Abnt NBR 6118-2014 PDF

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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 6118 Terceira edigao 29.04.2014 Valida a partir de 29.05.2014 Verso corrigida 07.08.2014 Projeto de estruturas de concreto — Procedimento Design of concrete structures — Procedure ICS 91.080.40 ISBN 978-85-07-04941-8 ASSOCIACAO Numero de referéncia BRASILEIRA : Rt DE NORMAS ABNT NBR 6118:2014 TECNICAS 238 paginas © ABNT 2013 ABNT NBR 6118:2014 @ABNT 2014 ‘Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagéo pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrénico ou mecanico, incluindo fatocdpia e microfilme, sem permissao por escrito da ABNT, ABNT Av-Treze de Maio, 13 - 28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 ‘abnt@ abnt.org.br wwwabntorg.br © ABNT 2013 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Sumario Pagina Prefacio Introdugao... 1 Escopo 2 Referéncias normativas.. 3 Termos e definicées. 34 Definigdes de concreto estrutural 3.2 Definigdes de estados-limites 3.3 Definigao relativa aos envolvidos no processo construtivo 4 Simbologia 44 Generalidades.. 4.2 Simbolos-base. 4.21 Generalidades.. 4.22 Letras mindsculas. 4.2.3 Letras maitisculas. 4.24 Letras gregas 43 Simbolos subscritos 4.31 Generalidades.. 4.3.2 Letras mindsculas. 4.3.3 Letras maisculas 4.3.4 — Numeros. 5 Reqi 10 da conformidade do projeto 51 Requisitos de qualidade da estrutura 5.1.1 Condigdes gerais.. 5.1.2 Classificagao dos requisitos de qualidade da estrutura.. 52 Requisitos de qualidade do projeto 5.2.1 Qualidade da solucao adotada 5.2.2 Condigdes impostas ao projeto. 5.2.3 Documentagao da solugao adotada 5.3 Avaliacao da conformidade do projeto . 6 Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto.. 61 Exigéncias de durabilidade .. 62 Vida Util de projeto 6.3 Mecanismos de envelhecimento e deterioracéo 6.3.1 Generalidades.. 6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioracao relativos ao concreto 6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioracao relativos @ armadura. 6.3.4 Mecanismos de deterioracao da estrutura propriamente dit 64 Agressividade do ambiente. 7 Critérios de projeto que visam a durabilidade 7A Simbologia especifica desta segao. © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados iil ABNT NBR 6118:2014 72 73 7A 75 76 WW 78 a4 8.2 8.2.1 8.2.2 8.2.3 8.2.4 8.2.5 8.26 8.27 8.2.8 8.2.9 8.2.10 8.2.11 83 8.3.1 8.3.2 8.3.3 8.3.4 8.3.5 8.3.6 8.3.7 8.3.8 8.3.9 84 8.41 8.4.2 8.4.3 8.4.4 8.4.5 8.4.6 8.4.7 84.8 a4 9.2 Drenagem. Formas arquiteténicas e estruturai Qualidade do concreto de cobrimento. Detalhamento das armaduras.. Controle da fissura Medidas especiais.. Inspecao e manutencao preventiv Propriedades dos materiais .. Simbologia especifica desta segao. Concreto. Classes. Massa especifica. Coeficiente de dilatagao térmica Resisténcia 4 compressao Resisténcia a tragao.. Resisténcia no estado multiax Resisténcia a fadiga. Médulo de elasticidade. Coet inte de Poisson e médulo de elasti Diagramas tensao-deformacao. Fluéncia e retracao. Aco de armadura passiv: Categoria Tipo de superficie aderente Massa especifica Coeficiente de dilatagao térmica Médulo de elasticidade Diagrama tensdo-deformacao, resisténcia ao escoamento e a tracéo Caracteristicas de dutilidade Resisténcia a fadiga.. Soldabilidade Aco de armadura Massa especifica Coeficiente de dilatagao térmica . Médulo de elasticidade .. Diagrama tensao-deformagao, resistencia ao escoamento e a tragéo Caracteristicas de dutilidade Resisténcia a fadig Relaxacac Comportamento conjunto dos materiais Simbologia especifica desta se¢ao. Disposigées gerai © ABNT 2013 - Todos 08 direitos reservados 9.2.1 9.2.2 93 9.3.1 9.3.2 94 9.4.1 9.4.2 9.4.3 9.4.4 9.4.5 ABNT NBR 6118:2014 Generalidades.. s de protensao Verificagao da aderéncia Posigao da barra durante a concretagem. Valores das resisténcias de aderéncia. Ancoragem das armaduras .. Condigées gerais . Ancoragem de armaduras passivas por aderéncia .. Ancoragem de feixes de barras por aderéncia . Ancoragem de telas soldadas por aderéncia.. Ancoragem de armaduras ativas (fios e cordoalhas pré-tracionadas) por aderéncia .. Ancoragem de estri Ancoragem por meio de dispositivos mecanicos. Emendas das barras Tipos. Emendas por traspasse.. Emendas por luvas rosqueadas ou prensadas... Emendas por solda.. Protensao.. Forga de protensao .. Introdugdo das forcas de protensao. Perdas da forga de protensao Seguranga e estados-limites Critérios de seguranca Estados-li tes .. Estados-limites ultimos (ELU) Estados-limites de servico (ELS) goes a considerar Generalidades.. Classificagao das agées Agoes permanentes Generalidades.. Agées permanentes diretas ‘AgGes permanentes Agoes variavei Acées varidveis direta Agoes excepcionais Valores das agées Valores caracteristicos © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados v ABNT NBR 6118:2014 11.6.2 11.6.3 11.7 W174 11.7.2 11.8 11.8.4 11.8.2 11.8.3 12 124 12.2 12.3 12.3.4 12.3.2 12.3.3 12.4 12.41 12.4.2 125 12.5.4 12.5.2 12.5.3 12.5.4 13 13.1 13.2 13.2.4 13.2.2 13.2.3 13.2.4 13.2.5 13.2.6 13.3 13.4 13.4.1 13.4.2 13.4.3 14 1441 14.2 14.2.4 14.2.2 vi Valores representativos. Valores de calculo.. Coeficientes de ponderagao das aces. Coeficientes de ponderagao das agées no estado-limite ultimo (ELU).. Coeficientes de ponderagao das acées no estado-limite de servico (ELS) Combinagées de agées . Generalidades. Combinacées ultimas .. Combinagées de servi¢o Resisténcias Simbologia especifica desta seca Valores caracteristicos Valores de calculo.. Resisténcia de calculo. Tensées resistentes de calculo .. Resisténcia de calculo do concreto Coeficientes de ponderacao das resisténcias Coeficientes de ponderacao das resisténcias no estado-limite tiltimo (ELU) Coeficientes de ponderacao das resisténcias no estado-limite de servico (ELS). Verificagao da seguranca Condi¢ées construtivas de seguranca Condi¢ées analiticas de seguranca Esforgos resistentes de calculo. Esforgos solicitantes de calculo. Limites para dimensées, deslocamentos e aberturas de fissuras Simbologia especifica desta Se¢ao- Dimensées-limites.. Introdugao.. Vigas e vigas-parede. Pilares e pilares-parede.. Lajes Furos e abertura: Canalizagées embutidas. Deslocamentos-limites Controle da fissura¢: Introdugao.. {es para fissuragao e proterao das armaduras quanto a durabilidade Controle da fissuracao quanto & aceitabilidade sensorial e a utilizacao . Andlise estrutural e protegao das armadura: pios gerais da andlise estrutural Objetivo da andlise estrutural Premissas necessarias a an: © ABNT 2013 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Aplicagao dos resultados obtidos com os modelos de anélises em regime linear ..82 Aplica¢ao dos resultados obtidos com os modelos de andlises em regime nao linear. Hipéteses basicas Condi¢ées de equilibrio.. Condigées de compatibilidade Carregamento monoténico .. Elementos estrutur Elementos lineares. Elementos de superficie. Métodos de andlise estrutural Generalidades.. Anilise linear Anilise linear com redistribuicao. Anilise plastica. Anilise nao linear.. Anilise através de modelos fisicos.. Estruturas de elementos lineares.. Steses basicas. Caracterizagao da geometria .. Arredondamento do diagrama de momentos fletores. Anilise linear com ou sem redistribuig¢ao. Anilise nao linear.. Estruturas usuais de edificios - Aproximagses permitidas Estruturas com elementos de placa ipéteses basicas. Caracterizagao da geometria .. Anilise linear com ou sem redistribuigao Anilise plastica .. Andlise nao linear.. Lajes macigas.. Lajes nervuradas. Lajes lisas e lajes-cogumelo Estruturas contendo outros elementos Vigas-parede e pilares-parede Blocos Instabilidade e efeitos de 2* ordem .. Simbologia especifica desta Secao. Campo de aplicagao e conceitos fundamentais Principio basico de caiculo. Relagées momento-curvatura Imperfeigdes geométricas des e classificagao das estruturas. © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados vii ABNT NBR 6118:2014 15.4.1 15.4.2 15.4.3 15.4.4 15.5 15.5.1 15.5.2 15.5.3 15.6 15.7 18.7.4 15.7.2 15.7.3 15.7.4 15.8 15.8.1 15.8.2 15.8.3 15.8.4 15.9 15.9.1 15.9.2 15.9.3 15.10 16 16.1 16.2 16.2.1 16.2.2 16.2.3 16.2.4 16.3 16.4 16.5 7 TAI 17.2 17.24 17.2.2 17.2.3 17.2.4 17.25 17.3 vill Efeitos globais, locais e localizados de 2* ordem.. Estruturas de nés fixos e estruturas de nés mévei Contraventamento.. Elementos isolados. Dispensa da consideracao dos esforcos globais de 2° ordem. Generalidades.. Parametro de instabilidade « Coeficiente y, Anélise de estruturas de nés fixos. Aniélise de estruturas de nos mévei Generalidades. Andlise nao linear com 2* ordem. Consideragao aproximada da néo lineari Anilise dos efeitos locais de 2 ordem Andlise de elementos isolados Generalidades.. Dispensa da andlise dos efeitos locais de 2* ordem Determinagao dos efeitos locais de 2° ordem Consideragao da fluén Anélise de pilares-pared Generalidades.. Dispensa da andlise dos efeitos localizados de Processo aproximado para considera¢ao do efeito localizado de 2* ordem Instabilidade lateral de vigas Principios gerais de dimensionamento, verificacao e detalhamento . Objetivo Principios gerais Generalidades.. Visao global e local Seguranga em relagao aos ELU. Seguranca em relago aos ELS (desempenho em servigo). Critérios de projeto Durabilidade.. Caso de cargas ciclicas.. Dimensionamento e verificacao de elementos lineares. Simbologia especifica desta seca Elementos lineares sujeitos a solicitagdes normais - Estado- Introdugao.. Hipéteses basica: Dutilidade em viga: Armaduras ativas e passivas Processo aproximado para o dimensionamento a flexéo composta obliqua .. Elementos lineares sujeitos a solicitagées normais — Estados-limites de servi¢o.124 © ABNT 2013 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Generalidades.. 124 Estado-limite de deformacao .. 125 Estado-limite de fissuragao.. 127 Estado-limite de descompressao e de formagao de fissuras 129 Armaduras longitudinais maximas e minimas 130 Elementos lineares sujeitos a forga cortante - Estado-limite ultimo .. 132 Hipéteses basicas 132 do estado-limite tltimo.. 135 Elementos lineares sujeitos a torgao - Estado-limite ultim 138 Torgao uniforme 138 Torcao em perfis abertos de parede fina 141 Estado-limite de fissuracao inclinada da alma — Forca cortante e torcao. 143 Solicitagdes combinadas .. 143 Flexao e tor¢4o 143 Torgao e forca cortante. 143 Detathamento de elementos lineares... 144 Simbologia especifica desta Secao. 144 Disposicées gerais relativas as armaduras.. 144 Arranjo das armadura: 144 Barras curvadas 145 Mudangas de direcao das armaduras 145 Protecdo contra flambagem das barras 145 igas. 146 Generalidades.. 146 Armadura longitudinal 146 ‘Armadura transversal para forca cortante. 149 Armadura para toreao.. -150 Armadura de pele.. .150 Armadura de suspensao 150 Armaduras de ligag¢do mesa-alma ou talao-alma. 150 Pilares 150 Introdu .150 Armaduras longitudinai 151 Armaduras transversais 151 Pilares-parede. 152 Cabos de protensao 152 Arranjo longitudinal 152, Arranjo transversal . 153 Dimensionamento e verificagao de lajes 155 bologia especifica desta secao. 155 Dimensionamento e verificagao de lajes - Estado-limite ultim 156 Dimensionamento e verificacao de lajes - Estados-limites de servico. 187 Estado-! de deformagao .. 157 © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados ix ABNT NBR 6118:2014 19.3.2 19.3.3 19.4 19.41 19.4.2 19.5 19.5.1 19.5.2 19.5.3 19.5.4 19.5.5 20 20.1 20.2 20.3 20.3.1 20.3.2 20.4 20.5 20.5.1 20.5.2 21 24.1 21.2 21.2.4 21.2.2 21.2.3 21.2.4 21.3 21.3.1 21.3.2 21.3.3 21.3.4 21.4 215 21.6 22 22.4 22.2 22.3 22.3.1 22.3.2 22.3.3 Estados-limites de fissuragao e de descompressao ou de formacao de fissuras ..157 Armaduras longitudinais maximas e minimas Forga cortante em lajes e elementos lineares com by > 5d. Lajes sem armadura para forca cortante Lajes com armadura para forca cortante Dimensionamento de lajes & pungao Modelo de célculo Definicao da tens4o solicitante nas superticies criticas Ce C’ Definigao da tensao resistente nas superficies criticas C, C’e C”. Colapso progressivo. Verificagao de elementos estruturais protendidos... Detalhamento de lajes Prescrigées gerais Bordas livres e abertura Lajes sem vigas. Armaduras passivas Lajes protendida: Armaduras de pungao Lajes armadas com telas soldadas nervuradas.. Ancoragem das telas soldadas nervuradas no apoio sobre vigas Emendas de armaduras em telas soldadas nervuradas, Regides especiais .. Definigao Regides de introducao de cargas concentradas. Pressao de contato em area reduzid: Articulagées de concreto Regio de introdugao da protenso Cargas aplicadas na superticie de elementos estruturais Furos e abertura: Generalidades.. Paredes e vigas-parede .. Furos que atravessam as vigas na dire¢do da altura.. Aberturas em lajes Nés de porticos e ligagées entre paredes Ligagées de elementos estruturais pré-moldados Juntas de concretagem .. Elementos especiais Simbologia especifica desta seca Definigées.. Método de bielas e tirantes Procedimento para aplicacao do método.. Parametros de resisténcia de cdlculo das bielas e regiées nodais .. Parametros de resisténcia de calculo dos tirantes © ABNT 2013 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Vigas-parede 181 Conceituagao .. 181 Comportamento estrutural .. 181 Modelos de célculo 182 Detalhament 182 Consolos e dentes Gerber. 183 Consolos. 183 Dentes Gerber.. 187 Sapatas 188 Conceituagao 188 Comportamento estrutural... 189 Modelo de calculo 189 Detathament 189 Blocos sobre estacas . .190 Conceituagao. .190 Comportamento estrutural .190 Modelo de célculo .190 Detalhament: 191 Agées dinamicas e fadiga 192 Simbologia especifica desta se¢ao.. 192 Generalidades.. 192 Estado-limite de vibragées excessivas .. 192 Estados-limites ultimos provocados por ressonancia ou amplificagao dinamica ..193 Estado-limite ultimo de fadiga 193 Acées ciclica 193, Combinagées de agées a considerar.. 194 Modelo de célculo 194 Verificagao da fadiga do concreto. 196 Verificagao da fadiga da armadura. .197 Estados-limites de servigo... 199 Concreto simples .. .199 Simbologia especifica desta Secao. 199 Campo de aplicagao. .200 Materiais e propriedades.... .200 Juntas e disposi¢des construtiva: .200 Projeto estrutural .. .200 Generalidades.. .200 Tensées resistentes de célculo .. .201 Dimensionamento .201 Tensdes e deformagées na flexao 202 Tensées de cisalhamento. .203 Torgao. .203 Calculo de segées submetidas a compressao e a forca cortante. .203 © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados xi ABNT NBR 6118:2014 24.5.8 Estabilidade global. 24.6 Elementos estruture 24.6.1 Pilares-parede.. 24.6.2 Blocos de fundagao .. 24.6.3 Pilares de concreto simples. 24.6.4 Arcos 25 Interfaces do projeto com a construcao, utilizacao e manutenca 25.1 Aceitagao do projeto. 25.2 Recebimento do concreto e do aco 25.3 Manual de utilizapao, inspegao e manutencao Anexos Anexo A (informativo) Efeito do tempo no concreto estrutural. AA Generalidades.. A2 Deformagées do concreto. A21 —— Introdugao. 2.2 — Fluéncia do concreto A221 Generalidades. A222 Hipsteses A223 Valor da fluénci A23 — Retracao do concrete .. A2.3.1 Hipéteses basicas.. A23.2 Valor da retragao A24 — Idade e espessura ficticias. A241 Idade ficticia do concreto A242 Espessura ficticia da peca A25 Deformagao total do concreto AS Deformagées na armadura Anexo B (informativo) indice remissivo .. Figuras Figura 3.1 — Estado-limite de descompressao parcial. Figura 8.1 — Resisténcia no estado multiaxial de tensées .. Figura 8.2 — Diagrama tensao-deformagao idealizado.. Figura 8.3 — Diagrama tensao-deformacao bilinear de tragao . Figura 8.4 — Diagrama tensao-deformagao para agos de armaduras passivas. Figura 8.5 — Diagrama tensao-deformacao para acos de armaduras ativas. Figura 9.1 - Ancoragem com barras transversais soldadas. Figura 9.2 - Ancoragem de armadura transversal por meio de barras soldadas. Figura 9.3 - Emendas supostas como na mesma se¢ao transversal Figura 9.4 - Armadura transversal nas emendas. Figura 9.5 - Emendas por solda.. xii © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Figura 9.6 - Introducao da protensao. Figura 11.1 - Imperfeigdes geométricas global Figura 11.2 - Imperfei¢des geométricas locais Figura 11.3 - Envoltéria minima de 1 ordem Figura 13.1 — Dimensdes-limites para aberturas de lajes com dispensa de verifica Figura 14.1 —Trechos rigidos Figura 14.2 — Largura de mesa colaborant Figura 14.3 - Largura efetiva com abertura Figura 14.4 - Altura e largura efetivas de uma se¢ao transversal. Figura 14.5 -Vao efetivo. Figura 14.6 - Arredondamento de diagrama de momentos fletores. Figura 14.7 - Capacidade de rotacao de rétulas plasticas. Figura 14.8 - Aproximagao em apoios extremos Figura 14.9 — Faixas de laje para distribui¢do dos esforcos nos pérticos muiltiplos Figura 15.1 - Relacdo momento-curvatura Figura 15.2 - Envoltéria minima com 2! ordem Figura 15.3 — Efeitos de 2® ordem localizados.. Figura 15.4 - Comprimento equivalente fe Figura 15.5 - Avaliagao aproximada do efeito de 2* ordem localizado Figura 17.1 - Dominios de estado-limite ultimo de uma segao transversal. Figura 17.3 — Concreto de envolvimento da armadura. Figura 17.4 ~ Flexo-tor¢ao de perfil com paredes opostas Figura 18.1 - Mudanga de direcdo das armaduras Figura 18.2 ~ Prote¢ao contra flambagem das barras.. Figura 18.3 - Cobertura do diagrama de forca de tra¢ao solicitante pelo diagrama resistente .. Figura 19.1 ~ Comprimento de ancoragem necessai Figura 19.2 - Perimetro critico em pilares interno: Figura 19.3 - Perimetro critico em pilares de borda. Figura 19.4 - Perimetro critico em pilares de canto . Figura 19.5 ~ Definigao da altura titil no caso de capitel Figura 19.6 ~ Perimetro critico no caso de o contorno C apresentar reentranci: Figura 19.7 - Perimetro critico junto @ abertura na laj Figura 19.8 - Disposi¢o da armadura de pungao em planta e contorno da superficie critica C” Figura 19.9 - Disposigao da armadura de pungao em corte. Figura 19.10 - Armadura contra colapso progressivo Figura 19.11 — Efeito favoravel dos cabos inclinados .. Figura 20.1 - Bordas livres e aberturas das lajes macicas Figura 20.2 - Lajes sem vigas.. Figura 20.3 - Armaduras de puncao Figura 21.1 - Regides de pressao localizada Figura 21.2 - Regio de articulacao de concreto © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados xiii ABNT NBR 6118:2014 Figura 21.3 - Pressées junto a um pino embutido em um elemento estrutural de concreto ..176 Figura 21.4 - Aberturas em vigas-parede de concreto armado... Figura 21.5 - Abertura vertical em vigas Figura 22.1 ~ Situagées tipicas de regides D Figura 22.2 - Dois tipos comuns de vigas-parede em relacao ao carregamento Figura 22.3 - Armagao tipica de viga-parede com h< ¢ Figura 22.4 - Modelo biela-tirante para consolo curto, Figura 22.5 - Armadura tipica de um consolo curto. Figura 22.6 - Modelo biela-tirante para um dente Gerbe Figura 22.7 - Bloco com estacas tracionada: Figura 23.1 ~ Definicao das tensées o¢1 € Gc2 Figura 23.2 — Formato das curvas de resisténcia caracteristica a fadiga (curvas S-N) para o aco. Figura 24.1 ~ Diagrama de célculo tenséo-deformagao do concreto com consideracao da fluéncia.. Figura 24.2 - Se¢do flexo-comprimida... Figura A.1 — Variagao de tcet (t). Figura A.2 — Variacao de By().. Figura A.3 — Variacdo de fs(). Tabelas Tabela 6.1 —- Classes de agressividade ambiental (CAA). Tabela 7.1 — Correspondéncia entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto.. Tabela 7.2 - Correspondéncia entre a classe de agressividade ambiental e © cobrimento nominal para Ac = 10 mm. Tabela 8.1 — Valores estimados de médulo de elasticidade em fungao da resisténcia caracteristica compressao do concreto (considerando 0 uso de granito como agregado gratido) Tabela 8.2 - Valores caracteristicos superiores da deformagao especifica de retragao £¢s (toto) € do coeficiente de fluéncia 9 (t.,t0) Tabela 8.3 Valor do coeficiente de aderéncia 11 Tabela 8.4 - Valores de 999, em porcentagem. Tabela 9.1 - Didmetro dos pinos de dobramento (D) Tabela 9.2 — Diémetro dos pinos de dobramento para estribos . Tabela 9.3 - Proporcao maxima de barras tracionadas emendada: Tabela 9.4 - Valores do coeficiente ag. Tabela 11.1 - Coeficiente y= 911-13 Tabela 11.2 - Valores do coeficiente 2. Tabela 11.3 - Combinagées ultima: Tabela 11.4 - Combinagées de servico Tabela 12.1 —Valores dos coeficientes yc © 7s Tabela 13.1 — Valores do coeficiente adicional yp, para res e pilares-parede. xiv © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Tabela 13.2 - Valores do coeficiente adicional yy para lajes em balanco Tabela 13.3 - s para deslocamentos. Tabela 13.4 - Exigéncias de durabilidade relacionadas a fissuragao e & protecao da armadura, em fungdo das classes de agressividade ambiental Tabela 15.1 — Valores de Bq Tabela 17.1 — Valores do coeficiente & em fungao do tempo. Tabela 17.2 - Valores maximos de didmetro e espacamento, com barras de alta aderéncia... Tabela 17.3 -Taxas minimas de armadura de flexao para viga: Tabela 18.1 - Espagamentos minimos - Caso de pés-tracao. Tabela 18.2 - Espacamentos minimos - Caso de pré-trago Tabela 19.1 - Valores minimos para armaduras passivas aderentes. Tabela 19.2 - Valores de K.. Tabela 23.1 - Frequéncia critica para vibragées verticais para alguns casos espe: estruturas submetidas a vibracées pela acao de pessoas. Tabela 23.2 - Parametros para as curvas S-N (Woeller) para os acos dentro do concreto @...197 Tabela 23.3 - Tipos da curva S-N. Tabela A.1 - Valores numéricos usuais para a determinacao da fluéncia e da retra¢ao. Tabela A.2 - Valores da fluéncia e da retra¢ao em funcao da velocidade de endurecimento do cimento .. de © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados xv ABNT NBR 6118:2014 Prefacio A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizacao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros) Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associagéo Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengdo para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT nao deve ser considerada responsdvel pela identificagao de quaisquer direitos de patentes. Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citagao em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Orgaos responsaveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigéncia dos requisitos desta Norma, independente de sua data de entrada em vigor. A ABNT NBR 6118 foi elaborada no Comité Brasileiro da Construgéo Civil (ABNT/CB-02), pela Comisséo de Estudo de Estruturas de Conereto — Projeto e Execugao (CE-02:124.15). O Projeto irculou em Consulta Nacional conforme Edital n° 08, de 15.08.2013 a 15.10.2013, com o ntimero de Projeto ABNT NBR 6118. Esta terceira edi¢do cancela e substitui a edi¢ao anterior (ABNT NBR 6118:2007), a qual foi tecnica- mente revisada. Para facilitar a consulta e a aplicagao desta Norma, tendo em vista sua extensdo e abrangéncia, as Tabelas e Figuras estao identificadas em fungdo da segao em que estdo inseridas. Dessa forma, co ntimero de identificagao de cada Tabela ou Figura tem inicialmente 0 niimero da segao, seguido pela numeragao sequencial dentro da segao. Esta versao corrigida da ABNT NBR 6118:2014 incorpora a Errata 1 de 07.08.2014. © Escopo desta Norma Brasileira em inglés ¢ 0 seguinte: Scope This Standard defines the basic applicable requirements for design of plain, prestressed or reinforced conerete structures except those which use light and heavy concrete or other special types of concrete. This Standard is applicable to structures of normal concrete having specific dry mass greater than 2.000 kg/m, and not exceeding 2 800 kg/m’, of the strength group | (C20 to C50) and the strength group II (C55 to C90), as defined in ABNT NBR 8953. Among the special types of concrete not covered by this Code there are: mass concrete and concrete without fines. This Standard establishes the general requirements to be complied with by the design as a whole as well as the specific requirements regarding each one of the design stages. This Standard does not include requirements applicable for avoiding limit states caused by certain types of actions such as earthquakes, impacts, explosions and fire. For seismic actions, consult ABNT NBR 15421; for fire actions, consult ABNT NBR 15200. xvi © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Inthe case of special structures such as precast elements, bridges and viaduets, hydraulic constructions, arches, silos, chimneys, towers, off-shore structures or constructions using unconventional constructive techniques such sliding forms, successive cantilevers, progressive launchings, the conditions of this Standard are still applicable and shall be complemented and eventually adjusted for localized situations by specific Brazilian Standard. © ABNT 2013 - Todos os alretos reservados ABNT NBR 6118:2014 Introdugao Para a elaboracdo desta Norma, foi mantida a filosofia da edigao anterior da ABNT NBR 6118 (historicamente conhecida como NB-1) e das ABNT NBR 7197, ABNT NBR 6119 e NB-49, de modo que a esta Norma cabe definir os critérios gerais que regem o projeto das estruturas de concreto, sejam elas de edificios, pontes, obras hidraulicas, portos ou aeroportos etc. Assim, ela deve ser complementada por outras normas que estabelecam critérios para estruturas especificas. xviii © ABNT 2013 - Todos os direitos reservados NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6118:2014 Projeto de estruturas de concreto — Procedimento 1 Escopo 1.1. Esta Norma estabelece os requisites basicos exigiveis para o projeto de estruturas de concreto simples, armado e protendido, excluidas aquelas em que se empregam conereto leve, pesado ou outros especiais. 1.2. Esta Norma aplica-se as estruturas de concretos normais, identificados por massa especifica seca maior do que 2 000 kg/m®, nao excedendo 2 800 kg/m’, do grupo | de resisténcia (C20 a C50) e do grupo Il de resisténcia (C55 a C90), conforme classificacéo da ABNT NBR 8953. Entre os concre- tos especiais excluidos desta Norma estao 0 concreto-massa e 0 conereto sem finos. 1.3. Esta Norma estabelece os requisitos gerais a serem atendidos pelo projeto como um todo, bem como os requisites especificos relativos a cada uma de suas etapas. 1.4 Esta Norma nao inclui requisitos exigiveis para evitar os estados-limites gerados por cer- tos tipos de aco, como sismos, impactos, explosdes e fogo. Para acées sismicas, consultar a ABNT NBR 15421; para agdes em situagéo de incéndio, consultar a ABNT NBR 15200. 1.5 No caso de estruturas especiais, como de elementos pré-moldados, pontes e viadutos, obras hidraulicas, arcos, silos, chaminés, torres, estruturas off-shore, ou estruturas que utlizam técnicas construtivas nao convencionais, como formas deslizantes, balangos sucessivos, langamentos progressives e concreto projetado, as condigées desta Norma ainda sao aplicdveis, devendo, no entanto, ser complementadas e eventualmente ajustadas em pontos localizados por Normas Brasileiras especificas. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir sao indispensaveis a aplicagéo deste documento. Para refe- réncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5674, Manutengao de edificagées — Requisitos para o sistema de gestao de manutengaéo ABNT NBR 5732, Cimento Portland comum — Especificagao ABNT NBR 5733, Cimento Portland de alta resisténcia inicial - Especificagao ABNT NBR 5735, Cimento Portland de alto-forno — Especificagao ABNT NBR 5736, Cimento Portland pozolanico — Especificagéo ABNT NBR 5737, Cimento Portland resistente a sulfatos - Especificagao ABNT NBR 5738, Concreto — Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova © ABNT 2014 - Todos 08 clretos reservados 1 ABNT NBR 6118:2014 ABNT NBR 5739, Concreto ~ Ensaio de compressao de corpos de prova cilindricos ABNT NBR 6004, Arames de ago — Ensaio de dobramento alternado ~ Método de ensaio ABNT NBR 6120, Cargas para o cdlculo de estruturas de edificagdes — Procedimento ABNT NBR 6123, Forgas devidas ao vento em edificagdes — Procedimento ABNT NBR 6153, Produtos metdlicos - Ensaio de dobramento semi-guiado — Método de ensaio ABNT NBR 6349, Barras, cordoalhas e fios de ago para armaduras de protensdo — Ensaio de tracéo ABNT NBR 7222, Concreto e argamassa — Determinagéo da resisténcia a tragdo por compressao diametral de corpos de prova cilindricos ABNT NBR 7480, Ago destinado a armaduras para estruturas de concreto armado ~ Especificagao ABNT NBR 7481, Tela de ago soldada — Armadura para concreto — Especificagao ABNT NBR 7482, Fios de ago para estruturas de concreto protendido ~ Especificagao ABNT NBR 7483, Cordoalhas de aco para estruturas de concreto protendido — Especificacéo ABNT NBR 7484, Barras, cordoalhas e fios de aco destinados a armaduras de protensao — Método de ensaio de relaxagao isotérmica ABNT NBR 8522, Concreto ~ Determinagao do médulo estatico de elasticidade 4 compressao ABNT NBR 8548, Barras de aco destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecénica ou por solda — Determinagao da resisténcia a tragao — Método de ensaio ABNT NBR 8681, AgGes e seguranga nas estruturas — Procedimento ABNT NBR 8953, Concreto para fins estruturais — Classificagao pela massa especifica, por grupos de resisténcia e consisténcia ABNT NBR 8965, Barras de ago CA 42 S com caracteristicas de soldabilidade destinadas a armaduras para conereto armado — Especiticagao ABNT NBR 9062, Projeto e execucao de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 11578, Cimento Portland composto — Especificagao ABNT NBR 12142, Concreto — Determinagao da resisténcia a tragao na flexdo de corpos de prova prismaticos ABNT NBR 12654, Controle tecnolégico de materiais componentes do concreto — Procedimento ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland ~ Preparo, controle e recebimento — Procedimento ABNT NBR 12989, Cimento Portland branco — Especificagao 2 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 ABNT NBR 13116, Cimento Portland de baixo calor de hidratagdo - Especiticagao ABNT NBR 14859-2, Laje pré-fabricada — Requisitos - Parte 2: Lajes bidirecionais ABNT NBR 14931, Execugao de estruturas de conereto — Procedimento ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situagao de incéndio ABNT NBR 15421, Projeto de estruturas resistentes a sismos — Procedimento ABNT NBR 15577-1, Agregados — Reatividade dlcali-agregado ~ Parte 1: Guia para avaliagdo da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto ABNT NBR ISO 6892-1, Materiais metdlicos — Ensaio de trago — Parte1: Método de ensaio a tempe- ratura ambiente ABNT NBR NM 67, Concreto — Determinagao da consisténcia pelo abatimento do tronco de cone 3 Termos e definicoes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigoes. 3.1 Definigdes de concreto estrutural 344 concreto estrutural termo que se refere ao espectro completo das aplicagdes do concreto como material estrutural 3.1.2 elementos de concreto simples estrutural elementos estruturais elaborados com concreto que néo possuem qualquer tipo de armadura, ou que a possuem em quantidade inferior ao minimo exigido para o concreto armado (ver 17.3.5.3.1 6 Tabela 17.3) 3.1.3 elementos de concreto armado aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderéncia entre concreto e armadura, ¢ nos quais no se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materializagao dessa aderéncia 3.1.4 elementos de concreto protendido aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por equipamentos especiais de protensdo, com a finalidade de, em condigdes de servico, impedir ou limitar a fissuragao e os deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento de agos de alta resisténcia no estado-limite ultimo (ELU) @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 3 ABNT NBR 6118:2014 3.1.5 armadura passiva qualquer armadura que nao seja usada para produzir forgas de protenséo, isto é, que nao seja previa- mente alongada 3.1.6 armadura ativa (de protens4o) armadura constituida por barras, fios isolados ou cordoalhas, destinada A produgao de forgas de pro- tensao, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento inicial 34.7 conereto com armadura ativa pré-tracionada (protensao com aderénci jal) concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é feito utilizando-se apoios inde- pendentes do elemento estrutural, antes do langamento do concreto, sendo a ligagéo da armadura de protensao com os referidos apoios desfeita apés 0 endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se somente por aderéncia 3.1.8 conecreto com armadura ativa pés-tracionada (protensdo com aderéncia posterior) concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado apés o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do préprio elemento estrutural, criando posteriormente aderéncia com o conereto, de modo permanente, através da injecdo das bainhas 3.1.9 conereto com armadura ativa pés-tracionada sem aderéncia (protensao sem aderéncia) concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado apés 0 endurecimento do conereto, sendo utilizadas, como apoios, partes do préprio elemento estrutural, mas néo sendo criada aderéncia com o conereto, ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados 3.41.10 junta de dilatagao qualquer interrupgao do conereto com a finalidade de reduzir tensées internas que possam resultar em impedimentos a qualquer tipo de movimentagao da estrututa, principalmente em decorréncia de retracao ou abaixamento da temperatura 34.11 junta de dilatacdo parcial redugao de espessura igual ou maior que 25 % da segao de concreto 3.2 Definigdes de estados-limites 3.2.1 estado-limite ultimo ELU estado-limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruina estrutural, que determine a paralisagao do uso da estrutura 4 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 3.22 estado-limite de formagao de fissuras ELS-F estado em que se inicia a formagao de fissuras. Admite-se que este estado-limite é atingido quando a tensdo de tragéo maxima na segao transversal for igual a fe, (ver 13.4.2 € 17.3.4) 3.2.3 estado-limite de abertura das fissuras ELS-W estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais aos maximos especificados om 13.4.2 (ver 17.3.3) 3.2.4 estado-limite de deformacées excessivas ELS-DEF estado em que as deformagées atingem os limites estabelecidos para a utilizagdo normal, dados em 13.3 (ver 17.3.2) 3.25 estado-limite de descompressao ELS-D estado no qual, em um ou mais pontos da se¢do transversal, a tensdo normal é nula, nao havendo trago no restante da seeao. Verificagao usual no caso do concreto protendido (ver 13.4.2) 3.26 estado-limite de descompressao parcial ELS-DP estado no qual garante-se a compressao na segao transversal, na regido onde existem armaduras ativas. Essa regiao deve se estender até uma distancia ap da face mais préxima da cordoalha ou da bainha de protensao (ver Figura 3.1 ¢ Tabela 13.4) _Reglao comprimida Bainha de protensae p Regiao __— tradicionada Figura 3.1 — Estado-limite de descompressao parcial fe de compressao excessiva estado em que as tensdes de compressao atingem o limite convencional estabelecido. Usual no caso do conereto protendido na ocasido da aplicacao da protensao (ver 17.2.4.3.2.a) @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 5 ABNT NBR 6118:2014 3.28 estado-limite de vibracées excessivas ELS-VE estado em que as vibragées atingem os limites estabelecidos para a utilizagdo normal da construgao 3.3 Definigdo relativa aos envolvidos no processo construtivo 3.3.1 contratante pessoa fisica ou juridica, de direito pubblico ou privado, que, mediante instrumento habil de compro- misso, contrata a execugao de servigos e/ou obras através de contratado técnica, juridica e financei- ramente habilitado 4 Simbologia 4.1. Generalidades A simbologia adotada nesta Norma, no que se refere as estruturas de concreto, é constituida por simbolos-base (mesmo tamanho e no mesmo nivel do texto corrente) e simbolos subscritos. Os simbolos-base, utilizados com mais frequéncia nesta Norma, encontram-se estabelecidos em 4.2 @ os simbolos subscritos, em 4.3. A simbologia geral encontra-se estabelecida nesta segao ¢ a simbologia mais especifica de algumas partes desta Norma é apresentada nas segées pertinentes, de forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicacao dos conceitos estabelecidos. As grandezas representadas pelos simbolos constantes desta Norma devem sempre ser expressas em unidades do Sistema Internacional (SI). 4.2 Simbolos-base 4.21 Generalidades Alguns simbolos-base apresentados em 4.2.2 a 4.2.4 estéo acompanhados de simbolos subscritos, de forma a nao gerar duvidas na compreensao de seu significado. 4.2.2 Letras mintisculas a— distancia ou dimensao — menor dimensdo de um retangulo — deslocamento maximo (flecha) b-largura — dimensio ou distancia paralela a largura — menor dimensao de um retangulo 6 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 by ~largura da alma de uma viga ¢—cobrimento da armadura em relagao a face do elemento d= altura util — dimensfo ou distancia e— excentricidade de cdlculo oriunda dos esforcos solicitantes Msg @ Nsq = distancia f resisténcia (ver Seco 8) h-dimensao ~ altura — hora i raio de giracdo minimo da seco bruta de concreto da pega analisada k—coeficiente ¢— altura total da estrutura ou de um lance de pilar — comprimento - véo n-nimero —ntimero de prumadas de pilares r= raio de curvatura interno do gancho = rigidez 5 —espacamento entre as barras da armadura t—comprimento do apoio paralelo ao vao da viga analisada — tempo u- perimetro w- abertura de fissura x~altura da linha neutra z~—brago de alavanca — distancia @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 7 ABNT NBR 6118:2014 4.2.3. Letras maidisculas A~ Area da segao cheia Ac — area da segao transversal de concreto Ag — 4rea da segao transversal da armadura longitudinal de tracao As! ~ area da se¢do transversal da armadura longitudinal de compressao D-diametro dos pinos de dobramento das barras de ago E— médulo de elasticidade (ver Segao 8) (El ~rigidez F-forga — agdes (ver Sedo 11) G — agdes permanentes (ver Seca 11) G, — médulo de elasticidade transversal do concreto H-altura — altura total da estrutura Ig momento de inércia da segao de concreto K-coeficiente M- momento — momento fletor Mg — momento fletor de 1* ordem de célculo ‘Mzq~ momento fletor de 2* ordem de calcula ‘Mpg — momento fletor resistente de calculo ‘Mgq— momento fletor solicitante de célculo Ng- forga normal de célculo Nad — forga normal resistente de calculo Nsq — forga normal solicitante de calculo Q- agdes varidveis (ver Sedo 11) R-reagao de apoio Raq esforgo resistente de célculo 8 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 $4 esforgo solicitante de célculo T— temperatura — momento torgor Tra — momento torgor resistente de cdlculo Tq — momento torgor solicitante de calculo Vq — forga cortante de céloulo Vad — forga cortante resistente de célculo Vsq — forga cortante solicitante de célculo 4.2.4 Letras gregas a— Angulo — parmetro de instabilidade — coeficiente ~ fator que define as condigées de vinculo nos apoios Ge — parmetto de redugao da resisténcia do concreto na compressdo dg — parémetro em fungao da natureza do agregado que influencia o médulo de elasticidade B— Angulo —coeficiente ‘Ye — Coeficiente de ponderagao da resisténcia do concreto ‘y— Coeficiente de ponderagao das agées (ver Sedo 11) ‘m— Coeficiente de ponderagao das resisténcias (ver Secdo 12) ‘Yp ~ Coeficiente de ponderacao das cargas oriundas da protensao (ver Tabela 11.1 @ 17.2.4.3) ‘Ys — Coeficiente de ponderagao da resisténcia do aco 8— coeficiente de redistribuigao —deslocamento ¢ — deformagao especifica £¢ — deformacdo especifica do conereto & — deformacdo especifica da armadura ativa £5 — deformagao especifica do ago da armadura passiva @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 9 ABNT NBR 6118:2014 @— rotagao — Angulo de inclinagao — desaprumo 2.— indice de esbeltez u —coeficiente — momento fletor reduzido adimensional v—coeficiente de Poisson —forga normal reduzida adimensional p— taxa geométrica de armadura longitudinal de tracao Po — massa especifica do concreto Pmin~ taxa geométrica minima de armadura longitudinal de vigas e pilares Pp ~ taxa geométrica da armadura de protensao ps — taxa geométrica de armadura aderente passiva Ge — tensao a compressao no concreto Get— tenso a tragao no conereto Gp — tens&o no ago de protensao od — tensdo normal resistente de calculo Gs — tensao normal no ago de armadura passiva oq - tensao normal solicitante de calculo ‘tpd — tensao de cisalhamento resistente de calculo ‘tg— tensao de cisalhamento de cdlculo usando 0 contorno adequado ao fenémeno analisado ‘tra —tensdo de cisalhamento de célculo, por toreao ‘twd— tensdo de cisalhamento de clculo, por forga cortante 0~ diametro das barras da armadura ¢¢- didmetro das barras de armadura longitudinal de pega estrutural ‘n — didmetro equivalente de um feixe de barras 10 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 6p - diametro nominal de fio ou cordoalha 6t- diémetro das barras de armadura transversal vibr - didmetro da agulha do vibrador 9 — Coeficiente de fluéncia 4.3 Simbolos subscritos 4.3.1 Generalidades Os simbolos subscritos sdo apresentados apenas em 4.3.2 a 4.3.4, em mesmo tamanho do texto corrente, de forma a facilitar a sua visualizagao. 4.3.2. Letras minsculas apo - apoio ¢ —conereto cor corrigido d— valor de célculo ef efetivo e— equivalente eq- equivalente f-feixe fad - fadiga fic - ficticia g— agdes permanentes h= horizontal i-ntimero sequencial inf - inferior j—idade (referente a cura do concreto) k -valor caracteristico — ntimero sequencial lirm = limite @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados " ABNT NBR 6118:2014 m-média max — maximo min ~ minimo nec — necessario nom - nominal p— ago de armadura ativa q- ages varidveis r= radial s—ago de armadura passiva sec — secante ser— servico sup ~ superior t= tragao = transversal tot — total ultimo — ruptura v-vertical -viga vig - viga w-alma = transversal x ey — diregdes ortogonais y—escoamento do ago 4.3.3. Letras maidisculas R = resisténcias S — solicitagdes 12 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 4.3.4 Numeros 0- inicio — instante de aplicagao da carga 28 — aos 28 dias 5 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliagao da conformidade do projeto 5.1 Requisitos de qualidade da estrutura 5.1.1 Condigées gerais As estruturas de concreto devem atender aos requisitos minimos de qualidade clasificados em 5.1.2, durante sua construgao e servico, ¢ aos requisites adicionais estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto estrutural e o contratante. 5.1.2 Classificagao dos requisitos de qualidade da estrutura Os requisitos de qualidade de uma estrutura de concreto sao classificados, para os efeitos desta Norma, em trés grupos distintos, relacionados em 5.1.2.1. 5.1.2.3. 5.1.2.1 Capacidade resistente Consiste basicamente na seguranga a ruptura. 5.1.2.2 Desempenho em servico Consiste na capacidade da estrutura manter-se em condig6es plenas de utilizagao durante sua vida Util, n&o podendo apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada. 5.1.2.3 Durabilidade Consiste na capacidade de a estrutura resistir as influéncias ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e pelo contratante, no inicio dos trabalhos de elaboragéo do projeto. 5.2, Requisitos de qualidade do projeto 5.21 Qualidade da solugo adotada A solugao estrutural adotada em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos a capacidade resistente, ao desempenho em servico e a durabilidade da estrutura. ‘A qualidade da solugao adotada deve ainda considerar as condigdes arquiteténicas, funcionais, construtivas (ver ABNT NBR 14931), estruturais e de integracéo com os demais projetos (elétrico, hidrdulico, ar-condicionado e outros), explicitadas pelos responsaveis técnicos de cada especialidade, com a anuéncia do contratante. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 13 ABNT NBR 6118:2014 5.2.2 Condigées impostas ao projeto 5.2.2.1 Todas as condigées impostas ao projeto, descritas em 5.2.2.2 a 5.2.2.6, devem ser estabele- cidas previamente e em comum acordo entre o autor do projeto estrutural e o contratante. 5.2.2.2 Para atender aos requisitos de qualidade impostos as estruturas de concreto, o projeto deve atender a todos os requisitos estabelecidos nesta Norma e em outras complementares e especificas, conforme 0 caso. 5.2.2.3 As exigéncias relativas a capacidade resistente e ao desempenho em servico deixam de ser satisfeitas, quando sao ultrapassados os respectivos estados-limites (ver Segdes 3 e 10) 5.2.2.4 As exigéncias de durabilidade deixam de ser atendidas quando nao sao observados os crité- rios de projeto definidos na Segao 7. 5.2.2.5 Para tipos especiais de estruturas, devem ser atendidas as exigéncias particulares estabele- cidas em Normas Brasileiras especificas. NOTA — Exigéncias particulares podem, por exemplo, consistir em resisténcia a explosdes, ao impacto, aos sismos, ou ainda relativas @ estanqueidade, ao isolamento térmico ou actistico. 5.2.2.6 Exigéncias suplementares podem ser fixadas em projeto. 5.2.3 Documentacéo da solugao adotada 5.2.3.1 O produto final do projeto estrutural é constituido por desenhos, especificagées e critérios de projeto. As especificacées e os critérios de projeto podem constar nos préprios desenhos ou cons- tituir documento separado. 5.2.3.2 Os documentos relacionados em 5.2.3.1 devem conter informagées claras, corretas, consis- tentes entre si e com as exigéncias estabelecidas nesta Norma. 5.2.3.3 O projeto estrutural deve proporcionar as informagdes necessdrias para a execugdo da estrutura. S20 necessérios projetos complementares de escoramento e formas, que nao fazem parte do projeto estrutural. 5.2.3.4 Com 0 objetivo de garantir a qualidade da execugao da estrutura de uma obra, com base em um determinado projeto, medidas preventivas devem ser tomadas desde 0 inicio dos trabalhos. Essas medidas devem englobar a discussao e a aprovagao das decisdes tomadas, a distribuigao destas e outras informagées aos elementos pertinentes da equipe multidisciplinar e a programagao coerente das atividades, respeitando as regras ldgicas de precedéncia 5.3 Avaliacao da conformidade do projeto 5.3.1 A avaliagéo da conformidade do projeto deve ser realizada por profissional habilitado, indepen- dente e diferente do projetista, requerida ¢ contratada pelo contratante, e registrada em documento especifico, que acompanhara a documentagao do projeto citada em 5.2.3. 5.3.2 Entende-se que o contratante pode ser o proprietatio da obra, em uma primeira instancia, desde que este tenha condigdes de compreender o que esta proposto e acertado neste contrato, cujo contetido pode versar sobre termos técnicos, especiticos da linguagem do engenheiro. 14 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Nesse caso entende-se que o proprietario tenha conhecimentos técnicos e compreenda todo o teor técnico do contrato e o autorize. O contratante pode ser também um representante ou preposto do proprietario, respondendo tecnicamente pelo que ha de cunho técnico neste contrato, substituindo este titimo nas questées exigidas, ou seja, nas responsabilidades préprias e definidas por esta Norma. 5.3.3. O contratante também definiré em comum acordo com o projetista, as demais prerrogativas, exigéncias e necessidades para atendimentos a esta Norma, sempre que alguma tomada de deciséo resultar em responsabilidades presentes e futuras de ambas as partes 5.3.4 A avaliagao da conformidade do projeto deve ser realizada antes da fase de construgao e, de preferéncia, simultaneamente com a fase de projeto. 5.3.5 A Segao 25 estabelece os critérios de aceitagao do projeto, do recebimento do concreto e ago e da confecgao do manual de utilizagao, inspegao e manutengao. 6 Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto 6.1 Exigéncias de durabilidade As estruturas de concreto devem ser projetadas e construidas de modo que, sob as condigées ambien- tais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado om projeto, conservem sua seguranga, estabilidade e aptidéo em servigo durante o prazo correspondente a sua vida ut 6.2. Vida util de projeto 6.2.1 Por vida Util de projeto, entende-se o periodo de tempo durante o qual se mantém as caracte- risticas das estruturas de concreto, sem interveng6es significativas, desde que atendidos os requisitos de uso e manutengao prescritos pelo projetista e pelo construtor, conforme 7.8 e 25.3, bem como de execugao dos reparos necessérios decorrentes de danos acidentais 6.2.2 O conceito de vida util aplica-se 4 estrutura como um todo ou as suas partes. Dessa forma, determinadas partes das estruturas podem merecer consideracao especial com valor de vida ttl dife- rente do todo, como, por exemplo, aparelhos de apoio e juntas de movimentagao. 6.2.3 Adurabilidade das estruturas de concreto requer cooperagao e atitudes coordenadas de todos 08 envolvidos nos processos de projeto, construcdo e utilizagao, devendo, como minimo, ser seguido o que estabelece a ABNT NBR 12655, sendo também obedecidas as disposigdes de 25.3 com relacao &s condigdes de uso, inspegdo e manutencao. 6.3. Mecanismos de envelhecimento e deterioragao 6.3.1 Generalidades Dentro desse enfoque devem ser considerados, ao menos, os mecanismos de envelhecimento e deterioracao da estrutura de concrete, relacionados em 6.3.2 a 6.3.4. 6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioracao relativos ao concreto 6.3.2.1 Lixiviagao E o mecanismo responsavel por dissolver e carrear os compostos hidratados da pasta de cimento por acao de Aguas puras, carbénicas agressivas, acidas e outras. Para prevenir sua ocorréncia, @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 15 ABNT NBR 6118:2014 recomenda-se restringir a fissuragao, de forma a minimizar a infiltragéo de agua, e proteger as superficies expostas com produtos especificos, como os hidréfugos. 6.3.2.2 Expansao por sulfato E a expansao por agao de aguas ou solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos, dando origem a reages expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado, A prevengao pode ser feita pelo uso de cimento resistente a sulfatos, conforme ABNT NBR 5737. 6.3.2.3 Reacdo dlcali-agregado E a expansao por acdo das reagdes entre os dlcalis do concreto e agregados reativos. O projetista deve identificar no projeto o tipo de elemento estrutural e sua situagdo quanto a presenca de gua, bem como deve recomendar as medidas preventivas, quando necessarias, de acordo com a ABNT NBR 15577-1 6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioracao relativos a armadura 6.3.3.1 Despassivacao por carbonatagao E a despassivacao por carbonatagao, ou seja, por agao do gas carbénico da atmosfera sobre o aco da armadura. As medidas preventivas consistem em dificultar 0 ingresso dos agentes agressivos ao interior do conereto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissurago minimizam este efeito, sendo recomendavel um concreto de baixa porosidade 6.3.3.2 Despassivagao por agao de cloretos Consiste na ruptura local da camada de passivacdo, causada por elevado teor de fon-cloro Asmedidas preventivasconsistem em dificultar oingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. © cobrimento das armaduras e 0 controle da fissuracao minimizam este efeito, sendo recomendavel © uso de um concreto de pequena porosidade. O uso de cimento composto com adigao de escéria ou material pozolanico é também recomendadvel nestes casos. 6.3.4 Mecanismos de deterioracao da estrutura propriamente dita Sao todos aqueles relacionados as agdes mecdnicas, movimentagdes de origem térmica, impactos, agées ciclicas, retragao, fluéncia e relaxagao, bem como as diversas agées que atuam sobre a estrutura ‘Sua prevengao requer medidas especificas, que devem ser observadas em projeto, de acordo com esta Norma ou Normas Brasileiras especificas. Alguns exemplos de medidas preventivas sao dados a seguir —_barreiras protetoras em pilares (de viadutos pontes e outros) sujeitos a choques mecénicos; — perfodo de cura apés a concretagem (para estruturas correntes, ver ABNT NBR 14931); — juntas de dilatagao em estruturas sujeitas a variacdes volumétricas; — isolamentos isotérmicos, em casos especificos, para prevenir patologias devidas a variagdes térmicas. 6.4 Agressividade do ambiente 6.4.1 A agressividade do meio ambiente esta relacionada as agées fisicas e quimicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das agdes mecanicas, das variagdes volumétr: cas de origem térmica, da retragao hidraulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas. 16 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 6.4.2 Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acor- do com 0 apresentado na Tabela 6.1 ¢ pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condigées de exposicao da estrutura ou de suas partes. Tabela 6.1 - Classes de agressividade ambiental (CAA) classelde) Classificagao geral do tipo de Blscolde) Agressividade | a tbiente para efeito de projeto | deterioracao da estrutura Rural I Fraca {+ insignificante Submersa | " Moderada Urbana > Pequeno | Marinha ® Mi Forte Grande Industrial 2» Industrial @ © Vv Muito forte Elevado Respingos de maré ® Pode-se adimitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) para ambientes internos secos (salas, dormitorios, banheiros, cozinhas e areas de servigo de apartamentos residenciais ¢ conjuntos comerciais ou ambientes com conoreto revestido com argamassa e pintura). © Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em regides de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regides onde raramente chove © Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indis- trias de celulose e papel, armazéns de fertilzantes, industrias quimicas. 6.4.3 O responsdvel pelo projeto estrutural, de posse de dados relativos ao ambiente em que serd construida a estrutura, pode considerar classificagdo mais agressiva que a estabelecida na Tabela 6.1 7 Critérios de projeto que visam a durabilidade 7.1 Simbologia especifica desta secao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta Segao, os simbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta secdo segue a mesma orientagao estabelecida na Seco 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado que os apresentados em 4.3. min ~ cobrimento minimo Crom — cobrimento nominal (cobrimento minimo acrescido da tolerancia de execugao) UR- umidade relativa do ar Ac-tolerancia de execugao para o cobrimento @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 17 ABNT NBR 6118:2014 7.2 Drenagem 7.2.1 Deve ser evitada a presenga ou acumulagéo de dgua proveniente de chuva ou decorrente de gua de limpeza e lavagem, sobre as superficies das estruturas de concreto. 7.2.2 As superficies expostas horizontais, como coberturas, patios, garagens, estacionamentos e outras, devem ser convenientemente drenadas, com a disposigao de ralos e condutores. 7.2.3. Todas as juntas de movimento ou de dilatagao, em superticies sujeitas a agao de Agua, devem ser convenientemente seladas, de forma a tornarem-se estanques a passagem (percolagao) de agua. 7.2.4 Todos os topos de platibandas e paredes devem ser protegidos. Todos os beirais devem ter pingadeiras e os encontros em diferentes niveis devem ser protegidos por rufos 7.3. Formas arquiteténicas e estruturais 7.3.1. Disposigdes arquiteténicas ou construtivas que possam reduzir a durabilidade da estrutura devem ser evitadas. 7.3.2 Deve ser previsto em projeto o acesso para inspecao e manutengao de partes da estrutura com vida til inferior ao todo, como aparelhos de apoio, caixGes, insertos, impermeabilizagdes e outros. Devem ser previstas aberturas para drenagem e ventilacdo em elementos estruturais onde ha possi- bilidade de actimulo de agua. 7.4 Qualidade do concreto de cobrimento 7.4.1 Atendidas as demais condigdes estabelecidas nesta segao, a durabilidade das estruturas 6 altamente dependente das caracteristicas do conereto e da espessura e qualidade do conereto do cobrimento da armadura. 7.4.2. Ensaios comprobatérios de desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e classe de agressividade prevista em projeto devem estabelecer os parametros minimos a serem atendidos. Na falta destes e devido a existéncia de uma forte correspondéncia entre a relagdo agua/cimento @ a resisténcia & compressdo do concreto e sua durabilidade, permite-se que sejam adotados 9s requisitos minimos expressos na Tabela 7.1 Tabela 7.1 - Correspondéncia entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto Classe de agressividade (Tabela 6.1) Concreto # Tipo b.¢ I u W v Relagao cA <0,65 0,60 <0,55 <0,45 Agua/cimento em massa cP < 0,60 0,55 0,50 0,45 Classe de concreto |__CA 220 2025 > C30 > C40 (ABNT NBR 8953) cP 2025 2 C30 2 C35 2 C40 ® 0 concreto empregado na execugao das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655. CA corresponde a componentes ¢ elementos estruturais de concreto armado. CP corresponde a componentes ¢ elementos estruturais de concreto protendido. 18 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 7.4.3 Os requisitos das Tabelas 7.1 ¢ 7.2 sao validos para concretos executados com cimento Portland que atenda, conforme seu tipo e classe, as especificagdes das ABNT NBR 5732, ABNT NBR 5733, ABNT NBR 5735, ABNT NBR 5736, ABNT NBR 5737, ABNT NBR 11578, ABNT NBR 12989 ou ABNT NBR 13116, com consumos minimos de cimento por metro ctibico de conereto de acordo com a ABNT NBR 12655, 7.4.4 Nao é permitido o uso de aditivos a base de cloreto em estruturas de concreto, devendo ser obedecidos os limites estabelecidos na ABNT NBR 12655. 7.4.5 A protegdo das armaduras ativas externas deve ser garantida pela bainha, completada por graute, calda de cimento Portland sem adigées ou graxa especialmente formulada para esse fim. 7.4.6 Atengdo especial deve ser dedicada a prote¢ao contra corrosdo das ancoragens das armadu- ras ativas. 7.4.7 Para o cobrimento deve ser observado o prescrito em 7.4.7.1 a 7.4.7.7. 7.4.7.1 Para atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma, o cobrimento minimo da armadura & 0 menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento considerado. Isto constitui um critério de aceitacao. 7.4.7.2 Para garantir 0 cobrimento minimo (cmin), © projeto e a execugao devem considerar 0 cobri- mento nominal (cnom), que & 0 cobrimento minimo acrescido da tolerancia de execucdo (Ac). Assim, as dimensées das atmaduras e os espagadores devem respeitar os cobrimentos nominais, estabele- cidos na Tabela 7.2, para Ac = 10 mm. 7.4.7.3 Nas obras correntes, o valor de Ac deve ser maior ou igual a 10 mm. 7.4.7.4 Quando houver um controle adequado de qualidade e limites rigidos de tolerancia da va- riabilidade das medidas durante a execugao, pode ser adotado o valor Ac = § mm, mas a exigéncia de controle rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se, entao, a redugéo dos cobrimentos nominais, prescritos na Tabela 7.2, em 5 mm. 7.4.7.5 Os cobrimentos nominais e minimos estao sempre referidos a superficie da armadura externa, em geral a face externa do estribo. © cobrimento nominal de uma determinada barra deve sempre ser: a) Chom 2 6 barra; b) Chom 2 @ feixe = on = 0V/n; ©) Chom 2 0,5 6 bainha. 7.4.7.6 Adimensao maxima caracteristica do agregado gratido utilizado no concreto nao pode supe- rar em 20 % a espessura nominal do cobrimento, ou seja: max $ 1,2 Crom @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 19 ABNT NBR 6118:2014 Tabela 7.2 - Correspondéncia entre a classe de agressividade ambiental e © cobrimento nominal para Ac = 10 mm Classe de agressividade ambiental (Tabela 6.1) | I W ul we Tipo de estrura | Componente ou Cobrimento nominal mm Laje ® 20 25 36 4 | Viga/pilar 25 30 40 so | Conereto armado Elementos estruturais em 3 40 50 contato com o solo 4 Conerato Laje 25 30 40 so | protendido # Vigalpilar 30 35 45 55 | ® Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura passiva deve respeitar os cobrimentos para concreto armado. Paraa face superior de lajes e vigas que serdo revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de tevestimento e acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos ceramicos, pisos asfailticos e outros, as exigéncias desta Tabela podem ser substituidas pelas de 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal > 15 mm. Nas superticies expostas a ambientes agressivos, como reservatérios, estacdes de tratamento de agua e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efiuentes e outras obras em ambientes quimica e intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV. No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundagao, a armadura deve ter cobrimento nominal > 45 mm. Para coneretos de classe de resisténcia superior ao minimo exigido, os cobrimentos definidos na Tabela 7.2 podem ser reduzidos em até 5 mm, 7.4.7.7 No caso de elementos estruturais pré-fabricados, os valores relativos ao cobrimento das armaduras (Tabela 7.2) devem seguir 0 disposto na ABNT NBR 9062. 7.5 Detalhamento das armaduras 7.5.1 As barras devem ser dispostas dentro do componente ou elemento estrutural, de modo a per- mmitir ¢ facilitar a boa qualidade das operagdes de lancamento e adensamento do concreto. 7.5.2. Para garantir um bom adensamento, 6 necessario prever no detalhamento da disposigao das armaduras espaco suficiente para entrada da agulha do vibrador. 7.6 Controle da fissuragao 7.6.1. O risco ¢ a evolucdo da corroséo do ago na regio das fissuras de flexao transversais & arma- dura principal dependem essencialmente da qualidade e da espessura do concreto de cobrimento da armadura. Aberturas caracteristicas limites de fissuras na superficie do concreto, dadas em 13.4.2, em. componentes ou elementos de conereto armado, sao satisfatérias para as exigéncias de durabilidade. 20 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 7.6.2 Devido a sua maior sensibilidade & corrosao sob tensdo, 0 controle de fissuras na superficie do concreto na regido das armaduras ativas deve obedecer ao disposto em 13.4.2. 7.7 Medidas especiais Em condiges de exposigdo adversas, devem ser tomadas medidas especiais de protegao @ con- servacdo do tipo: aplicagéo de revestimentos hidrofugantes e pinturas impermeabilizantes sobre as superficies do concreto, revestimentos de argamassas, de ceramicas ou outros sobre a superficie do concreto, galvanizagao da armadura, protegao catédica da armadura e outros. 7.8 Inspegao e manutengéo preventiva 7.8.1 O conjunto de projetos relativos a uma obra deve orientar-se sob uma estratégia explicita que facilite procedimentos de inspe¢ao e manutengao preventiva da construcao. 7.8.2 O manual de utilizagao, inspegao e manutengao deve ser produzido conforme 25.3. 8 Propriedades dos materiais 8.1 Simbologia especifica desta secao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicago dos conceitos estabelecidos nesta Segao, os simbolos mais utiizados, ou que poderiam gerar diividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta Segdo segue a mesma orientacdo estabelecida na Segdo 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tm o mesmo significado que os apresentados em 4.3. cg — parametro em fungdo da natureza do agregado que influencia o médulo de elasticidade fe~ resisténcia & compressao do concreto fed — resisténcia de cdlculo & compressao do concreto fax — resisténcia caracteristica a compressao do concreto foi — resisténcia caracteristica a compressao do concreto aos j dias, fon — resisténcia média a compressao do concreto fot — resisténcia do concreto a tragao direta fer.m ~ tesisténcia média a tragdo do conereto fer, resisténcia do concreto a tragao na flexdo fet,sp — fesisténcia do conereto a tragao indireta fg resisténcia a tragao do ago de armadura passiva fy resisténcia ao escoamento do ago de armadura passiva @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 21 ABNT NBR 6118:2014 fot — tesisténcia & tragao do aco de armadura ativa fyy ~ resisténcia ao escoamento do ago de armadura ativa Eg — médulo de elasticidade ou médulo de deformagao tangente inicial do concreto, referindo-se sempre ao médulo cordal Ecs ~ médulo de deformagao secante do conereto Eai (fo) - médulo de elasticidade ou médulo de deformagdo inicial do conereto no instante fo Eciza - médulo de elasticidade ou médulo de deformagao inicial do concreto aos 28 dias Ep ~ médulo de elasticidade do ago de armadura ativa E,— médulo de elasticidade do ago de armadura passiva G, ~ médulo de elasticidade transversal do conereto £2 — deformagao especifica de encurtamento do conereto no inicio do patamar plastico equ deformagao especifica de encurtamento do concreto na ruptura £y— deformagao especifica do ago na ruptura ty — deformagao especifica de escoamento do aco v —coeficiente de Poisson 82 Concreto 8.2.1 Classes Esta Norma se aplica aos concretos compreendidos nas classes de resisténcia dos grupos | e Il, da ABNT NBR 8953, até a classe C90. A classe C20, ou superior, se aplica ao concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, ao concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em obras provisérias ou concreto sem fins estruturais, conforme a ABNT NBR 8953. 8.2.2 Massa especifica Esta Norma se aplica aos concretos de massa especifica normal, que séo aqueles que, depois de secos em estufa, tem massa especifica (p<) compreendida entre 2 000 kg/m? e 2 800 kg/m?. Se a massa especifica real nao for conhecida, para efeito de calculo, pode-se adotar para o concreto simples 0 valor 2 400 kg/m? e para o concreto armado, 2 500 kg/m?. Quando se conhecer a massa especifica do conereto utilizado, pode-se considerar para valor da massa especifica do concreto armado aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m? a 150 kg/m?. 22 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 8.2.3 Coefi inte de dilatagao térmica Para efeito de andlise estrutural, 0 coeficiente de dilatagao térmica pode ser admitido como sendo igual a 10°5/°C. 8.2.4 Resisténcia a compressao As prescrigdes desta Norma referem-se a resisténcia @ compressao obtida em ensaios de corpos de prova cilindricos, moldados segundo a ABNT NBR 5738 e rompidos como estabelece a ABNT NBR 5739. Quando nao for indicada a idade, as resisténcias referem-se a idade de 28 dias. A estimativa da resisténcia A compressao média, fem correspondente a uma resisténcia fex especificada, deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR 12655. A evolugao da resisténcia 4 compressdo com a idade deve ser obtida por ensaios especialmente executados para tal. Na auséncia desses resultados experimentais, pode-se adotar, em cardter orientativo, os valores indicados em 12.3.3. 8.2.5 Resisténcia a tracéo Aresisténcia a tragao indireta fet,sp a resisténcia a tragao na flexao fe. devem ser obtidas em ensaios realizados segundo as ABNT NBR 7222 e ABNT NBR 12142, respectivamente, A resisténcia & tragao direta ft pode ser considerada igual a 0,9 fesp ou 0,7 fet, ou, na falta de ensaios para obtengao de fot,sp © fer, pode ser avaliado o seu valor médio ou caracteristico por meio das seguintes equacdes: fetk.int = 0,7 fet. fet sup = 1,3 fet — para coneretos de classes até C50: 8 fay?! fet, — para concretos de classes C55 até C90: fom = 2,12 In (1+ 0,11 fox) onde feim @ fox S80 expressos em megapascal (MPa). sendo fxj2 7 MPa, estas expressdes podem também ser usadas para idades diferentes de 28 dias. 8.2.6 Resisténcia no estado multiaxial de tensdes Estando o conereto submetido as tensdes principais 63 > 6 2 01, deve-se ter: 61 2— fetk 63 S$ fox + 4.04 @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 23 ABNT NBR 6118:2014 sendo as tensdes de compressa consideradas positivas e as de tracao negativas, o estado multiaxial de tensdes deve ser verificado conforme ilustrado na Figura 8.1 f fo 04 93 Figura 8.1 — Resisténcia no estado multiaxial de tensdes 8.2.7 Resisténcia a fadiga Ver 114.23 23.5.4. 8.2.8 Médulo de elasticidade © médulo de elasticidade (Eq) deve ser obtido segundo o método de ensaio estabelecido na ABNT NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o médulo de deformagao tangente inicial, obtido aos 28 dias de idade. Quando nao forem realizados ensaios, pode-se estimar o valor do médulo de elasticidade inicial usando as expressées a seguir Eq = ag . 5600 Vick para fx de 20 MPa a 50 MPa; 5-109-ag ("&+128)"* para fy de 55 MPa a 90 MPa. ; at, sendo og = 1,2 para basatto e diabasio ag = 1,0 para granito e gnaisse ag = 0,9 para caleario ag = 0,7 para arenito onde E¢\ © fex S40 dados em megapascal (MPa) © médulo de deformagao secante pode ser obtido segundo método de ensaio estabelecido na ABNT NBR 8522, ou estimado pela expresso: Ecs = 0. Ei 24 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 sendo 0) =0,8+0,2:%<40 = 0,8+0,2 Bk <4, ATabela 8.1 apresenta valores estimados arredondados que podem ser usados no projeto estrutural. Tabela 8.1 - Valores estimados de médulo de elasticidade em funcao da resisténcia caracteristica 4 compressao do concreto (considerando 0 uso de granito como agregado gratido) Classe de | 50 | cas | c30 | c35 | cao | cas | cso | cso | c70 | cao | coo resisténcia Ee 25 | 28 | 31 | 33 | 35 | 38 | 40 | 42 | 43 | 45 | 47 (GPa) ees 21 | 24 | 27 | 29 | 32 | 34 | 37 | 40 | 42 | 45 | 47 (GPa) a 0,85 | 0,86 | 0,88 | 0,89 | 0,90 | 0,91 | 0,93 | 0,95 | 0,98 | 1,00 | 1,00 A deformagao eldstica do concreto depende da composigao do trago do concreto, especialmente da natureza dos agregados. Na avaliagao do comportamento de um elemento estrutural ou segdo transversal, pode ser adotado médulo de elasticidade tinico, a tragao e & compressao, igual ao médulo de deformagao secante Ees. No cdlculo das perdas de protensao, pode ser utilizado em projeto o médulo de elasticidade inicial Ez; © médulo de elasticidade em uma idade menor que 28 dias pode ser avaliado pelas expresses a seguir 0.5 Eg (t) = [I Exp para os concretos com fx de 20 MPa a 45 MPa; 0.3, Eqi(t)= [| E,j, para os concretos com fy de 50 MPa a 90 MPa onde E,i(t) 6 a estimativa do médulo de elasticidade do concreto em uma idade entre 7 dias e 28 dias; fj 6 a resisténcia caracteristica & compresséo do conereto na idade em que se pretende estimar o médulo de elasticidade, em megapascal (MPa). 8.2.9 Coeficiente de Poisson e médulo de elasticidade transversal Para tensdes de compressao menores que 0,5 f e tensdes de tragdo menores que fet, 0 coeficiente de Poisson v pode ser tomado como igual a 0,2 e o médulo de elasticidade transversal Gy igual a Eps/2,4. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 25 ABNT NBR 6118:2014 8.2.10 Diagramas tensao-deformacao 8.2.10.1 Compressao Para tensdes de compresséo menores que 0,5 fe, pode-se admitir uma relagao linear entre tenses e deformagoes, adotando-se para médulo de elasticidade o valor secante dado pela expressao cons- tante em 8.2.8. Para andlises no estado-limite tiltimo, podem ser empregados o diagrama tenséo-deformagao ideali- zado mostrado na Figura 8.2 ou as simplificagdes propostas na Segao 17. och tok 0,88 Para fex > 50 MPa: n= 1,4 + 23,4 [(90 — fex)/100]4 £2 [ ey Para fox < 50 MPa: n=2 6c = 0,85 fea -(-8) Figura 8.2 — Diagrama tensao-deformagao idealizado Qs valores a serem adotados para os parametros ¢¢ (deformagao especifica de encurtamento do concrete no inicio do patamar plastico) e ecu (deformagao especifica de encurtamento do conereto na ruptura) sao definidos a seguir: — para coneretos de classes até C50: ea = 2,0 %o; Ecu = 3,5 %e — para coneretos de classes C55 até C90: £e2 = 2,0 %o + 0,085 %e +(fek — 50)°-53; Fou = 2,6 Mo + 35 %o - [(90 — fox)/100}4 Ver indicagao sobre o valor de fg em 12.3.3. 26 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 8.2.10.2 Tragao Para o concreto nao fissurado, pode ser adotado o diagrama tenséo-deformagao bilinear de tragao, indicado na Figura 8.3. otk ote i __ as O15 fot Figura 8.3 - Diagrama tensao-deformagao bilinear de tracao 8.2.11 Fluéncia e retracao Em casos onde nao é necessdria grande precisao, os valores finais do coeficiente de fluéncia o(t.,fo) © da deformacao especifica de retracao tcs(t.,fo) do concreto, submetidos a tensdes menores que 0,5 fe quando do primeiro carregamento, podem ser obtidos, por interpolacao linear, a partir da Tabela 8.2. ATabela 8.2 fornece o valor do coeficiente de fluéncia g(t...) ¢ da deformacao especifica de retragao Ecs{teno) em fungao da umidade média ambiente e da espessura ficticia 2A, /u, onde Ac é a drea da segao transversal e u 6 0 perimetro da segao em contato com a atmosfera. Os valores desta Tabela sao relativos a temperaturas do concreto entre 10 °C ¢ 20 °C, podendo-se, entretanto, admiti-los como validos para temperaturas entre 0 °C @ 40 °C. Esses valores sao validos para coneretos plasticos e de cimento Portland comum Deformagées especificas devidas a fluéncia e a retragao mais precisas podem ser calculadas segundo indicagao do Anexo A. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 27 ABNT NBR 6118:2014 Tabela 8.2 - Valores caracteristicos superiores da deformacao especifica de retracéo £¢5 (taf) @ do coeficiente de fluéncia 9 (t..,to) Umidade média ambiente 40 55 75 90 % Espessura ficticia 2Ac lu 20 60 | 20 60 | 20 60 | 20 60 cm (testo) 5 | 46 38 | 3,9 3,3 | 28 24 | 20 19 Concrete) 30 | 3,4 3,0 | 29 26 | 22 20 116 15 das classes C20. C45 eo |29 27 [25 23 19 18 [14 14 9 (testo) ber ee |e Beis [as 16 Goncreto | O lVaoil20 fi) ie tv wel) 1s fata das classes | dias C50 a C90 eo fi7 16 [15 14 [12 12 [10 1,0 5 | - 0,53 - 0,47 | - 0,48 - 0,43 | - 0,36 -0,32 |-0,18 -0,15 Ec lest) eo 30 | - 0,44 -0,45 | -0,41 -0,41 |- 0,33 - 0,81 |-0,17 -0,15 60 | -0,39 -0,43 | -0,36 -0,40 | - 0,80 -0,81 | -0,17 -0,15 8.3 Ago de armadura passiva 8.3.1 Categoria Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado ago classificado pela ABNT NBR 7480, com o valor caracteristico da resisténcia de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 @ CA-60. Os diametros e segdes transversais nominais devem ser os estabelecidos na ABNT NBR 7480. 8.3.2 Tipo de superficie aderente Os fios e barras podem ser lisos, entalhados ou providos de saliéncias ou mossas. A configuragao e a geometria das saliéncias ou mossas devem satisfazer também o que é especificado nesta Norma, nas Segdes 9 ¢ 23, Para os efeitos desta Norma, a capacidade aderente entre 0 ago € 0 concreto esté relacionada ao coeficiente 111, cujo valor esta estabelecido na Tabela 8.3. 28 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Tabela 8.3 - Valor do coeficiente de aderéncia n1 Tipo de superficie m Lisa 1,0 Entalhada 14 Nervurada_ 2,25 8.3.3 Massa especifica Pode-se adotar para a massa especifica do ago de armadura passiva o valor de 7 850 kg/m?. 8.3.4 Co inte de dilatagao térmica O valor de 10°8/°C pode ser considerado para o coeficiente de dilatagao térmica do ago, para intervalos de temperatura entre -20 °C e 150 °C. 8.3.5 Médulo de elasticidade Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o médulo de elasticidade do aco pode ser admitido igual a 210 GPa. 8.3.6 Diagrama tensao-deformagao, resisténcia ao escoamento e a tragao O diagrama tensdo-deformagao do ago e os valores caracteristicos da resisténcia ao escoamento fyk, da resistencia & tragdo fey © da deformagao na ruptura eux devem ser obtidos de ensaios de tragdo realizados segundo a ABNT NBR ISO 6892-1. O valor de fy para os agos sem patamar de escoamento 6 o valor da tensdo correspondente a deformacao permanente de 0,2 %. Para o célculo nos estados-limite de servigo e Ultimo, pode-se utilizar o diagrama simplificado mostrado ha Figura 8.4, para os agos com ou sem patamar de escoamento. Ss yk tyd Es Lines Figura 8.4 — Diagrama tensao-deformagao para acos de armaduras passivas @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 29 ABNT NBR 6118:2014 Este diagrama é valido para intervalos de temperatura entre -20 °C e 150 °C e pode ser aplicado para tragao e compressao. 8.3.7 Caracteristicas de dutilidade Os agos CA-25 e CA-50, que atendam aos valores minimos de fei/fy @ Eukindicados na ABNT NBR 7480, podem ser considerados de alta dutilidade. Os agos CA-60 que obedecam também as especificagdes desta Norma podem ser considerados de dutilidade normal Em ensaios de dobramento a 180°, realizados de acordo com a ABNT NBR 6153 e utilizando os did- metros de pinos indicados na ABNT NBR 7480, nao pode ocorter ruptura ou fissuragao. 8.3.8 Resisténcia a fadiga Ver 23.5.5. 8.3.9 Soldabilidade Para que um ago seja considerado soldavel, sua composi¢ao deve obedecer aos limites estabelecidos na ABNT NBR 8965. A-emenda de ago soldada deve ser ensaiada a tragdo segundo a ABNT NBR 8548. A forga de ruptura minima, medida na barra soldada, deve satisfazer o especificado na ABNT NBR 7480, ¢ 0 alongamento sob carga deve ser tal que nao comprometa a dutilidade da armadura. O alongamento total plastico medido na barra soldada deve atender a um minimo de 2 %. 8.4 Aco de armadura ativa 8.4.1 Classificagao Os valores de resisténcia caracteristica a tracdo, diametro e area dos fios e das cordoalhas, bem como a classificagao quanto a relaxagao, a serem adotados em projeto, s40 os nominais indicados na ABNT NBR 7482 e na ABNT NBR 7483, respectivamente. 8.4.2 Massa especifica Pode-se adotar para a massa especifica do ago de armadura ativa o valor 7 850 kg/m? 8.4.3 Coeficiente de dilatagao térmica O valor de 10°5/°C pode ser considerado para coeficiente de dilatagao térmica do ago, para intervalos de temperatura entre -20 °C @ 100°C. 8.4.4 Modulo de elasticidade © valor do médulo de elasticidade deve ser obtido em ensaios ou fornecido pelo fabricante. Na falta de dados especificos, pode-se considerar o valor de 200 GPa para fios e cordoalhas. 8.4.5 Diagrama tensao-deformagao, resisténcia ao escoamento e a tragao O diagrama tensao-deformagao deve ser fornecido pelo fabricante ou obtido através de ensaios reali- zados segundo a ABNT NBR 6349. 30 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Os valores caracteristicos da resisténcia ao escoamento convencional fpyk, da resisténcia a tragao fptk eo alongamento apés ruptura ¢y_ das cordoalhas devem satisfazer os valores minimos estabelecidos na ABNT NBR 7483. Os valores de fpyk, fptx € do alongamento apés ruptura eux dos fios devem atender a0 que é especificado na ABNT NBR 7482 Para cdlculo nos estados-limite de servigo e ultimo, pode-se utilizar o diagrama simplificado mostrado na Figura 8.5 Sp fotk f iptd f yk ‘yd. Dy 5 fuk Figura 8.5 — Diagrama tensao-deformacao para acos de armaduras ativas Este diagrama é valido para intervalos de temperatura entre -20 °C ¢ 150 °C. 8.4.6 Caracteristicas de dutilidade Os fios e cordoalhas cujo valor de ey for maior que o minimo indicado nas ABNT NBR 7482 e ABNT NBR 7483, respectivamente, podem ser considerados como tendo dutilidade normal. © numero minimo de dobramentos alternados dos fios de protensdo, obtidos em ensaios segundo a ABNT NBR 6004, deve atender ao que é indicado na ABNT NBR 7482. 8.4.7 Resisténcia a fadiga Ver 23.5.5. 8.4.8 Relaxacdo A telaxagao de fios e cordoalhas, apés 1 000 h a 20 °C (1990) € para tensées variando de 0,5 fptx 10,8 fotk, obtida nos ensaios descritos na ABNT NBR 7484, nao pode ultrapassar os valores dados nas ABNT NBR 7482 e ABNT NBR 7483, respectivamente. Para efeito de projeto, os valores de ‘1000 da Tabela 8.4 podem ser adotados @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 31 ABNT NBR 6118:2014 Tabela 8.4 - Valores de ‘1990, em porcentagem Cordoalhas Fios Spo Barras RN RB RN RB 0.5 fotk ° 0 0 ° 0 0.8 fotk 35 13 25 1,0 16 0,7 fotk 7.0 25 5,0 2.0 4,0 0.8 fork 12,0 35 85 3,0 7.0 Onde RN é a relaxagao normal; RB é a relaxacao baixa. 9 Comportamento conjunto dos materiais 941 imbologia especifica desta segao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta Segao, os simbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta segdo segue a mesma orientagao estabelecida na Secao 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado que os apresentados em 4.3. fog — resisténcia de aderéncia de célculo da armadura passiva fopd— resisténcia de aderéncia de célculo da armadura ativa k—coeficiente de perda por metro de cabo provocada por curvaturas nao intencionais do cabo ¢p — comprimento de ancoragem basico yp — comprimento de ancoragem basico para armadura ativa fppa- comprimento de ancoragem para armadura ativa ppt — comprimento de transferéncia da armadura pré-tracionada foc— comprimento do trecho de traspasse para barras comprimidas isoladas fot— comprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas isoladas fp — distancia de regularizagao da forga de protensao t tempo contado a partir do término das operagées de protensdo fo instante de aplicagao de carga 32 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 t.— vida util da estrutura x= abscissa contada a partir da segao do cabo, na qual se admite que a protensae tenha sido aplicada ao concreto P(x) — forga normal de protenséo Po(x) — forga na armadura de protensao no tempo f= 0, na segao da abscissa x Pa, —forga de protensdo de calculo, no tempo t P;- forga maxima aplicada & armadura de protensao pelo equipamento de tragao Px,(x) — forga caracteristica na armadura de protensdo, no tempo ¢, na segao da abscissa x P\(x) - forga na armadura de protensao, no tempo f, na segao da abscissa x «.— coeficiente para célculo de comprimento de ancoragem dp — relagao entre Ep @ Ea ‘yp — Coeficiente de ponderagao das cargas oriundas da protensao 61- didmetro das barras que constituem um feixe $n —didmetro equivalente de um feixe de barras 6¢— diametro das barras de armadura transversal 11, Na, Nig ~ coeficientes para célculo da tensdo de aderéncia da armadura passiva Tip1. Np2: Tip — coeficientes para cdlculo da tensao de aderéncia da armadura ativa Sep — tensao inicial no conereto ao nivel do baricentro da armadura de protensao, devida a protenséo simulténea de n cabos Geq- tens no concreto ao nivel do baricentro da armadura de protensao, devida a carga permanente mobilizada pela protensao ou simultaneamente aplicada com a protensao Gp — tensa de protensao pi tenso na armadura ativa imediatamente apés a aplicagao da protensao po — tensdo na armadura ativa correspondente a Po Gp.» tensdo na armadura ativa apés todas as perdas ao longo do tempo AP(x) — perdas de protensao por atrito, medidas a partir de Pj, na segao da abscissa x ‘APo(x) ~ perda imediata de protensao, medida a partir de Pno tempo f= 0, na segao da abscissa x AP\(x) - perda de protensao na segao da abscissa x, no tempo f, caleulada apés 0 tempo t= 0 Agp — perda média de protensdo por cabo devida ao encurtamento imediato do concreto @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 33 ABNT NBR 6118:2014 9.2 Disposigdes gerais 9.2.1 Generalidades Devem ser obedecidas no projeto as exigéncias estabelecidas nesta secdo, relativas & aderéncia, ancoragem e emendas das armaduras. As condig6es especiticas, relativas a protegao das armaduras, situagées particulares de ancoragens e emendas e suas limitagées frente & natureza dos esforgos aplicados, em regides de descontinuidade e em elementos especiais, sao tratadas nas Secdes 7, 18, 21 e 22, respectivamente. 9.2.2 Niveis de protensio Os niveis de protensao esto relacionados com os niveis de intensidade da forga de protensao que, por sua vez, sao fungao da proporgao de armadura ativa utiizada em relagao a passiva (ver 3.1.4 e Tabela 13.4). 9.3. Verificagao da aderéncia 9.3.1 Posigao da barra durante a concretagem Consideram-se em boa situagao quanto & aderéncia os trechos das barras que estejam em uma das posigdes seguintes: a) com inclinagao maior que 45° sobre a horizontal; b) _horizontais ou com inclinagéo menor que 45° sobre a horizontal, desde que’ — para elementos estruturais com h < 60 cm, localizados no maximo 30 cm acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais proxima; — para elementos estruturais com h > 60 cm, localizados no mi superior do elemento ou da junta de coneretagem mais proxima imo 30 cm abaixo da face Qs trechos das barras em outras posigdes, e quando do uso de formas deslizantes, devem ser consi- derados em ma situagao quanto a aderéncia 9.3.2 Valores das resisténcias de aderéncia 9.3.2.1 Aresisténcia de aderéncia de cdlculo entre a armadura e o concreto na ancoragem de arma- duras passivas deve ser obtida pela seguinte expressao: foa=n1 213 fed onde ford = fotk,int/¥e (Ver 8.2.5); 11 = 1,0 para barras lisas (ver Tabela 8.3); 11 = 1,4 para barras entalhadas (ver Tabela 8.3); 11 = 2,25 para barras nervuradas (ver Tabela 8.3); 34 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 na = 1,0 para situagées de boa aderéncia (ver 9.3.1); ni2 = 0,7 para situagdes de ma aderéncia (ver 9.3.1); m3 = 1,0 para ¢ < 32 mm; 113 = (182 - 4)/100, para 6 > 32 mm; onde 60 didmetro da barra, expresso em milfmetros (mm), 9.3.2.2 A resisténcia de aderéncia de calculo entre armadura e conereto na ancoragem de armadu- ras ativas, pré-tracionadas, deve ser obtida pela seguinte expressao: fopd = Npt pe feta onde feta = fetkinv/te (Ver 8.2.5) calculado na idade de: — aplicago da protensao, para célculo do comprimento de transferéncia (ver 9.4.5); — 28 dias, para cAlculo do comprimento de ancoragem (ver 9.4.5); pt = 1,0 para fios lisos; Tp1 = 1,2 para cordoalhas de trés e sete fios; ‘pt = 1.4 para fios dentados; ‘pa = 1.0 para situagées de boa aderéncia (ver 9.3.1); nip2 = 0,7 para situagées de ma aderéncia (ver 9.3.1) 9.3.2.3 No escorregamento da armadura, em elementos estruturais fletidos, devem ser adotados 0s valores da tensdo de aderéncia dados em 9.3.2.1 e 9.3.2.2, multiplicados por 1,75. 9.4 Ancoragem das armaduras 9.4.1 Condigées gerais Todas as barras das armaduras devem ser ancoradas de forma que as forcas a que estejam submetidas sejam integralmente transmitidas ao concreto, seja por meio de aderéncia ou de dispositivos mecanicos ou por combinagao de ambos 9.4.1.1 Ancoragem por aderéncia Acontece quando os esforgos sao ancorados por meio de um comprimento reto ou com grande raio de curvatura, seguido ou nao de gancho. Com excegao das regides situadas sobre apoios diretos, as ancoragens por aderéncia devem ser confinadas por armaduras transversais (ver 9.4.2.6) ou pelo proprio concreto, considerando-se este caso quando o cobrimento da barra ancorada for maior ou igual a 3 6 @ a distancia entre barras ancoradas for maior ou igual a 3 4. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 35 ABNT NBR 6118:2014 9.4.1.2 Ancoragem por meio de dispositivos mecanicos Acontece quando as forgas a ancorar sao transmitidas ao conereto por meio de dispositivos mecani- cos acoplados a barra. 9.4.2 Ancoragem de armaduras passivas por aderéncia 9.4.2.1 Prolongamento retilineo da barra ou grande raio de curvatura As barras tracionadas podem ser ancoradas ao longo de um comprimento retilineo ou com grande raio de curvatura em sua extremidade, de acordo com as condigées a seguir: a) obrigatoriamente com gancho (ver 9.4.2.3) para barras lisas; b) sem gancho nas que tenham alternancia de solicitacao, de tragdo e compressao; ©) com ou sem gancho nos demais casos, nao sendo recomendado o gancho para barras de 6 > 32 mm ou para feixes de barras. As barras comprimidas devem ser ancoradas sem ganchos. 9.4.2.2 Barras transversais soldadas Podem ser utilizadas varias barras transversais soldadas para a ancoragem de barras, desde que (ver Figura 9.1) a) sejao diametro da barra soldada 6 > 0,60 4; b) a distancia da barra transversal ao ponto de inicio da ancoragem seja> 5 4; ©) a resisténcia ao cisalhamento da solda supere a forga minima de 0,3 Asfyg (30 % da resisténcia da barra ancorada) NOTA Para barra transversal tinica, ver 9.4.7.1 Figura 9.1 — Ancoragem com barras transversais soldadas 9.4.2.3 Ganchos das armaduras de tragao Os ganchos das extremidades das barras da armadura longitudinal de tragdo podem ser: a) _semicirculares, com ponta reta de comprimento nao inferior a 2 0; 36 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 b) em Angulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento nao inferior a 4 6; c) em Angulo reto, com ponta reta de comprimento nao inferior a 8 6. Para as barras lisas, os ganchos devem ser semicirculares. didmetro interno da curvatura dos ganchos das armaduras longitudinais de tragao deve ser pelo menos igual ao estabelecido na Tabela 9.1. Tabela 9.1 - Diametro dos pinos de dobramento (D) Bitola Tipo de aco | mm CA-25 CA-50 CA-60 | <20 40 54 66 | 220 56 86 - | Para ganchos de estribos, ver 9.4.6.1 Quando houver barra soldada transversal ao gancho e a operagao de dobramento ocorrer apés a soldagem, devem ser mantidos os diametros dos pinos de dobramento da Tabela 9.1, se 0 ponto de solda situar-se na parte reta da barra, a uma distancia minima de 4-6 do inicio da curva. Caso essa distancia seja menor, ou 0 ponto se situe sobre o trecho curvo, o diametro do pino de dobramento deve ser no minimo igual a 20 ¢. Quando a operagao de soldagem ocorrer apds 0 dobramento, devem ser mantidos os didmetros da Tabela 9.1 9.4.2.4 Comprimento de ancoragem basico Define-se comprimento de ancoragem basico como 0 comprimento reto de uma barra de armadura passiva necessario para ancorar a forga-limite Asfyg nessa barra, admitindo-se, ao longo desse comprimento, resisténcia de aderéncia uniforme e igual a fq, conforme 9.3.2.1. © comprimento de ancoragem basico é dado por: ofa 22 > 25 fa 9.4.2.5 Comprimento de ancoragem necessério © comprimento de ancoragem necessdrio pode ser calculado por: Ascale fo, nee = Ohp $2 > to min set onde c=1,0 para barras sem gancho; & = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do gancho @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 37 ABNT NBR 6118:2014 236; = 0,7 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2; @ = 0,5 quando houver barras transversais soldadas conforme 9.4.2.2 @ gancho com cobri- mento no plano normal ao do gancho > 3 6; fy 6 caleulado conforme 9.4.2.4; 4min_& 0 maior valor entre 0,3 fp, 10 6 e 100 mm. Permite-se, em casos especiais, considerar outros fatores redutores do comprimento de ancoragem necessério. 9.4.2.6 Armadura transversal na ancoragem Para os efeitos desta subse¢ao, observado o disposto em 9.4.1.1, consideram-se as armaduras transversais existentes ao longo do comprimento de ancoragem, caso a soma das areas dessas armaduras seja maior ou igual que as especificadas em 9.4.2.6.1 e 9.4.2.6.2. 9.4.2.6.1 Barras com 9 <32mm ‘Ao longo do comprimento de ancoragem deve ser prevista armadura transversal capaz de resistir 25 % da forga longitudinal de uma das barras ancoradas. Se a ancoragem envolver barras diferentes, prevalece, para esse efeito, a de maior didmetro. 9.4.2.6.2 Barras com 9 >32mm Deve ser verificada a armadura em duas diregées transversais ao conjunto de barras ancoradas. Essas armaduras transversais devem suportar as tensdes de fendilhamento segundo os planos criticos, respeitando 0 espagamento maximo de 5 @ (onde 9 ¢ 0 diametro da barra ancorada). Quando se tratar de barras comprimidas, pelo menos uma das barras constituintes da armadura transversal deve estar situada a uma distancia igual a quatro didmetros (da barra ancorada) além da extremidade da barra. 9.4.3 Ancoragem de feixes de barras por aderéncia Considera-se o feixe como uma barra de diémetro equivalente igual a: $n = orn As barras constituintes de feixes devem ter ancoragem reta, sem ganchos, atender as seguintes condigées: a) quando 0 diametro equivalente do feixe for menor ou igual a 25 mm, o feixe pode ser tratado como uma barra tinica, de diametro igual a gn, para a qual vale o estabelecido em 9.4.2; b) quando o diametro equivalente for maior que 25 mm, a ancoragem deve ser calculada para cada barraisolada, distanciando as suas extremidades de forma a minimizar os efeitos de concentragoes de tensdes de aderéncia; a distancia entre as extremidades das barras do feixe nao pode ser menor que 1,2 vez 0 comprimento de ancoragem de cada barra individual; 38 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 ) quando, porrazées construtivas, ndo for possivel proceder como recomendado em b), aancoragem pode ser calculada para o feixe, como se fosse uma barra tinica, com didmetro equivalente n. A armaduta transversal adicional deve ser obrigatoria e obedecer ao estabelecido em 9.4.2.6, conforme 6p seja menor, igual ou maior que 32 mm. 9.4.4 Ancoragem de telas soldadas por aderéncia Aplica-se 0 disposto em 9.3.1, 9.3.2, 9.4.1 e 9.4.2. Quando a tela for composta de fios lisos ou com mossas, podem ser adotados os mesmos critérios definidos para barras nervuradas, desde que o niimero de fios transversais soldados ao longo do comprimento de ancoragem necessério seja calculado conforme a expressac Ascale As.et n24 9.4.5 Ancoragem de armaduras ativas (fios e cordoalhas pré-tracionadas) por aderéncia 9.4.5.1 Comprimento de ancoragem basico © comprimento de ancoragem basico deve ser obtido por: — para fios isolados: — para cordoalhas de trés ou sete fios: — 1 hoy top 36 fopa onde thpd deve ser calculado conforme 9.3.2, considerando a idade do concreto na data de protensao para o calculo do comprimento de transferéncia e 28 dias para o calculo do comprimento de ancoragem. 9.4.5.2 Comprimento de transferéncia (fyp:) O célculo do comprimento necessatio para transferir, por aderéncia, a totalidade da forga de protensao ao fio, no interior da massa de concreto, deve simultaneamente considerar: a) se, no ato da protensao, a liberaco do dispositive de tragao é gradual. Nesse caso, o comprimento de transferéncia deve ser calculado pelas expressoes: — para fios dentados ou lisos: @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 39 ABNT NBR 6118:2014 — para cordoalhas de trés ou sete fios: Spi fbpt = 0,54bp —— foyd b) se, no ato da protensao, a liberagao nao é gradual. Nesse caso os valores calculados em a) devem ser multiplicados por 1,25. 9.4.5.3 Comprimento de ancoragem necessério © comprimento de ancoragem necessério deve ser calculado pela expressao: yd — Spee f fopd = Hopt + top foyd 9.4.5.4 Armaduras transversais na zona de ancoragem As armaduras transversais na zona de ancoragem podem ser calculadas de acordo com 21.2. 9.4.6 Ancoragem de estribos A ancoragem dos estribos deve necessariamente ser garantida por meio de ganchos ou barras longi- tudinais soldadas. 9.4.6.1 Ganchos dos estribos Os ganchos dos estribos podem ser: a) semicirculares ou em Angulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento igual a 5 61, porém nao inferior a 5 om; b) em Angulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a 10 6, porém nao inferior a 7 cm {este tipo de gancho nao pode ser utilizado para barras e fios lisos). 0 diémetro interno da curvatura dos estribos deve ser no minimo igual ao valor dado na Tabela 9.2. Tabela 9.2 - Didmetro dos pinos de dobramento para estribos Bitola Tipo de ago mm CA-25 CA-50 CA-60 <10 3 ot 3 oe 3 oe 10<9<20 40 5H = 220 5 Bo = 9.4.6.2 Barras transversais soldadas Desde que a resisténcia ao cisalhamento da solda para uma forga minima de Asfyq seja comprovada por ensaio, pode ser feita a ancoragem de estribos, por meio de barras transversais soldadas, de acordo com a Figura 9.2, obedecendo as condigdes dadas a seguir 40 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 a) duas barras soldadas com diametro 611 > 0,7 $1 para estribos constituidos por um ou dois ramos; b) uma barra soldada com didmetro 641 > 1,4 6, para estribos de dois ramos. onde Asfyq 6 a resisténcia da barra ancorada. 25 mm Tesmm psorelalldll canteen 1207 | ft EL cgetaes on oe Figura 9.2 — Ancoragem de armadura transversal por meio de barras soldadas 9.4.7 Ancoragem por meio de dispositivos mecanicos Quando forem utilizados dispositivos mecanicos acoplados as armaduras a ancorar, a eficiéncia do conjunto deve ser justificada e, quando for 0 caso, comprovada através de ensaios O escorregamento entre a barra e 0 conereto, junto ao dispositive de ancoragem, nao pode exceder 0,1 mm para 70 % da forga ultima, nem 0,5 mm para 95 % desta forga A resisténcia de calculo da ancoragem nao pode exceder 50 % da forca tilima medida no ensaio, os casos em que sejam despreziveis os efeitos de fadiga, nem 70 % da forga tiltima obtida em ensaio de fadiga, em caso contrario. O projeto deve prever os efeitos localizados desses dispositivos, por meio de verificagao da resisténcia do concreto e da disposigao de armaduras adequadas para resistir as forgas geradas e manter as aberturas de fissuras nos limites especificados, conforme indicado em 21.2. 9.4.7.1 Barra transversal unica Pode ser usada uma barra transversal soldada como dispositive de ancoragem integral da barra, desde que: — 6t= 6 barra ancorada; — @ no seja maior que 1/6 da menor dimensao do elemento estrutural na regido da ancoragem ou 25 mm; — cespagamento entre as barras ancoradas nao seja maior que 20 6; — _asolda de ligagdo das barras seja feita nos sentidos longitudinal e transversal das barras, contor- nando completamente a area de contato das barras; —_asolda respeite o prescrito em 9.5.4, @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados a ABNT NBR 6118:2014 9.5 Emendas das barras 9.5.1 Tipos — por traspasse; — por luvas com preenchimento metéllico, rosqueadas ou prensadas; — por solda; — por outros dispositivos devidamente justificados. 9.5.2 Emendas por traspasse Esse tipo de emenda nao ¢ permitido para barras de bitola maior que 32 mm. Cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem e na armadura de costura dos tirantes e pendurais (elementos estruturais lineares de se¢ao inteiramente tracionada). No caso de feixes, 0 diametro do circulo de mesma rea, para cada feixe, nao pode ser superior a 45 mm, respeitados os critérios estabelecidos em 9.5.2.5, 9.5.2.1 Proporcéo das barras emendadas Consideram-se como na mesma segao transversal as emendas que se superpdem ou cujas extremi: dades mais préximas estejam afastadas de menos que 20 % do comprimento do trecho de traspasse. Quando as barras tém didmetros diferentes, o comprimento de traspasse deve ser calculado pela barra de maior diémetro (ver Figura 9.3). <02%,—., |__| Figura 9.3 - Emendas supostas como na mesma secao transversal A propor¢ao maxima de barras tracionadas da armadura principal emendadas por traspasse na mesma segdo transversal do elemento estrutural deve ser a indicada na Tabela 9.3, A adogéo de proporgées maiores que as indicadas deve ser justificada quanto a integridade do concreto na transmissao das forgas e da capacidade resistente da emenda, como um conjunto, frente a natureza das agées que a solicitem, 42 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Tabela 9.3 — Propor¢ao maxima de barras tracionadas emendadas Tipo de carregamento Tipo de barra Situagao Estatico | Dinamico E ck 100 % 100 % Alta aderéncia m uma camace om Em mais de uma camada 50% 50% Lisa o<16mm 50% 25% 216mm 25% 25% Quando se tratar de armadura permanentemente comprimida ou de distribuigéo, todas as barras podem ser emendadas na mesma secao. 9.5.2.2 Comprimento de traspasse de barras tracionadas, isoladas 9.5.2.2.1 Quando a distancia livre entre barras emendadas estiver compreendida entre 0 e 4 9, © comprimento do trecho de traspasse para barras tracionadas deve ser: ot = G0t!b,nec 2 £0t,min onde Zomin 0 maior valor entre 0,3 cot fy, 15.6 € 200 mm; cot 6 0 Coeficiente fungao da porcentagem de barras emendadas na mesma se¢ao, conforme Tabela 9.4 9.5.22.2 Quando a distancia livre entre bartas emendadas for maior que 4 6, ao comprimento calculado em 9.5.2.2.1 deve ser acrescida a distancia livre entre as barras emendadas. A armadura transversal na emenda deve ser justificada, considerando 0 comportamento conjunto concreto-ago, atendendo ao estabelecido em 9.5.2.4. Tabela 9.4 - Valores do coeficiente cot Barras emendadas na mesma secao $20 25 33 50 >50 % Valores de cot 1,2 14 1,6 18 2,0 9.5.2.3 Comprimento por traspasse de barras comprimidas, isoladas Quando as barras estiverem comprimidas, adotar a seguinte expressao para célculo do comprimento de traspasse: foc = fb,nec 2 £0c,min onde focmin _ € 0 maior valor entre 0,6 fb, 15. € 200 mm. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 43 ABNT NBR 6118:2014 9.5.2.4 Armadura transversal nas emendas por traspasse, em barras isoladas 9.5.2.4.1 Emendas de barras tracionadas da armadura principal (ver Figura 9.4) Quando @ < 16 mm e a proporgao de barras emendadas na mesma segdo for menor que 25 %, a armadura transversal deve satisfazer o descrito em 9.4.2.6. Nos casos em que 6 2 16 mm ou quando a proporgao de barras emendadas na mesma seco for maior ou igual a 25 %, a armadura transversal deve: — ser capaz de resistir a uma forga igual a de uma barra emendada, considerando os ramos paralelos ao plano da emenda; —_ ser constituida por barras fechadas se a distancia entre as duas barras mais préximas de duas emendas na mesma se¢ao for < 10 6 ( = diémetro da barra emendada); — concentrar-se nos tergos extremos da emenda. 9.5.2.4.2 Emendas de barras comprimidas (ver Figura 9.4) Devem ser mantidos os critérios estabelecidos para o caso anterior, com pelo menos uma barra de armadura transversal posicionada 4 @ além das extremidades da emenda. 2A,/ 2, PAI? EAI EA/2 <150mm [| 150mm [el waa 137, 46] Tee! 134, [40 Barras tradicionais Barras comprimidas Figura 9.4 — Armadura transversal nas emendas 9.5.2.4.3 Emendas de barras de armaduras secundarias A armadura transversal deve obedecer ao estabelecido em 9.4.2.6. 9.5.2.5 Emendas por traspasse em feixes de barras Podem ser feitas emendas por traspasse em feixes de barras quando, respeitado o estabelecido em 9.5.2, as bartas constituintes do feixe forem emendadas uma de cada vez, desde que em qualquer segao do feixe emendado néo resultem mais de quatro barras. As emendas das barras do feixe devem ser separadas entre si 1,3 vez 0 comprimento de emenda individual de cada uma. 44 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 9.5.3 Emendas por luvas rosqueadas ou prensadas Para emendas rosqueadas ou prensadas a resisténcia da emenda deve atender aos requisitos de normas especificas. Na auséncia destes, a resisténcia deve ser no minimo 15 % maior que a resisténcia de escoamento da barra a ser emendada, obtida em ensaio. 9.5.4 Emendas por solda ‘As emendas por solda exigem cuidados especiais quanto A composigao quimica dos agos e dos eletro- dos e quanto as operacées de soldagem que devem atender as especificagdes de controle do aqueci- mento e resfriamento da barra, conforme normas especificas ‘As emendas por solda podem ser: — de topo, por caldeamento, para bitola nao menor que 10 mm; — de topo, com eletrodo, para bitola nao menor que 20 mm; — por traspasse com pelo menos dois cordées de solda longitudinais, cada um deles com compri- mento nao inferior a 5 6, afastados no minimo 5 6 (ver Figura 9.5); — com outras barras justapostas (cobrejuntas), com cordées de solda longitudinais, fazendo-se coincidir o eixo baricéntrico do conjunto com o eixo longitudinal das barras emendadas, devendo cada cordao ter comprimento de pelo menos 5 4 (ver Figura 9.5). @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 45 ABNT NBR 6118:2014 De topo por caldeamento {TB} oe t0 Pee ey oe {oe 2mmasmm Por taspasse . Q (ey ed EDD " 63 25) 250 250a =n 208 aca a QhS CY & 2030, b-b Figura 9.5 — Emendas por solda As emendas por solda podem ser realizadas na totalidade das barras em uma segao transversal do elemento estrutural. Devem ser consideradas como na mesma segao as emendas que de centro a centro estejam afastadas entre si menos que 15 6, medidos na diregao do eixo da barra. Aresisténcia de cada barra emendada deve ser considerada sem redugao. Em caso de barra tracionada e havendo preponderancia de carga acidental, a resistencia deve ser reduzida em 20 %. Para emendas soldadas, a resisténcia da emenda deve atender aos requisitos de normas especificas. Na auséncia destes, a resisténcia deve ser no minimo 15 % maior que a resisténcia de escoamento da barra a ser emendada, obtida em ensaio. 46 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 9.6 Protensao 9.6.1 Forga de protenséo 9.6.1.1 Generalidades A forga média na armadura de protensao na abscissa xe no tempo t é dada pela expresso: P(x) = Po(x) - AP u(x) = Pi — APo (x) - APt (x) onde Po(x) = Pi— APo (x) 9.6.1.2 Valores-limites da forca na armadura de protenséo Durante as operages de protensdo, a fora de tragdo na armadura nao pode superar os valores decorrentes da limitagao das tensdes no ago correspondentes a essa situagao transitéria, fornecidos em 9.6.1.2.1 a 9.6.1.2.3, Apés 0 término das operagées de protensao, as verificagdes de seguranga devem ser feitas de acordo com os estados-limites conforme a Secao 10. 9.6. 1 Valores-limites por ocasiéo da operacao de protensao Para efeito desta Norma pode ser considerado 0 seguinte: a) armadura pré-tracionada — por ocasiao da aplicagao da forga P,, a tensdo opi da armadura de protensdo na saida do aparelho de tracéo deve respeitar os limites 0,77 fp € 0,90 foyk para acos da classe de relaxagao normal, € 0,77 fprk € 0.85 foyk para acos da classe de relaxago baixa; b) armadura pés-tracionada: — por ocasiao da aplicagao da forga A, a tensAo opi da armadura de protensdo na saida do aparelho de tracdo deve respeitar os limites 0,74 fpr © 0,87 foyk para agos da classe de relaxacao normal, € 0,74 fprk & 0,82 foyk para agos da classe de relaxagao baixa; — para as cordoalhas engraxadas, com agos da classe de relaxacao baixa, os valores-limites da tensao 6p) da armadura de protensao na saida do aparelho de tra¢ao podem ser elevados Para 0,80 fork © 0,88 foyki — nos agos CP-85/105, fornecidos em barras, os limites passam a ser 0,72 fotk © 0,88 foyk, respectivamente. 9.6. 2 Valores-limites ao término da operagao de protensao Ao término da operagao de protensao, a tensao Gpo(x) da armadura pré-tracionada ou pds-tracionada, decotrente da forga Po(x), nao pode superar os limites estabelecidos em 9.6.1.2.1-b) @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 47 ABNT NBR 6118:2014 9.6.1.2.3 Tolerdncia de execugéo Por ocasiao da aplicagao da forga Pi, se constatadas irregularidades na protensao, decorrentes de falhas executivas nos elementos estruturais com armadura pés-tracionada, a forga de tragao em qualquer cabo pode ser elevada, limitando a tensao opi aos valores estabelecidos em 9.6.1.2.1-b), majorados em até 10 %, até o limite de 50 % dos cabos, desde que seja garantida a seguranga da estrutura, principalmente nas regides das ancoragens. 9.6.1.3 Valores representativos da forca de protensao Os valores médios, calculados de acordo com 9.6.1.1, podem ser empregados no calculo dos valores caracteristicos dos efeitos hiperestaticos da protensao, Para as obras em geral, admite-se que os valores caracteristicos P,1(x) da forga de protenséo possam ser considerados iguais ao valor médio, exceto quando a perda maxima [APo(x) + AP\(x)|max for maior que 0,35 P,. Neste caso e nas obras especiais que devem ser projetadas de acordo com normas especificas, que considerem os valores caracteristicos superior e inferior da forga de protensdo, devem ser adotados os valores: [Prct(*)lsup = 1,05 Px) [PetQlint = 0,95 P(x) 9.6.1.4 Valores de calculo da forca de protensao Os valores de caleulo da forga de protensao no tempo f s4o dados pela expressao: Pax) =p P(x) sendo o valor de yp estabelecido na Seco 11 9.6.2 Introducao das forcas de protenséo 9.6.2.1 Generalidades As tensdes induzidas no conereto pelas ancoragens de protenséo somente podem ser consideradas linearmente distribuidas na segao transversal do elemento estrutural a uma distancia da extremidade dessas armaduras, chamada distancia de regularizagao, determinada com base no que é estabelecido om 9.6.2.2 2 9.6.2.3. As armaduras passivas nessas zonas de introdugao de forgas devem ser calculadas de acordo com as disposiges da Segdo 21 9.6.2.2 Casos de pés-tracéo No caso dos elementos pds-tracionados, a distancia de regularizacéo das tensdes pode ser determinada admitindo-se que a difusao da fora se faga a partirda ancoragem, no interior de um Angulo de abertura B, tal que tg B = 2/3 (ver Figura 9.6). Quando tal difusao, partindo da alma, atinge o plano médio da mesa, pode-se admitir que a difusdo ao longo da mesa se faz também conforme o angulo de abertura B. 48 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 mesa EN Figura 9.6 — Introdugao da protensao 9.6.2.3 Casos de pré-tracio No caso de elementos pré-tracionados, a distancia de regularizagao fy deve ser obtida pela expressao: \h? +(0,6éopt)* > “opt onde fh éaaltura do elemento estrutural. Para as segées nao retangulares, 0 comprimento de regularizagdo pode ser calculado de forma semelhante a indicada em 9.6.2.2. 9.6.3 Perdas da forca de protensao 9.6.3.1 Generalidades O projeto deve prever as perdas da forga de protensdo em relagao ao valor inicial aplicado pelo aparelho tensor, ocorridas antes da transferéncia da protensdo ao concreto (perdas iniciais, napré-tragao), durante essa transferéncia (perdasimediatas) e ao longo do tempo (perdas progressivas) 9.6.3.2 Perdas iniciais da forca de protensdo Consideram-se iniciais as perdas ocorridas na pré-tragao antes da liberagao do dispositive de tragao e decorrentes de: a) _atritonos pontos de desvio da armadura poligonal, cuja avaliagdo deve ser feita experimentalmente, em fungao do tipo de aparelho de desvio empregado; b) escorregamento dos fios na ancoragem, cuja determinagao deve ser experimental, ou devem ser adotados os valores indicados pelo fabricante dos dispositivos de ancoragem; @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 49 ABNT NBR 6118:2014 ©) relaxagao inicial da armadura, fungao do tempo decorrido entre o alongamento da armadura @ a liberagao do dispositive de tragao; d) retragao inicial do conereto, considerado 0 tempo decortido entre a concretagem do elemento estrutural e a liberacao do dispositive de tracao. A avaliagao das perdas iniciais deve considerar os efeitos provocados pela temperatura, quando © concreto for curado termicamente. 9.6.3.3 Perdas imediatas da forca de protensao 9.6.3.3.1 Caso da pré-tra¢éo A variagao da forga de protensao em elementos estruturais com pré-tragao, por ocasiao da aplicagao da protensao ao concreto, e em razao do seu encurtamento, deve ser calculada em regime elastico, considerando-se a deformagao da segéo homogeneizada. O médulo de elasticidade do conereto a considerar é 0 correspondente a data de protensdo, corrigido, se houver cura térmica. 9.6.3.3.2 Caso de pés-tracao Para os sistemas usuais de protensdo, as perdas imediatas sao as devidas ao encurtamento imediato do conereto, ao atrito entre as armaduras e as bainhas ou 0 concreto, ao deslizamento da armadura junto & ancoragem e a acomodagao dos dispositivos de ancoragem, como detalhado em 9.6.3.3.2.1 a9.6.3.3.2.3. 9.6.3.3.2.1 Encurtamento imediato do concreto Nos elementos estruturais com pés-tragéo, a protensao sucessiva de cada um dos n grupos de cabos protendidos simultaneamente provoca uma deformago imediata do concreto e, consequentemente, afrouxamento dos cabos anteriormente protendidos. A perda média de protensao, por cabo, pode ser calculada pela expressao: Op (Gop +Geg)(n- 1) Aop = v 2n 9.6.3.3.2.2 Perdas por atrito Nos elementos estruturais com pés-tracdo, a perda por atrito pode ser determinada pela expressao: AP x) = Pi[1- ec + 0) onde P, €0 valor definido em 9.6.1.2.1; x 6 a abscissa do ponto onde se calcula AP, medida a partir da ancoragem, expressa em metros (m); Za 6 a soma dos angulos de desvio entre a ancoragem e 0 ponto de abscissa x, expressa em radianos (rad); ht € 0 coeficiente de atrito aparente entre o cabo e a bainha. Na falta de dados experimentais, pode ser estimado como a seguir (valores em 1/radianos): 50 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 11 = 0,50 entre cabo e conereto (sem bainha); = 0,30 entre barras ou fios com mossas ou saliéncias e bainha metélica; 11 = 0,20 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metalica; 1 = 0,10 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metdlica lubrificada; 11 = 0,05 entre cordoalha e bainha de polipropileno lubrificada; k 60 coeficiente de perda por metro provocada por curvaturas nao intencionais do cabo. Na falta de dados experimentais, pode ser adotado 0 valor 0,01 ut (1/m). 9.6.3.3.2.3 Perdas por deslizamento da armadura na ancoragem e acomodagao da ancoragem ‘As perdas devem ser determinadas experimentalmente ou adotados os valores indicados pelos fabricantes dos dispositivos de ancoragem 9.6.3.4 Perdas progressivas 9.6.3.4. Generalidades Os valores parciais ¢ totais das perdas progressivas de protensao, decorrentes da retragao e da fiuéncia do concreto e da relaxagao do ago de protensao, devem ser determinados considerando-se a interagao dessas causas, podendo ser utilizados os processos indicados em 9.6.3.4.2 a 9.6.3.4.5. Nesses processos admite-se que exista aderéncia entre a armadura e 0 concreto e que o elemento estrutural permanega no estadio | 9.6. 2 Processo simplificado para o caso de fases tinicas de operacao Esse caso é aplicavel quando sao satisfeitas as condigdes seguintes: a) a concretagem do elemento estrutural, bem como a protensao, sao executadas, cada uma delas, em fases suficientemente proximas para que se desprezem os efeitos reciprocos de uma fase sobre a outra; b) 08 cabos possuem entre si afastamentos suficientemente pequenos em relagao a altura da segao do elemento estrutural, de modo que seus efeitos possam ser supostos equivalentes ao de um nico cabo, com segao transversal de area igual soma das areas das segées dos cabos compo- nentes, situado na posigao da resultante dos esforcos neles atuantes (cabo resultante). Nesse caso, admite-se que no tempo f as perdas e deformagées progressivas do concreto ¢ do ago de protensao, na posigao do cabo resultante, com as tensdes no concreto Geog positivas para compressao e as tensdes no a¢o Gpo positivas para tragao, sejam dadas por: cs (thf0) Ep ~ H4p5,0009 (lo) ~ pox (t,o) Xp + Xe Op NPp op (t to) = @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 51 ABNT NBR 6118:2014 Spo AGp (t,o) Apt = —— x (tte fete (tto) E> Acct = 227999 (t,tp) + 6 292 ClO) 4 5 (,t0) 28 28 onde ultito) = In [1 - y (tto)] Xo=1+0,5 9 (bo) wp =1+ x (blo) n=1+ pte le p= AplAc oF onde c,p0g @ (tio) Asp0 w(tsto) fes(bto) (tito) Acec(tfo) Aop(t to) Pp & Ap 52 6a tensdo no conereto adjacente ao cabo resultante, provocada pela protensao e pela carga permanente mobilizada no instante to, sendo positiva se for de compressao; 6 0 coeficiente de fluéncia do conereto no instante {para protensao e carga permanente, aplicadas no instante to; 6 a tensao na armadura ativa devida a protensao e A carga permanente mobilizada no instante fo, positiva se for de tracdo; 6 0 coeficiente de fluéncia do ago; € a retrago no instante t, descontada a retracao ocorrida até o instante fo, conforme 8.2.11; 6 0 coeficiente de relaxagao do aco no instante t para protensao e carga permanente mobilizada no instante to; 6 a variagao da tensao do conereto adjacente ao cabo resultante entre fo © f 6 a variagao da tensdo no ago de protensao entre fp € t; 6 a taxa geométrica da armadura de protensao; 6 a excentricidade do cabo resultante em relago ao baricentro da se¢ao do conereto; 6 drea da secao transversal do cabo resultante; © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Ac 6a dtea da segao transversal do conereto; Ie &o momento central de inércia na segao do concreto 9.6.3.4.3 Processo aproximado Esse processo pode substituir 0 estabelecido em 9.6.3.4.2, desde que satisfeitas as mesmas condigées de aplicagao e que a retragao nao difira em mais de 25 % do valor [-8 - 107 (to) O valor absoluto da perda de tensao devida a fluéncia, retragao ¢ relaxagao, com oe,p0g em megapascal e considerado positivo se for de compressao, é dado por: a) para agos de relaxagao normal (RN) (valor em porcentagem): AGp (t,o) . op 1.57 a 18,1475 [o(t-t0)]"°” (8+ 6,909) b) para agos de relaxagao baixa (RB) (valor em porcentagem): Aap (te i 11,07, =7,44+—® [o(t...to)]'” (3+ 66, aa 79,710 (t0))"" (3+ Se:p08) onde po 6 a tensdo na armadura de protensao devida exclusivamente a forga de protensao, no instante f. 9.6.3.4.4 Método geral de célculo Quando as agdes permanentes (carga permanente ou protensao) sao aplicadas parceladamente em idades diferentes (portanto nao séo satisfeitas as condicdes estabelecidas em 9.6.3.4.2), deve ser considerada a fluéncia de cada uma das camadas de concreto e a relaxagao de cada cabo, separadamente. Pode ser considerada a relaxagao isolada de cada cabo, independentemente da aplicagao posterior de outros esforgos permanentes. 9.6.3.4.5 Relaxagao do aco Aintensidade da relaxagao do ago deve ser determinada pelo coeficiente y(t,to), calculado por: Adpr (t,to) pi (tito) = onde AGp, (t,o) ¢ a perda de tensao por relaxagao pura desde o instante fp do estiramento da armadura até o instante tf considerado. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 53 ABNT NBR 6118:2014 Os valores médios da relaxagao, medidos apés 1 000 h, A temperatura constante de 20 °C, para as perdas de tensdo referidas a valores basicos da tensdo inicial de 50 % a 80 % da resisténcia caracteristica fpxx (y1000), S40 definidos na Tabela 8.4. Os valores correspondentes a tempos diferentes de 1 000 h, sempre a 20 °C, podem ser determinados a partir da seguinte expresso, devendo o tempo ser expresso em dias: ts t-ty.)048 witto) viom( 52) Para tensées inferiores a 0,5 fytk, admite-se que nao haja perda de tensdo por relaxacao. Para tensdes intermediarias entre os valores fixados na Tabela 8.3, pode ser feita interpolagao linear. Pode-se considerar que para 0 tempo infinito o valor de y (t,t) 6 dado por y (ta, fo) = 2,5 V1000. 10 Seguranga e estados-limites 10.1 Critérios de seguranca Os critérios de seguranga adotados nesta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681 10.2 Estados-limites Para os efeitos desta Norma, devem ser considerados os estados-limites Ultimos e os estados-limites de servigo. 10.3 Estados-limites ultimos (ELU) A seguranga das estruturas de concreto deve sempre ser verificada em relagao aos seguintes estados-limites ultimos: a) estado-limite ultimo da perda do equilibrio da estrutura, admitida como corpo rigido; b) estado-limite Ultimo de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, devido as solicitagses normais e tangenciais, admitindo-se a redistribuigdo de esforcos internos, desde que seja respeitada a capacidade de adaptacao plastica definida na Secao 14, © admitindo-se, em geral, as verificagses separadas das solicitagdes normais e tangenciais; todavia, quando a interacao entre elas for importante, ela estara explicitamente indicada nesta Norma; ©) estado-limite uitimo de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem; 4d) estado-limite ultimo provocado por solicitagées dinamicas (ver Segao 23); ©) estado-limite ultimo de colapso progressivo; f) estado-limite uitimo de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, considerando exposi¢ao ao fogo, conforme a ABNT NBR 15200; 54 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 9) estado-limite ultimo de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, considerando agées sismicas, de acordo com a ABNT NBR 15421; h) outros estados-limites ultimos que eventualmente possam ocorrer em casos especiais. 10.4 Estados-limites de servico (ELS) Estados-limites de servigo sAo aqueles relacionados ao conforto do usuario e a durabilidade, apa- réncia e boa utilizagdo das estruturas, seja em relagdo aos usudrios, seja em relagdo as maquinas @ aos equipamentos suportados pelas estruturas. A seguranga das estruturas de concreto pode exigir a verificagao de alguns estados-limites de servigo definidos na Segao 3. Em construgdes especiais pode ser necessario verificar a seguranga em relacdo a outros estados- limites de servigo nao definidos nesta Norma. 11 Agées 11.1 Simbologia especifica desta Secao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagéo dos conceitos estabelecidos nesta Segao, os simbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta se¢ao segue a mesma orientagao estabelecida na Seco 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tem 0 mesmo significado que os apresentados em 4.3. F —agées (ver Tabelas 11.3 € 11.4) Myd,min — momento total de 12 ordem de calculo minimo que possibilita o atendimento da verificagao das imperfeigdes localizadas de um lance de pilar ‘Wt — parte do coeficiente de ponderagao das agées 1, que considera a variabilidade das agoes ‘2 — parte do coeficiente de ponderagao das ages yf, que considera a simultaneidade de atuagao das agées 3 — parte do coeficiente de ponderagdo das agées yf, que considera os desvios gerados nas construgées e as aproximagées feitas em projeto do ponto de vista das solicitagdes ‘¥q— coeficiente de ponderagao para as acées varidveis diretas ‘Yas — c0eficiente de ponderagao para a ago varidvel estabilizante ‘Yon ~ Coeficiente de ponderagao para as agdes permanentes nao estabilizantes ‘eq — Coeficiente de ponderagao para as agées indiretas permanentes (retragao ou fluéncia) ‘eq - coeficiente de ponderagao para as acdes indiretas variaveis (temperatura) @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 55 ABNT NBR 6118:2014 ‘Yn Coeficiente de ajuste de yj, que considera o aumento de probabilidade de ocorréncia de desvios relativos significativos na construgao (aplicado em pilares, pilares-paredes e lajes em balanco com dimensées menores que certos valores) 61 —desaprumo de um elemento vertical continuo Vo) fator de redugao de combinagao para as acées varidveis diretas Wor — fator de redugao de combinagao para as agées variaveis indiretas Yo ~ fator de redugao de combinagao para ELU yi — fator de redugao de combinagao frequente para ELS y2- fator de redugao de combinagao quase permanente para ELS. 11.2 Agées a considerar 11.2.4 Generalidades Na andlise estrutural deve ser considerada a influéncia de todas as agdes que possam produzir efeitos significativos para a seguranga da estrutura em exame, levando-se em conta os possiveis estados- limites Ultimos e os de servigo. 11.2.2 Classificagao das agdes As agées a considerar classificam-se, de acordo com a ABNT NBR 8681, em permanentes, varidveis © excepcionais. Para cada tipo de construgao, as agdes a considerar devem respeitar suas peculiaridades e as normas a ela aplicaveis. 11.3 Agées permanentes 11.3.1 Generalidades Agées permanentes so as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da construgao. Também sao consideradas permanentes as ages que aumentam no tempo, tendendo a um valor-limite constante. As ages permanentes devem ser consideradas com seus valores representativos mais desfavoraveis para a seguranga 11.3.2 Ages permanentes diretas As agées permanentes diretas sao constituidas pelo peso proprio da estrutura, pelos pesos dos ele- mentos construtivos fixos, das instalages permanentes e dos empuxos permanentes. 11.3.2.1 Peso proprio Nas construgées correntes admite-se que o peso préprio da estrutura seja avaliado conforme 8.2.2 Coneretos especiais devem ter sua massa especifica determinada experimentalmente em cada caso particular (ver ABNT NBR 12654) e o acréscimo decorrente da massa da armadura avaliado conforme 8.2.2. 56 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 11.3.2.2 Peso dos elementos construtivos fixos e de instalagdes permanentes ‘As massas especificas dos materiais de construcdo correntes podem ser avaliadas com base nos valores indicados na ABNT NBR 6120. Os pesos das instalages permanentes sao considerados com os valores nominais indicados pelos respectivos fornecedores. 11.3.2.3 Empuxos permanentes Consideram-se permanentes os empuxos de terra e outros materiais granulosos quando forem admitidos como nao removiveis. Consideram-se representativos os valores caracteristicos Fi,sup OU Fjnt, conforme a ABNT NBR 8681 11.3.3 Agdes permanentes indiretas As ages permanentes indiretas sao constituidas pelas deformagées impostas por retragao e fluéncia do concreto, deslocamentos de apoio, imperfeigses geométricas e protensao. 11.3.3.1 Retragao do concreto ‘A deformagao especifica de retragao do concreto pode ser calculada conforme indicado no Anexo A. Na grande maioria dos casos, permite-se que a retragao seja calculada simplificadamente através da Tabela 8.2, por interpolacao. Essa Tabela fornece o valor caracteristico superior da deformagao especifica de retragao entre os instantes fp € ta, fcs (te.fo), em algumas situacdes usuais (ver Segao 8) Nos casos correntes das obras de concreto armado, em fungao da restrigao a retragao do concreto, imposta pela armadura, satisfazendo o minimo especificado nesta Norma, 0 valor de ecs (ts, fo) pode ser adotado igual a -15 x 10°5. Esse valor é valido para elementos estruturais de dimensdes usuais, entre 10 cm e 100 cm, sujeitos a umidade ambiente nao inferior a 75 %. O valor caracteristico inferior da retragéo do conereto é considerado nulo. Nos elementos estruturais permanentemente submetidos a diferentes condigées de umidade em faces opostas, admite-se variagao linear da retragao ao longo da espessura do elemento estrutural entre os dois valores correspondentes a cada uma das faces. As deformagées impostas uniformes nas pegas, como aquelas decorrentes de retragéo, bem como temperatura e fluéncia do concreto, devem ser verificadas. Os efeitos devidos a essas deformagées podem ser minimizadas pela criagdo de juntas de concretagem ou de dilatagdo. A consideragéo de deformagées impostas diferenciais dentro da mesma pega, decorrentes, por exemplo, de partes com espessuras muito diferentes, devem ser sempre consideradas. 11.3.3.2 Fluéncia do concreto As deformagées decorrentes da fluéncia do concreto podem ser calculadas conforme indicado no Anexo A. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 57 ABNT NBR 6118:2014 Nos casos em que a tensao o¢(te) nao varia significativamente, permite-se que essas deformagées sejam calculadas simplificadamente pela expressao: - 1, Ol(ta,to €c (te,to) = oe (to) (lo) * Eas (28) onde £¢(tanfo) a deformagao especifica total do concreto entre os instantes f @ tai Ge (lo) a tensdo no conereto devida ao carregamento aplicado em fo; (toto) € o limite para 0 qual tende o coeficiente de fluéncia provocado por carregamento aplicado em f, Ovvalor de o(t.,to) pode ser calculado por interpolagao dos valores da Tabela 8.2. Essa Tabela fornece © valor earacteristico superior de o(t..,fo) em algumas situagdes usuais (ver Secdo 8). O valor caracteristico inferior de @(t.,f0) & considerado nulo. 11.3.3.3 Deslocamentos de apoio Os deslocamentos de apoio sé devem ser considerados quando gerarem esforgos significativos em relagdo ao conjunto das outras agées, isto é, quando a estrutura for hiperestatica e muito rigida. © deslocamento de cada apoio deve ser avaliado em fungao das caracteristicas fisicas do material de fundagao correspondente. Como representativos desses deslocamentos, devem ser considerados 08 valores caracteristicos superiores, 5jsup, calculados com avaliagao pessimista da rigidez do material de fundagao, correspondente, em principio, ao quantil 5 % da respectiva distribuigao de probabilidade. Os valores caracteristicos inferiores podem ser considerados nulos. O conjunto desses deslocamentos constitui-se em uma nica ago, admitindo-se que todos eles sejam majorados pelo mesmo coeficiente de ponderacao. 11.3.3.4 Imperfeig6es geométricas Na verificagao do estado-limite Ultimo das estruturas reticuladas, devem ser consideradas as imperfei- ‘ges geométricas do eixo dos elementos estruturais da estrutura descarregada. Essas imperfeigses podem ser divididas em dois grupos: imperfeigdes globais e imperfeigdes locais. 11.3.3.4.1 Imperfeigdes globais Na andlise global dessas estruturas, sejam elas contraventadas ou nao, deve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais, conforme mostra a Figura 11.1 58 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 1m prumadas de pilares onde O1min = 1/300 para estruturas reticuladas ¢ imperfeigées locais; O1max = 1/200; Hé aaltura total da edificacdo, expressa em metros (m); no ntimero de prumadas de pilares no pértico plano. Figura 11.1 — Imperfeig6es geométricas globais Para edificios com predominancia de lajes lisas ou cogumelo, considerar 0a = 04. Para pilares isolados em balango, deve-se adotar 0; = 1/200. A consideragao das agées de vento e desaprumo deve ser realizada de acordo com as seguintes possibilidades: a) Quando 30 % da ago do vento for maior que a agao do desaprumo, considera-se somente a agao do vento. b) Quando a agao do vento for inferior a 30 % da agéo do desaprumo, considera-se somente o desaprumo respeitando a consideracdo de 04min, conforme definido acima. ©) Nos demais casos, combina-se a ago do vento e desaprumo, sem necessidade da considerago do 04min Nessa combinagao, admite-se considerar ambas as agées atuando na mesma diregao e sentido como equivalentes a uma agao do vento, portanto como carga varidvel, artificialmente amplificada para cobrir a superposigao. A comparagao pode ser feita com os momentos totais na base da construgao e em cada diregao e sentido da aplicagao da agao do vento, com desaprumo calculado com 8a, sem a consideragao do 81min NOTA _O desaprumo nao precisa ser considerado para os Estados Limites de Servigo. 11.3.3.4.2 Imperteigées locais No caso de elementos que ligam pilares contraventados a pilares de contraventamento, usualmente vigas ¢ lajes, deve ser considerada a tracéo decorrente do desaprumo do pilar contraventado [ver Figura 11.2-a)] @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 59 ABNT NBR 6118:2014 No caso do dimensionamento ou verificagao de um lance de pilar, deve ser considerado 0 efeito do desaprumo ou da falta de retilineidade do eixo do pilar [ver Figuras 11.2-b) e 11.2-c), respectivamente] Pilar de Pilar contraventamento _contraventado Elemento do] #rravamento Zl a wz a a) Elomentos de travamento b) Falta de retiineidade c) Desaprumo do pilar (tracionado ou comprimido) no pilar Figura 11.2 — Imperfeigdes geométricas locais Admite-se que, nos casos usuais de estruturas reticuladas, a consideracao apenas da falta de retilinet dade ao longo do lance de pilar seja suficiente. 11.3.3.4.3 Momento minimo © efeito das imperfeigées locais nos pilares e pilares-parede pode ser substituido, em estruturas reticuladas, pela considerago do momento minimo de 1? ordem dado a seguir: Midymin = Na (0,015 + 0,08h) onde h 6 aaltura total da seco transversal na diregao considerada, expressa em metros (m). Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que 0 efeito das imperfeigdes locais esteja atendido se for respeitado esse valor de momento total minimo. A este momento devem ser acrescidos os momentos de 2# ordem definidos na Segao 15, Para pilares de segao retangular, pode-se definir uma envoltéria minima de 1° ordem, tomada a favor da seguranga, de acordo com a Figura 11.3, 60 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Myaminyy = Nq(0.018 + 0,036) My (Mra rina Mideniny) A Mya minax= Ng (0,018 + 0,03h) . (Segao transversal) (Envoltéria minima de 1# ordem) Sendo: Mig.minxx® Mrs minyy @8 Componentes em flexéo composta normal e Myaminx® Mra miny 28 Componentes em flexdo composta obliqua Figura 11.3 — Envoltoria minima de 18 ordem Neste caso, a verificagéo do momento minimo pode ser considerada atendida quando, no dimensio- namento adotado, obtém-se uma envoltéria resistente que englobe a envoltdria minima de 1? ordem Quando houver a necessidade de calcular os efeitos locais de 2* ordem em alguma das diregdes do pilar, a verificagao do momento minimo deve considerar ainda a envoltéria minima com 2# ordem, conforme 15.3.2. 11.3.3.5 Protensao A agéo da protensao deve ser considerada em todas as estruturas protendidas, incluindo, além dos elementos protendidos propriamente ditos, aqueles que sofrem a acao indireta da protensdo, isto 6, de esforgos hiperestaticos de protensao. O valor da forga de protensao deve ser calculado considerando a forga inicial e as perdas de protenséo conforme estabelecido em 9.6.3, Os esforgos solicitantes gerados pela aco dessa protensao podem ser calculados diretamente a partir da excentricidade do cabo na segao transversal do elemento estrutural e da forca de protensdo ou através de um conjunto de cargas externas equivalentes, ou ainda através da introdugao de defor- magies impostas correspondentes ao pré-alongamento das armaduras. 11.4 Agées varidveis 11.4.1 Agées variaveis diretas As agées variéveis diretas sao constituidas pelas cargas acidentais previstas para o uso da construgao, pela acao do vento e da agua, devendo-se respeitar as prescrigées feitas por Normas Brasileiras especificas, 11.4.1.1 Cargas acidentais previstas para o uso da construgao As cargas acidentais correspondem normalmente a: — _cargas verticais de uso da construgao; @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 61 ABNT NBR 6118:2014 — cargas méveis, considerando o impacto vertical; — impacto lateral; — forga longitudinal de frenagao ou aceleragao; —_forga centrifuga. Essas cargas devem ser dispostas nas posiges mais desfavordveis para o elemento estudado, ressalvadas as simplificagdes permitidas por Normas Brasileiras especificas. 11.4.1.2 Agao do vento Os esforgos solicitantes relativos & agao do vento devem ser considerados e recomenda-se que sejam determinados de acordo com o prescrito pela ABNT NBR 6123, permitindo-se o emprego de regras simplificadas previstas em Normas Brasileiras especificas. 11.4.1.3 Ago da agua O nivel d'égua adotado para calculo de reservatérios, tanques, decantadores e outros deve ser igual ao maximo possivel compativel com o sistema de extravasdo, considerando apenas o coeficiente F=f = 1,2, conforme ABNT NBR 8681 (ver 11.7 € 11.8). Nas estruturas em que a agua de chuva possa ficar retida deve ser considerada a presenca de uma lamina de agua correspondente ao nivel da drenagem efetivamente garantida pela construgao. 11.4.1.4 Acées varidveis durante a construgao As estruturas em que todas as fases construtivas nao tenham sua seguranga garantida pela verificagao da obra pronta devem ter incluidas no projeto as verificagoes das fases construtivas mais significativas @ sua influéncia na fase final A verificagao de cada uma dessas fases deve ser feita considerando a parte da estrutura ja executada e as estruturas provisérias auxiliares com seus respectivos pesos préprios. Além disso, devem ser consideradas as cargas acidentais de execucao. 11.4.2 Agées variaveis indiretas 1.4.2.1 Variagdes uniformes de temperatura ‘A variagéo da temperatura da estrutura, causada globalmente pela variagdo da temperatura da atmosfera e pela insolagao direta, é considerada uniforme. Ela depende do local de implantagao da construgao e das dimensdes dos elementos estruturais que a compem De maneira genérica podem ser adotados os seguintes valores: a) para elementos estruturais cuja menor dimensao néo seja superior a 50 cm, deve ser considerada uma oscilacao de temperatura em torno da média de 10 °C a 15 °C; b) para elementos estruturais macigos ou ocos, com os espagos vazios inteiramente fechados, cuja menor dimensao seja superior a 70 cm, admite-se que essa oscilago seja reduzida respectiva- mente para 5 °C a 10°C; 62 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 ) para elementos estruturais cuja menor dimensao esteja entre 50 cm ¢ 70 om, admite-se que seja feita uma interpolagao linear entre os valores acima indicados. Aescolha de um valor entre esses dois limites pode ser feita considerando-se 50 % da diferenga entre as temperaturas médias de verao e inverno, no local da obra. Em edificios de varios andares, devem ser respeitadas as exigéncias construtivas prescritas por esta Norma para que sejam minimizados os efeitos das variagdes de temperatura sobre a estrutura da construgao. 11.4.2.2 Vi \¢5es nao uniformes de temperatura Nos elementos estruturais em que a temperatura possa ter distribuicao significativamente diferente da uniforme, devem ser considerados os efeitos dessa distribuicdo. Na falta de dados mais precisos, pode ser admitida uma variagao linear entre os valores de temperatura adotados, desde que a variagao de temperatura considerada entre uma face e outra da estrutura nao seja inferior a 5 °C. 11.4.2.3 Agées dinamicas Quando a estrutura, pelas suas condigées de uso, esta sujeita a choques ou vibragées, os respectivos efeitos devem ser considerados na determinagao das solicitagées e a possibilidade de fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais, de acordo com a Segao 23. 11.5 Agées excepcionais No projeto de estruturas sujeitas a situagdes excepcionais de carregamento, cujos efeitos nao possam ser controlados por outros meios, devem ser consideradas ag6es excepcionais com os valores defini- dos, em cada caso particular, por Normas Brasileiras especificas. 11.6 Valores das acées 11.6.1 Valores caracteristicos Os valores caracteristicos Fy das agdes sdo estabelecidos nesta Segdo em fungéo da variabilidade de suas intensidades. 11.6.1.1 Agdes permanentes Para as ages permanentes, os valores caracteristicos devem ser adotados iguais aos valores médios das respectivas distribuigdes de probabilidade, sejam valores caracteristicos superiores ou inferiores. Esses valores estéo definidos nesta segéo ou em Normas Brasileiras especificas, como a ABNT NBR 6120, 11.6.1.2 Agoes va Os valores caracteristicos das ages varidveis, Fq,, estabelecidos por consenso e indicados em Normas Brasileiras especificas, correspondem a valores que tém de 25 % a 35 % de probabilidade de serem ultrapassados no sentido desfavoravel, durante um periodo de 50 anos, o que significa que o valor catacteristico Fak 6 0 valor com perfodo médio de retorno de 174 anos a 117 anos, respectivamente. Esses valores esto definidos nesta segao ou em Normas Brasileiras especificas, como a ABNT NBR 6120, @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 63 ABNT NBR 6118:2014 11.6.2 Valores representatives ‘As agées so quantificadas por seus valores representativos, que podem ser: a) os valores caracteristicos conforme definido em 11.6.1; b) valores convencionais excepcionais, que sao os valores arbitrados para as agdes excepcionais; ©) valores reduzidos, em fungao da combinagao de agées, como: — verificagdes de estados-limites ultimos, quando a ago considerada combina com a agéo principal. Os valores reduzidos séo determinados a partir dos valores caracteristicos pela expressdo WoFk, que considera muito baixa a probabilidade de ocorréncia simulténea dos valores caracteristicos de duas ou mais agdes varidveis de naturezas diferentes (ver 11.7); — erificagées de estados-limites de servigo. Estes valores reduzidos sao determinados a partir dos valores caracteristicos pelas expressdes y1Fk € WaFi, que estimam valores frequentes © quase permanentes, respectivamente, de uma ago que acompanha a acao principal. 11.6.3 Valores de calculo Os valores de caleulo Fy das agdes sao obtidos a partir dos valores representativos, multiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderagao ‘y definidos em 11.7. 11.7 Coe! jentes de ponderacao das acgées ‘As agdes devem ser majoradas pelo coeficiente , cujos valores encontram-se estabelecidos em 11.7.1, 11.7.2 e Tabelas 11.1 e 11.2. E considerado que: Wem 2-418 11.7.1 Coeficientes de pondera: das agées no estado-limite ultimo (ELU) Os valores-base para verificagao séo os apresentados nas Tabelas 11.1 € 11.2, para yH.7Ks © 2, respectivamente. Para elementos estruturais esbeltos criticos para a seguranga de estrutura, como pilares e pilares- paredes com espessura inferior a 19 cm e lajes em balango com espessura inferior a 19 cm, os esforgos solicitantes de célculo devem ser multiplicados pelo coeficiente de ajustamento ym (ver 13.2.3 e 13.2.4.1). 64 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Tabela 11.1 — Coeficiente 1 = yt1-113 Ages Combinagées | Permanentes Variaveis Protensao arene de de agdes (9) (9) (P) e retragéo D F G T D F D F Normais 1,48 1,0 14 1,2 1,2 09 1,2 oO Especialsou | 43 | 4.0 4.2 1,0 12 0.9 12 ° de construgéo Exeepeionais | 12 | 10 | 1,0 0 12 | 09 ° 0 onde Dé destavoravel, Fé favordvel, G representa as cargas varidveis em geral e Té a temperatura. ® Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso préprio das estruturas, espe- cialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3. Tabela 11.2 - Valores do coeficiente y12 We Agées vo wt ve Locais em que nao ha predominancia de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos periodos de tempo, nem de elevadas concentragées de pessoas » 05 0,4 0,3 Cargas acidentais de | Locais em que ha predominancia edificios de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos 07 06 04 periodos de tempo, ou de elevada concentracao de pessoas © Biblioteca, arquivos, oficinas 08 07 06 e garagens oa Presso dindmica do vento nas oe ns a estruturas em geral Variagées uniformes de temperatura Temperatura aorme em relagao a média anual local 06 05 0,3 ® Para os valores de y1 relativos as pontes e principalmente para os problemas de fadiga, ver Seco 23. > Edificios residenciais. © Edificios comerciais, de escritérios, estacdes e edificios pilblicos. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 65 ABNT NBR 6118:2014 Os valores das Tabelas 11.1 © 11.2 podem ser modificados em casos especiais aqui ndo contemplados, de acordo com a ABNT NBR 8681 © valor do coeficiente de ponderagéo de cargas permanentes de mesma origem, em um dado carregamento, deve ser o mesmo ao longo de toda a estrutura. A Unica excegao é 0 caso da verificagao da estabilidade como corpo rigido. 11.7.2 Coeficientes de ponderacao das acées no estado-limite de servigo (ELS) Em geral, 0 coeficiente de ponderagéo das agdes para estados-limites de servigo é dado pela expressao: onde y2__ tem valor varidvel conforme a verificagao que se deseja fazer (ver Tabela 11.2): 2 = 1 para combinagées raras; ‘12 = 1 para combinagées frequentes; ‘2 = We pata combinagées quase permanentes. 11.8 Combinagées de agdes 11.8.1 Generalidades Um carregamento é definide pela combinagao das agées que tém probabilidades nao despreziveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um periodo preestabelecido. ‘A combinacao das agées deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavordveis para a estrutura; a verificagao da seguranga em relagao aos estados-limites uiltimos e aos estados-limites de servigo deve ser realizada em fungao de combinagées ultimas e de combinacées de servico, respectivamente 11.8.2 Combinagées iiltimas Uma combinagao tiltima pode ser classificada como normal, especial ou de construgao e excepcional. 11.8.2.1 Combinagées Ultimas normais Em cada combinagao devem estar incluidas as agdes permanentes e a ago varidvel principal, com seus valores caracteristicos e as demais acdes varidveis, consideradas secundarias, com seus valores reduzidos de combinagao, conforme ABNT NBR 8681 11.8.2.2 Combinagées ultimas especiais ou de construgao Em cada combinagéo devem estar presentes as agées permanentes @ a ago varidvel especial, quando existir, com seus valores caracteristicos e as demais agdes varidveis com probabilidade néo desprezivel, de ocorréncia simultanea, com seus valores reduzidos de combinagao, conforme ABNT NBR 8681 11.8.2.3 Combinagées ultimas excepcionais Em cada combinagao devem figurar as agdes permanentes e a ago varidvel excepcional, quando existir, com seus valores representativos e as demais agées variaveis com probabilidade nao desprezivel 66 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 de ocorréncia simultanea, com seus valores reduzides de combinagao, conforme ABNT NBR 8681 Nesse caso se enquadram, entre outras, sismo e incéndio. 11.8.2.4 Combinagées ultimas usuais Para facilitar a visualizagao, essas combinagGes esto dispostas na Tabela 11.3 Tabela 11.3 - Combinagées ultimas Combinagées ltimas Descrigao Calculo das solicitagses (ELU) Esgotamento da capacidade resistente para elementos Fa = YoFak + YeaFeak + ¥q (Fatk + EvojFajk) + YeaVoeFeqk estruturais de concreto armado @ Esgotamento da capacidade resistente para elementos estruturais Deve ser considerada, quando necessério, a forga de protenséo como carregamento externo com os valores Pkméx @ Pkmin Para a forga desfavoravel e favoravel, respectivamente, conforme definido de concreto nagerto 8 protendido roti S (Fed) > S (Fra) equilibrio ‘como corpo Fea=Yos Gok + Rs rigido Fad = Yon Gnk + ¥q Qnk — Yas Qs,min, Onde: Qnk = Qk + Z Vo} Qk Especiais ou de ee ee eee construgao > ‘d ak + YegFegk + Yq (Fak + ZVojFqik) + YeqWoe Feqk Excepcionais Fa = YF gk + YegFegk + Fatexe + ¥q=WojFajk + Yeq¥orFeqk onde Fa 6 0 valor de célculo das agées para combinagao ultima; Fo representa as acées permanentes diretas; Fix representa as agdes indiretas permanentes como a retragdo Fig @ varidvels como a temperatura Figi: Fox representa as agées varidveis diretas das quais Fark é escolhida principal; @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 67 ABNT NBR 6118:2014 Tabela 11.3 (continuagao) Yor Yea Yq: eq =r Tabela 11.1; Voir Vor ver Tabela 11.2; Fea representa as agées estabilizantes; Fad representa as agdes nao estabilizantes; Gx 60 valor caracteristico da ag&o permanente estabilizante; Ra 6 0 esforgo resistente considerado estabilizante, quando houver; Gok 6 0 valor caracteristico da agao permanente instabilizante; Dk = Qk + Y) YojQik’ i] nk € 0 valor caracteristico das ages varidveis instabilizantes; On 6 0 valor earacteristico da ado variévelinstabilizante considerada principal; Vo) @ Ok so as demais agées varidveis instabilizantes, consideradas com seu valor reduzido; Qssnin 6 0 valor caracteristico minimo da ago variével establizante que acompanha obrigatoriamente uma ago varidvel instabilizante * No caso geral, devem ser consideradas inclusive combinacdes onde o efeito favordvel das cargas permanentes seja reduzido pela consideracdo de %q = 1,0. No caso de estruturas usuais de edificios, essas combinagées que consideram q reduzido (1,0) nao precisam ser consideradas. Quando Fark Ou Fatexe atuarem em tempo muito pequeno ou tiverem probabilidade de ocorréncia muito baixa, yo) pode ser substituido por ya; Este pode ser 0 caso para agGes sismicas e situacao de inc&ndio. 11.8.3 Combinagées de servico 11.8: -1 Classificagao. So classificadas de acordo com sua permanéncia na estrutura e devem ser verificadas como estabelecido a seguir: a) quase permanentes: podem atuar durante grande parte do periodo de vida da estrutura, ¢ sua consideragao pode ser necesséria na verificagao do estado-limite de deformagées excessivas; b) frequentes: repetem-se muitas vezes durante o periodo de vida da estrutura, e sua consideragao pode ser necesséria na verificacéo dos estados-limites de formacao de fissuras, de abertura de fissuras e de vibracdes excessivas. Podem também ser consideradas para verificacdes de estados-limites de deformagdes excessivas decorrentes de vento ou temperatura que podem comprometer as vedagoes; ©) raras: ocorrem algumas vezes durante 0 periodo de vida da estrutura, e sua consideragao pode ser necessaria na verificagao do estado-limite de formagao de fissuras. 68 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 11.8.3.2 Combinagées de servico usuais ABNT NBR 6118:2014 Para facilitar a visualizagao, essas combinagées esto dispostas na Tabela 11.4. Tabela 11.4 - Combinagées de servico Combinagées de servigo Descrigao Calculo das solicitagées (ELS) areas Nas combinagées quase permanentes de servigo, todas as agdes varidveis so Faccor = EF + ByoiF; Permanentes consideradas com seus valores quase ae ‘gik + W2IT ak ie servic) ermanentes yo Fe (CaP) Ps tak Combinagées frequentes de servico (CF) Nas combinagées frequentes de servigo, a ago variavel principal Fai 6 tomada com seu valor frequente Wi Fatke todas as demais agées varidveis so tomadas com seus valores quase permanentes 2 Fak Fassor = © Fak + W1 Fark + 22) Fak Combinagées raras de servigo (CR) Nas combinagées raras de servigo, a agao variavel principal Fai 6 tomada com seu valor caracteristico Fatk @ todas as demais agdes sao tomadas com seus valores frequentes 1 Fak Fayser = © Fai + Fa + 2WajFqik onde Fuser & 0 valor de calculo das agées para combinacées de servigo; Faik € 0 valor caracteristico das agées variaveis principais diretas; Wi € 0 fator de redugao de combinagdo frequente para ELS; W2__ 0 fator de redugao de combinagao quase permanente para ELS. 12 Resisténcias 12.1 Simbologia especifica desta secao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicaco dos conceitos estabelecidos nesta Seco, os simbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar diividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta Segdo segue a mesma orientagdo estabelecida na Segao 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado apresentado em 4.3. f—Resisténcia (ver Segao 8) Ym1 ~ Parte do coeficiente de ponderagdo das resisténcias Ym, que considera a variabilidade da resisténcia dos materiais envolvidos @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 69 ABNT NBR 6118:2014 m2 — Parte do coeficiente de ponderagao das resisténcias ym, que considera a diferenga entre a resisténcia do material no corpo de prova e na estrutura ‘ma ~ Parte do coeficiente de ponderagao das resisténcias Ym, que considera os desvios gerados ha construgao @ as aproximagées feitas em projeto do ponto de vista das resisténcias 12.2 Valores caracteristicos Os valores caracteristicos {, das resisténcias sao os que, em um lote de material, tem uma determinada probabilidade de serem ultrapassados, no sentido desfavoravel para a seguranga. Usualmente ¢ de interesse a resisténcia caracteristica inferior f, ins, Cujo valor 6 menor que a resisténcia média ffn, embora por vezes haja interesse na resisténcia caracteristica superior fk sup, cujo valor 6 maior que fy Para os efeitos desta Norma, a resisténcia caracteristica inferior 6 admitida como sendo o valor que tem apenas 5 % de probabilidade de nao ser atingido pelos elementos de um dado lote de material. 12.3 Valores de calculo 12.3.1 Resisténcia de célculo Arresisténcia de calculo fy 6 dada pela expressao: fk Ym fa 12.3.2 Tensées resistentes de célculo As tensées resistentes de calculo apg ou tag Sao estabelecidas para a determinagao das solicitagdes resistentes de cdlculo que ndo dependam diretamente das resisténcias medidas convencionalmente em ensaios de corpos de prova padronizados dos materiais empregados. Os valores de ag € tad S40 estabelecidos, em cada caso particular, a partir das teorias de resisténcia dos elementos estruturais considerados. 12.3.3 Resisténcia de cdlculo do concreto No caso especifico da resisténcia de célculo do concreto (fq), alguns detalhes adicionais séo necessérios, conforme descrito a seguir: a) quando a verificagao se faz em data /igual ou superior a 28 dias, adota-se a expresséo’ tok. fea, Ye Nesse caso, o controle da resisténcia a compressao do concreto deve ser feito aos 28 dias, de forma a confirmar 0 valor de fx adotado no projeto; b) quando a verificagao se faz em data /inferior a 28 dias, adota-se a expressdo: 70 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 sendo By a relagao fex/fek dada por: Br = exp {s[ 1 - (28/912 ]) onde 0,38 para concreto de cimento CPIIl e IV; 0,25 para concreto de cimento CPI e II; 0,20 para conereto de cimento CPV-ARI; t €aidade efetiva do conereto, expressa em dias. Essa verificagao deve ser feita aos t dias, para as cargas aplicadas até essa data. Anda deve ser feita a verificagao para a totalidade das cargas aplicadas aos 28 dias. Nesse caso, 0 controle da resisténcia & compressao do concreto deve ser feito em duas datas: aos ¢ dias e aos 28 dias, de forma a confirmar os valores de fex)@ fex adotados no projeto. 12.4 Coeficientes de ponderacao das resisténcias, As resisténcias devem ser minoradas pelo coeficiente: ‘Yon = ont Yem2.* Yn 12.4.1 Coeficientes de ponderacao das resisténcias no estado-limite ultimo (ELU) Os valores para verificagao no estado-limite ultimo estao indicados na Tabela 12.1 Tabela 12.1 - Valores dos coeficientes ye € Ys Combinasaaa Concreto Ago Ye 1s Normais 14 1,15 Especiais ou de construgao 12 1,15 Excepcionais 12 1,0 Para a execugao de elementos estruturais nos quais estejam previstas condigées desfavoraveis (por exemplo, mas condigées de transporte, ou adensamento manual, ou concretagem deficiente por con- centragao de armadura), 0 coeficiente ye deve ser multiplicado por 1,1 Para elementos estruturais pré-moldados e pré-fabricados, deve ser consultada a ABNT NBR 9062 Admite-se, no caso de testemunhos extraidos da estrutura, dividir 0 valor de Ye por 1,1 Admite-se, nas obras de pequena importancia, o emprego de ago CA-25 sem a realizagao do controle de qualidade estabelecido na ABNT NBR 7480, desde que o coeficiente de ponderagao para o aco seja multiplicado por 1,1 @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados mn ABNT NBR 6118:2014 12.4.2 Coeficientes de ponderagao das resisténcias no estado-limite de servico (ELS) Os limites estabelecidos para os estados-limites de servigo (ver Segdes 17, 19 23) nao necessitam de minoragao, portanto, Ym = 1,0. 12.5 Verificago da seguranga Na verificagao da seguranga das estruturas de conereto, devem ser atendidas as condig6es construtivas as condigées analiticas de seguranga. 12.5.1 Condigées construtivas de seguranca Devem ser atendidas as exigéncias estabelecidas: —_ nos critérios de detalhamento constantes nas Segdes 18 e 20; —_ nas normas de controle dos materiais, especialmente a ABNT NBR 12655; — no controle de execugao da obra, conforme ABNT NBR 14931 e Normas Brasileiras especificas 12.5.2 Condigées analiticas de seguranca As condig6es analiticas de seguranga estabelecem que as resisténcias nao podem ser menores que as solicitagdes e devem ser verificadas em relagao a todos os estados-limites e todos os carregamentos especificados para o tipo de construgdo considerado, ou seja, em qualquer caso deve ser respeitada a condigao: Ra> Sa Para a verificagéo do estado-limite ultimo de perda de equilibrio como corpo rigido, Ra e Sy devem assumir os valores de calculo das agées estabilizantes e desestabilizantes respectivamente. 12.5.3 Esforgos resistentes de célculo Os valores de cdlculo dos esforgos resistentes sao determinados a partir dos valores de calculo das resisténcias dos materiais adotados no projeto, ou das tenses resistentes de célculo, como definido em 12.3.1 Para aplicagGes especificas, ver Segdes 17, 19 € 23. 12.5.4 Esforgos solicitantes de célculo As solicitagées de cdlculo sao calculadas, para a combinagao de agdes considerada, de acordo com a andlise estrutural (vor Se¢ao 14). 13 Limites para dimensées, deslocamentos e aberturas de fissuras 13.1 Simbologia especifica desta Secao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta Seco, os simbolos mais utilizados, ou que poderiam getar dividas, encontram-se a seguir definidos. 72 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 A simbologia apresentada nesta se¢ao segue a mesma orientagao estabelecida na Segao 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado que os apresentados em 4.3. Wx — Abertura caracteristica de fissuras na superficie do concreto 13.2 Dimensées-limites 13.2.1 Introdugao A prescrigéo de valores-limites minimos para as dimensées de elementos estruturais de concreto tem como objetivo evitar um desempenho inaceitavel para os elementos estruturais propiciar condices de execugao adequadas. 13.2.2 Vigas e vigas-parede A segao transversal das vigas nao pode apresentar largura menor que 12 cm e a das vigas-parede, menor que 15 cm. Estes limites podem ser reduzidos, respeitando-se um minimo absoluto de 10 cm em casos excepcionais, sendo obrigatoriamente respeitadas as seguintes condigées: a) alojamento das armaduras @ suas interferéncias com as armaduras de outros elementos estruturais, respeitando os espagamentos e cobrimentos estabelecidos nesta Norma; b)_ langamento e vibracao do concreto de acordo com a ABNT NBR 14931. 13.2.3 res ¢ pilares-parede A segao transversal de pilares ¢ pilares-parede macigos, qualquer que seja a sua forma, néo pode apresentar dimensao menor que 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideragao de dimensées entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforgos solicitantes de cdlculo a serem considerados no dimensionamento por um coeficiente adicional yp, de acordo com 0 indicado na Tabela 13.1 @ na Segao 11. Em qualquer caso, ndo se permite pilar com segao transversal de area inferior a 360 cm2 Tabela 13.1 —Valores do coeficiente adicional yp para pilares e pilares-parede 2 219 18 7 16 15 14 om tn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 onde Y= 1,95 — 0,05 b; b 6 a menor dimensao da segao transversal, expressa em centimetros (cm). NOTA O coeficiente yy deve majorar os esforgos solicitantes finais de célculo quando de seu dimensionamento. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 73 ABNT NBR 6118:2014 13.2.4 Lajes 13.2.4.1 Lajes macicas Nas lajes maci¢as devem ser respeitados os seguintes limites minimos para a espessura: a) _7-cm para cobertura nao em balango; b) 8 cm para lajes de piso nao em balango; c) 10cm para lajes em balango; 4d) 10 cm para lajes que suportem veiculos de peso total menor ou igual a 30 kN; e) 12cm para lajes que suportem veiculos de peso total maior que 30 kN; £) 18 om para lajes com protensao apoladas em vigas, com o minimo de para lajes de piso biapoiadas e £ para lajes de piso continuas; 9) 16cmpara fe lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel No dimensionamento das lajes em balango, os esforgos solicitantes de calcul a serem considerados devem ser multiplicados por um coeficiente adicional yy, de acordo com o indicado na Tabela 13.2. Tabela 13.2 — Valores do coeficiente adicional yp para lajes em balango 219 | 18 17 16 15 14 13 12 " 10 ym | 1,00 | 1,05 | 1,10 | 1,15 | 1,20 | 1,25 | 1,30 | 1,35 | 1,40 | 1,45 onde Yn= 1,95 —0,05 h hé a altura da laje, expressa em centimetros (om) NOTA 0 coeficiente yn, deve majorar os esforgos solicitantes finais de calculo nas lajes em balango, quando de seu dimensionamento. 13.2.4.2 Lajes nervuradas ‘A espessura da mesa, quando néo existirem tubulagées horizontais embutidas, deve ser maior ou igual a 1/15 da distancia entre as faces das nervuras (fo) ¢ nao menor que 4 cm. O valor minimo absoluto da espessura da mesa deve ser 5 cm, quando existirem tubulagGes embutidas de diémetro menor ou igual a 10 mm. Para tubulagées com diametro maior que 10 mm, a mesa deve ter a espessura minima de 4 cm + ©, ou 4 cm + 20 no caso de haver cruzamento destas tubulagées. A espessura das nervuras nao pode ser inferior a 5 cm, Nervuras com espessura menor que 8 cm nao podem conter armadura de compressao. 74 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Para o projeto das lajes nervuradas, devem ser obedecidas as seguintes condigées: a) paralajes com espacamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65 cm, pode ser dispensada a verificagao da flexao da mesa, e para a verificagao do cisalhamento da regio das nervuras, permite-se a considerago dos critérios de laje; b) pata lajes com espagamento entre eixos de nervuras entre 65 cm 110 cm, exige-se a verificagao da flexao da mesa, e as nervuras devem ser verificadas ao cisalhamento como vigas; permite-se essa verificagao como lajes se 0 espacamento entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura média das nervuras for maior que 12 cm; c) para lajes nervuradas com espacamento entre eixos de nervuras maior que 110 cm, a mesa deve ser projetada como laje maciga, apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus limites minimos de espessura 13.2.4.3 Lajes pré-moldadas Aplica-se a ABNT NBR 9062. No caso uso de lajes alveolares protendidas, deve ser obedecido o que estabelece a ABNT NBR 14861. 13.2.5 Furos e aberturas Quando forem previstos furos ¢ aberturas em elementos estruturais, seu efeito na resisténcia ¢ na deformagao deve ser verificado e ndo podem ser ultrapassados os limites previstos nesta Norma, obedecido o disposto em 21.3. De maneira geral os furos tem dimensdes pequenas em relagao ao elemento estrutural enquanto as aberturas no. Um conjunto de furos muito préximos deve ser tratado como uma abertura. 13.2.5.1 Furos que atravessam vigas na direcao de sua largura Em qualquer caso, a distancia minima de um furo & face mais préxima da viga deve ser no minimo igual a5 cm e duas vezes o cobrimento previsto para essa face. A segao remanescente nessa regio, tendo sido descontada a area ocupada pelo furo, deve ser capaz de resistir aos esforcos previstos no calculo, além de permitir uma boa concretagem Devem ser respeitadas, simultaneamente, para dispensa da verificagao, as seguintes condigdes: a) furos em zona de tragao e a uma distancia da face do apoio de no minimo 2 h, onde h é a altura da viga; b) dimensao do furo de no maximo 12 cm e h/3; ¢) distancia entre faces de furos, em um mesmo tramo, de no minimo 2 h; d) cobrimentos suficientes e nao seccionamento das armaduras (ver Segao 7) 13.2.5.2 Aberturas que atravessam lajes na direcdo de sua espessura Em lajes lisas ou lajes-cogumelo, a verificagao de resisténcia e deformagao previstas em 13.2.5 deve sempre ser realizada @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 75 ABNT NBR 6118:2014 Lajes de outros tipos podem ser dispensadas dessa verificagao, quando armadas em duas diregdes e sendo verificadas, simultaneamente, as seguintes condigées: a) as dimensées da abertura devem corresponder no maximo a 1/10 do vao menor (f) (ver Figura 13.1); b) a distancia entre a face de uma abertura e 0 eixo teérico de apoio da laje deve ser igual ou maior que 1/4 do vao, na diregao considerada; ¢ ©) distancia entre faces de aberturas adjacentes deve ser maior que a metade do menor vao. 4, pL | IP». Ph, Figura 13.1 - Dimensdes-limites para aberturas de lajes com dispensa de verificacao 13.2.6 Canalizagdes embutidas Consideram-se canalizagées embutidas as que resultem em aberturas segundo o eixo longitudinal de um elemento linear, contidas em um elemento de superficie ou imersas no interior de um elemento de volume. Os elementos estruturais nao podem conter canalizagées embutidas nos seguintes casos: a) canalizagées sem isolamento adequado, quando destinadas a passagem de fluidos com temperatura que se afaste em mais de 15 °C da temperatura ambiente, a menos que seja realizada uma verificagao especifica do efeito da temperatura; b) canalizagées destinadas a suportar pressées internas maiores que 0,3 MPa; ¢) _canalizages embutidas em pilares de concreto, quer imersas no material ou em espagos vazios internos ao elemento estrutural, sem a existéncia de aberturas para drenagem 13.3 Deslocamentos-limites Deslocamentos-limites so valores praticos utiizados para verificagéo em servigo do estado-limite de deformagées excessivas da estrutura. Para os efeitos desta Norma, sao classificados nos quatro grupos basicos a seguir relacionados: a) aceitabilidade sensorial: o limite ¢ caracterizado por vibragées indesejaveis ou efeito visual desa- gradavel. A limitagao da flecha para prevenir essas vibragdes, em situagdes especiais de utiliza- 40, deve ser realizada como estabelecido na Secao 23; 76 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 b) efeitos especificos: os deslocamentos podem impedir a utilizagao adequada da construgao; ©) efeitos em elementos nao estruturais: deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcio- namento de elementos que, apesar de nao fazerem parte da estrutura, esto a ela ligados; d) efeitos em elementos estruturais: 0s deslocamentos podem afetar o comportamento do elemento estrutural, provocando afastamento em relagao as hipsteses de célculo adotadas. Se os desloca- mentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos sobre as tensdes ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-as ao modelo estrutural adotado. Na Tabela 13.3 sao dados valores-limites de deslocamentos que visam proporcionar um adequado comportamento da estrutura em servigo. Tabela 13.3 — Limites para deslocamentos , i Razao da Deslocamento a imi Tipo de efeito | jimitagao Exemplo coneiderar | Deslocamento-limite Deslocamentos visiveis em Visual Total 11250 Aceitabilidade elementos sensorial estruturais: Vibragdes | Devido a cargas f aye sentidas no piso acidentais 1350 Superficies Coberturas e 1/2508 que devem vandal Total 1/250 drenar agua Pavimentos Gindsidele Total #/350+ contraflecha > Efeitos que devem heat 7 estruturais em | permanecer | — PIstas Ocorrido apes a — servigo planos oliche construgao do piso Elementos Ocorride apés De acordo com que suportam 7 recomendagao Laboratérios | _nivelamento do equipamentos do fabricante do rT equipamento sensiveis ‘equipamento Alvenaria, 5 41500 ° caixihos e | APOS 8 construcao 10 mme revestimentos E 017 rad Divisdrias leves | Ocorrido apés e e caixilhos ainstalagao da 4 se UL telescépicos diviséria am Efeitos em elementos nao Paredes Provocado pela estruturais Movimento agao do vento HIT 700 lateralde | para combinagao H/850 ° entre edificios frequente pavimentos ! (yt = 0,80) Movimentos Provocado por A 9 térmicos diferenga de eee 15mm verticais temperatura @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 7 ABNT NBR 6118:2014 Tabela 13.3 (continuagao) Tipo area dal Exemplo Deslocamentc a Deslocamento-limite deefeito | limitagao considerar Movimentos ewimenteS | Provocado por diferenga Pete " de temperatura orizontais, Revestimentos | Ocorrido apés a ie a Efeitos om | FOS colados construgao do forro ow elementos Revestimentos | Deslocamento ocorrido nao pendurados ou | apés a construgao do WNT estruturais corayiinte torial Desiocamento Pontes | Desalinhamento| —_provocado pelas p H1400 rolantes, detrihos | agdes decorrentes da frenagao Atasiingnty Se os deslocamentos forem relevantes para o elemento Efeitos em | em relacao . ‘ pn , Glomontos_ | as ipstesss | Considerado, seus efeitos sobre as tenses ou sobre a estabilidade sromemtes | as nipereses | da estrutura devem ser considerados, incorporando-os ao modelo estrutural adotado, adotadas * As superficies devem ser suficientemente inclinadas ou o deslocamento previsto compensado por contra- flechas, de modo a ndo se ter actimulo de agua. Os deslocamentos podem ser parcialmente compensados pela especificagao de contraflechas. Entretanto, a atuagao isolada da contraflecha nao pode ocasionar um desvio do plano maior que £/350. © O vao £ deve ser tomado na direcao na qual a parede ou a diviséria se desenvolve. Rotago nos elementos que suportam paredes. © Hé aaltura total do edificio e Ho desnivel entre dois pavimentos vizinhos. Esse limite aplica-se ao deslocamento lateral entre dois pavimentos consecutivos, devido @ atuagao de ages horizontais. Nao podem ser incluidos os deslocamentos devidos a deformagées axiais nos pilares, O limite também se aplica ao deslocamento vertical relativo das extremidades de lintéis conectados a duas paredes de contraventamento, quando H, representa o comprimento do lintel. 2 Ovalor £ refere-se a distancia entre 0 pilar externa © 0 primeiro pilar interno. NOTAS 1 Todos 08 valores-limites de deslocamentos supdem elementos de vao ¢ suportados em ambas as extre- midades por apoios que ndo se movem. Quando se tratar de balangos, o vo equivalente a ser considerado deve ser o dobro do comprimento do balango. 2 Para 0 caso de elementos de superficie, os limites prescritos consideram que o valor { 6 0 menor vao, exceto em casos de verificagao de paredes e divisérias, onde interessa a diregao na qual a parede ou diviséria se desenvolve, limitando-se esse valor a duas vezes o vao menor. 3.0 desiocamento total deve ser obtido a partir da combinagao das ages caracteristicas ponderadas pelos coeficientes definidos na Segao 11 4 Deslocamentos excessivos podem ser patcialmente compensados por contraflechas. 78 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 13.4 Controle da fissuracao e protecao das armaduras 13.4.1 Introdugao. A fissuragao em elementos estruturais de concreto armado é inevitavel, devido a grande variabilidade @ a baixa resisténcia do concreto a tracdo; mesmo sob as agées de servico (utilizagao), valores criticos de tensdes de tragao sao atingidos. Visando obter bom desempenho relacionado a protegdo das armaduras quanto a corrosao e a aceitabilidade sensorial dos usuarios, busca-se controlar a abertura dessas fissuras. Nas estruturas com armaduras ativas (concreto protendido), existe também, com menor probabilidade, a possibilidade de aparecimento de fissuras. Nesse caso as fissuras podem ser mais nocivas, pois existe a possibilidade de corrosao sob tensao das armaduras. De maneira geral, a presenga de fissuras com aberturas que respeitem os limites dados em 13.4.2, em estruturas bem projetadas, construidas e submetidas as cargas previstas na normalizacdo, nao implicam em perda de durabilidade ou perda de seguranga quanto aos estados-limites tiltimos. As fissuras podem ainda ocorrer por outras causas, como retragao plastica térmica ou devido a reagées quimicas internas do concreto nas primeiras idades, devendo ser evitadas ou limitadas por cuidados tecnolégicos, especialmente na definigao do trago e na cura do concrete. 13.4.2 Limites para fissuragao e proteg das armaduras quanto a durabilidade A abertura maxima caracteristica w, das fissuras, desde que nao exceda valores da ordem de 0,2 mm 0,4 mm, (conforme Tabela 18.4) sob agao das combinagées frequentes, nao tem importancia significativa na corrosdo das armaduras passivas. Como para as armaduras ativas existe a possibilidade de corrosdo sob tensdo, esses limites deve ser mais restritos ¢ fungao direta da agressividade do ambiente, dada pela classe de agressividade ambiental (ver Segao 6). Na Tabela 13.4 sao dados valores-limites da abertura caracteristica wy das fissuras, assim como outras providéncias, visando garantir protegéo adequada das armaduras quanto a corrosao. Entretanto, devido ao estagio atual dos conhecimentos e da alta variabilidade das grandezas envolvidas, esses limites devem ser vistos apenas como critérios para um projeto adequado de estruturas. Embora as estimativas de abertura de fissuras feitas em 17.3.3.2 devam respeitar esses limites, nao se deve esperar que as aberturas de fissuras reais correspondam estritamente aos valores estimados, isto 6, fissuras reais podem eventualmente ultrapassar esses limites. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 79 ABNT NBR 6118:2014 Tabela 13.4 - Exigéncias de durabilidade relacionadas a fissuracao e a protecao da armadura, em fungao das classes de agressividade ambiental Tipo de concreto | Classe de agressividade Exigéncias Combinagao de Decearall ambiental (CAA) e tipo relativas agées em servico de protensao A fissuragao a utilizar Conereto simples CAA1aCAAIV Nao ha = CAAI ELS-W W% < 0,4 mm Conereto armado CAA Ile CAA I ELS-W 1% <0,3 mm | Combinagao frequente CAAIV ELS-W v4 < 0,2 mm Conereto Pré-tragao com CAA | protendido nivel 1 ou ELS-W Wi < 0,2 mm | Combinagao frequente (protensao parcial) | Pés-tragéo com CAA |e Il Verificar as duas condigdes abaixo Concreto Pré-tragao com CAA II protendido nivel 2 ou ELS-F Combinagao frequente (protensao Pés-tragao com CAA Il Combinaca limitada) elv ELs-Da ombinagao quase permanente Conereto Verificar as duas condig6es abaixo protendido nivel 3 Pré-tragao com CAA III 7 4 (protensao eV ELS-F Combinagao rara completa) ELS-D@ Combinagao frequente ® Acritétio do projetista, o ELS-D pode ser substituido pelo ELS-DP com a, = 50 mm (Figura 3.1) NOTAS 1 As definigdes de ELS-W, ELS-F e ELS-D encontram-se em 3.2. 2 Para as classes de agressividade ambiental CAAUIII e IV, exige-se que as cordoalhas nao aderentes tenham prote¢ao especial na regido de suas ancoragens, 3 No projeto de lajes lisas e cogumelo protendidas, basta ser atendido o ELS-F para a combinacao trequente das agdes, em todas as classes de agressividade ambiental. 13.4.3 Controle da fissuragao quanto a aceitabilidade sensorial e a utiliza¢éo No caso das fissuras afetarem a funcionalidade da estrutura, como, por exemplo, no caso da estan- queidade de reservatérios, devem ser adotados limites menores para as aberturas das fissuras. Para controles mais efetivos da fissuragao nessas estruturas, é conveniente a utilizagao da protensao. Por controle de fissuragao quanto a aceitabilidade sensorial, entende-se a situagao em que as fissuras passam a causar desconforto psicolégico aos usuarios, embora no representem perda de seguranga da estrutura. Limites mais severos de aberturas de fissuras podem ser estabelecidos com o contratante, 80 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 14 Andlise estrutural 14.1 Simbologia especifica desta seco De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta SeGao, os simbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar diividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta se¢do segue a mesma orientagao estabelecida na Segao 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado que os apresentados em 4.3. distancia entre segdes de momento fletor nulo bet ~largura efetiva by —largura colaborante da mesa de uma viga by — largura da alma de uma viga d—attura uti fo —distancia entre faces de dois apoios consecutivos fe — comprimento equivalente do elemento comprimido (pilar), suposto vinculado em ambas as extremidades ‘int ~rigidez de tramo inferior de pilar em uma ligagao tramo inferior de pilar-viga-tramo superior de pilar Teup —igidez de tramo superior de pilar em uma ligagao tramo inferior de pilar-viga-tramo superior de pilar ‘hig — tigidez de uma viga em uma ligagao tramo inferior de pilar-viga-tramo superior de pilar t—comprimento do apoio paralelo ao vao da viga analisada x—altura da linha neutra 1 —momento de inércia 6p1 —rotagao plastica ‘AM — parcela de momento reduzida no arredondamento 14.2 Principios gerais da andlise estrutural 14.2.1 Objetivo da andlise estrutural O objetivo da andlise estrutural 6 determinar os efeitos das agdes em uma estrutura, com a finalidade de efetuar verificagdes dos estados-limites tltimos e de servico. A anélise estrutural permite estabelecer as distribuigdes de esforgos internos, tensdes, deformagdes e deslocamentos, em uma parte ou em toda a estrutura. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 81 ABNT NBR 6118:2014 14.2.2 Premissas necessérias a andlise estrutural A andlise estrutural deve ser feita a partir de um modelo estrutural adequado ao objetivo da andlise. Em um projeto pode ser necessario mais de um modelo para realizar as verificagdes previstas nesta Norma. © modelo estrutural pode ser idealizado como a composigao de elementos estruturais basicos, conforme definido em 14.4, formando sistemas estruturais resistentes que permitam representar de maneira clara todos os caminhos percorridos pelas agées até os apoios da estrutura. No caso de modelos baseados no método dos elementos finitos, diferengas finitas ou analogia de grelha, entre outros, a discretizagao da estrutura deve ser suficiente para nao trazer erros signifi- cativos para a anélise. © modelo deve representar a geometria dos elementos estruturais, os carregamentos atuantes, as condigées de contorno, as caracteristicas e respostas dos materiais, sempre em fungao do objetivo especifico da andlise. A resposta dos materiais pode ser representada por um dos tipos de andlise estrutural apresentados em 14.5.1 a 14.5.5. Em casos mais complexos, a interagao solo-estrutura deve ser contemplada pelo modelo. No caso de estruturas protendidas, a andlise estrutural deve considerar a migragao da protensao para elementos adjacentes. Para minimizar tal efeito, pode-se diminuir a rigidez desses elementos ou usar procedimentos construtivos, de modo a garantir a deslocabilidade adequada a realizagao efetiva da protensao. Andlises locais complementares devem ser efetuadas nos casos em que a hipétese da segao plana néo se aplica (ver Segdes 21 € 22). Andlises locais complementares também devem ser efetuadas quando a nao linearidade introduzida pela fissuragao for importante, como, por exemplo, na avaliagao das flechas. 14.2.3 Aplicacao dos resultados obtidos com os modelos de andlises em regime linear Os resultados obtidos na andlise estrutural, particularmente com modelos bi e tridimensionais em elementos finitos, podem ser aplicados em projeto somente em duas situagées: a) paraa visualizagao do caminhamento das cargas via, por exemplo, trajetéria de tensdes principais, separando trechos comprimidos de tracionados, de modo a facilitar a criagao de modelos de bielas e tirantes, conforme definido em 21.2; b) para a determinagao de esforgos solicitantes em elementos estruturais, em geral por integragao de campos de tensdes. O dimensionamento desses elementos deve ser feito para esses esforcos solicitantes pela teoria de concreto estrutural, conforme definido pelos critérios gerais desta Norma, especificamente das Segdes 16, 17 e 19, bem como os requisitos de detalhamento das Segdes 9, 18 € 20, O dimensionamento das armaduras nao pode ser realizado apenas a partir dos esforgos ou das tensdes resultantes desta andlise, por exemplo de tragao, numa certa regio do modelo, As armaduras devem sempre respeitar as quantidades necessarias, minimas e maximas exigidas por esta Norma segundo a teoria de concreto estrutural, bem como os critérios de detalhamento prescritos por ela, 82 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 14.2.4 Aplicagao dos resultados obtidos com os modelos de andlises em regime nao linear Os resultados obtidos na andlise estrutural considerando meios continuos que representem adequadamente a reologia do concreto e sua interagéo com a armadura, simulando as nao linearidades do concrete (diagrama tenso-deformagao e fissuracdo) ¢ da armadura (diagrama tensao-deformagao), podem ser usados para avaliar o desempenho da estrutura em servigo ou mesmo na ruptura. O dimensionamento das armaduras nao pode ser realizado apenas a partir dos esforgos ou das tensées resultantes desta analise, por exemplo de tracao, numa certa regiao do modelo. As armaduras devem sempre respeitar as quantidades necessarias, minimas e maximas exigidas por esta Norma segundo a teoria de concreto estrutural, bem como os critérios de detalhamento prescritos por ela. 14.3 Hipéteses basicas 14.3.1 Condigées de equilibrio As condigées de equilibrio devem ser necessariamente respeitadas. As equagées de equilibrio podem ser estabelecidas com base na geometria indeformada da estrutura (teoria de 1* ordem), exceto nos casos em que os deslocamentos alterem de maneira significativa 08 esforgos internos (teoria de 2* ordem, ver Seco 15) 14.3.2 Condi¢des de compatibilidade Quando as condigées de compatibilidade nao forem verificadas no estado-limite considerado, devem ser adotadas medidas que garantam dutilidade adequada da estrutura no estado-limite ultimo, resguardado um desempenho adequado nos estados-limites de servigo. 14.3.3 Carregamento monotéi 0 Admite-se carregamento monoténico até o estado-limite considerado, nas estruturas usuais, desde que a resposta a ciclos de carga e descarga, em servigo, nao solicite o conereto a tensdes de compressao acima de 0,5 fox. 14.4 Elementos estruturais Os elementos estruturais basicos sao classificados e definides de acordo com a sua forma geométrica e a sua funcao estrutural, conforme 14.4.1 e 14.4.2. 14.4.1 Elementos lineares ‘S40 aqueles em que o comprimento longitudinal supera em pelo menos trés vezes a maior dimensao da seco transversal, sendo também denominados barras. De acordo com a sua fungao estrutural, recebem as designagées definidas em 14.4.1.1. 14.4.1.4. 14.4.1.1 Vigas Elementos lineares em que a flexao é preponderante. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 83 ABNT NBR 6118:2014 14.4.1.2 Pilares Elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forgas normais de com- pressao sao preponderantes. 14.4.1.3 Tirantes Elementos lineares de eixo reto em que as forgas normais de tragdo sao preponderantes. 14.4.1.4 Arcos Elementos lineares curvos em que as forgas normais de compressao sao preponderantes, agindo ou nao simultaneamente com esforgos solicitantes de flexao, cujas agées estao contidas em seu plano. 14.4.2 Elementos de superficie Elementos em que uma dimenséo, usualmente chamada de espessura, é relativamente pequena em face das demais, podendo receber as designagdes apresentadas em 14.4.2.1 a 14.4.2.4. 14.4.2.4 Placas Elementos de superficie plana, sujeitos principalmente a agdes normais a seu plano. As placas de concreto séo usualmente denominadas lajes. Placas com espessura maior que 1/3 do vao devem ser estudadas como placas espessas. 14.4.2.2 Chapas Elementos de superficie plana, sujeitos principalmente a agdes contidas em seu plano. As chapas de conereto em que o vao for menor que trés vezes a maior dimensdo da segao transversal so usualmente denominadas vigas-parede. 14.4.2.3 Cascas Elementos de superticie nao plana 14.4.2.4 Pilares-parede Elementos de superficie plana ou casca cilindrica, usualmente dispostos na vertical e submetidos preponderantemente a compresséo. Podem ser compostos por uma ou mais superficies associadas. Para que se tenha um pilar-parede, em alguma dessas superficies a menor dimenséo deve ser menor que 1/5 da maior, ambas consideradas na se¢ao transversal do elemento estrutural 14.5 Métodos de andlise estrutural 14.5.1 Generalidades Para a situacao de projeto, a andlise estrutural pode ser efetuada por um dos métodos apresentados em 14.5.2 a 14.5.6, que se diferenciam pelo comportamento admitido para os materiais constituintes da estrutura, nao perdendo de vista em cada caso as limitagées correspondentes. 84 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Para situagSes de verificagées de projetos ou obras ja executadas, nao conformidades identificadas através de um desses métodos de analise estrutural nado serao aceitas como impugnagées. Para aceitagao desse projeto ou obra, é suficiente mostrar a conformidade com a norma por um dos outros métodos de andlise estrutural. Os métodos de anillise de 14.5.2 a 14.5.6 admitem que os deslocamentos da estrutura so pequenos. 14.5.2 Anilise linear Admite-se comportamento eldstico-linear para os materiais. Naanalise global, as caracteristicas geométricas podem ser determinadas pela segdo bruta de concreto dos elementos estruturais. Em andlises locais para célculo dos deslocamentos, na eventualidade da fissuragao, esta deve ser considerada Os valores para o médulo de elasticidade e 0 coeficiente de Poisson devem ser adotados de acordo com o apresentado em 8.2.8 8.2.9, devendo, em principio, ser considerado o médulo de elasticidade secante Ess Os resultados de uma andlise linear s4o usualmente empregados para a verificagao de estados- limites de servigo. Os esforgos solicitantes decorrentes de uma andlise linear podem servir de base para o dimensiona- mento dos elementos estruturais no estado-limite ultimo, mesmo que esse dimensionamento admita a plastificagao dos materiais, desde que se garanta uma dutilidade minima as pecas. 14.5.3 Anélise linear com redistribuigao Na anilise linear com redistribuigdo, os efeitos das agGes, determinados em uma andlise linear, sao redistribuidos na estrutura, para as combinag6es de carregamento do ELU, Nesse caso, as condigées de equilibrio e de dutilidade devem ser obrigatoriamente satisfeitas. Todos os esforgos internos devem ser recalculados, de modo a garantir 0 equilibrio de cada um dos elementos estruturais e da estrutura como um todo. Os efeitos de redistribuigaéo devem ser considerados em todos os aspectos do projeto estrutural, inclusive nas condigdes de ancoragem e corte de armaduras e nas forgas a ancorar. Cuidados especiais devem ser tomados com relagao aos carregamentos de grande variabilidade. As verificagdes de combinagées de carregamento de ELS ou de fadiga podem ser baseadas na andlise linear sem redistribuigao. De uma maneira geral ¢ desejavel que nao haja redistribuigao de esforgos nas verificagdes em servigo. 14.5.4 Andlise plastica A anélise estrutural é denominada plastica quando as nao linearidades puderem ser consideradas, admitindo-se materiais de comportamento rigido-plastico perfeito ou elastoplastico perfeito. Este tipo de andlise deve ser usado apenas para verificagdes de ELU. A andlise plastica de estruturas reticuladas nao pode ser adotada quando: a) se consideram os efeitos de segunda ordem global; @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 85 ABNT NBR 6118:2014 b) nao houver suficiente dutilidade para que as configuragées adotadas sejam atingidas. No caso de carregamento ciclico com possibilidade de fadiga, deve-se evitar o calculo plastico, observando-se as prescrigdes contidas na Segao 23. 14.5.5 Andlise nao linear Na anélise nao linear, considera-se o comportamento nao linear geométrico e dos materiais. Toda a geometria da estrutura, bem como todas as suas armaduras, precisam ser conhecidas para que a andlise nao linear possa ser efetuada, pois a resposta da estrutura depende de como ela foi armada, Condigées de equilibrio, de compatibilidade e de dutilidade devem ser necessariamente satisfeitas. Andlises néo lineares podem ser adotadas tanto para verificagdes de estados-limites tltimos como para verificagées de estados-limites de servico. Para analise de esforgos solicitantes no estado-limite ultimo, os procedimentos aproximados definidos na Segao 15 podem ser aplicados. 14.5.6 Anilise através de modelos fisicos Na andlise através de modelos fisicos, o comportamento estrutural é determinado a partir de ensaios realizados com modelos fisicos de concreto, considerando os critérios de semelhanca mecanica. ‘A metodologia empregada nos experimentos deve assegurar a possibilidade de obter a correta interprotagao dos resultados. Neste caso, a interpretacao dos resultados deve ser justificada por modelo teérico de equilibrio nas segées criticas e andlise estatistica dos resultados. Se for possivel uma avaliagao adequada da variabilidade dos resultados, pode-se adotar as margens de seguranga prescritas nesta Norma, conforme as Segées 11 e 12. Caso contrdrio, quando sé for possivel avaliar o valor médio dos resultados, deve ser ampliada a margem de seguranga referida nesta Norma, cobrindo a favor da seguranga as variabilidades avaliadas por outros meios. Obrigatoriamente, devem ser obtidos resultados para todos os estados-limites ultimos @ de servigo a serem empregados na andlise da estrutura Todas as agées, condigées e possiveis influéncias que possam ocorrer durante a vida da estrutura devem ser convenientemente reproduzidas nos ensaios. Esse tipo de andlise 6 apropriado quando os modelos de célculo so insuficientes ou estao fora do escopo desta Norma Para o caso de provas de carga, devem ser atendidas as prescrigdes da Segdo 25, 14.6 Estruturas de elementos lineares 14.6.1 Hipéteses basicas Estruturas ou partes de estruturas que possam ser assimiladas a elementos lineares (vigas, pilares, tirantes, arcos, pérticos, grelhas, treligas) podem ser analisadas admitindo-se as seguintes hipéteses: a) manutengao da secao plana apés a deformacao; 86 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 b) _representagao dos elementos por seus eixos longitudinais; ¢) comprimento limitado pelos centros de apoios ou pelo cruzamento com 0 eixo de outro elemento estrutural 14.6.2 Caracterizagao da geometria 14.6.2.1 Trechos rigidos Os trechos de elementos lineares pertencentes a regiéo comum ao cruzamento de dois ou mais elementos podem ser considerados rigidos (nés de dimensées finitas), da maneira como é¢ ilustrado na Figura 14.1 — + = += Eixo do elemento normal + Trecho rigido Figura 14.1 —Trechos rigidos 14.6.2.2 Largura colaborante de vigas de secéoT Quando a estrutura for modelada sem a consideragao automatica da ago conjunta de lajes e vigas, esse efeito pode ser considerado mediante a adogao de uma largura colaborante da laje associada a viga, compondo uma segao transversal T. A consideracao da segao T pode ser feita para estabelecer as distribuigdes de esforgos internos, tensdes, deformagées @ deslocamentos na estrutura, de uma forma mais realista. A largura colaborante b; deve ser dada pela largura da viga by acrescida de no maximo 10 % da distancia a entre pontos de momento fletor nulo, para cada lado da viga em que haja laje colaborante. A distancia a pode ser estimada, em fungao do comprimento ¢ do tramo considerado, como se apre- senta a seguir —_ viga simplesmente apoiada: a = 1,00 ¢; — tram com momento em uma sé extremidade: a = 0,75 &; — tramo com momentos nas duas extremidades: a = 0,60 ¢; — tramo em balango: a = 2,00 &. Alternativamente, o cémputo da distancia a pode ser feito ou verificado mediante exame dos diagramas de momentos fletores na estrutura. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 87 ABNT NBR 6118:2014 No caso de vigas continuas, permite-se calculd-las com uma largura colaborante tinica para todas as segées, inclusive nos apoios sob momentos negativos, desde que essa largura seja calculada a partir do trecho de momentos positives onde a largura resulte minima. Devem ser respeitados os limites by € bg, conforme indicado na Figura 14.2. 5050, bs 0,1a dsb, b, 50 MPa 14.6.5 Ar ise nao linear Anélises néo lineares sao permitidas tanto para verificages de estados-limites tilimos como para verificagdes de estados-limites de servigo. 14.6.6 Estruturas usuais de edificios - Aproximacées permitidas 14.6.6.1 Vigas continuas Pode ser utilizado © modelo classico de viga continua, simplesmente apoiada nos pilares, para o estu- do das cargas verticais, observando-se a necessidade das seguintes corregSes adicionais: a) nao podem ser considerados momentos positivos menores que os que se obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos; b) quando a viga for solidaria com o pilar intermediario e a largura do apoio, medida na diregao do eixo da viga, for maior que a quarta parte da altura do pilar, nao pode ser considerado o momento negativo de valor absolute menor do que o de engastamento perfeito nesse apoio; ¢) quando no for realizado o célculo exato da influéncia da solidariedade dos pilares com a viga, deve ser considerado, nos apoios extremos, momento fletor igual ao momento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas seguintes relagoes: — naviga: int ++ Fsup Nig * Tint + Foup — no tramo superior do pilar: Feup Rig + int + Foup — no tramo inferior do pilar: Tint ig + int + Foup sendo: onde 1 @ a rigidez do elemento i no né considerado, avaliada conforme indicado na Figura 14.8. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 93 ABNT NBR 6118:2014 ES Figura 14.8 — Aproximagao em apoios extremos Alternativamente, o modelo de viga continua pode ser melhorado, considerando-se a solidariedade dos pilares com a viga, mediante a introdugao da rigidez a flexao dos pilares extremos e intermediarios. A adequagao do modelo empregado deve ser verificada mediante andlise cuidadosa dos resultados obtidos. Cuidados devem ser tomados para garantir 0 equilibrio de momentos nos nés viga-pilar, especialmen- te nos modelos mais simples, como o de vigas continuas. 14.6.6.2 Grelhas e pérticos espaciais Os pavimentos dos edificios podem ser modelados como grelhas, para o estudo das cargas verticais, considerando-se a rigidez a flexao dos pilares de maneira andloga a que foi prescrita para as vigas continuas. De maneira aproximada, nas grelhas e nos pérticos espaciais, pode-se reduzir a rigidez a torgo das vigas por fissuracao, utiizando-se 15 % da rigidez elastic, exceto para os elementos estruturais com protensao limitada ou completa (classes 2 ou 3). Modelos de grelha e pérticos espaciais, para verificagao de estados-limites tiltimos, podem ser considerados com rigidez a torgao das vigas nulas, de modo a eliminar a torao de compatibilidade da analise, ressalvando 0 indicado em 17.5.1.2 Perfis abertos de parede fina podem ser modelados considerando 0 disposto em 17.5. 14.6.6.3 Consideracao de cargas varidveis Para estruturas de edificios em que a carga varidvel seja de até 5 kN/m? e que seja no maximo igual a 50 % da carga total, a andlise estrutural pode ser realizada sem a consideracao de alternancia de cargas. 14.6.6.4 Estrutura de contraventamento lateral A laje de um pavimento pode ser considerada uma chapa totalmente rigida em seu plano, desde que ndo apresente grandes aberturas e se o lado maior do retangulo circunscrito ao pavimento em planta no superar em trés vezes 0 lado menor. 94 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 14.7 Estruturas com elementos de placa 14.7.1 Hipdteses basicas Estruturas de placas podem ser analisadas admitindo-se as seguintes hipsteses: a) manutengao da segao plana apés a deformacao, em faixas suficientemente estreitas; b) _representagao dos elementos por seu plano médio. Nadeterminagao dos esforgos solicitantes nas lajes, deverd ser avaliada anecessidade daconsideracdo da aplicagao da alternancia das sobrecargas. Para estruturas de edificios em que a carga variével seja de até 5 kN/m2 e que seja no maximo igual a 50 % da carga total, a andlise estrutural pode ser realizada sem a consideragao de alternancia de cargas. 14.7.2 Caracterizagao da geometria 14.7.2.1 Misulas e variagdes bruscas de espessuras A altura efetiva a ser considerada ¢ mostrada na Figura 14.4 14,7.2.2 Vaos efetivos de lajes ou placas Quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rigidos quanto a translagao vertical, © vao efetivo deve ser calculado pela seguinte expressao: fot =fo tartag Os valores de ay ¢ ag, em cada extremidade do vao, podem ser determinados pelos valores apropriados de aj definidos na Figura 14.5. 14.7.3 Anélise linear com ou sem redistribuigao Aplicam-se as estruturas de placas os métodos baseados na teoria da elasticidade, com coeficiente de Poisson igual a 0,2. Devem ser atendidas as condigdes gerais expressas em 14.5.2 e 14.5.3 @ as condigées especificas apresentadas em 14.7.3.1 e 14.7.3.2. 14.7.3.1 Valores de rigidez Para verificagdo do estado-limite de deformacao excessiva, podem ser utilizados valores de rigidez do estadio |, considerando o médulo de elasticidade secante do concreto, desde que os momentos fletores sejam menores que 0 de fissuragao. Os eventuais efeitos de fissuracdo e deformagao lenta devem ser considerados de forma analoga aos procedimentos expostos na Secao 17. 14.7.3.2 Redistribuigéo de momentos e condi¢des de duti jade Quando for efetuada uma redistribuigao, sendo o coeficiente 8 conforme 14.6.4.3, a profundidade da linha neutra deve ser limitada por: a) xld< (8~0,44)/1,25, para concretos com fx < 50 MPa; @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 95 ABNT NBR 6118:2014 b) xd < (8 — 0,56)/1,25, para concretos com 50 MPa < fx < 90 MPa O coeficiente de redistribuigao deve, ainda, obedecer ao limite 8 > 0,75. 14.7.4 Anélise plastica Para a consideragao do estado-limite titimo, a andlise de esforgos pode ser realizada através da teoria das charneiras plasticas. Para garantia de condigdes apropriadas de dutilidade, dispensando a verificagao explicita da capacidade de rotagao plastica, prescrita em 14.6.4.4, deve-se ter a posigao da linha neutra limitada em: xd 0,25, $e fox $50 MPa xd < 0,15, Se fox > 50 MPa Deve ser adotada, para lajes retangulares, razao minima de 1,5:1 entre momentos de borda (com continuidade e apoio indeslocavel) e momentos no vao. Cuidados especiais devem ser tomados em relagao a fissuragao e verificagdo das flechas no ELS, principalmente quando se adota a relacdo entre momentos muito diferente da que resulta de uma analise eldstica. As verificagées de servigo e de fadiga devem ser feitas baseadas em uma andlise elastica. 14.7.5 Anilise nao linear Andlises néo lineares sao permitidas tanto para verificagées de estados-limites tltimos como para verificagdes de estados-limites de servigo. 14.7.6 Lajes macicas 14.7.6.1 Reagées de apoio Para o cdlculo das reagdes de apoio das lajes macigas retangulares com carga uniforme, podem ser feitas as seguintes aproximagées: a) as reagées em cada apoio sao as correspondentes as cargas atuantes nos triangulos ou tra- pézios determinados através das charneiras plasticas correspondentes a andlise efetivada com 08 critérios de 14.7.4, sendo que essas reagdes podem ser, de maneira aproximada, considera- das uniformemente distribuidas sobre os elementos estruturais que |hes servem de apoio; b) quando a analise plastica nao for efetuada, as charneiras podem ser aproximadas por retas incli- nadas, a partir dos vértices, com os seguintes ngulos: — 45° entre dois apoios do mesmo tipo; — 60° a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado; — 90° a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre. 96 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 14.7.6.2 Aproximagées para diagramas de momentos fletores Quando houver predominancia de cargas permanentes, as lajes vizinhas podem ser consideradas isoladas, realizando-se a compatibilizagéo dos momentos sobre os apoios de forma aproximada. No caso de andlise plastica, a compatibilizagdo pode ser realizada mediante alteragao das razées entre momentos de borda e vao, em procedimento iterativo, até a obtengao de valores equilibrados nas bordas. Permite-se, simplificadamente, a adogao do maior valor de momento negativo em vez de equilibrar os momentos de lajes diferentes sobre uma borda comum. 14.7.7 Lajes nervuradas Lajes nervuradas sao as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tragao para momentos positives esteja localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte. As lajes com nervuras pré-moldadas devem atender adicionalmente as prescrigdes das Normas Brasileiras especificas Todas as prescrigdes anteriores relativas as lajes podem ser consideradas validas, desde que sejam obedecidas as condig6es de 13.2.4.2. Quando essas hipéteses no forem verificadas, deve-se analisar a laje nervurada considerando a capa como laje macica apoiada em uma grelha de vigas. As lajes nervuradas unidirecionais devem ser calculadas segundo a diregao das nervuras, desprezadas a rigidez transversal e a rigidez & torgao. As lajes nervuradas bidirecionais (conforme ABNT NBR 14859-2) podem ser calculadas, para efeito de esforgos solicitantes, como lajes macigas. 14.7.8 Lajes lisas e lajes-cogumelo Lajes-cogumelo sao lajes apoiadas diretamonte em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas séo apoiadas nos pilares sem capitéis. A anélise estrutural de lajes lisas e cogumelo deve ser realizada mediante emprego de procedimento numérico adequado, por exemplo, diferengas finitas, elementos finitos ou elementos de contorno. Nos casos das lajes em concreto armado, em que os pilares estiverem dispostos em filas ortogonais, de maneira regular e com vaos pouco diferentes, 0 célculo dos esforgos pode ser realizado pelo proceso elastico aproximado, com redistribuigao, que consiste em adotar, em cada diregao, pérticos miltiplos, para obtengao dos esforgos solicitantes. Para cada portico deve ser considerada a carga total. A distribuigdo dos momentos, obtida em cada diregao, segundo as faixas indicadas na Figura 14.9, deve ser feita da seguinte maneira: a) 45 % dos momentos positivos para as duas faixas internas; @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 97 ABNT NBR 6118:2014 b) 27,5 % dos momentos positives para cada uma das faixas externas; ¢) 25% dos momentos negativos para as duas faixas internas; d) 37,5 % dos momentos negativos para cada uma das faixas externas. Devem ser cuidadosamente estudadas as ligagdes das lajes com os pilares, com especial atengao aos casos em que nao haja simetria de forma ou de carregamento da laje em relagao ao apoio. Obrigatoriamente, devem ser considerados os momentos de ligagao entre laje e pilares extremos. ‘A pungdo deve ser verificada de acordo com 19.5. =a = a fea Faixa extorna (/) 4 = Falnas ral t internas (f) 1 Faixa externa (f,) oo 1 — lie wl Figura 14.9 - Faixas de laje para distribuicao dos esforcos nos pérticos miltiplos 14.8 Estruturas contendo outros elementos 14.8.1 Vigas-parede e pilares-parede Para vigas-parede ou pilares-parede, podem ser utilizadas a andlise linear ou a andlise nao linear. A anilise linear, na maioria dos casos, deve ser realizada com 0 emprego de procedimento numérico adequado, como, por exemple, diferengas finitas, elementos finitos ou elementos de contorno. Para a consideragdo de uma viga-parede ou um pilar-parede como componente de um sistema estrutural, permite-se representé-lo por elemento linear, desde que se considere a deformagao por cisalhamento, e um ajuste de sua rigidez a flexao para o comportamento real. 14.8.2 Blocos Para os blocos podem ser utilizadas a andlise linear, a andlise plastica ou a andlise nao linear. A andlise linear, na maioria dos casos, deve ser realizada com 0 emprego de procedimento numérico adequado, como, por exemplo, diferengas finitas ou elementos finitos. 98 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 15 Instabilidade e efeitos de 2? ordem 15.1 Simbologia especifica desta Segao De forma a simplificar a compreensao e, portanto, a aplicagao dos conceitos estabelecidos nesta SeGao, os simbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar diividas, encontram-se a seguir definidos. A simbologia apresentada nesta se¢do segue a mesma orientagao estabelecida na Segao 4. Dessa forma, os simbolos subscritos tém o mesmo significado que os apresentados em 4.3. e — Excentricidade de 1? ordem (nao inclui a excentricidade acidental) ce - Excentricidade devida ao fenmeno de fluéncia (Elsec — Rigidez secante ‘Mya - Momento fletor de 1# ordem, de célculo, na faixa i, diregao y «.— Parametro de instabilidade ‘Y2~ Coeficiente de majoragao dos esforgos globais de 1* ordem devidos aos carregamentos horizontais, para obtengao dos esforgos finais de 2° ordem x Rigidez adimensional 24 — Valor-limite para indice de esbeltez 0; — Desaprumo de um elemento vertical continuo —Desaprumo em um lance de pilar de altura ¢ 15.2 Campo de aplicagao e conceitos fundamentais Esta seco se aplica principalmente a estruturas constituidas por barras submetidas a flex4o composta, onde a contribuigao da torgao, nos efeitos de 2* ordem, possa ser desprezada. Os principios desta segao podem ser aplicados a outros tipos de elementos estruturais, como cascas, paredes e vigas-parede. Nas estruturas de concreto armado, o estado-limite Ultimo de instabilidade ¢ atingido sempre que, ao crescer a intensidade do catregamento e, portanto, das deformagdes, hé elementos submetidos a flexo-compressao em que o aumento da capacidade resistente passa a ser inferior ao aumento da solicitagao Existem nas estruturas trés tipos de instabilidade: a) nas estruturas sem imperfeigdes geométricas iniciais, pode haver (para casos especiais de carre- gamento) perda de estabilidade por bifurcagao do equilibrio (flambagem); b) em situagées particulares (estruturas abatidas), pode haver perda de estabilidade sem bifurcagao do equilibrio por passagem brusca de uma configura¢do para outra reversa da anterior (ponto - limite com reversao); @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 99 ABNT NBR 6118:2014 ¢) om estruturas de material de comportamento nao linear, com imperfeigées geométricas iniciais, ndo ha perda de estabilidade por bifurcagdo do equilibrio, podendo, no entanto, haver perda de estabilidade quando, ao crescer a intensidade do carregamento, o aumento da capacidade resis- tente da estrutura passa a ser menor do que o aumento da solicitagao (ponto-limite sem reversao). Os casos a) e b) podem ocorrer para estruturas de material de comportamento linear ou nao linear. Efeitos de 2* ordem sao aqueles que se somam aos obtidos em uma andlise de primeira ordem (em que 0 equilibrio da estrutura é estudado na configuragao geométrica inicial), quando a analise do equi- librio passa a ser efetuada considerando a configuragao deformada. Os efeitos de 2* ordem, em cuja determinagao deve ser considerado o comportamento nao linear dos materiais, podem ser desprezados sempre que nao representarem acréscimo superior a 10 % nas reagées e nas solicitagdes relevantes na estrutura. 15.3 Principio basico de calculo A anélise estrutural com efeitos de 2* ordem deve assegurar que, para as combinagdes mais desfavordveis das agées de cdlculo, nao ocorra perda de estabilidade nem esgotamento da capacidade resistente de calculo. A no linearidade fisica, presente nas estruturas de concreto armado, deve ser obrigatoriamente considerada. A deformabilidade dos elementos deve ser calculada com base nos diagramas tensao-deformagao dos materiais definidos na Segao 8. A tensao de pico do conereto deve ser igual a 1,10 feq, jd incluido 0 efeito de carga mantida (Risch), e a do ago deve ser igual a fyg, com os valores de y¢ ¢ ys utilizados para o ELU A verificagao da capacidade resistente deve ser feita conforme prescriges da Sedo 17. Possiveis incertezas nas caracteristicas dos apoios da estrutura e na deformabilidade desta devem ser consideradas na analise. 15.3.1 Relagdes momento-curvatura O principal efeito da nao linearidade fisica pode, em geral, ser considerado através da construgao da relagdo momento-curvatura para cada se¢ao, com armadura suposta conhecida, e para o valor da forga normal atuante. Pode ser considerada também a formulagao de seguranga em que se calculam os efeitos de 2* ordem das cargas majoradas de yj/y13, que posteriormente sao majorados de 3, com 3 = 1,1, coma seguinte equacao: Sazot= 1 S(F) onde Vt Yt ~ Fale +28 Fae + ¥ WoiFak a Al a 20 ai 100 © ABNT 2014 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 Para escolha da combinagao de agdes e dos coeficientes 14 6 yo, ver a Segao 11 Assim, a relacdo momento-curvatura apresenta o aspecto da Figura 15.1 Curva obtida, ‘com 1,10 fe Secante ELU Curva obtida, ~ com 0,85 1, arctg (El),,.— Rigidez secanto ar Figura 15.1 - Relagéo momento-curvatura Accurva choia AB, obtida considerando o valor de forga normal igual a Nad/vis, que a favor da seguranga pode ser linearizada pela reta AB, é utilizada no célculo das deformagoes. A curva tracejada, obtida com os valores de calculo das resisténcias do concreto e do aco, é utilizada somente para definir 0 esforgo resistente Mpg correspondente a Nag (ponte maximo). Areta AB é caracterizada pela rigidez secante (EN)cec, que pode ser utilizada em processos aproximados para flexéo composta normal ou obliqua. Define-se como rigidez secante adimensional xsec 0 valor dado por: Kec = (Elgg /(Ac -h? -fed) onde h 6 aaltura da segao considerada Esse valor da rigidez secante adimensional pode ser colocado, em conjunto com os valores Ultimos de Nad @ Mad, &m abacos de interagao forga normal-momento fletor. 15.3.2 Imperfeigdes geométricas As imperfeiges geométricas (global e local) devem ser consideradas de acordo com o prescrito em 11.3.3.4. Para pilares de sedo retangular, quando houver a necessidade de calcular os efeitos locais de 2? ordem, a verificagao do momento minimo pode ser considerada atendida quando, no dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltéria resistente que englobe a envoltéria minima com 2# ordem, cujos momentos totais séo calculados a partir dos momentos minimos de 1? ordem e de acordo com 15.8.3. @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 101 ABNT NBR 6118:2014 Aconsideragao desta envoltéria minima pode ser realizada através de duas analises a flexdo composta normal, calculadas de forma isolada e com momentos fletores minimos de 1* ordem atuantes nos extremos do pilar, nas suas diregées principais. Meer ' (Flexio composta normal em terme de y) nin Z Maseninsy fi Mrgninan : o Mentos Ao transversal) (Segao transversal) lianas y \ {Flexo composta normal em tone de x) Whe ninas M, Masaninas (rss) -(ae) Tron Mae ninas (Envoltéria minima com 2 ordem) Sendo: Merninac® Maiminyy25 Componentes em flexdo composta normal © Maseninx ®Mesaniny 88 Componentes em flexdo composta obliqua Figura 15.2 - Envoltoria minima com 2? ordem 15.4 Definigées e classificagao das estruturas 15.4.1 Efeitos globais, locais e localizados de 2" ordem Sob a acdo das cargas verticais e horizontais, os nés da estrutura deslocam-se horizontalmente. Os esforgos de 2* ordem decorrentes desses deslocamentos séo chamados efeitos globais de 2? ordem. Nas barras da estrutura, como um lance de pilar, os respectivos eixos nado se mantém retilineos, surgindo ai efeitos locais de 2* ordem que, em principio, afetam principalmente os esforgos solicitantes ao longo delas Em pilares-parede (simples ou compostos) pode-se ter uma regio que apresenta nao retilineidade maior do que a do eixo do pilar como um todo. Nessas regides surgem efeitos de 2* ordem maiores, chamados de efeitos de 2 ordem localizados (ver Figura 15.3). O efeito de 2° ordem localizado, além de aumentar nessa regido a flexéo longitudinal, aumenta também a flexao transversal, havendo anecessidade de aumentar a armadura transversal nessas regides. 102 © ABNT 2014 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 28 ordem Tocalizado Figura 15.3 - Efeitos de 2 ordem localizados 15.4.2 Estruturas de nés fixos e estruturas de nés méveis As estruturas séo consideradas, para efeito de célculo, de nés fixos, quando os deslocamentos horizontais dos nés s4o pequenos e, por decorréncia, os efeitos globais de 2* ordem sao despreziveis (inferiores a 10 % dos respectivos esforgos de 1* ordem). Nessas estruturas, basta considerar 08 efeitos locais e localizados de 2* ordem. As estruturas de nés méveis so aquelas onde os deslocamentos horizontais nao sAo pequenos e, em decorréncia, os efeitos globais de 2* ordem sao importantes (superiores a 10 % dos respectivos esforgos de 12 ordem). Nessas estruturas devem ser considerados tanto os esforgos de 2% ordem globais como os locais ¢ localizados. Todavia, ha estruturas em que os deslocamentos horizontais séo grandes e que, nao obstante, dispensam a consideragao dos efeitos de 2* ordem por serem pequenas as forgas normais e, portanto, pequenos os acréscimos dos deslocamentos produzidos por elas; isso pode acontecer, por exemplo, em postes e em certos pilates de galpées industriais. 15.4.3 Contraventamento Por conveniéncia de andlise, é possivel identificar, dentro da estrutura, subestruturas que, devido & sua grande rigidez a agdes horizontais, resistem a maior parte dos esforgos decorrentes dessas agées. Essas subestruturas s40 chamadas subestruturas de contraventamento. Os elementos que nao participam da subestrutura de contraventamento séo chamados elementos contraventados. As subestruturas de contraventamento podem ser de nés fixos ou de nés méveis, de acordo com as definigées de 15.4.2 15.4.4 Elementos isolados So considerados elementos isolados os seguintes: a) 0s elementos estruturais isostaticos; b) 0s elementos contraventados; c) 08 elementos das estruturas de contraventamento de nés fixos; @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 103 ABNT NBR 6118:2014 4d) 08 elementos das subestruturas de contraventamento de nés méveis, desde que, aos esforgos nas extremidades, obtidos em uma andlise de 1 ordem, sejam acrescentados os determinados por anélise global de 2* ordem. 15.5 Dispensa da consideragao dos esforcos globais de 2" ordem 15.5.1 Generalidades Os processos aproximados, apresentados em 15.5.2 e 15.5.3, podem ser utilizados para verificar a possibilidade de dispensa da consideragao dos esforgos globais de 28 ordem, ou seja, para indicar se a estrutura pode ser classificada como de nés fixos, sem necessidade de calculo rigoroso. Na andlise de estabilidade global que trata a estrutura como um todo, o valor representativo do médulo de deformagao secante, conforme 8.2.8, pode ser majorado em 10%. 15.5.2 Parametro de instabilidade « Uma estrutura reticulada simétrica pode ser considerada como sendo de nés fixos se seu parametro de instabilidade o: for menor que o valor 1, conforme a expressdo: = Hot Nk/(Ecsle) onde 04 =0,24+0,1n sezn<3 0 = 0,6 se:n24 onde no nimero de niveis de barras horizontais (andares) acima da fundagao ou de um nivel pouco deslocavel do subsolo; Hot é a altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundagao ou de um nivel pouco deslocavel do subsolo; Nx 60 somatério de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nivel considerado para 0 calculo de Hot), com seu valor caracteristico; Ecsle_ representa o somatério dos valores de rigidez de todos os pilares na diregao considerada. No caso de estruturas de pérticos, de trelicas ou mistas, ou com pilares de rigidez variavel ao longo da altura, pode ser considerado o valor da expressao Ecs/; de um pilar equivalente de segao constante. O valor de /- deve ser calculado considerando as seg6es brutas dos pilares. A rigidez do pilar equivalente deve ser determinada da seguinte forma: — calcular 0 deslocamento do topo da estrutura de contraventamento, sob a ago do carregamento horizontal na diregao considerada; — calcular a rigidez de um pilar equivalente de se¢do constante, engastado na base e livre no topo, de mesma altura Hot, tal que, sob a agéo do mesmo carregamento, sofra o mesmo deslocamento no topo. 104 © ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados ABNT NBR 6118:2014 O valor-limite cx = 0,6 prescrito para n> 4 é, em geral, aplicavel as estruturas usuais de edificios. Para associagées de pilares-parede e para pérticos associados a pilares-parede, adotar a4 = 0,6. No caso de contraventamento constituido exclusivamente por pilares-parede, adotar «ty = 0,7. Quando s6 houver pérticos, adotar ay = 0,5. 15.5.3 Coeficiente 7, © coeficiente yz de avaliagdo da importancia dos esforgos de segunda ordem globais é valido para estruturas reticuladas de no minimo quatro andares. Ele pode ser determinado a partir dos resultados de uma andlise linear de primeira ordem, para cada caso de carregamento, adotando-se os valores de tigidez dados em 15.7.3. O valor de yz para cada combinagao de carregamento é dado pela expressao Ye onde My,ot,¢ € 0 momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forgas horizontais da combinagéo considerada, com seus valores de célculo, em relagao a base da estrutura; AMbpt, 6 a Soma dos produtos de todas as forcas verticais atuantes na estrutura, na combinacao considerada, com seus valores de calculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicagao, obtidos da andlise de 1° ordem Considera-se que a estrutura é de nés fixos se for obedecida a condigao y < 1,1 15.6 Andlise de estruturas de nds fixos Nas estruturas de nés fixos, 0 caleulo pode ser realizado considerando cada elemento comprimido isoladamente, como barra vinculada nas extremidades aos demais elementos estruturais que ali con- correm, onde se aplicam os esforgos obtidos pela andlise da estrutura efetuada segundo a teoria de 1 ordem Aanilise dos efeitos locais de 2* ordem deve ser realizada de acordo com 0 estabelecido em 15.8. Sob a ago de forgas horizontais, a estrutura é sempre calculada como deslocavel. O fato de a estrutura set classificada como sendo de nés fixos dispensa apenas a consideraco dos esforgos globais de 2* ordem. © comprimento equivalente f do elemento comprimido (pilar), suposto vinculado em ambas as extremidades, deve ser o menor dos seguintes valores: @ABNT 2014 - Todos 08 direitos reservados 105

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