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gue Fisicamente
e de Processo Nilsa Azevedo (ARQUIVO,
gue Eletronicam ARQUIVO-GERAL, PROTOCOLO)
SITUAÇÃO:
INTERESSADO _ 1
: COMANDO DA FORÇA DE FUZILEIROS DA ESQUADRA/MARINHA DO BRASIL _::__]
1
ORIGEM : COMANDO DA FORÇA DE FUZILEIROS DA ESQUADRA/MARINHA DO BRASIL
···············································································································································································
MOVIMENTO DO PROCESSO
5 23
····················································· ............ ···················· ································································ ...........................
6
..................................................................................... 24
································································ ···························
7 25
.................................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................
8 26 ,
OCL~edo
1
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••
•• TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
•• @ Segepres/ISC/Cedoc
Serviço de Gestão Documental
••
•• A Senhora Assessora da SecexDefesa
Assunto: pedido de informação sobre decisões antigas do Tribunal.
••
•
Senhora Assessora,
• ••
Encaminho em quatro arquivos formato pdf o resultado da pesquisa solicitada no
Memorando n2 4/2014 - SecexDefesa, documento eletrônico nº 51245272 .
•• não possuem a informação da data de publicação no Diário Oficial da União. De modo geral,
nestas pode constar o número da Ata do TCU em que a decisão foi publicada, mas nem
sempre .
•• unidade .
Caso necessite de informações adicionais e só entrar em contato com a nossa
•• Atenciosamente,
t
•• Assinatura eletrônica
Maria Aparecida Vieira
Chefe do Seged
••
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••
••
••
•• Para veri ficar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenlicidade, Informando o código 51284666 .
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Tribunal de Contas da União
1@ SEGEPRES / ISC / CEDOC
Pesquisa
Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais - Ministério da Marinha
Serviço de Gestão Documental - SEGED Exercícios de 1969 a 1988
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.,a, Tribunal de Contas da União
SEGEPRES / ISC / CEDOC
Serviço de Gestão Documental - SEGED
Pesquisa
Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais - Ministério da Marinha
Exercidos de 1969 a 1988
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Tribunal de Contas da União
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Tribunal de Contas da União
SEGEPRES / ISC / CEDOC
. . Pesquisa
32 Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (Batalhão Paissandu) - Ministério da Marinha
Serviço de Gestão Documental - SEGED Exercícios de 1970 e 1971
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Página 1de1
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t@ Tribunal de Contas da União
SEGEPRES / ISC / CEDOC
Serviço de Gestão Documental - SEGED
Pesquisa
Batalhão de Comando da Tropa de Reforço - Ministério da Marinha
Exercícios de 1980 a 1988
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•• 2o'i
••
•• CONCLUSÃO
•• Aos vinte e três dias do mês de maio do ano de dois mil e quatorze, em São
•• Gonçalo-RJ, a bordo do Comando da Tropa de Reforço, faço estes autos conclusos ao Exmo . Sr.
•• 87.3000.44, /J-~ ~~
•
, servindo de Escrivão, o subscrevi.
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RELATÓRIO
seguinte:
A Ilha das Flores, onde hoje se encontra sediado o Comando da Tropa de Reforço, está
Gonçalo/RJ compondo, juntamente com as Ilhas do Engenho, onde está instalado o Centro de
à fl. 85.
Navais subordinadas ao Comando da Tropa de Reforço. Esse Comando de Força, nos dias de
hoje, fruto da última reorganização administrativa ocorrida em 2010, divide o espaço da Ilha
com as seguintes Unidades Subordinadas: Base de Fuzileiros Navais da Ilha das Flores
1968, por me10 da criação do Destacamento Especial da Ilha das Flores, o qual ficou
- 1-
2JO
subordinadas àquele Comando, também ocuparam instalações da Ilha das Flores: o Comando
era conhecida como Ilha de Santo Antônio, de acordo com umà carta topográfica da época,
levantada pela Marinha. Em outros registros, também é denominada como Marim ou Ilha do
Vidal.
Consta dos primeiros assentamentos que a Ilha das Flores pertenceu à D. Delphina
Felicidade do Nascimento Flores, sendo esta provavelmente a origem do nome que a Ilha
possui atualmente. Por questões que não são conhecidas, a Fazenda Nacional moveu uma
ação contra D. Delphina Flores, que resultou em arrematação da Ilha em Praça do Juízo de
também adquiriu as Ilhas da Mexingueira e Ananazes ao Major João Manoel da Silva, à fl. 96.
Em 1883, a Ilhas das Flores foi adquirida pelo Patrimônio da União, ao Conselheiro e
sua mulher, D. Albina Silveira da Motta, conforme consta da Escritura de Compra e Venda de
-2-
211
16 de janeiro de 1883, ficando sob a tutela do Ministério da Agricultura, que ali instalou, em
maio do mesmo ano, a Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, subordinada à Inspetoria
A localização e dimensões da Ilha das Flores foram fatores determinantes para a sua
instalação prisional e assistencial. Distante apenas seis milhas náuticas (cerca de onze
quilômetros) da Praça XV, no centro da cidade do Rio de Janeiro e ao mesmo tempo isolada,
por ser uma ilha, permitia a segregação dos seus habitantes do contato direto com a população
em geral sem afastá-los do "alcance das vistas". O controle do contingente era facilitado
também pelas pequenas dimensões da ilha (145.200 m2 ) e pelo afastamento do continente, que
Assim, a localização era perfeita para a instalação de uma hospedaria por permitir que
de Janeiro - ''túmulo dos imigrantes" - contra as quais não tinham defesas e, por outro lado,
atividades no país, bem como o acompanhamento dos mesmos, por ocasião da permanência
motivaram o governo do Estado do Rio de Janeiro a solicitar ao governo federal, nos anos de
1964 e 1965, a concessão para instalar naquela Ilha um presídio estadual com capacidade para
mais de seis mil vagas, corroborando a vocação natural da Ilha das Flores, até então, como
-3-
Contudo, com as profundas alterações ocorridas no entorno geográfico da Ilha das
Flores a partir dos anos 70, como a ligação da ilha ao continente por meio de sucessivos
aterros e também as construções da Ponte Rio - Niterói e da rodovia BR-101, trecho Niterói-
Manilha, definitivamente acabaram com qualquer tipo de isolamento da Ilha das Flores.
Assim, sem a dificuldade de acesso de outrora, a ilha perdeu as condições ideais para ser
Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, de acordo com a Lei nº 2.163, a ser uma- ~
repartição subordinada ao novo Instituto, retomando, mais uma vez, ao controle do Ministério
Superintendência de Polícia Agrária (SUPRA), órgão criado pela Lei Delegada nº 11, de 11
-4-
2J3
Nacional do Desenvolvimento Agrário (INDA), órgão sucessor dos extintos INIC e SUPRA,
conforme o Art. 114, alínea .Q, da Lei nº 4.504/1964, às fls . 116 e 117.
de Imigrantes da Ilha das Flores, de acordo com a Deliberação nº 233, do Conselho Diretor do
INDA, sendo suas dependências, com todo o seu patrimônio e acervo, destinados à instalação
treinamento para pessoal técnico, administrativo e líderes rurais de todas as categorias, às fls.
118 a 126.
criação, por meio do Aviso Ministerial número 3.907, do Destacamento Especial da Ilha das
3 - DA HOSPEDARIA DE IMIGRANTES
Ao longo do tempo, milhões de indivíduos, por diversas razões deixaram suas pátrias
de origem buscando reconstruir suas vidas em solo brasileiro. Para uma parte deles, a Ilha das
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2.1 '1
governo brasileiro, o projeto de atração de imigrantes intensificava-se, seja ele com o intuito
cerca de um milhão e duzentos mil estrangeiros. E para recepcionar todo esse quantitativo de
do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina. Em território fluminense, a
primeira e mais importante hospedaria do gênero criada pelo governo brasileiro foi a
Criada em 18 de janeiro de 1883, passou a funcionar para o fim a que foi destinada em
Agricultura. Os imigrantes sempre permaneciam na Ilha por alguns dias, a fim de serem
(1955 e 1956) e húngaros (1957 e 1958), bem como asilados politicos cubanos (1963),~
bolivianos (1964) e haitianos (fins de 1964), às fls. 119 a 126.
-6-
Em 1931, a Hospedaria da Ilha das Flores passou à responsabilidade do Ministério do
em suas dependências, além dos imigrantes estrangeiros, diversos migrantes nacionais, que
Para cumprir sua finalidade, a Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores foi
oriundas de diferentes locais e com hábitos culturais bem distintos. Assim, foi inicialmente
hoje se situa o prédio do Comando da Tropa de Reforço) . Entre o grande galpão e o depósito
de bagagens, havia uma pequena caixa d'água ou cisterna, com capacidade para 50 mil litros,
que grande parte das instalações foram construídas anteriormente, quando a Ilha das Flores
Em 1885 foi construída uma lavanderia, com capacidade para 50 lavadeiras e no ano
este fim, ao norte da ilha onde hoje situa-se o prédio da Unidade Médica Expedicionária da
Marinha.
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Em 1888 foi ampliado o depósito, em virtude do aumento do fluxo imigratório.
Quase vinte cinco anos depois da inauguração, em 1907, foram construídos três novos
Companhia de Apoio ao Desembarque). Além disso, foi construída uma nova caixa d'água,
com capacidade para 250 mil litros a qual continua sendo utilizada até os dias de hoje, às fls.
142 a 147.
Dois anos mais tarde, construiu-se novas casas para os funcionários da Hospedaria,
Hospedaria, em 1928, se construiu "o Cais do Bote", principal atracadouro da Ilha das Flores.
Por fim, em 1944 foi construída a Capela Santa Terezinha, bem como outra~y
De 1944 até os dias de hoje foram realizadas reformas para se atender às necessidades
de uso da Ilha das Flores. Contudo, muitas das principais características da Hospedaria da Ilha )Q-,
das Flores foram preservadas. A-.-1
Aproveitando-se desse fato, desde o ano de 2010, a Marinha do Brasil e a
patrimônio histórico e cultural desse importante capítulo da história brasileira, às fls. 87 a 103.
governo imperial no nosso País funcionou por oitenta e três anos e acolheu mais de um
milhão de pessoas entre imigrantes e migrantes, às fls. 137 a 141, e 148 a 163.
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Zl 1
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
A Ilha das Flores já serviu, ao longo de sua história, em diversas ocasiões, como
Hospedaria de Imigrantes. Houve, portanto, períodos e não foram poucos, em que a atividade
primordial da Ilha, qual seja, a de receber, inspecionar, alojar e assistir estrangeiros recém-
passou a abrigar como presos de guerra, tripulantes de navios alemães que se encontravam no
Durante a década de 1930, a Hospedaria da Ilha das Flores serviu como presídio em
dois períodos: entre agosto e outubro de 1932, estiveram reclusos prisioneiros paulistas da
chamada Revolução Constitucionalista. Três anos depois, em 1935, a ilha recebeu militantes
aos Aliados, a Ilha das Flores foi transformada em local de clausura para os chamados
"súditos do eixo", entre 1942 e 1945. Somente no ano 1942, foram retidas na Ilha das Flores
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Outro momento em que as dependências da hospedaria foram utilizadas para outros
fins ocorreu entre o ano de 1963 e início de 1964, antes do movimento civil-militar daquele
ano, quando o Ministério da Justiça instalou na Ilha das Flores um presídio para sonegadores
(CODEP), órgão fiscalizador específico dos preços dos gêneros alimentícios. Conhecidos
Lei de Economia Popular (Lei nº 1.521, de 1951) eram detidos e transferidos para a Ilha das
Em 1964, ainda no período de vigência da Hospedaria da Ilha das Flores, foi criado,
por meio do Decreto nº 53.844, de 25 de março de 1964, uma unidade policial, vinculado ao
Negócios Interiores, com a finalidade de prover a "vigilância ostensiva à Ilha das Flores" que
estava sendo utilizada, como já dito anteriormente, como local de acautelamento de pessoas.
A guarnição deste quartel era composta por servidores que optaram pelo serviço público
federal (Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963), os chamados "policiais optantes", à fl. 175.
Aproveitando a estrutura acima mencionada, a Ilha das Flores, ainda sob o controle
dos Ministérios da Agricultura e Justiça, a partir de abril de 1964, foi utilizada como "prisão
... _
custodiaram cidadãos enquadrados na Lei de Segurança, às fls. 176 a 179. ,r--y
Outro exemplo de utilização emergencial das instalações da Hospedaria da Ilha das V~
Flores fui a ocorrida no período de 15 de janeiro a 18 de março de 1966, quando numerosasJ -
- 10 -
famílias de flagelados procedentes do Estado do Rio de Janeiro (principalmente São Gonçalo
e Niterói), vítimas das enchentes provocadas por fortes chuvas que, na ocasião, abalaram os
Estados da Guanabara, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, ali foram alojadas, às fls.
180 e 181.
Como se pode depreender, nos períodos acima mencionados, as instalações da Ilha das
Flores foram utilizadas para fins diversos, inclusive acautelamento de presos, fugindo, dessa
maneira, da sua afetação precípua que era a de abrigar uma hospedaria de imigrantes para
Como relatado anteriormente, o primeiro contato da Ilha das Flores com a Marinha
aconteceu entre outubro de 1917 e outubro de 1919, quando a ilha abrigou prisioneiros de
Quase cinquenta anos depois, em 26 de dezembro de 1968, a Ilha das Flores passou
novamente ao controle da Marinha. O motivo foi a criação, por meio do Aviso nº 3.907 do
supracitado, era a de acautelar presos. Dessa forma, foi criado, de fato, na Ilha das Flores, um
estabelecimento penal militar cuja lotação de pessoal para o funcionamento constava do Aviso
constando basicamente a data de sua criação, por meio do Aviso supracitado, e de sua
J!}
- 11 -
?20
(INDA).
Presídio da Ilha das Flores, onde ficaria em companhia de outros detidos, gozando de
Outra referência às boas condições do presídio militar da Ilha das Flores consta de
Augusto Sussekind de Moraes Rego solicitando a transferência de seu cliente para outro
estabelecimento prisional onde escreve "muito embora se encontre sendo muito bem tratado
na Ilha das Flores" e prossegue com a sua petição, às fls. 183 e 184.
No período que foi utilizado como local de acautelamento de presos sob o controle da
Imigrantes, tendo em vista que as mesmas, por terem acolhido no passado, com algum
considerados subversivos.
O prédio utilizado para abrigar os presos era repleto de cômodos em seus dois lados. A
parte voltada para a cidade de São Gonçalo abrigou a ala feminina e as celas dos presos
incomunicáveis. A outra parte, voltada para a Baía de Guanabara, destinava-se aos detentos
do sexo masculino.
Ilha das Flores foi transferida para os aquartelamentos do Corpo de Fuzileiros Navais na Ilha
- 12 -
22.1
do Governador. Por sua vez, o Comando de Reforço, até então aquartelado na Ilha do
Governador, se transferiu para a Ilha das Flores juntamente com duas outras Unidades
Tem-se registro, por meio de notícias veiculadas pela imprensa daquela época, que a
exemplo, foi visitada pelo Caderdeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eugênio Salles.
Naquela ocasião, inclusive, teria mantido contatos em particular com os detentos, atestando a
Assim, pode-se inferir que o estabelecimento prisional militar da Ilha das Flores, sob a
Pelo apresentado acima, buscou-se demonstrar, ainda, que a Instituição, desde que
assumiu o controle das instalações da Ilha das Flores no início de 1969, buscou assegurar
condições dignas aos presos ali acautelados. A utilização da antiga estrutura existente, oriunda
A base legal que amparou a atuação da Organização Militar sediada na Ilha das Flores,
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222-
níveis diferentes, dentro da estrutura militar. A ordenação se faz por postos ou graduações;
a disciplina, por sua vez, é "a rigorosa observância e o acatamento integral das leis,
Marinha- 1983).
Os princípios acima mencionados sempre serviram como norte tanto para a elaboração
quanto para a aplicação das normas de direito penal militar e das normas de direito
das Forças Armadas. Tem a sua origem no Direito Romano, onde era utilizado para manter a
- 14 -
22 ~
porém não abarca, no seu bojo, as infrações dos regulamentos disciplinares classificadas
como contravenções disciplinares, tendo em vista que essas infrações são tratadas no âmbito
previa penas privativas de liberdade, dentre elas, a prisão rigorosa, que deveria ser cumprida
contemplam a pena de prisão com privação de liberdade que poderia ser cumprida, conforme
Destacamento Especial da Ilha das Flores, encontravam amparo legal nas legislações vigentes
à época.
pelo Decreto-Lei nº 314, de 13 de Março de 1967 tinha como suporte jurídico a Constituição
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I - manter relações com Estados estrangeiros e com eles celebrar tratados e
convenções; participar de organizações internacionais;
II - declarar guerra e fazer a paz;
III - decretar o estado de sitio;
..__, IV - organizar as forças armadas; planejar e garantir a segurança
nacional;
V - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam,
temporariamente;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - organizar e manter a policia federal com a finalidade de prover:
a) os serviços de política marítima, aérea e de fronteiras ;
b) a repressão ao tráfico de entorpecentes;
c) a apuração de infrações penais contra a segurança nacional, a ordem
política e social, ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União, assim
como de outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
d) a censura de diversões públicas;
- 16 -
225
- 17 -
Art. 58 O Presidente da República, em casos de urgência ou de interesse
público relevante, e desde que não resulte aumento de despesa, poderá expedir
decretos com força de lei sobre as seguintes matérias:
I - segurança nacional;
II -finanças públicas.
Parágrafo único - Publicado, o texto, que terá vigência imediata, o
Congresso Nacional o aprovará ou rejeitará, dentro de sessenta dias, não podendo
emendá-lo; se, nesse prazo, não houver deliberação o texto será tido como
aprovado.
Da Segurança Nacional
Art. 89 Toda pessoa natural ou jurídica é responsável pela segurança
nacional, nos limites definidos em lei.
Art. 90 O Conselho de Segurança Nacional destina-se a assessorar o
Presidente da República na formulação e na conduta da segurança nacional.
§ 1° O Conselho compõe-se do Presidente e do Vice-Presidente da
República e de todos os Ministros de Estado.
§ 2º A lei regulará a organização, competência e o funcionamento do
Conselho e poderá admitir outrós membros natos-ou eventuais:
Art. 91 Compete ao Conselho de Segurança Nacional:
I - o estudo dos problemas relativos à segurança nacional, com a
cooperação dos órgãos de Informação e dos incumbidos de preparar a
mobilização nacional e as operações militares;
II - nas áreas indispensáveis à segurança nacional, dar assentimento prévio
para:
a) concessão de terras, abertura de vias de transporte e instalação de meios
de comunicação;
b) construção de pontes e estradas internacionais e campos de pouso;
c) estabelecimento ou exploração de indústrias que interessem á segurança
nacional;
III - modificar ou cassar as concessões ou autorizações referidas no item
anterior.
Parágrafo único - A lei especificará as áreas indispensáveis à segurança
nacional, regulará sua utilização e assegurará, nas indústrias nelas situadas,
predominância de capitais e trabalhadores brasileiros.
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Art. 93 Todos os brasileiros são obrigados ao serviço militar ou a outros
encargos necessários à segurança nacional, nos termos e sob as penas da lei.
Art. 122 A Justiça Militar compete processar e julgar, nos crimes militares
definidos em lei, os militares e as pessoas que lhes são assemelhadas.
§ 1 º Esse foro especial poderá estender-se aos civis, nos casos expressos
em lei para repressão de crimes contra a segurança nacional ou as instituições
militares, com recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal.
§ 2° Compete originariamente ao Superior Tribunal Militar processar e
julgar os Governadores de Estado e seus Secretários, nos crimes referidos no § 1 ~
§ 3º A lei regulará a aplicação das penas da legislação militar em tempo de
guerra. "
nacional" possuía ampla abrangência. Por conta disso, a Lei de Segurança Nacional previa
diversos crimes que poderiam ser cometidos tanto por civis quanto por militares. No caso da
condenação de civis por prática desses crimes, a Lei de Segurança Nacional, criada pelo
verbis:
"Art. 44. Ficam sujeitos ao foro militar, tanto os militares como os civis,
- 19 -
Destarte, o Destacamento Especial da Ilha das Flores teve seu funcionamento
amparado pelas diretrizes da ordem jurídica em vigor no período dos governos militares, uma
vez que foi instituído como estabelecimento militar com o fim de abrigar presos, inclusive
aqueles, civis ou militares, que eram considerados pelo Poder Judiciário como infratores da
Ainda, vale ressaltar que a Lei de Segurança Nacional, de 13 de Março de 1967, foi
revogada pelo Decreto-Lei nº 898, de 29 de Setembro de 1969, o qual estabeleceu uma nova
Lei de Segurança Nacional. Essa nova lei encontrou amparo jurídico no art. l º do Ato
Art. 56. Ficam sujeitos ao foro militar tanto os militares como os civis, na
comando.
- 20 -
Art. 57. O foro especial estabelecido neste Decreto-lei prevalecerá sobre
qualquer outro ainda que os crimes tenham sido cometidos por meio de imprensa,
radiodifusão ou televisão.
autoridade judiciária competente. Êste prazo poderá ser prorrogado uma vez,
que o nomeotL
indiciado até dez dias, desde que a medida se torne necessária às averiguações
policiais militares.
penal, militar ou civil, sem rigor penitenciário, a critério do juiz, tendo em vista a
- 21 -
z30
temporariamente;
IX - emitir moeda;
a) os serviços de telecomunicações;
- 22 -
b) os serviços e instalações de energia elétrica de qualquer origem ou
natureza;
c) a navegação aérea; e
d) produção e consumo;
pesca;
comunhão nacional;
- 23 -
p) emigração e imigração; entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
técnico-cientificas;
s) símbolos nacionais;
Territórios;
por suas opiniões, palavras e votos, salvo nos casos de injúria, difamação ou
respectiva.
como testemunhas, não subsistirão, se deixarem eles de atender, sem justa causa,
- 24 -
Art. 55. O Presidente da República, em casos de urgência ou de interesse
público relevante, e desde que não haja aumento de despesa, poderá expedir
I - segurança nacional;
aprovará ou rejeitará, dentro de sessenta dias, não podendo emendá-lo; se, nesse
nacional;
segurança nacional;
- 25 -
III - indicar as áreas indispensáveis à segurança nacional e os municípios
de comunicação;
nacional;
anterior; e
essas entidades.
trabalhadores brasileiras.
Art. 129. À Justiça Militar compete processar e julgar, nos crimes militares
- 26 -
Z3S
§ 1 º Esse foro especial estender-se-á aos civis, nos casos expressos em lei,
militares.
1°.
Flores continuou cumprindo com a finalidade para qual foi criado, podendo abrigar presos
civis e militares em decorrência das disposições da Lei de Segurança Nacional, que, por sua
No seu art.1 º,pode-se notar que há uma permissão legal de se manter presos especiais
em estabelecimentos militares, de natureza penal ou não. Isso significa dizer que era possível
encontrar em unidades militares presos beneficiados com a prisão especial, senão vejamos:
Penal.
- 27 -
Art.2 ºO detido deverá:
Por fim, quanto à atividade de Polícia Militar, o Código de Justiça Militar de 1938
estabelecia:
oficial, "
"Art. 156. Qualquer das autoridades referidas no art. 115 poderá ordenar
dias.
Armada poderá prorrogar esse prazo por mais vinte dias, mediante solicitação
como de direito.
- 28 -
23?
'--'
previa o seguinte:
seus Ministérios, bem como a militares que, neste caráter, desempenhem missão
ação de comando;
Aeronáutica;
Delegação do exercício
- 29 -
\,_ 1
indiciado, poderá ser feita a de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo.
a) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão
processos, bem como realizar as diligências que por eles lhe forem requisitadas;
- 30 -
e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos
militar;
Ilha das Flores, da mesma forma que nos dias atuais, tinham origem na Lei Orçamentária
·-._
forma descentralizada.
mesmos adotados pelos demais órgãos federais, respaldados pelos normativos legais vigentes
à época, alguns dos quais estão ainda em vigor, destacando-se os seguintes artigos:
f
- Lei nº 432011964:
- 31 -
Zt..t o
base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas
(...)
-Decreto-Lei nº 20011967:
- 32 -
L Art. 18. Tôda atividade deverá ajustar-se à programação governamental e
Por sua vez, as prestações de contas anuais são o meio pelo qual os administradores e
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos prestam contas de sua gestão à
O Tribunal de Contas, como órgão garantidor, foi resumido pelo Prof. Hamilton
Fernando Castardo, em sua obra "O Tribunal de Contas No Ordenamento Jurídico Brasileiro,
remonta ao período colonial. Em 1680, foram criadas as Juntas das Fazendas das Capitanias e
O Tribunal de Contas tem suas raízes no Erário Régio ou Tesouro Real Público,
instalado em 1808, na administração de D. João VI, quando também foi criado o Conselho da
- 33 -
L
A Constituição brasileira de 1824, em seus artigos 170 e 172, outorgada por Pedro 1,
- rezava que a apreciação das contas públicas dar-se-ia mediante um Tribunal, chamado de
Tesouro Nacional.
23 de junho de 1826. Foi somente com a República, entretanto, que foi instituído no Brasil
Republica. "
- 34 -
Em 1891, com a primeira Constituição da República, o Tribunal de Contas, instalado
ajustes no rol de suas competências, mas sem alterações na essência do papel de Órgão
Congresso Nacional.
1
._../
Constituição de 1891
sentença".
Constituição de 1934
Do Tribunal de Contas
Constituição de 1937
de acordo com a lei, a execução orçamentária, julgar das contas dos responsáveis
- 35 -
Constituição de 1946
execução do orçamento;
pensões.
A Constituição de 1967
valores públicos.
das unidades administrativas dos três Poderes da União, que, para esse fim,
- 36 -
Z45
Constituição de 1988
mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de
seu recebimento;
- 37 -
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
setembro 1949, que reorganizou o Tribunal de Contas da União, Lei nº 4320/1964 e Decreto-
que foram instaladas nos mesmos edifícios em que funcionavam as repartições fiscalizadas.
das despesas.
Lei nº 830/1949
a execução do orçamento;
entidade, estipendiados pelos cofres públicos, ou não, que derem causa à perda,
responsável;
- 38 -
I - velar por que a aplicação dos dinheiros públicos se dê na conformidade
Lei nº 4320/1964:
Municípios.
- 39 -
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder
Decreto-Lei nº 200/1967:
(...)
(...)
tesoureiros ou pagadores será feita no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias
quem éstes delegarem competência, terá sua regularidade certificada pelo órgão
de auditoria.
- 40 -
§ 2º Sem prejuízo do encaminhamento ao Tribunal de Contas, a
da União, que revogou a Lei nº 830/49, expressava em seu art. 28 e seguintes, dentre outras,
aqueles de caráter reservado e confidencial, que também eram examinadas pelo referido
Tribunal.
reformas e pensões.
Administração Federal.
pessoas e matérias sujeitas à sua competência, a qual abrange todo aquele que
- 41 -
z:ço
I - Os ordenadores de despesa.
entidade estipendiadas pelos cofres públicos ou não, que derem causa à perda,
contas.
confidencial não serão publicados, devendo nesse caráter ser examinados pelo
- 42 -
25J
Art. 67.
a) a requerimento do responsavel;
ordem do director;
"Seção III
Da Competência do Tribunal
Tribunal, basicamente:
necessárias;
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25 2
atribuição também é de exarar a quitação, caso o responsável seja julgado quite com a
Fazenda Nacional.
. _]
Reforça este entendimento, o art. 80 do Decreto-Lei nº 20011967 que estabelece a
somente na situação de julgamento regular de suas contas pelo Tribunal de Contas, à fl. 248.
-- Por fim, conforme demonstrado, já no ano de 1949, a Lei nº 830 previa a publicação
das despesas, o que foi mantido pelo Decreto-Lei nº 199/67 e pela Lei nº 8.443/92, que
Lei nº 8.443192
constituirá:
-·
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b) título executivo bastante para cobrança judicial da dívida decorrente do
Nacional das despesas relativas ao emprego dos recurs'os financeiros para e custeio e
manutenção das instalações da Ilha das Flores e julgou pela regularidade das contas dos
ordenadores, após a Marinha do Brasil assumir a responsabilidade sobre aquele bem público.
regularidade. Dessa forma, depreende-se, em última análise, terem sido julgados regulares,
visto não haver mais registro desses processos naquele Tribunal de Contas, às fls . 196 a 207.
9-CONCLUSÃO
Por mais de 131 anos como patrimônio da União, a Ilha das Flores viveu, nas suas
milhão de pessoas, nasceu a parceria da Marinha do Brasil com o meio acadêmico buscando
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Z5 l.j
XIX até o início dos anos 70 do século XX; e as facilidades de controle de contingentes
instalações já existentes, fizeram com que a Ilha das Flores fosse utilizada, até meados da
de emergência.
acolher, com algum grau de conforto, as milhares de famílias de imigrantes, logicamente com
garantir o cumprimento, em boas condições, do propósito a ele atribuído. Tal afirmativa fica
patente quando verificamos, por meio de documentos de advogados de presos sobre aquele
período, como era bastante aceitável, sob o ponto de vista de abrigar presos, aquele ambiente
prisional.
transcritas na sequência, reforçam a tese das boas condições do presídio: petições "para o
Presídio da Ilha das Flores, onde ficaria em companhia de outros detidos, gozando de
tratamento mais salutar"; "muito embora se encontre sendo muito bem tratado na Ilha das
Flores".
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L Considerando o contido nos parágrafos anteriores, fica cristalina a preocupação da
instituição Marinha do Brasil em assegurar, aos presos acautelados na Ilha das Flores,
Por sua vez, as situações históricas apresentadas no tópico "USO DA ILHA DAS
L
'- FLORES PELO ESTADO BRASILEIRO EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA",
demonstram que a Ilha das Flores foi utilizada por diversos governos, em diferentes períodos
de sua história, como presídio, atribuição esta que extrapolava a destinação daquele bem
público, a suà · função pública e contrariava a finalidade atribuídá pela afetação como da
Hospedaria de Imigrantes.
verificar no tópico "USO DA ILHA DAS FLORES PELA MARINHA", o uso das mesmas
instalações não se constituiu, de modo algum, em desvio de finalidade, tendo em vista que, ao
Especial da Ilha das Flores recebeu como missão principal o acautelamento de presos, sendo
naquela nova Unidade tiveram como tarefa criar as condições necessárias para que a mesma
verifica-se que as Constituições da República Federativa do Brasil de 1946 e 1967, bem como
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25G
tipificado em lei.
Sendo o direito penal comum ou militar e o direito processual penal comum ou militar
ramos do direito público, cabe ao Estado destinar, afetar bens públicos com a finalidade
específica de abrigar presos para o cumprimento das penas privativas de liberdade. Se assim
dos preceitos legais que cominam penas privativas de liberdade como sanção para a prática de
algum ilícito penal. Assim, se não houvesse a previsão de prisão nas leis, não haveria
"deve ser entendida como a consagração do bem a uma utilização concernente a uma utilidade
Se a afetação de um bem público caracteriza-se por lhe imprimir uma destinação específica,
que, dada a efetiva afetação de determinado bem, ocorre o surgimento de um correlato dever
de sua utilização com vista, justamente, ao cumprimento do fim público a ele consagrado."
Por todo exposto ao longo deste procedimento administrativo, ficou constatado que a
Organização Militar com a tarefa de acautelar presos na Ilha das Flores teve a sua criação e o
desempenho de suas atividades legitimadas pela ordem jurídica então vigente, tendo em vista
prossegue nos seguintes termos: "Há uma razão para que se proceda à afetação de um bem, rY
razão tal que não pode ser desconsiderada. O motivo que precede e justifica a afetação de um V ~
bem público é a existência de uma finalidade pública cujo cumprimento se faz essencial, de
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forma que aquele determinado bem afetado corresponda ao instrumento necessário a ser
utilizado para que tal finalidade - a ele previamente destinada- seja alcançada".
Sob esse aspecto, o bem afetado para acautelar presos na Ilha das Flores de fato
cumpriu com sua função pública. Foi criado pela necessidade do Estado em concretizar sua
política criminal, sobretudo no que diz respeito à preocupação constitucional com a segurança
nacional, corporificada na edição da Lei de Segurança Nacional, a qual previa uma série de
L
condutas tidas como criminosas, bem como penas privativas de liberdade, as quais tinham que
é um meio para o cumprimento de uma função pública, a ele previamente vinculada pelo
instituto da afetação, o que gera, por consequência, o dever de uso do bem para o alcance da
Ilha das Flores serviu de instrumento para a consecução de uma finalidade pública, uma vez
que foi criada, em cumprimento ao Aviso Ministerial 3. 907 de 26 de dezembro de 1968, para
Assim, à luz da ordem jurídica vigente à época, não se pode falar em desvirtuamento
do fim público estabelecido para a instalação prisional da Ilha das Flores, justamente por ter
sido criada com o fim específico, qual seja, de se constituir em local de acautelamento de
presos. Portanto, a criação da Unidade, a lotação de pessoal, bem como a sua destinação estão
instalações da Ilha das Flores, embora não tenha sido possível reunir fisicamente os ~
documentos que comprovem o emprego dos recursos orçamentários necessários ao L/~
funcionamento daquela Organização Militar, muito em função do tempo decorrido e por não
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haver previsão legal para arquivá-los por tanto tempo, pode-se inferir que, embora escassos,
foram utilizados com parcimônia e de acordo com o estabelecido pelas rígidas normas sempre
impostas pela Marinha do Brasil quando se trata de gerir a coisa pública. Portanto, não há
razão fática que permita concluir que tenha havido irregularidade no emprego de tais recursos
Tal certeza é reforçada pelo fato do Tribunal de Contas da União, Corte com a
administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos", não ter registro ou ter
situação indica, pela ausência de fato em contrário, que aquela Corte de Contas julgou
da União, depreende-se que as contas dos Ordenadores de Despesa, entre os anos de 1969 e
1988, por não haver pendência assinalada, foram julgadas regulares, o que indica que a
aplicação dos recursos financeiros da União se deu em conformidade com as leis, com o
Assim sendo, deve-se ressaltar que, tomando-se por base o trabalho apresentado na
- 50 -
que resultaram em desvirtuamento do fim público estabelecido para a Base da Ilha das Flores,
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SOLUÇÃO
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1 - O uso das instalações da Ilha das Flores como local de acautelamento de presos não se \
constituiu, de modo algum, em desvio de finalidade, tendo em vista que, ao ser criado pelo Aviso
Ministerial nº 3 .907 de 26 de dezembro de 1968, o Destacamento Especial da Ilha das Flores
recebeu como missão principal a guarda de presos, sendo esta, portanto, a sua finalidade. Dessa
forma, as instalações prisionais da Ilha das Flores cumpriram a sua função pública ao ser
utilizada para atender necessidade do Estado. Ademais, não se deve perder de vista, conforme
apresentado, que ao ocuparem as mesmas estruturas usadas pelas famíl ias que recém chegavam
ao Brasil, as antigas instalações da Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, os presos
utilizaram a estrutura já existente, a qual lhes asseguravam, com as devidas adaptações, boas
condições para o cumprimento das penas que lhes foram imputadas.
II - As instalações existentes na Ilha das Flores foram utilizadas para abrigar presos em
cumprimento a documento legal, Aviso Ministerial nº 3. 907 de 26 de dezembro de 1968, e
serviram para atender uma finalidade pública, cumprindo a destinação para qual o bem foi
afetado. Assim fica claro que o bem foi utilizado exatamente como determinado pela legislação
supramencionada, afastando-se, por óbvio, qualquer possibilidade de uso para fins diversos do da
destinação.
- 1-
os militares designados para servirem naquela nova Unidade tiveram como
condições necessárias para que a mesma pudesse funcionar perfeitamente e assim cumpri a
finalidade para a qual foi criada.
-2-
públicos que ensejassem suposição de desvio de finalidade estatuída para aquela Organização
Militar.
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-3-
e Segue Fisicamente Situação Documento está com
O Segue Eletronicamente ARQUIVADO PROTOCOLO
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J
POSSUI REFERÊNCIA J
FOLHA DE ENCAMINHAMENTO
DOCUMENTO:
OF 60 156 MB.pdf
SINOPSE:
PARECER:
Distribuição
Trâmite PROTOCOLO ;PROTOCOLO
P/Conhecimento:
Senhor Ministro ,
Respeitosamente,
4~~1:ç,~
JULIO SOARES DE MOURA NETO
Almirante-de-Esquadra
Comandante da Marinha
61001. 009243/2014 - 00
GM-60/GM- 62
Ministério da Defesa
Setor: PROTOCOLO
Processo nº: 62194.000690/2014-38
TERMO DE ANEXAÇÃO
Em 10/06/2014, às 18: 11 horas, faço a juntada por anexação ao presente processo o Documento NUP
61001.009243/2014-00, DR-2014/06-00870, constituído inicialmente com 3 (três) folha(s), devidamente numeradas
e rubricadas :
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