HISTORIA Y ESPACIO

R e v i s t a de E s t u d i o s H i s t ó r i c o s R e g i o n a l e s

EL ZURRIAGO: CUCARRONES Y C O C H E S ,

1848 - 1854

Margarita liosa Pacheco G.

Profesora
Departamento de Historia
Universidad del Valle

CALI ISSN 0120-4611 Vol. III Nos. 11/12 Enero-Diciembre 1987

 I. INTRODUCCION

E n t r e 184 8 y 1 851 t u v o l u g a r e n C a l i u n a de las

revueltas p o p u l a r e s m á s r e c o r d a d a s y e n r i q u e c i d a s por
la i m a g i n e r í a p o p u l a r e n l o q u e a c a u s a s y c o n s e c u e n ­
cias s e r e f i e r e .

Se h a i n t e n t a d o u n a e x p l i c a c i ó n f r a g m e n t a r i a y
e s quemática d e e l l a c u a n d o se la h a c o n t e m p l a d o c o m o
un f e n ó m e n o a i s l a d o d e n t r o d e l o q u e c o n s t i t u y e u n a
verdadera c a d e n a de p r o t e s t a s p o p u l a r e s que a r r a n c a n
de l o s i n i c i o s d e l s i g l o X V I I I y, a ú n m á s , c u a n d o s o ­
lo s e l e r e c o n o c e n c a u s a s e c o n ó m i c o - s o c i a l e s y d e
política local.

E l p r e s e n t e t r a b a j o t i e n e p o r o b j e t o u b i c a r la
protesta d e n t r o d e u n a d i m e n s i ó n d i f e r e n t e , la q u e
sin a p a r t a r s e d e l t r a d i c i o n a l a n á l i s i s e c o n ó m i c o ,
apunta a v e r e n e l l a l a a c c i ó n d e l p u e b l o c u a n d o v e
frustradas sus e x p e c t a t i v a s de vida, c u a n d o i n n o v a n
sobre s u t r a d i c i o n a l m o d o d e e x i s t e n c i a , c u a n d o e n
pocas p a l a b r a s , l a s é l i t e s m o d i f i c a n o q u i e b r a n l a
legitimidad de un o r d e n social q ue e l l o s m i s m o s han
impuesto y d e n t r o d e l c u a l u n o y o t r o s e c t o r se h a n
acomodado.

Se q u i e r e m o s t r a r la i rrupción, c o n c i e r t a f u e r ­
za y d i n a m i s m o y, d a d a l a c o y u n t u r a , d e u n a c u l t u r a
p o p ular c u y o o r i g e n e s t á m u c h o m á s a t r á s p e r o q u e
hasta e l m o m e n t o h a b í a p e r m a n e c i d o l a r v a d a , a c a l l a d a
por l a d i n á m i c a d e u n a c u l t u r a h e g e m ó n i c a p r o v e n i e n ­
te d e l a a r i s t o c r a c i a t e r r a t e n i e n t e .

D a d o s l o s a p r e m i o s d e l t i e m p o l a r e v u e l t a e n sí
se h a a b r e v i a d o m u c h o . Se e s c o g i e r o n de e l l a los
datos m á s s i g n i f i c a t i v o s y q u e p u d i e r a n u t i l i z a r s e
adecuadamente p a r a los p r o p ó s i t o s de este trabajo.
Espero, p o r t a n t o , q u e l a v i s i ó n n o r e s u l t e p o b r e o
esquematizada en sumo grado.

216.
 II. EL ZURRIAGO

El año n uevo de 1848 s o r p r e n d i ó a los vecinos

de Cali con un hecho a so m b ro s o y sin precedentes:
c i e n v e c i n o s d e l a c o m u n i d a d i n i c i a b a n u n j u i c i o de
despojo, " . . . en e l q u e s e s o s t e n g a n l o s d e r e c h o s
d e l c o m ú n d e e s t a c i u d a d . . . " , c o n t r a e l Dr. R a f a e l
Cayzedo, d u e ñ o de la h a c i e n d a La Floresta.

El o b j e t o d e l p l e i t o e r a r e c u p e r a r e l u s o públi­
co del c a m i n o q u e c r u z a n d o la h a c i e n d a c o m u n i c a b a a
l a _ c i u d a d c o n el p u e r t o s o b re el río C a u c a de Las
C a ñ a s (hoy J u a n c h i t o ) , q u e h a b í a s i d o u t i l i z a d o des­
d e t i e m p o s i n m e m o r i a l e s p o r t o d o s a q u e l l o s q u e se
d i r i g í a n a l a o t r a b a n d a d e l r í o y, s o b r e e l q u e aho­
r a e l D r . C a y z e d o p r e t e n d í a i m p o n e r u n g r a v a m e n (pea­
je) o p r o h i b i r s u u t i l i z a c i ó n l .

El h e c h o r e v e s t í a importancia s u m a p o r t r e s as­
pectos :

Se t r a t a b a de un juicio que las g e n t e s del común

iniciaban contra uno de los más preclaros y dis­
t i n g u i d o s m i e m b r o s de la r a n c i a a r i s t o c r a c i a cale­
ñ a y q u e i n v o l u c r a b a u n a p r o p i e d a d q u e r e s u m í a en
s í tocio e l s í m b o l o d e l a e s t r u c t u r a l a t i f u n d i s t a
c o l o n i a l cíe l a s u b r e g i ó n . La h a c i e n d a La Floresta
e r a en e s e m o m e n t o u n f r a g m e n t o de la a n t i g u a San­
ta B á r b a r a de los C i r u e l o s m u y asociada, est a ú l ­
tima, al p r o b l e m a de las t i e r r a s c o m u n a l e s o de
ejidos en Cali. El e n f r e n t a m i e n t o t e n í a lugar,
entonces, entre los dos p o l o s de la so c i e d a d c a ­
l e ñ a : l o s b l a n c o s , d e u n l a d o , y, l o s p a r d o s d e l
otro.

- L o s q u e r e l l a n t e s a p a r e n t e m e n t e c o n t a b a n c o n e l res­
p a l d o d e l a s a u t o r i d a d e s l o c a l e s : e l C o n c e j o d e la
c i u d a d y el P e r s o n e r o M u n i c i p a l .

- E s t e i n c i d e n t e m a r c ó el i n i c i o de lo q u e se h a d e ­
n o m i n a d o "La é p o c a del "PERRERO".

2 A.H.M.C. Capitular 89, Folio 643.

:n 7 .
 E n t r e los i n i c i o s del a ño de 1848 y julio de
18 51, t r e s a ñ o s y m e d i o a p r o x i m a d a m e n t e , l o q u e f u e ­
ra l a p r o v i n c i a d e B u e n a v e n t u r a (y e n u n m o m e n t o d a ­
do t a m b i é n l a d e C a u c a ) v i v i ó u n c o n s t a n t e c l i m a d e
z o z obra y t e m o r a raiz d e u n a s e r i e de m o t i n e s e f e c ­
tuados por la p l e b e d u r a n t e los cuales éste empuñó
el P E R R E R O ( Z U R R I A G O ) y e n f o r m a a v e c e s d e s a f i a n t e ,
a v e c e s v i o l e n t a , lo e m p l e ó c o n t r a sus a n t i g u o s a m o s 2 .

E s t a r e v u e l t a n o c o n s t i t u í a l a p r i m e r a y tánica
vez q u e e l s e c t o r d e p a r d o s , e n g e n e r a l , e x p u s o u n
sentimiento de i n c o n f o r m i d a d y r e p u d i o a la sociedad
que l e r o d e a b a , a u n q u e s í f u e i n d u d a b l e m e n t e u n a d e
las m á s l a r g a s , d e m a y o r a l c a n c e e s p a c i a l y l a m á s
belicosa. A n t e c e d e n t e s d e e s t o se e n c u e n t r a n a lo
largo de la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o X V I I I y c o m i e n ­
zos d e l s i g l o X I X , e n t o d a s l a s p r o t e s t a s y p e t i c i o ­
nes q u e s e d i e r o n e n t o r n o a l a s t i e r r a s d e e j i d o s .
En e s t a ú l t i m a f e c h a , c o n c r e t a m e n t e e n 1 8 3 4 , d o n J u a n
Bautista Cayzedo había cercado los terrenos del Llano
de A g u a - b l a n c a q u e e l p u e b l o d e C a l i c o n s i d e r a b a c o m o
ejidos, r a z ó n p o r la cual, la p l e b e se l e v a n t ó u n a
noche y t u m b ó t o d o el c e r c a d o . P or el h e c h o fuer o n
encarcelados varios vecinos considerados cabecillas
del m o t í n 3 .

T a m b i é n ha c e p a r t e de este fen ó m e n o la t e n s i ó n
social q u e a c o m p a ñ ó t o d o el p e r í o d o c o m p r e n d i d o e n t r e
el f i n d e l a G u e r r a d e l o s S u p r e m o s ( 1 8 4 3 ) y e l m e d i o
siglo. Durante todo este tiempo los pardos, los e s ­
clavos y l o s l i b e r t o s , q u e se h a b í a n e n r o l a d o e n la
batalla a t r a í d o s p o r las p r o m e s a s del G e n e r a l O b a n d o
sobre o t o r g a r l e s t i e r r a s y a b o l i r l a e s c l a v i t u d , n u n ­
ca v o l v i e r o n a s u s l o c a l i d a d e s d e o r i g e n s i n o q u e s e
quedaron v a g a n d o p o r m o n t e s y c a m i n o s c o n s t i t u y e n d o
g r up o s d e b a n d o l e r i s m o q u e d e s a f i a n d o y u l t r a j a n d o a
terraten i e n t e s y a a u t o r i d a d e s , c o n f o r m a b a n lo q u e e s ­
tas ú l t i m a s d e n o m i n a b a n " h o r d a s d e f a s c i n e r o s o s " 4 .

E n la b a s e m i s m a d el c o n f l i c t o se e n c o n t r a b a u n a
situación p a r t i c u l a r m e n t e d i f í c i l y q u e d e b í a g e n e r a r
por f u e r z a ;m a l e s t a r g e n e r a l , T.a c r i s i s d e l a m i n e r í a

2 El Zurriago o Perrero es el látigo o fuste que se utiliza tra-

dicionalmente en las labores de vaquería.
3 Véase 3 Mercado 3 Ramón: Me m orias, p. ILV.
^ Castellanoss Jorge: La abolición de la esclavitud en 'Popayán,
pp. 66 y ss.
218 .
a u n a d a a l o s e f e c t o s s o c i o e c o n ó m i c o s d e l a s l u c h a s de
independencia había contribuido enormemente a arrui­
nar el ca m p o . L o s c o m e r c i a n t e s n o i n v e r t í a n e n él
puesto que c o n s i d e r a b a n q u e la e s t r u c t u r a colonial
que todavía pesaba sobre el agro no era garantía al­
guna de b e n e ficios posibles. M i e n t r a s t a n t o los ha
c e n d a d o s d e C a l i y d e l a s u b r e g i ó n p a r e c í a n c a d a vez
m á s a d m i n i s t r a d o r e s q u e d u e ñ o s d e s u s h e r e d a d e s : sin
r i q u e z a c o n la cu a l r e s p a l d a r la v i n c u l a c i ó n de mano
d e o b r a a s a l a r i a d a a sus t i e r r a s no s ó l o se o p o n í a n
a c u a l q u i e r c a m b i o en e s t a d i r e c c i ó n sino q u e además
procuraban acaparar toda la tierra posible ho s t i l i ­
zando, d e paso, a la p l e b e c o n el fin de p o d e r suje­
tar toda esa m ano de obra dispon i b l e pero bajo las
formas de t ra b aj o en colonato, a r r i e n d o y aparcería.

A lo a n t e r i o r se s u m a b a el c r e c i e n t e r e s e n t i m i e n ­
to q u e e x p e r i m e n t a b a n los a n t i g u o s e s c l a v o s que, aun­
que libertos algunos, ahora, seguíán prácticamente
bajo las m i s m a s c o n d i c i o n e s c o l o n i a l e s p u e s la m o d a ­
lidad era la del t r a b a j o concertado^.

P a r a c o n s e g u i r sus p r o p ó s i t o s el s e ctor ter r a t e ­

n i e n t e s e d e c i d i ó a t o m a r m e d i d a s b a j o l a s c u a l e s las
ge n t e s d e l c o m ú n se s i n t i e r o n a ú n m á s o p r i m i d a s por
cuanto éstas atentaban contra un orden p r e e s t a b l e c i ­
do y v i o l a b a n lo q u e h a s t a e l m o m e n t o h a b í a s i d o una
especie de derecho consuetudinario. A s í p o r ejemplo,
se c o m e n z ó a p e r s e g u i r y a c a s t i g a r b r u t a l m e n t e , el
c o n t r a b a n d o e n el c u l t i v o del t a b a c o y la destilación
fraudulenta del aguardiente.

Uno y otra habían constituido procesos producti­

vos que t r a d i c i o n a l m e n t e h a b í a n l l e v a d o a cabo los
pardos, de mucha importancia para ellos, pues era a
part i r de estas actividades como lograban una u b i c a ­
c i ó n e n e l c o n j u n t o d e l a s o c i e d a d y, e n e l c a s o d e l
t a b a c o se d a b a u n g o l p e a tod o u n s i s t e m a de p r o d u c ­
c i ó n y c o s e c h a m i e n t o en p e q u e ñ a escala, q u e se v enía
i m p o n i e n d o en la zona d e s d e finales del siglo XVIII
e n l a o t r a b a n d a d e l r í o C a u c a ( P a l m i r a , A m a i m e y el
río B o l o ) . Aquí, la p a r t i c i p a c i ó n m a y o r i t a r i a corres­
p o n d í a j u s t a m e n t e a l o s b l a n c o s p o b r e s y a l o s pardos.

5 El concierto consistió en que los canos una vez liberaban o ma­

numitían a sus escla vos comenzaban a cobrarles lo que supues­
tamente habían invertido en ellos al alimentarlos, vestirlos
y curarlos, etc., con lo cual les obligaban a permanecer en las
haciendas. Esta práctica constituía ae jacto una forma dis­
frazada de trabajo esclavo.
 A l a s i t u a c i ó n d e s c r i t a cabe agreg ar o t r o s u c e ­
so: h a c i a 1 8 4 8 l o s v e c i n o s p o b r e s de l a c i u d a d se
q u e j a b a n d e l a l t o c o s t o d e l o s a l i m e n t o s a s i como de
la e s c a s e z d e l o s m i s m o s . La O p i n i ó n , u n a p u b l i c a ­
c i ó n d e l a é p o c a , a t r i b u í a l o a n t e r i o r a s í c o m o tam ­
bién la i n e s t a b i l i d a d s o c i a l q u e se vivía, a o t r o s
tres f e n ó m e n o s más, r e p r e s e n t a d o s e n las i n u n d a c i o ­
nes q u e h a b í a t e n i d o el r í o C a u c a , a la d u p l i c a c i ó n
que la p o b l a c i ó n de la s u b r e g i ó n h a b í a e x p e r i m e n t a d o
en l o s ú l t i m o s 25 a ñ o s y a q u e los c a m p o s e s t a b a n
yermos pues nadie quería trabajarlos ya que todos es­
t a b a n d e d i c a d o s al j o r n a l .

L a c o y u n t u r a en la d i n á m i c a de la p o l í t i c a l o ­
cal y r e g i o n a l la p r o p o r c i o n ó la c e r c a n í a de las
e l e c c i o n e s p r e s i d e n c i a l e s d e l a ñ o 49.

Pero, lo q u e fue v e r d a d e r a m e n t e d e f i n i t i v o p a r a
el e s t a l l i d o p o p u l a r q u e t u v o l u g a r f u e l a v i o l a c i ó n
que se h i c i e r a , p o r p a r t e de la a r i s t o c r a c i a t e r r a ­
teniente, de la c o s t u m b r e e s t a b l e c i d a h a c í a ya m u c h o
tiempo, m e d i a n t e la c ual el p u e b l o d i s f r u t a b a libre
y a b i ertamente de los pastos, bosques, aguas y c a m i ­
nos d e la ciud a d .

E n efecto, un p a c t o c o n s e n s u a l a la m a n e r a de
una "constitución no escrita", p a recía h a b erse o b s e r ­
v a d o e n C a l i p o r l o m e n o s p o r 75 a ñ o s . A raíz del
c o n f l i c t o s u r g i d o d u r a n t e la s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o
XVIII, en torno a las t i e r r a s de ejidos, las gentes
del c o m ú n h a b í a n l o g r a d o q u e el t e r r e n o u b i c a d o en
las a f u e r a s y h a c i a el l l a n o q u e c o r r e e n d i r e c c i ó n
suroriente -que estaba constituido en h aciendas de •
p r o p i e d a d p r i v a d a de algu n o s m i e m b r o s de la s ociedad
c a l e ñ a - se c o n s i d e r a s e como de u s u f r u c t o comunal.
Así, e n r e s p e t o a e s t e acu e rd o , n u n c a e x p l i c i t a d o
f o r m a l m e n t e , l o s p r o p i e t a r i o s s e h a b í a n a b s t e n i d o de
l e vantar c e r c a s sobre sus h e r e d a d e s p e r m i t i e n d o , a d e ­
más, e l l i b r e a c c e s o a e l l a s d e las q u e se s o l í a e x ­
traer leña y frutos de pan coger así como u t i l i z a r ­
las c o m o p a s t u r a p a r a ganados. De igual manera s o ­
lían p r o v e e r s e d e a g u a y u s a r los c a m i n o s p ú b l i c o s

6
A.H.N.B.j Sección Pi'ensa, La Opinión, de 1849.
q u e las c r u z a b a n ^ .

A u n q u e en la c i u d a d no h a b í a t i e r r a s de ejidos
desde el s ig l o XVII, en la p r á c t i c a d e la v i d a coti­
d i a n a y, s o b r e t o d o , e n l a m e m o r i a d e l a p l e b e es t a s
tierras se r e p r e s e n t a b a n c o m o t a l e s .

E s t o h a c e c o m p r e n s i b l e e l p o r q u é l a p r o t e s t a só­
lo t u v o l u g a r c u a n d o u n h a c e n d a d o p r o h i b i ó e l t f a n -
s i t o l i b r e p o r s u h a c i e n d a e i n t e n t ó s o m e t e r e l paso
al p a g o d e u n p e a j e o cisa.

D u r a n t e tr e s años, de m a n e r a i n t e r m i t e n t e , labra­
d o r e s en m a y o r n ú m e r o y a r t e s a n o s de C a l i y sus alre­
d e d o r e s , z u r r i a g u e r o s , p e r r e r i s t a s o m o n t o n e r a s como
se l e s d e n o m i n ó , i n t r a n q u i l i z a r o n y a t e m o r i z a r o n la
s u b r e g i ó n c o n b r o t e s de i n s u r r e c c i ó n i n i c i a l m e n t e pa­
r a l u e g o p a s a r a l a a c c i ó n d i r e c t a y r e s p o n d e r a la
p r e s i ó n de las élites en una actitud abiertamente
contestataria.

La revuelta tuvo dos fases. La p r i m e r a f ase es­

t u v o c o m p r e n d i d a e n t r e l o s c o m i e n z o s d e l a ñ o d e 1848
y el m e s de m a y o d e 1851. E s t a se c a r a c t e r i z ó por
u n a táctica de amedran t a m i e n t o continuo. Las monto­
n e r a s en e st e m o m e n t o s ólo i n t e n t a b a n f o r z a r a los
terratenientes a retornar a un antiguo estado de co­
sas; por ésto, en sus a c t i t u d e s , e x p r e s a r o n b á s i c a ­
m e n t e u n a p r o t e s t a q u e i b a a c o m p a ñ a d a d e l o q u e podrid

7 La idea de la constitución no escrita, se tomó de Phelan,

John: El Pueblo y el Rey, L a revolución comunera en Colom­
bia. í'/tíl. pp. ¿’
Z'¿ y ss. Creo que es una expresión muy
adecuada para designar los acuerdos o pactos, no formales
pero observados en una sociedad de características preindus-
triales. Sería ésta, la misma idea, que d e sarrolla E. P.
Thompson en su primer capítulo de Tradición, revuelta y cons­
ciencia de clase, donde se refiere a la tolerancia que la
gentry inglesa tenía que forzosamente practicar para con los
actos de la multitud. Este fenómeno puede constituir tam­
bién la "complicidad" que se puede establecer en un momento
dado entre dos sectores de una sociedad, tradicionalmente,
opuestos o encontraaos entre sí.
Una idea de la utilización comunal de parte del espacio ur­
bano en Cali y durante lá primera m i t a d del S. X I X es evi­
dente en Boshx Manuel Joaquín: Principales acontecimientos
políticos de la a u d a d de Cali,~d¿'£dé ¿t~~añ& T848 hasta St
año de 1855, inclusive.
8 Véase, Pacheco, Margarita: "Ejidos de Cali, siglo XIX", en
Revista Historia y Espacios No. 7.

221.
ser u n s e n t i m i e n t o n i v e l a d o r d e j u s t i c i a e l e m e n t a l y
la f r u s t r a c i ó n q u e e l h e c h o p r o d u c i d o o c a s i o n a b a a
sus e x p e c t a t i v a s d e v i d a 9 .

E st e p r i m e r p e r í o d o de la r e v u e l t a se c a r a c t e r i ­
zó p o r q u e l o s g u r r i a g u e r o s c o n s t i t u í a n p e q u e ñ o s g r u ­
pos d e h o m b r e s y m u j e r e s q u e s o l í a n r e c o r r e r d e n o ­
che l a s c a l l e s d e l a c i u d a d g r i t a n d o " m u e r a s " a s u s
enemigos, e s c r i b i e n d o a m e n a z a s a n ó n i m a s en p u e r t a s y
ventanas de las c a s a s de a q u e l l o s q u e se les oponían,
e c h a n d o a c o r r e r r u m o r e s y c o n s e j a s y, e v e n t u a l m e n t e ,
tumbando los cercados que en algunas h a c i e n d a s v enían
levantándose desde algún tiempo atráslO.

La seg u n d a fase de la revuelta, q ue c o n t e m p l a u n

r e c r u d e c i m i e n t o de la m i s m a , se i n i c i ó e n los ú l t i m o s
días d e l m e s d e m a y o d e 1 8 5 1 y t e r m i n ó c o n f u n d i é n d o s e
con l a l l a m a d a " g u e r r a d e l 5 1 " .

A q u í , la g e s t i ó n de la p l e b e se c a r a c t e r i z ó po r
la a c c i ó n d i r e c t a d i r i g i d a b á s i c a m e n t e a l l o g r o d e l a
quiebra de la l e g i t i m i d a d d e l o r d e n e s t a b l e c i d o . El
pueblo r e c l a m ó la e n t r e g a de las t i e r r a s de ejidos,
de l a p a r t e q u e c o n s i d e r a b a c o m o s u y a , e m p u ñ a n d o y
azotando a sus a n t i g u o s amos c on a q u e l l o q ue c o n s t i ­
tuía e l s í m b o l o p o r e x c e l e n c i a d e l a a u t o r i d a d e n u n a
sociedad e s c l a v i s t a de corte patriarcal, el zurriago.

E s t a v e z , l o s p e r r e r i s t a s s a l i e r o n : "... c o n la
luz d e l s o l e n p a r t i d a s d e p i e y a c a b a l l o p o r c á L l e s
y campos matando a cuantos encontraban; rompían puer­
tas y v e n t a n a s y s a c a b a n d e s u s c a s a s l a s v í c t i m a s
a s e s i n a n d o a h o m b r e s , m u j e r e s y n i ñ o s c o m o s u c e d i ó en
Amairne . . . e n t r a b a n e n l a s h a c i e n d a s a r o b a r y s i n o

3 Ramón Mercado, u n testigo de la época, en sus memorias di­

vide la revuelta igualmente en dos fases pero las caracteri­
za como:

1. de persecución política

2. de venganza personal, p. XL IX.

10
A .R .M .C ., Capitular 120, folio 611.

222.
 d e s t r u í a n t o d o y a s e s i n a b a n a t o d o s c o m o s u c e d i ó en
S a n J e r ó n i m o d e j a b a n c o m p l e t a d e s o l a c i ó n c o m o en
L o r e t o , p r e n d í a n f u e g o a c e r c a s y p o t r e r o s . ... i n ­
c e n d i a b a n c a s a s p o r B u c h i t o l o , C a n d e l a r i a y La Bal­
sa... e n G u a c a r í , Y o t o c o y V i j e s h a s t a se o í a misa
c o n e l z u r r i a g o e n l a m a n o . . . y a c t u a r o n t a m b i é n en
Buga, Tuluá, Toro y C a r t a g o " 1 1 .

Las bandas de vapuleadores solían salir organi­

z a d a s d e l c i r c o d e g a l l o s , t e a t r o s , b i l l a r e s y esta­
b l e c i m i e n t o s de recreación. F u e r o n t a n t e m i d a s las
r e u n i o n e s del p u e b l o en d i c h o s sitios que las auto­
ridades ordenaban cerrarlas periódicamente1 2 .

El r e c r u d e c i m i e n t o de la p r o t e s t a e s t a b a íntima­
m e n t e v i n c u l a d o a l m a n e j o q u e s e e s t a b a h a c i e n d o de
a situación; la a r i s t o c r a c i a h a b í a a c e p t a d o aparen­
teme n t e e n t r e g a r p a r t e de las tier r a s comprendidas
entre las haciendas como comunales o ejidos y, r e a ­
lizaban en este sentido todas las diligencias nece­
sarias para ello. P e r o e n l a p r á c t i c a d i l a t a b a n la
so l u c i o n y las tier r a s en v e r d a d no eran cedidas.
M i e n t r a s t a n t o los r u m o r e s s obre q u e los c on s er v ad o ­
res e m p r e n d e r í a n u n a g u e r r a p a r a d e r r o c a r al g o b i e r ­
n o l i b e r a l s e h a c í a n c a d a v e z m á s t u e r t e s , y d e ser
las g e n t e s del c o m ú n p e r d í a n toda la posi­
b i l i d a d d e a c c e s o a la t i e r r a .

A demás, la r e b e l i ó n se h a b í a e x t e n d i d o a la pro­
v i n c i a d e C a u c a d e l i m i t a n d o u n a z o n a q u e se c o n s t i ­
tuía en la p a r t e m ás r e p r e s e n t a t i v a del conflicto.
E s t o se d e b í a e n p a r t e a q u e las c o n d i c i o n e s s o c i a ­
l e s d e s c r i t a s c o n a n t e r i o r i d a d e r a n v á l i d a s p a r a la
subregión.

Bosch, Manuel Joaquín, ob. oit. pp. 35 y ,ss.

Ramón Mercado intenta disminuir los efectos 'de esta revuel­
ta, pero, en algimas peticiones de tierras ejidas, las alu­
siones de los solicitantes es a una época en la que se
destruía todo, se talaba todo". Por esto y por el Jiecho
que los zurriagueros con frecuencia estaban acompañados
de algunos elementos indeseables: ladrones, vagos, etc.,
es posible pensar que en algunos sitios la acción fue ex­
traordinariamente violenta con lo que el documento no exa­
geraría.
7P
A .H .M .C ., Capitular 112, folio 567.

223.
 Pero, además, se t r a t a b a de t i e r r a s t a b a c a l e r a s
p o r e x c e l e n c i a y e n d o n d e se e n c o n t r a b a n el m a y o r
n ú m e r o de f u n d a c i o n e s nuevas, es decir, r e p u b l i c a n a s ,
en las q u e la d i n á m i c a s o ci a l p r o v e n í a a h o r a de o t r o s
sectores: los pardos.

Si n embargo, la e x p l i c a c i ó n má s a u t é n t i c a a la
naturaleza de esta segunda etapa del conflicto r a d i ­
ca e n la p r o f u n d a s i g n i f i c a c i ó n q u e tuvo la f u n d a ­
c i ó n e n C a l i y, p o r s u p u e s t o , s u u t i l i z a c i ó n , d e l a
Sociedad Democrática. Este hecho p e r m i t i ó que, por
p r i m e r a v ez en la s u b re g ió n , los m o t i v o s y las c r e e n ­
cias que guiaban una revuelta popular coincidieran
con los p l a n t e a m i e n t o s de un a o p i n i ó n p o l í t i c a de
v a n g u a r d i a en ese e n t onces, las ideas l i b e r a l e s de
m e d i o siglo, q u e se p r e s e n t a b a n c o m o d e f e n s o r a s , en
este caso, de una tradición.

III. CUCARRONES Y COCLIES, 1848 - 1854

L o s p e r r e r i s t a s c o n t a r o n i n i c i a l m e n t e c o n el
r e s p a l d o d e u n s e c t o r d e la s o c i e d a d q u e e r a e n su
gran parte representativo de una capa media que c o ­
menzaba a despuntar apenas en Cali. Este estaba
integrado por profesionales (abogados), comercian­
t e s , m e d i a n o s y p e q u e ñ o s p r o p i e t a r i o s y, u n o q u e
o t r o m i l i t a r ; t a m b i é n se c o n t a b a n h a c e n d a d o s . Al­
gunos de ellos habían realizado estudios superiores
en la U n i v e r s i d a d de Po p ay á n, se h a b í a n d e d i c a d o a
la c a r r e r a a d m i n i s t r a t i v a y/ o p o l í t i c a , m a n t e n í a n
un e st r e c h o co n t a c t o con g entes de Bogotá y leían,
cuando podían adquirirse, textos franceses1 .

Eran todos obandistas, de viejo cuño una m a y o ­

ría, a l g u n o s c o n v e r s o s d e ú l t i m a hora, pero, en g e ­
neral, se m o s t r a b a n p a r t i d a r i o s del c a m b i o social y
p o r e s t a r a z ó n se le s c o n o c í a c o m o p r o g r e s i s t a s o
de ideas liberales. E n t r e e l l o s se c o n t a b a a R a m ó n
M e r c a d o , a l d o c t o r A v e l i n o E s c o b a r , d o n M a n u e l ifería

A.H.N.B.j Sección Prensa. El sentimiento democrático de

1849 .
224 .
R a r o n a , d o n M a n u e l D o l o r e s Camaefio, d o c t o r N e p o m u c e -
no Núñez Conto, Rafael Delgado, el m i s m o d o c t o r R a ­
fael Cayzedo, el joven, a ú n estudiante, D a v i d Peña y
otros muchos más^.

Al a n t e r i o r g r u p o se o p o n í a n los d e n o m i n a d o s m i ­
nisteriales o de tendencia conservadora que eran to­
dos a q u e l l o s q ue d e f e n d í a n el status quo. Eran ha ­
c e n d a d o s y m i l i t a r e s - h a c e n d a d o s q u e se v e í a n i m p o ­
s i b i l i t a d o s e c o n ó m i c a m e n t e d e e n t r a r a c o m p e t i r , aho­
ra, e n t é r m i n o s v e n t a j o s o s d e n t r o d e u n s i s t e m a de
mercado. A d e m á s , i d e n t i f i c a b a n al c a m b i o s o c i a l con
u n atentatlo al o r d e n , a l a m o r a l y a l a s s a n a s c o s ­
tumbres. Figuras representativas de esta agrupación
lo f u e r o n los m i e m b r o s d e la f a m i l i a B o r r e r o y sus
parientes, por afinidad, con el General José Eusebio
a la cabeza-".

L o s l i b e r a l e s , a i m i t a c i ó n m á s c e r c a n a m e n t e de
B o g o t á , y, m á s d i s t a n c i a d a m e n t e d e l C l u b d e J a c o b i ­
n o s f r a n c é s y o r g a n i z a c i o n e s s i m i l a r e s de f i n e s del
S. X V I I I y c o m i e n z o s d e l S. X I X , c r e a r o n e n C a l i ,
en 1848, los C í r c u l o s de I n s t r u c c i ó n que e r a n b á s i ­
c a m e n t e r e u n i o n e s n o c t u r n a s en c a s a s de f a m i l i a en
d o n d e e d u c a b a n e i n s t r u í a n al p u e b l o , a f i n d e " l i ­
b e r a r l o d e l a s g a r r a s d e l o s t e r r a t e n i e n t e s y d e la
Iglesia". A e s t o s c í r c u l o s , e s t e m i s m o a ñ o , s e les
c a m b i ó el n o m b r e por el de S o c i e d a d e s P a t r i ó t i c a s y
s o b r e e l l a s se f u n d ó e n 1849 la S o c i e d a d D e m o c r á t i ­
ca de Cali. El s i t i o a c o r d a d o d e r e u n i ó n fue la
Gallera4 .

P a r a l a s e g u n d a m i t a d d e l a ñ o 50 l a S o c i e d a d D e ­
m o c r á t i c a h a b í a a c o g i d o e n su s e n o a t o d o a q u e l que
quisiese ingresar. E n la G a l l e r a e n t o n c e s , se e n s e ­
ñ o r e a b a l a b u r l a , e l r u m o r , la c o n s e j a , e s t o es, se
p r ovocaba abiertamente a los m i n isteriales incluso
con g r i t o s como "mueran los g o d o s conserv e r o s " . Fue

2 Bosch 3 Manuel Joaquín, ob. cit.

"2
En Bosch y en documentos del archivo relacionados con las
elecciones parroquiales de 1848 es interesante ver la red
de clientelismo que había extendido la familia Borrero en
Cali.
4
Rudéj George. La multitud en la historia 3 estudio de los
disturbios populares en Inglaterra 3 1730-18483 p. 229.

22 5.
esta l a r a z ó n , e n t o n c e s , q u e l l e v a r a a i d e n t i f i c a r
a z u r r i a g u e r o s c on la d e m o c r á t i c a 5 .

La S o c i e d a d D e m o c r á t i c a caleña, la de m e d i a d o s
del s i g l o X I X , f u e d e c r u c i a l i m p o r t a n c i a p a r a l a
protesta d e l c o m ú n en t a n t o s i r v i ó c o m o c a u c e de e x ­
presión a u n a c u l t u r a p o p u l a r q u e c o m e n z a b a a v i g o r i ­
zarse a p a r t i r d e l f e n ó m e n o r e p u b l i c a n o y q u e h a s t a
entonces h a b í a p e r m a n e c i d o i g n o r a d a e i n c l u s o ex­
cluida. T r e s s o n los h e c h o s , q u e al r e s p e c t o m e r e ­
cen d e s t a c a r s e :

1. P o r p r i m e r a v e z se o t o r g ó a la p l e b e la p a l a b r a
q u e , s i n i n h i b i c i o n e s l e s p e r m i t i ó n o m b r a r su
propio mundo: un lenguaje libre y de forma oral
r e v e l a b a un u n i v e r s o de r e p r e s e n t a c i o n e s en las
cuales eran visibles las imágenes creadas en t o r ­
n o a la s o c i e d a d de e s e m o m e n t o , a la a r i s t o c r a ­
c i a t e r r a t e n i e n t e e i n c l u s o la i m a g e n que t e n í a n
d e sí m i s m o s . Muy posiblemente ésta estaba es­
t r e c h a m e n t e v i n c u l a d a t o d a v í a a la imag e n que del
p u e b l o t e n í a la é l i t e p e r o no p o r e l l o es m e n o s
valiosa.

Es posi b l e , también, a d i v i n a r aqu í los s e n t i m i e n ­

tos de frustración y decepción que pr o v o c a b a n los
intentos por legitimar un nuevo orden s o c i a l .

Un a m u e s t r a de lo a n t e r i o r es lo q u e M a r t í n C a y z e
do, u n b l a n c o p o b r e , o p i n a b a e n la d e m o c r á t i c a so
b re el p r o b l e m a social y p o l í t i c o del momento:
" . . . Sr . D i r e i t o r ( s i c ) : h a b í a u n a p a l m a i e n l a
p a l m a u n o s c u c a r r o n e s q u e se c o m í a n el c o g o l l o i
l a e s t a b a n y a s e c a n d o , e n t o n c e s , v i n i e r o n a la
p a l m a u n o s c o c l í e s i suaz se c o m i e r o n los c u a c a -
rrones; pue s la p a l m a es la repúb l i c a , los cuca­
r r o n e s son los c o n s e r v e r o s i n o s o t r o s s o m o s los
c o c l í e s y, e s p r e c i s o n o b a j a r s e d e l a p a l m a p a r a
que no dejemos volver a subir a los cucarrones i
el q u e q u i e r a subir, a p i c o t a z o s , lo h a c e m o s r o ­
d a r . .. "6 .

5 Boadh 3 Manuel Joaquín 3 ob. cit.

6 Bosoh 3 Manuel J oa q uí n . 3 ob. c i t . 3 p. 52. A q u í se tuvo en
cuenta el texto de Carlos 0inzburg 3 El Queso y los Gusa-
nos 3 como guía 3 pp. 116 y ss.
226.
2, E s e v i d e n t e u n a c i r c u l a c i ó n d e i d e a s y co n c e p t o s
en s e n t i d o v e r tical, primero, par a l uego exten­
derse horizontalmente. S o b e r a n í a p o p u l a r , igual­
dad, libertad, frater n i d a d , etc., f u e r o n pala­
b r a s q u e e n r i q u e c i e r o n e l v o c a b u l a r i o d e l a ple­
b e p e r o t a m b i é n c o n c e p t o s q u e a p l i c a d o s a una
e x p e r i e n c i a d e v i d a d i e r o n u n n u e v o s e n t i d o a la
l u c h a y le m a r c a r o n u na o r i e n t a c i ó n diferente.

D e o t r a p a r t e , e l p u e b l o p r e s t ó i m á g e n e s y ñora- I
b r e s e x t r a í d o s de su p r o p i o a c e r v o c u l t u r a l y
a p o r t ó a l c o n f l i c t o s u p r o p i a c r e e n c i a , l a cues­
t i ó n e j i d o s , l o q u e n o p u e d e s e r e n t e n d i d o sino
c o m o l a e m e r g e n c i a e i m p o s i c i ó n c o y u n t u r a l de
u n a m e m o r i a c o l e c t i v a y p o p u l a r , g e s t a d a desde
m u c h o t i e m p o atrás,.. h e r e d a d a d e g e n e r a c i ó n en
g e n e r a c i ó n y t r a n s m i t i d a o r a l m e n t e , q u e se cons­
t i t u y ó e n el m o t o r de u n a l u c h a q u e u n i ó p r o v i ­
s i o n a l m e n t e a un a f r a c c i ó n de la a r i s t o c r a c i a
c o n u n s e c t o r d e la n a c i e n t e c a p a m e d i a y los
pardos.

R as p ón , u n m u l a t o de la época, en pronunciamiento
q u e h a c í a e n la d e m o c r á t i c a s o b r e l a contribución
d i r ecta puede e j e m plicar esto: * ___Sr. Direitor,
r e s p e u t o d e l a c u e s t i ó n q u e se e s t á c u e s t i o n a n d o
( s i c ) , p o r q u e y o h e s i d o i soi m á s l i b e r a l que
n i n g u n o i n o m e q u i e r e n e s t o s b l a n c o s p i c a r o s oli­
g a r c a s p o r q u e e l p u e b l o e s s o b e r a n o . . . . p o r q u e no
m e q u i e r e n p o r n e g r o i p o r q u e les p o n g o la pata
e n el p e s c u e z o . . . p e r o n i n g u n o m e e n s e ñ a cuántos
son cinco, p o r q u e en cada dedo tengo un oficio
q u e l o s h e d e j a o p o r l a p o l í t i c a (sic) h a s t a fre­
ga r a e s t o s c o n s e r v e r o s i así la r e s p e t a b l e so­
c i e d a d d e b e a p r o b a r l a c o n t r i b u c i ó n d i r é u t a ... "7,

En la jerga p o p u l a r los m i n i s t e r i a l e s o conserva­

dores fueron denominados "conserveros" muy posi­
b l e m e n t e en a l u s i ó n a la conserva, d u l c e de gua­
yaba, m e m b r i l l o o brevas, p r o d u c t o c on el cual
la ha c i e n d a t r a d i c i ó n a l m e n t e y desde muchísimo
t i e m p o a t r á s v e n í a a b a s t e c i e n d o e l m e r c a d o d e la
ciudad, en tanto qué.los liberales fueron apoda­
dos coclíes.

7
Idem. Sobre la oirculavidad de las ideas se ha seguido a
George Duby en La vulgarización de los modelos culturales
en la sociedad feudal y a Rude, George, ob. cit. pp. 228-
 Dos libertos, Juan de Dios y María Concepción
Larrahondo evidenciaban una creencia generalizada y
muy e x t e n d i d a e n t r e l o s p a r d o s , s o b r e l a s t i e r r a s d e
ejidos, c u a n d o al s o l i c i t a r l a s al C o n c e j o a s e g u r a ­
ban: " . . . s a b i e n d o q u e e l V i r r e i M a n u e l A n t o n i o F l ó -
rez p o r a u t o s d e l 19 d e m a y o d e 1 7 7 6 i d e 27 d e a b r i l
de 1 7 7 9 d e s p u é s q u e l o s d u e ñ o s d e l a s t i e r r a s c o m ­
p r endidas e n t r e las m a f g e n e s de e s t a c i u d a d i el río
de l a s P i e d r a s d i e r o n l a t e r c e r a p a r a (de e l l a s ) p r o ­
pios, d e h e s a s i e j i d o s " ^ .

3. Un s e n t i m i e n t o de i d e n t i d a d c o l e c t i v a que los
sectores populares comenzaban a experimentar a p a r ­
tir d e la p e r t e n e n c i a a u n a l o c a l i d a d c o n c r e t a , e n ­
contró un n o v e d o s o c a n a l de e x p r e s i ó n como el que r e ­
p r e sentó la l u c h a p o r la a p r o p i a c i ó n i d e o l ó g i c a del
e spacio u r b a n o a n t e la i m p o s i b i l i d a d de su c o n s e c u ­
ción e c o n ó m i c a y social. E s t e h e c h o se t r a d u j o f u n ­
damentalmente en formas diferentes de nombrar y por
tanto de c o n c e b i r la l o c a l i d a d propia. Así, Cali
que h a s t a el m o m e n t o h a b í a c o n s t i t u i d o d o s d i s t r i t o s
llamados de Cali y Caizedo, pasa a ser fraccionada
en t r e s q u e s e d e n o m i n a r o n : L a D e m o c r a c i a , L a L i b e r ­
tad y L a I g u a l d a d 9 .

4. T a m b i é n se u t i l i z ó el C o n c e j o d e la c i u d a d c o m o
i n s t i t u c i ó n a p a r t i r de la c u a l se p o d í a l e g i t i m a r
tanto la l u c h a en sí c o m o sus p r o p ó s i t o s . En esto
la p l e b e r e c u r r i ó a l m e c a n i s m o i m p u e s t o p o r l o s a r i s ­
toc ra c ia -la e s c r i t u r a y el l e n g u a j e f o rm a l de la
solicitud- pero logrando dejar en ella claramente ex-
plicitadas sus aspiraciones. Se t r a t a de las p e t i ­
ciones p o r t i e r r a s de eji d o s q u e a la m a n e r a de las
r e p r e s e n t a c i o n e s d e l S. X V I I I r e f l e j a b a n c r e e n c i a s ,
deseos y t a m b i é n la f o r m a com o c o n c e b í a n a h o r a la
a d m i n i s t r a c i ó n y el gobierno.

Baltasar Palomino un labrador que solicitaba

t i e r r a s e n a r r i e n d o , e s c r i b í a al C o n c e j o e n los t é r ­
minos siguientes: "..; p a r a p o d e r s o s t e n e r a u n a n u ­
merosa familia me resolví a hacer una pequeña labran­
za e n l a s t i e r r a s d e d o n J o a q u í n a orillas del río

8 A.H.M.C. Capitular 124, folie 515.

9 A.H.M.C. Capitular 118, folios 167 y 293.
Fue importante para esto la lectura de Colmenares¿ Germán:
Castasj patrones de poblamiento y conflictos en las p r o­
vincias del Cauca, 1810-1830''. pp. 172-173 y ss.
228 .
Lile... péro como deseo tener seguridad para traba­
j a r i q u e j a m á s s e m e m o l e s t e p o r e l d u e ñ o d e la
h a c i e n d a , p u e s s e n o s a m e n a s a c o n l a d e s t r u c c i ó n de
nuestras labores... pido permiso para poder traba­
j a r p a g a n d o l o c o r r e s p o n d i e n t e a d o s c u a d r a s . . . Creo
s e ñ o r p r e s i d e n t e q u e e l c a b i l d o n o d e b e v a c i l a r en
a c c e d e r a m i s o l i c i t u d . . . ( p u e s ) ... r e p r e s e n t a los
d e r e c h o s del p u e b l o en este caso, y p or lo tanto,
tiene derecho según las leyes para usar de ese te­
rreno y sacar algún pro v e c h o en b eneficio de la co­
m u n i d a d , c o n c e d i e n d o l i c e n c i a p a r a q u e se c u l t i v e
l a t i e r r a ..." .

L a r e v u e l t a d e l z u r r i a g o t e r m i n ó e n v u e l t a p o r la
g u e r r a d e l 51. La aristocracia regional no olvidó
y c u a n d o las f u e r z a s c o n s t i t u c i o n a l i s t a s d i e r o n ter­
m i n ó a la s u b l e v a c i ó n d e l G e n e r a l M e l ó e n 1854, t o ­
d o s a q u e l l o s a los q u e se i d e n t i f i c ó c o m o zurriague-
r o s y c o n l a D e m o c r á t i c a d e l 49, f u e r o n e s c a r m e n t a ­
d o s s e v e r a m e n t e .^

CONCLÜSIONES

L a p r o t e s t a d e l z u r r i a g o e v i d e n c i a , e n t o n c e s , có­
m o la r e v u e l t a p o p u l a r en u n a s o c i e d a d pre-industrial
c om o lo e r a C a l i d u r a n t e el s iglo XIX, e s t a b a ligada
a f e n ó m e n o s d e t i p o s o c i o - e c o n ó m i c o s y p o l í t i c o s , pe­
ro é s t o s n o c o n s t i t u y e n los f u n d a m e n t o s de la misma.

Ha y en el p u e b l o u n u n i v e r s o de creencias, r e ­
presentaciones del mundo cotidiano, una memoria co­
lectiva, expectativas de vida y experiencias, vita­
les t o d a s ellas, q u e p u e d e n "e m p u j a r l o " a la r e v u e l ­
ta posiblemente en momentos que a primera vista p a ­
r e c e n i n e x p l i c a b l e s y q ue d e f i n e n la forma q ue ella
adopta.

A.H.M.C. Capitular 124, folio 511. También, Garrido de

Payan, Margarita, La política a nivel local en la Nueva
Granada, 1750-1810. Se tuvo presente además a Angel Rama:
La ciudad letrada.
H Bosch, Manuel Joaquín, ob. cit. y A.H.M.C.,Capitular 117,
folios 396 a 464.
229.
 Es i m p o r t a n t e s eñalar c p á n d e c i s i v o p a p e l jugó
la S o c i e d a d D e m o c r á t i c a e n e s t a p r o t e s t a : determinó
un e s p a c i o y u n t i e m p o n u e v o y d i f e r e n t e q u e p e r m i ­
tió e l q u e u n a m e m o r i a c o l e c t i v a y o r a l e n t o r n o a
una c r e e n c i a s o b r e l a s t i e r r a s d e e j i d o s c o i n c i d i e r a
con u n a l í n e a p o l í t i c a , d e m a t i z m o d e r n i z a n t e , c o m o
lo e r a n l a s i d e a s l i b e r a l e s q u e e n e s e m o m e n t o s e
agitaban en Cali y en la e m e r g e n t e "nación". Esta
m e d i a c i ó n d e l a D e m o c r á t i c a (y a ú n d e l C o n c e j o d e l a
ciudad toda vez q ue c o y u n t u r a l m e n t e e s t u v o en manos
de s e c t o r e s s o c i a l e s q u e r e s p a l d a r o n e l m o v i m i e n t o ) ,
hizo p o s i b l e la e x p r e s i ó n d e u n a c u l t u r a p o p u l a r q u e
se e v i d e n c i a r í a e n l a s a c t i t u d e s y c o m p o r t a m i e n t o s ,
creencias, f r u s t r a c i o n e s y deseos de los p a r t i c i p a n ­
tes e n e l d i s t u r b i o , p a r t i c u l a r m e n t e e n l a e s c o g e n c i a
de l o s l u g a r e s d e d e b a t e (la g a l l e r a , e l c i r c o , e t c . ) ,
las . f o r m a s c u l t u r a l e s d e p r o t e s t a r ( a z o t e s c o n p e r r e ­
ro, b u r l a s , a n ó n i m o s , e s c u c h a r m i s a c o n z u r r i a g o e n
m a n o , r u m o r e s , e t c . ) , y, e l e s p e c i a l u s o q u e s e r e a ­
lizó d e l C o n c e j o o C a b i l d o de la c i u d a d .

Se p r e c i s a r e l i e v a r t a m b i é n lo q u e r e p r e s e n t a ,
en e s t e t i p o d e r e v u e l t a s , l a a c t u a c i ó n d e l a s n a ­
c i e n t e s c a p a s m e d i a s q u e a p o y a n el c o n f l i c t o y la
u til i z a c i ó n que ellas h a c e n de las e x p e c t a t i v a s y i
quejas de los sectores populares.

P a r a f i n a l i z a r se d e b e n s e ñ a l a r i n t e r r o g a n t e s .
Dos de e l l o s , m u y i m p o r t a n t e s s e r í a s :

- C u á l es el v e r d a d e r o s i g n i f i c a d o de u n f e n ó m e n o de
tan larga d u r a c i ó n cual es la r e p r e s e n t a c i ó n del
e j i d o en la m e n t e del p u e b l o caleño?

- S e r á m á s a d e c u a d o i n s c r i b i r el p r o b l e m a de la t i e ­
rra en Cali, a m e d i a d o s del siglo XIX, en t é r m i n o s
de las "est r u c t u r a s de d i s p o s i c i ó n " , lo que e v i d e n ­
c i a r í a u n a l u c h a p o r el u s o de la t i e r r a m á s q u e m a
dicotomía tradicional entre propietario/no propie­
tario?

230.
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