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Crianças e o Vento
Crianças e o Vento
Crianças se perdem
em bolas
Alheio assisto
no banco ventado
Enquanto se socorrem
da própria felicidade
No cântico dos gritos
a efusão elaborada do jogo
Jogado na perda
de mais uma infância
Que meus olhos despedem
no adeus do vento
Trazido e esquecido
enquanto o riso fácil
Se dilui com todo
o vigor de um carinho
Desfeito no tempo
limite do passado
Em que mais uma geração
gera seu próprio torpor
De só se sentar
ao banco e assistir
O que cada criança
sabe que joga e perde