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Represe do Sistema Cantareira durante o periods deestiage,Prcaa (SP) Foto dejulho i de 2015 Segundo o relat publicado em 2015 peo Programa Mundial de Avalagso i des Recursos Hidrcos da Unesco, até 2030 o planeta enfentars um defi de Agua de 40%, ; a menos que sea melhorada castcamenteagestdedesse recurs. ; A boa administragao dos recursos hidricos como i premissa para o desenvolvimento humano i “Sem o rio, o Fgito nao existiria, Isso foi dito eredito mil veres desde 4. Otexto sobre oEgite antigo iw B Herédoto [...|. De falo, as condigdes rigorosas que o rio impunha as so- apresenta um exemplo de Interferéncia humanano ‘meio ambiente de forma positiva ou negativa? ciedades humanas que viviam as suas margens, ¢ que a ele deviam sua subsisténcia, sé foram reconhecidas pouco a pouco. [..] A nova ecologia, resultante da intervengao humana, [...] desempenhou um papel essencial na emergéncia e expansio da civilizacao no Vale do Nilo. 0 Egito nao é Justifique. : ” a apenas uma didiva do Nilo: é, acima de tudo, uma criagéo do homem, > Cotnpatando.n segundo) MOKHTAR, Gamal (Ed.). Histéria geral da Africa: Aftica antiga, 3, ed. texto com o primeiro, ‘io Paulo: Cortez; Brasilia: Unesco, 2011. p. XLIV-XLVI, XLVIL v.2 quais sao as principais, diferencas e semethancas “Percursos de desenvolvimento insustentavel ¢ falhas de governanca entre cendrios eavaliagdes tém afetado a qualidade e disponibilidade dos recursos hidricos (1 apresentados? A demanda de agua doce continua aumentando. A nao ser que 0 equi- Ifbrio entre demanda e oferta seja restaurado, o mundo deveré enfren- tar um déficit global de agua cada vez mais grave, (..) Uma retirada excessiva é frequentemente 0 resultado de modelos antigos de uso de recursos naturais e de governanga, onde a utilizacao de recursos para © crescimento econémico tem regulacao deficiente e ¢ realizada sem controle adequado.” 3. Em sua opinigo, quals si0 as principais agdes que governos esociedades deveriam tomar para utilizar os recursos hidricas de forma mais RGR TReEE UNESCO, Relatro Mundial das Nasies Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hiaccos, 2015. Disponivel em —utilizado na construgso pesasse, em média, 25 toneladas SEIU gandescoxls > Come voed imagina que os antigosegipcis erguiam esses blocos sem usar guindastes ou tratores? O58 3 @ Sociedade e economi No topo da hierarquia social egipcia estavam o faraé e sua familia. Asses- sorado pelos funcionérios piiblicos, pelos altos militares e pelos escribas, o faraé tinha, em principio, todos os poderes de decisao sobre a sociedade, e todos os recursos materiais do pais lhe pertenciam. Entre suas atividades, as de maior destaque eram fiscalizar as obras piblicas, comandar as tropas e, em razao do seu cardter divino, assegurar a ordem césmica por meio de ritos e celebragdes religiosas, © grupo mais poderoso social e politicamente era o dos sacerdotes, que incluia mulheres e era dividido em diversas categorias. Os sacerdotes eram muito instruidos e respondiam pela administragio dos templos, pelas festas ¢ ceriménias religiosas. Eles no pagavam impostos e alguns enriqueciam com a realizacao de negécios particulares associados aos trabalhos nos templos. Os escribas eram funciondrios da administrago do Estado e estavam entre ‘05 poucos que sabiam ler e escrever. Eram responséveis pela arrecadacao de taxas, pela fiscalizacao das construcées, pela distribuicao de recursos, pelos re- gistros de contratos, testamentose inventarios, além de outras fungées publicas © grupo dos guerreiros formava a tropa de elite do farad, encarregados também pela guarda do monarca e de sua familia Esses trés grupos compunham a elite social egipcia e eram responsaveis pela administracao estatal. Apesar de existir a possiblidade de ascensao social, ela cera relativamente restrita, como mostra o texto a seguir “As listas de titulos e as genealogias mostram claramente que nao havia uma casla de escribas distinta da casla de guerreiros ou dos s2- cerdotes, A classe dirigente era tinica e se confundia com os quadros administrativos. Em geral, todo bom estudante podia ocupar um cargo e ascender na carreira se sua competéncia e dedicagao o distinguissem perante o rei, teoricamente o tinico arbitro em matéria de promogao social. Contudo era normal transmitir-se aos filhos pelo menos parte das fungGes, endo devemos dar muito crédito a uma ret6rica que se apressa em representar todo funcionario como alguém que o rei tirou do nada.” YOYOTTE, J, 0 Egito faraGnico soiedade, economia e cultura. In: MOKHTAR, Gamal Histéria gera da Africa: Arica antiga. 3 ed, Sdo Paulo: Cortez Bras: Unesco, 2011. p.79.v.2 » Amulher no Egito antigo Na Antiguidade, o Egito era a tinica civlizacdo na qual a mulher tinha um status igual ao do homem. Pesquisadores chegaram a essa concluséo ao en- contrar evidéncias de que elas podiam ir e vir com liberdade, abrir processos, disporlivremente de seus bens, tomar a iniciativa do divércio, além de possuir ‘05 mesmos direitos & heranca que os homens. Apesar da grande desvantagem ‘numérica em relago aos homens, algumas ocupavam cargos na administrago do Estado e exerciam fungées sacerdotais. ‘Até mesmo a funcdo de faraé foi exercida por mulheres em diferentes di- nastias: Sobekneferu (1806-1802 aC), Hatchepsut (1473-1458 aC) e Tausert (1193-1190 ac) Estétua da fara6 Hatchepsut, século XV a,,encontrada em seu templo mortuario ‘em Deir E1 Bahari, Museu Egipcio, Cairo, Observe que ela segura dois vasos de ‘oferendas, 0s quas, provavelmente, continham vinho eleite, Acredita-se {que essas oferendas serviam no s6 para garantr sua boa vida pés-morte, mas também para demonstrar que ela cumpriu sua fungéo religiosa em vida, Escribas egipcios representados lem relevo produzido entre 0s séculos XV e XXIV ac. localizado no sitio arqueolégico de Sacara, Egito. Observe a representacio dos hierdglifos, acima da cabeca dos escribas, No Egito antigo, as fungées ‘com maior poder e prestigio cram realizadas por aqueles ue sabiam ler e escrever; por isso, acabavam limitadas aos membros das elites locas. Cenas de trabalho agricola representadas em pintura produzida entre os séculos XVI ¢ Xa, encontrada na tumba de Unsu, em Tebas. Museu do Louvre, Pari, Franga (adacoe mumdios relatos ato amigo ‘orom rlrados da obra MOKIAR. Comal (Ea) Mtn gor! oa Ati: Ati aria ‘ed. Sao Pau Cover: Bras: Unesco, poriu?, \Vocé vai gostar deter TALLET, Pierre. Historia da cozinha faradnica: a alimentagéo no Egito antigo. So Paulo: Senac, 2005. © livro do egiptétogo francs Pierre Tallet trata do modo como as refei- ‘goes orientavam a vida dos antigos egipcios. Além da farta iconografia, o livro apresenta os principais alimentos consumidos pelos egipcios e descricdes detathadas dos processos de acondicionamento & preparacdo dos alimentos © bebidas, chegando a descrever emum dos capi- ‘tuloso preparo de um ban- quete egipcio. Por meio da obra é possivel compreen- der methor o cotidiano e 1 habitos desse povo. A base social e: Aclite egipcia representava uma pequena parcela da sociedade, A maioria da populacao no Egito, cerca de 80%, era constituida pelos camponeses, que se dedicavam a agricultura e a criagao de animais. O trabalho agricola era realizado seguindo o regime regular de 4guas do Rio Nilo. Entre novembro e fevereiro, os ‘camponeses semeavama terra e, nos meses de abrile maio, realizavama colheita. [Na época das inundagdes, entre julho e outubro, e nos demais periodos do ano com menor atividade nos campos, os trabalhadores eram empregados em outras tarefas, como a construsdo e o reparo de templos, palécios e monumentos Os artesdos compunham uma categoria profissional numerosa, que incluia pedreiros, carpinteiros, construtores de barcos, oleiros, ceramistas, escultores epintores, entre outros. Esses oficios eram hereditérios; por isso, havia familias inteiras de artesdos dedicadas a uma atividade. © trabalho dos comerciantes garantia aos egipcios produtos importados, ‘como madeira da Fenicia, usada na construgao de navios e méveis,emetais como cobte e estanho, originarios da Nubia, importantes para a confecgao de armas, Os escravos, geralmente estrangeiros aprisionados nas guerras, constitulam a camada social mais explorada do Egito antigo. A dieta egipcia {As pinturas em murais e os objetos encontrados em templos e sepulturas revelam que 0 pao e a cerveja eram elementos basicos da dieta egipcia na ‘Antiguidade, Tanto o p30 quanto a cerveja eram feitos com trigo e cevada, alimentos com grande teor nutricional obtidos por meio da agricultura, prin- cipal atividade econdmica egipcia, Para a produco da cerveja, os cereais eram misturados com levedo e agua e, apés a fermentagao, a bebida era finalizada com ervas ou tamaras. Os egipcios também consumiam rabanete, pepino, alho e cebola, legumi nosas— fava, ervlha e gréo-de-bico—e frutas, principal mente uva, tamara, figo e melo. A came de bovinos e caprinos era consumida principalmente pelos mais ricos. Para adogar certos alimentos e bebidas, eles usavam mel, que era armazenado em recipientes de pedra H E f i 5 i i i : i i } : etre ati 14 oe Outros aspectos do cot 10 ‘As casas eram construldas em locais elevados para no serem atingidas pelas inundagBes do Nilo. Os mais pobres moravam em casas pequenas feitas de barro, Junco e madeira, praticamente sem mobilia. As familias ricas moravam em casas construldas com tijolos de barro, colunas de pedrae telhado de madeira, com varios cémodos e ticamente mobiliadas. Nas reas urbanas, as casas eram préximas umas das ‘outras, eas mais ricas tinham geralmente mais de um andar. No campo, os nobres mandavam construir residéncias amplas com jardins, patios e varias dependéncias. ‘As roupas dos egipcios eram leves, a maioriafeita de linho, Grande parte da populagiio Reto de madeira com nao utilizava pecas tingidas, apenas decoradas com pregas. Somente os mais ricos usa- Hane movel vam tecidos tingidos e se enfeitavam com joias. Os homens usavam um tipo de saiae as produado entre os mulheres, vestidos longos. As criancas frequentemente ficavam nuase tinham acabeca ewiog xviexlaC raspada para facilitar a higiene. Museu Fiteviliam, A natagao, a caca e a luta eram esportes populares no Egito antigo, Os jogos de crneesiade de tabuleiro também eram muito apreciados, as criangas brincavam com bolas de couro, Gmeryee ire carrinhos, pedes e bonecos. senet, jogo de tabuleiro exrpci, produzido no século XI aC, encontrado no sto atqueciégico de Sacara. Museu Egipco, Cairo ® Areligiao no Egito antigo As caracteristicas principais da religigo egipcia eram o politeismo e a crenga na vida apés a morte. Para os egipcios, todos os elementos da natureza eram manifestacées de divindades. Por exemplo, Rd era o Sol, Geb eraa Terra, Hapy, as cheias do Nilo, Shu, o ar e Nut, 0 céu. Os deuses podiam ter forma humana (antropomérfica), animal (zoomérfica) ‘ova combinacao das duas (antropozoomérfica). A religiao influenciava praticamente to- das as dimensoes da vida egipcia: a arte, a medicina, a literatura e até mesmo o governo. Durante todo o Antigo Império acreditava-se que apenas o faraé teria outra existéncia ‘apés a morte, Os ritos funersrios serviam para preparar 0 morto para essa nova etapa no outro mundo, provendo-0 de tudo o que fosse necessério, No periodo do Médio Império, ‘© culto aos mortos e a crenga na vida apés a morte passaram a ser compartilhados por todos os egipcios. No entanto, eles deveriam ser figis&justica e as leis divinas, pois seriam Pirdmides de Gizé, Julgados pelos deuses antes de iniciar uma nova existéncia na cidade do Cairo, Egito. Foto de 2014. Consideradas uma das sete maravthas do mundo Nateio: nese contexto, mistura de sais retirados do leito do Rio Nilo entre os quis carbonato de cleo, bicarbonate de sédio, sufato de sédio e cloreto de sédio, Goma-ardbica: resina vegetal obtida da seiva de acacias provenientes da Aftica subsaariana (espécies, Acacia senegal e Acacia seyal) Betume: liquide popularmente denominado “piche" (Obetume tanto pode serobtido de forma natural como pode ser produzido artifiialmente com os residuos do petréleo destilado. Amumificacao: Por acreditarem na existéncia pés-morte, os egipcios buscaram maneiras de preservar 05 corpos para essa nova etapa. Assim, eles desenvolveram a técnica da mumificacao. A técnica aplicada variava de acordo com os recursos e 0 estrato social do falecido. ‘A forma mais elaborada de mumificacao seguia, de maneira geral, o seguinte padrao: 08 sacerdotes lavavam 0 corpo do morto com agua e esséncias aromatics; retiravam o cérebro pelo nariz com finas pincas de ferro e o descartavam; depois, retiravam outros 6rg30s por um corte lateral na altura do abdémen e os colocavam em vasos chamados canopos, que seriam deixados ao lado do sarcéfago. © coragao era considerado pelos egipcios o centro da inteligéncia e da forga vital dos individuos e, por isso, ele geralmente permanecia no corpo. Apés a retirada dos érgaos, © corpo era coberto por um sal conhecido como natf8o e permanecia assim por cerca de 40 dias para desidratar. Passado esse periodo, o corpo era lavado com éleos arométicos, GOMGLSFSBICS € co- minho e, depois, coberto com betlimie, Finalmente, o corpo era enrolado com bandagens de linho fino, entre as quais eram colocados joias e amuletos para protegé-lo. Depois disso, pronto, o corpo podia ser depositado em um sarcéfago de madeira simples ou cornado com ouro. Poucos egipcios podiam arcar com os altos custos da mumificagdo. Os mais pobres simplesmente eram envoltos em uma mortatha de linho e depositados nas areias do deserto para que a aridez do ambiente os conservasse. Aton, 0 deus tinico Por um breve periodo, instituiu-se no Egito antigo o monotefsmo, embora a religido fosse caracterizada pelo politeismo. Durante o Novo Império, os sacerdotes exerciam muita influéncia nos negécios do Estado. Visando combater o poder dos sacerdotes de Amon, o faraé Amenéfis IV (1388-1335 a.C,) promoveu uma reforma religiosa que estabeleceu o culto monoteista ao deus Aton, e 0 faraé passou a ser considerado o tinico intermediario entre a divindade e os homens. ‘Apésa reforma religiosa, Amendfis assumiu ummneve nome Aquendton (que significa "o que esté a servigo de Aton"), e ordenou a constru- Go de uma nova cidade, Aquetéton (hoje Tell El-Amama), para ser a nova capital do Império eo centro desse culto. Entretanto, a construgao da cidade e a implementagao do culto a Aton desviaram os recursos do Império, que nao conseguiu impedir novas invasées estrangeiras. Nesse contexto de invasoes, revolta dos sacerdotes de Amon perda de prestigio entre a populagao, o culto a Aton esvaziou-se. Relevo representando 0 faraé Aquenston (Amendfis V), sua esposa, Nefertiti e suas fia carregando oferendas a Aton, 0 deus Sol sée XIV a.€. Museu Egipeo, Cairo i i } : Sopossial proto a oorridae nia escrecar qo miosis came ote eansenads 96 nosts das so ongatram cb a. guano mucous ro oo 9 ura Eraps, Us mal corhecides orcuss ames ela ela Go suas Pras S509 Papo de Male’ © 2 Papo de A, amooseturadoa aus. ones as TE Uma imagem do Livro dos mortos Acconcepgo de um tempo ciclico, pautado pela natureza, estava inscrito na vida egipcia antiga. Na religido, por exemplo, eram fundamentals as ideias de regeneracao e de vida apds a morte, diretamente ligadas aos ciclos de cheia e vazante do Rio Nilo Para orientar as pessoas em seu percurso na existéncia apés a morte, utilizavam-se tex- tos conhecidos como livros dos mortes. Os mais antigos consistiam em inscrig6es feitas nas paredes de timulos e sarcéfagos, e também nos tecidos que envolviam 0 corpo dos falecidos, Mais tarde, passaram a ser escritos em extensos papiros, ricamente ilustrados. Esses textos eram produzidos por escribas especializados e podiam ser encomendados pelas pessoas ainda em vida ‘Apesar do nome pelo qual ficaram conhecidos, muitos estudiosos consideram que esses textos eram de fato “livros da vida’, pois apresentavam preces, hinos e encantamentos, cujo objetivo era conduziro falecido no seu retorno a existéncia, tanto fisica quanto espi- ritual, Nesse percurso, um momento decisivo era o julgamento no Tribunal de Osiris, no qual o coragao do morto era avaliado numa balanca. O coracao representava, na cultura egipcia, ameméria€ o intelecto, eligava os elementos fisicos e espirituais que compoem ‘ser humano. Ele néo deveria pesar mais que Maat, deusa da verdade e da justica. Vito- rioso no julgamento, o morto seria admitido na vida eterna e capacitado a continuar sua existéncia, visitando sua casa e familiares, protegendo amigos e vingando-se de inimigos, homenageando os deuses e com eles convivendo, Caso contrério, seria condenado ao esquecimento no mundo dos mortos ss 2 j e i : 2 : (© peso do coragio contra a pena da verdade de Maat, detalhe doLivro dos mortos, papiro produzido por volta de 1275 a.C. por Hunefer, escriba que viveu durante o reinado de Ramsés Il, no Novo Império, Museu Britnico, Londres. eee eee ee VATED tes se rnpvtas om enter, 1. Identifique o tipo de documento, seu autor, o lugar e a época em que foi produzido, 2. Quais so as caracteristicas da religiéo egip- cia que podem ser verificadas nas imagens do papiro de Hunefer? 3. 0 documento narra, por meio de pinturas, 0 julgamento de Hunefer no Tribunal de Osiris. Observando as imagens da esquerda para a direita, podemos distinguir trés cenas princi- pais. Quais sio? Identifique os deuses repre- sentados em cada uma. Se necessério, faga uma répida pesquisa (em fontes impressas ou eletrénicas) para obter essa informasao. £ possivel fazer aproximagées entre a reli- gid0 dos antigos egipcios e as religides da atualidade? A que religides e em que aspec- tos? Justifique. ea se Aeron a rtuk pel Bfae ne aa ane oes Stereos B® O conhecimento desenvolvido pelos egipcios Até 0 século XIX, a escrita egipcia nao havia sido decifrada e as tinicas fontes escritas sobre as dinastias do Egito eram textos de autores gregos e romanos, como Herédoto Maneto, que viveram muito tempo depois dos eventos narrados. Somente em 18210 pesquisador francés Jean Francois Champollion (1790-1832) conseguiu descobrir a chave dessa lingua e dessa escrita ao estudar Pedra de Roseta, um bloco de pedra encontrado por soldados franceses numa expedico ao Egito liderada por Napoledo Bonaparte. Essa pedra continha inscriges gravadas em trés sistemas de escrita diferentes: hieroglifico, demiético e grego. Conhecendo o contetido do texto em grego, Champollion péde decifrar ‘os nomes reais e entender a estrutura da lingua egipcia Acscrita egipcia apresentava trés sistemas diferentes denotacio. Ahieroglifica, primeira forma de escrita desenvolvida, continha simbolos para representar sons ou palavras inteiras. Esse tipo de escrita era usado para textos sagrados. A escrita hierdttica - simplificaco dos hierdglifos — era utlizada em documentos oficiais. Com 0 Novo Império, desenvolveu-se a escrita demética, que, por ser menos complexa, tornou-se a mais utilizada no cotidiano. Pedra de Roseta (196.c). Museu Britanico, Londres Conforme apontado, a escrita tinha muita importancia no Egito antigo, pois os regis- tros dos escribas auxiliavam na administracao do Estado. Esse trabalho foi facilitado pela ‘Ao analisara estela, invengao da folha de papiro. Os egipcios descobriram que ao cortar, trangar e prensar Champollion concluiu_as fibras obtidas do caule dessa planta se obtinha uma folha lisa e resistente, que podia que sua inscrigdo em ser costurada em longos rolos, ideais para escrever. Até ento, o material mais comum rego re um decree do que se usava para escrever eram tabletes de argila, como os utilizados na Mesopotamia. rei Ptolomeu VEpiténio, ue fi repetido em Outras invencoes egipcias foram o relégio de gua e o de sol, usados para medir hierogliico edemético. 0 tempo e calcular a época das enchentes do Nilo. Os egipcios dividiam o ano em doze Acomparagio entre ss meses de trinta dias, acrescendo cinco dias para ajustar o calendério no final de cada Uinguas foi chave para -entendimento da escrta egipcia, ano, Cada més continha trés semanas de dez dias e cada dia durava vinte e quatro horas. Esse calendério era tao bem organizado que foi utilizado mais tarde pelos romanos para elaborar 0 calendirio deles, o qual serviu de base para o cristo. ‘Aaritmética e a geometria foram amplamente desenvolvidas para os célculos aplicados logistica ea administracao do Império, sendo utilizadas para prever os recursos necessérios ‘execugdo de uma obra:a quantidade de dias, de tijolos, de operdrios e provisées para esses operérios; a medigao dos campos cultivados ¢ 0 célculo de seus rendimentos etc. Moradores de uma das thas do lago Tana que utilizam ‘© papiro para produzir suas cembarcagies, Foto de 2014 (© Lago, que fica préximo & cidade de Bahir Dar, na Etiopia, €a nascente do Nilo ‘Azul. Nessa regido, a planta

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