilhantes. Panículas com 6 a 12 racimos. Multiplicação: Via vegetativa, ou
seja, através de mudas.

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7. BRACHIARIA BRIZANTHA
Nome científico. Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf
Nomes comuns: Brizanta, Brizantinha.
Origem: África
Produção: 18 a 20 toneladas de MS/ha/ano. Exigências: Não muito exigente em
fertilidade, desenvolve-se bem em solos secos ou úmidos. Porte e hábito de
crescimento: É mais ereta que a decumbens e a vegetação pode atingir 1,0 a 1,2 m,
é menos vigorosa para gramar que as anteriores, pois não é estolonífera, sendo
rizomatosa e perene. Panícula com 2 a 12 racemos. Pode ser multiplicada por
mudas ou por sementes que têm baixo poder germinativo.

8. URUCLOA MOSAMBICENSIS
Nome científico: Urucloa mosambicensis
Nomes comuns: Urucloa, capim corrente. Origem: Leste e Sul da África Aspectos
vegetativos: Perene Apresenta hábito de crescimento variável, podendo
apresentar estolões ou rizomas, Seu caule pode chegar até 100 cm de
comprimento, Folhas com aproximadamente 15 cm de comprimento e 1,5 cm de
largur. Apresentam pelos em ambas as faces da folha. Boa palatabilidade (é bem
aceito pelos animais). Suporta pastejo perto do nível do solo, Caules tenros e folhas
abundantes. A inflorescência pode alcançar 0,15m de comprimento, apresentando
4 a 12 espiguetas. Climas e solos: Se adapta a todos os tipos de solos, mas
apresenta melhor desenvolvimento em solos mais pesados. Plantio: Sementes e
Mudas.

9. Capim DE RHODES
Nome científico: Chloris gayana Kunth
Nomes comuns: capim de Rhodes. Produção: 4-8 T/ha/ ano de MS em uma corte.
Origem: África. Aspectos vegetativos: Perene Cespitosa e estolonífera. Atinge até
1,5 m. Clima e solos: Ocorre em todos os tipos de solos, exceto nos muito argilosos
e ácidos, Adapta-se melhor em solos de fertilidade mediana com boa percentagem
de matéria orgânica. Responde bem à adubação. Exige precipitação entre 650 -
1150 mm anuais. Tolera elevadas temperaturas. Propagação e Plantio: Sementes
(8-10 Kg/ha) em linhas espaçadas de 0,50 m.

10. CAPIM ANDROPOGON


Nome científico: Andropogon gayanus
Nomes comuns: Andropogon, capim gambá; Origem: África Ocidental (Shika-
Nigéria). Pouco exigente em fertilidade do solo, preferindo os solos bens drenados e
vegetando bem em solos menos pobres e ácidos. Adapta-se bem em regiões com 400
a 1.500 mm de chuvas anuais, e altitudes de até 1.000m. Utilização: Pastejo e fenação.
Porte e hábito de crescimento: perene, cespitoso, com 2,0 m ou mais de altura. Apresenta
folhas abundantes com pilosidade aveludada, coloração verde azulada estreitamento típico
na base, assemelhando-se a um pecíolo. Multiplicação: Através de sementes, gastando-se
cerca 5 kg/ha de sementes.

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11. CAPIM GORDURA


Nome científico: Melinis minutiflora
Nomes comuns: Capim grodura, meloso, capim melado, capim catingueiro,
capim Francano. Origem: Nativo de África e provavelmente da América do Sul.
Pouco exigente em fertilidade de solo, desenvolve-se bem em regiões de
precipitação em torno de 800 a 1.400 mm por ano. Utilização: fenação e
pastejo, sendo que algumas touceiras podem morrer após o corte, visto que
esta gramínea tem dificuldade de brotação. Porte e hábito de crescimento: É
uma gramínea perene. Multiplicação: Através de sementes. A multiplicação
pode ser feita por fração de touceiras, porém é antieconômico.

12. CAPIM BUFFEL


Nome científico: Cenchrus ciliaris
Nomes comuns: Capim bufalo, “buffel-grass”, bufalo grei.
Origem: África, ïndia e Indonésia. Panícula com espiguetas imaturas
avermelhadas. De menor porte. Folhas mais verdes e menores Caules mais
finos Maior densidade de perfilhamento. Muito precoce - vantajoso para
regiões mais secas. Descrição geral: Plantas perenes Crescimento duplo,
cespitoso e rastejante Produz grande quantidade de colmos. Folhas
abundantes, verdes e verdes azuladas. Sistema radicular capaz de penetrar
muito no solo (± 1,20 m).

13. CAPIM JARAGUÁ


Nome científico: Hiparrhenia rufa
Nomes comuns: Capim Jaraguá, capim provisório, sapé gigante, capim
vermelho. Origem: África. Produção: Produz aproximadamente 200 Kg de
sementes/ha/ano. Medianamente exigente em fertilidade do solo e exige
pluviosidade acima de 800 mm anuais. Desenvolve-se bem em solos sílico-
argilosos ou argilosos. Utilização: Aceitabilidade boa, utilizado para pastejo,
fenação e raramente para silagem. Porte e hábito de crescimento: É uma
gramínea perene, que atinge até 3 m. de altura, formando grandes e densas
touceiras. Multiplicação: Por sementes.

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14. SETÁRIAS
Nome científico: Setaria sphacelata (sinonímia Setaria anceps)
Nomes comuns: Setária
Origem: África
Produção: em um só corte, 10 t/ ha/ ano de materia seca.
A literatura reporta as denominações de Setaria phacelata e Setaria anceps
como gramíneas perenes, Apresentam boa resistência ao frio e geado. Estas
plantas têm boa versatilidade quanto ao tipo de solo, adaptando-se aos
solos arenosos e argilosos. Suportam bem as secas e toleram solos mal
drenados e até sujeitos a inundações.

15. CAPIM COLONIÃO/ GUINÉE


Nome científico: Panicum maximum
Nomes comuns: capim colonião, colonhão, capim touceira.
Origem: África tropical e Subtropical. Produução: 25 t/ ha/ ano de MS.
Exigências: É exigente quanto a solos férteis, vegetando melhor em solos
arenosos. Para desenvolver bem necessita de precipitação anual de 800
mm/ano. Utilização: É empregado para pastejo e fenação. Porte e hábito de
crescimento: Atinge 3 m de altura. É planta perene e suas touceiras
apresentam-se com ramos tombados quando mais desenvolvido.
Resistência: É uma gramínea bastante rústica adaptando-se a condições de
sombreamento; rebrota após o fogo, mas não suporta solos com excesso
de umidade e não resiste a geadas.

16. CAPIM KIKUIO


Nome científico: Pennisetum clandestinum
Nomes comuns: Kikuiu e quicuio.
Origem: África (Quênia)
Produção de 10 t /ha / ano de MS
Crescimento mais prostrado, internódios mais curtos e maior capacidade para
gramar, maior resistência ao pastoreio e a plantas invasoras.

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17. PASPALUM NOTATUM


Nome científico: Paspalum notatum
Nomes comuns: Grama batatais, Grama Rio Grande, Grama Forquilha, Gramão.
Origem: América do Sul
Alguns autores classificam este cultivar como Paspalum saurae Aspectos
vegetativos: Perene Crescimento rústico Possui estolões e rizomas, Grande
capacidade invasora. Clima e solos: Apresenta grande número de ecotipos em
função do clima e solos, Adapta-se bem em solos pobres Considerada invasora,
cresce muito bem em solos com boa umidade. Necessita acima de 700 mm de
precipitação anual. Propagação e Plantio: Estolões ou rizomas: plantados em
placas Sementes - Alguns cultivares não produzem sementes viáveis Utilização:
Resiste bem ao pisoteio, deve ser mantido baixo para melhor aproveitamento.
Boa palatabilidade - Tem baixa produção de matéria seca.

18. PASPALUM PLICATULUM


Nome científico: Paspalum plicatulum
Nomes comuns: Pasto negro, plicatulum, capim colchão.
Origem: Brasil (Américas).
Produção: Produz de 30 a 40 t MV/ha/ano. Clima e solos: Vegeta bem em solos
pobres. Necessita acima de 760 mm de precipitação por ano. Cresce bem em
solos argilosos e arenosos. Suporta bem condições de encharcamento.
Utilização: Pasto: pode ser mantido baixo, os animais devem sair com 0,20 m
de altura.

19. CANARANA ERETA LISA


Nome científico: Echinochloa pyramidales
Nomes comuns: Canarana ereta, “Antelope Grass”
Origem: Brazill
Produção: Rendimento: 30 - 40 t MV/ha ano.
Aspectos vegetativos: Perene, Vegeta bem em locais baixos sujeitos a inundações.
Ereta Folhas finas Atinge até 3,0 m de altura, Produz grande percentagem de
sementes cheias, porém de baixa germinação. Grande exigência de fertilidade.

20. Sorgo forrageiro


Nome científico: Sorghum bicolor L. Moensh.
Nomes comuns: Anglais: sorghum
Famille des Poaceae

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21. CANARANA VERDADEIRA


Nome científico: Echinochloa polystachya
Nomes comuns: Canarana verdadeira
Origem: brasil. Aspectos vegetativos: Perenes Estoloníferas, Folhas glabras com 2,0
cm de largura, Bainhas com pêlos Atinge até 2,0 metros de altura Clima e solos:
Larga faixa de adaptação, Sensível à seca e ao frio. Muito exigente em umidade,
Propagação e Plantio: Mudas. Esta planta tem-se mostrado com baixa resistência
ao pisoteio.

22. ESTRELA AFRICANA


Nome científico: Cynodon plectostachyus
Nomes comuns: Capim estrela gigante, estrela, estrela africana, estrela branca.
Origem: África
Produz 13 -15 t feno/ha em solos de boa fertilidade. Exigências: precipitação
acima de 600 mm anuais, solos arenosos de boa fertilidade, em terra roxa não
produz bem. Rendimento: Produz 13 a 15 ton de feno/ha em solos de boa
fertilidade. Propagação e plantio: Mudas, estolões e ramos. Plantar em solo
úmido.
Produz feno de boa qualidade. Deve ser manejada com cuidado e atenção,
porque em relação haste/folha, se não for cortada ou submetida à pastejo no
momento certo, leva a perda do valor nutritivo com consequentemente
interferência na produção animal.

23. ESTRELA AFRICANA ROXA


Nome científico: Cynodon nlenfuensis
Nomes comuns: Estrela africana roxa, estrela roxa, capim estrela roxa, chienda.
Produção: 5-10 t/ha/ano de MS
Muito semelhante à estrela africana, Possui folhas mais largas que a estrela
comum. Lignifica rapidamente. Muito produtiva em terras boas: Podendo atingir
até 20 t de feno/ha/ano. Parece menos exigente em solos: adaptou-se bem em
solos de mediana fertilidade .

24. Capim de pangola


Nome científico: Digitaria decumbens
Nomes comuns:
Produção 10 a 20 t/ha/ ano de MS Origem: África do Sul. Exigências: É uma
gramínea exigente em fertilidade do solo e precipitação acima de 700 mm ao
ano. Utilização: Pode ser empregada para pastejo e fenação, apresentando boa
aceitabilidade. Multiplicação: É realizada através de mudas ou estolões
empregando espaçamento variável de acordo com a disponibilidade de mudas.
É recomendado o espaçamento de 0,5 a 1,0 m entre sulcos e 0,3 a 0,5 cm entre
mudas. A multiplicação por sementes é inviável; apresenta grande número
desementes estéreis e com isto baixo valor cultural.

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25. COAST-CROSS
Nome científico: Cynodon dactylon x Cynodon nlenfuensis
Origem: Plantas obtidas por cruzamentos entre plantas do gênero cynodon, nos
Estados Unidos da America do Norte.
Produção: 5-10 t/ha/ ano de MS. Nome comum: Coast cross.
Exigências: Alta fertilidade do solo. Utilização: Pastejo e fenação.
Porte e hábito de crescimento: São plantas perenes de crescimento estolonífero
formando relevo de até 50 cm.

26. CAPIM GUATEMALA


Nome científico: Tripsacum fasciculatum (Sinonímia Tripsacum laxum)
Nomes comuns: Capim Guatemala.
Origem: América Central, México, citando-se também, Guatemala e Filipinas.
Produção: 30 t/ ha/ano de MS. Exigência: É exigente em fertilidade do solo,
desenvolvendo-se bem em solos ricos em matéria orgânica e que retêm
muita umidade. Utilização: Pode ser utilizado como verde picada e para ensilar.
Porte e hábito de crescimento: Pode atingir até 3,0 m, é perene, desenvolve-se de
maneira lenta.

27. CAPIM VENEZUELA


Nome científico: Axonopus scoparius
Nomes comuns: Capim Venezuela, capim-de- teso capim colombiano, capim
imperial.
Origem: Desde o México até a Argent. Exigências: Não muito exigente em solo.
Desenvolve-se melhor em solos férteis, argilo-sílico-humífero, de aluviões das
baixadas com boa umidade. Em terrenos muito argilosos ou muito arenosos a
planta não prospera. Vegeta em zonas tórridas e temperadas. Pluviosidade para
seu bom desenvolvimento, de: 1.000 a 2.000 mm. Utilização: Não é resistente ao
pisoteio. Produção: 14 ton/MS/ha/ano ou 60-70 ton/MV/ha/ano, em três a
quatro cortes.

28. AVEIA FORRAGEIRA


Nome científico: Avena Sativa, Avena bizantina e Avena strigosa.
Nome comum: Aveia forrageira
Origem: Europa
Produção de até 7810 Kg MS/ha,
Exigências: As aveias vegetam numa grande variedade de solos, mas preferem os
argilosos e limosos onde haja estagnação de água. O solo deve ser preparado para
melhor desenvolvimento da cultura. São menos sensíveis à acidez do solo do que
o trigo (desenvolve-se bem em solos com pH entre 4 a 7). Utilização: Forragem
Apresenta ótima aceitação pelos animais. Porte e hábito de crescimento: A aveia
é gramínea anual (ciclo médio de 180 dias), cespitosa, altura de 1,5 m, tenra
e suculenta. Resistência: Não tolera solos encharcados ou mal drenados. A
umidade alta favorece o aparecimento de doenças fúngicas e bacterianas.
Apresenta boa resistência a temperaturas baixas. Multiplicação: Por sementes.

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II. LEGUMINOSAS

As leguminosas pertecem ao Reino vegetal, divisão angiospermae, classe dicotiledonea e ordem


leguminosales (Rosales), família de leguminasaceae (caselpinaceae ou fabaceae). Porte variável, utilizadas
como forrageiras são herbáceas, muito ricas em proteína. As leguminosas são plantas de folhas largas que,
quando consorciadas com gramíneas, podem proporcionar forragem de maior valor alimentício, devido ao
alto teor de proteína e a capacidade de fixação de nitrogênio atmosférico através da simbiose com rizóbios.
(Herling & Techio, 2016), citando (Carvalho & Pires 2008), comentaram que os principais benefícios da
utilização de leguminosas são:
 Aumento no aporte de N para o ecossistema pastagem, reduzindo a necessidade de fertilizantes
químicos e, consequentemente, a pressão ambiental;
 Aumenta a oferta e forragem em algumas épocas do ano;
 Melhora o valor nutritivo da forragem disponível para o animal que está em pastejo, favorecendo
incrementos em produtividade animal;
 Reduz a variação anual de oferta de forragem;
 Aumenta a diversidade da pastagem, contribuindo para a sustentabilidade do ecossistema;
 Consiste em importante ferramenta na recuperação de áreas degradadas;

As principais plantas leguminosas tropicais mais utlisados para forragens são:

1. GUANDU
Nome científico: Cajanus cajan
Nomes comuns: Guando, guandu, feijão guandu.
Origem: África equatorial
Variedades: Grande número

2. SOJA PERENE
Nome científico: Neonotonia wightii (sinonímia Glycine wightii)
Nomes comuns: Soja perene
Produção: aproximadamente 10t de matéria seca/ha/an, a Produção
pode ser maior dependendo da adubação.
Origem: Asiática. Exigências: Ésta leguminosa é muito exigente em
fertilidade do solo, destacando-se a necessidade de fósforo.
Desenvolve-se melhor em solo com pH em torno de 6 e em local com
precipitação acima de 700 mm anuais. Utilização: Pode ser empregada
para pastejo, fenação, como forragem verde. A soja perene é pouco
aceitável e tem boa digestibilidade. Porte e hábito de crescimento:
Ésta leguminosa é de hábito rasteiro, formando uma vegetação de 30
a 40 cm; é trepadeira, com hastes finas e em alguns casos pode
enraizar-se pelas hastes (estoloníferas).

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

3. CENTROSEMA
Nome científico: Centrosema pubescens
Nomes comuns: Jetirana, centrosema, jitirana.
Origem: Norte do Brasil.
Produção: Aproximadamente 40 t MV/ha/ano, Aproximadamente 100 Kg de
sementes/ha/ano. Aspectos vegetativos: Perene Rasteira Volúvel e trepadeira
Herbácea - hastes finas, verdes e flexíveis Trifoliolada. Vegeta bem em solos
Férteis, permeáveis, não tolera solos ácidos (necessário fazer calagem).
Propagação e Plantio: Sementes.

4. SIRATRO
Nome científico: Macroptilium atropurpureum
Nomes comuns: Siratro
Origem: América do Sul e Central (Planta obtida do cruzamento de dois ecotipos
de Phaseolus. Exigência: Ésta leguminosa não é muito exigente em fertilidade de
solo; tolera bem os moderadamente ácidos. Desenvolve-se bem em regiões com
precipitação média anual acima de 700 mm. Deve ser utilizado em regiões mais
secas, evitando assim maiores problemas com doenças. Utilização: Pode ser
utilizado para fenação e pastejo, apresentando boa palatabilidade. Rendimento:
pode proporcionar em 3 cortes rendimento de 40 ton de massa verde por ha.

5. LEUCENA
Nome científico: Leucaena leucocephala
Nomes comuns: Leucena, Caola.
Origem: América (nativa do México)
Produção: Rendimento: 10 a 20 t MS/ha/ano.
O melhor desempenho da leucena ocorre em regiões com precipitação entre 600 e
3000 mm. Resiste a períodos de estiagem superiores a oito meses e déficit hídrico
anual de até 870 mm.

6. DESMODUIM UNCINATUM
Nome científico: Desmodium uncinatum
Nomes “comuns: Desmódio, desmódio prateado, Silver leaf”.
Origem: Brasil e Índias Ocidentais. Exigências: Vegeta numa grande variedade
de solos, inclusive naqueles moderadamente ácidos com pH entre 5,0 e 5,5,
preferindo aqueles de fertilidade média a boa. Desenvolve-se melhor em
regiões de temperaturas (tropicais e subtropicais) e pluviosidade anual superior
a 900 mm. Utilização: Pode ser empregada para pastejo e fenação. Porte e
hábito de crescimento: Perene, herbáceo, estolonífero, fortemente coberto de
pêlos ganchosos nas hastes. Rendimento: 5 a 6 ton/ha/ano de M.S.
Multiplicação: Por sementes.

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

7. DESDMODIUM INTORTUM
Nome científico: Desmodium intortum (Mill.) Urb.
Nomes comuns: Desmódio, Green leaf, pega pega.
Origem: Brasil Central
Aspectos vegetativos: Perene e rasteira. Produção: Produz de 90-120 Kg de
sementes/ha. Exigências: Quanto a fertilidade do solo, esta leguminosa é
menos exigente que a soja perene, tolerando também solos mais ácidos
que esta. Desenvolve-se bem em precipitação superior a 900 mm ao ano.
Utilização: Pode ser empregada para pastejo e fenação. Porte e hábito de
crescimento: As plantas são perenes, estoloníferas em alguns casos (solos
friáveis). Dados de rendimento indicam 15 a 20 ton/ha/ano de massa
verde em 2 a 3 corte. Multiplicação: Por sementes escarificadas e
inoculadas, empregando inoculante específico.

8. ESTILOSANTES
Nome científico: Stylosanthes guyanensis (Gracilis) Stylosanthes gracilis
H.B.K. ou Stylosanthes guyanensis (Aubl.) Swartz
Nomes comuns: estilosantes, alfafa brasileira, Stylo, meladinho,
vassourinha, manjericão, manjericão do campo, etc.
Origem: Brasil
Produção: 5-15t/ha/ ano de MS. Exigências: Ésta leguminosa não é muito
exigente em fertilidade do solo, desenvolvendo-se bem em regiões com
precipitação média anual acima de 800 mm. Utilização: Pode ser
empregada para fenação e pastejo, apresentando boa aceitabilidade.
Porte e hábito de crescimento: Pode atingir 0,60 a 1,20 m e, quando sob
efeito de pastejo, apresenta-se prostrado. É planta ereta, semi-arbustiva,
muito ramificada, perene. Multiplicação: Através de sementes
escarificadas.

9. ALFAFINHA DO NORDESTE
Nome científico: Stylosanthes humilis
Nomes comuns: alfafinha do nordeste, erva de ovelha.
Origem: Brasil
Nome comum: Alfafinha do Nordeste, Alfafa do Nordeste, Erva de coelho
e Erva de ovelha, “Townsville stylo”. Exigências: Não muito exigente em
fertilidade do solo; desenvolve-se bem em regiões com precipitação
superior a 500 mm anuais. Utilização: Têm boa aceitabilidade, pode ser
empregada para pastejo e fenação. Porte e hábito de crescimento: É uma
leguminosa anual (semiperene). Rendimento: Pode produzir de 5 a 6
ton/ha/ano de M.S. A produção de sementes varia de 150 a 450 kg/h.

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

10. KUDZU TROPICAL


Nome científico: Pueraria phaseoloides cv. Javanica
Nomes comuns: Puerária, kudzu, kudzu tropical. Origem: Ásia. Produção: 6
T/ha/ ano de Ms.. A puerária (Pueraria phaseoloides) é uma leguminosa
forrageira tropical perene, com hábito de crescimento trepador (volúvel).
Bastante valiosa devido a seu alto valor nutritivo, maior resistência à seca e
capacidade de incorporar expressivas quantidades de nitrogênio ao solo.
Exigência: Desenvolve-se melhor em baixadas úmidas, não sendo muito
exigente em fertilidade de solo. Exige precipitação média anual acima de
900 mm. Utilização: É de boa aceitabilidade, mais aceitável que a
centrosema; pode ser empregada para pastejo e fenação. Porte e hábito de
crescimento: Quando plantado exclusivamente, é rasteira, herbácea,
estolonífera. Quando em associação pode prender às outras plantas
(trepadeira). Multiplicação: Por sementes, gastando-se de 4 a 5 kg/ha.

11. CALOPOGÔNIO
Nome científico: Calopogonium mucunoides
Nomes comuns: Calopogônio, feijão soja, sojinha.
Produção: A produção de MS pode chegar a 5 ton/ha.
O clima ideal para cultivo do Calopogônio situa-se em torno de 30 graus,
boa tolerância à inundação, adapta-se a solos leves e pesados. Não
persiste em regiões de escassa precipitação pluviométrica e a sombra. Sua
adaptação é melhor em regiões tropicais com umidade e temperaturas
elevadas, ou seja, regiões com precipitação acima de 1.220 mm anuais.
Utilização: Pastejo, em consorciação com gramíneas ou mesmo cultura
pura. Na fase vegetativa é de baixa aceitação pelos animais, porém quando
mais velho é mais consumido, pois se encontra seca. Também é utilizado
na forma de feno. Porte e hábito de crescimento: Perene (semi-perene
para alguns), de ciclo curto.

12. AMENDOIM DE VEADO


Nome científico: Teramnus uncinatum
Nomes comuns: Amendoim de veado, favinha de capoeira, alfafa paulista.
Origem: Brasil (Norte e Centro). Aspectos vegetativos: Trepadeira Hastes finas
Trifoliadas Folíolos glabros na face superior e pilosos na face inferior. Flores
pequenas e azuladas. Prefere locais sombreados. Precipitação deve superar
1000 mm anuais, ideal: 1500 mm anuais. Temperatura média de 25ºC, Solos de
mediana fertilidade Propagação e Plantio: Sementes.

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

13. LAB-LAB
Nome científico: Dolichos lab-lab (sinonímia Lab-lab purpureum)
Nomes comuns: Cumandiatá, cabo curso, mangalô, feijão de frade, Feijão de
orelha.
Origem: África
Produção: Pode produzir até 8 t MS/ha/ano com teores de proteína bruta de
12 a 18%. Aspectos vegetativos: Herbácea Rasteira; Anual nos trópicos e nas
altitudes maiores é bianual. Trifoliolada Flores brancas Vegeta em ampla faixa
de solos em clima tropical e sub-tropical com precipitação acima de 500 mm
anuais.Deve-se evitar locais sujeitos a encharcamento. Propagação e Plantio:
Sementes - 20-30 Kg/ha Espaçamento entre linhas de 1,0 m e 0,50 entre covas
Rendimento: 20 - 30 t MV/ha/ano em 2 cortes. Utilização: Pastejo (plantar
junto com milho) Silagem Feno Adubo verde.

14. MUCUNA PRETA


Nome científico: Stizolobium atterrinum
Nomes comuns: Mucuna preta, feijão veludo.
Origem: Índia
Produção: 20 a 30 t MV/ha em 2 cortes , 10 t feno/ha (não cai muitas folhas),
Produz 2400 Kg de sementes/ha
Aspectos vegetativos: Anua;Flores púrpuras, Sementes grandes, achatadas e
pretas, com hilo branco e linear . Vegeta bem em climas tropicais e subtropicais
Não vegeta bem em solos com excesso de umidade. Propagação e Plantio:
Sementes (40-60 kg/ha).

15. SOJA ANUAL


Nome científico: Glycine max
Nomes comuns: Soja
Origem: Ásia (China)
Produção: Feno: cortar na época da floração (12 t MS/ha)
Origem: Ásia (China) Variedades: grande número (mais de 300) apresenta
plantas com sementes, ciclos e portes diferentes forragem.

16. CUNHÃ (CLITÓRIA)


Nome científico: Clitoria ternatea
Nomes comuns: Cunhã, periquita, “blue pea”.
Origem: África
Produção: 18 a 20 t MV/ha/ano (4-5 cortes).
Aspectos vegetativos: Perene. Flores solitárias, azuis ou brancas. Adapta-se a
clima tropical e subtropical, convem em solos de mediana fertilidade, Prefere
solos bem drenado. Adapta-se á nível do mar até 1600 mm de altitude. Adapta-se
bem em climas quentes. Propagação e Plantio: Sementes (10 Kg/ha) 0,50 m entre
linhas e 0,20 m entre covas. Utilização: Verde Feno.

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

17. AMENDOIM FORRAGEIRO


Nome científico: Arachis pintoi
Nomes comuns: Amendoim forrageiro, amendoim bravo.
Origem: América do Sul (Brasil). A produção de forragem pode chegar 8 a 10 ton
MS/ha. Exigências: Desenvolve-se bem em regiões com solos de boa fertilidade, em
locais de chuvas bem distribuídas. Utilização: Pastejo (não ultrapassar três horas de
pastoreio). Porte e hábito de crescimento: Herbáceo, perene, estolonífero, com 20
a 40 cm de altura do relvado (terreno coberto de grama). Rendimento: 1,5 a 9,5
ton/ha/ano de M.S. Multiplicação: Sementes, que ficam abaixo do nível do solo, de
colheita difícil.

18. GALACTIA STRIATA


Nome científico: Galactia striata
Nomes comuns: Galáctia. Origem: América Central. Exigências: Não muito
exigente em fertilidade do solo, desenvolvendo-se bem com precipitação a cima
de 800 mm anuais. Tolera solos ácidos, desenvolvendo-se bem em cerrados.
Apresenta boa capacidade, podendo ser empregada para pastejo e fenação. Porte
e hábito de pastejo: É planta perene, rasteira e volúvel (trepadora). Rendimento:
Pode produzir de 30 a 40 ton de massa verde por hectare/ano e de 150 a 400
kg/ha de sementes.

19. ZORNIA LATIFOLIA


Nome científico: Zornia latifolia.
Nomes comuns: Maconha brava.
Origem: América do Sul. Aspectos vegetativos: Ramo ereto Pequena e rasteira,
com cerca de 70 cm de altura. As folhas são bifolioladas, com folíolos
lanceolados. As flores são pequenas e de cor amarelada ou alaranjada, dispostas
em ramas ascendentes. Propagação e plantio: Sementes.

20. ZORNIA DIPHYLLA


Nome científico: Zornia diphylla
Nomes comuns: Zornia
Origem: Índia

22. CALOPOGÔNIO
Nome científico: Calopogonium Mucunoides DESV.
Nomes comuns: CALOPOGÔNIO
Origem: india

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

21. ALFAFA
Nome científico: Medicago sativa
Nomes comuns: Alfafa, lucerne.
Origem: Oriente médio (Irã)
Produção: aproximadamente 15 t feno/ha/ano
Foi a primeira planta que se cultivou e há registro de seu cultivo na Pérsia
desde do ano 700 A.C. Na Grécia a sua introdução se deu no ano 500 A.C.
Levada para a Península Ibérica, pelos Mouros, foi então cultivada na
Espanha e também na Itália e da Espanha veio a América. O nome “alfalfa” é
de origem Árabe e significa “o melhor alimento”. Exigências: É planta de
origem temperada, porém apresenta uma enorme gama de variações
genéticas com variedades e cultivares adaptadas aos climas temperados,
subtropical e tropical. É extremamente exigente em fertilidade de solo, sendo
a leguminosa mais adaptada a solos neutros ou alcalinos (pH 6,5 a 7,5);
entretanto, ela pode crescer em solos moderadamente ácidos. Requer solos
férteis, textura média, bem estruturada, profunda e permeável, com boa
percentagem de matéria orgânica. Cultivada desde 200 a 3.000 m acima do
nível do mar; porém, sua melhor adaptação fica entre os 700 a 2.800 m de
altitude. Têm alta exigência por P, S e K quando cortada freqüentemente
para produção de feno. Utilização: Forragem verde e conservada, feno (forma
de uso consagrada através dos tempos, sendo este cotado na bolsa de
valores), silagem, pastejo direto, concentrado, alimento humano (na fase de
plântula - “broto”), adubo verde e cobertura do solo. Porte e hábito de
crescimento: Perene, herbácea, ereta, sistema radicular profundo (2,5 a 6,0
m). Altura de 0,5 a 1,0 m, folhas lilases, azuis ou violáceas, raramente
brancas. Multiplicação: Por sementes que devem ser escarificadas,
inoculadas com Rizhobium.

Obs.: MS=materia seca (Massa de forragem): é a massa ou peso seco de forragem por unidade de área
acima do nível do solo. Exemplo: KgMS/ha (quilo de matéria seca por hectare) (Moreira, 2002).

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Pastagens e Forragens: Produção, Conservação e Beneficiação.

Bibliografia
Schleder, E. J., Aguiar, E. B., & Matias, M. (2020). INTRODUÇÃO A TAXONOMIA E SISTEMÁTICA VEGETAL. Londrina:
Editora Científica.

Freixial, R. M., & Barros, J. F. (2012). PASTAGENS; Texto de apoio para as Unidades Curriculares de Sistemas e
Tecnologias Agropecuários, Noções Básicas de Agricultura e Tecnologia do Solo e das Culturas. ÉVORA.

Schleder, E. J., Aguiar, v. B., & R. M. (2020). MATERIAL DIDÁTICO: INTRODUÇÃO A TAXONOMIA E SISTEMÁTICA
VEGETAL. Londrina: Editora Científica.

MANUEL SUR LES PATURAGES TROPICAUX ET LES CULTURES FOURRAGÈRES. (1975).

Aquino, A. A. (2017). Agrostologia e forragicultura. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A.

FAO . (2007). Programa Compreensivo de Desenvolvimento Agrícola Africano INTEGRANDO OS SUB-SECTORES DO


GADO, SILVICULTURA E PESCAS NO PCDAA. Roma.

Gonçalves, L. C., Borges, I., & Pires, D. n. (2018). TÓPICOS DE FORRAGICULTURA TROPICAL. Montes Claros.

Herling , V. R., & Techio, L. E. (2016). Leguminosas forrageiras de clima tropical e temperado. São Paulo.

MINADER. (2017). Plano de Desenvolvimento de Médio Prazo do Sector Agrário: 2018 - 2022.

MINAGRI. (2004). RELATÓRIO NACIONAL SOBRE A SITUAÇÃO DOS RECURSOS ZOOGENÉTICOS PARA A
ALIMENTAÇÃOE A AGRICULTURA.

Moreira, N. (2002). Agronomia das forragens e pastagen. Vila Real: UTAD.

Moreira, N. (2002). Agronomia das forragens e pastagens. Vila Real: UTAD.

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