Professional Documents
Culture Documents
UFCD 10662 Dinàmica Corporal
UFCD 10662 Dinàmica Corporal
UFCD_10662
761175 - Técnico/a de
Ação Educativa
50 horas
Dinâ mica corporal UFCD 10662
Índice
Atividades ao ar livre................................................................................................................................................................... 5
Capacidades condicionais........................................................................................................................................ 8
Força/Velocidade/Resistência/Flexibilidade.................................................................................................................... 8
Bibliografia e netgrafia............................................................................................................................................................. 32
Objetivos:
Distinguir o jogo com fim lú dico do jogo com fim didá tico.
Conteú dos:
Atividades ao ar livre
o Capacidades condicionais
Força
Velocidade
Resistência
Flexibilidade
o Ritmo
o Reacçã o
o Objeto
o Funçõ es do objeto
o Qualidades do objeto
o Utilizaçã o do objeto
o Texto
Atividades ao ar livre
Temos vivido tempos conturbados. Lidamos com uma pandemia há mais de um ano e
sentimos uma enorme necessidade de sair de casa, de estar em contacto com a Natureza e de
nos sentirmos livres de novo. As crianças sentem isto de igual forma (ou talvez ainda mais).
Dia de praia
Um dia na praia consegue ser verdadeiramente cansativo. Regra geral, os miú dos, depois de
um dia a levar com ondas em cima, correr na areia, construir castelos, apanhar sol e comer
bolas de berlim, chegam a casa estoirados e só querem ir para a cama. É , assim, uma belíssima
ideia para divertir e cansar os pestinhas.
Caça ao tesouro
Uma caça ao tesouro ao ar livre – uma atividade que incentiva os pequenos a questionar os
cinco sentidos enquanto os mantém atentos à tarefa. Pode ser uma atividade igualmente
divertida para os mais crescidos.
Observação de pássaros
Agarre nos binó culos e no seu chapéu de explorador e parta à descoberta de pá ssaros com os
membros mais novos da família. Observar a fauna envolvente é realmente fascinante, até para
nó s, adultos.
Ninguém gosta da sensaçã o de sentir areia no corpo tanto quanto as crianças. Esta atividade
nã o exige que se desloque até à praia para deixar a magia sensorial acontecer. Basta procurar
um parque que tenha uma caixa de areia ou usar a do seu jardim, caso tenha.
Juntar acessó rios de praia ou outros elementos pode mantê-los ocupados durante bastante
tempo. Aproveite para meter a leitura em dia.
Jardim Botânico
Um passeio relaxante num jardim botâ nico nã o é só uma belíssima forma de sair de casa,
como também de estabelecer contacto com a Natureza e, sobretudo, aproveitar a
oportunidade para presenciar a curiosidade de observaçã o dos mais novos.
Lançar um papagaio
Ir até um jardim e lançar um papagaio pode ser desafiante. O sucesso desta tarefa exige boas
condiçõ es atmosféricas, técnica e algum treino.
Piquenique no parque
Esta é uma das minhas favoritas – fazer um piquenique. Comer com um cená rio verde de
fundo, a ouvir os pá ssaros a chilrear é incrível tanto para os mais novos, como para os mais
velhos.
Para além de conseguir recuperar a vida a muitos lá pis de cera partidos, pode entreter os
miú dos durante um largo período de tempo.
Macaquinho do Chinês
Este jogo implica que um elemento, enquanto conta até três, nã o olhe para quem está a tentar
atingir a meta. Se vir alguém a mexer-se quando abrir os olhos, essa criança terá de voltar ao
ponto de partida e recomeçar do ponto de partida (agora em desvantagem perante os outros).
Corrida de sacos
Esta atividade conjuga o exercício físico com a diversã o. Cuidado para nã o ser vencida em
cinco segundos, os miú dos sã o mais rá pidos do que parecem.
Nasce de sentimentos, sensaçõ es, imagens e ideias e baseia-se na perceçã o dos sentidos e na
motricidade, integrando as á reas motoras e psíquicas do ser humano.
Libertar a afetividade.
Tornar a criança mais consciente de si e liberta dos bloqueios que dificultam a relaçã o
com o outro.
Capacidades condicionais
Força/Velocidade/Resistência/Flexibilidade
O professor fica de frente para o grupo, e apenas com sinais através das mã os o grupo deverá
se movimentar com bastante atençã o, de acordo com o sinal transmitido.
Reprodução de som
O professor faz um ritmo de palmas e depois os alunos deverã o reproduzir. Em seguida cada
aluno é solicitado a propor outro ritmo e os demais reproduzirem. Podem ser feitos sons com
diferentes partes do corpo.
Desmanche o nó
Espelho
Marionetes
Em duplas. Um integrante de cada dupla será uma marionete. Este será movimentado ao
comando das mã os do companheiro, podendo ou nã o tocá -lo. Deixar a marionete em posiçã o
de está tua e sair visitar as outras marionetes. A seguir, invertem-se os papéis.
Mímica
Uma criança vai a frente do grupo e imita um animal (por exemplo), o restante do grupo
deverá tentar descobrir o nome do animal que está a ser imitado.
Escultura de grupo
Em grupos de mais ou menos 8 crianças. Criar um tema, por exemplo: meio de transporte.
Cada grupo, deverá montar uma escultura com os seus corpos, como se fossem a matéria
Complete o desenho
Distribuir uma folha para cada aluno, na qual irá fazer um desenho ou frase. Dobrará a folha
de modo que aparecerá apenas uma parte do desenho e irá passá -la a um companheiro que
deverá completá -lo (sem olhar o que está em baixo da dobra); e assim a folha segue até passar
por todos do grupo. Depois abrem-se as folhas e vêem qual desenho foi formado.
Ritmo e Reação:
As capacidades coordenativas, por outro lado, estã o ligadas à disposiçã o ordenada das açõ es
para cumprir um objetivo. Orientaçã o, equilíbrio, ritmo, adaptaçã o, acoplamento ou
sincronizaçã o, reaçã o e diferenciaçã o fazem parte desse tipo de capacidades físicas.
Essa noçã o espacial é desenvolvida nas crianças a partir da experimentaçã o. Sendo que a
referência principal da criança é o pró prio corpo.
Como acontece com quase todos os aspetos do desenvolvimento infantil, cada criança
desenvolve a noçã o espacial em um determinado ritmo. Por isso, o ideal é estimulá -las, desde
cedo, com brincadeiras que proporcionem jeitos diferentes de vivenciar os conceitos que
mencionamos acima.
Capacidade de reação - Permite iniciar acçõ es motoras de forma rá pida e eficaz num
momento determinado de expectativa.
Atividades espontâneas
761175 - Técnico/a de Ação Educativa Página 13 de 32
Dinâ mica corporal UFCD 10662
As atividades espontâneas sã o atividades feitas através de brincadeiras e jogos que
possibilitem a aprendizagem da criança por meio das interaçõ es e do convívio com as outras
crianças, sempre decorrida pelo professor.
Exemplos:
Pintura facial;
Estampagem com marcas de dedos, mã os, pés, com carimbos, com rolo.
Instrumentos
Lá pis de cor;
Pastel de ó leo;
Pastel seco,
Marcadores;
Tempera/guache;
Aguarela;
Corda;
Moldes.
Elaborar uma lista de materiais necessá rios a atividades pedagó gicas em cada á rea de
interesse existente na sala;
Elaborar uma lista de materiais que existem e os que estã o em falta em cada á rea de
interesse;
Elaborar uma lista de materiais de consumo necessá rios à s atividades pedagó gicas;
Elaborar uma lista de materiais de consumo existentes e dos que estã o em falta;
Verificar no final da semana, num momento de rotina previamente definido, das listas
de materiais existentes e em falta;
Nesta á rea a criança experimenta vá rios materiais e suportes, realiza artefactos com
materiais reutilizá veis, realiza colagens, pinturas, desenhos com variadas técnicas, manuseia
tesouras, agulhas, colas, experimenta e treina noçõ es de espaço relativos ao suporte que nele
se inscreve.
A expressã o plá stica é um dos modos mais característicos que acriança/jovem tem, nã o
só de observar e manipular a matéria, deforma criativa, como, também, de comunicar ao
exterior a sua particular visã o do meio, sua aquisiçã o permanente de noçõ es e a necessidade
de compartilhar com os outros o seu estado emocional.
Unidades de trabalho
Desenho;
Pintura e estampagem;
Modelagem;
Construçõ es.
Fantoches: Concentraçã o, visualizaçã o;
Ampliar as experiências;
Tipos de fantoches:
Fornecer diferentes tipos de materiais e adereços que as crianças poderã o usar para as
brincadeiras de representaçã o de papéis e faz-de-conta. Poderã o fazer os seus pró prios
adereços – má scaras, chapéus, etc. e ainda os bilhetes, para a peça.
Jogos dramáticos
A expressão dramática surge das palavras EXPRESSÃO - do latim “expressione”, que significa
extrair o suco, fazer sair, brotar, estar estritamente ligada à manifestaçã o das emoçõ es;
DRAMA - do grego drama, acontecimento impressionante, comovente e terrível; narrativa que
apresenta com intensidade acontecimentos comovente, arte literá ria de escrita de peças para
teatro, açã o teatral.
A expressã o dramá tica permite que a criança transfira para os personagens os seus
problemas, essa liberaçã o do “faz de conta” resolve, até certo ponto, as suas dificuldades
de ajustamento e de integração no grupo, otimizando o desenvolvimento emocional
sadio.
O imaginá rio é o meio de expressã o privilegiado utilizado pelas crianças para expressarem a
realidade, representando-a e aprofundando as suas descobertas. É a atividade bá sica, muito
rica e necessá ria ao seu desenvolvimento pessoal.
A dramatizaçã o livre e espontâ nea dos contos de fada e dos contos tradicionais desenvolve na
criança a criatividade e tornam-na mais comunicativa, desenvolvendo, assim, a sua
socializaçã o. É através do imaginá rio, do maravilhoso que a criança cresce afetivamente.
Expressã o dramá tica é um dos meios mais valiosos e completos de educaçã o. A amplitude da
sua açã o, abrangendo quase todos os aspetos importantes do desenvolvimento da
criança/jovem e a grande diversificaçã o de formas que pode tomar, podendo ser regulada
conforme objetivos, as idades e os meios de que se dispõ e, tornam-na por excelência a
principal forma de atividade educativa.
Tal como tem necessidade de respirar e de comer, a criança tem necessidades lúdicas. Nã o
podendo viver sem respirar nem comer, não pode também a criança/jovem viver sem
brincar.
Na expressã o dramá tica, a criança/jovem cria todo um seu mundo de ilusão, fundindo-se
intimamente com o ambiente criado pela sua imaginação, identificando-se totalmente com
a personagem a que se brinca. A expressã o dramá tica é um desvio pelo abstrato tã o
importante para a criança/jovem que esta a torna como a coisa mais séria da sua vida. Gozar
com uma criança que brinca no mundo da ilusã o é prejudicial para ela, criando-lhe por vezes
certas inibiçõ es psicoló gicas, tal é a seriedade com que ela encara o jogo fictício. Esta
seriedade é, no entanto, muito diferente daquilo a que se designa normalmente por vida séria.
Nesta seriedade está implícita precisamente uma fuga à vida séria e uma passagem para o
mundo da ilusã o, no qual a criança/jovem mergulha profunda e totalmente, abstraindo-se por
completo do mundo real.
Poderemos dizer que, de um modo geral, a expressão dramática propõ e-se sobretudo a
ajudar a criança/jovem a :
Auto – educar-se
Expressã o de sentimentos;
Criatividade;
Ludismo;
Desempenho de papeis;
Expressã o dramá tica nã o é propriamente teatro, tem os seus pró prios objetivos e utiliza jogos
dramáticos e um conjunto de atividades lúdicas. Pode designar-se de jogo dramá tico ou de
arte dramá tica.
A expressã o dramá tica utiliza a dramatizaçã o, jogos dramá ticos, expressã o corporal e outros
para fantasiar, desenvolver a expressividade de uma forma lú dica e divertida.
Esta prá tica pedagó gica favorece o desenvolvimento global, tanto da criança como do
adulto, a nível cognitivo, afetivo, sensorial, motor e até mesmo estético. Permite também
explorar outras expressõ es como a expressão plástica, a expressão corporal, a expressão
musical e a motricidade.
“Faz de conta”,
De fantoches,
De representaçõ es,
De sombras chinesas,
Os objetivos traçados para o jogo musical dramá tico podem ajudar a criança no seu
desenvolvimento, fomentando a expressividade, a criatividade e a consciência de valores,
promovendo o seu relacionamento social. As atividades em grupo unem as açõ es num
A criança com o jogo dramá tico pode criar um mundo ilusório, abstraindo-se assim do
mundo real.
Para finalizar, a introduçã o dos jogos de expressã o dramá tica num grupo de crianças
apresenta vantagens para o educador, e para a criança, esta adquire aptidõ es, dominando
o corpo e a sensibilidade.
O jogo dramático é um jogo que diverte e dá prazer. Nele a criança pode expressar
livremente o corpo, a expressã o, a oralidade e a comunicaçã o pessoal.
O bichinho de estimação;
Nú mero de participantes: 10 a 20
Desenrolar da ação:
Diz-se à s crianças para se colocarem aos pares. Uma será o bichinho e o outro o dono;
Cada par irá entã o por sua vez representar uma cena do amor que o dono tem pelo seu
bichinho: faz-lhe festas, brinca com ele, lava-o, dá -lhe de comer, etc.
Toca a acordar!
Nú mero de participantes: 4 a 15
Desenrolar da ação:
Neste jogo a representaçã o constará de imitar tudo o que a criança faz usualmente, de manhã ,
desde o levantar até à saída para a escola (a cama, a higiene matinal, o vestir, o pequeno-
almoço, o despedir dos pais, a saída para a escola, etc.);
Sendo representada individualmente, cada atuaçã o poderá no entanto ter outras crianças
desempenhando papéis secundá rios (a mã e, o pai, os irmã os, etc.).
No jogo, a criança apropria-se daquilo que percebe da realidade. Este autor defende que
o jogo nã o é determinante nas alteraçõ es das estruturas, mas pode transformar a realidade.
Como exemplo, o bebé mama nã o apenas para sobreviver, mas porque descobre o prazer de
mamar, à medida que satisfaz a sua fome. É isso que o faz chupar a chupeta, mesmo que nã o
saia alimento nenhum, esse exercício dá -lhe um enorme prazer.
O jogo de exercício é essencialmente sensó rio-motor. Aparece até, mais ou menos, aos dois
anos de idade. Este jogo estará presente em todos os está gios da nossa vida, inclusive a fase
adulta, pois o prazer deve estar sempre presente em tudo que fazemos.
Jogo simbólico: Segundo Piaget, estes jogos fazem parte da fase pré-operató ria (dos dois aos
sete anos de idade), onde a criança, além do prazer, começa a utilizar a simbologia. O jogo
simbó lico permite-lhe a aquisição de uma linguagem própria, construída a partir de
símbolos/imagens mentais, cuja mutaçã o decorre consoante as suas necessidades, e
permite a sua adaptaçã o ao mundo dos adultos e à complexidade das regras e relaçõ es já
existentes.
Como exemplo, a criança tem a possibilidade de vivenciar aspetos da realidade, muitas vezes
difícil de elaborar: a chegada de um irmã ozinho, a mudança de escola ou situaçõ es boas como
ser um super-homem, imitar a mã e ou o pai.
Cada está dio do desenvolvimento descrito por Piaget tem uma sequência que depende da
evoluçã o da criança, do nascimento até ao final da vida.
Uma fase interliga-se com a outra de forma que o final de uma se confunda com o começo de
outra.
A evoluçã o começa com a fase puramente reflexiva, passando pela assimilaçã o, pelo
simbolismo até chegar à acomodaçã o.
A relação que o/a educador/a estabelece com as crianças assume diversas formas, que
têm de ser intencionalmente pensadas e adaptadas à s situaçõ es. Estar atento/a e escutar as
crianças, ao longo dos vá rios momentos do dia, permite ao/à educador/a perceber os seus
interesses e ter em conta as suas propostas para negociar com elas o que será possível fazer,
ou para se decidir em conjunto o que é de continuar ou o que está terminado, para se passar a
uma nova proposta. Neste processo relacional, o/a educador/a:
modera debates e negociaçõ es; propõ e ainda ideias que levem as crianças a terem
vontade de melhorar o seu trabalho.
Neste sentido, o/a educador/a deve apoiar a compreensã o que as crianças têm, desde
muito cedo, dos sentimentos, intençõ es e emoçõ es dos outros, facilitando o desenvolvimento
da compreensã o do que os outros pensam, sentem e desejam. Cabe também ao/à
educador/a, em situaçõ es de conflito, apoiar a explicitaçã o e aceitaçã o dos diferentes pontos
de vista, favorecendo a negociaçã o e a resolução conjunta do problema.
As razões das normas que decorrem da vida em grupo (por exemplo, esperar pela sua vez,
arrumar o que desarrumou, etc.) terão de ser explicitadas e compreendidas pelas
crianças, como o respeito pelos direitos de cada uma, indispensá veis à vida em comum. Estas
normas e outras regras adquirem maior força e sentido se todo o grupo participar na sua
Esse papel ativo da criança decorre também dos direitos de cidadania, que lhe sã o
reconhecidos pela Convenção dos Direitos da Criança (1989), a saber:
Garantir à criança o exercício destes direitos tem como consequência considerá -la o
principal agente da sua aprendizagem, dando-lhe oportunidade de ser escutada e de
Bibliografia e netgrafia
www.forma-te.pt
www.wikipedia.com