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SEGURANÇA CORPORATIVA PARA TRIBUNAIS

PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

AULA – 04

Caro combatente!!!

Diante da mais recente autorização do concurso do Senado Federal, o


qual contemplará 25 vagas para o cargo de Polícia Legislativa, achei por bem
inverter a ordem das nossas próximas aulas, inclusive a da que estava
programada para ser a Aula 04. Nesta aula trataremos de um importante
assunto que geralmente é cobrado em provas para área de segurança:
NOÇÕES DE ARMAMENTO E TIRO.

O cronograma de aulas do sofreu algumas de ordens das aulas inversões


(para readequá-lo à preparação para o Senado) e você pode checar a nova
programação no link de seu curso.

Entretanto, apesar de ter aparecido em vários editais de concursos para


a área, esse assunto não tem sido contemplado com um grande número de
questões. A organizadora que mais tem questões sobre o assunto é o CESPE.
São questões normalmente fáceis, repetitivas, mas que requerem o
conhecimento necessário para respondê-las com segurança.

Nesta aula, seguiremos, portanto, a lógica do CESPE (que trouxe em


seus editais o assunto de forma mais completa) e você aprenderá o que há de
mais contemporâneo na doutrina no que diz respeito à classificação das armas
de fogo, o estudo detalhado do revólver, às técnicas para o correto uso de
armamento e os fundamentos do tiro.

Você verá que são conceitos simples, objetivos, que servirão para o seu
dia-a-dia como futuro Agente de Segurança e, principalmente, de quebra,
funcionarão como importantes dicas e macetes para resolver qualquer questão
sobre o tema.

Para iniciarmos nosso estudo, precisamos conhecer os conceitos


fundamentais sobre armas de fogo e as normas de segurança para seu
manuseio. Em seguida, veremos os fundamentos do tiro sempre intercalando
questões a respeito.

Ao estande de combate!!

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I - ARMAS DE FOGO

1.1. CONCEITO

Arma de fogo é um dispositivo que impele um ou vários projéteis através


de um cano, pela pressão de gases em expansão produzidos por uma carga
propelente em combustão.

1.2. CLASSIFICAÇÃO DAS ARMAS DE FOGO

1.2.1. Classificação quanto ao TIPO

 De porte

É aquela que em razão do seu pouco peso e volume pode ser


acondicionada em um COLDRE.

Professor, mas o que é coldre?

Simples: o COLDRE é uma espécie de suporte para carregar armas,


como uma pistola na cintura. Veja alguns exemplos:

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 Portátil

É aquela que em razão do seu peso e volume deve ser transportada com
auxílio de uma BANDOLEIRA. Veja o que é uma bandoleira e sua aplicação em
uma arma portátil:

 Não Portátil

É aquela que em razão de seu peso e volume só pode ser transportada


embarcada em viaturas ou dividida em partes e transportada por grupo de
homens.

1.2.2. Classificação quanto ao EMPREGO

 Individual

A arma INDIVIDUAL é aquela que se destina à proteção de quem a


conduz.

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 Coletiva

A arma COLETIVA é a que se destina à proteção de um grupo de


homens.

1.2.3. Classificação quanto a ALMA DO CANO

A alma é a PARTE OCA DO INTERIOR DO CANO DE UMA ARMA DE FOGO,


que vai desde a culatra até a boca do cano. É destinada a resistir à pressão
dos gases produzidos pela combustão da pólvora e outros explosivos, além de
orientar o projétil. Pode ser lisa ou raiada, dependendo do tipo de munição
para o qual a arma foi projetada.

 Alma LISA

É aquela ISENTA DE RAIAMENTOS, com superfície absolutamente polida,


como, por exemplo, nas espingardas. As armas de alma lisa têm um sistema
redutor, acoplado ao extremo do cano, que tem como finalidade controlar a
dispersão dos bagos de chumbo.

 Alma RAIADA

A alma é RAIADA quando no interior do cano existem sulcos helicoidais


dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o projétil a um movimento
de rotação.

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Vamos analisar a nossa primeira questão desta aula:

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TST – 2008] Em relação às


técnicas operacionais e às técnicas de armamento e tiro, julgue o item
que se segue.

Quanto à alma do cano de uma arma de fogo, é correto afirmar que


armas de alma raiada são aquelas que apresentam o cano, em seu
interior, raiado em sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal,
destinados a forçar o projétil a um movimento de rotação.

EXATAMENTE O MESMO CONCEITO QUE ACABAMOS DE ESTUDAR!!

Não aluno, não foi o seu professor aqui quem elaborou essa questão!!
Esse conceito é doutrinário e não tem mesmo pra onde qualquer elaborador de
qualquer que seja a banca correr quando se questiona o significado de arma de
ALMA RAIADA.

Gabarito: CERTO

1.2.4. Classificação quanto ao TAMAMNHO

 Armas Curtas

 PISTOLAS

Seu nome provém da palavra Pistoia, um velho centro de armeiros


italianos. A principal característica das pistolas é o funcionamento
SEMIAUTOMÁTICO. Outra característica importante é a utilização do
carregador, que na maioria dos casos armazena a munição verticalmente.

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A principal vantagem das pistolas quando comparadas aos revolveres fica


por conta da capacidade de armazenamento, enquanto um revolver tem
normalmente capacidade 06 e dificilmente mais de 08 tiros, uma pistola pode
ter capacidade DE MAIS DE 20 TIROS.

Além disso, a troca de carregadores é muito mais rápida que o


remuniciamento de um revolver. Também o funcionamento semiautomático
diminui o tempo necessário entre os disparos, podendo ainda, em caso de
pistolas com ação simples, aumentar a precisão devido ao menor curso do
gatilho.

A desvantagem fica por conta da confiabilidade. Em caso de “nega” da


munição, a pistola tem que ser "golpeada" (ação de puxar o ferrolho para trás
e soltar) para a retirada do cartucho defeituoso da câmara, operação que pode
custar um tempo vital em caso de combate armado. NO REVOLVER BASTA
PRESSIONAR NOVAMENTE O GATILHO QUE O GIRO DO TAMBOR LEVARÁ PARA
O PRÓXIMO CARTUCHO DEIXANDO O DEFEITUOSO PARA TRÁS.

Outro aspecto é que o maior número de peças e o funcionamento mais


complexo da pistola a deixam mais suscetível a falhas. O melhor tipo de arma
dependerá da utilização pretendida.

 REVÓLVERES

Arma curta DE REPETIÇÃO (importante), na qual os cartuchos são


colocados num tambor atrás do cano. Já vimos que o mecanismo de disparo
pode SER DE AÇÃO SIMPLES OU DUPLA.

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 Armas Longas - RAIADAS

 RIFLES

Termo muito comum, de origem inglesa, que significa O MESMO QUE


FUZIL. Arma longa, portátil, que pode ser de uso militar/policial ou desportivo;
DE REPETIÇÃO, SEMI-AUTOMÁTICA OU AUTOMÁTICA.

Rifle de ferrolho (bolt action) Rifle semi-automático

Dentro desta classificação ainda temos as seguintes subdivisões:

 FUZIL DE ASSALTO

Fuzil militar de fogo seletivo de tamanho intermediário entre um fuzil


propriamente dito e uma carabina.

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 CARABINA (CARBINE)

Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões compactas,


cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente
entre 16 e 18 polegadas).

 SUBMETRALHADORA

Também conhecida no meio militar como metralhadora de mão, é


classificada assim por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e
utilizar cartuchos de calibres equivalentes aos das pistolas semi-automáticas.

 METRALHADORA

Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou


superiores aos dos fuzis semiautomáticos; geralmente necessita mais de uma
pessoa para sua operação.
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 Armas Longas - ALMA LISA

 ESPINGARDAS

Arma longa, de alma lisa, que utiliza cartuchos de projéteis múltiplos ou


de caça.

Espingarda comum Espingarda DOIS CANOS mocha

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1.2.5. Classificação quanto ao MODO DE CARREGAR

O sistema de funcionamento de uma arma de fogo é a forma como a


munição é carregada na arma.

Caro aluno, antes de estudarmos sobre o sistema de munição, ou MODO


DE CARREGAR de uma arma, é preciso que abramos um parêntese para
falarmos sobre os conceitos e funcionalidades das munições.

A MUNIÇÃO é o conjunto de CARTUCHOS necessários ou disponíveis


para uma arma ou uma ação qualquer em que serão usadas armas de fogo.

Cartucho é o conjunto do projétil e os componentes necessários para


lançá-lo, no disparo. São partes do cartucho:

 Projétil

 Estojo

 Propelente

 Espoleta

O PROJÉTIL é qualquer sólido que pode ser ou foi arremessado, lançado.


No universo das armas de defesa, o projétil é a parte do cartucho que será
lançada através do cano.

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O ESTOJO é o componente de união mecânica do cartucho, apesar de


não ser essencial ao disparo, já que algumas armas de fogo mais antigas
dispensavam seu uso, trata-se de um componente indispensável às armas
modernas. O estojo possibilita que todos os componentes necessários ao
disparo fiquem unidos em uma peça, facilitando o manejo da arma e acelera o
intervalo em cada disparo.

Atualmente, a maioria dos estojos são construídos em metais não-


ferrosos, principalmente o latão (liga de cobre e zinco), mas também são
encontrados estojos construídos com diversos tipos de materiais como
plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão (espingardas) e
outros.

O PROPELENTE ou CARGA DE PROJEÇÃO é a fonte de energia química


capaz de arremessar o projétil a frente, imprimindo-lhe grande velocidade. A
energia é produzida pelos gases resultantes da queima do propelente, que
possuem volume muito maior que o sólido original. O rápido aumento de
volume de matéria no interior do estojo gera grande pressão para impulsionar
o projétil.

A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais lenta que a


velocidade dos explosivos, gera pressão suficiente para causar danos na arma.
Isso não ocorre porque o projétil se destaca e avança pelo cano, consumindo
grande parte da energia produzida.

Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa é a


PÓLVORA QUÍMICA ou pólvora sem fumaça. Desenvolvida no final do século
passado, substituiu com grande eficiência a pólvora negra, que hoje é usada
apenas em velhas armas de caça e réplicas para tiro esportivo.

A pólvora química produz pouca fumaça e muito menos resíduos que a


pólvora negra, além de ser capaz de gerar muito mais pressão, com pequenas
quantidades.

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A ESPOLETA é um recipiente que contém a mistura detonante e uma


bigorna, utilizado em cartuchos de fogo central.

A mistura detonante, é um composto que queima com facilidade,


bastando o atrito gerado pelo amassamento da espoleta contra a bigorna,
provocada pelo percursor. A queima dessa mistura gera calor, que passa para
a pólvora, através de pequenos furos no estojo, chamados eventos.

Como a pólvora é relativamente estável, isto é, sua queima só ocorre


quando sujeita a certa quantidade de calor; o cartucho dispõe de um elemento
iniciador, que é sensível ao atrito e gera energia suficiente para dar início à
queima do propelente. O elemento iniciador geralmente está contido dentro da
espoleta.

Bom, fechemos o parêntese!! Agora você tem munição suficente para


entender a classificação das armas de fogo quanto ao MODO DE CARREGAR.

Voltando ao assuntoQuanto ao modo de carregar, as armas podem ser


de ANTECARGA ou RETROCARGA.

 Antecarga

Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano. Ex:
algumas espingardas de caça.

 Retrocarga

Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra.


Como exemplo, temos os REVÓLVERES e as PISTOLAS.

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 Misto

Quando para cada tiro tivermos que realizar um carregamento pela boca
e outro pela culatra. Ex.: Lançamento de uma granada bocal, no Fuzil Fal (Fz
7.62 m 964).

1.2.6. Classificação quanto ao SISTEMA DE FUNCIONAMENTO

 Ação simples

Ação SIMPLES se refere a revólveres que precisam ser engatilhados a


cada disparo, ou a pistolas semi-automáticas que necessitam armar o cão ou
puxar o ferrolho antes do primeiro tiro.

 Ação dupla

Capacidade de uma arma portátil de atirar cada vez que o gatilho é


puxado, sem que seja preciso armar manualmente o cão ou o percussor entre
os disparos.

 Repetição

Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja necessário
recarregá-la. Apresenta um carregador cuja função é alimentar munição para a
câmara de tiro, embora os revólveres (que não têm carregadores, mas sim
várias câmaras independentes) sejam classificados como armas de repetição.

 Funcionamento SEMI-AUTOMÁTICO

Sistema pelo qual a ação faz a arma atirar, ejeta o cartucho, inserindo
outro e rearmando o mecanismo de disparo, apenas com um acionamento da
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tecla do gatilho, necessitando da liberação e do posterior acionamento do


gatilho para um novo disparo.

 Funcionamento AUTOMÁTICO

Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e


enquanto esta estiver premida, atira continuamente, ejetando e realimentando
a arma até que esgote a munição de seu carregador ou cesse a pressão sobre
o gatilho.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TRE/BA – 2010] Acerca de


armamento e tiro, julgue o item subsequente.

Tanto nas armas automáticas como nas semiautomáticas, a ação de


disparo é automática.

Não confunda!! Observe bem o que você acabou de estudar!! A ação de


disparo NÃO É AUTOMÁTICA em ambos os tipos de arama acima citados. O
que é automático é a REALIMENTAÇÃO DA MUNIÇÃO no mecanismo de
disparo, mas, para que o disparo aconteça na semiautomática, é necessário
que se aperte o gatilho a cada tiro.

Nas automáticas, além do carregamento no mecanismo de disparo ser


automático, a ação de disparo também o é na medida em que uma vez
apertado e segurado o gatilho os tiros saem continuamente.

Gabarito: ERRADO

1.2.7. Classificação quanto ao PRINCÍPIO MOTOR (armas


automáticas)

O princípio motor é a força que provoca a continuidade no


funcionamento. Só é estudado nas armas automáticas. São normalmente
princípios motores:

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 Utilização DIRETA dos Gases

Quando os gases que levam para fora do cano o projétil , ao mesmo


tempo, empurram para trás um mecanismo a fim de provocar a continuidade
de funcionamento.

Utilizam os gases diretamente as armas de culatra aferrolhada, as de


longo recuo do cano e as de curto recuo do cano.

 Utilização INDIRETA dos Gases

Quando os gases são inicialmente empregados para lançar fora do cano o


projétil e, posteriormente, são desviados por dispositivo particular, para
provocar a retratação do mecanismo.

Todas as armas que utilizam indiretamente os gases possuem culatra


desaferrolhada.

1.2.8. Outros termos e características IMPORTANTES

Caro aluno, falar sobre armamento é falar sobre um tema bastante


complexo com muitos termos, funcionalidades e características!! Nossa
intenção não é esgotar o assunto. É LHE DAR CONDIÇÕES SUFICIENTES PARA
O SUCESSO NAS QUESTÕES!!

Finalizamos as características de armas de fogo mais cobradas em


provas. De qualquer forma, acho conveniente mostrá-lo mais alguns conceitos
relevantes para seu estudo. Você perceberá que alguns deles já foram vistos
anteriormente com uma nomenclatura um pouco diferente. Outros conceitos
são complementares aos já estudados. Vamos a eles:

 POTÊNCIA: É o valor que tem o tiro, sob o ponto de vista de alcance e de


afeitos.

 SISTEMA DE APOIO: É o complemento que possui uma arma para


permitir a estabilidade no tiro. Ex.: Coronha, Pés, Reparos, etc.

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 JUSTEZA: É a propriedade que tem o tiro de uma arma de ser ao mesmo


tempo preciso e regulado. A arma será justa, quando sua precisão e
regulação satisfizerem as condições de emprego.

 MOBILIDADE DE TIRO: É a facilidade que apresenta uma arma de ser


rapidamente mudada de pontaria, fazendo-se o tiro sobre diversos
objetivos.

 MANEABILIDADE: Característica de uma arma ser facilmente


transportada. Está ligada ao seu peso, dimensões e comodidade.

 RUSTICIDADE: Características apresentadas pela arma de suportar os


choques e intempéries em campanha.

 ENGATILHAMENTO: É a forma pela qual a massa percutente fica presa à


retaguarda.

 DISPARO: É a forma pela qual a massa percutente se livra para ir á


frente.

Obs.: Quanto ao engatilhamento e disparo, o tiro poderá ser:

 Tiro de Repetição: Quando para cada disparo tivermos que repetir


as operações de manejo e engatilhamento.

 Tiro Contínuo: Quando basta realizarmos um engatilhamento inicial


e pressionarmos a tecla do gatilho constantemente, para efetuar
disparos contínuos.

 Tiro Intermitente: Quando realizado o engatilhamento inicial, assim


que soltar e apertar intermitentemente, a tecla do gatilho para
efetuarmos os tiros seguintes.

 VELOCIDADE DE TIRO: É o número de tiros que podemos realizar com


uma arma, dentro de um minuto.

 DISPOSITIVO DE SEGURANÇA: São dispositivos possuídos pelas armas,


com o fim de prevenir acidentes no seu manejo e permitir o cessar fogo.

 DISPOSITIVO DE PONTARIA: São dispositivos possuídos pela arma, com


o fim de dar precisão e facilitar o tiro (a pontaria).

 PROJÉTIL: Parte de metal que é lançada para fora da arma, com o fim de
causar efeitos previstos. Quando realiza seus efeitos pelo volume e força
viva, denomina-se BALA. Quando possui uma carga de arrebentamento,
de ruptura ou de queima, denomina-se GRANADA.

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1.3. O CALIBRE DAS ARMAS DE FOGO

O CALIBRE de uma munição é a medida padrão do seu projétil. Hoje em


dia, essa medida corresponde à bitola ou diâmetro do projétil, o qual
coincinde, normalmente, com o diâmetro interno da alma da arma de fogo que
o utiliza.

Na maioria dos casos atuais o diâmetro é expresso em milímetros. Por


exemplo, uma pistola "sete sessenta e cinco" significa que seu projétil possui
um calibre 7,65 mm, e uma pistola "seis trinta e cinco" possui um projétil de
6,35 mm. Até ao final da Segunda Guerra Mundial, o centímetro era usado
como unidade de medida das munições de calibre superior a 70 mm.

Outra unidade utilizada para exprimir o calibre é a polegada (em


munições de arma pesada) e os centésimos de polegadas (em munições de
arma ligeira). Então, quando dizemos "calibre 38", estamos informando que o
projétil desta munição possui 0,38 (na verdade .358 , o pescoço do estojo é
que tem .379) polegadas de diâmetro ou seja, aproximadamente 9,6 mm.

O calibre do cano raiado é dado pelo diâmetro entre os baixos relevos


das estrias, isto é o maior diâmetro interno desse cano. Isto é devido ao fato
de que o projétil deve adentrar no cano, sendo provido o giro do mesmo,
através dos altos relevos, ocorrendo com isto as impressões mecânicas,
utilizadas, por exemplo, para fins de perícia forense.

Estes conceitos são válidos para a maioria das munições/armas de fogo,


porém para as espingardas (armas de cano longo e alma lisa), o conceito de
calibre é diferente. Para estas armas, o calibre corresponde ao número de
esferas de chumbo, conseguidas, com uma libra de peso, sendo de diâmetro
igual ao do diâmetro interno do cano. Por exemplo: com 453,8 gramas (1
libra) de chumbo, fazem-se esferas com o diâmetro do cano, obtendo com isto
12 esferas, no caso. Neste, então, o calibre é o 12 gauge, ou seja calibre 12.

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 Calibres de armas de cano de ALMA LISA

O calibre ou gáugio (nome correto) das espingardas (de cano de alma


lisa) expressa-se, de forma indireta, pelo número de balas esféricas de
chumbo que se obtinham de uma libra inglesa (453,8 g). Assim, para o famoso
calibre 12 (gáugio 12), significaria que 12 esferas de chumbo do calibre da
arma em questão (com um diâmetro de 18,5 mm) pesariam 453,8 gramas.

No entanto, para as munições de espingarda de calibre reduzido, deixa-


se de utilizar este sistema de nomenclatura, passando a adoptar-se o sistema
métrico decimal (ex.: 12 mm) ou as frações de polegadas (ex.: .410).

 Calibres de armas longas, de CANO ESTRIADO

Quando as armas longas, de cano de alma estriada (ou raiada),


apareceram, o calibre das suas munições foi medido pelo sistema das armas
de cano de alma lisa. Posteriormente, quando os calibres destas armas foram
sendo reduzidos, passou-se a utilizar o sistema de medida da área geográfica
de proveniência.

Passou então a haver três sistemas principais de nomenclatura: o central


europeu (medido no sistema métrico decimal), o inglês (medido em décimos e
milésimos de polegadas), e o norte-americano (misto).

 Calibres de PISTOLAS e REVOLVERES

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O sistema de nomenclatura dos calibres de munições para PISTOLA é


semelhante ao dos das armas longas.

No caso da nomenclatura central europeia, nas pistolas é mais comum a


indicação do calibre seguida do nome do inventor, fabricante ou arma (ex.:
9 mm Parabellum) do que na designação dos calibres das armas longas.

Em relação aos REVOLVERES é curiosa predominância do uso do sistema


de nomenclatura de calibres norte-americano, mesmo em países que, para as
outras armas, utilizam o sistema central europeu.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TJDFT – 2008] Acerca de


conceitos e técnicas de armamento e tiro, julgue os itens a seguir.

O calibre de uma munição vem expresso em polegadas ou milímetros,


conforme o sistema de medida adotado, que pode ser o sistema inglês
e(ou) norte-americano, em polegadas, e o sistema europeu, em
milímetros.

Exatamente!! Lembre-se que atualmente há três sistemas principais de


nomenclatura:

O central europeu  medido no SISTEMA MÉTRICO decimal;

O inglês  medido em décimos e milésimos de POLEGADAS e;

O norte-americano  MISTO (milimetros e polegadas)

Mesmo que o norte-americano seja misto, a assertiva não deixa de estar


correta.

Gabarito: CERTO

1.4. O REVOLVER

Apesar de já estar sendo progressivamente substituído pelas pistolas,


principalmente nos órgãos públicos que tratam de segurança, o revólver é uma
arma de fogo largamente utilizada.

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E o principal: suas partes, componentes e funcionamento ainda MUITO


COBRADO EM PROVAS. Por esse motivo, teremos uma atenção e detalhamento
maiores para essa arma de fogo, a começar por suas partes.

As diferentes peças do revólver estão reunidas sobre a armação, e aqui


vamos estudar as mais cobradas em provas:

 Montagem do tambor: é o espaço retangular onde se aloja o tambor,


quando a arma está pronta para o tiro.

 Cabo ou punho: é a parte pela qual se empunha o revólver e onde está


alojada a mola real. Nele se notam caixilho (onde as placas encaixam) e
placas.

 Guarda-mato: é a peça que tem por finalidade proteger o gatilho contra


os choques acidentais.

 Cano: É um tubo inteiriço de aço, reforçado na parte posterior, destinado


a resistir às pressões axiais e radiais desenvolvidas pela deflagração da
carga, e guiar o projétil no seu duplo movimento de rotação e
translação. Nele notamos: boca, alma do cano, massa de mira e suporte
da presilha do retém.

 Tambor

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Dividi-se em três partes:

Tambor propriamente dito: é um cilindro de aço destinado a conter os


cartuchos.

Dentro do tambor, temos:

Câmaras – que são em número de seis, dispostas simetricamente, em


torno do canal central

Canal central – parte do tambor que recebe o eixo do tambor e a mola


do extrator

 Extrator: é uma peça em forma de estrela, na extremidade de uma


haste. Serve para extrair das câmaras os estojos vazios.

 Mecanismo: é o conjunto de peças destinadas a imprimir o movimento


de rotação ao tambor, produzir a percussão dos cartuchos e permitir a
segurança da arma contra disparos acidentais. Compõe-se das seguintes
peças:

Impulsor do gatilho e Mola – peça prismática que tem por finalidade


impulsionar o gatilho a sua posição primitiva e oferecer uma das
seguranças da arma.

Gatilho: responsável pelo disparo do revólver.

Cão: é a peça que impelida pela mola real, serve para percutir o
cartucho. Seu movimento é circular.

 Ferrolho do tambor – serve para permitir o rebatimento do cão para o


lado quando se atua em seu dedal serrilhado.

 Dedal Serrilhado ou Trava do Tambor: serve para destravar o tambor e


abri-lo.

 Entalhe de Mira (Fixa) ou Alça de Mira (Regulável): serve para fazer a


visada (vamos estudar mais adiante sobre ela), alinhando-se com a
massa de mira, de forma que o topo da massa de mira fique nivelado e
no meio da alça ou entalhe de mira.
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1.4.1. O MANEJO DO REVÓLVER

Já que conhecemos as principais partes do revólver, vamos então


estudar como manejá-lo corretamente.

 PARA CARREGAR O REVÓLVER

Comprime-se para frente o dedal serrilhado do ferrolho. Rebate-se em


seguida o tambor para o lado esquerdo da arma. Colocam-se os cartuchos, um
a um nas câmaras e, em seguida, rebate-se o tambor para sua posição
normal.

Pode-se engatilhar a arma de dois modos:

 Por ação do dedo polegar sobre a crista serrilhada do cão, trazendo-a


para trás, até que ele fique preso ou;

 Por ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho;

A cada um dos processos de engatilhamento acima descritos,


corresponde um modo de disparar a arma:

1 - Por ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho (corresponde ao


primeiro processo de engatilhamento);

2 - Por continuação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho


(corresponde ao segundo processo de engatilhamento)

Depois de efetuado o disparo faz-se necessário a extração de ejeção


que consiste em comprimir o dedal serrilhado do ferrolho do tambor e rebater
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o tambor para a esquerda. Trazer a vareta do extrator à retaguarda e soltá-la


em seguida.

 PARA DESCARREGAR O REVÓLVER

Pegue a arma com a mão esquerda colocando dedo médio e o anelar na


abertura do encaixe do tambor. Coloque em seguida o dedo polegar sobre a
vareta do extrator apertando até que se conclua toda a extração, se possível
apóie com a palma da mão direita aberta em baixo.

1.4.2. O FUNCIONAMENTO DO REVÓLVER

O estudo do funcionamento do revólver se resume em estudar os


processos de engatilhamento da arma.

Confesso a você, caro aluno, que de tudo que estudamos até aqui tais
processos são o que temos de um pouco mais complexo, mas por saber da
importância do assunto PARA PROVAS, preciso trazê-los em detalhes.

Leia com atenção tente entendê-los sem se preocupar em decorá-los.


Algumas questões CESPE sobre o funcionamento do revólver são de simples
compreensão e resolução.

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 Processo por ação SIMPLES

O processo por ação SIMPLES acontece toda vez que o atirador


engatilhar a arma, ou seja, trouxer o cão para trás, para depois acionar a tecla
do gatilho.

 Processo por ação DUPLA

O processo por ação DUPLA exige a força muscular do atirador, sobre a


tecla do gatilho, em todo seu percurso, fazendo com que o cão se movimente
em razão do mecanismo acionado.

Vou mostrar o passo-a-passo desse processo, pois é o mais comumente


utilizado pelos atiradores.

IMPORTANTE: O processo é o mesmo para a ação simples diferenciado-se


dela apenas pelo fato de que nesse caso O ATIRADOR NÃO PUXA O CÃO
PARA TRÁS.

Quando você puxa o GATILHO em um revólver, várias coisas acontecem:

1º - inicialmente, a alavanca do gatilho empurra o martelo (mais


conhecido como cão) para trás;
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 quando ele se move para trás, o martelo (cão) comprime uma mola
de metal no cabo da arma;

 ao mesmo tempo, o gatilho gira o tambor para que a próxima câmara


da culatra seja posicionada na frente do cano da arma;

2º - quando você puxa o gatilho todo para trás, a alavanca solta o cão;

3º - a mola comprimida faz o martelo ir para frente;

4º - o martelo bate na espoleta na parte de trás do cartucho, acendendo


a espoleta;

5º - a espoleta aciona o explosivo;

6º - o explosivo atira a bala para fora da arma em alta velocidade.

A parte de dentro de um cano tem estrias, sulcos em espiral que


servem para girar a bala enquanto ela sai da arma. Isso dá à bala mais
estabilidade enquanto ela voa pelo ar, aumentando sua precisão.

Quando ocorre a explosão, o cartucho se expande e fecha a culatra


temporariamente, para que todos os gases em expansão sejam empurrados
para frente e não para trás.

Como será que esse assunto foi cobrado? Vejamos:

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TJDFT – 2008] Acerca de


conceitos e técnicas de armamento e tiro, julgue o item a seguir.

Arma de fogo é um instrumento que lança, por meio de um cano, um


projétil, propelido pela expansão dos gases provenientes da queima de
pólvora dentro de uma câmara. Considere que um profissional de
segurança que porte um revólver de ação dupla entre em confronto
armado com um oponente apontando arma de fogo em sua direção.
Nessa situação, para garantir a própria defesa, o profissional deve
sacar seu revólver e engatilhar o cão da arma antes de disparar, pois,
para o acionamento do primeiro disparo, os revólveres só funcionam
em ação simples.

Não foi isso que você acabou de aprender!! O processo por ação DUPLA
exige a força muscular do atirador, sobre a tecla do gatilho, em todo seu
percurso, fazendo com que o cão se movimente em razão do mecanismo
acionado.

O processo é o mesmo para a ação simples diferenciado-se dela apenas


pelo fato de que nesse caso O ATIRADOR NÃO PUXA O CÃO PARA TRÁS.

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Portanto, para o primeiro disparo, não há necessidade de que o cão seja


engatilhado previamente.

Gabarito: ERRADO

[CESPE – AUXILIAR SEGURANÇA – PETROBRAS – 2007] Segundo as


técnicas de armamento e as regras de segurança a serem aplicadas
por quem manuseia arma de fogo, julgue o item subsequente.

O revólver é armamento de ação simples. Assim, para dispará-lo, o


atirador deverá, em qualquer situação e independentemente do
modelo da arma, puxar o cão à retaguarda para que o tambor seja
corretamente posicionado, colocando um cartucho na câmara da arma.

Vimos em nosso estudo que existem revólveres de ação simples e de


AÇÃO DUPLA. A depender então do tipo de revólver você não precisará
engatilhar o cão antes do disparo caso o modelo for de ação dupla.

Essa será sempre uma insinuação das bancas: induzir-lhe a pensar que
só existem revólveres de ação simples e que você precisa sempre engatilhar o
cão para disparar o tiro!! Nessa você, meu aluno, não cai mais!!

Gabarito: ERRADO

1.4.3. REVÓLVER - MEDIDAS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

Adiante, estudaremos várias outras medidas de segurança individual


importantes para o manejo da maioria das armas de fogo. Como estamos
ainda falando sobre o revólver, quero aqui primeiramente trazer medidas
ESPECÍFICAS para esse tipo de arma.

Antes de atirar, o homem deve conhecer as regras indispensáveis à


segurança com o revólver. As normas seguintes devem ser ensinadas logo que
esteja familiarizado com a arma. Elas devem ser incutidas pela repetição
constante na instrução, até que sua observância se torne um ato reflexo no
manuseio do revólver.

 Antes de cada instrução de tiro, os revólveres devem ser inspecionados;

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 Sempre que utilizar a arma, verificar, antes, se está carregada e, neste


caso, descarregá-la;

 Nunca confiar na memória. Considerar todo revólver como carregado, até


que tenha verificado o contrário;

 Descarregar sempre o revólver antes de deixá-lo em lugar onde possa


ser manuseado por outrem;

 Apontar sempre para cima, quando acionar o gatilho para verificação;

 Manter o cão completamente avançado, quando o revólver estiver


descarregado;

 Nunca colocar o dedo no guarda-mato, a menos, que pretenda atirar ou


acionar o gatilho como exercício;

 Nunca apontar para alguém, nem em direção onde um disparo acidental


possa causar dano. No estande de tiro, só acionar o gatilho quando
estiver na posição de tiro.

 Antes de carregar, abrir o tambor e olhar através do cano para verificar


se o mesmo está desobstruído.

 No estande, só carregar o revólver no momento de atirar.

 Nunca se virar para trás no posto de tiro, estando com o revólver


carregado na mão, pois desse modo, pode apontá-lo para um homem
que esteja atirando nas proximidades.

 No estande, não engatilhar o revólver, a não ser imediatamente antes do


tiro. Se houver qualquer demora, avançar o cão e, só engatilhar
novamente, quando estiver pronto para atirar.

 Se o revólver negar fogo, abrir o tambor e descarregá-lo, caso o cão


esteja avançado. Entretanto, se o cão estiver engatilhado, ou
parcialmente engatilhado, deve ter havido um incidente e, neste caso,
deve manter-se o revólver, completamente carregado e com o cão
avançado, comunicando-se o fato ao instrutor de tiro.

 Para retirar o cartucho não disparado, abrir o tambor e ejetá-lo,


avançando, antes, o cão, se estiver engatilhado.

 Em campanha, o revólver é conduzido no porta-revólver (coldre)


completamente carregado e com o cão avançado. O revólver engatilhado
NUNCA deve ser posto no coldre, estando ou não carregado.

 Examinar, freqüentemente, o dispositivo de segurança.

 Verificação de segurança:
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1 - Engatilhar o cão com o revólver descarregado e o tambor fechado.


Mantendo, com o polegar, o cão para trás, acionar o gatilho e deixar o
cão avançar cerca de ½ cm, segurando-o, ainda, com polegar.
Libertar o gatilho. Soltar então o cão e deixá-lo avançar ao máximo.
Se o percussor se projetar através do orifício na armação, a
segurança não está perfeita.

2 - Estando o cão abaixado, tentar girar o tambor. Quando se consegue


uma rotação, mínima que seja, o retém do tambor está defeituoso.
Repetir esta operação com o cão engatilhado.

Nota – com o cão engatilhado cerca de ¼, o tambor gira livremente.

Encerramos nosso estudo sobre o revólver. É claro que em um curso de


armamento, você estudaria com uma maior complexidade cada tópico acima,
mas lembre-se: NOSSO FOCO É A PROVA E VOCÊ JÁ TEM INFORMAÇÕES
SUFUCIENTES PARA O SUCESSO NAS QUESTÕES SOBRE REVOLVERES.

Antes de entrar nos fundamentos do tiro, vamos falar um pouco mais


sobre normas de segurança, agora aplicadas a TODA E QUALQUER ARMA DE
FOGO. Você perceberá, caro aluno, que algumas daquelas estudadas para
revólver têm a mesmas aplicabilidade para outras armas de fogo e, por isso,
não lhes serão mais novidade. Preste bastante atenção e memorize o máximo
dessas regras, pois SÃO E SERÃO BASTANTE COBRADAS EM PROVAS DE
CONCURSOS.

1.5. NORMAS DE SEGURANÇA

Como eu já disse, neste presente tópico temos mais uma pacanda de


normas de segurança agora aplicáveis a TODA E QUALQUER ARMA DE FOGO.

Nós, Técnicos de Segurança, profissionais habilitados para o uso de arma


de fogo, precisamos dispensar uma atenção especialíssima para tais regras,
pois são de suma importância para a nossa segurança profissional cotidiana.

Não só por isso: SÃO NORMAS MUITO, MAS MUITO REQUISITADAS EM


PROVAS DE CONCURSO!!

Vamos a elas:

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 Jamais aponte uma arma, carregada ou não, para qualquer coisa ou


alguém que você não pretenda acertar, mesmo por brincadeira, a não ser
em casos de legítima defesa;

 Nunca engatilhe a arma quando não tiver a intenção de atirar;

 A arma jamais deverá ser apontada em uma direção que não ofereça
segurança se por ventura, ocorrer um disparo acidental;

 Trate a arma de fogo como se ela estivesse sempre carregada até


examiná-la para verificar se há cartucho na respectiva câmara de
carregamento;

 Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la


com um instrutor competente;

 Mantenha seu dedo longe do gatilho até que você esteja realmente
apontando para o alvo e pronto para efetuar o disparo;

 Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o sempre com o dedo fora do gatilho;

 Certifique-se de que a arma esteja descarregada antes de qualquer limpeza


ou manutenção;

 Nunca deixe uma arma de forma descuidada;

 Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de


crianças e de pessoas não-habilitadas;

 Evite testar sistematicamente as travas de segurança da arma, puxando o


gatilho quando estas estiverem acionadas;

 As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não


substitutos do bom senso;

 Certifique-se de que o alvo e a zona que o circunda sejam capazes de


receber os impactos de disparos com a máxima segurança;

 Nunca atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis


podem ricochetear;

Vamos a mais um comentário de questão:

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[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – MPU – 2010] No que se


refere a armamento e tiro, julgue o item a seguir.

De acordo com as regras de segurança, não se deve atirar em água,


em rocha ou em quaisquer superfícies nas quais os projéteis possam
ricochetear.

Olha só como as questões são bem simples!! Exatamente o que você


acabou de estudar!!

Sugiro, caro aluno, que você leia várias vezes estas normas de
segurança para o manuseio de armas, pois acredito serão alvo de questões de
seu concurso.

Gabarito: CERTO

 Nunca puxe uma arma em sua direção pelo cano;

 Carregue e descarregue a arma com o cano apontado para uma direção


segura;

 Caso a arma "negue fogo", mantenha-a apontada para o alvo por alguns
segundos. Em alguns casos, pode haver um retardamento de ignição do
cartucho;

 Sempre que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada;

 Sempre que pegar uma arma, verifique se ela está realmente


descarregada;

 Verifique se a munição corresponde ao tamanho e ao calibre da arma;

 Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada para o tiro, esteja


absolutamente seguro de que não a está apontando para qualquer parte de
seu corpo ou de outras pessoas ao seu redor;

 Armas de fogo desprendem lateralmente gases e alguns resíduos de


chumbo na folga existente entre o cano e o tambor. Quando estiver
atirando, mantenha as mãos livres dessas zonas e as pessoas afastadas;

 Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando estiver


atirando. Caso perceba algo de anormal com o recuo ou o som da
detonação, interrompa imediatamente os disparos. Verifique
cuidadosamente a existência de obstruções no cano. Um projétil ou
qualquer outro objeto deve ser imediatamente removido, mesmo em se

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tratando de lama, terra, excessiva quantidade de graxa, etc., a fim de


evitar danificações à arma;

 Sempre trate a arma como instrumento de precisão, o que ela realmente é;

 Não tente modificar a tensão do acionamento da arma sem a ajuda de um


armeiro qualificado, uma vez que isso afeta o engajamento da armadilha e
do cão, o que facilita disparos acidentais;

 Não faça uso de álcool ou qualquer tipo de droga quando estiver portando
uma arma;

 Nunca transporte uma arma no bolso ou no cós da calça. Use uma


embalagem apropriada ou o respectivo coldre, sempre com fecho de
segurança;

 A arma deve ser transportada no coldre, salvo quando houver a consciente


necessidade de utilizá-la;

 Munição velha ou recarregada pode ser perigosa e seu uso não é


recomendável;

 JAMAIS transporte ou coldreie sua arma com o cão armado;

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TRE/PA – 2007] Julgue o


seguinte item, relativo à utilização de armas de fogo.

Ao sacar uma arma, o atirador deve fazê-lo sem o dedo no gatilho, mas
transportando-a com o cão armado.

EM HIPÓTESE ALGUMA, você acabou de ver, a arma deve ser


transportada ou coldreada com o cão ARMADO. Nunca se esqueça disso!!

Gabarito: ERRADO

 Utilize sempre óculos protetores e abafadores de ruídos quando estiver


praticando o tiro real.

 Não desmonte uma arma de fogo ou brinque com ela, a menos que a
mesma tenha de ser inspecionada ou limpa;

 Se for preciso inspecionar uma arma de fogo, retire-a antes do paiol ou


aponte o cano para fora do mesmo;

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 Ao inspecionar ou examinar uma arma, aponte a boca para o chão ou para


o ar, a fim de que uma descarga acidental não ponha em perigo vidas e
propriedades;

 Jamais tente usar uma arma, a menos que compreenda todas as suas
características de segurança e saiba manejar a arma de fogo em questão;

 Jamais abandone uma arma carregada ou contendo munição no carregador


num lugar onde alguém possa apanhá-la;

 Depois de entregar uma arma à outra pessoa, informe-a sempre do estado


da arma.

Mais uma questão tranquila sobre as referidas normas de segurança:

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TJDFT – 2008] Acerca de


conceitos e técnicas de armamento e tiro, julgue os itens a seguir.

Considere que um profissional de segurança, ao ter passado seu posto


para um colega, tenha entregue a ele a arma de fogo destinada à
utilização em serviço, garantindo-lhe que ela estava desmuniciada. O
colega que recebeu a arma confiou nas informações que lhe foram
passadas e anotou-as em seu relatório de atividades. Nessa situação
hipotética, este profissional agiu corretamente, pois reforçou a cadeia
de responsabilidade que permeia as atividades da equipe de
segurança.

Caro aluno, por mais que um futuro colega de trabalho seu seja da sua
maior confiança ou seja seu melhor amigo, ao receber dele uma arma
destinada à utilização do serviço, seja na troca de turno ou em razão de
qualquer outro procedimento, NUNCA deixe de averiguar se a arma está
realmente desmuniciada.

Se o colega não mostra a você que a arma entregue está desmuniciada,


verifique-a de imediato e trate de retirar imediatamente toda a munição que
por ventura nela exista, fazendo constar o fato em relatório.

Prudência no manuseio de armas é TUDO!!

Gabarito: ERRADO

 Só use munição destinada à arma;

 Drogas, álcool e armas não se misturam;


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 Excesso de graxa ou lubrificante não é sinônimo de limpeza;

 Quando for fazer tiros, tendo mais de um atirador, um deles deverá


assumir o comando.

Para finalizar o tópico, conheça o método mais seguro para a PASSAGEM


DE ARMA, quando esse procedimento for necessário:

 Passagem de Arma

A passagem e recebimento da arma constituem-se em um procedimento


muito importante na segurança, uma vez tal procedimento deve ser feito assim
que se recebe ou passa o posto de serviço.

Existem diversas formas de se passar uma arma, porém, desde que a


mesma seja passada aberta e sem munições, todas elas estarão corretas.

Nas figuras abaixo apresentarei o padrão mais utilizado e recomendado


pela Polícia Federal:

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Iniciaremos agora a outra parte de nossa aula, os fundamentos do tiro.


Você aprenderá conceitos importantíssimos sobre alça de mira, visada,
empunhadura e as técnicas mais utilizadas para a prática do tiro.

Ao combate!!

II- FUNDAMENTOS DO TIRO

2.1. CONCEITOS INICIAIS

Fico bastante lisonjeado em poder adiantá-los aquilo que vocês


estudarão e praticarão quando de seus treinamentos já como Agente de
Segurança!!

Não só para essa preparação para a prova do concurso, mas também


para o seu cotidiano de trabalho, os fundamentos do tiro são extremamente
relevantes para você, caro aluno. Estude-os com se já nomeado estivesse e
você verá como fica mais fácil a empreitada!!

Antes, vamos a conceitos essenciais sobre o TIRO. Para que seja


avaliada a eficácia do TIRO, é necessário que conheçamos:

 A Tensão da trajetória;

 A Espécie de tiro;
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 O Alcance de tiro;

 O Alcance de utilização e;

 Os Objetivos normais da arma.

 Tensão da trajetória

É a particularidade de se tornar aproximadamente reta, para uma


determinada distância. Assim será:

 Tensa: Quando sua flecha não ultrapassar, na distância de


emprego, a altura de um homem.

 Curva : Quando na distância de emprego, pudermos bater ângulos


mortos ou contra encostas .

 Espécie de Tiro

São as diversas formas pelas quais pode ser realizado o tiro por uma
arma:

 Direto: Quando o atirador realiza a pontaria diretamente sobre o


alvo, isto é, vendo o alvo colocado à frente da arma.

 Indireto: Quando o atirador não realiza a pontaria diretamente


sobre o alvo e para evitar o tiro recorre a um ponto de referência,
podendo, portanto, atirar abrigado das vistas e fogos inimigos.

 Mascarado: É um tiro executado a mais de 1000 metros ou à


pequena distância atrás de uma máscara de onde o objeto é
visível.

 Alcance de tiro

É o alcance máximo que o tiro de uma arma pode alcançar.

Ex.: O alcance de tiro do fuzil Mauzer é de 2000 metros .

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 Alcance de Utilização

É aquele no qual o tiro realizado possui valor pleno. É dado pelo


regulamento de combate. É o alcance máximo que permite atingir o alvo com
100 % de eficácia.

Ex.: no Fz “Mauser” é de 400 metros para um homem isolado e de 600


metros para um grupo d homens.

 Objetivos Normais

São aqueles os quais o tiro realizado pela arma se torna eficaz: Homens,
Grupo de Homens , Aviões, Viaturas , etc.

2.2. FUNDAMENTOS DO TIRO

São cinco os fundamentos do tiro:

1- EMPUNHADURA

2- POSIÇÃO DO CORPO

3- SAQUE

4- VISADA

5- ACIONAMENTO DO GATILHO

As questões de provas vão te questionar o conhecimento desses 05


fundamentos. Um exemplo:

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conceitos e técnicas de armamento e tiro, julgue o item a seguir.

São fundamentos do tiro: destreza, rapidez, empunhadura, posição e


visada.

Muito fácil!! Mas é exatamente para reforçar com você os fundamentos


DOUTRINÁRIOS do tiro que são: empunhadura, posição do corpo, saque,
visada e acionamento do gatilho. Memorize bem!!

A assertiva traz a destreza e a rapidez como fundamentos. Errado!! São


apenas qualidades que auxiliam para que o tiro seja o mais perfeito possível
quando a aplicação dos fundamentos.

Trouxe essa questão também com o intuito de informá-lo que alguns


doutrinadores entendem como um sexto fundamento do tiro: a RESPIRAÇÃO.

Portanto, ATENÇÃO: não está errado se ela aparecer em questão de


prova como um fundamento do tiro! Estudaremos sua importância quando
falarmos sobre o fundamento acionamento do gatilho!

Gabarito: ERRADO

1 - A EMPUNHADURA

Dos cinco princípios fundamentais este é considerado o MAIS BÁSICO,


pois se o atirador fizer a dupla empunhadura torta os demais fundamentos não
permitirão o acerto correto dos tiros. A figura abaixo mostra a empunhadura
de acompanhamento, mais comum:

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O polegar, como os demais dedos, envolve a coronha da arma. A parte


de trás da coronha é colocada na palma da mão, o dedo polegar se posiciona
abaixo do botão serrilhado e os dedos médio, anular e mínimo se fecham em
torno da mesma, sob o guarda-mato, envolvendo-a totalmente. O dedo
indicador não faz parte do envolvimento, indo se posicionar sobre a tecla do
gatilho, entre a primeira e a segunda falange.

Deve-se dar grande atenção para o detalhe da pressão da mão sobre a


coronha, de forma que, EM HIPÓTESE ALGUMA, uma vez feita a pegada, esta
não deve ser desfeita, o que, em ocorrendo, mostrará que a arma não estava
suficientemente firme, afrouxando-se a mão. Pressione somente os dedos
anular, médio, mínimo e polegar até avermelharem-se as unhas, relaxe um
pouco, e não mais modifique.

IMPORTANTE

Lembre-se de que, se A CADA DISPARO A EMPUNHADURA FOR REFEITA,


é um sinal claro de que SUA PEGADA ESTÁ FROUXA. A empunhadura deve
ter uma PRESSÃO NATURAL, COMO UM APERTO DE MÃO.

Observe que os dedos DA MÃO QUE AUXILIA, em forma de concha,


deverão envolver os dedos da mão que atira logo abaixo do guarda-mato e a
palma deverá fixar-se na placa da armação, na parte não alcançada pelos
dedos da mão que atira; o dedo polegar deverá fixar-se na armação na
armação ficando paralelo e abaixo do ferrolho nas PISTOLAS, ou junto do dedo
polegar da mão que atira quando se tratar de REVÓLVER.

IMPORTANTE

A PRESSÃO EXERCIDA PELA MÃO QUE AUXILIA, DEVERÁ SER O


SUFICIENTE APENAS PARA AJUSTAR A MÃO QUE ATIRA NA ARMA. É
esta mão que segura o conjunto arma/mão facilitando o controle do recuo.

Sobre a empunhadura em revólver, é preciso ainda observar que é fácil


entender que se empunharmos a coronha do revólver muito alto, estaremos
prejudicando o trabalho do cão à retaguarda, e ainda dificultando a ação do
dedo indicador ao acionarmos a tecla do gatilho durante a ação dupla,
favorecendo assim, a chamada pane de dedo, tudo pelo mau posicionamento
da mão.

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Entretanto, se empunharmos a coronha do revólver muito baixo,


originar-se-ão tiros para o alto. Daí o ideal é que o início da mão (região entre
o dedo polegar e o indicador) comece juntamente com o início da coronha do
revólver.

2 – A POSIÇÃO DO CORPO

Em princípio é necessário que se esclareça que, em combate, o atirador


deverá tomar a posição que melhor convier ao momento, objetivando sempre
o melhor aproveitamento para seu disparo. Por isso são ensinadas diversas
posições reais de combate, com o respectivo emprego mais favorável, para
que o homem aplique ao máximo sua criatividade, adaptando-se rapidamente,
por reflexo, ao melhor posicionamento, considerando a possível utilização de
proteção (relevo, viatura, muros, etc.).

O instinto de conservação do atirador, em caso de defender-se e atacar,


deve inicialmente indicar um abrigo que o livre de ser atingido pelos projéteis,
que porventura estejam sendo lançados contra ele. Se o atirador atacado
estiver protegido, ele poderá tomar uma posição que melhor convier para
contra-atacar.

No caso de campo aberto o atirador deverá então sacar sua ARMA BEM
EMPUNHADA, direcionar a frente de seu corpo para o lado de seu agressor,
flexionar os joelhos, os pés deverão estar paralelos em posição de boa base
(largura aproximada dos ombros), enquanto a arma é levada à frente
paralelamente para a direção ou colocada no eixo do corpo com o cano
paralelo ao chão, buscando a orientação do alvo; o braço livre deverá dar
equilíbrio ao corpo.

Temos que levar sempre em consideração a distancia entre o agressor e


o atirador (agredido). Como na maioria das vezes os tiros disparados quando

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se está em combate quase sempre variam meio metro e sete metros, com isso
vê-se que não há tempo de se usar o aparelho de pontaria do armamento.

O ato de flexionar as pernas visa diminuir a silhueta do atirador frente ao


agressor e proporcionar facilidade de deslocamento para qualquer direção.

Utilizando-se as duas mãos podemos adotar algumas posições clássicas:

 isósceles: os dois braços esticados em frente ao corpo puxando a


arma para si, empunhada com firmeza;

 weaver: o braço que empunha a arma estará esticado,o outro,semi


flexionado, estará puxando a arma contra o atirador. A cabeça
ligeiramente pendida para o lado do braço esticado, pernas em
posição de equilíbrio;

 ajoelhado com ou sem apoio e deitado: estas posições oferecem


maior segurança na hora de executar o tiro;

 hip position: esta posição é tomada com o braço colocado


lateralmente ao corpo, o antebraço fica paralelo ao solo e ao
sistema arma x punho x antebraço.

3 – O SAQUE DA ARMA

O saque é um principio básico em que o atirador retirará a sua arma do


coldre e a direcionará para o alvo no menor tempo possível e da forma mais
precisa.

IMPORTANTE: O saque tem de ser efetuado RAPIDAMENTE SEM


COMPROMETER A EMPUNHADURA.

Para que isso aconteça de forma precisa, deve-se treinar, e muito,


principalmente a pegada no cabo da arma que deverá ser sempre a mesma.

Ao empunhar a arma com firmeza no coldre, empurra-se um pouco a


mesma para baixo, tal qual se estivesse sendo dada uma estocada, e puxa-se
rapidamente, levando-a para frente, quase em linha reta.

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4 – A VISADA

A visada, bastante cobrada em questões, é o enquadramento do


aparelho de pontaria, dividido em dois momentos distintos e subsequentes, ou
seja:

a) Linha de MIRA: linha imaginária que parte do olho aberto do atirador


enquadrando alça e massa de mira. Veja nas ilustrações abaixo:

IMPORTANTE

A MASSA DE MIRA DEVE SE ENCONTRAR NO CENTRO DA ALÇA DE


MIRA.

b) Linha de VISADA: linha imaginária que se estende do aparelho de pontaria


enquadrado (linha de mira) até o centro do alvo. A MASSA DEVE ESTAR
CENTRADA NA ALÇA E PROJETADA NO CETRO OU SOBRE O ALVO.

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Especialmente em tiros de curta distância, onde se exige rapidez de


ação, na maioria das vezes, não tem o atirador, tempo para um perfeito
enquadramento de miras.

Deve o atirador, portanto, apontar a arma na direção do alvo, com


ambos os olhos abertos, procurando colocar a massa de mira no centro do
alvo, efetuando o tiro. Faz a visada como se apontasse o dedo indicador para o
alvo. Somente procure enquadrar alça e massa, se o tempo de que dispõe para
ação e reação, o permitir, ou caso esteja abrigado ou distanciado do alvo.

O enquadramento perfeito da alça e massa só se torna essencial, para


tiros a maiores distâncias, tiros além de 20 metros, onde a possibilidade de
erro é maior e, então, o atirador já não é alvo tão fácil ao opositor. No tiro
policial deve o atirador efetuar os tiros com os dois olhos abertos.

 O aparelho de PONTARIA

A partir do momento em que você posiciona para dispara um tiro, é preciso


que faça a correta linha de visada. Ao apontar a arma para um alvo buscando a
linha de visada ideal para o disparo, você visualizará as seguintes imagens:

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 A ALÇA E A MASSA DE MIRA

Acontece que para um tiro sair eficiente é preciso, você já estudou, que a
linha de visada seja a mais perfeita possível, ou seja, que a MASSA esteja
devidamente alinhada e centrada na ALÇA de mira conforme a figura abaixo:

Alinhada a massa com a alça de mira, você já tem condições de acertar o


alvo, desde que esse seja também corretamente alinhado no conjunto massa x
alça de mira. Estando bem alinhado na linha de visada, a melhor posição para
acertá-lo com eficiência é o AGRUPAMENTO CENTRAL mostrado abaixo:

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Uma linha de visada correta, que apresenta o alinhamento acima, é a


única que possibilitará um tiro certeiro. Caso o alinhamento (ou agrupamento)
não fique igual ao das figuras acima, a probabilidade do atirador errar o alvo é
muito grande. Veja abaixo exemplos de como ficará a efetividade do tiro caso
não se consiga fazer o referido alinhamento (ou agrupamento) correto:

Importante ainda falar sobre a nitidez do foco da linha de visada quando


você está com a arma em punho pronto para o disparo.

A nitidez tem que ser do conjunto Alça x Massa de mira e não


propriamente do foco. Veja nas figuras abaixo sobre a NITIDEZ DO FOCO da
linha de visada:

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[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TJDFT – 2008] Acerca de


conceitos e técnicas de armamento e tiro, julgue o item a seguir.

A visada, uma das condicionantes para o sucesso do tiro, consiste no


correto enquadramento de miras, obtido quando se faz o encaixe
visual e geométrico da massa de mira dentro da alça de mira e destas
duas sobre o alvo.

Justamente. A questão condiz direitinho com os conceitos de LINHA DE


MIRA e LINHA DE VISADA acima estudados.

Revise-os, pois serão de extrema importância para sua prova!!

Gabarito: CERTO

5 - O ACIONAMENTO DA TECLA DO GATILHO

O ACIONAMENTO da tecla do gatilho constitui-se no fator crucial do


aprendizado. Deve ser usada sempre a ação dupla, uma vez que esta é a
verdadeira ação de combate.

Na ação dupla, a dobra do dedo entre as falanges deve coincidir com a


quina direita da tecla, e a ação deste dedo indicador deve ser para trás, no
sentido do eixo do antebraço, e não em diagonal, o que provocaria tiros em
linha, à esquerda, para os destros, e à direita, para os sinistros.

Com calma procure combater um outro fenômeno que cedo ocorrerá: o


homem afrouxa a pegada e, ao acionar a tecla, conjuga a pegada dos quatro
dedos com o movimento do dedo indicador na tecla do gatilho. Assim, ao invés
de comandar a ação somente para o dedo indicador, o faz para todos os
dedos, o que impede a ação correta do dedo indicador, não conseguindo este
realizar o acionamento, originando a PANE DE DEDO.

Muito comum será também o acionamento brusco da tecla do gatilho, a


chamada GATILHADA, por prevenção contra o estampido do revólver. Inicia-
se o movimento do cão à retaguarda e o mesmo termina bruscamente, e
muitas vezes, já se inicia um movimento único e repentino, o que provocará
tiros enterrados, isto é, abaixo da silhueta, e muitas vezes no chão, isto a uma
distância de 10 metros.

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IMPORTANTE

NÃO ALTERAR A EMPUNHADURA DURANTE A COMPRESSÃO DO


GATILHO, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmente
independente da empunhadura.

 Controle da respiração

Preciso falar também um detalhe importante sobre os fundamentos: A


RESPIRAÇÃO.

No momento do acionamento do gatilho, a respiração deve ser


bloqueada até que ocorra o disparo, nos tiros de precisão o atirador deverá
prender a respiração na pausa respiratória natural, logo após a expiração,
prolongando-a enquanto realiza o acionamento. Sugere-se que quando o
disparo não for feito em 12 segundos deve-se respirar novamente e iniciar o
ciclo. Para tiros inopinados, que exigem o tiro rápido, o ciclo respiratório é
interrompido em qualquer ponto, imediatamente antes do disparo.

Cario aluno, estes são os fundamentos básicos e cada atirador deve


adequá-los as suas necessidades. Não aprofundamos ainda mais no assunto
porque, para provas de concursos, o que você acabou de estudar, arrisco
dizer, é mais do que você precisa até.

Antes de encerrar nossa aula, vamos a algumas condutas a serem


tomadas quando em estandes de tiro e, logo em seguida, mais algumas dicas
sobre manutenção de armas de fogo.

2.3. CONDUTA NO ESTANDE DE TIRO

 Obedeça sempre ao comando do Instrutor Avaliador, fazendo aquilo que


for ordenado;

 Qualquer deslocamento do candidato no estande deverá ser feito com a


arma DESMUNICIADA, no respectivo coldre ou na embalagem apropriada
com a mesma até o início da prova;
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 Todo o procedimento de carregar, sacar, descarregar, inspecionar e


colocar a arma no coldre deverá ser feito com o cano apontado para o
alvo e para o chão no ângulo de 45°;

 O silêncio é fator preponderante para segurança e deverá ser observado


rigorosamente na linha de tiro;

 Em caso de incidente com a arma, permaneça com a arma apontada em


direção ao alvo e levante o braço oposto ao que está segurando a arma,
para que o Instrutor Avaliador possa atendê-lo;

 No caso de haver mais de um candidato realizando a prova ao mesmo


tempo, mantenha sempre o alinhamento com os outros atiradores. Não
se situe avançado nem recuado em relação aos demais.

2.4. A MANUTENÇÃO DO ARMAMENTO

Nos períodos em que o armamento não for utilizado no tiro, deverá ser
inspecionado rigorosamente. Semanalmente ou quando se julgar necessário,
deve-se fazer o seguinte:

 Limpar a arma com um pano seco;

 Passar no interior do cano um pedaço de pano, auxiliado pela


vareta de limpeza ou por um porta-pano (para as armas que o
possuem), até que o pano saia completamente limpo;

 Usar escova de pelo para retirar a poeira das corrediças e


escavados;

 Lubrificar a arma com O’NArmt (Óleo Neutro de Armamento),


inclusive o interior do cano;

 Nas partes de madeira, passar uma leve camada de óleo de linhaça


cru com um pano e, nas partes de couro, passar líquido para
correame;

 Retirar o excesso de óleo, pois favorece o acúmulo de sujeira, que


passará a agir como abrasivo, além de prejudicar o uso da arma;

 A câmara e a alma do cano deverão estar perfeitamente limpas e


secas;

 Não usar escova de aço para limpar ou polir a alma;

 Não usar nenhum abrasivo (bombril, sapólio, etc);


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 Sempre que aparecerem vestígios de ferrugem, esfregar o local


com uma bucha de pano embebida em querosene ou utilizar uma
escova.

 Nunca usar, na aplicação de lubrificante, panos ou estopas que


tenham sido empregados na limpeza.

Quando você receber o armamento para instrução ou serviço, deve


proceder da seguinte maneira:

 Retirar com um pano ou estopa todo o óleo da sua parte externa e


do cano;

 Manter as partes móveis cobertas por uma leve camada de óleo


lubrificante para assegurar um bom funcionamento. O lubrificante
indicado é o ONArmt, e a melhor maneira de aplicá-lo é por meio
de um pano limpo.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TST – 2008] Em relação às


técnicas operacionais e às técnicas de armamento e tiro, julgue o item
que se segue.

Quanto à conservação de uma arma de fogo, aconselha-se o uso


abundante de óleo lubrificante em seu cano e demais mecanismos,
visando, assim, imprimir maior velocidade ao projétil no momento do
disparo.

Uma regra importantíssima e que você jamais pode esquecer: UMA BOA
LUBRIFICAÇÃO DA ARMA NÃO SIGNIFICA COLOCAR ÓLEO EM EXCESSO.

A quantidade de óleo para a limpeza de uma arma deve ser a mínima


possível e todo excesso que porventura exista deve ser imediatamente
retirado.

Gabarito: ERRADO

Finalizamos a nossa aula sobre o armamento e o tiro. Como já havia


falado, aprofundamos um pouco mais a fim de lhe prover a melhor preparação
possível.

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Agora é a sua parte!! Faça mais uma revisão e exercite os


conhecimentos com as nossas famosas questões de revisão. Nesta aula, você
só verá questões CESPE, pois não é muito fácil encontrar questões a respeito
desse assunto nos bancos de dados existentes. Elas serão suficientes para o
seu sucesso. Fique tranquilo!!

Bons estudos e até a próxima aula!!

QUESTÕES PARA REVISÃO 53-----------------

01. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TRE/PA – 2007] Julgue


os seguintes itens, relativos à utilização de armas de fogo.

I - Ao sacar uma arma, o atirador deve fazê-lo sem o dedo no gatilho,


mas transportando-a com o cão armado.

II - Em treinamento com arma de fogo, o atirador deve atirar em


superfícies planas e duras ou em água, para evitar que os projéteis
ricocheteiem.

III - Os principais fundamentos do tiro são empunhadura, posição,


visada, respiração, acionamento da tecla do gatilho.

IV - A arma somente pode ser apontada para alguém em caso de


legítima defesa ou no estrito cumprimento do dever legal.

Estão certos apenas os itens

(A) I e II.

(B) I e III.

(C) II e III.

(D) II e IV.

(E) III e IV.

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02. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE– 2006] Acerca de


armamento e tiro, assinale a opção correta.

(A) O acionamento do cão da arma de fogo deve ser realizado de forma lenta e
progressiva até ocorrer o disparo.

(B) O tiro de ação simples é o mais empregado e é realizado com uma pressão
contínua, mas firme, aplicada no gatilho até que o disparo seja executado.

(C) A respiração pode influenciar na precisão do tiro. Para realizar um controle


da respiração, deve-se suspender a respiração por segundos depois do
disparo, para assim transferir maior estabilidade à arma.

(D) Quanto ao tipo, o revólver calibre 38 é classificado como arma de porte.

03. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE– 2006] Acerca do


revólver calibre 38, assinale a opção incorreta.

(A) O funcionamento desse tipo de arma é semiautomático.

(B) A refrigeração desse armamento é a ar.

(C) A alimentação dessa arma é por retrocarga.

(D) O cano dessa arma possui seis raias no sentido da direita para esquerda.

04. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TSE– 2006] Quanto à


identificação de possíveis problemas no revólver calibre 38, assinale a
opção correta.

(A) Quando o revólver não desengatilha, o dente posterior superior pode estar
quebrado.

(B) Um dos motivos de o tambor não girar é porque o mergulhador está com a
ponta quebrada.

(C) Um corpo estranho no alojamento do cartucho é uma das causas que


impede a arma de extrair.

(D) Quando a mola do cão quebra, a arma não abre.

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[CESPE – AUXILIAR SEGURANÇA – PETROBRAS – 2007] Segundo as


técnicas de armamento e as regras de segurança a serem aplicadas
por quem manuseia arma de fogo, julgue os itens subseqüentes.

05. Ao receber arma de fogo para a utilização em serviço, o vigilante, antes de


manuseá-la, deverá ter, sempre, o prévio conhecimento da forma de operação
e funcionamento dos respectivos sistemas de segurança.

06. O revólver é classificado como arma de fogo semiautomática, cuja


alimentação acontece por manobra do ferrolho, produzida pelo recuo ou pelos
próprios gases do disparo.

07. A munição para uma arma curta, geralmente, conta com componentes tais
como estojo, projétil, espoleta e pólvora.

08. Para a correta alimentação de um revólver o seu portador deverá


empunhar a arma com a mão direita, no caso de pessoas destras, apontá-la,
com o dedo indicador fora da tecla do gatilho, para local seguro, apertar o
liberador do tambor com o dedo polegar direito, forçando a abertura do tambor
com os dedos da mão esquerda, e municiar manualmente o tambor com a
arma voltada para baixo.

09. No procedimento de advertência, é recomendável que se atire para o alto,


pois os projéteis em queda perdem velocidade em sua trajetória, o que afasta
a possibilidade de produzirem ferimentos em seu alcance final.

10. Posição, empunhadura, visada, respiração e acionamento da tecla do


gatilho são fundamentos do tiro.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – MPU – 2010] No que se


refere a armamento e tiro, julgue o item a seguir.

11. Denomina-se ação dupla a capacidade de disparo de uma arma portátil


cada vez que o gatilho é puxado, sem que seja preciso armar manualmente o
cão ou o percussor entre os disparos.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TRE/BA – 2010] Acerca de


armamento e tiro, julgue os itens subsequentes.

12. Os revólveres são classificados como armas de repetição.

13. A utilização de arma de fogo exige treinamentos; um deles consiste em


desenvolver a capacidade de atirar estando com os dois olhos abertos, pois,
em confrontos armados e à curta distância, o agente de segurança pode não
ter tempo suficiente de efetuar o enquadramento da visada.

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14. Se o agente de segurança tiver de utilizar sua arma de fogo, deve sacá-la
com o dedo no gatilho.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TJDFT – 2008] Acerca de


conceitos e técnicas de armamento e tiro, julgue os itens a seguir.

15. Os termos alça de mira, alma e estojo correspondem, respectivamente, a:


dispositivo situado na parte posterior de uma arma destinado a permitir a
visada; face interna do cano de uma arma; e corpo cilíndrico, cônico ou em
forma de garrafa da munição, onde se alojam o projétil, a pólvora e a espoleta.

16. Para municiar uma pistola semi-automática, recomenda-se colocar a


munição no carregador e introduzi-lo na arma, o que, de imediato, provoca a
alimentação da câmara, ficando a arma pronta para o primeiro disparo.

17. O desmuniciamento de um revólver para uma pessoa destra deve ser feito
da seguinte forma: o usuário deve abrir o tambor, apertando o botão de
liberação ou botão serrilhado com o dedo polegar direito e forçando com os
dedos da mão esquerda o movimento de abertura do tambor rotativo; em
seguida, e ainda com a mão esquerda, ele deve apertar o extrator ou vareta,
liberando as munições alojadas nas câmaras.

18. Na linguagem popular, o termo escopeta é denominação genérica de todo


e qualquer tipo de arma longa, entre as quais se incluem o rifle e a
metralhadora de mão.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TST – 2008] Em relação às


técnicas operacionais e às técnicas de armamento e tiro, julgue os
itens que se seguem.

19. O revólver é uma arma de fogo individual, de repetição, de antecarga, com


alma raiada e que possui, em regra, sistema de funcionamento de ação
simples.

[CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – TRE/AL– 2004] Com


referência a armamento e tiro, julgue os itens seguintes.

20. Para sanar um incidente de tiro com revólver, no caso de algum estojo
alojar-se entre o tambor e o extrator, deve-se atarraxar a vareta do extrator,
mesmo com o tambor fechado.

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21. O recebimento e a passagem de um revólver deverão ser feitos em lugar


seguro, por meio da coronha, sempre com a arma aberta e com o cano
apontando para baixo.

22. Não se deve apontar arma carregada para pessoas, animais ou objetos,
salvo em caso de legítima defesa ou estrito cumprimento do dever legal.

23. O revólver é uma arma dotada de tambor rotativo com várias câmaras de
disparo, nas quais se alojam os cartuchos e cuja rotação é comandada pelo
acionamento do gatilho. Assim, seu funcionamento depende da detonação do
cartucho, pois, caso contrário, a arma não funcionará.

24. O projétil é a parte do cartucho que é lançada, após a detonação, para


atingir um alvo. É normalmente fabricado com chumbo, metal ou liga de
metais, mas também pode ser constituído de plástico, borracha, cortiça ou
madeira, dependendo da sua destinação.

25. [CESPE – TEC. JUDICIÁRIO SEGURANÇA – SMT– 2011] Quando um


agente de segurança emprega arma de fogo, deve considerar os principais
fundamentos do tiro, que são empunhadura, posição, visada, respiração e
acionamento da tecla do gatilho.

GABARITO

1 E 14 E
2 D 15 C
3 NULA 16 E
4 C 17 C
5 C 18 E
6 E 19 E
7 C 20 E
8 C 21 C
9 E 22 C
10 C 23 E
11 C 24 C
12 C 25 C
13 C

A questão 03 está NULA porque os itens A e C estão incorretos e,


portanto, seriam a resposta da questão.
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