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| Loe kk KKK rd - RENASCER INSTITUTO TEOLOGICO www.institutorenascer.com CURSO LIVRE DE TEOLOGIA PASTORAL INSTITUTO TEOLOGICO A ETICA NA FORMAGAO PASTORAL ‘A batalha pelo ser humano, nesta era pés-cristi, dar-se-é no campo dai ética. Nao 86 porque © que est em pauta é a questo das finalidades, mas, também, porque & Gnico campo onde as forcas pré ser humano podem travéla. A globalizacao jé decidiv o rumo da vida humana nos campos econdmicos e sociais, a sociedade jd esté estruturada de modo inreversivel, Independente das forcas que assumnam o poder nas nacdes, pois, o que esté em curso é supranacional, resta, portanto, o campo da ética. Julio Santa Ana, em tempo e presenga, n° 295 em seu artigo “Etica, cinco anos depois...”nos dé um quadro sobre a questao ética nos relacionamentos intermacionais: 1- 0 crescimento da economia mundial e © desenvolvimento tecnolégico j peritiria a diminvigéo da carga hordiria paras rabalhadores, permitindo melhor desfrute do progresso, ‘08 empresdrios, entrelanto, oplaram pela despensa de funciond rios e, mais que isso, pela excluséo de mercado de toda uma massa de trabalhadores ; 2- no plano geopolitico, os Estados Unidos da América, dada sua inquestionavel superioridade bélica, tomaram-se o xerife do mundo: esto em condigSes de intervir em qualquer conflito mundial, gorantindo, assim, um clima de paz, porém, s6 0 fazem de acorda com os seus inleresses parficulares; 3- a cultura que esta sendo disseminada é a massa media, a cultura da classe dominante mundial - sobreviveré 0 movimento cultural que se adapiar, que se inserir Regis de Morais, em tempo e presenca, n° 295 no escrito "Retomar ai ética & luz de nosso tempo", reitera que a batalha a ser fravada é ética: “a proscrita de grande parte do século XX - a ética - voltou agindo discretamente. Discreta, mas eficientemente.” diz ele Insiste que esse 6 0 caminho da esperanca: “Nenhuma hora & hora de desistir, sempre repito que nés podemos ter tentado muitas alternativas, mas, com certeza ndo tentamos odas.” Descreve, em relagéo co Brasil, um quadro positive, que passa pela deposigéo de um presidente da repiblica, pelo fortalecimento sindical, pela indignacdo frente ao desmando politico, pela reagao frente a absurdos como as chacinas ¢ atos estupides como © assassinato de Galdino: o indio patachd. Declara que essa baialha tem uma nova © decisiva frente: a questo das drogas. Por que declara que tudo isso € questéo ética® Porque iica - ethos, em grego - designa a morada do homem, nao ¢ algo pronto, porém, 6 a busca de constrvir um abrigo permanente onde o homem se realize plenamente - ambiente ue faca jus ao termo humano. Esta batalha encerra a busca de solugdes esiruturais e de converses pessoais Luiz Alberto Gémez de Souza, em tempo e presenga, n° 295 em “O legado de Betinho: « ética na politica” chama-nos a alengie para o grande soldado pela ética surgido em solo pétrio, Betinho, mostrando como a opgtio deste pela sociedade, num projet suprapattidério despertou a nago para @ consciéncia da possibilidade de construir uma sociedade igualitéria, participativa, livre, diversa e solidaria a partir da adogao de uma ética que estabelece o sentido do publico como a busca do bem de lodos e subordina 0 direito de alguns aos diteitos da maioria. Deixou claro que esse é um caminho longo, que tem de ser percorride com liberdade, principalmente, em relagdo as amarras que impée formas restitas de encaminhamento da coisa piblica, como os partidos pollicos, numa consciéncia de que politica um exerciclo de vida que se baseia na crenga de que a —&. 3ENASCER, Curse Live de Teslogia | BACHAREL sociedade ndo esté presa ds garras de nenhum tipo de fatalismo, © que torna possivel sonhar com transformagées sociais profundas. Manfredo Aragjo de Oliveira, em tempo e presenca n° 295 no texto “Os dilemas 6ticos de uma economia de mercado” - afirma que “desemprego esirutural, crise ecolégica € nova problematica da relacéo norte-sul sto problemas extremamente sérios que revelam com toda a clareza, a dramaticidade dos dilemas éticos de uma economia de mercado capitalista. Se no formos capazes de enfrentar esses dilemas, talver a sobrevivéncia do ser humano em nosso planeta se tore imposstvel.” Isto porque desde Hobbes, a economia de mercado passou a ser considerada um sistema neulro de produgio de riqueza onde a justa disiribuigdo desta nao esié em paula. Essa légica ervel gerou um nivel de desigualdade social insuportével, fragilizou as economias emergentes, como, estarrecidos, estamos assislindo, comprometeu o ecossistema. Estamos frenie a um dilema bésico: “a relagéo entre eficiéncia e justiga: uma batalha ética. Todas essas contribuigées nos remetem para a necessidade da ética na formacéo pastoral, pois, como agente propagador e construtor do Reino de Deus, o pastor é, eminentemente, um propalador da ética, ou, talvez, devéssemos dizer de éticas. © Reino de Deus se propée a ser a casa do homem onde o humano se concretiza. José Adriano Filho, em seu texto: “Dentincia dos causadores de ruina do povo" (Tempo e Presenga n° 295} chama alengo para o fato de que o movimento profético dos séculos Mill e Vil A.C caracterizou-se, marcadamente, por essa pregactio ética levada a efeito por meio da denincia que, evocando 0 pacto, fazia lembrar a nagéo que o Deus da Biblia é o Deus dos e pré-paqueninos. Além da denincia, o pastor deve compreender que o pastorado, mais do que o cuidado pastoral da ovelha, enquanto indi iduo tem de se caracterizar pela construgéio de modelos comunitdrios que exempliliquem 0 que dave ser a casa do homem, isto 6, que sejam paradigmas éticos. “Nao se pode esconder uma cidade edificada sobre 0 monte” (mt 5.14), disse Jesus. O mesmo que, reiteradas vezes, pronunciou: “eu, porém, vos digo” numa campanha pela compreensio da ética proposta por Deus. © pastor precisa aprender que atuacéo da igreja passa pela proposicdo de caminho que otienie © ser humano em seu dever pessoal e social. Que soberania divina, eleigéo, predestinagio néo tém nada a ver com fatalismo ou determinismo. © ser humano co- agente da historia, por isso serd julgado. O homem é responsavel. E preciso compreender © papel da graga comum, que toma a vida e progresso possiveis enquanto se desenrola a histéria da salvagao. A ética tem de ocupar papel preponderante na formagtio pastoral, além do exposto, por ser categoria teleolégica, ou seja, por fazer parte do capitulo que trate das finalidades. Porque e para © que somos. E esta é a matéria prima da teologia, esta s6 existe na forma que a conhecemos porque o ser humano perdeu a capacidade de responder essa questo. E claro, portanto, que o ministério pastoral é pré-ética, uma vez que nao faria sentido falar de conversa se nao houvesse para onde ir, ou melhor, para onde voltar. E claro, também, que isso afeta 0 todo humano: @ individuo, a sociedade, a politica, a economia, a cidade, © campo = todos os componentes do ethos, da casa humana. & RENASCER Cureo Live de Teolooia | BACHAREL Cédigo de Etica Pastoral © presente CODIGO DE ETICA PASTORAL foi elaborade a partir de adaptagées dos Cédigos de Eticas relacionados na Bibliografia deste trabalho. Os artigos esto distribuidos nos diversos capltules concementes & necessdria divisio deste cédigo e ndo hd a preocupagio quanto a0 fato de alguns desses artigos, pardigraos e incisos se assemelharem e a até mesmo se repetiram se for o caso, quando isso acontace, assim 0 é para enfatizar o tépico a que se refer. Etica - A Elica pode ser definida como: 0 estudo critico da moralidade, ou seja, & ciéncia da moral. Quando se fala em “ética” no sentido estrito em que a palavra aparece em expresses como “élica do pastor” esléi-se em geral referindo @ um padréo que serve de guia para a conduta desse grupo. Um cédigo de ética, entendendo-se “ética” neste contexto, &, assim, um documento que procura explicitar esse padréo (ou, pelo menos, uma parte dele). O cédigo de ética & Um conjunto de principios norteadores assumidos publicamente, de modo a moldar as atividades a que se aplica © cédigo consoante anseios por honestidade, solidariedade, corregio e outros do género. Um cédigo de ética deve ser posto em relagio, por um lado, com a lei e, por outro, com a moralidade em sentido mais amplo. Um cédigo de ética néo pode, obviamente, pér-se fora ou além da lei: nao pode sevir como desculpa ou meio para legitimar comportamentos que a lei proibe. Por outro lado, também néo faria sentido ter um cédigo de ética que apenas repetisse 0 que jé esié plenamente determinado e assegurado na lei. Mas cabe « um cédigo de ética tentar capturar um aspecto que escapa, em geral, d lagislagéio e ao legislador: pode-se muito bem cumprir perleitamente a lei e, ainda assim, por exemplo, prejudicar alguém. No mundo inteiro exige-se ética na vida publica, porque as pessous néo apenas desejam o cumprimento da |ei, mas sim o seu bom cumprimento, capturar essa dimenséo do bom cumprimento da lei uma tarefa dificil, mas que caberia perfeiiamente a um cédigo de ética.. Da mesma forma, um cédigo de ética néo pode irde encontro aos valores ou prineipios gerolmente afirmados pela sociedade mais ampla de que © grupo a que ele se aplica pertence. Um codigo de ética, no sentido estrito em que “élica” aparece aqui, nao pode, assim, servir para legitimar excegées & moralidade vigente. E particularmente importante evitar, no cédigo de ética, uma tendéncia corporaliva, ov seja, a tendéncia a estabelecer, por meio do cédigo, excepcionalidades para um deteminado grupo de pessoas. A primeira funcéo de um cédigo de ética 6, justamente, a de tornar explicito © padrao que 0 grupo a que se dirige considera aceitevel. Uma das fungées de um cédigo de ética 6 fontar, antes de tudo, articular os valores afirmados par um grupo e, em sequida, dar uma coneretude maior a eles: as normas que enuncia tentam funcionar como instrumentos para realizar os valores afirmados. Visto 0 partir dessa sua fungto, um cédigo de ética ndo deve ser entendido apenas como sendo primariamente um insirumento disciplinar, repressivo, de controle. Mesmo um ambiente “elicomente saudavel” seria beneficiado com o esforgo de arlicular e “pér —&. 3ENASCER, Curse Live de Teslogia | BACHAREL no papel’, a forma de um cédigo, aquilo que compée seu padrdo ético. Um eédigo de 6fica, portanto, néo deve ser visto como servindo apenas para “quem néo tem ética”. Provavelmente, 0 inverso 6 mais verdadeiro. Um cédigo de ética que explicite os valores ou principios aceitos, desdobrando-os em regras que procurem tomé-los efetivos, pode também ser muito til na resolugtio de conflitos éticos ~ @ conflitos, muitas vezes, séo vividos mesmo por aqueles que sempre se conduzem de forma eticamente aceitével. Principios ou valores frequentemente entram em choque. Um cédigo de ética, articulando esses principios ou valores, pode ajudar a colocd~ los em perspectiva, permitindo priorizé-los mais facilmente. E para quem deve ser dirigido um cédigo de ética® A resposta s6 pode ser: para todos 08 concemidos. Um cédigo de ética profissional, por exemplo, deve ser observado por todos 05 que tém aquela profissdo. Da mesma forma, 0 cédigo de ética de uma entidade ou de um ‘6rgao deve ser primariamente dirigido a todos os que compéem aquela entidade ov érgdo, uma vez que se relere a todos no que Kem de comum — ser parte da mesma entidade ou ‘orgao. As vezes, as peculiaridades de determinadas carreiras ou de determinadas atividades de alguns funcionérios pedem normas especficas. Nada impede que essas normas aparegam no cédigo de ética, sendo aplicdveis a todos cujas atividades caracterizem-se por possuir aquelas peculiaridades. Caso [6 existam cédigos especticos para uma deteminada carreira, deve-se levar isso cuidadosamente em conta para evitar conflios ou confusées. Assim, quando estabelecemos um “CODIGO DE ETICA PASTORAL”, estamos tratando de conhecer a ciéncia da moral no ministro cristéo. Esta moral tem a ver com a sua personalidade, seu respeito e as suas agdes dentro do grupo ao qual perience. CAPITULO | - DISPOSIGOES PRELIMINARES Considerando que minisiétio pastoral éinstituido pelo Senhor da Igreja; considerando que o pastor, que é chamado para exercer 0 ministério, deve ser modelo e exemplo dos figis {1 Tm 4.12); Considerando que a Escritura estabelece critérios sobre a conduta e © comportamento do pastor; Considerando que o pastor deve astar consciente de que o seu ministério é uma vocagéo diving, e que 0 alcancou néo por seus préprios méritos, mas através da conviccdo de sua chamada por Deus (Ef. 3:7; Hb. 5: Co. 6; GI. 1:15, 16; Mt. 4:21; 1 Tm. 1:12); Considerando que © pastor, apesar da posicao elevada que exerce, deve sempre se lembrar de que esté na condigéio de servo do Senhor Jesus Cristo (Tt. 1:1; Fp. 1:2, 7: Ap. 22:3; At. 9:15, 16). Considerando que © pastor é Unico que pode manchar o seu proprio cardter, e que deve garantir, par sua conduta, a melhor reputagéo possivel do ministério pastoral (Jo 1:47; 2 Pe. 3:14; 1 Tm, 3:2, 7; Cl. 1:22; Fp 2:15). yo S) RENASCER Curco Lure de Teologia | BACHAREL Considerando ainda ser a atividade pastoral esiritamente de cunho espiritual, que a sua mensuragio deve qualitativa e servical, e nunca voltada para o lucro financeiro (Jo. 4:34; 6:27; At. 3:4; 8:20). Esta “convengéo” resolve criar o "CODIGO DE ETICA DO PASTOR” com a seguinte redactio: Art, 1°—O presente cédigo de ética regulamenta os direitos e deveres dos pastores, 1a forma de capitulos, artigos, incisos tépicos, conforme se segue. § 1° — Compete & convengio zelar pela observncia deste cédigo e seus principios; firmar jurisprudéncia e atuar nos casos omissos. § 2° — Compete & convengéio 2elar pela observancia dos principios, diretrizes @ aplicagéo deste cédigo, § 3° - Cabe a0 pastor e aos interessados comunicar, conforme insirucdes deste Cédigo, diretamente, & convengéo, com clareza e embasamento, fatos que caracterizem a inobservancia do presente cédigo e das normas que regulameniam o exercicio do ministério pastoral nos seus mais variados aspectos § 4° - A convencdo poderd introduzir alteracées no presente cédigo, nos termos do artigo 46, por meio de discussdes com seus filiados ou propostas destes. Art, 2° ~ Os inratores do presente cédigo sujeitar-se-do as penas nele previstas. CAPITULO II - PRINCIPIOS GERAIS Art. 3° — O pastor & 0 ministro religioso, que atua na pregacio e comunicagéo do Exangelho, no minislério eclesidstico e denominacional, reabililando e aperleigoando vides, sem discriminagéo de qualquer natureza. Art. 4° - O pastor compromete-se com o bem-esiar das pessoas sob seus cuidados, ulilzando todos os recursos licitos © éticas disponiveis, para proporcionar o melhor atendimento possivel, agindo com © méximo de zelo e © melhor de sua capacidade, assumindo a responsabilidade por qualquer alo ministerial ov pessoal do qual parficipou. Art. 5°— O pastor tem o dever de exercer seu ministérioreligioso com honra, dignidade € 0 exata compreensio de sua responsabilidade, devendo, para tanto, ter boas condigées de trabalho, fazendo jus é remuneragio [usta Art, 6° — O pastor deve aprimorar sempre seus conhecimentos e usar, no exerciclo de seu ministério, o melhor do progresso técnico-cientifico nas pesquisas biblicas e teolégicas. Art. 7° - © pastor deve honrar sua responsabilidade para com os outros colegas rio, mantendo elevado nivel de dignidade e harmonioso relacionamento com todas as pessoas. de mi Art, 8° - O pastor, como lider deve ter as seguintes qualidades indispenséveis: = Desejo de realizagio, oriunda do inconformismo de uma pessoa em relacéo a uma sitvagio ou estado de coisas. —O Curso lire de Teslogio | BACHAREL RENASCER - Determinagéo: sabendo o que quer e para onde vai e tendo consciéncia que Ihe cabe tomar as rédeas quando necessério. sst€ncia: néio deixando os projetos no meio do caminho, nao desistindo diante das dificuldades, mas buscando a conquista dos abjetivos, = Visio: sendo capaz de olhar 0 horizonte enxergar caminhos que @ maioria néo v8. + Capacidade de delegar tarefas: com discemimento, capacidade de avaliar pessoas, confianga e sabedoria para cobrar resultados. CAPITULO III - DIREITOS FUNDAMENTAIS DO PASTOR Art, 9° — Sao direitos fundamentais do pastor: ~ exercer 0 seu ministério religioso sem ser discriminado por questées de cor, rasa, cordem polifica, social, econémica ou de qualquer outra natureza; ~ ter condigées de trabalhar em ambiente que honre e dignifique seu ministério; = resquardar o segredo de ordem profissional; ~ ser cientficado de qualquer deniincia ou documento que « convengtio vier a receber sobre sua pessoa ov minisrio; — dafondareso om proceso ou julgamento a sou respoito; ser cientificado por colega que sabe de informages ou falos que venham desabonar seu nome, ministério ou familia; = recusar submeter-se a diretrizes contririas ao exercicio digno, ético e biblico do ministério pastoral; — exercer 0 ministério com liberdade dentro dos principios biblicos, ndo sendo obrigado «@ aceitar fungSes @ responsabilidades incompativeis com seus dons ¢ falentos ou contra sua compreensdo doutrindria e consciéncia; — apontar falhas nos regulamentos e normas das institvigdes em que trabalha quando julgar indignas no exercicio do minislério ou prejudiciais a pessoas, devendo, nesse caso, dirigir-se aos drgGos competentes; ~ requerer & convengiio desagravo pUblico quando atingido no exercicio de seu ministério ou vida pessoal, por outro colega. CAPITULO IV - DOS DEVERES FUNDAMENTAIS DO PASTOR Art. 10° — Constituem deveres fundamentais do pastor: — exercer o ministério mantendo comportamento digno, zelando e valorizando a dignidade do minisiério pastoral; = manter atualizados os conhecimentos biblices, toolégicos, ministeriais e culturais necessdrios ao pleno exercicio de sua fungdo ministerial; — zelar pela satide espiritval e pela dignidade das pessoas que lidera e com quem se relaciona no exercicio de seu ministério; B SoM RENASCER Curso Live de Teologia | BACHAREL — guardar segredo profissional, resguardando a privacidade das pessoas que sejam ‘ou ndo membros da igreja que pastoreia; — promover a sade espiritual coletiva no desempenho de suas funcées, independentemente de exercer 0 ministério dentro ou fora do Ambito eclesidstico, bem como no fimbito denominacional; — propugnar pela harmonia entre 0s colegas de ministérios; ~abster-se da pratica de aios ave impliquem mercanilizagéio do ministério pastoral e eclesidslico ov sua ma conceitvagio, pois 0 exercicio do minisiério pastoral & incompativel com qualquer procedimento de mercanilizacao: — assumir responsabilidade pelos atos praticados; ~ alastar-se do tratamento de sitvagtio em que esto envolvides parentes ¢ a propria familia, especialmente se tiver algum cargo ov fungao deciséria; —néo ulilzar indevidamente © conhecimento obtido em aconselhamento ou prética ministerial equivalente ou mesmo @ conhecimento teolégico e da autoridade emanada do cargo ou funcdo ministerial, como instrumento de manipulagéo de pessoas ov obiengéo de favores pessoais, econdmicos ou familiares; — nunca fazer ou se utilizar de dentncias andnimas, mas seguir os principios biblicos, especialmente os descritos em (Mateus 18.1517), para corrigir o erro de um irméo na fé ou colega de ministério; ~ nGo falter com 0 decoro parlamentar, sempre agindo de modo equilibrado nas participages parlamentares, seja na Igreja, seja na vida denominacional; — ndo ser conivente com erros doutrindrios ou ministeriais; — no anunciar e utilizar ftulos que no possva; — no se utilizar de dados imprecisos, néio comprovades ou falsos para demonsirar a validade de pratica ministerial ou de argumentos em sermées, palestras, elc. — ndo divulgar publicamente, nem a terceiros reservadamente, casos que esitio sendo fratados minislerialmente ou em aconselhamento, mesmo que omita nomes; = responsabilizar-se por toda informagio que divulga e torna publica ou a terceiros reservadamente; — no utilizar palavras chulas e forpes na pragacdo, em palestras e no trato piiblico; = no aceitar servigo ou alividade ministerial que soiba estar enlrague a outro Pastor, sem conhecer as raz6es da substituigao ou da impossibilidade do subsiituido; — quando convidade a pregar, dar palestras, consultoria ministerial ou qualquer outro servigo em Igreja que possua o seu proprio pastor, indagar de quem faz o convite, se 0 pastor concordou com 0 convile e, em seguida, procurar o pastor @ acertar com ele os detalhes da tarefa a executor; —indenizar prontamente 0 prejuizo que causar, por negligéncia, erro inescusdvel ou dolo; —O Curso lire de Teslogio | BACHAREL RENASCER — apresentar-se ao pUblico de modo compativel com a dignidade do. ministério pastoral, sendo cumpridor de seus compromissos © sébrio em seu procedimento; = evitar, © quanto possa, que membros da Igreja que pastoreia, pratiquem atos reprovados pelas leis do Pais @ pelos principios éticos biblicos; — abster'se de pronunciamento tendencioso ou discusséo estéril sobre assuntos doutrindrios e ministeriais; — consultar a Comisséo de ética de sua convengtio, quando em divide sobre questées, no previsias neste codigo; — aluar com absoluta imparcialidade em todo aspecto ministerial e envolvimento denominacional, néo ultrapassando os limites de sua alribuigo e competncia, quando no exercicio de cargos eletivos ou executives, eclesidsticos ov denominacionais; ~ no acobertar erro ou conduta antiética de outro pastor; ~ no se utilizar de sua posigio para impedir que seus subordinades e membros da Igreja aluem dentro dos principios éticos biblicos; — nao se aproveitar de situagées decorrentes do relacionamento pastoral para obter vantagens financeiras, polticas ou de qualquer outra natureza; ~absler-se de patrocinar causa contrdria & ética biblica e as leis do pais, que venham prejudicar a reputagtio do ministério pastoral; = evitar a participagao em demandes judiciais contra irmdos na {é, colegas de ministério, jgrejas, enfidades, insituigdes ou qualquer érgae denominacional, conforme principios ético-cristdios em (I Corintios 6. 1-11). Pardgrafo Unico — No caso de demanda justa ou reclamagéo contra Igreja, entidade, instituigée ou executivos no exercicio de sua funcao, © pastor deverd preferir uilizar-se dos 6rgiios cristaos, preferencialmente, os denominacionais, para apresentar sues reclamagées © exigéncias. CAPITULO V - DEVERES DO PASTOR PARA COM A SUA VIDA PESSOAL Art. 11° — Em relagio & sua vida pessoal o pastor deve: =desenvolver uma vida devocional, aplicando-se continua e regularmente a oracéio e a estudo da palavra de Deus {I Timéteo 4.7; Atos 6.4); ~ ser estudioso, mantendo-se atualizado com 0 pensamento leoldgico, a literatura biblica e a cultura geral (il Timéteo 3.16, 17; | Timéteo 3.2), participando, na medida de suas condigées, em encontros e conferéncias, que coniribuam para o crescimento de seu ministério; cultivar continuamente a renavacdo de sua mente de modo a preparé-la para enfrentar 08 diversos desafios de sua vida como ministro de Deus, perseverando na manulengio da pureza de seus pensamentos (Romanos 12.2); @ yam RENASCER Curso Lire de Teolooia | BACHAREL — desenvolver dependéncia continua da agi de Deus, deixando de lado senfimentos que contrariem essa dependéncia, como o édio, a vinganga, © rancor, a mégoa, a agressividade, 0 espirito crtico negativista; — come lider moral e espiritual do povo de Deus, desenvolver a sua vida interior eo seu cardter de modo a ser um modelo de conduta em todos os sentidos e um exemplo de pureza em suas conversagées ¢ atitudes (| Pedro 5.3; | Timéteo 4.12); —manter a sua sadde fisica ¢ emocional com bons hébitos de alimentagdo eo devido cuidado de seu corpo, porque o compo € 0 templo do Espirito Santo e para que possa cumprir a gloriosa misséio que lhe foi confiada por Deus nesta vida (1 Co. 3:16, 17; 6:19; 2Tm. 4:7, 16; Rm. 12:1), — administrar bem 0 seu tempo de modo a equilibrar obrigagées pessoais, deveres eclesidslicos e responsabilidades familiares; — ser honesto e responsdvel em sua vida financeira, pagando em dia todos seus compromissos, néo procurando benesses ou privilégios por ser pastor, ofertando generosamente para boas causas e adotando um esllo cristo de vida, pautado pela simplicidade e amor; — ser verdadeiro em sua palavra, pregando ou ensinando, jamais plagiando trabalhos de outrem, exagerando os fatos, fazendo mal uso de experincias pessoais ou divulgando maledicéncia; =sercomo Cristo em atitudese agées em relacaoatodas aspessoas, independentemente de raca, condictio social, sexo, religiéio ov posicto de influéncia dentro da Igreja ou da comunidade: —ter 0 dever fundamental de certificar-se de que suas relagées familiares sao justas e que se conslituem exemplo de viver piedeso para toda comunidade (| Tm, 3:4-7; Le. 1:6; Ef, 5:28). = ter cuidado com © seu lemperamenio, exercendo petfeito controle sobre © seu comportamento, permitindo que o Espirito Santo o domine. Sendo exemplo digno de ser imitado. — ser sincero quando tiver de avaliar suas aiitudes ¢ agées, ndo se envergonhar de confessar em que falhou e de corrigir o que errov. CAPITULO VI - DEVERES DO PASTOR PARA COM A FAMILIA Art. 12° — Em relagéo & sua familia o pastor deve: — tralar com justiga todos os membros de sua familia, dando-Ihes o lempo, o amor e a consideragio que precisam; — ter como esposa uma mulher em condigées de aiudé-lo no ministério (I Timsteo 3.2,11), uma vez que, como pastor, ele aspira & excelente obra do episcopado; — compreender © papel singular de seu cénjuge, reconhecendo sua responsabilidade @ companheirismo no casamento e o cuidado dos filhos; —tratar 0 c&njuge e filhos como estabelece a Palavra de Deus, conslituindo-se exemplo para o rebanho (Efésios 5.24-33; 6.4; | Timéteo 3.4,5); Curso lire de Teslogio | BACHAREL RENASCER — proceder corretamente em relagéo & sua familia, esforcando-se para dar-he © sustento adequado, o vestudrio, a educacéo, a assisténcia médica, bem como o tempo que merece (| Pedro 3.7; | Timéteo 3.4,5; Tito 1.6; Lucas 11.11,13); = evitar comentar, em presenga dos filhos, os problemas, aflicées au frustracées de obra pastoral (| Corintios 4.1-4), demonstrando, contudo, para eles os desatios continuos que estéio presentes no ministério; = reconhecer a agéo de sev cénjuge, junto & familia, como algo essencial, née 0 envolvendo em tarefas eclesidsticas que venham comprometer seu desempenho familiar ou Contrérias aos seus dons e talentos (| Fedro 3.7). CAPITULO VII - DEVERES DO PASTOR PARA COM A IGREJA Art, 13° — Em relacdo @ igreja em que exerce 0 seu ministério, o pastor deve: = tolar a Igreja com toda consideracde e estima, sabendo que ela 6 de Cristo (Etésios, 5.23,25; | Pedro 5.2); — quando sustentado pela Igreja, considerar ponto de honra dedicar-se ao ministério. pastoral, nao participando de qualquer oulra incumbéncia, sem conhecimento da igreja (ITimoteo 5.17); — quando pastor de dedicagéio exclusiva, néo aceitar qualquer outro trabalho remunerado sem 0 expresso consentimento da igreja {| Timéteo 5.18; 6.9; I Timéteo 2.4); = ser imparcial no seu trabalho pastoral, née se deixando levar por partidos ou proferéncias pessoais. Deve, pelo contrério, levar a igreja a fazer somente a vontade do Senhor (| Pedro 5.1-3;3.2}; V—néio assumir compromissos financeiros pela igreja sem sua autorizacéo. — respeitar as decisSes da Igreja, com prudéncia ¢ amor, orientando seu rebanho e esclarecendo-0 na tomada de decisées administrativas; = procurar ser um pastor-servo da lareja, seguindo o exemplo de Cristo, na f8, no amor, em sabedoria, na coragem na integridade; — ser razodvel e imparcial em relacdo a todos os membros da lgreja, no cumprimento de seus deveres pasioruis, zelando pela privacidade de cada um deles; — dedicar tempo adequado & oragéo e ao preparo, de forma a ser a sua mensagem biblicamente fundada, teologicamente correta e claramente transmitida — manier rigorosa confidenciabilidade no aconselhamento pastoral, @ néo ser nos casos em que a revelagio seja necesséria para evitar danos as pessoas ou atender as exigéncias da lei, conforme normatizacéo deste cédigo; — procurar levar pessoas @ salvagdo @ a fornarem-se membros da igreja, sem, eniretanio, manipular os converlides, fazer proselitismo de membros de outras igrejas ou menosprezar outras religides; — néo cobrar qualquer valor material aos membros da Igreja, pela ministragéo em casamentos, funerais, aniversdrios © outros; quanto aos néo-membros, estabelecer BL RENASCER Curso Lire de Teologia | BACHAREL procedimentos que levem em conta oportunidades de servr e testemunhar do evangelho; —néio promover ou aprovar qualquer manobra para manter-se em seu cargo, ou ainda obter, para isso, qualquer posigéio denominacional; deve, antes, colocar-se, exclusivamente, nas méos de Deus para fazer o que Ihe aprouver (| Corintios 10.23,31); —ser prudente em relacie & aceitacéo de convite para o pastorado, no se oferecendo ou insinvando, mas buscando a orientacdo e a diregao do Espirito Santo (Atos 13.1-2); — no insistir em permanecer numa igreja quando perceber que sev ministério no estéi contribuindo para a edificagao da propria igreja e 0 crescimento do reino de Deus (Filipenses 1.24-25); — recebendo alum convite para pastorear outta igreja, néo uiilizé-lo como recurso, para auferir vantagens no alval ministério, ou qualquer constrangimento; — no deixar seu pastorado sem prévio conhecimento da igreia; —apresentar sua renuncia & igreja somente quando estiver realmente convencido de que deve afastar-se do pastorado, néo uflizando a rendncia como recurso para auferir vantagens pessoas ov posicde politica @ seu favor; XIX— go deixar uma Igreja para outro pastorado, nao fazer referéncias desairosas contra a igreja de onde saiv. CAPITULO VIII - DEVERES DO PASTOR PARA COM O TRABALHO Art. 14° Em relacdo ao trabalho que exerca, o pastor dave: exercer seu ministério com toda a dedicagao e fidelidade a Cristo {I Corinfios 4.1,2); = como servo de Cristo o servigo de sua Igreja, portanto, nao receber outros Pagamentos, além de seu sustento regular, por qualquer servico que a ela preste (I Timéteo 5.17,18); = relar pelo decor do pillpito, tanto quanto por seu preparo e fidelidade na comunicagéio da mensagem divina ao seu povo, como por sua apresentagio pessoal; — mencionar, sempre que possivel, as fontes de que se serviu quando pregar ou escrever. A avtenticidade deve ser a caracteristica marcante na agdo pastoral; — nas visitas e contatos pessoas com suas ovelhas, ter elevado respeito pelo lar que o recebe pelas pessoas com quem dialoga (Colossenses 4.6); — quardar sigilo absoluto sobre 0 que saiba em razdo do aconselhamento, atendimentos e problemas daqueles que o procuram para orientacio, néo usando, jamais, as experiéncias da conversacéo pastoral como fontes de ilusitagdo para suas mensagens, palestras, comparagées ou conversas (I Timéteo 3.1-6); — ser imporcial no seu pastorado, quer no tratamento de problemas, quer na atengéio para com os membros de sua igreja; — empregar com fidelidade seu tampo energias, exercondo os sous dons e talentos, adotando convenientes habitos de trabalho e programas feitos com racionalidade; —O Curso lire de Teslogio | BACHAREL RENASCER

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