You are on page 1of 87

SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS

PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

AULA – 01

Caros combatentes,
Daremos, nesta aula, continuidade ao assunto abordado na
nossa Aula Demonstrativa. Como havíamos prometido, avançaremos
no tema analisando os Sistemas de Segurança assim como o
Planejamento de Segurança, matérias muito cobradas em provas de
concursos.
Vamos lá então!!

IV – SISTEMAS DE SEGURANÇA

A segurança de uma autoridade não se limita somente à


atuação isolada de agentes de segurança pessoal. Diversas medidas
cautelares devem ser adotadas para garantir a integridade FÍSICA E
PSICOLÓGICA de uma "pessoa protegida", especialmente medidas
de caráter preventivo, com a mobilização dos recursos disponíveis
e a execução de um esquema de segurança bem elaborado.

Estas diversas medidas, incluindo as de cunho mais


especializado, devem sempre que possível funcionar como um
"sistema", conjugando todas as providências ou cuidados a serem
concebidos tendo em vista o estabelecimento da segurança de uma
autoridade em uma determinada situação. Baseia-se na integração
dos diversos itens do planejamento e da execução da atividade de
segurança, compreendendo todas as ações necessárias para impedir
atentados, danos físicos e ate incidentes de aspecto moral.

Este sistema deve atuar com sinergia, num esforço simultâneo


de vários órgãos que provoca um resultado ampliado e
potencializado. A reunião das partes proporciona o surgimento de
novas potencialidades para o conjunto, qualidades emergentes que
retroalimentam as partes, estimulando-as a utilizar suas
potencialidades individuais.

O órgão agregador do sistema, que toma a iniciativa de


mobilizar os outros órgãos ou agências em torno de uma ampla e
circunstancial demanda de segurança, geralmente é o que possui a
competência legal para garantir a proteção da autoridade. Na esfera
federal existe o Gabinete de Segurança Institucional e a Polícia
Federal com atribuições previstas em Lei, enquanto que nos Estados
existem os Gabinetes Militares e as Assistências Militares dos poderes

1
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Executivo, Legislativo e Judiciário. Em alguns Estados existe a


Assistência Militar da Prefeitura da Capital. Cabe a este órgão
provocar o envolvimento dos responsáveis pela segurança pública,
trânsito, bombeiros, ordenamento urbano, obras viárias ou qualquer
outro que possa colaborar efetivamente com o sistema de segurança.

O trabalho desse órgão agregador junto ao sistema pode ser


também representado por diferentes fases, tais como:

Î Fase de preparação que envolve atividades de precursão,


vistoria e inteligência; e

Î Fase de execução que engloba atividades de segurança


avançada, acompanhamento pessoal (escolta), segurança
dissimulada (infiltrada), dispositivo de trânsito, prevenção de
incêndios, policiamento ostensivo e dispositivo de contenção de
distúrbios civis.

Que tal começarmos a esquentar os tamborins com uma


questão:

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006 –


ADAPT.] Acerca de segurança de autoridades que ocupam
cargo elevado, julgue o item a seguir.

As equipes de segurança estão distribuídas em dois grandes


grupos: o grupo de execução e o grupo precursor.

Veja como temos uma questão bem básica a qual requer


apenas o conceito das duas grandes fases ou grupos dos esquemas
de segurança. Vimos acima que temos a fase ou grupo de preparação
e de execução. Vimos também que a equipe precursora é apenas
uma das equipes que compõem o grupo de preparação.

O erro da assertiva é confundir a equipe precursora com a


equipe de preparação propriamente dita.

Gabarito: ERRADO

Temos então que a sistematização da segurança de uma


autoridade refere-se à maneira pela qual os diferentes órgãos
competentes e responsáveis pela "segurança pessoal" e pela

2
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

"segurança pública" (na área do evento ou local que a autoridade se


fará presente) pretendem aplicar suas estratégias para alcançar os
objetivos propostos para a proteção da autoridade.

O objetivo é adaptar com sucesso essas organizações aos


desafios impostos por um amplo espectro de ameaças, tendo como
base para a sua formulação a descrição minuciosa dos aspectos
externos e internos relevantes, pois quanto maior a instabilidade e
complexidade do meio envolvente, maior a necessidade do enfoque
sistêmico e do planejamento estratégico.

Vamos então conhecer os principais E MAIS COBRADOS


sistemas de segurança utilizados atualmente pela doutrina !!

4.1. TEORIA DOS CÍRCULOS CONCÊNTRICOS

Semelhante a esta orientação de "funcionamento sistêmico"


existe também a teoria dos "círculos concêntricos", ensinamento
encontrado em algumas doutrinas sobre segurança pessoal, onde o
esquema montado para a segurança em torno de uma autoridade
envolve um número variado de agentes, equipes e grupos, com suas
missões específicas, próximos ou afastados da autoridade e cujas
ações se desenvolvem em círculos concêntricos.

a - Versão tradicional dos CÍRCULOS CONCÊNTRICOS

Na versão tradicional os círculos são denominados de:

Æ Segurança aproximada

Æ Segurança velada

Æ Segurança ostensiva.

3
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Vamos entender o significado de cada um dos círculos:

9 Círculo de segurança aproximada: é representado pelo


grupo de agentes de segurança pessoal que se desloca
PERMANENTEMENTE COM A AUTORIDADE, sendo responsável
pela sua proteção imediata e por sua evacuação, na
configuração de uma hostilização ou atentado.

9 Círculo de segurança velada: composto de elementos


especializados, distribuídos nos locais dos eventos ou nos
itinerários da autoridade, COM TRAJES ADEQUADOS À ÁREA E
INFILTRADOS NA POPULAÇÃO, com a finalidade de detectar
qualquer hostilização ou atentado.

4
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

9 Círculo de segurança ostensiva: representa um trabalho


preventivo, executado à vista da população, que visa, pela
presença do elemento fardado e colocado em local de destaque,
anular ou pelo menos intimidar a ação de elementos adversos
que visem hostilizar fisicamente a autoridade. Este círculo
comporta também o dispositivo de trânsito e a segurança
contra incêndio.

b - Versão modificada dos círculos concêntricos

Em uma versão mais atual e compatível com a legislação


federal (Decreto n° 4.332, de 12-08-02) o "sistema de segurança" é
entendido como sendo:

"O conjunto de medidas, providências ou cuidados adotados que visa


estabelecer a segurança de uma autoridade em uma determinada
área compreendida por círculos concêntricos em relação à
autoridade".

Nessa visão os círculos concêntricos recebem outra


denominação:

5
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Æ Segurança pessoal,

Æ Segurança de área aproximada

Æ Segurança de área afastada.

CÍRCULOS CONCÊNTRICOS

• Circulo de segurança pessoal: é o conjunto de medidas ou


cuidados PRÓXIMOS À AUTORIDADE, que possibilita sua proteção.
É realizado por agentes especializados. Os agentes que atuam mais
próximos à autoridade, na área crítica, compõem o Módulo Básico
de Segurança.

• Circulo de segurança de área: é o conjunto de medidas ou


cuidados que, complementando a segurança pessoal, possibilita
ampliar a segurança da autoridade. A Segurança de área é
subdividida em segurança de área aproximada e segurança de área
afastada.

• Segurança de área aproximada: é a segurança de área


realizada mais próxima da segurança pessoal da autoridade.
Normalmente, é executada em coordenação com esta.

• Segurança de área afastada: é o conjunto de medidas ou


providências que completa o sistema de segurança da
autoridade. Inicia no limite de atuação da segurança de área
aproximada e estende-se até a distância que ofereça ameaça
e exija desdobramento de material e de pessoal necessários
ao cumprimento de segurança.

Veja que, apesar da versão atual de círculos concêntricos ser um


pouco diferente da tradicional, os conceitos são complementares e
para efeitos de provas do CESPE, você deve agregar os conceitos de
ambas as versões.

6
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006 –


ADAPT.] Acerca de segurança de autoridades que ocupam
cargo elevado, julgue o item a seguir:

A segurança em torno de uma autoridade deve-se desenvolver


em círculos concêntricos.

Pode acreditar!! É uma questão simples mesmo, mas que pega


muito candidato despreparado!!

Círculos concêntricos são a base de toda a doutrina de


Segurança Pessoal.

Gabarito: CERTO

4.2. PERÍMETROS DE SEGURANÇA

Em contraposição aos "círculos concêntricos", a segurança de


uma autoridade pode ser sistematizada através da definição clara dos
"PERÍMETROS DE SEGURANÇA".

Nestes perímetros, o esquema de proteção em tomo de uma


autoridade é definido através do estabelecimento de perímetros de
proteção e de segurança, que se desenvolvem a partir da área de
competência legal e de atuação tática de cada órgão envolvido e
cujas atenções convergem para um ponto comum que é a "pessoa
protegida".

Vamos então à análise de cada um destes perímetros. Muita


atenção esse assunto é bem cobrado em provas!!

4.2.1. Perímetro de segurança pessoal

Este perímetro é caracterizado principalmente pela DEDICAÇÃO


EXCLUSIVA À PROTEÇÃO DA AUTORIDADE e se distingue também
pela proximidade, compromisso e pela forma de inter-relação com a
“pessoa protegida".

7
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

A competência legal é definida pela legislação, tanto para as


autoridades do governo federal como para as autoridades dos
governos estaduais, podendo também ser uma competência exclusiva
(presidente, governadores) ou uma competência concorrente
(ministros, embaixadores, autoridades estrangeiras). O Gabinete de
Segurança Institucional, a Polícia Federal, os Gabinetes Militares
Estaduais são os órgãos especializados que possuem essa
competência legal. Diversas Guardas Municipais também incluem em
seus estatutos a atribuição de realizar a segurança do Prefeito
Municipal.

A atuação tática predominante, que visa a proteção imediata da


autoridade, é a cobertura corporal, orientação para evacuação,
detecção e anulação de ameaças, isolamento e controle de
ambientes, limitação de acessos, definição de rotas de escape, etc.
Para tanto, o “Perímetro de Segurança Pessoal" destaca alguns
seguimentos específicos de segurança, tais como:

a - Escolta pessoal

É estabelecido a partir da atuação de uma equipe de agentes de


segurança que realiza a proteção aproximada, compondo uma
cápsula humana envolvente e exclusiva. Esta equipe se desloca
permanentemente com a autoridade, sendo responsável
exclusivamente pela sua proteção imediata e por sua evacuação, por
ocasião de tentativa ou consumação de uma hostilização ou atentado.

Os deslocamentos motorizados possuem as mesmas


características do Perímetro de Segurança Pessoal, sendo que a
escolta pessoal é convertida em escolta motorizada, contando com o
concurso de outros agentes que a complementam em número, de
acordo com as necessidades de agentes, motoristas e batedores. A
conduta dos agentes, quando perceber urna pessoa suspeita, será de
ficar em condições de neutralizar sua ação.

Através de um estudo de situação sumaríssimo, a equipe


deverá ser capaz de tomar urna decisão acertada diante da ameaça
que se configurar contra o protegido. Esta decisão poderá representar
a garantia de vida ou integridade do protegido se for adotado o
procedimento mais apropriado para determinada situação, qual seja:
evacuação, cobertura corporal, anulação da ameaça, busca de abrigo,
etc.

b - Segurança avançada

A equipe de "segurança avançada", escalada eventualmente


para situações com maior grau de risco, se antecipa à chegada da

8
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

autoridade em locais predeterminados e deve interagir com a "escolta


pessoal" no sentido de fortalecer o perímetro de segurança pessoal,
principalmente em eventos de grande concentração de público.

c - Segurança velada

A equipe de "segurança velada", composta por elementos


dissimulados e infiltrados em meio ao público nos locais dos eventos
ou nos itinerários da autoridade, também fortalece o Perimetro de
Segurança Pessoal, principalmente em eventos de grande
concentração de público, através da detecção e neutralização de
qualquer hostilização ou atentado.

d - Segurança de instalações

A equipe de "segurança de instalações" contribui para a plena


eficácia do Perímetro de Segurança Pessoal, em eventos realizados
em recintos fechados, principalmente quando é realizada por
integrantes da mesma organização de segurança. Se as instalações
forem preservadas por órgão de segurança diferente ou por empresa
privada torna-se importante que haja um bom entendimento entre
eles e os componentes da escolta pessoal e da segurança
aproximada.

e - Equipes de vistorias

As equipes de vistoria também contribuem para a plena eficácia


do Perímetro de Segurança Pessoal, realizando a varredura nos locais
de eventos e viaturas utilizadas pela autoridade, com o objetivo de
identificar, neutralizar ou remover quaisquer dispositivos que
constituam ameaças tais como explosivos, escutas ou elementos
desmoralizantes.

Após cada procedimento de varredura, o ambiente ou veículo


“varrido" deve ser repassado para os responsáveis pela guarda das
Instalações físicas ou das viaturas, de forma que não haja mais
possibilidades de sabotagem.

Veja como o CESPE tenta confundir os candidatos ao abordar o


campo de atuação da equipe de vistorias:

9
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – MPU – 2010] No


que diz respeito às atividades relacionadas com a segurança
de dignitários, julgue o item subsequente.

Em eventos públicos de que participem autoridades, a equipe


de vistoria é responsável pela verificação de pontos críticos,
pelo estabelecimento de contato com o organizador do evento
e pelo policiamento ostensivo, incluindo-se escolta e
batedores.

Caro aluno, não confunda!! A equipe de vistoria, em primeiro


lugar, não deve ser ostensiva. Seu trabalho é de preparação e por
isso, de extrema discrição.

Como vimos, a equipe de vistoria realiza a varredura nos locais


de eventos e viaturas utilizadas pela autoridade, com o objetivo de
identificar, neutralizar ou remover quaisquer dispositivos que
constituam ameaças tais como explosivos, escutas ou elementos
desmoralizantes.

Gabarito: ERRADO

4.2.2. Perímetro de segurança pública

Este perímetro é caracterizado principalmente pela adoção de


medidas de caráter preventivo, em sentido amplo e envolvendo toda
a área de influência do evento ou do local onde estiver a autoridade e
pelo estabelecimento de normas que integrem os diversos segmentos
envolvidos na operação de segurança da autoridade.

Este perímetro é dedicado a oferecer segurança a todas as


pessoas envolvidas, provocando um efeito sinérgico sobre o
perímetro de segurança pessoal.

Um erro primário e grosseiro seria ignorar a importância do


trabalho conjunto dos órgãos de segurança pública com órgãos
responsáveis pela segurança pessoal. A apregoada auto-suficiência
de um órgão de segurança pessoal torna-se impraticável na proteção
de autoridades políticas, pois, em um Estado democrático, tais
autoridades necessitam interagir diretamente com o povo,

10
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

pressuposto de sua continuidade no processo eletivo.

UM APARATO DISPERSO É CAUSA DE VULNERABILIDADE PARA


O SISTEMA DE SEGURANÇA, pois a autoridade fica exposta ao
assédio de um público descontrolado, ou seja, não há um efetivo
domínio das pessoas que estão em volta do dignitário. O que não
aconteceria na atuação de um sistema de segurança coeso e
integrado.

Apesar da utilização de todos os recursos de segurança


disponíveis, eventualmente os resultados preventivos são
insatisfatórios. Afloram as ameaças, militando constantemente
contra o protegido e exigindo ações efetivas dos responsáveis pela
segurança. E nessa circunstância de extremo risco para a autoridade
que o “sistema de segurança" é capaz de salvaguardar a integridade
do protegido.

a - Policiamento ostensivo

O "perímetro de segurança pública" é estabelecido a partir da


atuação do policiamento ostensivo, que é um trabalho preventivo,
executado à vista da população, que visa pela presença do elemento
fardado e colocado em local de destaque, anular, ou pelo menos
intimidar a ação de elementos adversos que visem hostilizar
fisicamente a autoridade ou as pessoas inseridas no evento ou na
área de influência.

O dispositivo de policiamento ostensivo deverá sempre ser


montado com antecedência necessária, preservando a área de
qualquer sabotagem e antes mesmo que a população chegue ao
local.

Portanto, a missão típica do Policiamento Ostensivo é a


dissuasão pela presença como forma de evitar a perturbação
potencial da ordem pública, no que são aplicáveis as diversas
modalidades, tais como o patrulhamento a pé, o patrulhamento
motorizado, o policiamento aéreo, o policiamento montado, com
auxilio de cães, com a utilização de embarcações (para área lacustre

11
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

ou justafluvial) etc.

O policiamento ostensivo é missão típica da Polícia Militar.


Porém a segurança ostensiva pode contar também com a atuação da
Polícia Civil, em ações típicas de polícia administrativa, que fiscaliza
o funcionamento de bares e clubes, bem como de polícia judiciária,
com plantões no local de determinado evento para atender e receber
as ocorrências.

As guardas municipais também são coadjuvantes importantes


para inibir ações delituosas de pequena expressão, capazes de se
expandirem e evoluírem para delitos maiores e se transformarem em
desordens ou crimes.

b - Dispositivo de controle de distúrbios civis

Em situações que ocorram manifestações adversas, o trabalho


preventivo pode evoluir para uma ação repressiva, com contenção de
manifestantes. Esquematizando o quadro de ação do Estado no
campo da segurança pública, situa-se nesse contexto a Polícia Militar,
através de um sistema de competência fundado no binômio
intensidade e periculosidade da perturbação.

Dissuasão pela força, que é a missão típica do policiamento


operativo, que trata de impedir a perturbação iminente da ordem
pública e cuja competência é da Polícia Militar, aplicadas como força
de dissuasão.

Repressão na Ordem Pública, que é a repressão por contenção,


também missão do policiamento operativo, que trata de restabelecer
a Ordem Pública, contendo a perturbação deflagrada, cuja
competência é ainda da Policia Militar, aplicada como força de
repressão, precedendo ao eventual emprego das Forças Armadas.

c - Dispositivo de trânsito

12
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

O dispositivo de trânsito é essencial para garantir a fluidez do


trânsito de veículos e de pessoas, o disciplinamento dos
estacionamentos e a acessibilidade das vias que servem de itinerário
para a autoridade e a escolta motorizada.

Vários órgãos públicos possuem atribuições diretamente ligadas


ao trânsito, tais como o DETRAN, a Polícia Rodoviária Federal, a
Polícia Militar (com suas unidades de policiamento rodoviário), os
órgãos rodoviários federais (DNIT) e estaduais (DERT), e os órgãos
municipais de trânsito.

É importante a colaboração e envolvimento e todos na


consecução de grandes operações voltadas para a segurança de
autoridades ou para a segurança de eventos governamentais.

d - Dispositivo de Segurança contra fogo

Deverá sempre existir uma equipe de segurança contra fogo


nas proximidades os eventos onde comparecerá a autoridade.
Equipes de saúde e paramédicos complementam esse quadro.

13
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

e - Dispositivo de vistoria técnica

A vistoria técnica, sempre que possível, deve realizar testes de


carga máxima em palanques, palcos, arquibancadas, instalações
elétricas, avaliação da capacidade máxima de público para áreas
restritas, sinalização de saídas de emergência e equipamento de
prevenção de incêndio, etc.

f - Policiamento velado

O Policiamento velado é executado por elementos


especializados, distribuídos nos locais dos eventos ou nos itinerários
da autoridade, com trajes adequados à área e infiltrados na
população, com a finalidade de detectar e anular qualquer tipo de
desordem ou crime.

Difere da segurança velada citada no item 4.2.1. “c” pela sua


amplitude e foco de atuação. É representada por toda medida ou
cuidado de segurança, com emprego de material ou pessoal que tem
como característica a dissimulação de sua verdadeira natureza e
finalidade, e que se destina à segurança de todas as pessoas
envolvidas no evento.

Caro aluno, até aqui estudamos o que conceitualmente é usado


pela banca CESPE quando da formulação de suas questões de
concursos sobre os sistemas de segurança. Você deve ter observado
que não apareceu nenhuma questão FCC sobre o assunto.

Pois bem, apesar de todos os conceitos até aqui estudados


serem o que há de mais utilizado na doutrina, a FCC, em seus
últimos editais questiona apenas o básico sobre o tema abordando
uma visão similar, mas um pouco diferente.

Veja como com ao FCC os aborda:

14
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

4.3. OBJETO E MODUS OPERANDI

A segurança das pessoas pode ser geral ou institucional.

Geral ou institucional, a operação da segurança das pessoas


pode ser desencadeada:

Æ De forma CARACTERIZADA, quando os agentes atuam,


ostensiva ou veladamente, com envolvimento direto nas ações ou
reações desencadeadas.

Preste bem atenção nas diferenças a seguir!!

Atuando ostensivamente, a segurança das pessoas utiliza o


próprio caráter ostensivo de suas ações - seja pela atitude, pelo uso
de uniformes ou pelos equipamentos empregados – como
instrumentos da segurança que busca proporcionar.

Atuando veladamente, seus agentes operam não


uniformizados e com bastante discrição, embora sem ocultar
completamente sua condição de profissionais de segurança.

Æ De forma DESCARACTERIZADA, quando os agentes atuam


secretamente e, em princípio, não se envolvem diretamente nas
ações.

Operando de forma descaracterizada, os agentes ocultam


completamente essa sua condição e atuam secretamente
direcionados para a prevenção, evitando, salvo em situações
extremas, o envolvimento direto em ações ou reações, tendo em
vista manterem-se incólumes.

Agem como elementos de apoio, exatamente onde, como e


quando os agentes ostensivos ou velados estão impedidos de agir.

Esta exposição sobre a Segurança das Pessoas tornou evidente


a existência de dois universos distintos, mas expressivamente
inter-relacionados:

9 O ambiente privado dos indivíduos ou grupos


(segurança VIP) e

9 O ambiente corporativo das empresas (Segurança da Gestão


das Pessoas).

15
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Tornou evidente, ainda, que tanto em um


quanto no outro o modus operandi é o mesmo:

IMPORTANTE PARA FCC: opera-se a segurança atuando de forma


caracterizada, agindo velada ou ostensivamente, ou de forma
descaracterizada, agindo secretamente, sempre observando os
mesmos fundamentos técnicos e operacionais.

Deve-se salientar, entretanto, que, quanto mais


necessariamente velada for a atuação, mais se afastará da atividade
de segurança propriamente dita e mais se aproximará da atividade
de inteligência. É, portanto, imperioso que se estabeleçam limites no
intuito de impedir que os agentes de segurança se aventurem a atuar
num segmento de atividade extremamente específico, cuja operação
exige o domínio de técnicas e ações operacionais de especialíssimo
perfil e o emprego de Recursos Humanos altamente qualificados.

Do exposto, é aconselhável que a atuação da segurança de


forma descaracterizada, portanto secreta, seja objeto de ponderada
cautela, para não tornar vulneráveis pelo menos dois de seus
fundamentos básicos: a preservação do sigilo das operações e a
manutenção da integridade e incolumidade do próprio agente.

Pronto!!! Vamos a uma questão para que você não tenha


nenhuma dúvida sobre o que acabei de mostrar:

[FCC – TECNICO JUDIC. ESPEC. SEGURANÇA – TRF/1ª– 2011]


Com relação ao modus operandi dos técnicos da área de
segurança, analise:

I. A operação de segurança das pessoas pode ser


desencadeada de forma caracterizada, quando os agentes
atuam ostensivamente, ou de forma descaracterizada, quando
os agentes atuam veladamente ou descaracterizados, sem
envolvimento direto nas ações. ERRADO

Não tem como errar essa questão se você lembrar-se da dica


que demos acima:

CARATERIZADA Æ Atua ostensiva ou veladamente

DESCARACTERIZADA Æ Atua secretamente

16
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

A organizadora apenas trocou as bolas para confundir o


candidato.

II. Existem dois universos distintos na segurança das pessoas:


o ambiente privado dos indivíduos ou grupos e o ambiente
corporativo das empresas. CERTO

Professor, mas está exatamente igual ao que estudamos !!

Verdade!! Mais uma prova de que a abordagem FCC sobre o


assunto é bem simples e engloba aquilo que o orientamos no item
4.3.

Aluno do Ponto tem essa vantagem: o material certo no ponto


certo!!!

III. O modo de operação na segurança das pessoas varia


conforme o ambiente a ser protegido, cabendo a adaptação e a
atuação de acordo com cada ambiente em que se está
atuando. CERTO

A assertiva resume muito bem o estudado até agora: a


segurança de pessoas deve considerar cada ambiente a fim de
adequar-se a ele e atuar mais eficazmente possível.

Está correto o que consta SOMENTE em:

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e III.

(E) II e III.

Terminado nosso estudo sobre os sistemas de segurança,


seguiremos com outro tema bastante importante e abrangente: o
planejamento de segurança.

Nenhum sistema de segurança estudado conseguirá ser eficiente


e eficaz caso não seja bem planejado. Assim, veremos como se
subdivide e como deve ser o melhor planejamento.

17
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

V - PLANEJAMENTO DA SEGURANÇA DE AUTORIDADES

A organização executora do serviço de segurança de


autoridades não pode funcionar apenas na base da improvisação. É
necessário que esta organização desenvolva a capacidade de
determinar antecipadamente quais são os objetivos que devem ser
atingidos e como se deve fazer para alcançá-los, escolhendo
antecipadamente o melhor curso de ação e tomando no presente
decisões que afetem o futuro, para reduzir sua incerteza.

PLANEJAMENTO é a técnica ou processo que serve para


lidar com futuro.

Sendo o futuro não apenas inevitável, mas também incerto, essa


incerteza aumenta na medida em que não se dispõe de informações
não se tem controle sobre os acontecimentos.

Para uma organização que possui a missão de proteger uma


autoridade, o futuro toma-se incerto quando não existem suficientes
informações sobre a conjuntura sócio-econômica e política, o grau de
risco e o tipo de ameaças a que está sujeita esta autoridade, as
circunstâncias que envolvem determinada programação, a
disponibilização de meios, etc.

Portanto, o processo de planejamento é a ferramenta que as


organizações usam para administrar suas relações com o futuro,
sendo uma aplicação específica do processo decisório. Tomar no
presente decisões que afetem o futuro possibilita manter com
razoável grau de precisão alguns acontecimentos porque estão sob
controle (conseqüências previsíveis de atos e decisões passadas) ou
estão dentro de um calendário de acontecimentos regulares.

Convém que a definição de estratégias e planos para este tipo de


organização fundamente-se nos princípios da gestão pró-ativa e da
constância de propósitos, bem como no conceito da visão de futuro
como estratégia para o progressivo desenvolvimento institucional.
Seu propósito é o desenvolvimento da ação estratégica para o pleno
alcance da missão conferida à organização e da visão de futuro
estabelecida.

Pela abrangência, podemos observar níveis distintos e


hierarquizados de planejamento, onde consideramos o nível
estratégico e o operacional, enquanto que o processo de

18
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

planejamento pressupõe também a existência de ciclos contínuos de


reflexão estratégica que permitam à organização executora do
"serviço de segurança pessoal" buscar, permanentemente, os
melhores caminhos (estratégias) para atingir seus resultados de curto
e longo prazos.

5.1. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA SEGURANÇA DE


AUTORIDADES

O planejamento estratégico corresponde a um trabalho mais


amplo, que abrange toda a organização e é projetado para longo
prazo, envolvendo a organização como uma totalidade. POR SER
DEFINIDO PELA CÚPULA, SUBORDINA TODOS OS OUTROS TIPOS DE
PLANEJAMENTOS.

Este tipo de planejamento refere-se à maneira pela qual a


organização encarregada do serviço de segurança pessoal pretende
aplicar suas estratégias para alcançar os objetivos propostos para a
proteção da autoridade usuária desse serviço. Procura, dessa forma,
adaptar com sucesso a organização ao seu ambiente, tendo como
base para a sua formulação a descrição minuciosa dos aspectos
externos e internos relevantes, pois quanto maior a instabilidade e
complexidade do meio envolvente, maior a necessidade do enfoque
sistêmico e do planejamento estratégico.

Outrossim, o "diagnóstico da situação" representa o ponto de


partida para a formulação deste "planejamento" e é obtido a partir da
análise de cenários, com a avaliação das condições políticas,
econômicas e sociais sob as quais o órgão de segurança pessoal
estará atuando, identificando as ameaças e oportunidades para o seu
desenvolvimento, como também os pontos fortes e fracos do sistema
de segurança pessoal e como essas informações são utilizadas no
processo de formulação das estratégias.

A análise externa versa sobre a análise das condições externas


que influenciam a organização, constituída das variáveis exógenas,
tanto do macroambiente, considerando os fatores políticos, legais,
econômicos, psicossociais, científicos e tecnológicos, como do
ambiente próximo apreciando as variáveis: clientes (usuários),
fornecedores, parceiros, concorrentes e mercados (sociedade).

A análise interna trata-se de uma análise organizacional das


condições internas para permitir uma avaliação dos principais pontos

19
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

fortes e pontos fracos que a organização possui. Tais condições


corresponderiam, respectivamente, às "forças propulsoras" da
organização que facilitam o alcance dos objetivos organizacionais e
às limitações ou "forças restritivas" que dificultam ou impedem o
alcance dos objetivos organizacionais. Envolve análise dos aspectos
de desempenho, análise estrutural e organizacional e recursos
financeiros do órgão responsável pela segurança de autoridades.

É a partir do diagnóstico que se torna possível conceber a


política (estratégia operacional) da organização para a área da
segurança pessoal. Não há ação de segurança pessoal sem um
diagnostico que deixe clara a insuficiência das respostas tradicionais
e que pode ajudar não só a definir com clareza os problemas, como
também identificar os fatores que contribuem para o seu
agravamento.

5.2. PLANEJAMENTO OPERACIONAL DA SEGURANÇA DE


AUTORIDADES

Já o "planejamento operacional" é mais específico. PROJETADO


PARA O CURTO PRAZO, ENVOLVE AS TAREFAS ISOLADAMENTE E
PREOCUPA-SE COM O ALCANCE DE METAS ESPECÍFICAS, SENDO
DEFINIDO EM NÍVEL OPERACIONAL.

O domínio do planejamento operacional está na definição das


atividades e dos recursos necessários para a realização dos objetivos
estratégicos e administrativos.

Esse processo consiste exatamente em "como realizar


objetivos". Para tanto, a formulação do plano operacional deve conter
os seguintes elementos:

9 Os objetivos específicos;

9 As atividades necessárias para realizar esses objetivos; e

9 Os recursos que devem ser mobilizados para realizar as


atividades.

O ponto de partida para a elaboração dos planos operacionais


são os objetivos de nível mais alto (objetivos principais ou objetivos
estratégicos).

20
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

IMPORTANTE: Os objetivos estratégicos definem AONDE a


organização pretende chegar. No ponto seguinte da cadeia de meios
e fins, os objetivos específicos, atividades e recursos são formulados
em seguida, como parte do processo de planejamento operacional.
Os objetivos operacionais definem COMO e O QUE a organização
deve fazer para realizar os objetivos estratégicos.

A organização precisa ter um processo de planejamento


estruturado que garanta uma análise rigorosa das alternativas e dos
recursos disponíveis, ainda mais quando existem várias alternativas
para se atingir os resultados desejados, e que o atingimento de um
resultado pode ser conflitante com a busca de outros,
particularmente quando os recursos disponíveis são escassos.

5.2.1. Elementos essenciais do planejamento operacional

a – Missão

O planejamento da segurança inicia com o recebimento da


missão em que busca definir os aspectos fundamentais do seu
cumprimento, tais como: o que a autoridade irá fazer, quando e onde
será o evento, qual o prazo disponível, qual será o meio de
deslocamento, quem irá acompanhar a autoridade, implicações
quanto ao sigilo, considerações políticas e outros julgados úteis.

A "programação oficial" é que, geralmente, condiciona as ações


que serão planejadas e executadas. Normalmente já vem imposto e
com muita pouca flexibilidade, o que ocasiona um esforço maior na
execução da proteção da autoridade.

A "AUTORIDADE A SER PROTEGIDA" é o objetivo do


planejamento.

A autoridade deve ser estudada em detalhes, visando a


identificação de suas características pessoais, personalidades e
hábitos, para facilitar a definição da melhor proposta de execução da
proteção.

O Grau de risco e a importância dessa autoridade devem


ser considerados para a formulação do planejamento.

21
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

A missão pode ser também a segurança de um determinado


evento, a proteção de uma comitiva, a segurança de uma instalação
ou ainda a segurança de material que seja de interesse para o
serviço de segurança.

b - Estudo de situação:

Caracterizada a missão, inicia-se o estudo de situação, que


corresponde à fase analítica em que ocorre a determinação de todos
os fatores que vão influenciar na adoção de linhas de ação. Trata-se
de um processo lógico e ordenado de raciocínio para o exame de
todos os fatores que possam influir no cumprimento da missão, para
se chegar a uma decisão mais apropriada.

A análise de riscos e o reconhecimento das vulnerabilidades no


tocante a ameaças à integridade física, moral e psicológica da
autoridade são realizados, via de regra, pela equipe de segurança,
denominada "equipe precursora", responsável pelo levantamento e
confirmação de dados para o planejamento inicial da operação de
segurança de autoridade, inclusive o levantamento das características
socioeconômicos, psicossociais e culturais.

Primeiramente deve ser considerado o cenário geográfico. São


os locais de aparições em público e deslocamentos, que
correspondem às áreas que serão freqüentadas pela autoridade, bem
como os itinerários que serão percorridos. Suas características
interferem nas ações, razão pela qual requer um reconhecimento
minucioso e um estudo detalhado.

A equipe precursora deve reconhecer o local do evento em


detalhes, buscando levantar dados importantes para a elaboração de
um planejamento eficaz. Nenhuma dependência pode ser
desconhecida da equipe e é importante que esse reconhecimento seja
acompanhado do organizador ou responsável pelo local.

Mais uma questão que trata das funções da equipe precursora:

22
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

[CESPE – AGENTE MOTORISTA-SEGURANÇA – MPE/AM- 2008]


Julgue os itens a seguir, que versam sobre a segurança de
autoridades.

Verificar condições do local e do público antes da passagem ou


chegada da autoridade é responsabilidade da equipe de
segurança ostensiva.

Fácil não é? Acabamos de ver que esse é o trabalho da EQUIPE


PRECURSORA, e não da ostensiva.

Lembro a você que a equipe de segurança ostensiva é visível,


identificável, compõe o perímetro de segurança pessoal e tem a
função de atuar com sinergia em caso de rela ameaça à autoridade
protegida.

Gabarito: ERRADO

Os itinerários devem ser minuciosamente reconhecidos e


estudados, inclusive com a cronometragem e a marcação da
quilometragem dos deslocamentos. Os pontos dominantes, pontos de
risco e pontos de fuga devem ser considerados, bem como os locais
que necessitam de policiamento. Deve-se considerar sempre a
possibilidade de ocorrerem fatos que possam causar interferência
visual, tais como manifestações, pichações, etc.

Em seguida, deve ser considerada a presença de público, pois,


normalmente, a autoridade protegida necessita interagir com o povo,
principalmente nas situações em que ocorre grande ajuntamento de
pessoas (solenidades oficiais, comícios, etc.). Daí a importância de se
conhecer as características socioeconômicas, psicossociais, culturais,
etc. O fator criminalidade e as possibilidades de ruptura da ordem
pública são considerados em amplo aspecto, no que diz respeito à
área de influência onde vai estar presente a autoridade protegida.

Finalmente analisam-se as vulnerabilidades no tocante à


efetivação de ameaças contra a autoridade protegida, incluindo-se a
capacidade de defesa e de reação e às possibilidades de êxito dos
elementos adversos.

Após enfocar as vulnerabilidades deve-se proceder à busca


pelas alternativas mais viáveis para superar as falhas e cumprir a
missão. E a fase que correspondente à formulação das linhas de

23
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

ação.

Após esta formulação, cada linha de ação é analisada de acordo


com as vantagens e desvantagens oferecidas, determinando as
prováveis conseqüências de cada uma delas para, em seguida,
compará-las.

A fase final sobre a linha de ação selecionada é traduzida em


uma decisão completa e detalhada.

É nessa fase que se avaliam as necessidades e se desenvolvem


os pedidos de pessoal, material e credenciamento, além de se
definirem as missões específicas dos agentes de segurança pessoal.

A estimativa inicial do número de agentes de segurança e a


disposição dos mesmos são formuladas, conforme as necessidades
para o cumprimento da missão, atribuindo-lhes responsabilidades e
deveres específicos, designando um chefe para cada local sempre que
possível.

A avaliação do tipo e quantidade de material necessário para a


realização da operação, inclusive o necessário para os bloqueios e
isolamentos, também são indicados. Os meios disponíveis são,
portanto, os recursos em pessoal e material colocados à disposição
do Serviço de Segurança para o cumprimento da missão, devendo ser
adequados e suficientes de acordo com a importância da autoridade e
com a conjuntura do momento, sendo que estes condicionam o
emprego de diferentes meios e a montagem das propostas de
execução.

Credenciamento de todo o pessoal empenhado na segurança e


no apoio, como também os convidados, jornalistas, etc. Para tanto
utilizam-se distintivos de lapela, cartões de identificação, cartões
para o pára-brisa dos veículos, etc.

Analisemos a próxima questão que cobra a respeito desses


conhecimentos sobre PLANEJAMENTO:

24
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TST – 2008] Uma


equipe de profissionais responsável pela segurança de uma
autoridade do poder executivo tem a missão de acompanhá-la
e protegê-la em uma solenidade em que, conforme notícias,
um grupo de pessoas pretende confrontá-la publicamente. O
espaço destinado ao evento é um auditório fechado com
capacidade para dois mil lugares. Com relação à situação
hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

Para essa situação, é correto que seja elaborado um


planejamento de segurança, para o qual deverão ser coletadas
informações inerentes ao evento, tais como número de
participantes, controle de entrada, identificação de
participantes, levantamento do local, grau de risco a que
estará exposta a autoridade, entre outras.

É exatamente na fase do PLANEJAMENTO OPERACIONAL,


principalmente na definição da MISSÃO, que todos esses detalhes
precisam ser cuidadosamente definidos.

Uma equipe de segurança que bem planeja todas as suas


ações, considerando, principalmente, o grau de risco e a importância
da autoridade protegida, certamente logrará êxito em suas missões.

Gabarito: CERTO

Estabelecimento das ligações com as autoridades locais através


de contatos com os órgãos de segurança e de apoio que necessitem
ser envolvidos para que seja possível a realização do evento. Locais
de atuação e atribuições gerais de cada elemento de apoio
(policiamento ostensivo, dispositivo de trânsito, etc.).

É o momento em que a segurança realiza a ambientação com


a área de atuação.

c - Atividade de inteligência

Os dados e informações constituem-se em elementos


fundamentais para o planejamento. Eles são obtidos através dos
organizadores dos eventos, jornais, revistas, rádios, televisão e
órgãos oficiais. A coleta de informações proporciona o conhecimento
das adversidades existentes ou potenciais, possibilitando condições

25
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

de planejamento para maior proteção à autoridade. Os assuntos de


interesses políticos ou de foro íntimo da autoridade são considerados
desde que não exponham a sua intimidade.

Essencial para a realização do planejamento de qualquer


operação de segurança de autoridade, deve ser realizada de forma
permanente e contínua para obtenção de informações nas mais
diversas áreas, principalmente na segurança pública.

d - Reuniões preparatórias

Através destas se estabelece os locais de atuação e


atribuições gerais dos elementos de apoio (policiamento ostensivo,
dispositivo de trânsito, etc.).

Nela se estabelecem os planos de controle da população no


local de aparição, nos pontos de chegada e saída da autoridade,
bem como a distância entre a autoridade e os expectadores, sendo
estas distâncias mantidas mediante o emprego de policiais e
barreiras.

Procura envolver, para o caso de eventual necessidade, a


participação de órgãos responsáveis por outros serviços que possam
ser úteis para a segurança de autoridades, tais como bombeiros,
serviço de saúde, energia elétrica, reboques, caminhões pipas, etc.

e - Treinamento

O Planejamento de segurança é colocado em execução com um


treinamento. Nessa oportunidade, é verificado o dispositivo adotado,
a compreensão das missões atribuídas, as providências para as
emergências e os perigos e as possíveis falhas do planejamento.

Nesta oportunidade verifica-se a necessidade de alteração do


plano final. Para a consolidação do plano final, há o
desencadeamento das providências quando se inclui o treinamento,
com a finalidade de se aplicar às medidas previstas e verificar a sua
eficiência.

Esse treinamento ou ensaio é conduzido desde que não


prejudique o sigilo atribuído à missão. Sempre que houver
necessidade o plano final é alterado, de modo que a autoridade tenha
à sua disposição melhor sistema de segurança possível.

26
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

f - Plano

Após serem avaliados os dados obtidos nos reconhecimentos,


reuniões e treinamentos, é elaborado o planejamento final, que
deverá incluir itens sobre as medidas administrativas, as
comunicações, o credenciamento, o controle de pessoas e as ordens
aos agentes participantes.

g - Execução

O dispositivo da segurança deverá ser montado com


antecedência em relação à realização do evento. O dispositivo é
instalado, de modo que os agentes ocupem suas posições, as
vistorias sejam executadas sem a presença do público e as pessoas
participantes sejam orientadas para os lugares adequados.

A missão da segurança pessoal é executada de acordo com o


planejamento. A flexibilidade é aspecto fundamental, devendo
orientar a atividade de acordo com as possíveis alterações, no
entanto estas não devem provocar surpresa à equipe de segurança.

VI - ITINERÁRIO

Outro bom foco de questões de concursos tem a ver com a


seleção de ITINERÁRIOS para o deslocamento da autoridade
protegida. Desta forma, faço questão de abordar em detalhes sobre o
tema, frente a GRANDE importância para PROVAS DE CONCURSOS.

Ponto sensível para a proteção de autoridades, erros no


planejamento do itinerário podem ser FATAL na medida em que pode
representar momento de grande exposição e vulnerabilidade.

O itinerário deve ser entendido como sendo o caminho ou


percurso pelo qual se desloca um dignitário, a pé ou com a utilização
de um meio de transporte. Constitui-se, portanto, em todo e
qualquer deslocamento de uma "pessoa protegida" de um local para
outro, seja a pé ou motorizado e que acarrete em algum
tipo de exposição ao público.

Esta exposição da "pessoa protegida" representa sempre uma

27
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

situação de grande vulnerabilidade, a despeito de todas as medidas


preventivas que venham a ser adotadas. Esse fato é comprovado
pelo registro de inúmeros atentados praticados contra governantes e
celebridades no decorrer da história e que foram perpetrados
exatamente ao longo de algum tipo de itinerário.

Uma das razões deste fenômeno é a divulgação do evento e do


roteiro a ser seguido pelo dignitário, possibilitando o tempo
necessário para a preparação da ação agressora. Por esse motivo, os
itinerários devem ser metodicamente escolhidos e preparados,
assegurando a proteção adequada ao dignitário.

Outra razão se deve aos deslocamentos rotineiros entre


residência e local de trabalho, dois destinos habituais de qualquer
dignitário e que apresentam pouca variação quanto a horário e
percurso. Desses itinerários habituais os seqüestradores escolheram
exatamente as ruas estreitas e de pouco movimento para executar o
seqüestro.

Portanto, para se chegar ao itinerário mais seguro é necessário


que haja o planejamento apropriado, com o estabelecimento de vias
alternativas e, sempre que possível, com o reconhecimento do
percurso e o local de destino do protegido. É imprescindível que a
escolha de um itinerário seja baseada nestes critérios mas podem,
também, ocorrer situações em que o itinerário é definido somente de
última hora (inopinado), não possibilitando a adoção de medidas de
segurança apropriadas.

A diversidade dos itinerários pode ser resumida da seguinte


forma:

a) Itinerário principal

A princípio o itinerário principal deve ser o mais seguro


possível, escolhido prioritariamente através de um planejamento
adequado e do conseqüente reconhecimento do percurso.

b) Itinerário alternativo

No caso de alteração ou modificação dos fatores condicionantes


iniciais, que inviabilizam ou desaconselham a utilização do itinerário
principal, deve ser utilizado o itinerário alternativo, que também deve
ser indicado logo na fase preliminar do planejamento da operação de
segurança.

28
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

c) Itinerários eventuais

O conhecimento de todas as opções de percurso possibilita


também a utilização de itinerários eventuais, por motivo de perigo ou
emergência, que seriam ramificações do itinerário principal ou do
itinerário alternativo, utilizados no caso de abandono do itinerário
usado.

d) Pontos críticos e pontos de apoio

É extremamente importante a identificação dos pontos críticos e


dos pontos de apoio que estejam inseridos ao longo do percurso.

Æ Pontos críticos são os locais que, por suas características,


oferecem situações de risco, tais como viadutos, curvas acentuadas,
obras ao longo de uma via, lombadas ou depressões que obrigam o
comboio a reduzir a velocidade, etc.

Olha só que questão simples!!

[CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/AL – 2004]


Para garantir a segurança de autoridades e evitar agressões
físicas, danos morais e até mortes, foram criados grupos
especializados formados por indivíduos treinados e bem
aparelhados. A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.

Tráfego intenso, sinais luminosos, passarelas, túneis, vias com


vegetação lateral, lombadas, subidas íngremes e obras são
alguns dos pontos críticos quanto à segurança durante o
transporte de uma autoridade.

Parece até que foi tirada de nosso material!! Os pontos críticos


são aqueles que podem causar algum tipo de risco para o trajeto da
autoridade e devem ser cuidadosamente pensados e cuidados.

Gabarito: CERTO

Æ Pontos de apoio seriam todos os locais que servem para


acolhimento e proteção da autoridade no caso de perigo ou
emergência, ou para a colocação de meios auxiliares ao
deslocamento, tais como quartéis, delegacias, hospitais, repartições
públicas em geral, etc.

29
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

[CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] De


acordo com os conceitos mundialmente consagrados a
respeito da segurança de dignitários, julgue o item a seguir.

O itinerário a ser percorrido pelo dignitário deve, o quanto


possível, restringir-se ao conhecimento da assessoria de
segurança.

Em se tratando de um item bastante sensível para a segurança,


o itinerário, faz-se extremamente necessário que a equipe de
segurança o mantenha em total sigilo a fim de resguardar-se ao
máximo das ações de elementos adversos.

Gabarito: CERTO

5.3.1. Seleção do itinerário para deslocamento A PÉ

Os deslocamentos a pé expõem a "pessoa protegida" a um


ambiente que geralmente representa uma situação de risco. Diversas
vulnerabilidades surgem em decorrência dessa exposição,
principalmente quando é necessário manter a proximidade da
autoridade com algum ajuntamento de pessoas.

Diante dessa realidade, os itinerários a pé devem ser escolhidos


com base em um RECONHECIMENTO ANTECIPADO E PLANEJADO
ADEQUADAMENTE, em trajetos que possibilitem coordenação,
controle, flexibilidade e o maior nível de segurança possível.

Vejamos como a FCC cobrou recentemente em uma de suas


provas:

Vejamos como a FCC cobrou recentemente em uma de suas

30
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

provas:

[FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/9ª – 2010]


Sobre deslocamento de dignitários, considere:

I. Os deslocamentos (a pé ou transportado) são as situações


mais vulneráveis às quais uma autoridade pode se submeter.
CERTO

Exatamente!!! Os deslocamentos por si só deixam a autoridade


em uma situação mais vulnerável, pois sua visibilidade aumenta e,
consequentemente, sua vulnerabilidade.

II. Um dos objetivos da segurança é se antecipar às ações de


risco. CERTO

Pois é!! Já vimos que o maior foco da segurança e de seu


planejamento é a PREVENÇÃO.

III. O reconhecimento do itinerário deve ser realizado assim


que for definido todo o esquema de segurança. ERRADO

Uma pegadinha interessante!! Vimos que, para se chegar ao


itinerário mais seguro, é necessário que haja o planejamento
apropriado, com o estabelecimento de vias alternativas e, sempre
que possível, com o reconhecimento do percurso e o local de destino
do protegido.

O reconhecimento do itinerário deve ser feito ANTES de definido


todo o esquema de segurança, pois tal definição é um dos
componentes essenciais do PLANEJAMENTO.

Está correto o que consta em

(A) I e II, apenas.

(B) I, II e III.

(C) II, apenas.

(D) III, apenas.

(E) I e III, apenas.

Para os deslocamentos a pé dá-se preferência aos itinerários de

31
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

curta distância, pouca duração, cobertos e abrigados, de fácil


localização e sem obstáculos, visando a evitar a exposição
desnecessária do dignitário.

Outro fator que acentua a vulnerabilidade dos deslocamentos a


pé se dá nos casos em que o dignitário "interfere" no deslocamento
planejado, optando por outro de sua própria escolha.

IMPORTANTE: Tomando o dignitário uma iniciativa própria de


mudar o itinerário, ele DEVERÁ SER ALERTADO PELA
SEGURANÇA a respeito dos riscos e desestimulado a adotar tal
atitude.

Porém, se for mantida a alteração do percurso por parte do


protegido, cabe à segurança procurar reforçar seu esquema tático e,
se for o caso, acionar outros meios, em apoio à segurança pessoal. O
conhecimento dessa informação por todos os envolvidos no "sistema
de segurança" é fundamental para que o dispositivo seja reajustado.

5.3.2. Planejamento do itinerário para deslocamento A


O planejamento sobre qualquer deslocamento a pé representa


um procedimento específico destinado a subsidiar um planejamento
mais abrangente (Planejamento Operacional da Segurança de
Dignitários). Este procedimento inclui os seguintes itens, que podem
influir no resultado da missão:

¾ Conhecimento da missão - possuindo o CONHECIMENTO


ANTECIPADO dos detalhes sobre o itinerário a pé a ser
realizado pelo dignitário, seja através de uma programação
previamente elaborada ou através de uma rotina já
estabelecida para o serviço, a segurança pessoal passa a fazer
a análise dos dados, valendo-se de mapas ou croquis do local,
fazendo os primeiros levantamentos e avaliações dos caminhos
possíveis de serem utilizados. Nessa fase os tópicos referentes
às características dos itinerários são considerados, e é
estabelecida uma prioridade;

¾ Data e horário - o conhecimento antecipado sobre a data e

32
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

horário em que será realizado determinado itinerário a pé é


importante para possibilitar uma previsão das condições
atmosféricas, de temperatura e de luminosidade;

¾ Local de origem e de destino - normalmente definem o


trajeto de deslocamento a pé e são locais indicativos da
permanência rápida ou demorada da autoridade, o que
desfavorece a segurança nos casos de local descoberto;

¾ Roteiro - o roteiro do deslocamento a pé é definido a partir


dos locais de origem e de destino. Preferencialmente os
trajetos a pé devem ser curtos e de pequena duração.
Sempre que possível deve-se utilizar itinerários alternativos,
de uma forma que favoreça a segurança;

¾ Meios de transporte utilizados, antes e depois do


deslocamento: o meio de transporte pode restringir o número
de agentes de segurança a serem deslocados, o que obriga,
em alguns casos, ao deslocamento antecipado de agentes para
os locais de origem e de destino da autoridade;

¾ Acompanhantes - o dignitário pode ser acompanhado por


outras autoridades, público, imprensa e pessoal de apoio. A
quantidade de acompanhantes deve ser levantada para efeito
de planejamento, pois as condições do trajeto podem dificultar
o movimento e a circulação, inclusive da própria segurança;

¾ Procedimentos de emergência - no planejamento são


verificadas as rotas de fuga para atender a qualquer
emergência ou situação de perigo. Para tanto, itinerários de
emergência são reconhecidos, tendo por base o itinerário
principal e os alternativos;

¾ Reconhecimento - todo deslocamento a pé deve ter itinerário


reconhecido pela segurança pessoal. Devem ser levantados
todos os dados que possam influir de maneira positiva ou
negativa no fluxo da autoridade e acompanhantes. Se as
condições permitirem, serão reconhecidos itinerários
alternativos e de emergência;

¾ Treinamentos - sempre que possível o deslocamento a pé é


ensaiado. Quanto maiores as dificuldades e os riscos, mais
importantes se tornam os ensaios;

¾ Execução - o êxito dos deslocamentos a pé está diretamente


ligado ao reconhecimento, à implantação das medidas de
coordenação e controle e ao preparo da segurança. A execução

33
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

é conduzida em coordenação com a equipe de cerimonial que,


em alguns casos, tem a missão de orientar o dignitário sobre a
seqüência do evento.

5.3.3. Planejamento do itinerário para deslocamento


MOTORIZADO

O planejamento sobre qualquer deslocamento motorizado


representa um procedimento específico destinado a subsidiar um
planejamento mais abrangente e complexo (planejamento
Operacional da Segurança de Autoridade). Este procedimento inclui
os seguintes itens, que podem influir no resultado da missão:

¾ Conhecimento da missão - possuindo o conhecimento


antecipado dos detalhes sobre o itinerário motorizado a ser
realizado pela autoridade, seja através de uma programação
previamente elaborada ou através de uma rotina já
estabelecida para o serviço, a segurança pessoal passa a fazer
a análise dos dados, valendo-se de mapas ou croquis do local,
fazendo os primeiros levantamentos e avaliações dos caminhos
possíveis de serem utilizados. Nessa fase os tópicos referentes
às características dos itinerários são considerados, e é
estabelecida uma prioridade;

¾ Data e horário - o conhecimento antecipado sobre a data e


horário em que será realizado determinado itinerário
motorizada é importante para possibilitar uma previsão das
condições atmosféricas, de temperatura e de luminosidade,
bem como as CONDIÇÕES DE TRÁFEGO E FLUIDEZ DO
TRANSITO;

¾ Roteiro - o roteiro do deslocamento é definido a partir da


origem e do destino. Os trajetos motorizados podem ser curtos
e de pequena duração ou longos e demorados, como os
deslocamentos rodoviários. Sempre que possível deve- se
utilizar itinerários alternativos, de uma forma que favoreça a

34
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

segurança;

¾ Reconhecimento do itinerário - após a análise dos dados é


realizado o reconhecimento, considerando-se a programação da
autoridade, o tipo de deslocamento e os dados obtidos na fase
de planejamento, corrigindo ou confirmando a prioridade inicial.
Para tanto devem ser observados os aspectos da segurança, da
comodidade e do interesse político. Na fase de reconhecimento,
os itinerários motorizados devem ser percorridos sempre no
sentido previsto para o deslocamento da autoridade e, de
preferência, NO MESMO HORÁRIO PREVISTO NA
PROGRAMAÇÃO. Quando a programação for realizada à noite, é
importante não só a realização do percurso no mesmo horário
previsto na programação oficial, para se adaptar principalmente
a luminosidade, mas também o reconhecimento diurno, para se
obter o conhecimento detalhado do percurso. São reconhecidos
também os itinerários alternativos e eventuais, os pontos
críticos e de apoio, principalmente os que conduzem aos
hospitais de sobreaviso e os que permitem a fuga. Nessa
oportunidade devem ser avaliadas as possibilidades de um
atentado, a quantidade de pessoal, e o material necessário para
oferecer segurança em todo o itinerário;

¾ Seleção dos itinerários - após o reconhecimento e avaliadas


todas as componentes, é feita a seleção dos itinerários
principal, alternativos ou secundários e eventuais. A escolha do
itinerário deve preferencialmente recair sobre o itinerário mais
protegido e seguro, mesmo que não seja o mais curto;

¾ Treinamento - havendo disponibilidade de tempo deve ser


realizado um treinamento, conferindo o dispositivo adotado, a
compreensão das missões distribuídas, as providências em caso
de emergência e as possíveis falhas de planejamento.

No dia do evento, após a montagem do dispositivo, antes do


deslocamento da autoridade e COM BOA ANTECEDÊNCIA, é realizada
uma inspeção final, com o intuito de vistoriar o itinerário e detectar
alguma incorreção do dispositivo ou evidência de perigo.

De certa forma a "pessoa protegida" fica vulnerável diante de


qualquer situação de deslocamento, seja em maior ou menor grau.
Porém o risco poderá ser minimizado com a elaboração de um efetivo
planejamento e com a adoção de algumas regras importantes, tais
como:

35
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

9 Evitar rotina, mudando horários, percursos e tipo de veículo se


considerar necessário;

9 Manter sigilo sobre datas e horários;

9 Fazer o reconhecimento prévio do percurso antes de conduzir a


"pessoa protegida;

9 Adotar velocidade segura;

9 Manter atenção redobrada para os pontos críticos, posicionando


o policiamento sempre que possível;

9 Utilizar o caminho mais seguro, mesmo que seja mais longo;

9 Usar veículos semelhantes;

9 Adotar itinerários alternativos devidamente reconhecidos;

9 Viabilizar uma rede de comunicação (em caso de comboio);

9 Conduzir equipamento especializado para utilização na viatura


de segurança.

Finalizamos mais um tópico superimportante !!! Assim, para


revisarmos os princípios sobre os itinerários, analisemos mais uma
questão da FCC:

[FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] Com relação à


segurança de dignitários, na escolha de trajetos apropriados a
serem utilizados, a equipe de segurança deve considerar como
adequados, dentre outros, os aspectos:

Primeiro de tudo, é preciso que você preste bastante atenção


no enunciado da questão. Ela pede que os aspectos mais
ADEQUADOS a serem considerados pela equipe de segurança quando
DA ESCOLHA DE TRAJETOS, OU SEJA, ITINERARIOS.

Então, dentre as alternativas, você deve escolher a mais


apropriada, a que traz mais requisitos de acordo com tudo que você
estudou. Vamos aos itens!!

(A) o reconhecimento do planejamento do dignitário e as


condições de tráfego do trajeto. ERRADO

36
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

As condições de tráfego no trajeto devem ser consideradas de


fato, mas o reconhecimento do planejamento do dignitário, a se falar,
de procedimento mais adequado para escolha de trajeto, não cai
muito bem.

(B) a vontade do dignitário na decisão do trajeto e a execução


das ações de segurança. ERRADO

Lembre que na escolha do melhor trajeto, a opinião do


dignitário deve ser a última a ser ouvida. Um dignitário que respeita
sua equipe de segurança sabe que ela estudará e planejará o trajeto
que oferecerá a melhor condição de segurança para seu protegido. O
dignitário deve evitar ao máximo possível determinar o melhor
trajeto, pois sua equipe está mais preparada para isso.

(C) a preparação e o planejamento do dignitário, bem como a


execução das ações de emergência. ERRADO

A preparação do dignitário não é o fator mais importante e


também o aspecto mais relevante para o planejamento do trajeto. A
equipe de segurança deve conhecer a agenda do dia do protegido, as
intenções de lugares do dignitário, mas esse não é o aspecto mais
adequado para a escolha do MELHOR TRAJETO.

(D) a determinação da vontade do dignitário e o


reconhecimento da região de destino. ERRADO

O reconhecimento da região de destino é aspecto crucial na


escolha do melhor trajeto, mas repito, a vontade do dignitário não
deve ser prioritariamente considerada nesta hora.

(E) o exame em carta (mapa), o reconhecimento dos trajetos


e áreas de destino, bem como o planejamento das ações de
segurança decorrentes. CERTO

A assertiva corrobora com tudo que estudamos até aqui!!

37
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

VII – A ESCOLTA PESSOAL

A escolta pessoal é um procedimento de segurança


compreendido como sendo a utilização de um agente ou de um grupo
de agentes, que tem por atribuição realizar o acompanhamento
aproximado de uma "pessoa protegida" nas mais diversas situações,
principalmente naquelas em que o protegido se exponha ao público,
seja diante de multidões ou na presença de transeuntes habituais,
tendo muitas das vezes de se movimentar livremente e de forma
discreta.

Numa sociedade livre, onde o acesso aos líderes faz parte da


democracia, as necessidades e os desafios de um serviço de
segurança aumentam em conseqüência da exposição pública do
dignitário e da proximidade indiscriminada deste com pessoas
desconhecidas.

Tomando como exemplo a execução de um esquema de


proteção de uma autoridade governamental, observa-se que a
doutrina estabelece, para sua execução, a adoção de círculos ou
perímetros, que são dispositivos de segurança apropriados para a
cobertura de todos os espaços em que a autoridade está inserida,
propiciando contigüidades de segurança, na medida do possível.

A escolta pessoal equivaleria ao PERÍMETRO DE SEGURANÇA


PESSOAL, que é o dispositivo mais interno, que atua junto ao
"protegido" o tempo todo.

No caso da segurança de autoridades governamentais, tal


dispositivo é invariavelmente complementado, com o reforço das
ações especializadas (detecção de ameaças/varredura) e pelo
perímetro de segurança pública (policiamento ostensivo /
esquema de isolamento / dispositivo de trânsito).

Portanto, a escolta pessoal é o núcleo básico de todo o


esquema de segurança de dignitários e representa a última linha

38
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

de defesa da “pessoa protegida". Os agentes de segurança devem


estar aptos a impedir qualquer ameaça dirigida para a "pessoa
protegida". Deve merecer atenção constante a necessidade da
cobertura corporal do protegido por um elemento de segurança que
esteja sempre próximo ou em condições de aproximar-se
rapidamente.

Cada agente deve estar totalmente concentrado em sua área de


responsabilidade durante a formação, com cada arco de cobertura
visual sobrepondo aquele de outro agente, obedecendo a um sistema
elástico, que consiste em estar mais aproximado do protegido em
locais de maior risco, (concentração populares, comícios, etc.) e
relativamente afastado em locais de menor risco (hotéis, residências,
etc.).

IMPORTANTE: A imagem da pessoa protegida deve ser preservada


pela adoção de um comportamento discreto dos agentes de
segurança, de forma a não chamar atenção para sua atividade.
Para neutralizar o risco ou minorá-lo, é de suma importância o
correto posicionamento tático da equipe de segurança. As formações
de segurança devem adaptar-se tanto ao ambiente como às
circunstancias, cuidando para NÃO SER desnecessariamente rigorosa
ou arriscadamente descuidada.

A variação do número de integrantes da escolta a pé pode


modificar de acordo com diversos fatores, porém sua atuação será
necessariamente lastreada em um posicionamento tático apropriado.

Existem diversas regras básicas que são importantes para


regular a atuação de uma escolta, tais como:

¾ Formações flexíveis - as formações devem adaptar-se ao


ambiente como também à situação vivida, isto é, não podem
pela sua rigidez prejudicar a imagem do dignitário e nem pelo
seu relaxamento colocar em risco a vida do mesmo. A
adequação do esquema de segurança ao estilo do protegido
representa um amoldamento do serviço que deve atender a
limites de razoabilidade.

39
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

¾ Cobertura do corpo - Uma das preocupações constantes da


segurança é a de que o CORPO DO DIGNITÁRIO TEM QUE
ESTAR SEMPRE RESGUARDADO PELO CORPO DE UM AGENTE
DE SEGURANÇA ou por outra pessoa que faça parte da comitiva
que acompanha o dignitário, servindo de anteparo contra
ameaças, principalmente quando a "pessoa protegida" estiver
em locais que representam um risco, mesmo que remoto, à sua
integridade física e moral.

¾ Preservar a imagem do dignitário - Esta deve ser uma


preocupação constante da segurança pessoal. Os homens que
dela participam têm que adotar UM COMPORTAMENTO O MAIS
DISCRETO POSSÍVEL A FIM DE NÃO CHAMAR A ATENÇÃO PARA
SI. A segurança ideal seria aquela que fosse eficiente
sem ser vista, porém como isto é praticamente
impossível, considera-se ideal a segurança eficiente sem
que seja notada. Medidas do tipo:

ƒ Evitar o posicionamento que enquadre o agente no foco


das teleobjetivas dos fotógrafos e filmadoras, de modo
que sua imagem não seja veiculada pela imprensa;

ƒ Permanecer tranqüilo e calado, agindo sem rispidez, mas


com firmeza, evitando qualquer atrito com a população, a
imprensa e as autoridades;

ƒ Ter um comportamento social condizente com a função,


portando-se educadamente e atendendo às solicitações
com deferência e objetividade;

ƒ Recatar-se nas recepções e outros ambientes sociais;

ƒ Não fumar ou ingerir bebidas alcoólicas quando em


serviço;

ƒ Alimentar-se discretamente e fora do ambiente em que


estiver o dignitário protegido;

ƒ Trajar-se de forma condizente com o local e a natureza


do evento, com vestimentas sóbrias, de modo a não
chamar a atenção sobre sua pessoa;

ƒ Cuidar da aparência pessoal, mantendo/um aspecto


asseado.

40
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

¾ Observação constante - Os homens de segurança têm que


estar atentos a tudo que ocorre nas imediações, do local por
onde o dignitário está passando e, com maior ênfase nas
pessoas que, pela proximidade, possam causar qualquer tipo de
perturbação, bem como nas instalações próximas que ofereçam
qualquer tipo de vantagem a um possível agressor. OS
AGENTES ATUAM COM SEUS SENTIDOS VOLTADOS
PERMANENTEMENTE ÀS SITUAÇÕES E ÀS PESSOAS
CIRCUNVIZINHAS, OBSERVANDO COM ATENÇÃO O SEU SETOR
ESPECÍFICO DE VIGILÂNCIA E PROCURANDO PERCEBER
QUALQUER ATO OU PESSOA SUSPEITA. A proteção é
estabelecida de modo que haja através dos seus integrantes
uma amplitude de visualização que possibilite um apoio mútuo
entre os agentes de segurança.

¾ Distâncias e intervalos corretos - Não se pode estabelecer


distâncias e intervalos fixos, pois cada ocasião imporá o
distanciamento ideal. Serão corretas as distâncias e intervalos
que atendam às demais regras básicas para as escoltas. O
posicionamento e as distâncias entre os agentes e, entre estes
e o dignitário são determinadas pela localização do público, da
imprensa, local do evento e grau de risco ou ameaça. OS
AGENTES SE POSICIONAM A UMA DISTÂNCIA EM QUE POSSAM
ATUAR JUNTO AO DIGNITÁRIO, EM CASO DE NECESSIDADE,
SENDO QUE A MANUTENÇÃO DO ACESSO AO DIGNITÁRIO
DEVERÁ SER UMA PREOCUPAÇÃO PERMANENTE. A proteção
visa impedir agressões físicas e morais dirigidas ao dignitário.
Ela exige dos agentes de segurança procedimentos próprios
para o cumprimento de suas missões. A estrutura de proteção
apóia-se em formações flexíveis e ágeis capazes de possibilitar
a mudança de frente, proteção em todas as direções e pronta
reação.

7.1. Escolta BÁSICA (01 agente)

É também conhecida por escolta solitária, formação solo ou


MOSCA. Nesta composição recomenda-se que o agente fique a
distância de um braço do protegido, permanecendo sempre que
possível atrás e a direita do mesmo, voltando sua atenção para todas
as direções.

41
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Este agente, o MOSCA, possui a atribuição de fazer a cobertura


corporal do protegido, colocando o seu corpo entre ele e a ameaça ou
também tentar diminuir a exposição deste ao perigo reduzindo sua
silhueta (empurrando, abaixando ou derrubando).

IMPORTANTE: A recomendação para que o agente permaneça


sempre que possível atrás e à direita do "protegido", se deve ao
fato de que os atiradores destros sacam as suas armas pelo lado
direito. Havendo a necessidade de empunhar a arma, esse saque não
poria o dignitário em situação de risco, que assim teria sua silhueta
"varrida" pela arma do próprio agente e poderia acidentalmente ser
atingido pelo "fogo amigo". Outra justificativa seria que o agente
estaria sacando a arma com a mão direita enquanto que o braço
esquerdo, que está mais próximo do protegido, ficaria livre para
diminuir a exposição deste ao perigo reduzindo sua silhueta
(empurrando, abaixando ou derrubando).

O agente de segurança deve adiantar-se e passar na frente


quando o protegido necessitar transpor uma porta. Deve abri-Ia
taticamente, observando os cuidados que a situação requer,
avaliando a possibilidade da existência de risco (interna ou
externamente) para somente depois, o protegido transpor tal
obstáculo em segurança.

O agente de segurança deve ir à frente do protegido quando


este tiver que transpor multidões compactas e não haja condições de
transpô-la naturalmente.

7.2. Escolta com DOIS AGENTES

Estando a "pessoa protegida" em deslocamento e


acompanhada de uma escolta composta de dois agentes de
segurança, ambos deverão preferencialmente manter-se atrás
do protegido, um à esquerda e o outro à direita.

Por ser uma equipe pequena, os agentes devem manter-se


entrosados e conservar o olhar sobre o parceiro e o protegido e,
amiúde, olhar para trás e para os lados, como forma de ampliar o
campo de visualização e detectar ameaças que possam surgir fora

42
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

dessa perspectiva visual.

Quando o dignitário vai transpor uma porta ou penetrar numa


multidão, o agente de segurança da esquerda deve adiantar-se e
passar na frente da autoridade, observando e avaliando as
possibilidades de ameaças e existência de riscos, ou, no caso de
multidões, abrir.caminho.

Quando ocorrer de o protegido deter-se em algum ponto do


itinerário, o agente de segurança posicionado à esquerda deslocar-
se-á à frente do dignitário e voltar-se-á para ele. O agente da direita
fica atrás do dignitário também voltado para ele, fazendo com que
todos os campos possíveis de observação em torno sejam cobertos,
bem como a retaguarda de cada agente esteja sendo coberta
visualmente por outro agente, possibilitando a comunicação visual,
por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o "protegido".
Não se deve olhar fixamente na direção do protegido e sim à sua
volta.

O agente que estiver à frente na formação deve,


preferencialmente, manter-se ligeiramente à esquerda da "pessoa
protegida", preservando-lhe o lado do coração. Deve olhar
freqüentemente por cima do ombro para se certificar quanto à
posição do dignitário.

O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição


de "MOSCA", permanecendo a mais ou menos um braço de distância
do "protegido", tendo a preocupação de observar também por cima
do ombro as condições de segurança da sua retaguarda.

Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar


a cobertura corporal do "protegido", utilizando o próprio corpo como
anteparo entre ele e a ameaça.

A equipe deve, sempre que possível, definir uma rota


alternativa e necessariamente estabelecer rotas de evacuação.

7.3. Escolta com TRÊS AGENTES

Estando a "pessoa protegida" em movimento, acompanhado de


três agentes de segurança, um deverá estar atrás e à direita e os
outros distribuídos, um de cada lado do dignitário, modificando esse
dispositivo de acordo com o ambiente.

43
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Quando o dignitário vai transpor uma porta ou penetrar numa


multidão, o agente de segurança da direita deve adiantar-se e passar
à frente dele, observando as condições de segurança e a existência
de riscos. O agente de segurança da esquerda deve atrasar e ficar
atrás e ligeiramente à esquerda.

Quando ocorrer de o "protegido" estacionar, os agentes de


segurança devem voltar-se para ele, fazendo com que todos os
campos possíveis de observação em torno do dignitário sejam
cobertos, bem como a retaguarda de cada agente esteja sendo
coberta visualmente por outro agente, possibilitando a comunicação
visual por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o
“protegido".

NÃO ESQUEÇA: Não se deve olhar fixamente na direção do


protegido e sim à sua volta.

O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição


de "MOSCA", permanecendo a mais ou menos um braço de distância
do "protegido", enquanto os outros se distribuem confere a
necessidade.

Todas as formações são adaptáveis às circunstâncias, devendo


os agentes estar preparados para mudar de posições quando houver
mudança de direção e conduzir-se com tranqüilidade, sem que haja
restrições aos movimentos do "protegido".

Todos os agentes devem, sempre que necessário,


proporcionar a cobertura corporal do "protegido", utilizando o próprio
corpo como anteparo entre ele e a ameaça.

No caso de o protegido ser uma pessoa pública, deve-se


preservar sua imagem, permitindo que as pessoas e a imprensa o
vejam normalmente.

7.4. Escolta com QUATRO AGENTES

Estando a "pessoa protegida" deslocando-se acompanhada de


quatro agentes de segurança, um deverá estar atrás e à direita, um à
frente e um de cada lado. Este dispositivo permite variação de acordo

44
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

com a situação.

Podem ser adotadas diversas formações com esse numero de


agentes, a partir de um posicionamento básico e fundamental em que
os agentes estejam mais agregados, pois as variações que deverão
ocorrer, de acordo com a situação a ser enfrentada pelo “protegido" e
o respectivo esquema de proteção, são facilmente executadas,
permitindo-se muita eficácia nas ações contra ataques próximos,
como no caso da tentativa de invasão da zona de proteção pela força.

Apresenta como variações:

9 Formação em forma de quadrado, para médios espaços;

9 Cristal, para saída de aposentos e escadas;

9 Circular, para grandes espaços;

9 Cunha invertida ou em "V" aberto, utilizada quando a frente


para onde se desloca o dignitário acha-se se protegida
(dispositivo chama menos a atenção e favorece a imagem do
dignitário frente às câmeras e ao público).

Analisemos a assertiva abaixo:

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006 –


ADAPT.] Acerca das formações das escoltas a pé, julgue o item
a seguir.

A formação em cunha ou V é muito utilizada, nesse tipo de


escolta, pois chama menos a atenção e favorece a imagem de
quem se está protegendo.

Uma cópia fiel do que acabamos de estudar logo acima!!

Ratificando o que nos diz a própria assertiva: a formação


chamada de cunha invertida ou “V” é recomendada quando se
pretende deixar a autoridade em destaque, deixando sua frente livre.
Entretanto deve ser usada apenas quando se tem um aparato de
segurança de área bem definido.

Gabarito: CERTO

45
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Quando ocorrer de o dignitário deter-se em algum ponto de seu


itinerário, os elementos de segurança, partindo das posições acima,
devem voltar-se para ele, fazendo com que todos os campos
possíveis de observação, em torno dele, sejam cobertos.

Este posicionamento, voltado para o dignitário, facilita o


trabalho, bem como faz com que a retaguarda de cada agente esteja
sendo coberta por outro agente, possibilitando a comunicação visual,
por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o dignitário.

Um dos agentes de segurança deve sempre se adiantar e


passar na frente quando a "pessoa protegida" necessitar transpor
uma porta ou uma multidão. Deve avaliar as possibilidades de risco
para, somente depois, o protegido transpor tais obstáculos em
segurança.

O agente que estiver à frente na formação deve,


preferencialmente, manter-se ligeiramente à esquerda da "pessoa
protegida", preservando-lhe o lado do coração.

Um dos agentes deverá adotar a posição de "mosca",


permanecendo atrás e à direita, a mais ou menos um braço de
distância do "protegido", enquanto os outros se distribuem conforme
a necessidade.

Quando ocorrer de o "protegido" estacionar, os agentes de


segurança devem voltar-se para ele, fazendo com que todos os
campos possíveis de observação em torno sejam cobertos, bem como
a retaguarda de cada agente esteja sendo coberta visualmente por
outro agente, possibilitando a comunicação visual, por gestos e a
pronta ação em caso de ataques contra o "protegido". Não se deve
olhar fixamente na direção do protegido e sim à sua volta.

O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição


de "MOSCA", permanecendo a mais ou menos um braço de distância
do "protegido", enquanto os outros se distribuem confere a
necessidade.

Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar


a cobertura corporal do "protegido", utilizando o próprio corpo como
anteparo entre ele e a ameaça.

No caso de o protegido ser uma pessoa pública, deve-se


preservar a sua imagem, permitindo que as pessoas e a imprensa o
vejam normalmente.

46
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

7.4. Escolta com CINCO AGENTES

Estando o dignitário em um deslocamento a pé acompanhado


de cinco agentes de segurança, dois deverão estar atrás, um à
esquerda, um à direita e outro à frente.

O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição


de "MOSCA", permanecendo a mais ou menos um braço de distância
do "protegido", enquanto os outros se distribuem confere a
necessidade.

Todas as formações são adaptáveis às circunstancias, devendo


os agentes estar preparados para mudar de posições quando houver
mudança de direção e conduzir-se com tranqüilidade, sem que haja
restrições aos movimentos do "protegido".

Sobre o famoso MOSCA, temos esta assertiva:

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006-


ADAPT.] Acerca das formações das escoltas a pé, julgue o item
a seguir

Na formação em losango, o mosca se posiciona à direita da


pessoa que está sendo protegida.

Olha só a estratégia que a organizadora usa para tentar te


confundir!! Você, aluno, acabou de ver exaustivamente que o mosca
deve estar posicionado SEMPRE ATRÁS E À DIREITA DO PROTEGIDO.

Esta posição, como expliquei, é estratégica para uma melhor


proteção e cobertura da autoridade. A organizadora afirma que o
mosca se posiciona à direita omitindo, portanto, o importante detalhe
de que além de estar a direita deve estar atrás do dignitário.

Gabarito: ERRADO

47
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

7.5. Formações e maneabilidade

Como acabamos de ver, as escoltas a pé são esquematizadas


através de uma grande diversidade de formações e visam ao
atendimento das diferentes situações que se apresentam,
proporcionado uma permanente segurança ao dignitário.

O tipo de formação adotado, em um determinado momento, é


proveniente de uma conjugação de fatores, tais como:

9 A análise do local;

9 As informações obtidas sobre o evento;

9 O nível de segurança exigido e a quantidade de agentes


envolvidos;

9 O apoio fornecido;

9 A extensão do deslocamento a pé;

9 O tipo de público envolvido;

9 A participação da imprensa.

MUITO IMPORTANTE: A escolta deve manter como principal


diretriz a orientação para que os agentes de segurança que estão
mais próximos, normalmente à retaguarda do dignitário, sejam os
principais responsáveis pela sua proteção física e pela sua
retirada do local, em caso de perigo ou emergência, cabendo aos
demais neutralizar a ação adversa e proteger a retirada do dignitário.

Uma quantidade maior de agentes permite uma diversidade


maior de formações, contanto que as modificações que venham a
ocorrer, de acordo com a situação a ser enfrentada pelo protegido e
seu esquema de segurança, sejam facilmente executadas.

As circunstâncias é que definirão o espaçamento caso a


formação seja mais aberta ou mais fechada:

48
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

• Homem ponta, para 02 agentes;

• Linear, para 03 agentes;

• Quadrado, para 04 agentes, utilizada para espaços médios;

• Círculo, para 04 ou 05 agentes utilizada em grandes


espaços;

• Caixa, para 05 agentes;

• Losango, para 04 ou 05 agentes; proporciona a melhor


opção para segurança aproximada, como também para saída
de aposentos e escadas;

• Cunha invertida ou em "Y" aberto, para 04 ou 05


agentes, utilizada quando a frente para onde se desloca o
protegido é segura. Chama menos a atenção e permite a
imagem do protegido frente às câmeras e ao público.

• Cunha, para 04 ou 05 agentes, utilizada quando a frente


para onde se desloca o protegido não é segura e se faz
necessário romper algum tipo de bloqueio. Chama muita
atenção e dificulta a imagem do protegido frente às câmeras
e ao público.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006 –


ADAPT.] Acerca das formações das escoltas a pé, julgue o item
a seguir.

Na formação em losango, utiliza-se o número mínimo de cinco


agentes.

O número mínimo para a formação em losango é de 04


agentes.

Gabarito: ERRADO

Mesmo existindo uma grande diversidade de formações, as


mais freqüentes e consagradas pelos maiores serviços de segurança
são as que dispõem OS AGENTES EM LINHA, EM CUNHA, EM "Y"
ABERTO E EM LOSANGO.

Caro aluno, diante da variedade de combinações, vamos aqui,

49
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

para fins de provas de concursos, ter uma idéia um pouco mais


prática de como funciona essas mais freqüentes e consagradas
formações:

7.5.1. Em linha à retaguarda

É a formação utilizada quando:

Æ Os flancos estão protegidos;

Æ A frente está livre; e

Æ Há necessidade de resguardar a retaguarda do dignitário.

Em caso de contato direto da autoridade com o público, torna-


se essencial a obtenção de informações sobre o tipo de pessoas que o
compõe e a utilização de agentes infiltrados para reforçar o perímetro
de segurança pessoal.

Nestas circunstâncias, em que o dignitário está envolvido por


um grande público, é necessário também a utilização de barreiras
(cordas, jarros, biombos, etc), que garantam algum isolamento físico
na frente do dignitário e impeçam o avanço da multidão.

7.5.2. Em linha frontal

Essa formação é utilizada quando:

50
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Æ O deslocamento for em via protegida nos flancos; e

Æ Quando houver necessidade de uma maior abertura da


frente.

7.5.3. Em cunha

Tipo de formação utilizada quando há necessidade de romper a


frente, protegendo a autoridade nos flancos.

Essa formação é usada para abrir espaço entre a multidão,


quando a retaguarda estiver coberta por outros dignitários e
acompanhantes do "protegido".

51
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

7.5.4. Formação em "V" ou cunha aberta

A formação em "V" é utilizada quando for necessário cobrir a


retaguarda e os flancos, estando a frente livre.

É a formação que favorece a imagem do dignitário, sendo a


ideal para a chegada onde é aguardada por outra autoridade.

Também conhecida por cunha aberta ou cunha invertida.

O campo de visão dos agentes na formação em V ou cunha


invertida deve ser bastante amplo, cobrindo todos os ângulos
determinados para cada agente.

52
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

7.5.5. Em losango

A formação em losango permite a proteção em 360° e tem


grande flexibilidade para a mudança de direção de deslocamento.

O campo de visão dos agentes na formação em losango


também deve ser bastante amplo, de forma a cobrir todos os ângulos
determinados para cada agente.

7.6. EVACUAÇÃO

Outro tema importantíssimo para provas, a evacuação pode ser


conceituada como sendo;

53
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

A retirada ou a remoção tática de uma "pessoa protegida" de


um local para outro, a fim de resguardar ou preservar a sua
integridade física.

Tal procedimento somente deve ser realizado em caráter


emergencial e está relacionado diretamente ao surgimento de algum
atentado ou situação de risco (incêndio, desabamento, etc.) que
inviabilize a permanência da pessoa protegida em um determinado
lugar.

Devido à sua importância, os procedimentos relativos à


evacuação devem ser sistematizados, através da definição da forma
de atuação e das responsabilidades para cada integrante da escolta
de segurança. A especificação dos procedimentos a serem adotados
em casos de emergência e a definição dos responsáveis é a garantia
da rápida evacuação da autoridade.

Trata-se de um procedimento extremamente melindroso que,


sendo realizado de forma correta, pode salvar a vida da "pessoa
protegida". Por outro lado, sendo fruto de uma decisão precipitada ou
de um erro de avaliação, pode criar uma situação extremamente
embaraçosa para o dignitário e comprometer a confiança deste em
relação à sua equipe de segurança.

Para ser eficaz, o procedimento de evacuação requer


preliminarmente que a equipe esteja atenta a tudo que se passa no
ambiente. Os agentes devem manter-se concentrados no serviço,
voltando sua atenção para o ambiente e as pessoas que o
freqüentam.

A distração dos agentes em conversas ou a dispersão da


atenção para outros aspectos do ambiente que não tenham relação
com a conduta de segurança pode comprometer seriamente a
capacidade de reação dos agentes.

A evacuação exige uma tomada de decisão muito rápida, um


processo mental (um estudo de situação mental) para decidir como
intervir no momento da necessidade, diante de uma ameaça de arma
de fogo, de arma branca, de granada ou qualquer outra circunstância
que possa oferecer algum risco.

A atuação de uma equipe de segurança diante de um perigo


deve ser realizada da forma mais coordenada possível, sendo que

54
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

cada agente deve ter pleno entendimento sobre o seu modo de


atuação diante do perigo. O desencadeamento das ações de proteção
é voltado para as medidas de reação, cobertura corporal e
evacuação da "pessoa protegida".

Exatamente o que nos diz essa questãozinha CESPE:

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TST – 2008] Uma


equipe de profissionais responsável pela segurança de uma
autoridade do poder executivo tem a missão de acompanhá-la
e protegê-la em uma solenidade em que, conforme notícias,
um grupo de pessoas pretende confrontá-la publicamente. O
espaço destinado ao evento é um auditório fechado com
capacidade para dois mil lugares. Com relação à situação
hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

Em caso de atentado ou ameaça de agressão contra a


autoridade, é possível que procedimentos de proteção,
remoção e reação devam ser adotados.

Exatamente!! Veja: em caso de uma iniciativa de atentado ou


agressão contra a autoridade protegida, a sua equipe de segurança
pessoal deve estar bem treinada a ponto de alguns de seus membros
neutralizarem imediatamente o agressor (reação) enquanto os
outros cuidam de proteger e remover a autoridade o mais rápido
possível para um local seguro ou para o veículo de comboio em caso
de decisão por uma fuga imediata.

Gabarito: CERTO

7.6.1. Reação da equipe

Como visto nos procedimentos para escolta a pé, não se pode


estabelecer distâncias e intervalos fixos dos agentes em relação ao
“protegido”, pois cada ocasião imporá o distanciamento ideal. O
posicionamento e as distâncias entre os agentes e, entre estes e a
autoridade são determinadas por fatores tais como: localização do
público, da imprensa, local do evento, grau de risco ou ameaça, etc.

Nesse sentido, os agentes se posicionam a uma distância que

55
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

lhes permita atuar junto à autoridade, nos casos em que haja


necessidade de uma reação armada. Tal situação exige dos agentes
de segurança procedimentos próprios para o trabalho em equipe,
ficando uma parcela desta encarregada da reação enquanto as
outras cuidam da cobertura corporal e da evacuação da "pessoa
protegida”.

Para isso, os agentes de segurança têm que estar atentos a


tudo que ocorre nas imediações do local por onde a autoridade está
passando e, com maior ênfase nas pessoas que, pela proximidade,
possam causar qualquer tipo de perturbação, bem como nas
instalações próximas que ofereçam qualquer tipo de vantagem a um
possível agressor.

Os agentes atuam com seus sentidos voltados


permanentemente às situações e às pessoas circunvizinhas,
observando com atenção o seu setor específico de vigilância e
procurando perceber qualquer ato ou pessoa suspeita. A proteção é
estabelecida de modo que haja, através dos seus integrantes, uma
amplitude de visualização que possibilite um apoio mútuo entre os
agentes de segurança.

7.6.2. Cobertura corporal

Uma das preocupações constantes da segurança é a de que o


corpo do dignitário tem que estar sempre resguardado pelo corpo de
um agente de segurança ou por outra pessoa que faça parte da
comitiva que acompanha o dignitário, servindo de anteparo contra
ameaças, principalmente quando o "protegido" estiver em locais que
representam um risco, mesmo que remoto, à sua integridade física e
moral.

Eclodindo qualquer agressão, os agentes devem grupar sobre o


"protegido", oferecendo uma barreira protetora com seus corpos, que
devem se posicionar entre o protegido e o agressor. Algumas equipes
utilizam placas balísticas disfarçadas de valises, que nesses
momentos podem ser extremamente úteis para reforçar a cobertura
corporal.

Outro procedimento correlato é a "redução da silhueta" do


protegido, que diminui a possibilidade de o mesmo ser alvejado
devido à redução da exposição ao fogo inimigo. A mão aberta sobre a
nuca do protegido faz com que o mesmo baixe seu centro de

56
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

gravidade e possa ser direcionado para uma área de escape.

7.6.3. Execução da evacuação

A evacuação da autoridade de um determinado local dar-se-á


por ameaça, por realização de atentado ou por problema de saúde.
No caso de atentado, cabe à equipe de segurança pessoal decidir
sobre a evacuação da autoridade. A evacuação deve ser rápida, mas
realizada sob controle e concomitante com a reação e a cobertura
corporal, a fim de que a proteção seja mantida.

O desenvolvimento da evacuação é um momento crítico, que


exige perspicácia e frieza por parte dos agentes de segurança, cuja
conduta a tomar, no caso de atentado, exige ações reflexas.

No caso de um atentado, a conduta dos agentes de segurança


pessoal é a de reagir, proteger a autoridade e retirá-la
imediatamente do local. Os integrantes da equipe que estiverem
junto à autoridade usam seus corpos para proteger, enquanto que os
demais agentes reagem contra os atacantes com o objetivo de
permitir a evacuação. Após essa ação inicial, a equipe de segurança
pessoal retrai do local, enquanto o pessoal de segurança de área
neutraliza e prende os autores do atentado.

A evacuação da autoridade, qualquer que seja a causa, poderá


ser feita por via terrestre, aquática ou aérea, de acordo com a
disponibilidade dos meios. O hospital de sobreaviso deverá ser
imediatamente informado, caso seja necessário o atendimento da
autoridade, caso contrário esta deverá ser conduzida para algum
ponto de apoio que esteja pré-estabelecido no planejamento.

Para a retirada o protegido da área de conflito, faz-se


necessário identificar de qual direção provém a ameaça contra o
protegido para então eleger a rota de evacuação, geralmente em
sentido oposto, porém sem desconsiderar a possibilidade de uma
dupla ofensiva que represente uma espécie de armadilha.

A equipe de segurança deve ter sempre o domínio do ambiente


e ser capaz de encontrar rapidamente as "vias de escape" que sejam
mais seguras e desimpedidas, escolhidas durante o planejamento.
Estas “vias de escape" necessariamente deverão oferecer
tranqüilidade, longe dos empurrões e tropeços que geralmente
ocorrem nestas situações.

57
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

O estabelecimento de um abrigo seguro pode representar um


fator crucial para a segurança do protegido. Um veículo blindado,
uma instalação ou aposento melhor defensável, bem como uma
unidade policial ou militar localizada nas proximidades podem
representar um abrigo seguro até que seja possível a chegada de
reforços ou o rechaçamento da ameaça.

A manobra de evacuação de uma pessoa protegida constitui- se


na conversão contrária da posição do protegido em relação à direção
da ameaça, feita a partir de um giro sobre o próprio eixo vertical
(longitudinal) do protegido efetivado com a puxada da extremidade
do ombro e o empurrão contrário da linha da cintura do mesmo,
proporcionando o giro equilibrado e capaz de vencer a resistência
natural que o organismo oferece para manter-se equilibrado.

Outra medida importante é baixar o centro de gravidade do


protegido, colocando a mão sobre a nuca do mesmo, fazendo com
que fique curvado e de cabeça baixa enquanto realiza o
deslocamento evasivo, sendo conduzido pelos agentes, que também
funcionam como cobertura corporal.

7.6.4. Procedimentos para realização da evacuação

A princípio, é fundamental que os agentes em formação


mantenham a atenção para os campos de visão designados para cada
agente.

Tão logo seja detectada a ameaça, os agentes mais próximos


realizam os procedimentos necessários para garantir a reação,
enquanto os outros se direcionam para realizar a cobertura corporal.

58
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Os agentes posicionados mais próximos da ameaça preparam a


reação enquanto os outros se agrupam em torno do protegido para
realizar a cobertura corporal.

Enquanto alguns agentes se encarregam da reação os outros


iniciam a evacuação do protegido, mantendo a cobertura corporal
sobre o mesmo e elegendo uma via de escape segura.

Tão logo a ameaça seja anulada, os agentes que estavam


encarregados da reação armada voltam-se para o restante da equipe
para que a mesma possa se recompor na formação original, deixando
as ações de enfrentamento para outros elementos de segurança que
estejam encarregados da segurança de área.

59
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

VIII – A ESCOLTA MOTORIZADA

A escolta motorizada é um procedimento de segurança que


compreende a utilização de veículos por agentes especializados para
a realização do acompanhamento veicular de um dignitário
durante seus deslocamentos, embarques e desembarques, de forma
a garantir sua permanente proteção.

Trata-se de um dispositivo de segurança essencial para


garantir a proteção de um dignitário. Esse dispositivo é geralmente
composto por veículos com características similares ao utilizado pela
"pessoa protegida", em quantidade variável, conforme a
especificidade de cada circunstância. O tipo de veículo varia de
acordo com a necessidade, seja terrestre, aéreo ou aquático.

IMPORTANTE: Os executores da escolta motorizada normalmente


são os mesmos que realizam a escolta pessoal a pé,
complementados por motoristas e guarnições ostensivas.

60
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

O deslocamento veicular, assim como o deslocamento a pé,


representa uma situação de grande vulnerabilidade, pois expõe a
autoridade a uma mudança de ambiente que, muitas vezes, dificulta
a adoção de medidas preventivas e de anulação de ameaças.

A narrativa dos atentados indica que a maioria desses crimes


ocorreu nos deslocamentos motorizados do "alvo", como também
nas situações de embarque e desembarque.

8.1. Estruturação da escolta motorizada

As escoltas motorizadas destinadas ao acompanhamento de


uma "pessoa protegida" podem variar sua constituição, podendo ser:

¾ Simples (01 veículo de segurança),

¾ Médio ou padrão (02 veículos de segurança), ou

¾ Rigoroso/complexo (mais de 02 veículos de segurança).

A escolta do tipo simples, a mais comum, pode ainda ser


formada com agentes de segurança que acompanham o protegido no
mesmo veículo. A constituição da escolta fica condicionada a fatores
diversos, tais como:

9 O grau de risco,

9 O cargo exercido pela dignitário,

9 As circunstâncias da missão,

9 As características do itinerário,

9 O grau de segurança exigido,

9 A localização do evento e

9 A disponibilidade de recursos.

61
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

E o CESPE já cobrou a respeito !! Olha que questão básica:

[CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] De


acordo com os conceitos mundialmente consagrados a
respeito da segurança de dignitários, julgue os itens a seguir.

Nos deslocamentos motorizados de uma autoridade, o mínimo


aceitável são dois veículos — o da equipe de segurança
pessoal, que segue avançado, e o veículo do dignitário, que se
desloca à retaguarda.

Certíssimo!! Esta é exatamente a formação SIMPLES de escolta


para autoridades. A depender do grau de risco e da importância da
autoridade, a formação simples pode ser bastante eficiente e eficaz.

Gabarito: CERTO

Os veículos que compõem a escolta motorizada destinam-se a


proporcionar a segurança ao veículo que transporta o dignitário. Para
tanto devem assumir um posicionamento tático que propicie sua
rápida intervenção em situações de risco, bem como garantam a
rápida evacuação do protegido. Para este propósito os veículos de
segurança assumem procedimentos específicos e denominações
técnicas variadas, contemplando um rol de necessidades observadas
durante o planejamento do esquema de segurança.

A seguir estudaremos a nomenclatura mais usada pela doutrina


para os veículos da escolta motorizada:

a - Veículo do dignitário

É o veículo designado para a condução do dignitário. Pode ser


um veículo comum ou, dependendo das circunstâncias, um veículo
construído ou adaptado especialmente para esse fim. Neste último
caso, sua estrutura e blindagem devem ser reforçadas,
proporcionando maior segurança contra agressões e acidentes.

O posicionamento no interior do veículo é muito próprio do


estilo do dignitário, existindo alguns que preferem ocupar o banco da
frente. Para o esquema de segurança é recomendável que ele se

62
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

posicione preferencialmente no banco traseiro, no lado direito,


podendo, dependendo das circunstâncias do desembarque ou para
aumentar a sua segurança, ter sua posição alterada. Sempre que
possível, o lugar à frente e à direita, deve ser reservado ao agente de
segurança pessoal mais aproximado.

Sempre que possível, o motorista deve pertencer ao mesmo


órgão e manter um perfeito entrosamento com o restante da
segurança. A comunicação via rádio e o posicionamento tático deste
veículo é essencial para que se obtenha a cobertura de segurança
durante o deslocamento veicular, o embarque e o desembarque do
dignitário. Deve haver um esforço contínuo dos motoristas para que
seja preservada a proximidade dos veículos da escolta, a menos que
haja recomendação contrária.

b - Veículos de cobertura ou de segurança aproximada

Denominam-se "veículos de cobertura ou de segurança


aproximada" os veículos destinados à ação imediata contra qualquer
ameaça ao veículo do "protegido". São assim considerados o veículo
que antecede e o veículo que se desloca atrás do carro do protegido,
formando uma composição mais integrada, semelhante à escolta
pessoal.

Dessa forma, correspondem ao perímetro de segurança


pessoal, de âmbito mais interno, que atua junto ao "protegido" o
tempo que perdurar o deslocamento veicular, o embarque e o
desembarque do dignitário. Os veículos de cobertura e o veículo do
dignitário deverão manter entre si permanente contato via rádio, no
intuito de a qualquer momento alterar o itinerário, realizar manobras
de segurança ou alertar sobre perigos durante o deslocamento.

Os veículos de cobertura são destinados exclusivamente ao


pessoal da segurança. Somente em casos excepcionais outras
pessoas poderão ser conduzidas neles. A distribuição dos agentes de
segurança nos veículos deve atender ao aspecto operacional,
considerando-se as atribuições dos agentes, a função dos veículos e
as missões a serem cumpridas no deslocamento e no local de
destino.

Cada veículo possui uma missão específica e com isso uma


maneabilidade peculiar. O eixo de deslocamento da escolta
motorizada, na medida do possível, deve ser sempre mantido,
alterando o alinhamento dos veículos somente com movimentos
laterais de afastamento ou aproximação que visem a proteger o

63
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

veículo da autoridade, caso não haja a participação de motocicletas.

O veículo de segurança que segue à frente do veículo do


dignitário (carro piloto, S-l ou simplesmente carro 01) tem a
função de proteger a frente deste, identificando no itinerário
possíveis riscos, pontos sensíveis e áreas que possam se constituir
em ameaças. Funciona como balizador do veículo da
autoridade.

Na missão de manter livre o itinerário para o deslocamento,


estabelece e regula a velocidade de forma que atenda à segurança
do deslocamento da comitiva.

Desloca-se no itinerário de modo a evitar que os veículos que


circulam no sentido contrário atinjam o veículo do dignitário, tendo
atenção para ameaças vindas da frente, utilizando o veículo como
escudo protetor do veículo do dignitário, ou como veículo de choque,
contra barreiras ou obstáculos colocados à frente.

O veículo de segurança que se desloca atrás do veículo


do dignitário (carro comando, S-2, ou simplesmente carro 2) e
permanece junto ao mesmo deve manter-se em condições de:
proteger a retaguarda; controlar as ultrapassagens através da
utilização de técnicas de bloqueio quando em movimento e parado;
proteger os flancos; manter o contato visual com o veículo do
dignitário e ficar atento para possíveis ameaças; tentar antecipar
paradas e viradas não avisadas; não permitir que outro veículo se
coloque entre este e o veículo do protegido; quando parado manter
distância suficiente para manobrar e ultrapassar se necessário.

É o veiculo de proteção que tem por missão resguardar o


veículo das ameaças vindas da retaguarda e dos flancos. Sua
posição é imediatamente à retaguarda do veículo da autoridade,
mantendo sempre a mesma distância, de modo que possa cumprir
sua missão com presteza e oportunidade.

Este veículo não deve permitir a infiltração de qualquer outro


veículo à sua frente e deve impedir, sempre que possível, que
veículos possam posicionar-se ao lado do veículo do "protegido". É
importante a sincronia entre este veículo e o veículo do dignitário
através da via rádio.

Por ocasião dos desembarques do dignitário, o veículo coloca-


se imediatamente atrás do veículo do "protegido", de modo que os
agentes possam desembarcar antes e embarcar logo após o
dignitário.

64
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

c - Veículo varredura

Recurso de segurança que corresponde a um perímetro de


segurança amplo, que atua junto e em apoio à escolta motorizada o
tempo que perdurar o deslocamento veicular, o embarque e o
desembarque do dignitário. É usado em grandes operações ou em
um esquema de segurança de um dignitário muito importante

E um veículo avançado que se desloca a cerca de 100 metros à


frente dos veículos de cobertura, tendo por missão verificar o
itinerário, o posicionamento do policiamento a pé e as condições de
segurança, de modo a garantir a segurança da via. Dependendo das
circunstâncias e do tipo de esquema de segurança, pode ou não ser
identificável, tal como uma viatura descaracterizada.

O veículo varredura deve ser equipado com rádio, que opere


na mesma freqüência que o dispositivo de segurança designado para
o itinerário e os veículos integrantes da escolta motorizada,
especialmente com os batedores motociclistas e o veículo fecha-
comboio. Sendo ostensivo, os integrantes do veículo varredura
poderão estar fardados e armados e, sempre que possível, pertencer
ao órgão policial que tenha jurisdição sobre a área ou via de
deslocamento.

d - Veículo fecha-comboio

Também utilizado em grandes operações ou em um esquema


de segurança de um dignitário muito importante, oferece uma maior
amplitude do perímetro de segurança e garante o pronto emprego
de efetivos especializados.

O veículo fecha-comboio é o último veículo do comboio.

Acompanha a escolta sempre à retaguarda, sinalizando o final


da mesma e, quando houver necessidade, impedindo as infiltrações
e ultrapassagens.

Deve ser, preferencialmente, uma viatura ostensiva, com


características que favoreçam a observação e a segurança do
itinerário. Tem por finalidade indicar o fim do comboio, impedir as
ultrapassagens e prestar apoio à "escolta motorizada de segurança
pessoal" em caso de necessidade.

65
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

e - Veículos balizadores (motocicletas)

A finalidade dos veículos balizadores é proporcionar maior


controle e coordenação à escolta, aumentando a segurança nos
deslocamentos com reforço na segurança lateral e mantendo os
veículos não pertencentes ao comboio afastado. Quando necessário
esses veículos exercem o controle do tráfego em semáforos e
cruzamentos, possibilitando maior fluidez em trânsito intenso e
funcionando como escolta de emergência.

Posicionando-se à frente da escolta, a motocicleta pode


assumir a missão de regular a velocidade, determinando a
velocidade e o eixo de deslocamento, devendo para tanto ser do tipo
ostensivo.

Deslocando-se à retaguarda do comboio, ela funciona como


veículo fecha-comboio, suprindo a ausência ou reforçando as ações
do veículo fecha-comboio.

Deslocando-se à frente e ao longo da escolta, funciona como


balizadores de itinerário, bloqueando acessos, cruzamentos, veículos
em deslocamento, ou abrindo espaços, de modo que o itinerário se
mantenha livre ao prosseguimento do comboio.

Deslocando-se ao lado do veículo do dignitário, funcionam como


segurança, realizando a proteção lateral do veículo do dignitário.

Apesar das vantagens oferecidas pelos veículos balizadores,


este recurso proporciona muita visibilidade à escolta e causa
considerável alteração no cotidiano da cidade onde atua. Tal situação
desagrada alguns dignitários que preferem se conduzir com mais
discrição e, normalmente, dispensam o aparato mais ostensivo.

f - Veículo reserva

Medida preventiva utilizada em esquemas de segurança que


exijam um grande aparato ou quando houver deslocamentos
rodoviários. São os veículos destinados à substituição dos veículos do
dignitário e da escolta de segurança, que devem possuir as mesmas
características desses veículos, inclusive quando o veículo do
dignitário for coletivo (van, microônibus, ônibus).

A figura a seguir foi por mim criada a fim de que você possa
melhor visualizar como se compõe, na prática, uma escolta
motorizada completa:

66
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

8.2. Armamento e equipamentos da escolta motorizada

O armamento e o equipamento utilizados nos veículos da


escolta motorizada são itens importantes para que as atividades de
segurança sejam adequadamente executadas diante de situações
emergenciais e de iminente perigo.

O armamento conduzido nos veículos de proteção tem por


finalidade aumentar o seu poder de fogo, fortalecendo a reação. As
armas automáticas traduzem o ideal de armamento ofensivo, porém
suas dimensões as tornam inviáveis para uma escolta a pé
dissimulada. No interior dos veículos de segurança é possível
acondicionar este tipo de armamento sem despertar maior atenção.
Portanto, deve ser conduzido de modo a ter sua utilização facilitada
para o pronto emprego.

O equipamento veicular é constituído, além dos acessórios


previstos no Código Nacional de Trânsito, dos acessórios necessários
à atividade específica realizada pela escolta, considerando-se as
eventualidades, as emergências e a missão dos veículos, de forma
que possibilitem o aumento do controle e da segurança da escolta:

• Estojos de primeiros socorros;

• 02 estepes;

67
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

• Material para revista (espelhos com hastes alongadas);

• Lanternas e ferramentas, inclusive as de sapa (pá, picareta e


machadinha etc.);

• Sirene e rotor de luz intermitente;

• Máscara contra gases e granadas (fulmigenos, lacrimogêneas,


etc.);

• Equipamentos de comunicações;

• Colete à prova de bala e capacete balístico;

• Algemas;

• Binóculo;

• Detector de metais;

• Pertences pessoais para pernoite;

• Macacões e luvas;

• Guarda-chuvas.

• Roupa de banho, roupa de jogging e tênis para corridas

8.3. Procedimentos da escolta motorizada

Todos os integrantes da escolta motorizada devem manter


permanente vigilância por ocasião dos deslocamentos e permanência
nos veículos, buscando identificar toda espécie de acontecimento que
possa, de alguma forma, causar transtorno ou pôr em risco a
integridade do protegido e comitiva (se existir). Merecem atenção da
equipe as situações mais diversas, que poderão ir desde a
identificação e desvio de um congestionamento, que poderá provocar
atrasos nos compromissos do dignitário, até fatos que indiquem a
possibilidade de um atentado.

Os agentes de segurança que compõem a escolta motorizada


devem possuir conhecimento técnico específico para que as ações
adotadas contra atentados e emboscadas não sejam empreendidas
como conduta de momento, concebidas somente pelo improviso e de
forma atabalhoada.

68
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

O treinamento constante dos agentes, diante de circunstâncias


que simulem situações reais de atentados e emboscadas é
determinante para que a equipe de segurança atue de forma
eficiente adotando procedimentos pré-estabelecidos, que possam se;
realizados de forma natural e reflexiva. O profissional normalmente
age conforme seu adestramento e tende a realizar sempre os
mesmos procedimentos treinados.

Considerando também que os motoristas da escolta motorizada


devem, fundamentalmente, possuir conhecimentos de direção
ofensiva e defensiva, e serem capazes de, em situação de
emergência, usar o seu veículo como arma ou como escudo de
proteção, a equipe de segurança deve adotar e treinar regularmente
técnicas de direção ofensiva e ações evasivas (matéria que veremos
adiante).

Existem procedimentos comuns a serem adotados em todas as


situações de risco e que devem ser devidamente assimilados pelos
profissionais de segurança, tais como:

**** IMPORTANTÍSSIMO ****

9 Manter a distância e a velocidade adequada entre os veículos,


de forma a impedir tentativas de infiltração no comboio,
permitir frenagem rápida, sem haver choques e ainda permitir
mudança de pista;

9 Manter sempre a distância adequada do veículo da frente a fim


ter condições para manobras rápidas. Evitar a permanência
atrás de veículos lentos como ônibus caminhões ou mesmo
caminhonetes que possam dificultar a visão;

9 Dirigir afastado do meio fio e, sempre que possível, próximo à


linha divisória das pistas (possibilitando mais opções em caso
de fuga);

9 Sempre que possível, evitar paradas próximas a ônibus,


veículos fechados, caminhões, meio fio, fila para coletivos,
carrocinhas de vendedores ambulantes;

9 Manter o armamento em condições de pronto emprego;

9 O integrante da escolta motorizada que primeiramente


observar alguma ameaça e sua iminência (atentado, bloqueio,

69
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

etc), deve alertar os demais integrantes pelo sistema de


comunicações com termos previamente combinados (como a
palavra "emboscada"), indicando em seguida a localização da
ameaça e sua dimensão;

9 Prioritariamente deve preocupar-se com a retirada da "pessoa


protegida" para um local seguro, estabelecendo a seqüência:
proteção da autoridade / remoção da autoridade / reação
adequada;

9 Solicitar apoio imediatamente com os meios de reforço


disponíveis;

9 Engajar-se na luta somente se for extremamente necessário;

9 Em casos de ataque, procurar manter-se em movimento;

9 Atentar para a possibilidade da existência de emboscadas


duplas;

9 A equipe deve adotar ações rápidas e agressivas, porém


compatíveis com a situação;

9 Atentar sempre para ruas ou saídas laterais de fácil acesso que


possam originar atentados;

9 Estacionar sempre de forma que fique preparado para uma


saída rápida;

9 Evitar permanecer sentado ou muito próximo ao veículo


estacionado, para evitar que seja facilmente rendido;

9 Os veículos devem ser constantemente inspecionados e


vistoriados antes do uso;

9 Variar rotas e prever sempre itinerários alternativos;

9 Evitar veículos com mais de dois anos de uso;

9 Manter o tanque de combustível sempre cheio e realizar a


manutenção básica (água, pressão dos pneus, nível de óleo),
para diminuir o risco de uma falha mecânica em momentos
críticos;

9 É necessária muita atenção nas entradas e saídas de garagens


que exijam algum tempo para a sua abertura, deixando os
veículos expostos à abordagem;

70
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

9 Caso algum pneu fure em local escuro e perigoso, é melhor


continuar rodando até algum lugar seguro, evitando sofrer um
assalto ou seqüestro;

9 Os vidros do carro nunca devem ser abertos em semáforos


quando da abordagem de vendedores ou pedintes;

9 Suspeitar de qualquer veículo que pareça segui-lo;

9 Atenção especial com motocicletas, principalmente se conduzir


dois ocupantes;

9 Atenção aos acontecimentos à frente do veículo: colisões


incêndios e outros obstáculos na pista; é importante ter sempre
de 200 a 300 metros livres à frente;

9 Nos semáforos, evitar ser o primeiro carro da fila; permanecer


sempre com o veículo engrenado, mantendo uma distância tal
do veículo da frente que permita manobra para fuga;

9 Estar sempre pronto a tomar uma atitude de fuga ou defesa,


conforme o caso;

9 O veículo deve estar sob total controle, rodando em velocidade


normal. Se estiver devagar, facilita o ataque e, em velocidade
excessiva, cria a chance de envolvimento em acidentes graves.
O risco de um acidente de trânsito será maior ou então igual ao
de um atentado;

9 O cinto de segurança deve ser usado regularmente, pois ele


protege em caso de acidentes ou impactos violentos numa
fuga, além de ser mais um obstáculo no caso de tentarem
arrancar a pessoa do veículo. Os agentes devem sempre treinar
a forma mais rápida e apropriada de se desvencilhar do cinto
de segurança e de abrir a porta do veículo, para que não haja
perda de tempo no momento do confronto e;

9 Em locais de evento ou quando o comboio estiver estacionado,


os motoristas são os responsáveis pela segurança dos veículos,
devendo manter-se desembarcados e vigilantes.

Garanto a você, meu estimado aluno, que com essas


orientações sobre escolta motorizada você terá condições de resolver
qualquer questão sobre o tema. Quer ver? Vamos a esta da FCC:

71
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

[FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] Visando a


segurança da autoridade usuária de automóvel oficial, o
segurança deverá atentar para as seguintes providências:

I. Evitar rotinas; procurar diversificar os itinerários e, se


possível, os horários de saída e de chegada. CERTO

Simples assim!! Condiz com tudo que você estudou nesta aula.

II. Não descuidar da manutenção preventiva dos veículos,


mantendo pneus, faróis, sistema elétrico, travas, motor,
bateria, entre outros, sempre em ordem, evitando sinistros ou
quebras que obriguem a parada do veículo em local não
previsto. CERTO

A manutenção dos veículos que comporão a escolta motorizada


deve ser continuamente realizada com todos os equipamentos
obrigatórios devidamente testados e substituídos em caso de sinais
de desgaste.

III. Se estiver dirigindo e algo líquido atingir o pára-brisa do


veículo não se deve acionar os limpadores, pois há relatos de
que um determinado tipo de resina, ao ser jogada no vidro e
ser espalhada pelos limpadores, provoca embaçamento que
obriga o motorista a parar. CERTO

Mesmo que você nunca tenha se deparado ou ouvido algo a


respeito, por tudo que você aprendeu nesta aula, tenho certeza que
concordará que a conduta acima descrita é a melhor a ser tomada
pelo agente.

IV. Não parar se o carro for atingido por pedras ou qualquer


outro objeto. CERTO

Vimos que deve-se evitar AO MÁXIMO para o veículo quando da


execução de seu trajeto. E se for atingido por pedra, nem se fala!!!

V. Escolher itinerários apropriados, evitando áreas de riscos


conhecidas. CERTO

Alguma dúvida da verdade dessa afirmativa? Tenho certeza que


não!!

É correto o que consta em

(A) I e V, apenas.

72
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

(B) I, II e III, apenas.

(C) II, III e IV, apenas.

(D) I, II, III, IV e V.

(E) II e III, apenas.

8.4. PRINCÍPIOS PARA O EMBARQUE E O DESEMBARQUE

As técnicas de embarque e desembarque utilizadas pelas


equipes de proteção de dignitários no mundo inteiro são bastante
parecidas e apresentam uma forte semelhança com as técnicas
executadas pelo Secret Service dos Estados Unidos, instituição
responsável pela segurança do presidente norte-americano.

Trata-se de um método lógico e racional que envolve toda uma


dinâmica de movimentação da equipe de segurança pessoal, de
forma a potencializar os esforços dos agentes, obtendo sinergia em
suas ações durante o embarque e desembarque da pessoa protegida.

O "embarque" significa pôr-se a bordo de um veículo,


atividade que se constitui em uma fase de transição de uma escolta a
pé para uma escolta motorizada.

Por sua vez, o "desembarque" representa a fase de


transição de uma escolta motorizada para uma escolta a pé.

Os agentes da escolta a pé normalmente são os mesmos que


compõem a escolta motorizada com algumas pequenas modificações.
O contingente motorizado é complementado pelos motoristas,
enquanto que o contingente a pé pode ser reforçado por outros
agentes a partir do ponto de desembarque.

O posicionamento tático de cada agente de segurança no


interior dos veículos da escolta motorizada é importante para as
ações de embarque e desembarque e para o correspondente
reagrupamento para a formação da escolta a pé.

Quanto à forma de "embarque" e "desembarque" geralmente

73
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

são verificadas duas situações diferentes: a FORMA REGULAR


(ORTODOXA), quando o dignitário desembarca ou embarca no veículo
pelo lado direito do mesmo; e a FORMA IRREGULAR (NÃO
ORTODOXA), quando a autoridade desembarca ou embarca do
veículo pelo lado esquerdo do mesmo.

8.4.1. Locais de estacionamento, de embarque e de


desembarque do dignitário

Os locais de estacionamento, de embarque e de desembarque


do dignitário devem ser motivo de EXTREMA PREOCUPAÇÃO para os
responsáveis pela segurança pessoal, pois são locais suscetíveis de
ocorrerem atentados devido à sua previsibilidade. Pela condição óbvia
de sua localização, tais locais permitem facilmente a visualização e
aproximação do agressor em relação ao alvo (dignitário).

O momento do embarque ou do desembarque é perfeitamente


previsível para quem planeja cometer um atentado, que assim
procedendo levará em conta as oportunidades de visualizar e de se
aproximar do alvo escolhido para atingi-lo com uma arma curta. Da
mesma forma, a possibilidade de acesso de uma ameaça ao local de
estacionamento propicia oportunidades para o cometimento de
atentados.

a - Local de embarque

Estando o veículo parado no momento do embarque, a equipe


de segurança estará em um dos momentos mais delicados e
perigosos de sua missão devido ao altíssimo grau de exposição da
autoridade protegida. O presidente norte-americano Ronald Reagan e
o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin sofreram atentados e
foram feridos por tiros exatamente no momento em que
embarcavam.

A previsibilidade óbvia de que o alvo (dignitário) estará, com


um relativo grau de certeza, no local determinado para o embarque
ao final de um evento ou solenidade e inevitavelmente fará uso do
veículo para se retirar do ambiente, possibilita ao agressor a
oportunidade para desferir um ataque, principalmente se houver
condições para que esse agressor se aproxime do alvo.

A aproximação de um agressor ao local determinado para o


embarque do dignitário é facilitada por sua realização em meio a

74
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

uma multidão ou em meio a transeuntes. Pode assim ser feita sem


despertar suspeitas, de forma dissimulada e confundindo a equipe de
segurança, que terá muita dificuldade para identificar as ameaças
potenciais.

Somente com a adoção de um esquema de posicionamento


inteligente dos agentes, de forma que todos os ângulos fiquem
cobertos, é que se torna possível minimizar os riscos de um atentado
executado a partir do local de embarque do dignitário.

b - Local de desembarque

Da mesma forma, é fundamental que o local em que se


realizará o desembarque ofereça condições seguras. Havendo uma
equipe precursora, esta será capaz de avaliar tais condições. Porém
se não existir nenhum tipo de segurança avançada, e na hipótese e
serem dois veículos de segurança, o da frente poderá avançar um
pouco antes do destino final para preparar o desembarque e efetuar a
segurança periférica.

Havendo somente um veículo de segurança, pode-se


convencionar que este ultrapassa o veículo do protegido,
desembarcando seus agentes que se posicionam exatamente no local
onde desembarcará o protegido e afasta-se um pouco à frente do
local, porém permanecendo ligado e em condições para uma saída
rápida.

Os agentes de segurança, postados de forma a detectar


qualquer ameaça, dão o sinal para que enfim o protegido
desembarque quando houver a certeza de que não há perigo,
enquanto os motoristas devem permanecer com o motor ligado por
algum tempo para o caso de uma fuga rápida.

Durante os deslocamentos, a equipe de segurança deve sempre


ser previamente alertada para as situações de parada, principalmente
se esta não for programada. Se não houver possibilidades de utilizar
rádio comunicação ou telefonia móvel, os motoristas devem valer-se
de códigos que utilizam as luzes dos veículos e que devem ser
previamente combinados.

c - Locais de estacionamento

Os veículos da escolta devem ficar estacionados


preferencialmente em LOCAIS COBERTOS E ISOLADOS DE PESSOAS
NÃO AUTORIZADAS A SE APROXIMAREM. O ideal é que seja mantida
uma vigilância permanente sobre o veículo do dignitário para que
sejam evitadas quaisquer tentativas de sabotagem contra o mesmo.

75
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

A estratégia de evacuação deve ser sempre considerada, sendo


que o veículo do dignitário e o da segurança nunca devem ficar
presos ou excessivamente distantes do protegido e do grupo de
segurança. A saída de emergência para os veículos deve ser
preservada sob qualquer hipótese e os veículos dessa forma devem
manter-se posicionados e em condições de garantir maior rapidez nos
embarques e deslocamentos.

O padrão minimamente aceitável para a atuação dos motoristas


é de que os mesmos jamais se ausentem das proximidades de seus
veículos ou permitam que estranhos tenham acesso a seu interior.

Em solenidades externas devem ser verificados os locais que o


organizador (promotor do evento, cerimonial, etc) planejou para o
desembarque, estacionamento e embarque do dignitário. Esses locais
devem ser avaliados pela equipe de segurança.

• O local deve comportar todos os veículos do comboio;

• As condições meteorológicas devem ser avaliadas para que,


em caso de mau tempo, não ocorram modificações do
planejamento;

• O público deverá estar a uma distância que proporcione


segurança ao desembarque e embarque do dignitário;

• O local onde o comboio deverá estacionar após o


desembarque do dignitário deve ser estabelecido pela
segurança (o promotor do evento deve ser ouvido e suas
sugestões poderão ser aceitas) e;

• Alguns aspectos têm que ser considerados para a escolha


desse local: o espaço para a manobra de veículos, a distância
do local de desembarque, a exclusividade para o dignitário, o
isolamento do local, a distância dos transeuntes, entre outros.

Chegamos ao fim de nossa primeira aula !!! gostaria, porém,


antes de finalizá-la, deixá-los com um RESUMÃO sobre a SEGURANÇA
DE DIGNITÁRIOS que será de bastante valia para complementar os
seus estudos.

76
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Dica do amigo: guarde bem as informações abaixo, para suas


futuras provas elaboradas pela Fundação Carlos Chagas!

Vamos a elas:

Quaisquer que sejam as técnicas e táticas empregadas devem


observar uma forma de gradação:

Æ Do mais simples para o mais complexo;

Æ Do menor para o maior grau;

Æ Da menor para maior interferência;

Æ Da mais discreta para a mais indiscreta;

Æ Priorizar sempre às medidas mais simples;

Æ Avaliar prós e contras do emprego ou não de policiais ou de


militares;

Æ Atentar para as responsabilidades criminal e cível no


emprego de uma segurança;

Æ Avaliar a efetiva necessidade de segurança privada em razão


dos ônus que tal decisão impõe;

Æ Compatibilizar medidas e procedimentos com necessidade


de liberdade e privacidade do alvo;

Æ Deixar claro ao protegido quem decide no caso de eventos


adversos;

Æ Lembrar sempre que a segurança é problema daqueles que


têm o encargo de proporcioná-la; daí, para executá-la, não
se pode envolver, constranger, prejudicar ou colocar pessoas
estranhas, terceiros ou o próprio segurado em risco;

Æ Considerar sempre a personalidade do alvo: imagem,


ostentação, manias: hobbies, rotinas;

Æ Considerar sempre a necessidade de imposição de limites:


tanto à própria equipe quanto ao segurado;

77
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

Æ Principais parâmetros de conduta: lealdade e sinceridade -


não se preocupar em agradar ao segurado, mas em cumprir
sua obrigação;

Æ Compatibilizar o nível de segurança desejável com as perdas


passíveis de serem impostas pelas condições de execução - o
resultado deve proporcionar um nível mínimo de segurança
admissível;

Æ O risco tem um limite: o bom senso;

Æ Considerar na seleção dos meios:

• Pessoal: homem, mulher, adolescente, velho, jovem etc.;

• O ambiente operacional e o nível intelectual e social das


pessoas no local;

• Material: automóvel ou motocicleta, armamento (não


apenas armas de fogo, longa ou curta, revólver ou
pistola, gás, choque, líquidos, spray, outros), rádio,
telefone, compatíveis com os meios e o nível intelectual e
social do alvo (o automóvel, por exemplo, tem condições
para acompanhar o do alvo?);

• Animais: quando utilizar cavalos, cães, gatos, gansos


etc.;

• Os tipos e as modalidades de escoltas (caracterizada ou


não, com moto, helicóptero ou não);

Æ Planejamento: adotar uma metodologia, estabelecer módulos


e fases;

Æ Realizar reuniões de coordenação, preparatórias (organizar


roteiros);

Æ Realizar reconhecimentos e treinamentos (atentar para


discrição e sigilo), nos horários da execução;

Æ Selecionar itinerários, também alternativos, para


deslocamentos, entradas, saídas;

Æ Testar equipamentos, nos itinerários, locais e horários de


execução.

Agora, para fechar seu estudo sobre Segurança de Dignitários

78
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

com chave de ouro, trouxe questões para facilitar sua revisão e


aprendizado.
Bons estudos e até a próxima aula!!

QUESTÕES PARA REVISÃO

[CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – STM – 2011] Acerca


da segurança de dignitários, julgue os itens a seguir.

01. Quando uma equipe de segurança de dignitários realiza a


segurança próxima da autoridade e adota a formação em cunha ou V,
ilustrada na figura abaixo, é porque a frente do dignitário encontra-se
protegida. Esse tipo de formação chama menos a atenção e favorece
a imagem da autoridade perante a imprensa e o público.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – MPU – 2010] No


que diz respeito às atividades relacionadas com a segurança
de dignitários, julgue os itens subsequentes.

02. No que se refere à escolta a pé, o tipo de escolta que proporciona


melhor segurança aproximada é representado por uma formação em
losango em torno da autoridade, sendo um agente posicionado à
frente dela, um ao lado esquerdo, um ao lado direito e um à
retaguarda.

03. Para proteção contra emboscadas, o comboio que conduza, em


velocidade reduzida, autoridade deve manter distância de 1,5 m
entre as viaturas, e, em alta velocidade, distância de 2,5 m a 3 m.

04. Considere que determinada autoridade participe de um jantar em


restaurante aberto ao público. Nessa situação, o responsável pela

79
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

segurança deve orientar a autoridade a ficar posicionada de costas


para uma parede, afastada de entradas e saídas, e sempre no centro
do dispositivo de segurança, para facilitar, em caso de atentado, fuga
rápida e eficaz.

[CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TJDFT – 2008] De


acordo com os conceitos mundialmente consagrados a
respeito da segurança de dignitários, julgue os itens a seguir.

05. Os graus de segurança classificam-se em proteção, cobertura e


vigilância.

06. As regras básicas no transporte de uma autoridade incluem


manter os vidros abertos durante os deslocamentos; engrenar o
veículo nas paradas temporárias; acionar as travas das portas, não
iniciando o deslocamento do veículo sem que todas estejam travadas.

07. Considere que determinada autoridade, não obstante forte


esquema de segurança pessoal a sua disposição, tenha sido vítima de
um atentado que resultou em seu seqüestro. Nessa situação
hipotética, a equipe de segurança pessoal dessa autoridade,
obrigatoriamente, deve integrar a investigação e eventual operação
anti-seqüestro, em face de sua proximidade com a vítima.

08. Considere que uma autoridade, detentora do mais alto cargo do


poder executivo de um país, tenha agendado viagem a um país
estrangeiro, onde visitará vários locais públicos e participará de
inúmeros eventos. Nessa situação hipotética, cabe inicialmente ao
serviço de segurança deslocar o grupo de preparação, composto
pelas equipes precursora e de vistoria para o local, visando ao
reconhecimento, com antecedência, dos lugares a serem visitados
pela autoridade, verificando as condições de segurança e captando
sinais quanto à possibilidade de ocorrerem acidentes naturais ou
provocados, além de identificar, neutralizar ou remover dispositivos
que ofereçam perigo.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TST – 2008] Uma


equipe de profissionais responsável pela segurança de uma
autoridade do poder executivo tem a missão de acompanhá-la
e protegê-la em uma solenidade em que, conforme notícias,
um grupo de pessoas pretende confrontá-la publicamente. O
espaço destinado ao evento é um auditório fechado com

80
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

capacidade para dois mil lugares. Com relação à situação


hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.

09. Diante das circunstâncias do evento e do local de sua realização,


é recomendável que a referida equipe responsável pela segurança
seja de fato constituída de uma equipe móvel, encarregada das
medidas que garantam a integridade física da autoridade; uma
equipe de segurança velada, formada por agentes infiltrados entre os
participantes do evento, com a finalidade de detectar e prevenir
qualquer ato de hostilidade; e uma equipe de segurança ostensiva,
responsável pelo trabalho ostensivo e de apoio às outras equipes,
facilitando os deslocamentos, anulando ou intimidando ações hostis e
prevenindo acidentes.

10. Como o local do evento é um recinto fechado e existe risco


iminente de hostilidade, a formação da equipe de segurança em torno
da autoridade deverá ser feita em losango, com um número mínimo
de quatro agentes.

[CESPE – AGENTE MOTORISTA-SEGURANÇA – MPE/AM- 2008]


Julgue os itens a seguir, que versam sobre a segurança de
autoridades.

11. As equipes de segurança são distribuídas em grupos de execução


e de preparação. A equipe precursora e a equipe de vistoria fazem
parte do grupo de execução.

12. A formação básica em cunha ou V da escolta a pé, utilizada


quando o dignitário se desloca para uma frente já protegida, é o tipo
de formação mais discreta e que mais favorece a imagem da
autoridade.

13. Se uma autoridade estiver participando de um jantar e,


subitamente, faltar energia elétrica, a atitude da equipe de segurança
deve ser cercar a autoridade e controlar imediatamente as entradas e
saídas do local.

14. Sinais luminosos, bancas de jornais, telefones públicos e subidas


íngremes são pontos críticos do deslocamento motorizado de
autoridades.

15. Em escolta motorizada realizada com duas viaturas, é do chefe


da segurança a responsabilidade de abrir a porta do dignitário no
momento do desembarque.

81
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

16. Quando uma autoridade for assistir a uma peça teatral, a


segurança deve posicioná-la na primeira fila próxima ao palco, aos
corredores e às portas, para facilitar sua saída do ambiente em caso
de crise.

17. Em inauguração de uma indústria em recinto aberto com a


presença de autoridade, os seguranças só devem liberar o público
presente após a saída do dignitário.

18. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006]


Acerca da composição das equipes de segurança, a equipe que
não faz parte do grupo de execução é a equipe de segurança

(A) avançada.

(B) velada.

(C) externa.

(D) ostensiva.

QUESTÃO 55

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE – 2006 –


ADAPT.] Acerca das formações das escoltas a pé, julgue os
itens a seguir.

19. Qualquer que seja a formação, o mosca é o último recurso


utilizado em caso de um atentado.

[CESPE – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/AL – 2004]


Para garantir a segurança de autoridades e evitar agressões
físicas, danos morais e até mortes, foram criados grupos
especializados formados por indivíduos treinados e bem
aparelhados. A respeito desse assunto, julgue os itens a
seguir.

20. A equipe aproximada tem a função de identificar eventuais riscos


que ameacem a segurança de uma autoridade e informá-los.

21. O padrão de segurança em torno de uma autoridade foi


desenvolvido de acordo com conceitos consagrados mundialmente,
com base no modelo de três círculos concêntricos esquematizado na
figura abaixo.

82
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

22. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/9ª – 2010]


Sobre a segurança de dignitários considere:

I. Existem diferentes Planos de Ação, de acordo com cada tipo


de autoridade, porém, a Estratégia é sempre a mesma.

II. O planejamento tático pode e deve ser empregado em


qualquer tipo de situação de segurança de dignitários.

III. Deve conter apenas o plano de defesa (estratégico e


tático).

Está correto o que consta APENAS em

(A) III.

(B) I.

(C) II e III.

(D) I e II.

(E) II.

23. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRT/18ª –


2008] A segurança de dignitário tem como um de seus
principais enfoques a proteção do segurado e, para atingir tal
objetivo, deve-se

I. evitar, tanto quanto possível, confrontos desnecessários e


situações de perigo.

83
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

II. prevenir e atuar nas situações de crise, provocando


acidentes quando qualquer tipo de ameaça puder
comprometer a integridade física do protegido.

III. atuar em emergências médicas, aplicando técnicas de


salvamento, delegando a terceiros a organização e isolamento
completo do local de atendimento.

IV. selecionar, previamente, itinerários para deslocamentos


com o dignitário.

É INCORRETO o que consta em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e II, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, III e IV, apenas.

(E) II, III e IV, apenas.

24. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] Considere a


situação de trânsito abaixo.

No que diz respeito à segurança no transporte de dignitários,


em situação tático-operacional normal e em condições
igualmente normais de tráfego, é correto que o segurança
posicione-se conforme

(A) o veículo 1.

(B) o veículo 2.

84
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

(C) o veículo 3.

(D) os veículos 2 ou 3, sem restrições.

(E) os veículos 1 ou 3, sem restrições.

25. [FCC – TECNICO SEGUR. E TRANSPORTE – TRF/4ª – 2007]


O Tribunal planeja comemorar a inauguração de sua nova sede
com uma grande festa, com a presença de autoridades
públicas, juízes, familiares e convidados. No planejamento da
segurança deve-se, prioritariamente,

(A) limitar os acessos públicos ao local.

(B) fechar áreas circunvizinhas com cavaletes.

(C) convocar policiais montados e militares.

(D) fazer levantamento prévio do local.

(E) prever segurança aérea.

26. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] O


profissional da área de segurança que transporta dignitários
em veículo oficial deve atentar para as seguintes premissas de
segurança:

I. Nunca se deve ficar dentro do carro estacionado com o


dignitário, pois há possibilidade de ambos se transformarem
nas “vítimas perfeitas”.

II. Não se deve deixar nenhum objeto dentro do carro,


deslocando todos os pertences do dignitário e dos
acompanhantes para o porta-malas antes do início dos
trajetos.

III. Ao retornar para o veículo com o dignitário, deve-se


embarcar rapidamente e deixar o local.

IV. Se o trajeto com o dignitário obriga o segurança a


estacionar sempre nas mesmas imediações e a tampa do
tanque de gasolina do veículo for roubada, deve-se trocar
todas as chaves do automóvel- alvo o mais rapidamente
possível, pois sabe-se que roubam tais tampas para

85
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

providenciar cópias das chaves do veículo a fim de abatê-lo


oportunamente.

V. Ao retornar para o veículo, o segurança observa que há um


pneu furado, devendo trocá-lo rapidamente pelo
sobressalente, enquanto o dignitário aguarda dentro do
veículo, e, logo após, deixar o local.

É correto o que consta em

(A) I, II e IV, apenas.

(B) II, III e V, apenas.

(C) I, III e V, apenas.

(D) III e IV, apenas.

(E) I, II, III, IV e V.

27. [FCC – TECNICO DE SEGURANÇA – MPU- 2007] O


segurança “X” recebeu a incumbência de prestar segurança a
um membro do Ministério Público da União no decorrer de
uma viagem. Sendo assim, considere:

I. Reconhecer os meios de transporte a serem utilizados nos


deslocamentos, os itinerários e as instalações a serem
utilizadas durante a viagem.

II. Aprovar toda a programação a ser cumprida pela pessoa a


quem “X” está incumbido de prestar segurança.

III. Determinar os eventos públicos dos quais essa pessoa


participará e o tipo de assistentes ou participantes desse
evento.

IV. Fazer contato com outros membros da segurança dos


eventos dos quais essa pessoa participará, a fim de
determinar ações a eles.

V. Verificar os tipos de apoios, na área de segurança, que “X”


poderá encontrar nos locais a serem percorridos.

São ações pertinentes ao segurança “X” as descritas em

(A) I, II e III, apenas.

86
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br
SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TSE E DEMAIS TRIBUNAIS
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

(B) IV e V, apenas.

(C) III e IV, apenas.

(D) I e V, apenas.

(E) I, II, III, IV e V.

GABARITO

1 C 15 E
2 C 16 E
3 C 17 C
4 E 18 C
5 C 19 C
6 E 20 E
7 E 21 C
8 C 22 E
9 C 23 C
10 C 24 B
11 E 25 D
12 C 26 A
13 C 27 D
14 C

87
Prof. Marcos Girão www.pontodosconcursos.com.br

You might also like