6(3 LA ILUSTRACIÓN ESTAÑÓLA Y AMERICANA.
° XXIX
CRÓNICA GENERAL.
" ^ '^^^"""^'X p e r i ó d i c o fi'anccs i n s u l t a d t o d a s las n a c i o -
n e s , p o r q u e t o d a s l a m e n t a n la t í m i d a políti-
ca e x t e r i o r v los mal d i s i m u l a d o s t e m o r e s
^-^„„j_., d e F r a n c i a . E l mal l u m i o r d e ese p e r i ó d i c o
-Q/>^Q>vírT' d e m u e s t r a q u e t i e n e n i ' u n d a m e n t o los car-
£ \ ¿ ^ | g o s u n á n i m e s d e la p r e n s a e u r o p e a ; y si e s t o
'By^ " ° ' ° p r u e b a , la crisis m i n i s t e r i a l p r o d u c i d a p o r
v'KC^ la d e r r o t a de M r . d e F r e y c i n e t , y la dilicültad d e
J ^ , r e s o l v e r l a , deja v e r c l a r a m e n t e q u e ni la C á m a r a fran-
^ cesa, ni el p a í s , t i e n e n u n p e n s a m i e n t o n a c i o n a l ni
q u i e n le r e p r e s e n t e . Y e n f r e n t e del g r a n conflicto
europeo, Francia ha estado careciendo de Gobierno duran-
t e m u c h o s d i a s , c o m o si se t r a t a s e d e r e h u i r en e s t a s i t u a -
ción acéfala las r e s p o n s a b i l i d a d e s d e a t r e v e r s e á a l g o . Y , e n
efecto, n o deja d e ser i n g e n i o s o el m e d i o d e salir del a p u -
r o . ¡ L á s t i m a q u e n o p u e d a t e n e r aplicación al i n d i v i d u o ,
p o r q u e sería u n medio excelente de eludir compromisos
p o d e r r e s p o n d e r en los t r a n c e s difíciles d e la v i d a :
— P e r m í t a n m e VV. a b s t e n e r m e de t o m a r una resolución,
p o r q u e n o sé d ó n d e t e n g o la cabeza.
S u c e d e en F r a n c i a u n a cosa s i n g u l a r , q u e p u e d e p o n e r s e
c o m o e j e m p l o c u r i o s o d e los f e n ó m e n o s q u e se o b s e r v a n
e n su p r u d e n c i a . B a s t a p a r a h a c e r i m p o p u l a r á u n p o l i t i c o
francés i m p o n e r y d i v u l g a r q u e le m i r a c o n b u e n ojo el
P r i n c i p e d e B i s m a r c k , y s i r v e al m i s m o t i e m p o p a r a i m p o -
sibilitar q u e o c u p e el p o d e r un h o m b r e piiblico el q u e el
t e r r i b l e c a n c i l l e r le m i r e con nial ojo. Sólo h a y g o b i e r n o s
p o s i b l e s en F r a n c i a c u a n d o el P r i n c i p e B i s m a r c k se h a c e
el d i s t r a í d o .
M u c h o m á s p o d í a m o s d e c i r al p e r i ó d i c o i r a n c e s q u e d e -
n o s t a á E s p a ñ a , si q u i s i é r a m o s c o n t e s t a r d e s c o m e d i d a y
b r u t a l m e n t e , c o m o , si n o n o s r e s p e t á s e m o s , m e r e c e r í a su
a g r e s i ó n . E s p a ñ a es p o b r e ; c a r e c e d e m a r i n a , d e esa p r o s -
p e r i d a d m a t e r i a l q u e e x i g e n las m o d e r n a s y c o s t o s a s e m -
])resas m i l i t a r e s ; p e r o n o ])uede c u l p á r s e l a c o n j u s t i c i a v,
])or d e s g r a c i a n u e s t r a , d e a h o r r a r s a n g r e e s p a ñ o l a : lo a n ó -
m a l o e n t r e n o s o t r o s es la p a z ; al solo a n u n c i o d e la g u e r r a
d e E g i p t o , a n t e s d e calcular q u é v e n t a j a s n o s p u e d a r e p o r -
t a r , se s i e n t e en n u e s t r o pais c i e r t a i m p a c i e n c i a p o r t o m a r
p a r t e en la a v e n t u r a , c u a n d o r e a l m e n t e n o s c o n v i e n e r e -
p o s a r . C o m p á r e s e e s t e f e n ó m e n o , acaso q u i j o t e s c o , p e r o
n o b l e y v a r o n i l , c o n la flema d e o t r o s p u e b l o s , y se p o d r á
n e g a r n o s u n certificado d e c o r d u r a ; p e r o n o h a c e r gala
a n t e n o s o t r o s d e a l t i v e z q u e , sin m a r i n a ni f u e r t e s , n o s
s e n t i m o s s e g u r o s d e n t r o d e c a s a , sin m á s r a z ó n q u e la d e
e s t a r d i s p u e s t o s á e c h a r fuera al q u e e n t r e en ella sin p e r -
m i s o . Y n o h e m o s d e ser t a n i n j u s t o s c o n F r a n c i a c o m o es
el p e r i o d i s t a francés c o n los e s p a ñ o l e s , p u e s r e c o n o c e m o s
en esa n a c i ó n g r a n d e s c u a l i d a d e s y valor, p o r m á s q u e su-
fra su c a r á c t e r u n e c l i p s e p a s a j e r o , m á s visible y e v i d e n t e
en los a s t r o s d e m á s b r i l l o .
T a n lejos e s t a m o s d e c u l p a r d e a f e m i n a c i ó n á la n a c i ó n
v e c i n a , con la cual n o s u n e n t a n t o s v i n c u l o s , q u e t o d a v í a
h a l l a m o s en olla el m é r i t o i n c o m p r e n s i b l e d e la c o h e s i ó n y
el o r d e n , c u a n d o t i e n e t a n t o s m o t i v o s d e a n a r q u í a y c o n -
fusión. E n s a y a u n r é g i m e n q u e sólo h a b i a j i r o d u c i d o h a s t a
a h o r a p e r t u r b a c i o n e s e n los p u e b l o s v i e j o s , y e s t o á raiz d e
u n a c a t á s t r o f e n a c i o n a l , y p a r a c o l m o d e e l e m e n t o s d e lu-
c h a , es i n d u d a b l e q u e la acción d e u n a política a n t i r e l i g i o -
sa h a c o n m o v i d o hi s o c i e d a d en s u s c i m i e n t o s . ¿ Q u é p u e -
blo, h e r i d o tan c e r c a del c o r a z ó n , p u e d e d a r s e ñ a l e s d e v i -
g o r ? Sólo el h e c h o d e m a n t e n e r s e en pié es u n p r o d i g i o d e
equilibrio.
L a s dificultades q u e ofrece la crisis m á s g r a v e q u e h a
sufrido F r a n c i a h a c e m u c h o s a ñ o s , se e x p l i c a n f á c i l m e n t e :
en las é p o c a s t r a n q u i l a s se g o b i e r n a n d e c u a l q u i e r m o d o
los E s t a d o s , c o m o c o n t i e m p o b o n a n c i b l e se g o b i e r n a n los
b u q u e s sin e s f u e r z o ; p e r o c u a n d o el t i e m p o es b o r r a s c o s o ,
se e l i g e t i m o n e l d e confianza : F r a n c i a b u s c a u n h o m l ) r e
y n o le e n c u e n t r a : h a c e p o c o t e n í a u n o , y le i n u t i l i z o la
C á m a r a e n u n día.
F r a n c i a ¿ a m a n e c e r á m o n á r q u i c a el m e j o r d i a ? E s t o , q u e
e r a u n s u e ñ o p o c o h á , e m p i e z a á t e n e r p r o b a b i l i d a d e s , en
q u e entra un accidente material, una desgracia probable,
si la e n f e r m e d a d del C o n d e d e C h a m b o r d r e s u l t a s e c i e r t a
y tuviera funesto desenlace. H a b r í a una división m e n o s .
H o ) ' p o r h o y el M i n i s t e r i o q u e p r e s i d e M . D u c l e r c , ¿ p o d r á
ser u n a s o l u c i ó n : N o p a r e c e lo p r o b a b l e .
L o s i n g l e s e s n e c e s i t a n y se d i s p o n e n á t o m a r el p u e r t o
d e A b u k i r . Seria m u y c ó m i c o , si n o fuera m u y t r á g i c o , c o n -
s i d e r a r las g r a n d e s n e c e s i d a d e s d e esa n a c i ó n . S i t u a d a en
u n r i n c ó n del i m i v e r s o , es c o m o esas familias q u e v i v e n
e x t r a m u r o s 3 ' t i e n e n palco en t o d a s las f u n c i o n e s . N o h a y
c s t r e j h o d o n d e n o t e n g a n s i q u i e r a u n A-entanillo , a r c h i p i é -
l a g o d e q u e n o t o m e n u n a i s l a , ni c o n t i n e n t e en q u e n o
p e l l i z q u e n u n t r o z o d e t e r r e n o : n e c e s i t a n vistas á totlos los
m a r e s y p a r t i c i p a c i ó n e n t o d o s los n e g o c i o s d e la t i e r r a . S e
h a b í a n l l e v a d o d e E g i p t o h a s t a la aguja d e C l e o p a t r a , y h o v
se v a n q u e d a n d o c o n los p u e r t o s . I n g l a t e r r a se va i n s t a l a n d o
m u y c ó m o d a m e n t e en el g l o b o ; p e r o los d e m á s p a í s e s v a n
e s t a n d o m u y i n c ó m o d o s . E n t o d a s las l a t i t u d e s h a y u n
f u e r t e i n g l é s , c o m o si e s t u v i e r a esa n a c i ó n en g u e r r a c o n s -
t a n t e c o n el u n i v e r s o .
R e s u l t a d e ello q u e la figura d e A r a b í , s í m b o l o d e la
r e s i s t e n c i a á I n g l a t e r r a , es h o y , casi l e g e n d a r i a , c o m o i n -
t e r p r e t a n d o un s e n t i m i e n t o universal. L a lucha de a m b o s
se halla en un p e r i o d o d e e x p e c t a c i ó n m u y i n t e r e s a n t e . I n -
g l a t e r r a e s p e r a en s u s c a ñ o n e s f o r m i d a b l e s : A r a b i se d i s -
p o n e á s o l t a r el N í l o c o n t r a los i n g l e s e s .
P e r o lo q u e h o y n o s i n t e r e s a m á s d e cerca en e s t e a s u n t o
son las g e s t i o n e s d i p l o m á t i c a s , c o n f i d e n c i a l e s t o d a v í a , q u e
s e h a c e n p a r a e s t a b l e c e r el d e r e c h o d e E s p a ñ a á i n t e r v e n i r
en I» q u e á la n e u t r a l i d a d del C a n a l d e S u e z se refiere. E l
derecho, como hace tiempo dijimos, nos parece incuestio-
n a b l e ; p e r o su r e c o n o c i m i e n t o oficial, si llega á e f e c t u a r s e ,
¿nos producirá alguna ventaja ó serios compromisos? E s
u n a h o n r a s e g u r a m e n t e , p e r o u n a d e esas h o n r a s q u e c u e s -
t a n a l g o c a r a s , si n o se saca d e ellas el fruto d e b i d o .
N u e s t r a o p i n i ó n es m u y s e n c i l l a : t e n e m o s o b l i g a c i ó n
e s t r i c t a d e v e l a r ])or la l i b r e y d e s e m b a r a z a d a c o m u n i c a -
c i ó n e n t r e la P e n í n s u l a y sus p o s e s i o n e s o r i e n t a l e s , c u y a
c l a v e e s t á e n el I s t m o ; p e r o d e b e m o s , al m i s m o t i e m p o ,
p r o c u r a r q u e d e esa c o m u n i c a c i ó n r e s u l t e t o d o el p r o -
v e c h o q u e se p u e d e r e p o r t a r , a c r e c e n t a n d o la riqueza d e
a q u e l l a s fértiles r e g i o n e s .
E s decir, q u e n o i n t e r v e n g a m o s en lo del Canal p o r d a r -
nos tono, sino por utilidad de E s p a ñ a y Filipinas.
H a b í a m o s c r e í d o q u e el i n c i d e n t e o c u r r i d o e n t r e la r e -
p r e s e n t a c i ó n d e E s p a ñ a y la d e l g o b i e r n o del U r u g u a y n o
p o d í a ni d e b í a i n t e r r u m p i r n u e s t r a s b u e n a s r e l a c i o n e s , p u e s
b a s t a b a p a r a el b u e n a c u e r d o u n e x a m e n i m p a r c i a l d e los
h e c h o s , y el p r o p ó s i t o d e satisfacer al q u e t u v i e s e d e su
p a r t e la j u s t i c i a , n o c o m o i m p o s i c i ó n , p u e s las i m p o s i c i o n e s
n o r e s u e l v e n n a d a , s i n o c o m o t r i b u t o á la e q u i d a d . A s i pa-
r e c e q u e se ha h e c h o , d e lo cual n o s c o n g r a t u l a m o s leal-
m e n t e . D i s c u t i d a a m i s t o s a m e n t e la c u e s t i ó n , se h a v e n i d o
á u n a c u e r d o : }' si e s t a v e z E s p a ñ a t e n i a m o t i v o d e q u e j a ,
y se h a r e c o n o c i d o a s i , c r e a el p u e b l o h e r m a n o del U r u -
g u a y q u e E s p a ñ a e n t e r a se h u b i e r a h o n r a d o en d a r l e la
m i s m a s a t i s l a c c i o n , sí el U r u g u a y h u b i e s e r e . ' i b i d o a l g ú n
agravio.
A s í d e b e n p o r t a r s e m u t u a m e n t e las n a c i o n e s á q u i e n e s
u n e n lazos t a n s a g r a d o s .
L a c e n t r a l i z a c i ó n e x c e s i v a t i e n e sus d e s v e n t a j a s , p e r o
t a m b i é n t i e n e su p r o , s o b r e t o d o p a r a el q u e t i e n e q u e dar,
c o m o n o s o t r o s , a l g u n a i d e a d e los h e c h o s c u l m i n a n t e s .
C u a n d o los e l e m e n t o s oficiales, la a r i s t o c r a c i a , y t o d a s las
p e r s o n a s d e m á s v i s o , se r e ú n e n en M a d r i d , la c r ó n i c a r e -
s u l t a fácil. P e r o c u a n d o e s o s e l e m e n t o s se d i s p e r s a n p o r
las c o s t a s , t r a s p a s a n la f r o n t e r a , y h a s t a la familia R e a l se
d i v i d e , q u e d a n d o p a r t e d e la C o r t e en la G r a n j a y o t r a e n
C o m i l l a s ; c u a n d o a p e n a s h a y b a l n e a r i o q u e n o se e n v a -
n e z c a d e ser v i s i t a d o p o r a l g u n a p e r s o n a n o t a b l e , ¿á d ó n d e
ha d e fijarse la a t e n c i ó n ?
V o l v e m o s , p u e s , la vista hacia o t r a s p a r t e s , y en IMlbao,
u n p u e n t e v i e j o , el d e San A n t ó n , q u e se h u n d e c u a n d o le
e s t a b a n d e r r i b a n d o , p r o d u c e en los t r a b a j a d o r e s u n a v e r d a -
d e r a c a t á s t r o f e : u n c h o q u e d e t r e n e s c e r c a d e M e d i n a del
C a m p o i n t e r r ú m p e l a línea b r e v e m e n t e y sin o c a s i o n a r d e s -
gracias, por fortuna : otro tren destroza á una p o b r e sega-
d o r a en la m i s m a l í n e a , y en V a l l e c a s m u e r e h o r r o r o s a -
m e n t e a s e s i n a d o D . E m i g d í o S a n t a iSIaria, p o l í t i c o q u e
fué m u y influ3'ente en el p a r t i d o d e m o c r á t i c o , y p e r s o n a
generalmente estimada.
P r e f e r i m o s fijar la vista o t r a v e z en los q u e se b a ñ a n y
r e c r e a n ; p u e s e n t r e los s u c e s o s f a u s t o s , sólo p u e d e c o n t a r -
se r e a l m e n t e la i n a u g u r a c i ó n del c a n a l q u e s u r t e d e a g u a s
á E l c h e , ese h e r m o s o t r o z o d e África q u e p u s o D i o s e n la
provincia de Alicante.
H a b l á b a s e d e la A m é r i c a del S u r en u n c i r c u l o d e ex-
t r a n j e r o s , 3' d e s p u é s d e u n a d i s c u s i ó n en q u e se s o s t e n í a n
d i v e r s a s o p i n i o n e s , n o s c a u s ó v e r d a d e r a satisfacción o i r á
un viajero italiano expresarse de este m o d o :
— P u e d o a s e g u r a r á V V . q u e la A m é r i c a l a t i n a p r o g r e s a
r á p i d a 3' s ó l i d a m e n t e , y s e r á u n a d e las r e g i o n e s m á s feli-
ces y p r ó s p e r a s del g l o b o c u a n d o t e r m i n e el p e r i o d o d e
los t r a s t o r n o s p o l í t i c o s . L a E x p o s i c i ó n C o n t i n e n t a l , a b i e r t a
á fines d e M a r z o en B u e n o s - A i r e s , 5^ á q u e a s i s t í , fué u n
certamen interesante de industrias y productos america-
nos. E n ella p u d e o b s e r v a r q u e ha3- tal r i q u e z a n a t u r a l p a r a
b a s e d e los f u t u r o s a d e l a n t o s , q u e h a d e influir en los m e r -
c a d o s del m u n d o c u a n d o se e x p l o t e en d e b i d a f o r m a . H a y
a r t e s q u e e s t á n á la a l t u r a d e los p a í s e s m á s l a b o r i o s o s , y
e n t o d o s h a y m u e s t r a s d e la d i s p o s i c i ó n d e los a m e r i c a n o s
p a r a t o d a clase d e t r a b a j o s . A d e m a s , en las i n s t a l a c i o n e s se
v e í a n el g u s t o 3" la e l e g a n c i a d e u n a raza a r i s t o c r á t i c a .
C r e e m o s q u e la o p i n i ó n i m p a r c i a l d e u n v i a j e r o m u y
i l u s t r a d o t i e n e v a l o r , 3- p o r e s o se la t r a s m i t i m o s c o n g u s -
t o á los a m e r i c a n o s , p u e s t o q u e la d i s t a n c i a n o s p r i v ó d e
hacer p a r t i c u l a r m e n t e un estudio de aquella interesante
E x p o s i c i ó n , 3^ q u e L . \ I H \ S T R . \ C ' I O X t u v o la d e s g r a c i a d e
q u e se e x t r a v i a r a n , a n t e s d e llegar á su p o d e r , p o r u n ac-
c i d e n t e i n e v i t a b l e , d a t o s 3-dibujos i m p o r t a n t e s q u e se refe-
r í a n á la E x p o s i c i ó n d e B u e n o s - A i r e s .
L a t r i s t e s u e r t e d e los p e r r o s sin a m o p r e o c u p a á los afi-
c i o n a d o s á e s o s a n i m a l e s . E n e f e c t o , se h a e s t a b l e c i d o un
d e p ó s i t o en M a d r i d d o n d e se da m u e r t e á los p e r r o s q u e
n o t i e n e n a m o c o n o c i d o . L a i m a g i n a c i ó n del v u l g o a t r i -
b u í a c r u e l d a d e s i n a u d i t a s á los v e r d u g o s d e p e r r o s , p e r o
p a r e c e q u e e r a u n r u m o r i n f u n d a d o 3' q u e se les d a b a m u e r -
t e d u l c e 3' científica.
P e r o ¿ h a y p e r r o s sin a m o ? E l p e r r o es un a n i m a l socia-
ble, q u e s e c o n s i d e r a c o m o c o m p a ñ e r o y c r i a d o del h o m -
b r e ; el q u e n o t i e n e casa, la b u s c a ; c u a n d o c a r e c e d e d u e ñ o ,
s e a s o m a á t o d a s las casas a b i e r t a s , y allí d o n d e le h a c e n
u n a caricia y le e c h a n u n h u e s o allí se i n s t a l a , c o n s i d e r á n -
dose obligado á servir.
E l t e m o r á la rabia d i s c u l p a la p e r s e c u c i ó n , 3- acaso la
justifica. P e r o , fijándose en la a m i s t a d 3' en el afecto leal
q u e el p e r r o profesa al h o m b r e , y en la confianza con q u e
b u s c a su p r o t e c c i ó n 3^ c o m p a ñ í a , h a y algo d e fiero é i n g r a -
t o en q u e la s o c i e d a d h u m a n a le c o r r e s p o n d a d e tan b á r b a -
ra m a n e r a .
o ""a
B a ñ á b a s e u n a s e ñ o r a c o n su m a r i d o , p o r la m a ñ a n a , en la
c o n c u r r i d í s i m a p l a y a d e B i a r r i t z , c u a n d o , p o r la fuerza del
oleaje, s e le d e s h i z o el traje á la s e ñ o r a , q u e e r a m u 3 ' v e r -
gonzosa.
•—i Q u e se r e t i r e el p ú b l i c o ! ¡ H a z q u e se r e t i r e el p ú b l i -
i
N.
co ! — dijo la d a m a d e s c o n s o l a d a á su n o m e n o s afligido es-
p o s o , o c u l t á n d o s e en el a g u a .
— ¡ I m p o s i b l e ! — e x c l a m ó el m a r i d o c o n t r i s t e z a ; — ''"ly
t r e s mil p e r s o n a s en la p l a v a ; n o p u e d e s salir del b a ñ o has-
ta la n o c h e .
P o r fin, t r a j e r o n u n i m p e r m e a b l e , q u e c u b r í a d e s d e la ca-
beza h a s t a los p i e s , e n el cual se e n v o l v i ó la n á u f r a g a ; p e r o
al llegar á la pla3'a, se d e t u v o la s e ñ o r a d i c i e n d o :
— N o m e a t r e v o á p a s a r : m e da v e r g ü e n z a .
— Si vas e n t e r a m e n t e t a p a d a .
— E s v e r d a d ; p e r o , ¿3' si v e n q u e n o llevo n a d a debajo.
— N o t e n g a s c u i d a d o — dijo el m a r i d o p a r a t r a n q u i l i z a d '
la; — 3-0 c e r r a r é los ojos.
— D e b o haber encanecido hoy,—decían á n u e s t r o amigo
B a l t a s a r , p o c o s dias h a c e . — F i e t e n i d o q u e p a g a r u n a d e u d a
antiquísima. Ya no m e acordaba de ella, y t e n g o buena
memoria.
— ¿ T a n vieja es esa d e u d a ?
— F i g ú r a t e q u e la c e n a d e B a l t a s a r n o e s t u v i e r a p a g a d a
y te p r e s e n t a r a n la c u e n t a .
P o r d i s g u s t o s q u e le d a b a su s u e g r a , e m i g r ó á B u e n o s -
A i r e s u n m a r i d o , d e j á n d o s e en E s p a ñ a á su m u j e r . M u e r t a
la m a d r e p o l í t i c a , r e g r e s ó el a u s e n t e p a r a r e u n i r s e con su
esposa.
A3-er n o s e n c o n t r a m o s al i n d i a n o .
— ¿ Q u é tal le v a á V. e n su n u e v o e s t a d o ? — le dijirnos.
— S o y m u y iniéliz — n o s r e s p o n d i ó . — N o s a b e V. c ó m o
he e n c o n t r a d o á mi mujer.
— ¿ T a n t o ha v a r i a d o ?
— E s el r e t r a t o d e su m a d r e : d e m a n e r a q u e c o m o si
estuviera casado con mi suegra.
L a vejez es u n a s e g u n d a infancia.
LTn a n c i a n o g e n e r a l e n t r ó en u n a a g e n c i a á e n c a r g a r u n a
sirvienta.
— ¿ L a q u e r r á V. d e c i e r t a e d a d ?
— L a m e n o s p o s i b l e : t e n g o e d a d p a r a los d o s .
FA a g e n t e a p u n t ó en su l i b r o d e m e m o r i a s :
« P a r a el g e n e r a l D . R una niñera.
JOSÉ FERNANDEZ BREMON.
N U E S T R O S GRABADOS.
BELLAS ARTES,
Aftiqt/t' y dífcnsa , cuadro de Federico Jiménez.
En la Exposición de Bellas Artes, recientemente instalada por
don R. Hernández, en esta capital, ha presentado varios lindos
cuadros el distinguido autor de El Águila y el Escarabajo y ^'^
Gallinero, D. Federico Jiménez y H e r n á n d e z : copia es del titula-
do A taque y defensa (que se designa en el catálogo con el núme-
ro 216) el grabado que publicamos en la plana primera del pf^'
senté número, según fotografía de Laurent.
La composición, sin ser notable por la originalidad del asunto,
está discretamente pensada y bien dispuesta: aparece un gato a ^
entrada del palomar, rompiendo la frágil red de cuerda que la de-
fendía, y se para receloso ; los pichones hu3'en, piando lastimeros,
la tímida paloma se dispone á la defensa y bate las fuertes alas^
el palomo, que se parapeta en derribado cesto, espera el instante
de caer sobre su astuto, cruel y cobarde enemigo Es un draro^'-
terrible en el hogar doméstico más pacifico. .
Nuestros lectores conocen otras producciones artísticas ae J ' '
menez del mismo género : ¿ Entrará ? (^^éase el núm. X X A o
L A ILUSTRACIÓN',Me 1S81; figuró con honra en la última Exposi-
ción general de Bellas Artes.
Jccador de vilntcla , cuadro de L. Casanova.
Cinco bellos cuadros ha exhibido en la Exposkion-Bosch c
apreciable artista Sr. Casanova : conocen ya nuestros lectores e
titidado Una Aguadora de la campiña romana, hermoso tipo
chiochiara, de expresión enérgica, de ra.sgos valientes ; ho3' re-
producimos, en el grabado de la pág. 72, el que figura en aqu<^
honroso concurso bajo el epígrafe de Tocador de vihuela, otro po^
pular tipo retratado con singular maestría, con firmeza en el con-
junto y relieve en sus detalles característicos. .,
N o es el mancebo de barbería, que forma en sus ocios atreví
ensueño de músico, y araña las cuerdas de vieja g u i t a r r a ; no
tampoco el lisiado de la guerra, que demanda piedad al '"í"
seunte campesino, haciendo brotar del sonoro instrumento ' ' '
nos patrióticos y los aires populares más en boga : es acaso e'
briego aragonés ó castellano, que toma el sol y mata el tiempo
apacible dia de primavera, y se arrulla 3' se mece con los aleg
ecos de la jota ó la rondalla. .j^
El pobre fondo del cuadro, pared resquebr.ajada y desluri M
presta vivo relieve á la figura, de acentuadas facciones y ''^ g
de natural abandono ; el perro, que descansa á los pies de su a '
levanta vivamente la cabeza y parece como que escucha con p
cido anhelo, sin duda porque
La música las fieras domestica.
Estos dos cuadros, la Cliiochiaray el Tocador de i'i/iuel<'t,\ ^^l
i nuestro juicio, los mejores del Sr. Casanova en la Exfosi
¿tosc/í.
Un paso ptdii;¡vso. (Composición y dibujo de I'^nriquc Eslévan.J
azo-
l.evantase, á la orilla del Océano, resquebrajado peñasco,
lado por las olas, que se deshacen en torbellinos de blanca c 1;^
m a ; en lontananza se divisa la tranquila aldea, en medio de• ap l o
toresco valle, c ual nido de avecillas entre arbustos y flores ido ,por
léios
- - , - - -se
- extiende el mar,, inmenso como el infinito," i rsurcad
—
lanchas pescadoras y rizado apenas por el• suavt lave aleteo de
i^i'sa- , . , 1 . , (ainda
Ella y él, jóvenes lourtstas, aparecen en la cima de la >• j ^[
roca ; profunda hendidura detiene sus pasos ; la marea su i^^^
valle está lejos Ella, empero, confia en la nobleza del ^P. ^^^
mancebo, que le ofrece una mano, para salvar incólume aque /
peligroso.. uestro
Así interpretamos nosotros la espiritual composición de nu
apreciable colaborador Enrique Lstávan, que damos en la 1
gina 73. •
SUCESOS JlE EGIPTO,
•T Di'l'ue
indría . .i.»
El Canal de Suez.—ICsclusa en el can;al de agua dulce, en Ismailia.—
nuevo en Suez.—El lago Timsah.—Los Lagos Amargos.—Aleja"'
Columna de Pompeyo.
po-
El gran jiroblema del canal de Suez era la falta de agua
table.
 N.o X X I X LA I L U S T R A C I Ó N
Al principio, llevando el precioso líquido una caravana de
2-000 camellos, con carga de dos barriles de 6o litros cada uno,
suministrábase apenas un litro diario á cada obrero, y éstos lo
sran, en muchas ocasiones, más de 25.000 : hacíase cada vez más
necesario el proyectado canal de agua dulce, de agua del Nilo.
Tomóse ésta en Zazagig y luego en el Cairo; abrióse el canal
(17 metros de anchura "por 8 de fondo), desde Ismailia, con rá-
pida pendiente hasta Suez ; fijóse el punto de bifurcación á cua-
tro kilómetros de esta linda población, en Xefiche; siguióse, en
" n , hasta los Lagos Amargos el trazado del antiguo canal de
Adriano.
Este canal (cedido al Gobierno egipcio por la Compañía del de
^uez) tiene dos esclusas : u n a , en la estación del camino de
fiierro de Ismailia (representada en el primer grabado de la pá-
gina 58, dibujo de A. de Caula, según fotografía directa), y otra,
^ la salida del mismo pueblo, sin contar otras dos que se han
construido en el trayecto, hasta los Lagos Amargos.
Las esclusas á que nos referimos, miden 33 metros de longitud
por 8,50 de latitud, habiéndose tenido en cuenta que los más gran-
des barcos del Xilo apenas miden 30 metros ; sus muros son de
gruesa manipostería, y sus compuertas, de hierro.
En la citada pág. 68 damos una vista del nuevo dique de ca-
'•Jnas de Suez una de las últimas obras del Gobierno de Ismail-
Pachá.
A principios de 1864, cuando tomaron á su cargo las obras del
Canal de Suez los contratistas M M . Borel y Lavalley, desde la
salida de Ismailia hasta el mar Rojo, en u n a extensión de 87 k i -
lómetros, que abrazaba difíciles y costosas obras de fábrica, ex-
cavación, dragado, terraplenes, etc. (en junto, 25 millones de me-
tros cúbicos), lo que hoy se llama el lago Timsah ó del Cocodrilo
era (ya lo hemos dicho en el núm. X X V ) u n a inmensa depresión
del terreno situada á la extremidad oriental de la tierra de Ges-
^em, ó de los israelitas, que formaba como un vasto depósito de
^rena, el cual estuvo lleno, en remotos siglos, de las aguas del
Xilo, y cuyo perímetro aparecía lindamente demarcado con her-
mosos rosales y otros arbustos.
Pues bien : aquel depósito de arana, acumulada por el simoum
w i c a n o durante cuarenta siglos, es hoy ün ancho lago, constan-
temente dragado, de 2.000 hectáreas de superficie por 15 kilóme-
tros de circunferencia, en el cual empezaron á entrar las aguas
Qel Mediterráneo el 18 de Noviembre de 1862, p o r medio de u n a
atarjea de 18 metros, llenándose por completo el lago en el espa-
cio de 247 dias, en vez de 250, como hablan calculado los ingenie-
ros directores de las obras, con un volumen de agua equivalente á
4tJ millones de metros cúbicos.
Así quedó formado el lago T i m s a h , del cual damos u n a vista
(.dibujo de A. de Caula, según fotografía directa) en la pág. 6g
1; ' poderosas dragas que emplearon los contratistas citados abrie-
''cn allíj en pocos años, una rada de 60 hectáreas de superficie
por 8 metros de profundidad ; y cuando se efectuó la inaugura-
ción del C a n a l , flotaron en las aguas del nuevo lago los pabello-
nss de todas las potencias de E u r o p a , y el virey Ismail-Pachá,
S'^inpre fastuoso, y más en aquella solemne fiesta, que inmortali-
3 0 a su nombre, pudo agrupar, ante los ojos de la emperatriz
ngenia, la elegancia más exagerada de la vieja Europa al lado
c los trajes pintorescos y de la severa actitud de los habitantes
e Uriente, que habian enclavado, á lo largo de la extensa costa,
S"s aduares y sus tiendas.
Pambien hemos citado, en el mismo n ú m . X X V , los Lagos
Amargos.
Eran éstos, como el de T i m s a h , u n a inmensa depresión del
erreno, antiguamente inundado por las aguas del mar Rojo, y
instituyendo el golfo Heroopolita; grandes blocs de sal, seme-
ja ntes á témpanos de hielo, flotaban en agua sucia por algunas
Partes, ó límpida y clara, pero m u y amarga, en otros sitios; un
^ n c o salino, de gran extensión, presentaba grutas llenas de cris-
¡izaciones, hasta de 8 metros de profundidad; en el centro ha-
'a una informe y pantanosa mezcla de a g u a , a r e n a , plantas ma-
.Sj y aun conchas de moluscos del mar Rojo
.ra . . . . . .
mil
Era necesario llenar los dos Lagos Amargos (más de doscientos
. metros cuadrados de superficie) con las aguas del Mediter-
•rieo, que allí debían unirse á las del mar Rojo, siendo preciso
' • " ? . toda la operación un volumen de agua de más de millón y
Mío de metros cúbicos : construyéronse las obras auxiliares
PJ^ciyectadas p o r los ingenieros; hízose el dragado (véanse los
^ ^ b a d o s correspondientes en la misma pág. 6g) con los podero-
so aparatos que habia reunido el contratista M. Borel (es decir,
í^,. grandes dragas y 18 pequeñas, 70 gabarras, 18 elevadores,
s de 200 barcas de madera y de hierro, etc.); labróse un canal
^ Xihar de unos 2 kilómetros de longitud por 80 metros de an-
ra, con u n a pendiente de 25 milímetros ])or m e t r o ; las com-
íj -T^^J por último, de la parte del N o r t e (del Sernpemn^ fueron
y 'tadas, en presencia de Ismail-Pachá, el 18 de Marzo de 1869,
Xu ^j^^^tante las filtraciones, la evaporación, etc., las aguas del
del'^ c •'° ^"^ mezclaron con las del Mediterráneo en la mañana
j^ L ^ de Agosto del mismo a ñ o , ó sea seis meses después de
k^^ entrado las de este último en la gran cuenca de los Lagos
Amargos.
litip" ^'^^^ grave operación, que no es posible reseñar en breves
clu' 1^' ^- ^'e^ ^"^ niás delicada de las obras del C a n a l , quedó con-
]„. j ? i S'n accidentes de importancia, en el plazo prefijado por
'°^ directores de los trabajos.
de 'tnlo de monumento histórico, cu3'o recuerdo no puede dejar
dijjjí^elir á la memoria cuando de Alejandría se habla, nuestro
colun^"'^ ha colocado en el centro de su composición la famosa
final A^^ Pompeyo, producto del arte griego, que se eleva al
esta "i ^"^^ calle de Alejandría que lleva su nombre. Créese que
otra ve; itiyamente el Serapeuní, y que, derribada más tarde, fué
Soh- ^'''g''^^ por orden de un gobernador de Diocleciano.
el 2 fi ' e el pedestal de esta columna subió el general Bonaparte,
aqugí^ J.nlio de 1798, para observar las baterías de la plaza, q u e
nient "'^"^.".dia cayó en su poder. Al pié de este antiguo monu-
t é r ^ : escribió su carta a! Sultán de T u r q u í a , concebida en estos
Sulji: ^°^ i j * El Gobierno francés se ha dirigido muchas veces á la
Cesar Y^ " " e r t a para pedir el castigo de los beys y que hiciera
Puert , t^'trajes que la nación sufría en Egipto ; la Sublime
Rrichó cleclarado que los mamelucos eran gentes ávidas y ca-
Repii],^p^'y c)ue les despojaba de su imperial protección La
exceso "1^ 'rancesa envia un poderoso ejército para reprimir los
tra loo'j ^^ys ele Egipto, como lo ha hecho otras veces con-
i Oh^s üe Argel y Túnez i \''én á mi encuentro!
contrastes de la Historia!
NUEVA ESTACIÓN DEL N O R T E , EN MADRID.
' ^ ' S D L Í ^ ^ P ' ' ^ ^ ^ ''e los Caminos de Hierro del Norte adoptó la las
"^eal
'•.Clones necesarias para que S S . M M . y AA., al dirigirse al
- ' siti
el nuevo" r e • " ''clefonso, el dia g de Julio último, inaugurasen
'cente ^ ' " levantado, en las afueras de la Puerta de San
"^'"'^s no ' ' ^ ' ^ estación y cabeza principal de la línea, aunque las
^^^ <3Ue á'^f'^'''^^" terminadas por completo : al tinglado provisio
' 'itie antes existia , perjudicando notablemente á la comodidad
ESPAÑOLA Y AMERICANA.
de los viajeros, al ornato público y aun á las necesidades del ser-
vicio, ha reemplazado una construcción magnifica, de elegante as-
pecto general, de solidez y distribución interior y exterior dis-
cretamente calculadas.
Nuestros lectores adquirirán idea exacta del nuevo edificio
examinando los grabados (según fotografía directa) que publi-
camos en la pág. 76.
Fué colocada la primera piedra el 24 de Setiembre de 1879,
Iiabiéndose invertido, por lo tanto, en la construcción cerca de
tres a ñ o s ; la fachada principal, con vistas al Mediodía, mide una
longitud de 155 metros por 21'" de fondo, y 14,50 de alto, en
el cuerpo central; los materiales de fábrica son piedra sillería (de
A r a g ó n ) , ladrillo prensado (de Madrid) y vigas de pisos y cubier-
tas, de hierro, de Francia y Bélgica; los operarios que han ejecu-
tado las obras son españoles, bajo la inspección inmediata, con-
cienzuda y afectuosa del Sr. D. José S. Palacios, ingeniero-direc-
tor de la construcción; en el levantamiento de los planos y
formación de presupuestos han tomado parte, para su confección
definitiva, los Sres. Biarez, director general; Grasset, ingeniero
jefe, y ü u l i a c , arquitecto de la Empresa; el total coste de las
obras hechas hasta ahora asciende á la respetable suma de dos
millones de pesetas.
La Estación de salidas, que es la terminada, tiene un grandio-
so vestíbulo, para despacho de billetes y descanso de viajeros;
soberbia sala para facturación de equipajes á la vista del público,
por medio de carretillas taradas (100 kilogramos cada u n a ) , en
básculas sistema Dujour, de plataforma fija, al nivel del pavi-
mento ; anchos salones de espera; un andén que mide, como la
fachada principal, 155 metros de longitud por 40 de anchura, de
piso asfaltado y colosal montera de hierro ; en el piso bajo están
ya instaladas las oficinas del servicio de Estación, y en los pisos
principal y segundo, las de la Dirección, Movimiento, \ ' í a y
obras, etc.
La Estación de llegadas, semejante á la anterior, y total com-
plemento del edificio, se construirá en el área correspondiente, ya
demarcada, t a n pronto como sean vencidas algunas dificultades
que hoy existen, ajenas á la voluntad de la Empresa.
N o terminaremos estos breves apuntes sin dar las gracias más
cumplidas á los Sres. D. Epifanio de Las Casas, jefe de la Esta-
ción, y D. José S. Palacios, ingeniero-director de las obras, ya
citado, por la amabilidad y exquisita cortesanía con que se han
servido facilitárnoslos.
CHOISV-LE-ROI ( P A R Í S ) : ESTATUA DE R O U G E T DE LISLE,
AUTOR DE « L A M.4RSEI.LESA», inaugurada el 25 de Julio último.
(Véase el artículo correspondiente en la pág. 740
* el conocimiento, y aun recelo que mis elogios sona-
* *
LA FERIA DE VALE.\CIA.
E.xposicion industrial en la Casa Lonja.
En la ciudad de Valencia, reina de hermosura y gentileza en
la comarca oriental de E s p a ñ a , se celebra todos los a ñ o s , con
brillante p o m p a , la feria de Julio : solemnes funciones religiosas,
certámenes literarios, concursos industriales y d e Bellas Artes,
cabalgatas históricas, iluminaciones, músicas todo se organiza,
por decirlo así, en discreto consorcio, para que la agradable pers-
pectiva de un período de animación y regocijo sea cual imán p o -
deroso que atraiga al viajero á la insigne ciudad de Yahia-Biüah
el destronado emir toledano, y de Don Jaime I el Conqiiisiador
« el rey más grande
Que tuvo el mundo cristiano»,
como dice el autor de La Campana de la Almndaina.
La Exposición Industrial que ha sido organizada este año, bajo
los auspicios del Ateneo-Casino Obrero, en los salones y patio de
la Casa-Lonja, revela desde luego, ademas de la cultura de la
digna asociación que la patrocina, un hecho indiscutible ; que la
industria valenciana, en sus diversas manifestaciones, camina á
grandes pasos por la senda del progreso ; y basta recorrer el mag-
nífico salón de Columnas para adquirir perfecta demostración de
ese hecho.
En la sección de maquinaria (de la que damos u n a vista en el
segundo grabado de la pág. 77, según croquis remitido por D. Juan
Pinos) hay instalados colosales motores de vapor, bombas elevado-
ras de agua, prensas para elaboración de vinos y aceites, aparatos
para fabricar papel, máquinas para aserrar (de percusión), etc., pre-
sentadas por la Primitiva Valenciana, El Vulcano, los Sres. \ ' e n -
g u t , Mari y otros expositores ; en una bella instalación, de las más
completas, vense numerosos instrumentos agrícolas, expuestos por
el señor Seytne, bien conocido en esta corte; cajas para envases,
en variedacl m u y notable, y multitud de productos de serretería y
carpintería, hasta muebles de lujosa apariencia y artísticos deta-
lles han presentado los Sres. Jimena y Tarín ; bronces y pianos
los Sres. Moreno, Dalfau y Galiana ; tejidos de lana y de seda con
primorosos dibujos, y obra perfecta de calzado y de sombrerería,
los Sres. Marin y l,opez ; mobiliario excelente para jardín y casas
de campo, de fundición de hierro, de forma que revela delicado
gusto y buena combinación con las exigencias de la solidez y el
cotnforí ¿Cómo h a de ser posible enumerar aquí los muchos
objetos expuestos? Renunciamos con sentimiento á describir las
elegantes instalaciones del gremio del Arte de la Seda, de la E^s-
cuelade Artesanos, de la Sociedad Constructora, del mismo Ate-
neo-Casino Obrero, de los vinicultores, de los doradores y tallistas,
de los fabricantes de objetos de metal blanco, de la sencilla y por
demás interesante donde aparecen instaladas sobresalientes labo-
res del bello sexo, que atestiguan la sólida instrucción, el buen
gusto, la aptitud y hasta la paciencia inagotable de sus autoras.
La actual Exposición de Valencia revela exactamente el hecho
que hemos indicado ; es completa demostración del progresivo
perfeccionamiento industrial, no sólo por las aplicaciones de los
productos, sino por la tendencia artística, depurada, culta, que
éstos gallardamente ostentan.
Que sean muchos los industriales imitadores en las demás co-
marcas de España : esto es lo que deseamos de todas veras.
LA SOCIEDAD PORTUGUESA DENOMINADA
« Q U I N T E T O DE C R I S T A L . »
X'o se debe poner en duda que el empresario del nuevo Circo é
Hipódromo de Verano, de esta capital, procura dar la mayor va-
riedad posible á los espectáculos que ofrece al público madrileño,
en las calorosas noches de la estación presente, en aquel concur-
rido centro de grato solaz y esparcimiento : allí se han presentado
los excelentes artistas de la compañía ecuestre y gimnástica que
dirigen los Sres. Rizzarelli, en la cual brillan por sus difíciles
ejercicios las eciiycres, Srtas. Liria y Cardoni, y los clowns, seño-
res Griffiths y Llulines, y allí ha tributado el público madrileño
un aplauso espontáneo y sincero á la sociedad artística portugue-
sa que se titula Quinteto de Cristal.
Sorprende, en verdad, el éxito alcanzado por este Quinteto, por el
extraño contraste que produce en el ánimo del espectador la sen-
cillez, lo vulgar, mejor dicho, del aparato, con las suavísimas y
delicadas notas q u e exhala: ese aparato, q u e bien pudiera, llamar-
se cristalifono, consta únicamente de copas de fino cristal, de va-
67
rias dimensiones, y graduadas con artística habilidad para formar
las escalas con sus limpios sonidos; y con él ejecutan los artistas
portugueses las más difíciles piezas musicales, trozos de ópera,
tandas de walses, etc., que son escuchadas por los espectadores
con gratísima complacencia y vivamente aplaudidas.
Cinco son los artistas que constituyen la sociedad : Julio La-
borda, Carlos W i n t e r n a n t e l , J u a n Neumayer, Alejandro Ferreira
y I-'erreira B r a g a ; hicieron su debut el año anterior, en el teatro
da Trinidade, de Lisboa, y dieron luego varios conciertos en el de
los Recreiüs W'ithoine, de la misma capital, obteniendo éxito asom-
broso ; propónense efectuar un viaje ai'tístico á las principales ciu-
dades de Europa, dirigiéndose, en primer lugar, á Barcelona, para
demandar su voto al inteligente público catalán, y después á Mar-
sella, Lyon, París y otras poblaciones.
Es seguro que en todas ellas, como en Madrid, será premiada
con espontáneos aplausos la reconocida habilidad artística de la
sociedad Quinteto de Cristal.
EusEBio M A R T Í N E Z D E VELASCO.
BIBLIOGRAFÍA.
« E L S .\ B o R D E LA T I E R R U C A »,
por D. José María de Pereda.
J A R D E llegamos al juicio de este libro, co-
V roñado ya por el aplauso unánime de
\ cuantos en España tienen gusto y en-
tendimiento de cosas literarias. Ni re-
y (?^¡>jp?'^?-i quiere el nuevo libro del novelista mon-
••^^?r\V^ tañes más aplauso y recomendación que los
iJsjJ'Jij que lleva al frente, no recusables por sos-
X^J) pecha de parcialidad, nacida de paisanaje ó de
:°(J comunidad de ideas. No me encuentro yo en tal
situación, y por eso empiezo declarando, como
he declarado siempre al tratar de libros de Pereda,
que, por montañés y por amigo suyo, y por sentir y
pensar como él en la mayor parte de las cuestiones
que hoy dividen los pareceres de las gentes, soy y
quiero ser tenido por parcial y fervoroso admirador
suyo. No temo, sin embargo, que la pasión me quite
rán á poco, después de los elogios de los extraños.
Nunca he acertado á leer los libros de Pereda con
la impasibilidad crítica con que leo otros libros. Por
mí (y pienso que lo mismo sucede á todos los que
hemos nacido de peñas al mar'), esos libros, antes que
juzgados, son sentidos. Son algo tan de nuestra tierra
y de nuestra vida, como la brisa de nuestras costas ó
el maíz de nuestras mieses. Pocas veces un modo de
ser provincial ha llegado á trasladarse con tanta ener-
gía en formas de arte. Porque Pereda, el más mon-
tañés de todos los montañeses, identificado con la
tierra natal, de la cual no se aparta un punto, y de
cuyo contacto recibe fuerzas, como el Anteo de la fá-
bula; apacentando sin cesar sus ojos con el espec-
táculo de esta naturaleza dulcemente melancólica; y
descubriendo sagazmente cuanto queda de poético en
las costumbres rústicas, ha traído ásus libros la Mon-
taña entera, no ya con su aspecto exterior, sino con
algo más profundo é íntimo, que no se ve y penetra
el alma; con eso que el autor y sus paisanos llamamos
el sabor de la tierruca, encanto misterioso, producidor
de eterna saudade en los numerosos hijos de este
pueblo cosmopolita, separados de su patria por largo
camino de montes y de mares.
Esta recóndita virtud es la primera que todo mon-
tañés, ¿ u n el más indocto, siente en los libros de Pe-
reda, y por lo cual, no sólo los lee y relee, sino que
se encariña con la persona del autor y le considera
como de casa. No sé si éste es el triunfo que más
puede contentar la vanidad literaria. Sé únicamente
que al autor le agrada más que otro alguno; y en
verdad que puede andar orgulloso quien ha logrado
dar forma artística y, en mi entender, impereceder?
al vago sentimiento de una raza que, con rebosar de
poesía, no habia encontrado hasta estos últimos
tiempos su poeta.
Le encontró al fin, y le reconoció al momento,
cuando llegó á sus oidos el eco pro.fundo y melancó-
lico de La Leva y de El Fin de una raza, maravi-
llosas páginas empapadas en todas las robustas tris-
tezas septentrionales ; ó cuando vio desplegarse á sus
ojos, en minucioso lienzo holandés ó flamenco, avi-
vado por toques de vigor castellano, el panorama de
La Robla ó de La Romería del Carmen, el noctur-
no solaz de La Hila al amor de los tizones, ó el via-
je electoral de D. Simón de los Peñascales. Miróse el
pueblo montañés en tal espejo, y no sólo vio admi-
rablemente reproducida su propia imagen, sino real-
zada y transfigurada por obra del arte ; y se encontró
más poético de lo que nunca habia imaginado, y le
pareció más hermosa y más rica de armonías y de
ocultos tesoros la naturaleza que cariñosamente le
envolvía, y aprendió que en sus repuestos valles, y
en la casa de su vecin-o, y en las arenas de su playa
habia ignorados dramas, que sólo aguardaban que
viniera tan soberano intérprete de la realidad huma-
na á sacarlos á las tablas y exponerlos á la contem-
plación de la muchedumbre.
Y eso que el artista no adulaba en modo alguno
al personaje retratado, ni pretendía haber descubier-
to ninguna Arcadia ignota; antes consistía gran parte
de su fuerza en sacar oro de la escoria y lágrimas del
68 LA ILUSTRACIÓN ESPA.ÑOLA Y AMERICANA. N." XXIX

CANAL DE SUEZ,

I S M - l I L I A —IbCLLbV DEL CAxXAL DE AGUA DULCK, CKKCA DE LA ESTACIÓN DKL CAMIXO DE HIERRO.

S U E Z . — DIQUE DE CARENAS CONSTRUIDO POR EL GOBIERNO EGIPCIO.

(Dibujos de A. de Caula, según fotografías directas.)