Professional Documents
Culture Documents
E l L ib r o de B o ls illo
A lia n za E d ito ria l
M a d rid
P r im e r a e d ic ió n e n E d it o r ia l M o n e d a y C r é d it o : 1963
S e g u n d a e d ic ió n e n E d it o r ia l M o n e d a y C r é d it o : 1970
P r im e r a e d ic ió n e n « E l L i b r o d e B o l s i l l o » : 1980
C u a rta r e im p r e s ió n en « E l L i b r o d e B o l s i l l o » : 1992
R e s e r v a d o s t o d o s lo s d e r e c h o s . D e c o n fo r m id a d c o n l o d is p u e s to en el
art. 53 4 -b is d e l C ó d i g o P e n a l v ig e n t e , p o d r á n ser c a s tig a d o s c o n p en as
d e m u lta y p r iv a c ió n d e lib e r ta d q u ie n e s r e p r o d u je r e n o p la g ia r e n , en
t o d o o en p a rte , u na o b r a lite r a r ia , a rtística o c ie n tífic a fija d a en
c u a lq u ie r t ip o d e s o p o r t e sin la p r e c e p t iv a a u to r iz a c ió n .
C a r m e n C a s tro d e Z u b ir i
© A lia n z a E d ito ria l,--S . A . , M a d r id , 1980, 1982, 1985, 1988, 1992
C a lle M ilá n , 38; 28043 M a d r id ; te lé f. 200 00 45
I S B N : 8 4 -20 6-1 783 -0 -
D e p ó s it o le g a l: M . 43.895/1991
P a p e l fa b r ic a d o p o r S n ia ce, S. A .
I m p r e s o en F e r n á n d e z C iu d a d , S. L .
C a ta lin a S u á rez, 19. 28 00 7 M a d r id
P r in t e d in S p ain
P r ó lo g o a la tercera e d ic ió n
E s ta s p á g in a s c o n s t it u y e n u n f r a g m e n t o d e l o q u e p u
d ie r a s e r u n a in t r o d u c c ió n a ia f ilo s o f ía . E n t r e la s m u c h a s
m a n e ra s d e e n t e n d e r la in t r o d u c c ió n a la filo s o f ía , h a y
e fe c t iv a m e n t e u n a : e x p o n e r la m a r c h a d e la id e a m is m a
d e f ilo s o f ía . N o se tra ta d e r e u n ir las d ife r e n t e s d e f i n i
c io n e s q u e d e la fi l o s o f í a se h a n d a d o , s in o d e l in t e n t o
d e e s c la r e c e r la e s tr u c tu r a m is m a d e la f ilo s o f ía p u e s ta e n
m a rc h a . P a r a e l l o h e e l e g i d o c in c o a u to re s . C o m o d ig o
a l p r in c ip io d e l l ib r o , e s ta s e le c c ió n es a b s o lu ta m e n t e
a r b it r a r ia y a d e m á s m u y in c o m p le t a . A r b i t r a r i a : n o re s
p o n d e a u n h i l o c o n d u c t o r o c u lt o en el f o n d o d e io s
a u to r e s c ita d o s . E s u n a s e le c c ió n tan a r b it r a r ia q u e h u
b ie r a p o d i d o p e r fe c t a m e n t e e l e g i r o tr o s f i l ó s o f o s . Y en
e s te s e n t id o , a d e m á s d e a r b it r a r ia e s ta s e le c c ió n es, n a tu
r a lm e n t e , in c o m p le t a . U n a e x p o s ic ió n a d e c u a d a d e b e r ía
a b a rc a r o t r o s m u c h ís im o s p e n s a d o r e s . E>e h e c h o , e n o t r o
c u r s o m í o h e in t e n t a d o a ñ a d ir a lo s c in c o a u to re s a q u e
e s te l i b r o se r e fie r e c u a tr o m á s : s a n to T o m á s , E>escai
L e i b n i z , H e g e l . T a l v e z u n d ía m e d e c id a a p n t^
to s e s tu d io s .
11 X a v ie r Z u b iri
F u en terra b ía , A g o s t o 1980
A d v e r te n c ia p re lim in a r a la p rim e ra e d ic ió n
L e c c ió n 1: A r is tó te le s , lo s d os p r im e r o s c a p ítu lo s d e l lib r o
p r im e r o d e la «A íe t a f is ic a ».
L e c c ió n 2 : K a n t, e l p r ó lo g o a la segunda e d ic ió n d e la « C r í
tic a d e la ra zón p u r a ».
L e c c ió n 3: C o m te , las d o s p rim e ra s le c c io n e s d e l v o lu m e n
p r im e r o d e l « C o u r s de P h ilo s o p h ie p o s it iv e ».
L e c c ió n 4 : B e rg s o n , « I n t r o d u c c i ó n a la m e ta fís ic a », r e c o g i
d o c o n o tr o s tra b a jo s suyos en u n v o lu m e n q u e
lle v a p o r t ít u lo « L a pensée e t le m o u v a n t».
M a d r id , 1 963.
L e c c ió n I
A R IS T O T E L E S
E n las leccio n es d e este año q u ie ro d ecirles a ustedes qu é
es lo q u e algunos grandes filó s o fo s han pen sado acerca de
la filo s o fía . N o se trata de h acer una e x p o s ic ió n resu m id a de
sus filo s o fía s , sino tan só lo d e d e c ir q u é e n te n d ie ro n p o r f i l o
sofía , qu é id e a se fo rja b a n d e a q u e llo a q u e se han d e d i
cad o: e l saber filo s ó fic o , d e l q u e son e g re g io s represen tan tes.
M i p re te n s ió n n o es o p in a r sob re n in gu n o d e ello s. T o d o lo
co n tra rio . Q u ie r o o m itir en a b solu to to d a r e fle x ió n p erso n al
acerca de lo qu e cada u n o d e lo s filó s o fo s en cu estión haya
c o n c e b id o , y lim ita rm e a e x p o n e r su p en sa m ien to en una
fo r m a m era m en te d o cen te. D e sea ría tan só lo qu e al cab o de
estas cin co leccio n es tu vié ra m o s t o d o s --- y y o e l p rim e ro ----la
im p re s ió n suscitada p o r e l ch o q u e de estas con cep cion es tan
d iversas d e la filo s o fía . U n a im p re s ió n q u e le d eja a uno
p reg u n tá n d o se a sí m ism o : ¿S erá p o s ib le q u e a cosas tan
d istin tas se lla m e así, sin más, « f i l o s o f í a » ? E s e l ú n ico re
su lta d o qu e q u ie ro o b te n e r: q u e al ca b o d e la q u in ta le cc ió n
ten ga n ustedes en su cabeza e l m ism o p ro b le m a qu e te n g o
y o en la m ía.
L a selecció n d e lo s pen sad ores n o tie n e fin a lid a d la ten te
n in gu n a ; es ab solu ta m en te arb itraria . N o m e es p o s ib le ha
b la r a q u í d e to d o s, sin o tan s ó lo de algu n os, e le g id o s , pues,
sin más ra zó n qu e e l ser --- e n tre o tro s --- lo bastan te im p o r
tantes para r e fe r ir m e a ello s.
11
12 Cinco lecciones de filosofía
H o y , en esta p rim e ra le c c ió n , v a m o s a h ab la r d e A r is t ó
teles, y fija r, c o m o te m a d e n u estra m e d ita c ió n , lo q u e en
ten d ía A r is t ó t e le s p o r filo s o fía . ¿ Q u é e n ten d ía A r is tó te le s
q u e h acía cu an d o h acía filo s o fía ?
A l c o m ie n z o d e su M .eta física , A r is tó te le s d ed ica lo s dos
p rim e ro s ca p ítu lo s a d ec irn o s q u é v a a e n te n d e r p o r filo s o
fía . C o m o es b ie n sa b id o , la p a la b ra m e ta fís ica n o se en cu en
tra en lo s escrito s d e A r is t ó t e le s ; es im títu lo p u ra m en te
e d ito r ia l q u e A n d r ó n ic o d e R o d a s p u so a im a c o le c c ió n de
escritos sin títu lo , q u e v e n ía n después d e lo s trata d os d e
F ísica. P o r eso lo s r o tu ló : « l o q u e v ie n e despu és d e la F í
s ic a », tá m e ta tá p h ysiká . A r is tó te le s e m p le a una e x p re s ió n
más adecuada, d e la q u e nos ocu p a rem o s lu e g o : filo s o fía
p rim e ra .
F ilo s o fía s ig n ific a e l g u sto , e l a m o r d e la sabidu ría
(GOCpCoí)y d e l c o n o c im ie n to , s o b re to d o d e ese c o n o c im ie n to
q u e se lo g r a p o r e l e x a m e n o in sp e cc ió n d e las cosas; un
e x a m e n q u e lo s g r ie g o s lla m a ro n th e o ría ( 0£copía ). E stos
tres co n c ep to s (filo s o fía , s o fía , te o r ía ) e s tu v ie ro n siem p re
ín tim a m e n te asociados e n la m e n te g rie g a . A s í, H e r o d o t o
a trib u y e a C re s o estas p alab ras c o n q u e saluda a S o ló n : « H a n
lle g a d o hasta n o s o tro s m uchas n o ticia s tuyas, ta n to d e tu
sab idu ría ( aocpÍT] ) c o m o d e tus v ia je s , y d e qu e, m o v id o p o r
e l g u sto d e l saber ( cpiXoaocpácDV ), has r e c o r r id o m uchos
países p o r e x a m in a rlo s ( d£a>pír¡<z stvsxsv ) » (H i s t o r . I , 3 0 ) .
C o m o a d je tiv o , sop h ós es un v o c a b lo m u y d ifu n d id o
en e l m u n d o g rie g o . N o s ig n ific a s iem p re n i p rin c ip a lm e n te
nada su b lim e e in accesib le. S oph ós es, más o m en os, e l
« e n t e n d id o en a lg o » . U n b u en za p a te ro es sop h ós en za p a
te ría p o r q u e sabe h acer b ie n zapatos. P o r sab erlos h acer
b ie n es capaz d e en señ ar a h acerlos a lo s dem ás. P o r esto
e l soph ós es a lg u ien q u e se d istin g u e d e lo s dem ás p o r un
saber su p erio r en c u a lq u ie r o rd en . E n esta lín ea , sophós
I . Aristóteles 13
c o m p le ta y term in a d a , te rm in a ta m b ié n la o p e ra c ió n q u e la
p rod u ce.
b) P e r o ju n to a este sab er d e la té k b n e , e l h o m b re
tien e ta m b ién u n saber m o n ta d o en la ra zó n d e ser y en lo
u n iversa l, p e r o q u e c o n c iern e n o a las o p e ra cio n e s , a la p o íe -
sis q u e e l h o m b re ejecu ta s o b re las cosas o sob re sí m is m o
en ta n to q u e cosa, sin o un saber q u e c o n c iern e a las a ccion es
de su p ro p ia v id a . E s e l saber d e la p h rón esis, q u e lo s la tin o s
lla m a ro n p ru d e n tia . D e c im o s ta m b ién d e l q u e sob resale en
la p h rón esis q u e es un sophós. L a p ru d en cia n o es u n saber
h acer cosas. M ie n tra s la p o íe s is , e l h acer, p ro d u c e una
o b ra, e l é rg o n , e l h o m b r e v iv e re a liza n d o accion es; n o p r o
duce obras, sin o q u e está en a c tiv id a d . S i se q u ie re h ab lar
de o b ra h abrá q u e d e c ir q u e es una o b r a q u e n o con siste
sino en e l o b ra r m ism o , n o en una o p e ra c ió n p ro d u c to ra d e
a lg o d is tin to d e l o b ra r. A este tip o d e o b ra , d e é rg o n , cu yo
té rm in o n o con siste sin o en la a c tiv id a d m ism a, lla m ó A r is
tó te le s « e n é r g e ia » ( ¿v-ápY^íoc), estar en acto, en a ctivid a d .
U n o d e lo s saberes q u e co n c iern e n a esta a c tiv id a d , a esta
en érgeia , es la p h rón esis (cppovr^aiQ), la p ru d en cia. P o r e sto su
té rm in o n o es una p o íe s is, sin o una p ra x is (^cpa^ic;). L a p raxis
es la a c tiv id a d en acto, m era e n érgeia . P a ra A r is tó te le s la
p raxis — ^lo p rá c tic o , en este s e n tid o g r ie g o — n o se o p o n e a
lo te o ré tic o . T o d o lo c o n tra rio ; la th e o ria es, c o m o v e re m o s
lu e g o , la fo r m a su prem a d e la p ra x is, d e la a c tiv id a d q u e se
basta a sí m ism a p o r q u e n o h ace nada fu e ra d e e lla m ism a.
E l saber d e la p ru d en cia d e q u e A r is tó te le s nos h ab la n o
es tan s ó lo saber lo q u e se h aría en d eterm in a d a s circu n s
tancias p articu lares. E s un saber u n iv ersa l, p o rq u e se r e fie r e
a la to ta lid a d d e la v id a y d e l b ie n d e l h o m b re : saber la
m a n e r a d e actuar en la v id a en su c o n ju n to to ta l. E s te saber
n o e x is tiría si n o tu v ie ra u n o b je to p reciso . Y este o b je to
p rec is o es el b ie n y e l m al (áyaOov xal x a x o v ). S ab er la m anera
22 C inco lecciones de filosofía
d e actuar en la v id a segú n e l b ie n y e l m a l d e l h o m b re ,
e s to es la p h rón esis, la p ru d en cia , para A r is tó te le s . E s «u n a
h a b itu d d e p ra x is co n ra zó n v e rd a d e ra acerca d e lo b u e n o y
d e lo m a lo p a ra e l h o m b r e » áXiqdiQQ |i.£Tá Xóyoo TrpaxTixV;
xspl xd dvOpcóxcp áyadd xai 1 1 4 0 6 5).
P o r d istin tas q u e sean la té k h n e y la p ru d en cia , tien en ,
sin e m b a rg o , im d o b le carácter com ú n . P r im e r o son u n sa
b e r c o n ra zó n y u n iv ersa lid a d . S egu n d o, ta n to e l é rg o n , o b
je t o d e l « h a c e r » , d e la p o íesis, c o m o la e n é rg e ia d e la p ra x is
v ita l, « s o n » d e una c ie rta m a n era ; gracias a e llo p o d e m o s
saber sus causas c o n u n iv ersa lid a d . P e r o « p o d r ía n ser d e
o tra m a n e ra ». D e ahí q u e estos d os m o d o s d e saber tie n en
la fr a g ilid a d in h e re n te a su o b je to : a lg o q u e es d e una
m an era, p e r o p o d r ía ser d e o tra . In c lu s o , aunque d e h ech o
s iem p re fu e ra d e la m ism a m anera, este o b je to n o « e s » n e
cesaria m en te así.
F re n te a estos d os m o d o s d e saber hay o tro s d e tip o su
p e rio r. M o d o s d e saber q u e c ie rta m e n te son ta m b ié n p raxis
y, p o r ta n to , e n é rg e ia , p e r o q u e recaen so b re lo q u e n o
p u e d e ser d e o tra m an era, s o b re a lg o q u e n ecesariam en te
« e s » : « l o q u e s iem p re e s » , dsl ov, lo llam a b an lo s griego s,
s o b re e n te n d ie n d o q u e este « s ie m p r e » s ig n ific a «n e c e s a ria
m e n t e ». A q u í e l « s e r » , e l sivai m ism o , e n v u e lv e n o sola m en te
una « r a z ó n d e s e r » , sin o q u e esta ra zó n d e ser es necesaria
en ab solu to . E s te «s e r - n e c e s a r io » es e l té rm in o d e tres m o d o s
d e saber.
c) U n p r im e r m o d o d e saber lo a b so lu ta m en te n ecesa
r io , es a q u el q u e n o s o la m e n te nos m u estra la causa
d e a lg o , sin o q u e nos h ace saber co n v e r d a d la in te rn a articu
la c ió n d e la n ecesid a d c o n s titu tiv a d e a q u el a lg o . E l saber
d e esta articu la ció n ya n o es m o stra ció n , sin o d e-m o stra ció n
(á7cód£t5''<í)- R e c íp ro c a m e n te , e l m o d o d e saber d e m o s tra tiv o
acerca d e a lg o n o p u e d e reca er sino so b re lo q u e « e s » nece-
I. Aristóteles 23
p ro p ie d a d q u e le c o m p e te p o r lo q u e p o r sí m is m o es. L a
actu alid ad d e l en te es, an te to d o , la actu alid ad d e ser lo
qu e se es p o r sí m is m o (xa6VuTo). P e r o este ser p o r sí m is
m o, es aún b astan te im p re c is o , a d m ite d istin tas m aneras
(« c a t e g o r ía s » las lla m a A r is t ó t e le s ). P o r q u e , p o r e je m p lo ,
el s o n id o es p o r sí m is m o d u ra tiv o , y en este s e n tid o tie n e
e n tid a d actual p ro p ia . P e r o e l s o n id o es s iem p re y s ó lo
so n id o d e a lg o q u e suena, es a ccid en te d e un su jeto. E l
en te p o r sí m is m o es, an te to d o , este su jeto , e l e n te subs-
tante, la su bsta n cia (o o a ía ). Y c o m o e l e n te, en este sen tid o ,
no es m o m e n to d e n in g u n o o tr o , sino q u e se basta a sí m is
m o, resu lta q u e e l e n te en cu an to ta l (ov 6v), es la substan
cia. N o es q u e l o dem ás carezca d e e n tid a d . P e r o ya h em os
v is to q u e e l en te, en lo s dem ás sen tid o s, p resu p o n e la subs
tancia. E s d ec ir, to d o lo dem ás tie n e e n tid a d en la m e d id a en
qu e e n v u e lv e en fo rm a s d istin tas, segú n lo s casos, la r e fe
rencia a la substancia. A s í, d ecim o s q u e la salud es p ro p ia
m en te un carácter d e l in d iv id u o sano; lo s a lim en to s, en cam
b io , se llam a n sanos en la m e d id a en q u e m a n tien e n la salud;
el c o lo r se lla m a sano en la m e d id a en q u e m a n ifies ta la
salud; la m ed icin a es sana en la m e d id a en q u e re s titu y e
la salud, etc. M a n te n e r, m a n ifesta r, re s titu ir, son otras tantas
m aneras d e e n v o lv e r la re fe re n c ia a la salud c o m o cu alid ad
in trín seca d e l in d iv id u o . C ada una d e estas cosas se d ice
sana, tie n e ra zón (> cÓy o <;) d e « s a n a » , p e r o d e una m an era d is
tin ta, p o r su d istin ta re fe re n c ia (a n a ) a lo q u e d e su yo y
fo r m a lm e n te tie n e ra zó n d e sano. L a ra zó n ( X ó -^o q ) d e sano
es, pu es, s ó lo an á loga; lo sano tie n e s ó lo una u n id ad d e
an a logía p o r re fe re n c ia a a lg o q u e fu n d a m en ta la an alogía, a
saber: e l in d iv id u o sano. P u es b ie n , d ic e A r is tó te le s : só lo
la substancia es en te en s en tid o fo r m a l y e s tric to ; to d o lo
dem ás tie n e e n tid a d p o r an a logía (zaO^dvaXo-YÍav) con la subs
tancia. D e su erte qu e e l e n te en cu an to tal, es la substancia.
32 Cinco lecciones de filosofía
el ocio; guerream os, p o r ejem plo, para vivir en paz, etc. L-a
razón del ser del «n e g o c io » es siem pre el « o c i o » : negocia
m os para vacar al ocio, para vacar a nosotros mismos. Pues
bien : entonces es claro que el tbeorein es la más feliz de las
actividades, p o rq u e es, p o r su propia índole, la más ociosa
de todas ellas. N a c e justam ente cuando se han cubierto to
das las necesidades de la vida y solamente entonces. Y lo
que en ese ocio « h a c e » el theoreín es justo lo más ocioso:
« n o h a ce r», sino sólo « v e r » .
P o r todos estos caracteres, la vida teorética es para A r is
tóteles la form a más alta de bíos. P ero A ristóteles no se para
aquí. E l bíos theoretikós no es sólo el bíos más alto, sino
que, añade, es nada m enos que el bíos más divino (GeioTaTov).
Y lo es por dos razones. P rim ero, lo hem os dicho repetida
mente, p o r su objeto. Su objeto es lo más divino del u niver
so: « l o que siem pre e s » (xd da\ dv), y p o r ser así es inmortal.
P o r esto envuelve en sí al Theós. P ero es lo más divino tam
bién p o rqu e es el m o d o de vida del T h eós mism o. E l Theós,
en efecto, es la sustancia absolutam ente substante, indepen
diente, p o r tanto, d e todas las demás. E n su virtud, es una
substancia que es p u ra actualidad (¿vép^sia), un acto que es
la pura actividad actual. Y esta actividad es p o r ello mismo
la perfección absoluta. consiste su actividad, su
vida? N o puede consistir en perfecciones tales com o la jus
ticia o la m agnanim idad o la valentía, p o rq u e todo ello su
pone que el T h eós necesitaría de otras cosas. T am p oco tiene
una vida productiva ( TcoÍTja'.c) de cosas. « Y , sin em bargo
— -añade----, todos afirm am os que los dioses viven y son pura
actividad actual. P o r tanto, ¿en qué otra cosa podría consistir
(su v id a ) sino en theoría? P o r consiguiente, la actividad
(évépYsia) divina no puede ser sino teorética» (1 1 7 8 b 20).
M á s aún: es en la theoría m ism a en lo que consiste su vida,
p o rq u e la theoría es un acto del N o u s, y « l a actividad actual
I. Aristóteles 53
b re es fo r m a lm e n te d iv in a . A r is tó te le s d escrib e en un p á rra
f o e x tra o rd in a rio lo q u e es e l b ío s th e o re tik ó s c o m o su pre
m a fe lic id a d d e l h o m b re . « U n a v id a sem ejan te, si e x is te , es
su p erio r a lo h u m an o. P u e s así n o p u e d e v i v i r e l h o m b re en
cu an to h o m b re , sino en cu an to hay en é l a lg o d iv in o . Si el
N o u s es lo d iv in o para e l h o m b re , la v id a , segú n e l N o u s , es
la más d iv in a para e l h o m b re . N o hay q u e d a r c ré d ito a esas
e x h o rta c io n e s, segú n las cuales, sien d o h o m b res , s ó lo p o d e
m os pen sar en cosas hum anas, y sien d o m o rta les, s ó lo en
cosas m o rta les. S in o q u e, en la m e d id a en q u e nos es p o s i
b le , h em os d e in m o rta liza rn o s (dOavaxíS^siv) y h acer to d o
para v i v i r c o n fo rm e a lo más a lto (q u e h ay en e l h o m b r e ),
p o rq u e , aunque p e q u e ñ o en tam añ o, e x c e d e , c o n m u ch o, a
to d o en fu erza y en n o b le z a ... L o más suyo d e cada cosa p o r
n atu raleza es ta m b ié n lo m ás a lto y lo m e jo r d e ella . P o r
tan to, la v id a c o n fo r m e al N o u s es la más alta, p o rq u e el
N o u s es lo m e jo r d e l h o m b r e » (1 1 7 7 b . 2 6 -1 1 7 8 a 8 ). L a
v id a te o ré tic a , pues, n o es s ó lo la más alta, sin o ta m b ién la
más d ivin a .
R e s u m ie n d o : e l th e o re in es una a c tiv id a d , n o s ó lo una
serie d e actos in c o n e x o s ; es un b ío s. P o r ta n to , e l p ro b le m a
q u e e l saber te o r é tic o p la n tea a A r is tó te le s es e l p ro b le m a
d e saber en q u é co n siste e l b ío s th e o re tik ó s , la v id a d e l qu e
se con sagra a la in sp e cc ió n d e lo q u e las cosas son. Y este
b ío s con siste en una a c tiv id a d actu al d e l N o u s , la a c tiv id a d
más alta y d iv in a , en la cual con siste la p e rfe c ta fe lic id a d .
A h o r a b ie n : para A r is t ó t e le s , la filo s o fía p rim e ra , la c ie n
cia ap o d íctica , la cien cia d e m o s tra tiv a d e l e n te en cu an to
tal, es la fo r m a su prem a d e l th e o re in . E s, en e fe c to , la th éo-
ría q u e in sp eccion a n o s ó lo las cosas tales c o m o son (áx?
eoTiv), sino en ta n to q u e son (Xí P o r ta n to , c o m o p r i
m era, esta filo s o fía es p rim e ra n o s ó lo en e l o rd e n d e la
sabidu ría, sino en e l o rd e n d e l th e o re in m ism o . E s th e o ría
I , Aristóteles 55
lo q u e h o y lla m a m o s to p o lo g ía fu e la so lu ció n q u e d io E u le r
al c é le b re p ro b le m a d e lo s siete p u en tes d e K ó n ig s b e r g . P e r o
nada m ás q u e e l p r im e r p aso, p o r q u e au n qu e e l v o c a b lo « t o
p o lo g ía » v ie n e d e L e ib n iz , la v e rd a d es q u e n o s ó lo n o lle g ó
a c o n s titu ir una cien cia m a tem á tica p ro p ia , sin o q u e n i tan
siqu iera se lle g ó a u n c o n c e p to p re c is o d e lo q u e h u b iera
de ser una cien cia m a tem á tica d e l « t o p o s » . L o im p o rta n te
es q u e en este m o m e n to v a a c o m en za r a to m a r cu erp o la
id ea d e una g e o m e tría n o-eu clid ean a, gracias p recisa m en te a
un jesu ita, Saccheri, c o n su fracasad o in te n to d e d em o s tra r
el p o s tu la d o d e las p aralelas d e E u c lid e s. F in a lm e n te , ya lo
in dicab a, D ’A la m b e r t, L a g ra n g e y L a p la c e am p lía n e n o rm e
m en te lo s m é to d o s m a tem á tico s, lo s resu lta d os y e l ra d io
de acción , p o r así d e c irlo , d e la m ecán ica (b a s te re c o rd a r la
suerte q u e ib a a te n e r la ecu ación d e l p o te n c ia l para to d a la
física te ó r ic a ): fu e la crea ció n d e lo q u e d esde en ton ces
se lla m ó m ecán ica ra cion al. A l p r o p io tie m p o se in icia e l
cálcu lo d e va ria cio n es y, so b re to d o , e l cálcu lo de p r o b a b i
lidades. P u es b ien , p o r e x tra ñ o q u e p arezca, ap arte un b r e v e
e sc rito d e ju v e n tu d en q u e K a n t cree h a b er e n te n d id o lo
qu e p re te n d ía L e ib n iz c o n su c o n c e p to d e to p o lo g ía , y d e
algunas alu siones al cá lcu lo d e p ro b a b ilid a d e s , K a n t n o p a
rece acusar la in flu e n c ia d e l d e s a rr o llo d e la n u eva m a tem á
tica q u e fu e c o n te m p o rá n e o a él. C o n v ie n e re g is tra r esta
esp ecie d e «h e c h o n e g a t iv o » ; nos hará sospechar q u e, a p e
sar d e su con stan te re fe re n c ia a la cien cia, la filo s o fía d e
K a n t n o es sin más una te o r ía d e las ciencias, sino a lg o más
radical.
O tr o s m o v im ie n to s d e id eas p o n e n d e r e lie v e la o r ig in a li
dad y e l v a lo r ir re d u c tib le d e la pu ra n atu raleza hum ana.
A n t e to d o , n a tu ra lm en te, R ou sseau . P e r o ta m b ién los m o
ralistas in gleses q u e c ifra n la m o ra l en lo s sen tim ien to s
( S h a fte sb u ry , e tc .). N o o lv id e m o s ta m p o c o la e n o rm e im p re
62 Cinco lecciones de filosofía
m od os d e v id a ; su A n t r o p o lo g ía es b u en te s tim o n io d e este
interés. Y se cuen ta q u e in v ita b a a su m esa a lo s p esca d o
re s ... lle v a n d o p re p a ra d o d e an tem an o, a p r io r i, e l p lan d e
la c o n v ersa ció n y d e lo q u e en e lla q u ería averigu a r. P e r o e l
cen tro más g ra v e d e la m e d ita c ió n d e este h o m b re g e n ia l
fu e lo q u e es, lo q u e p u ed e ser, y lo q u e ha d e ser, la filo s o fía
co m o ciencia.
P a ra acercarnos a la id ea k an tian a d e la filo s o fía , v a m o s
a con sid era r su cesiva m en te cin co p u n to s:
1. ° L a fo rm u la c ió n p recisa d e l p ro b le m a filo s ó fic o para
K a n t.
2. ” L a id ea d e un n u e v o m é to d o en la filo s o fía p rim era .
3. ° L a estru ctu ra d e l saber filo s ó fic o c o m o cien cia de
o b je to s .
4 .° L a filo s o fía c o m o saber de lo tran scen d en te.
5. ° L a u n id ad d e l saber filo s ó fic o : la cien cia filo s ó fic a .
I. L a fo rm u la c ió n d el p ro b le m a filo s ó fic o
un conceptO;, es c o n c e b ir lo d a d o en fo r m a de o b je to . L a
filo s o fía c o m o cien cia n o es, en esta d irec c ió n , sino e l saber
tran scen d en tal d e lo s o b je to s en cuan to tales.
4. ¿ Q u ie r e e sto d e c ir q u e lo tran scen d en te, lo supra
sen sible, a saber, las cosas en sí y su c o n e x ió n en eso qu e
llam a m os m u n d o y alm a, así c o m o su d ep en d en cia de D io s ,
n o ten gan fu n c ió n n in gu n a en la filo s o fía c o m o cien cia? K a n t
recu erda aqu í las d isp o sic io n e s fu n d a m en ta les ( A n la g e ) de
la n atu raleza hum ana: m ien tra s b aya h o m b res, habrá m e ta
física en e l s en tid o d e v e rs ió n a lo tran scen d en te, hacia e l
m u n d o, hacia e l alm a, hacia D io s . E s to es in n ega b le. P e r o
aqu í nos estam os r e fir ie n d o a ese m o d o de saber q u e es
en ten d er, c o m p re n d e r con cien cia las cosas c o m o o b je to s .
E n e l asp ecto te o r é tic o , ya lo h em os v is to , lo tran scen d en te
n o es té rm in o d e cien cia p o r q u e n o ten em o s in tu ic ió n a
q u e ap licar los co n cep to s. L a in te le c c ió n de a lg o p o r pu ros
con cep tos, esto es, sin q u e nos sea d ad o nada en la in tu ició n ,
es lo q u e K a n t lla m a n o ció n . U n c o n c e p to p u ra m en te n o
cion a l, qu e tran scien d e, p o r ta n to , d e las c o n d icio n e s de p o s i
b ilid a d d e la e x p e rie n c ia , es lo qu e K a n t, re c o rd a n d o a P la
tón , llam a Id e a . Y a la fa c u lta d d e l uso d e los con cep tos
p u ros d e l e n te n d im ie n to , es d ecir, a la fa cu lta d de las Id ea s,
es a lo q u e K a n t lla m ó te m á tica m e n te R a z ó n a d ife re n c ia
de E n te n d im ie n to . P u e s b ie n , si se usan lo s co n cep to s d el
e n te n d im ie n to p o r sí m ism os para e n ten d e r, para e x p lic a r
c ó m o son lo s o b je to s , en ton ces la ra zó n c o n sus Id e a s n o
con d u ce a lo tran scen d en te, sino a a lg o d is tin to : a la Id e a
d e una to ta lid a d d e o b je to s . E n fu n ció n te o ré tic a . M u n d o ,
A lm a y D io s n o son n u e v o s o b je to s , sino q u e exp resa n la t o
ta lid a d d e lo s o b je to s en cu an to o b je to s . T ie n e n , p o r esto, n o
una fu n ció n c o g n o s c itiv a , sin o lo q u e K a n t lla m a una fu n
ció n regu la d o ra . L a cien cia n o es s ó lo c o n o c im ie n to de o b je
tos, sino sistem a, una sistem a tiza ció n d e lo s o b je to s . E ste
II. K an t 93
qu e son lo s cu erp os m e d ia n te la id e a d e l á to m o . P e r o , ad e
más, e l n u e v o m é to d o c ie n tífic o in ic ia d o p o r G a lile o , e l d es
c u b rim ie n to d e las le y e s m atem áticas d e la n atu raleza, h abía
cu lm in a d o en la ‘T e o r ía a n a lítica d e l c a lo r, d e F o u rie r. E sta
o b ra suscitó e l en tu siasm o y la a d m ira ció n d e C o m te , q u e
v io en e lla la re a lid a d exacta d e lo q u e para é l ten ía q u e ser
to d o v e rd a d e ro saber. L a a d m ira ció n d e C o m te n o p o d ía
estar más ju s tifica d a . F o u r ie r d io n o s ó lo una te o ría d e l
calor, sino q u e para d arla c reó u n o d e lo s recu rsos más p o
derosos para e n tra r en lo s secretos d e la natu raleza. E l
«a n á lis is d e F o u r ie r » es h o y una d e las cla ves d e la cien cia
d e l á to m o y u n o d e lo s tem as más im p o rta n te s d e la actual
m a tem á tica pura.
E n cu a d ra d o en este m e d io tan a b ig a rra d o p o r un la d o y
tan esp era n za d o r p o r o tr o , A . C o m te se e n fre n ta co n e l p r o
b lem a d e la filo s o fía . V a m o s a segu ir su m archa en tres pasos
sucesivos:
1. ° C ó m o v e C o m te la filo s o fía c o m o p ro b le m a .
2. ° C ó m o e n tie n d e q u e d e b e c o n s titu irs e e l saber filo s ó
fic o , es d ecir, la id e a d e una filo s o fía p o s itiv a .
3. ° Q u é es la filo s o fía c o m o sab idu ría d e l e sp íritu
hum ano.
I. La filosofía como problema
A l ig u a l q u e K a n t, c o m ie n za C o m te p o r reco rd a r qu e
para A r is tó te le s era n ecesa rio c o n c e b ir la filo s o fía c o m o una
cien cia estricta, c o m o una v e rd a d e ra ep istém e. Y c o m o K a n t,
fo rm u la C o m te la p reg u n ta cru cial; ¿ lo c o n s ig u ió A r is t ó
teles? L a m an era c o m o K a n t con testa a esta in te rro g a n te
está d eterm in a d a p o r e l e x a m en d e l estad o in te rn o d e las
ciencias, esto es, p o r un análisis in te rn o d e l c o n o c im ie n to
en cu an to tal. L a ru ta q u e v a a e m p re n d e r C o m te para en
fren ta rse con aq u ella cu estión es sen sib lem en te d istin ta. L o
qu e le in teresa , en p rim e ra lín ea , n o es lo qu e ha su ced id o
en cada una d e las ciencias y en la filo s o fía c o m o cien cia,
sino a lg o c o m p le ta m e n te d is tin to : la cien cia y la filo s o fía
con sideradas c o m o un asp ecto d e l esta d o g e n e ra l d e l esp íritu
hum ano. A q u e llo qu e a ra d ice c o n s titu y e e l p ro b le m a filo s ó
fic o segú n C o m te , n o es una o p e ra c ió n más o m en os abstrac
ta y esp ecu la tiva , sino una o p e ra c ió n d e l e n te n d im ie n to , en
ta n to q u e esen cia lm en te in ca rd in a d o en una c o le c tiv id a d , en
la sociedad. L a filo s o fía es s iem p re y s ó lo un m o m e n to d e la
e v o lu c ió n d e l e s p íritu h u m an o. C o m te es, ante to d o , u n so
c ió lo g o , y e n fo c a s o c io ló g ic a m e n te e l p ro b le m a de la f i l o
sofía. L a filo s o fía , c o m o m o d o d e saber, n o es, pues, c o m o
to d a v ía creía K a n t, una o p e ra c ió n in trín seca al e n te n d im ie n
118
III. A . Com te 119
to d e cada cual. P o r q u e e l in d iv id u o , n os d ic e C o m te , en c o n
tra d e lo q u e p en s ó R ou sseau , es un a b stra cto. L o ú n ico c o n
c re to es la so cied a d , a pesar d e q u e e l v o c a b lo « s o c ie d a d »
sea, m o r fo ló g ic a m e n te , un abstracto.
L o s h o m b res , nos d ice C o m te , v iv e n en cada in stan te en
una u n id a d social, en la q u e re cib e n su ú ltim a con creció n .
E sta u n id ad d e te rm in a en cada cual, y , a su v e z , cada cual
--- o p o r lo m en os algu n os d e lo s in d iv id u o s --- d eterm in a en
la so cied a d en q u e v iv e , un c o n ju n to d e con cep to s, d e m o
dos d e v e r las cosas, un c o n ju n to d e id eas gen era les acerca
d e las cosas y d e lo s h o m b res m ism os, en q u e to d o s lo s
in d iv id u o s c o n v ie n e n , m e jo r d ich o , u n c o n ju n to d e ideas
gen era les características d e la socied a d . Y , 1 ° , este c o n ju n to
d e ideas b ro ta esp o n tá n ea m en te en e l sen o d e to d o s lo s
h om b res q u e v iv e n en esa socied a d ; es, c o m o d ice C o m te ,
le b o n sens, e l b u en s en tid o d e lo s h o m b re s d e d ich a so c ie
dad. 2.°, e l c o n ju n to d e estas ideas, tom adas en su m á xim a
g e n e ra lid a d d e n tr o d e un estad o social d e te rm in a d o , es lo
q u e lla m a C o m te la sagesse u n iv e rs e lle , la sabidu ría u n i
versal. ¿ C ó m o ?
L o s h o m b r e s --- m a n ten ga m os e l p lu ra l— se h allan ro d e a
dos d e to d a su erte d e cosas, fa v o ra b le s unas, adversas otras,
fa m ilia res unas e in sólita s otras. E s te c h o q u e con las cosas
p ro d u ce V é to n n e m e n t, e l 0ao{JLá2Isiv (C o m t e v u e lv e a citar
a A r is t ó t e le s ), esto es, el asom b ro. P e r o e l h o m b re n o p u ed e
lim ita rs e a a d m ira r las cosas y asom b rarse an te ellas. Se lo
im p id e a lg o más ra d ical q u e una o p e ra c ió n in te lec tu a l: la
n ecesid ad v ita l. P a ra p o d e r v iv ir , e l h o m b r e n ecesita p o n e r
un c ie rto o rd e n e n tre las im p resio n es q u e le p ro d u cen las
cosas q u e le ro d ea n . Y n ecesita p o n e r lo para saber c ó m o
con d u cirse e n tre las cosas. E s d ec ir, la v id a le fu e rza a
p o n e r o rd e n p ara p o d e r p r e v e r lo q u e v a a o cu rrir. L a p r e
v is ió n es la ra íz d e esa o rd e n a c ió n d e las im p resio n es q u e
120 Cinco lecciones de filosofía
dem os, con el m ism o Com te, em plear para nuestro problem a,
com o sinónim os, régim en y estado, puesto que el régim en
es lo que hace que el espíritu se halle constituido en un
«e s t a d o » determ inado. T o d o estado se halla, en prim er lugar,
caracterizado p o r una intrínseca unidad de las ideas entre
sí, en la que convergen los hom bres que viven en la socie
dad. Ciertam ente, pu ede haber, y hay, num erosas disconfor
m idades individuales, pero son siem pre aisladas; un estado
es un m odo de pensar unitario p ro p io de la sociedad en cuan
to tal. E n segundo lugar, es una unidad organizada, un verd a
dero «r é g im e n ». N o se trata de una m era copulación de
ideas, sino de una «o rg a n iz a c ió n » de ideas en un do ble sen
tido: porqu e en su «c o n te n id o » m ism o se hallan organizadas
entre sí; pero, sobre todo, p o rqu e constituyen los «m o d o s de
p e n sa r» propios del estado en cuestión. L as ideas de este
régim en son las suprem as instancias a que indiscutidam ente
apela todo el que se enfrenta con los problem as de las cosas
y de los hom bres. E n tercer lugar, esta unidad de régim en
cobra el carácter de un saber más o menos racional. Cuarto,
finalm ente, esta unidad así entendida constituye la base fu n
dam ental, la base sobre la cual se halla asentada toda la
serie de m odos de convivencia, de «estados sociales» en el
sentido usual del vocablo. Y esta unidad del espíritu hum ano
así estructurado es lo que C om te llam a «e s t a d o ». E s, sin
duda, una concepción sobre la que ha in flu id o la idea del
espíritu o bjetivo de H e g e l. E l «e s t a d o » social de Com te no
se confunde, en efecto, con los estados de espíritu de los
individuos, sino que, con una cierta independencia de éstos,
posee una estructura p ro p ia : todos, hasta los disconform es
en su disconform idad, se inscriben en este estado social, el
cual, p o r tanto, tiene una objetividad propia.
P e ro Com te subraya, temáticamente, el carácter de « e s
ta d o » de este espíritu objetivo. L o llam a estado p o r dos
ÍII. A . Com te 123
razones. P rim e ra m e n te , p o r q u e es a lg o e n q u e « s e e s tá ». L a
cosa es esen cial: la e s ta b ilid a d es la c o n d ic ió n p rim a ria de
una estru ctu ra social. S egu n d o, p o r q u e n o es sino « e s t a d o » ,
es d ecir, a lg o q u e v ie n e d e o tro s estad os y v a hacia o tro s.
Y e sto es esen cial en C o m te . C ada esta d o, cada ré g im e n in
telectu a l, n o es s im p le m e n te una estru ctu ra d e l e sp íritu so
cial, sin o q u e es un estad o a qu e se ha lle g a d o , un estad o
qu e, en d e fin itiv a , a b re o tro s p o s ib les estad os en e l fu tu ro .
P u es b ien , a a q u e llo según lo cual e l esta d o es « e s t a b le »
llam a C o m te « o r d e n » : o rd e n en las ideas, en las costu m
bres, en las in stitu cio n es , etc. Y a q u e llo según lo cual to d o
estad o v ie n e d e o tro s y lle v a , p o r lo m en os en p rin c ip io , a
otro s, es a lo q u e C o m te lla m a « p r o g r e s o » . L a u n id ad in tr ín
seca e n tre o rd e n y p ro g re s o es, en d e fin itiv a , para C o m te , la
v erd a d e ra estru ctu ra d e to d o « e s t a d o » : es un o rd e n p r o g r e
sivo, o un p ro g re s o o rd e n a d o . N u n c a se h artará de r e p e tir lo
C o m te : to d o saber, to d a in s titu c ió n so cia l o p o lític a , to d a
m oral, etc., es esen cia lm en te o rd re e t p ro g ré s .
A h o r a b ie n , la filo s o fía es e l ré g im e n in te le c tu a l d e to d o
estado. C ie rta m e n te , segú n d ijim o s antes, n o se id e n tific a ,
sin m ás, con este ré g im e n , en e l s e n tid o d e «s a b id u r ía » u n i
versa l; p e ro es una r e fle x ió n sob re él, y a fu e r de ta l p e r te
nece a ese ré g im e n m ism o . E n su v ir tu d , la filo s o fía es el
m o m e n to fu n d a m e n ta l d e to d o esta d o ; y, re cíp ro c a m e n te , la
filo s o fía n o es más q u e la e x p re s ió n d e l ré g im e n in te lec tu a l
de un estad o.
E s to supuesto, fr e n te a lo q u e p en sa ro n A r is tó te le s y
K a n t, una d e las id eas cen trales d e A u g u s te C o m te ha sido,
in n eg a b le m e n te , la d e c o n c e b ir q u e « l a » filo s o fía en sin gu lar
n o es a lg o q u e haya e x is tid o n i p u eda e x is tir, sino q u e hay
d is tin to s tip o s de filo s o fía . P re c is a m e n te p o r q u e es un estad o
que v ie n e d e o tro s y con d u ce a o tro s , la filo s o fía es algo
esen cia lm en te d iv e rs o en sí m ism a. E sta id e a es fu n d a m en
124 C inco lecciones de filosofía
q u e nos dan la im p re s ió n d e l m o v im ie n to . P e r o lo q u e la
p a n ta lla n os o fr e c e n o es e l m o v im ie n to ; las im á gen es d e
la p a n ta lla n o están en m o v im ie n to . P a ra q u e lo e s tu v ie
ran, haría fa lta q u e cada im a g e n saliera d e la a n te rio r c o m o
una p ro lo n g a c ió n in tern a , c o m o u n a te n sió n q u e se v a
d es p le g a n d o en otras d iversa s im á gen es. P e r o en ton ces, e l
m o v im ie n to ya n o sería su cesión en e l tie m p o , sin o d u ré e
pura, una m u ltip lic id a d m e ra m e n te c u a lita tiv a d e la te n
sión d in á m ica m ism a. T a n t o en su asp ecto c u a lita tiv o ,
c o m o en su asp ecto m ecá n ico , la cien cia fís ic a ha espaciali-
za d o e l tie m p o , co n lo cual e l tie m p o m is m o se le h a esca
p ad o. E se n cia l escapada: es ju s to lo q u e nos p e rm ite m o
v e rn o s co n segu rid a d e n tre las cosas. P e r o la filo s o fía n o
p re te n d e e sto , sino a p re h en d er las cosas en su re a lid a d
in m e d ia ta m e n te dada. Y las cosas físicas tie n en ese m o d o
d e ser q u e es la d u rée. Su a p reh en sió n es o b je to d e la
in tu ició n .
Y esto q u e es v e r d a d tra tá n d o se d e la re a lid a d física , es
aún m u ch o más v e rd a d e ro tra tá n d o se d e la re a lid a d d e l es
p íritu , d e la con cien cia. L a p s ic o lo g ía c o m o cien cia p o s itiv a ,
ten ía d os gra n d es asid eros: la id ea d e q u e los estad os d e
con cien cia tie n e n gra d o s d e in te n sid a d c u a n tita tiva m e n te
m en su rables y la id e a d e q u e la con cien cia m ism a es una
asociación d e estados m ú ltip le s , n u m érica m en te d istin to s.
A h o r a b ien , para B e rg s o n e sto es c o m p le ta m e n te fa ls o ; y la
fa ls ed a d p ro c e d e d e v o lc a r s o b re la con cien cia e l tie m p o
c o m o sucesión, p r o p io d e la física . U n estad o d e c o n c ie n
cia, p o r e je m p lo un d o lo r, n o au m en ta en in ten sid a d ; lo
q u e lla m a m o s in ten sid a d es un c a m b io d e cu alid ad in sen
sib le, acom p añ ad o, ta l v e z , d e una e x te n s ió n d e ia zon a
d o lo ro s a . P e r o , en la p ráctica, p res c in d im o s d e estos m i
núsculos cam b ios c u a lita tiv o s , y en to n ces a d scrib im os los
m o m e n to s m ás re lev a n tes d e l d o lo r a una escala en la qu e
182 Cinco lecciones de filosofía
d ic h o ja m á s , q u e la r e a lid a d sea p u r o c a m b io , t í a d ic h o q u e
es du7'ée, c o s a s e n s ib le m e n t e d is t in t a . H a lla m a d o m o v i l i
d a d a e s t e c a r á c t e r d u r a t iv o , p e r o n o h a lla m a d o , a la i n
v e r s a , d u r a c ió n a l p u r o c a m b io . H a t o m a d o d e l m o v i m ie n
t o n o l o q u e t ie n e d e c a m b io , s in o l o q u e t ie n e d e d u r a
c ió n , d e t e n s ió n in te r n a . E n s e g u n d o lu g a r , B e r g s o n n o h a
n e g a d o ja m á s la p e r s is t e n c ia d e a lg o e n la d u rée. L o q u e
h a a fir m a d o es q u e la d u ré e a fe c t a a la r e a lid a d p o r e n t e r o ,
d e s u e r te q u e l o p e r s is t e n t e n o es fo r z o s a m e n t e u n s u je to
q u e s iib y a c e al m o v im ie n t o .
L a s co sa s t ie n e n , p u e s , e s e m o d o d e s e r p r o p i o q u e es
d u ra r . Y c o m o la d u r a c ió n es a lg o in t e r n a m e n t e c u a lific a d o
y d i r ig id o , e l á m b it o d e la f i l o s o f í a es la t o t a lid a d d e l o r e a l,
n o s im p le m e n t e e l e s p ír it u . L o q u e s u c e d e es q u e la in t u i
c ió n d e l e s p ír it u s ir v e (c o m o s e r v ía p a ra P l a t ó n la m a t e m á
t ic a ) c o m o a c c ió n c a tá r tic a p a ra p u r ific a r n o s d e la p u r a m a
te r ia , C o m o t o d a g r a n f i l o s o f í a , la d e B e r g s o n n o s d a a la v e z
u n a n u e v a c o n c e p c ió n d e l e s p ír it u y u n a n u e v a c o n c e p c ió n
d e I-a m a t e r ia .
II, J^a e v o lu c ió n . ----E s ta s d is t in t a s d u r a c io n e s q u e c o n s
t it u y e n e l t o d o d e l o r e a l n o e s tá n m e r a m e n t e y u x ta p u e s ta s
p a r a B e r g s o n . P o s e e n u n a in t e r n a a r t ic u la c ió n s u m a m e n te
p r e c is a : es la e v o lu c ió n . S e h a q u e r id o d e c ir e n to n c e s q u e
B e r g s o n es u n t r a n s fo r m is t a . E s o t r a d e f o r m a c ió n e n c a r i
c a tu ra , p o r q u e p a ra B e r g s o n se tr a t a e s t r ic t a m e n t e d e lo
c o n t r a r io d e u n a t r a n s fo r m a c ió n . B e r g s o n h a e s c r it o c ie r t a
m e n t e q u e la v id a es u n élan, d e s d e la m á s m o d e s t a a m e b a
h a s ta e l e s p ír it u m á s s e le c t o , c o m o e l d e S a n ta T e r e s a .
P e r o e s te élan n o es u n a t r a n s fo r m a c ió n , s in o ju s t a m e n t e
l o c o n t r a r io : es u n a in v e n c ió n e n c a d a u n a d e sus fa s e s , o ,
c o m o d ic e B e r g s o n , es u n a e v o lu c ió n « c r e a d o r a » d e a lg o
n u e v o , im p r e v i s ib l e p o r n o h a lla r s e c o n t e n id o en la ta s e a n
t e r io r . Y e s t o n o s ó lo p o r l o q u e c o n c ie r n e a l e s p ír it u , s in o
IV . Bergson 201
« p o n ie n d o e n tre p a r é n te s is » C E in k la m m e r u n g ); la c o n v iv o
en p u ra ab sten ció n d e su v ig e n c ia real. N o a b a n d o n o, pues,
la v id a re a l; m e q u e d o en e lla , e n to d a su riq u e za y d e ta lle ,
en las v a rie d a d e s d e cada v iv e n c ia . P e r o sin c ree r en su
rea lid a d . L a re d u cc ió n con siste, p u es, en re d u cir e l m u n d o
re a l e n te r o a a lg o q u e n o es re a lid a d ; te n g o , p o r esta
o p e ra c ió n , un m u n d o re d u c id o . N o p ie r d o nada d e lo q u e
es re a l; p ie r d o s o la m e n te su ca rá cter d e rea lid a d . ¿ A q u é
q u ed a re d u c id o en to n ces e l m u n d o ? Ju stam en te a n o ser
sin o lo q u e aparece a m i co n cien cia y en ta n to q u e m e apa
re ce ; es d ecir, q u ed a re d u c id o a p u ro fe n ó m e n o . L a re
d u cció n es, pues, fe n o m e n o ló g ic a .
E sta red u cció n , y e l fe n ó m e n o p o r e lla lo g ra d o , tie n e n
una p recisa estru ctu ra, o , si se q u ie re , esta red u cció n tie n e
dos d im en sio n es. E n p r im e r lu g a r, en e l acto m is m o d e
suspensión, to d o lo q u e se p resen ta b a c o m o un h ec b o d eja
d e ser fá c tic o . E l h ech o es s ie m p re y s ó lo la re a liza c ió n d e
a lg o en su co n c re ció n in d iv id u a l. Si suspen do este carácter
d e h ech o , lo q u e se m e ap arece es s im p le m e n te la c o n fig u
ra ció n in trín seca q u e p o s e e lo d a d o . E n lu g a r d e l p u ro h ech o
ten em o s e l eidos. Si en este r o jo d e h ech o, p res c in d o d e q u e
sea « d e h e c h o » r o jo , m e q u e d o tan só lo co n « l o » r o jo . E s te
eid os n o es sin más un « c o n c e p t o » gen era l. N o en tre m o s en
este m o m e n to a e x p o n e r la c o n c e p c ió n h usserliana d e l e id os
y d e su v is ió n . L o d ic h o b asta para d ar a e n te n d e r q u e la
red u cció n fe n o m e n o ló g ic a es an te to d o y sob re to d o una
red u cció n e id é tic a ; una re d u cc ió n d e lo fá c tic o a lo e id é tic o .
P e r o n o es so la m en te esto. L o m ás im p o rta n te es q u e se
red u ce la re a lid a d en su m is m o carácter d e rea lid a d . C o n lo
cual, e l m u n d o re d u c id o a fe n ó m e n o resu lta ser p e r fe c ta
m e n te irre a l. P e r o irre a l n o s ig n ific a fic tic io o cosa sem e
jan te. S ig n ific a tan s ó lo q u e p res c in d e , p o r e p o ch é , d e to d a
alu sión a la rea lid a d . P a ra H u s s e rl esto n o es una p é rd id a .
V. H usserl 219
p o r ser a lg o in te n c io n a l, p o r e n v o lv e r en sí m ism a, la r e fe
ren cia o d ire c c ió n hacia a lg o o tr o q u e la con cien cia m ism a.
E l análisis estru ctu ral d e la c o n cien cia p u ra ha d e d e te r m i
nar con p re c is ió n q u é sea esta in te n cio n a lid a d .
a) L a in te n c io n a lid a d an te to d o es ese m o m e n to según
e l cual la co n cien cia es a lg o q u e s ó lo lo es « d e » o tr o algo.
E n este asp ecto la co n cien cia es una in te n tio , o c o m o d ic e
ECusserl, es una noesis. L a c u estió n está en c ó m o e n tie n d e
ILu sserl esta in te n tio . P o r lo p ro n to , n o se trata d e una « r e
la c ió n » e n tre u n acto y su o b je to . N o se trata d e q u e la
con cien cia c o m o in te n tio sea a lg o con clu so c o m o acto m ío
q u e es, y q u e « l u e g o » se esta b lec iera una re la c ió n con a lg o
q u e n o es e lla m ism a, y q u e está a lle n d e ella, re la c ió n q u e
se ex p resa ría en e l « d e » . N o se tra ta d e esto, p o rq u e e l d ir i
girse al o b je t o n o es un m o m e n to añ a d id o a la con cien cia,
sino q u e p e rte n e c e fo r m a lm e n te a la con cien cia en cuanto
ta l; d e su erte q u e la in t e n t io n o es un acto con clu so fr e n te
al o b je to , sin o q u e s ó lo es con clusa c o m o acto en su r e fe
ren cia m ism a a éste. D ic h o en o tro s té rm in o s : e l « d e » n o
es una re la c ió n de la in te n tio al o b je to , sino qu e es la es
tructura m ism a d e la in te n tio . E n su v irtu d , to d a con cien cia
e n v u e lv e in trín seca m en te la «e x is te n c ia in te n c io n a l» d e su
o b je to . N o se trata d e una e x is te n c ia y d e un o b je to reales,
sino d e a lg o d is tin to : d e una e x is te n cia y d e un o b je to in
ten cion ales.
P e r o e sto n o es s u fic ie n te aún. B re n ta n o , al red escu b rir
la in te n c io n a lid a d se h ab ía lim ita d o a lo q u e acabam os d e
d ecir. L a in te n c io n a lid a d es, p ara B re n ta n o , un p u ro fa k -
tu m , e l fa k tu m d e q u e la con cien cia e n v u e lv e in trín s e c a
m e n te e l m o m e n to d e l « d e » ; to d o p e rc ib ir en un « p e r c i
b ir - d e » , to d o re co rd a r es un « r e c o r d a r - d e », to d o q u e re r
es un « q u e r e r - d e » , etc. E s la in te n c io n a lid a d c o m o m era
« c o r r e la c ió n » . Q u e esto sea v e rd a d n o es a lg o d e qu e d u d e
228 C inco lecciones de filosofía
p o r lo q u e la fe n o m e n o lo g ía n o es en n in gú n s en tid o p s i
c o lo g ía d e s c rip tiv a .
E n d e fin itiv a , al p ro b le m a d e l o rig e n y p la n te a m ie n to
d e l p ro b le m a filo s ó fic o c o m o té rm in o d e una cien cia ab so
lu ta, re s p o n d ió H u s s e rl co n un s o lo c o n c e p to : re d u cc ió n .
A l p ro b le m a d e la p o s ib ilid a d d e la filo s o fía c o m o cien cia
estricta, H u s s e rl ha re s p o n d id o con o tr o c o n c ep to : in t u i
c ió n . P e r o c o m o la filo s o fía n o es una m era e s tra tific a c ió n
d e p ro b le m a s , H u s s e rl n ecesita d ecirn o s cuál es para é l el
p ro b le m a filo s ó fic o radical. A esta p reg u n ta v a a re s p o n
d er H u s s e rl con un te rc er c o n c e p to p ro p io . V a m o s a v e r lo .
I II. El problema filosófico radical
H u s s e rl q u ie re ju s tific a r e l m u n d o ; y ju s tific a c ió n n o
es sino d es c u b rim ie n to d e l ser esen cial. E s te d escu b rim ien
to se lo g r a m e d ia n te la re d u cc ió n y la e v id e n c ia in tu itiv a .
E sta la b o r, este e s fu e rzo d e e x p e rie n c ia fe n o m e n o ló g ic a , lo
ha lle v a d o a cab o en tres etapas sucesivas.
E n p rim e r lu gar, H u s s e rl ha lle v a d o a cab o e l análisis
fe n o m e n o ló g ic o d e los actos fu n d a m en ta les d e la c o n c ie n
cia: la p e rc e p c ió n , e l re cu erd o , la s ig n ific a c ió n , la razón ,
e l ju ic io , etc. C ada u n o de estos m o d o s de con cien cia tie n e
su p ecu lia r m o d o de serie d a d o su o b je to c o rres p o n d ien te.
R e c íp ro c a m e n te , cada o b je to tie n e su m o d o p ecu lia r, se
gú n e l cual es d a d o a la con cien cia, se « c o n s t it u y e » , en un
m o d o p r o p io d e con cien cia,
P e r o éste n o ha sid o sin o e l p r im e r paso d e la fe n o m e
n o lo g ía . C o n este in stru m en to en la m an o, H u s s e rl ha aco
m e tid o e l análisis fe n o m e n o ló g ic o d e las gran des estru ctu
ras esen ciales d e l m u n d o : lo q u e es la m a teria lid a d , lo q u e
es la an im a lid a d , lo q u e es la re a lid a d hum ana y lo q u e es
la in te rs u b je tiv id a d . E s, c o m o é l lo llam a, la co n s titu c ió n
de las gran d es o n to lo g ía s re g io n a le s. C o m p re n d e m o s p o r
qu é las lla m a « o n t o lo g ía s » . O n t o lo g ía es la cien cia d e l ser,
y para H u s s e rl el ser es la esencia, a q u e llo q u e la cosa « e s » ,
237
238 Cinco lecciones de filosofía
c o rre la to n o es a lg o q u e s im p le m e n te « e s t á » c o n s titu id o
ante la con cien cia, sino q u e lo está p o rq u e la con cien cia
m ism a es c o n stitu yen te. L a s u b je tiv id a d es co n stitu yen te. Y
este es un n u e v o c o n c e p to d e l su jeto. S u b je tiv id a d es un
h acer q u e las cosas se va y a n m a n ife sta n d o , d án d ose a la
con cien cia tales c o m o son en sí (e n fó rm u la d ifíc il de
trad u cir es un e n ts p rin g e n -la s s e n -a u s ). Se trata d e un hacer
desde m í m ism o , p e ro d e un h acer m a n ifestarse. D e s d e el
sistem a d e m is v iv e n c ia s , e l m u n d o se v a c o n s titu y e n d o y
qu ed a c o n s titu id o c o m o s en tid o d e m i e g o en él.
4. E s to supuesto, para H u s s e rl la filo s o fía n o es sino
la cien cia estricta y rigu ro sa d e l m u n d o y de m í m ism o. Su
p ro b le m a ra d ica l es ju sta m en te la c o n s titu c ió n de m i ego y
d e l m u n d o en qu e este e g o v iv e . E n rig o r, es el p ro b le m a
de la au to-con stitu ción . E s e l in te n to su p rem o de lle v a r la
co n stitu ció n a e vid en c ia , es d ecir, es e l su p rem o in te n to de
lo q u e H u s s e rl ha lla m a d o razón : es la reco n stitu ció n e vi-
d en cial de lo q u e soy c o m o ego, y de lo qu e es e l m u n d o
de este ego. E sta re co n s titu ció n es la suprem a v iv e n c ia .
P o r esto la filo s o fía es para E lu sserl v id a tran scen d en tal o
esencial. N o es una segunda v id a ju n to a la natural, sino un
segu n do m o d o de v i v i r la m ism a v id a : v iv ir la , n o en a c ti
tu d d e creen cia en su rea lid a d , sino de e v id e n c ia c ió n d e su
esencia. E n este sen tid o y s ó lo en este, es la filo s o fía para
H u s s e rl la ra zó n absoluta. N o se trata d e q u e H u s s e rl sea
un ra cion alista de a n tigu o e s tilo para e l q u e las cosas son
p u ra m en te racion ales sin nada d e « ir r a c io n a l» . T o d o lo
co n tra rio . P o r q u e la e v id e n c ia c ió n fe n o m e n o ló g ic a deja a
las cosas tales co m o son. Y si son irra cio n a les, las d eja en
su irra cio n a lid a d . L a e v id e n c ia de q u e a lg o es irra cio n a l es
para m í la ra zón de su irra cio n a lid a d . L o irra cion al tie n e
su p u esto en la filo s o fía de H u s s erl.
C o m o la razón así en ten d id a es algo tra n scen d en talm en
246 Cinco lécciones de filosofía
con fu n d a m o s esta id e a d e la c o n c e p c ió n d e l m u n d o co n lo
q u e antes h em os lla m a d o im a g e n d e l m u n d o ; m ien tra s esta
ú ltim a c o n c iern e tan s ó lo al c o n o c im ie n to o b je t iv o d e l m u n
d o circu n d a n te, ta n to in te r io r c o m o e x te r io r , la c o n cep ció n
d e l m u n d o se r e fie r e a la to ta lid a d d e la v id a .
T o d a v id a , d ecía, im p u lsa a una c o n c ep c ió n d e l m u n d o.
P e r o este m o v im ie n to es e n o rm e m e n te p ro b le m á tic o y d if i
cu lto so . Y es q u e la v id a , d esd e e l p u n to d e v is ta d e su es
tru ctu ra to ta l, se b a ila a fecta d a p o r d os caracteres q u e se
o p o n e n a su p ro p ia u n id ad . D e un la d o , la v id a tie n e in tr ín
secas cesuras o lagu n as; d e o tr o , tie n e m o m e n to s qu e
se c o n tra p o n e n irre d u c tib le m e n te e n tre sí. Y to m a d a en su
p ro p ia to ta lid a d , la v id a se b a ila in scrita e n tre u n n a c im ie n
to y una m u e rte q u e n o p u e d e n fá c ilm e n te c o m p re n d ers e
d esde la v id a m ism a. E stas d ific u lta d e s , inscritas en la es
tru ctu ra m ism a d e la v id a , c o n s titu y e n un en igm a. L o s e n ig
mas son ju sta m en te lo s q u e im p u lsan , p o r un la d o , a una
co n cep ció n d e l m u n d o, y lo s q u e, p o r o tr o , la d ific u lta n . E l
o b je to d e la c o n c ep c ió n d e l m u n d o n o es e l en ig m a d e l c o
n o c im ie n to o b je tiv o , sin o e l e n ig m a d e la v id a . E n la c o n
cep ció n d e l m u n d o, suscitada p o r lo s en igm as de la v id a ,
busca e l h o m b re firm e z a , efica cia , d o m in io d e la v id a . A h o
ra b ie n : la filo s o fía es u n tip o d e c o n c ep c ió n d e l m u n d o. D e
ahí q u e su o b je to p r o p io es e l e n ig m a d e la vida. H e aq u í
lo q u e D ilt b e y buscaba.
P e r o , ya lo in d icab a, e sto n o es su ficien te. E l h o m b re
p u ed e r e s o lv e r lo s en igm as d e la v id a , o p o r lo m en os p u ed e
situarse fr e n te a lo s en igm as d e la v id a , en m u y d iversas
actitudes. T o d a c o n c ep c ió n d e l m u n d o e m e rg e d e una e x
p erie n cia d e la v id a m ism a. Y c o m o tal, e n v u e lv e s iem p re
los tres m o m e n to s d e im a g e n d e l m u n d o , e x p e rien c ia d e la
v id a y p rin c ip io d e acción. P u e s b ie n : e l h o m b re se h a lla en
su v id a c o n s titu tiv a m e n te ro d e a d o d e lo in v is ib le v en cons-
252 Cinco lecciones de filosofía
L a p o s ic ió n d e H e id e g g e r fr e n te a H u s s e rl co n ciern e, a
la v e z , al té rm in o m is m o d e la fe n o m e n o lo g ía , es d ec ir, al
p ro b le m a filo s ó fic o , y al acto ra d ica l d e red u cció n en q u e se
abre este p ro b le m a . Y este ú ltim o p u n to le lle v a a e n fre n
tarse ta m b ién co n D iltb e y .
I. E l p r o b le m a f ilo s ó f ic o fu n d a m e n ta l.— ^Tíusserl ha in
te n ta d o esclarecer eso q u e lla m a m o s ser. P e r o <{qué e n
tie n d e p o r ser? H u s s e rl nos d ic e : ser es, p o r e je m p lo ,
ser h o m b re , ser p ied ra , ser an im a l; esto es, ser es esa
u n id ad d e s en tid o q u e lla m a m o s esencia. P a ra H e id e g g e r
esto es in s u fic ie n te , p o r q u e lo q u e d e esta su erte se ha
escla recid o es, p o r e je m p lo , lo q u e es e l h o m b re. Sin e m b a r
g o , se ha resb a la d o en ton ces s o b re e l « e s » m ism o cu an do
d ecim o s d e a lg o qu e es h o m b re . E s d ec ir, en e l e s tric to r i
g o r d e lo s té rm in o s , H u s s e rl n o se ha p la n te a d o e l p r o b le
m a d e l s e n tid o d e l ser. H e id e g g e r recu erd a a este p r o p ó s ito
un pasaje d e l S o fis ta d e P la tó n en e l q u e se e n fre n ta con
to d o s lo s fís ic o s a n terio res a é l y co etá n eo s suyos, q u e d icen
qu e el ser es lo ca lien te o lo fr ío , o lo h ú m ed o o lo seco.
P la tó n les rep roch a e l q u e con e llo c o n fu n d en el ser (sTvai
con « l o q u e » es e l ser en cada caso. L o cá lid o « e s » , p e ro
« e s » n o es lo cálid o, p o r q u e ta m b ién lo fr ío « e s » . H a b la n
261
262 Cinco lecciones de filosofía
o n to ló g ic o . Q u e d a así fo r m u la d o su p ro b le m a : Ser y T ie m
p o . <fCóm o a fro n ta rlo ?
II. L.a ra íz d e l p r o b le m a f ilo s ó f ic o .— ^Husserl se e le v a
tra n scen d en ta lm en te d esd e la v id a n atu ral al p ro b le m a f i
lo s ó fic o m e d ia n te un acto d e red u cció n . P e r o en este acto
a tien d e H u s s e rl s o la m e n te al té rm in o a q u e n os co n d u
ce, a la e sfera d e lo tran scen d en tal. P o r esto, la red u cció n
es un acto q u e, para H u s s e rl, rep o sa en c ie rto m o d o so
b r e sí m ism o . A h o r a b ie n : H e id e g g e r se p la n tea e l p r o
b le m a d e la red u cció n c o m o un acto ejecu tad o. Y , d esde
este p u n to d e v ista , la re d u cc ió n es u n acto d e la v id a n a
tu ral d e l h o m b re . C ie rta m e n te n o es la v id a n atu ral m is
m a, p e ro ta m p o c o es a lg o m e ra m e n te su p erp u esto a ella ,
sino q u e es un acto q u e e m e rg e d e esa v id a natu ral, sim
p le m e n te c o m o una p o s ib ilid a d q u e le p e rte n e c e p o r su
p ro p ia ín d o le . Será n ecesa rio d e te rm in a r, pues, la estru ctu
ra d e la v id a n atu ral para v e r en q u é p u n to d e e lla b ro ta ,
y c ó m o b ro ta , la filo s o fía c o m o una p o s ib ilid a d hum ana,
H u s s e rl ha d e s a te n d id o esta in v e s tig a c ió n . E sta in v e s tig a
ció n n o es aún una o n to lo g ía , p o r q u e e l h o m b re n o es n a
tu ra lm en te un o n tó lo g o . Sin e m b a rg o , p u ed e serlo. Y , p o r
esto, este análisis d e la v id a es una p re -o n to lo g ía . H e id e g
g e r lo lla m a o n to lo g ía fu n d a m e n ta l, d o n d e fu n d a m en ta l s ig
n ific a fu n d a n te d e la p o s ib ilid a d d e la o n to lo g ía . L a filo s o
fía , esto es, la o n to lo g ía , es una p o s ib ilid a d q u e arranca de
la p re -o n to lo g ía in scrita en e l ser d e l h o m b re.
III. D e te r m in a d o así e l p ro b le m a filo s ó fic o y su raíz,
H e id e g g e r se v e re tr o tr a íd o a u n análisis estru ctu ral d e l
h o m b re y d e su v id a natu ral. E s e l p u n to en q u e H e id e g g e r
ha d e e n fre n ta rse con D ilth e y . D ilth e y , y en g e n era l tod a
la llam a d a filo s o fía d e la v id a , to m a la v id a c o m o a lg o q u e
tran scu rre en sus d iversas v iv e n c ia s . Y aqu í está la ra d ical
in su ficien cia d e D ilth e y . H a c e fa lta cara cterizar la v id a c o m o
264 Cinco lecciones de filosofía
E n e l h o r iz o n te d e la te m p o re id a d c o m p re n d e m o s q u e
e l s e n tid o d e l ser es m u ch o m ás v a s to d e lo q u e hasta ah ora
h ab ía p a re cid o . H a s ta ah ora se e n te n d ía p o r ser un carácter
d e las cosas « q u e están a h í» o r h a n d e n h e it ). P e r o este
carácter n o es más q u e un m o d o d e ser e n tre o tro s , y , ad e
más, n i tan siq u iera es e l m o d o p rim a rio . H a y un m o d o
d e ser p rim a r io q u e H e id e g g e r lla m a Z u b a n d e n h e it, n e o lo
g is m o g e rm a n o d ifíc il d e tra d u c ir: las cosas e n ta n to q u e
están a m a n o , sea p ara s e rv irn o s d e ellas, sea para v i v i r c o n
ellas en e l s e n tid o m ás a m p lio d e l v o c a b lo . E s lo q u e acon
tece, p o r e je m p lo , al za p a te ro c o n e l cu ero con q u e fa b ric a
sus za p a tos. C u a n d o al tra ta r c o n e l cu ero m e en c u en tro co n
q u e n o m e s irv e p o r algú n d e fe c to , o p o r cu a lq u ie r o tra ra
zó n , en to n ces lo q u e era Z u h a n d e n e s se m e p resen ta c o m o
a lg o q u e s ó lo está ahí, o rh a n d e n e s . E n este segu n d o caso,
e l ser c o m o a lg o q u e está ah í tie n e una gra n a m p litu d . U n o
d e sus m o d o s es lo q u e lla m a m o s realid ad . P e r o re a lid a d
es so la m e n te un tip o d e ser d e n tr o d e las cosas q u e están
ahí; n o to d o lo q u e está ah í es re a l en e l s e n tid o co n qu e,
p o r e je m p lo , las cien cias estu d ian la rea lid a d . P e r o , adem ás,
v e m o s q u e e l p r o p io estar ahí n o es ta m p o c o la fo r m a p r i
m aria d e l ser, sin o q u e se ap oya , en su m a n ife sta c ió n , en e l
ser c o m o Z u h a n d e n h e it. H a y o tro s m o d o s d e ser. A n t e to d o ,
ser en e l s en tid o d e co n s istir (B e s f e h e n ). H a y adem ás o tr o
m o d o d e ser q u e es la v ita lid a d ( L e b e n d z g k e z í). H a y , fin a l
m e n te y so b re to d o , e l tip o d e ser q u e es e l T>asein en e l
h o m b re . C o m o este TDasein o e x is te n c ia es te m p ó re a , e l ser
d e la e x is te n cia n o hace d e ésta a lg o q u e s im p le m e n te está
ahí, sin o a lg o q u e acon tece. E l ser d e la ex is te n cia es h is to
ricid a d .
E n d e fin itiv a , e l ser es lo q u e p re -o n to ló g ic a m e n te y on-
to ló g ic a m e n te d e te rm in a y d escu b re lo q u e son lo s en tes;
e l ser es « c o m o la lu z » , q u e d ecía A r is tó te le s . L a m e ta fís ica
V. H usserl 271
P ró lo g o a la tercera edición
Lección Aristóteles 9
Conclusión 273
277
Filosofía
José Lilis L. Arangiiren, C a to lic is m o y p r o W ilh elm Dilthey, In tro d u c ció n a la s c ie n
testa n tism o c o m o fo rm a s d e e x is te n cia s d e l esp íritu [A U 271].
cia [LB 760]. Erasmo, E lo g io d e la lo cu ra [LB 1068].
La c ris is d e l ca to licis m o [LB 184]. José Ferrater M ora, L a s c risis h u m a n as [LB
E tica [A U T 19]. 972].
J. L. Austin, E n s a y o s fílo s ó ñ c o s [R O ]. D e la m a teria a la ra zón [A U 225].
A . J. A yer, L o s p r o b le m a s c e n tra le s d e la Fund au nentos d e filosofía [A U 412].
ñ lo so fía [A U 247]. In d a g a c io n e s so b re el le n g u a je [LB
P a rte d e m i vid a [A U 319]. 228]-
G e o rg e s Bataille, Eli alelu ya y o tr o s te x to s C u a tro v is io n e s d e i-a H istoria U n iversa l
[LB 817]. [LB 889].
Henri Bergson, M e m o r ia y vid a [LB 656]. O b r a s s e le c ta s(2 vols.) [R O ].
Richard B. Brandt, T eo ría E tica [A U T 56]. E l s e r y e ! s e n tid o [R O ].
Lew is Carrol, £3 ju e p o d e la l ó ^ c a [LB José Ferrater M o ra y Priscilla Cohn, E tica
363]. a p lica d a [A U 300].
E. M. Cloran, A d i ó s a la filosofía y o tr o s Kurt G ddel, O b r a s c o m p le ta s [A U 286].
te x to s [LB 775]. A ro n Gurwitsch, E l caim po d e la c o n c ie n
A uguste Comte, D is c u r s o s o b r e e l esp íritu cia [A U 238],
p o s itiv o [LB 803]. G. W . F. H egel, L e c c io n e s s o b r e fílosofía
Arthur C. Danto, Q u é e s fílosofía [LB 612]. d e la re lig ió n , i [A U 384].
A lfre d o Deaño, In tro d u c c ió n a la lógpca José H ierro S. Pescador, P r in c ip io s d e filo
fo rm a l [A U T 11]. sofía d e l L e n g u a je [A U T 25, A U T 43].
Rene Descartes, D is c u r s o d e l m é t o d o [LB M a x Horkheim er, H istoria, m eta física y e s
736]. c e p tic is m o [LB 929].
R e p la s p a ra la d ir e c c ió n d e l esp íritu [LB John H ospers, In tro d u c c ió n al análisis filo
1034]. s ó fic o [A U T 55].
D av id Hume, C a rta s d e un c a b a lle r o a s u P a p e le s s o b r e V e lá z g u e z y C o y a [O O G
a m ig o d e E d im b u r g o [LB 1075]. 6].
In v e s tig a c ió n s o b r e e l c o n o c im ie n to h u E stu d io s s o b r e é l a m o r [O O G 7].
m ano [LB 787]. E l h o m b r e y la g e n t e [O O G 8].
Edm und Husserl, In v e s tig a c io n e s lógic:a s E n s a y o s s o b r e la G e n e r a c ió n d e l 98 y
[A U 331-332]. o tr o s e s c r ito r e s e s p a ñ o le s c o n te m
Itnmanuel Kant, L a r e lig ió n d e n tr o d e lo s p o rá n eo s [O O G 9].
lím ite s d e la m e r a ra zón [LB 163]. La d esh u m a n iza ción d e l a rte y o tr o s e n
Leszek Kolakowski, E l h o m b r e sin a lterna s a y o s d e estética [O O G 10].
tiva [LB 251]. M e d ita c ió n d e l p u e b l o jo v e n y o tr o s e n
Antom o Labiiolci, S o cia lism o y fíloso fía [LB s a y o s s o b r e A m é r ic a [O O G 11].
218]. O r ig e n y e p ílo g o d e la fílosofía y o tr o s
P e d ro Laín Entralgo, T eo ría y re a lid a d d e l e n s a y o s d e fílosofía [O O G 12].
o tr o [A U 352]. E sp a ñ a in v e rte b ra d a [O O G 13].
Leibniz, D is c u r s o d e m eta física [LB 911]. U n as le c c io n e s d e m eta física [O O G 14].
Jan Lukéisiewicz, E s tu d io s d e ló g ic a y filo H istoria c o m o sistem a y o tr o s e n s a y o s
so fía [R O ]. d e fílosofía [O O G 15].
H erbert M arcuse, R a zó n y R e v o lu c ió n [LB Eli tem a d e n u e stro tie m p o [O O G 16].
292]. M e d it a c io n e s d e l Q u ijo te [O O G 17].
La a g r e s iv id a d e n la s o c ie d a d in du strial E n t o m o a C a lile o [O O G 18].
a vanzada [LB 337]. Id e a s s o b r e e l tea tro y la n o v e la [O O G
E l m a rx is m o s o v ié t ic o [LB 181]. 19].
Julián M arías, A n tr o p o lo g ía m eta física [A U In v e s tig a c io n e s p s ic o ló g ic a s [O O G 20].
356].. M e d ita c ió n d e la téc n ic a y o tr o s e n s a
B r e v e tratado d e la ilusión [LB 1046]. yos so b re c ie n c ia y fílosofía [O O G
In tro d u c c ió n a la fílosofía [A U T 17]. 21].
L a m u je r e n e l s ig lo X X [LB 754]. M is ió n d e la U n ive rsid a d y o tr o s e n s a
O b r a s (10 vols.) [R O ]. yos sobre e d u c a c ió n y p e d a g o g ía
Karl M arx, M a n u s c rito s: e c o n o m ía y fílo s o [O O G 22].
fía [LB 119]. Kant, H e g e l, S c h e le r [O O G 23].
John Stuart Mili, E l utilitarism o [LB 1054]. G o e th e , D ilth e y [O O G 24].
Jesús Mosterín, C o n c e p t o s y teo ría s e n la ¿ Q u é e s e l c o n o c im ie n to ? [O O G 25].
c ie n c ia [A U 394]. E u ro p a y la id e a d e n a ció n [O O G 26].
R a c io n a lid a d y a c c ió n h u m a n a [A U E l e s p e c t a d o r (antología) [LB 758].
223]. O b r a s c o m p le ta s (XTE tomos).
Javier M u^uerza, La c o n c e p c ió n analítica Blaise Pascal, P e n s a m ie n to s [LB 800].
d e la fílosofía (selección ) [A U T 32]. Jean Piaget, E s tu d io s s o b r e ló g ic a y p s ic o
Friedrich Nietzsche, E l A n tic ris to [LB 507]. lo g ía [A U 318].
A s í h a b ló Zaratustra [LB 377]. Jean Piaget y otros. In v e s tig a c io n e s s o b r e
C r e p ú s c u lo d e lo s íd o lo s [LB 467]. ló g ic a y p s ic o lo g ía [A U 182].
E c c e h o m o [LB 346]. Karl R. Ropper, La m iseria d e l h is to ricis m o
L a g e n e a lo g ía d a la m o ra l [LB 356]. [LB 477].
M á s allá d e l b ie n y d e l m a l [LB 406]. Luis Racionero, T e x to s d e estética taoísta
E l n a c im ie n to d e la tra g ed ia [LB 456]. [LB 993].
José O rtega y Gasset, La r e b e lió n d e la s W . V. Quine, F ilo so fía d e la ló g ic a [A U 43].
m a sa s [O O G 1]. L a s r a íc e s d e la r e fe r e n c ia [R O ].
S o b r e la ra zón h istórica [O O G 2]. H elos Reiner, V ie ja y n u e va ética [R O ].
L a id e a d e p r in c ip io e n L e ib n iz y la e v o Jean-Jacques Rousseau, D e l C o n tra to S o
lu c ió n d e la teoría d e d u c tiv a [O O G cial. D is c u r s o s [LB 763].
3]. L a s e n s o ñ a c io n e s d e l p a s e a n te solita rio
Una in terp reta ció n d e la H istoria U n i [LB 707].
versa l [O O G 4]. Bertrand Russell, E n s a y o s fílo s ó fíc o s [LB
¿C?ué e s fílosofía ? [O O G 5]. 116],
L a e v o lu c ió n d e m i p e n s a m ie n to fílo s ó - Artltur Schopenhauer, S o bre la volu n ta d
B co [LB 605]. e n la naturaleza [LB 230].
R e tra to s d e m e m o ria y o tr o s e n s a y o s Séneca, S o b r e la felic id a d [LB 797].
[LB 620]. Stephen E. Toulmin, E l p u e s to d e la ra zón
Jean-Paul Sartre, B o s q u e jo de una teoría e n la ética [A U 244].
[LB 298].
d e la s e m o c io n e s L u d w ig Wittgenstein, Tractatus ló q ic o -P h i-
E l s e r y la n a d a [A U 417]. lo s o p h ic u s [A U 50].
Sartre, H e id e ^ g e r y otros, K ie r k e q a a r d X avier Zubiri, In te liq e n cia sen tien te.
v iv o [LB 131]. In te liq e n c ia y lo q o s .
Fem an do Savater, P a n fleto con tra e l to d o In te liq e n c ia y razón.
[LB 900]. E l H o m b r e y D io s .
Historia de la HlosoHa
Rafael A rrillaga Torrens, K ant y e l id ea lis Curt Paul Janz, F ried x ich N ie tz s c h e [A U
m o tra sce n d e n ta l [R O ]. 305, A U 343, A U 414].
Jonathan Bennett, La «C r ític a d e la ra zón W a lter Kaufmémn, H e q e l [A U 31].
p u ra » d e K ant [A U 233, A U 306]. Anthony Kenny, W ittg en stein [A U 328].
Thom as J. Blakeley, La e sco lá stica s o v ié ti Leszek Kolakowski, H u s s e r l y la b ú s q u e d a
ca, [LB 196]. d e c e rte z a [LB 658].
L a s p r in c ip a le s c o r r ie n te s d e l m a rx is
J. M. Crom bie, A n á lis is d e la s d o ctrin a s d e
m o [A U 276, A U 314, A U 361].
P latón [A U 241, A U 242].
S. Kóm er, K a n t [A U 188].
M igu el Cruz Hernández, H istoria d e l p e n
Anthony A . Long, La filosofía h elen ística
sa m ien to e n e l m u n d o islá m ico [A U T
[A U 379].
28, A U T 29].
Jtihán M arías, B iografía d e la F ilosofía [LB
E. R. D odds, L o s q r ie q o s y lo irra cion a l
740].
[A U 268].
H istoria d e la F ilosofía [R O ].
José Ferraíer M o r a C a m b io d e m a rch a e n O r te g a [A U 373, A U 374].
B lo so ñ a [LB 497].
Jesús MosíerÍTL, H istoria d e la F ilo so fía [LB
La ñ lo so ñ a a ctual [LB 168].
962, LB 987, LB 1004, LB 1035].
E ugen Frnk, La filosofía d e N ie tz s c h e [A U James Noxon, La e v o lu c ió n d e la filosofía
164]. d e H u m e [RO].
José G^os, E r t o m o a la filosofía m ex ica n a John Passm ore, 100 a ñ o s d e filosofía [A U T
[BI 4]. 33].
Paulino Cjétragorrl, E s p a ñ o le s ra zon a n tes V id a l I. P eñ a García, Eli m a teria lism o d e
[R O ]. S p in oza [R O ].
In tro d u c c ió n a O rte q a [LB 231]. Frítz J. Raddatz, L u k á cs [LB 559].
Ceirios G arcía Gual, E p ic u r o [LB 806]. Philip W . Silver, F e n o m e n o lo g ía y R a zón
Ronald Grimsley, La filosofía d e R o u s se a u Vita l [A U 213].
[LB 651]. Antonio Tovar, V id a d e S ó cra tes, [A U 397].
Stuart Hartipshire, S p in oza [A U 323]. J. O. Ursom, B e r k e le y [LB 1052].
Heinz Heimsoeth, L o s s e is g ra n d e s tem a s Fem an do V ela, O rte g a y lo s e x is te n c ia lis -
d e la m eta física o c c id e n ta l [R O ]. m o s [R O ].
Holz, Kofler y Abendroth, C o n v e r s a c io n e s Ramón Xirau, £? d es a rro llo y la s c risis d e
c o n L u k á cs [LB 190]. la filosofía o c c id e n ta l [LB 593].
W . D. Hudson, La fílosoB a m o ra l c o n te m Xavier Zubiri, C in c o le c c io n e s d e filosofía
p o rá n e a [A U 109]. [LB 783],
M ichael A rg y le , P s ic o lo g ía d e l c o m p o r ta Hovrard E. G rú b er, D a rw in s o b r e e l h o m
[A U 202].
m ie n to in te rp e rsa n a l b re [A U 390].
Elliot A ronson, E l anim al s o c ia l [A U 299]. Rom Harré, E l s e r s o c ia l [A U T 51].
A lb e r t B an d tira y R ic h a rd H. W a lte rs , K aren H o m e y , P sicolocfía fem e n in a [LB
A p r e n d iz a je s o c ia l y d e s a r r o llo d e 648].
la p e r s o n a lid a d [A U 74]. H elen Singer Eaplan, La n u e v a terapia s e
Judith M . Bardwick, P s ic o lo g ía d e la m u je r x u a l [LB 693, 694].
Cieitaias de la Educación
ISBN 8 4 -2 0 6 -1 7 8 3 -0
S o c ie d a d de Esfiidlos
y Fiiblicacioiies
El libro de bolsillo
A l i a n z a E d itorial 9 78 84 20 617831