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ז ר ה ע ב ו ד ה
O CONCEITO DE TRABALHO ESTRANHO
O início da profanação
״ַא ְׁש ֵר י ֱא נֹוׁש ַיֲעֶׂש ה ֹּזאת ְו גֹו׳: ֶׁש ֶּנֱא ַמ ר,[ְּכ דֹור] ֱא נֹוׁש — מֹוֲח ִל ין לֹו
. ״ָמ חּול לֹו״: ַא ל ִּת ְק ֵר י ״ֵמ ַח ְּל לֹו״ ֶא ָּלא.ֵמ ַח ְּל לֹו״
Como que a dizer que, com respeito à geração de Enosh foi dito: ּוְל ֵׁש ת ַּגם־הּוא
“ }ֻיַּל ד־ֵּב ן ַוִּיְק ָר א ֶא ת־ְׁש מֹו ֱא נֹוׁש ָא ז הּוַח ל ִל ְק ֹרא ְּב ֵׁש ם ְיֹהָוה׃ {סE a Shet também nasceu
um filho; e ele chamou seu nome de "Enosh". Então eles "começaram" [" הּוַח לhuḥal" ]
a invocar o nome do HaShem” ( Bereshit 4 : 26 ), que poderia ser lido como:
"profanar" [ לחללleḥalel ] a invocação do nome... como Vaicrá 18 : 21 diz - ּוִמ ַּזְר ֲע ָך
ֹלא־ִת ֵּת ן ְל ַה ֲעִב יר ַל ֹּמֶל ְך ְוֹלא ְת ַח ֵּל ל ֶא ת־ֵׁש ם ֱא ֹלֶה יָך ֲא ִני ְיֹהָוה׃- Não permitam que
nenhum dos vossos descendentes seja oferecido a Mole'h, e não profanem o nome do vosso
Elohim. Eu Sou. O HaShem.
M E H I L T A D ' R A B I I S H M A E L 2 0 : 3
O animismo é usado na antropologia da religião como um termo para: O sistema de crenças de alguns povos indígenas,
especialmente antes do desenvolvimento de religiões organizadas. Apesar de cada cultura ter suas próprias mitologias
e rituais diferentes, "animismo" seria um termo usado para descrever o segmento mais comum e fundacional das
perspectivas espirituais ou sobrenaturais dos povos indígenas. A perspectiva animística é tão fundamental, mundana
e diária que os povos indígenas mais animistas nem sequer têm uma palavra em seus idiomas que corresponda a
"animismo" (ou mesmo a "religião"); o termo é uma construção antropológica, e não uma designação dada pelos próprios
povos.
Em grande parte devido a essas discrepâncias etnolinguísticas e culturais, existe um debate sobre se o animismo
refere-se a uma ampla crença religiosa ou a uma religião de pleno direito. A definição atualmente aceita de animismo
só foi desenvolvida no final do século XIX por sir Edward Tylor, que criou-a como "um dos primeiros conceitos da
antropologia, se não o primeiro".
O animismo abrange a crença de que não há separação entre o mundo espiritual e o mundo físico (ou material), e de
que existem almas ou espíritos, não só em seres humanos, mas também em animais, plantas, rochas, características
geográficas (como montanhas ou rios) ou em outras entidades do meio ambiente natural, como o trovão, o vento, a
cachoeira e as sombras. O animismo rejeita, assim, o dualismo cartesiano. Exemplos de animismo podem ser
encontrados no xintoísmo, na religião serer, no hinduísmo, no budismo, na cientologia, no jainismo, paganismo, e
neopaganismo. Alguns membros do mundo não tribal também se consideram animistas (como o autor Daniel Quinn, o
escultor Lawson Oyekan, e muitos neopagãos).
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O termo aparece em novas discussões nas artes. Nas literaturas africanas lusófonas, francófonas, anglófonas, entre
outras, o que outrora era chamado de realismo mágico ou realismo fantástico, é hoje, reconhecido como realismo
animista.
M I S H N E H T O R A H H I L ' H O T A V O D Á Z A R Á
Com o passar do tempo, surgiram entre os filhos de Adam profetas da mentira, que afirmaram que o Él - a força divina - os ordenou dizendo:
"Prestem serviço a sua estrela... ou: Prestem homenagem a todas as estrelas. E disseram também: Ofereçam sacrifícios a ela, e se aproximem dela assim e etc e tal,
e disseram também: Vocês devem erigir um templo, e devem talhar sua imagem de modo que todas as pessoas, mulheres e crianças e o resto da população incluída,
se curvem a isso". E além disso, descreveram para eles uma forma que ele mesmo tinha inventado e lhes disse, que aquela 'era a imagem de sua estrela', que
foi mostrada a ele 'em sua profecia'. Desta maneira, eles começaram a 'desenhar imagens' em templos, debaixo de árvores, no topo de montanhas e
lugares elevados, onde se reuniram para se prostrar diante daquilo e proclamavam ao povo, dizendo: "Esta imagem tem o poder de fazer o bem e mal... e:
seria apropriado lhe prestar serviço... e: devemos reverenciar isso..." Além disso, seus sacerdotes lhe disseram: "Com este culto você crescerá e terá sucesso...
faça isto e aquilo, mas não aquilo e isto..." Em seguida, outras fraudes surgiram para procurar confirmar que a própria estrela, ou o planeta, ou o
mensageiro falaram com eles, e os instruiu dizendo: "Me adorem assim e assim", e então lhes contava a maneira de adorá-los, instruindo: "Faça assim,
mas não faça assado". Teria sido desta forma que, esta coisa se espalhou por todo o mundo, e o culto de estátuas com cerimônias variadas, para se
curvar e sacrificar a isso foi inaugurado. Depois de um longo lapso de tempo, o Nome glorioso e maravilhoso foi esquecido pelos povos, e não mais
mencionado por toda pessoa e apagado de seu entendimento. De tal modo que eles não Lhe reconheciam mais. E como consequência disso, todas as
pessoas da terra, bem como mulheres e crianças pequenas não conheciam isso tradicionalmente, exceto a imagem de madeira e pedra, o templo de
pedra onde foram educados desde a infância para ְל ִה ְׁש ַּת ֲח וֹות ָל ּהse prostarem a isso, e ּוְל ָע ְב ָד ּהprestarem serviço a isso, e ְל ִה ָּׁש ַב ע ִּב ְׁש ָמ ּהjurarem pelo
nome atribuído a isso. Quanto a seus sábios, por exemplo, seus sacerdotes e semelhantes, supunham que não havia Elohim que não fossem as estrelas
e planetas. E tudo ocorreria por causa delas, cuja semelhança seriam aquelas imagens fabricadas. Mas com relação a צּור ָה עֹוָל ִמ יםRocha dos Mundos,
nenhum Adam estava lá entre eles, para reconhecer ou saber, exceto alguns raros indivíduos em todo o mundo, por exemplo, Hano'h, Metushela'h,
Noah, Shem e Éver. E, neste caminho, o mundo continuou seu curso repetitivo, até o nascimento do pilar mais firme do mundo, Avraham, nosso pai.
M I S H N E H T O R A H H I L ' H O T A V O D Á Z A R Á
Os capítulos anteriores, espero, demonstraram que a história da Inundação na Bíblia Hebraica tornaram-se textos
Hebraicos por meio de histórias mais antigas, em Cuneiforme Babilônico. Como também já foi visto, as histórias dos
bebês - Moshe e Sargon - em suas perspectivas correlatas, refletem um compartilhamento parecido, e existem outros
elementos do Sefer Bereshit em particular (tipo, as grandes idades) que sugerem, o exato mesmo processo. Como
então, a antiga história da Inundação e da Arca passaram do Cuneiforme Babilônico para sua forma no Hebraico
Bíblico?
De um modo geral, as pessoas costumam fugir desta reflexão. O ponto "x" no problema tem a ver, sobre a transmissão
do texto escrito, a partir de um "difícil" tipo de escrita para outra, isto é, do Cuneiforme Babilônico ao Alfabeto
Hebraico. E para responder a isso, precisamos estabelecer circunstâncias plausíveis no tempo e no espaço, que
proporcione uma explicação do motivo pelo qual tudo teria acontecido. Precisamos de um mecanismo convincente que
permita isso. E dentre todos os modos pelos quais tal problema foi trabalhado, focando na história da Inundação,
vimos em geral duas abordagens. A primeira, vê a Inundação com uma história que teria sobrevivido de modo
independente do segundo milênio antes da era comum, tanto na Babilônia quanto entre os Hebreus, fazendo com que
tenham uma ancestralidade comum. Em outras palavras, Avraham em Ur, tomou conhecimento da história de sua
terra de nascimento, a Inundação, e a narrativa foi deste modo passada como tradição oral, até ser escrita em
Hebraico. Na minha opinião, os paralelos textuais entre Guilgamesh XI e Bereshit, chegam bem perto de representar
"o fruto" destas duas correntes independentes.
T H E A R K B E F O R E N O A H : I R V I N G F I N K E L
Abordagens na Análise
Como se sabe, por um lado, a história dos Babilônicos em Cuneiforme, circulou de modos diferentes, com
variantes consideráveis e por um intervalo de tempo (maior do que mil anos) e que não era em si mesma, uma
única tradição imutável.
Considerando este pano de fundo e o tempo envolvido, considero que a narrativa dos Hebreus teria terminado
com uma construção bem diferente, mantendo a mesma história básica com componentes parecidos quem
sabe, mas, num resultado reconhecível numa história distinta.
A outra abordagem tem sido considerar que o Exílio na Babilônia, o qual expôs os Iehudaítas a histórias
populares entre populações daqueles locais. Aqui, parece haver a ideia de ter ocorrido certo tipo de osmose
literária, entre os povos que compartilhavam a mesma área, sendo conhecedores de uma história - neste caso, a
área inferior da Babilônia - de onde, eles de algum modo "pegaram" a narrativa. De acordo com esta teoria, os
Babilônicos simplesmente gostavam de contar para os estrangeiros a história - ou, talvez, estava contaminada
na água!
Deixando um pouco de lado as improbabilidades intrínsecas, tal processo demonstrável similarmente não
bastaria para produzir uma narrativa Hebraica, que fosse paralela a cuidadosamente estruturada narrativa
literária que conhecemos em Guilgamesh XI.
Uma solução de dois lados, proposta aqui, entrou da cabeça do escritor que vos fala, no meio de uma palestra
pública com o título "New Light on the Jewish Exile" dada no Museu Britânico, numa tarde de Quinta Feira, dia 26
de Fevereiro de 2009. Foi a consequência de eu ter passado os dois anos anteriores ou mais, pensando e
escrevendo sobre a Babilônia, no preparo para a exibição "Babilon: Myth and Realilty", que ocorreu no Museu, de
13 de Novembro de 2008 a 15 de Março de 2009. Várias vezes surgiram materiais, vozes antigas na Babilônia, no
Aramaico e no Hebraico, como roupas numa máquina de lavar.
T H E A R K B E F O R E N O A H : I R V I N G F I N K E L
Na manhã do dia 16 de Março de 597 antes da era comum, Iehoiakim um rei de dezoito anos em
Iehudá, acordou numa Jerusalém cercada pelo exército de Nevuhadnetzar II, rei da Babilônia. De
acordo com a Bíblia Hebraica:
Iehoiakim tinha dezoito anos, quando se tornou rei e reinou por Jerusalém por três meses. O nome de sua mãe
era Nehushta, filha de Elhatan. Ela era de Jerusalém. Ele fez o que era mal aos olhos do HaShem, tal qual seu
pai tinha feito. Naquele tempo, oficiais de Nevuhadnetzar rei da Babilônia avançaram sobre Jerusalém e a
cercaram. E Nevuhadnetzar mesmo, veio até a cidade enquanto seus oficiais a sitiavam. Iehoiakim rei de
Iehudá, sua mãe, seus atendentes, seus nobres, e seus oficiais, todos se renderam a ele. No oitavo ano do
reinado do rei da Babilônia, ele tomou Iehoiakim como prisioneiro...Ele levou toda Jerusalém para o exílio:
Todos os oficiais e combatentes, e todos os trabalhadores talentosos e artesãos - um total de dez mil. Apenas as
pessoas mais pobres da terra foram deixadas. Nevuhadnetzar tomou Iehoiakim como prisioneiro para a
Babilônia. Ele também tomou de Jerusalém para a Babilônia, a mãe do rei, suas esposas, seus oficiais e o povo
importante da terra. O rei da Babilônia também deportou para a Babilônia, uma força completa de sete mil
homens combatentes, fortes e aptos para a guerra, e mil trabalhadores e artesãos. Ele fez Mataniah, tipo de
Iehoiakim, rei em seu lugar, e mudou seu nome para Tzidkiah.
O sétimo ano: No mês de Kislev o rei de Akad (ou seja, Babilônia) reuniu seu exército e marchou para Hatu (ou seja,
Síria). Ele acampou perante a cidade de Iehudá e, no segundo dia do mês de Adar, ele capturou a cidade e levou seu rei
(ou seja, Iehoiakim). Um rei de sua própria escolha (ou seja, Tzidkiah) foi apontado na cidade, levando vasto tributo e
trazendo para Akad.
Intelectuais Iehudaítas
Iehudá ficava estrategicamente localizada num palco maior - entre as superpotências da época -
Babilônia e Egito - e o comportamento militar de Nevuhadnetzar, esta preocupado com questões muito
maiores, do que as que são consideradas na narrativa das Escrituras. A rendição do jovem Iehoiakim
significou o primeiro estágio no começo do Exílio Babilônico. As consequências disso foram
incalculáveis. Não é exagero dizer que afetou o mundo e a história, dali em diante. O tio Tzidkiah, o
qual os Babilônicos instauraram em seu lugar, flertava de modo desleal com Egípcios, e a segunda
campanha tinha objetivos destrutivos punitivos plenos, pelos quais as tropas de Nevuhadnetzar
invadiram sob a determinação de Nevuzaradan, uma década depois, em 587/6 antes da era comum. O
Templo foi saqueado e todos os seus itens veneráveis e destruído, e a cidade foi devastada. A história
termina com a total deportação da família real de Iehudá, seu governo e administração, grande parte
do grupo militar e, todos as pessoas com habilidades, artesãos e figuras relacionadas para a Babilônia.
O próprio "sangue" do país, em termo de intelecto, inteligência e habilidade, foi drenado. Para os
Babilônicos, esta operação era procedimento militar padrão. Ela esvaziou os cofres reais, acabou com
as dificuldades causadas pela dinastia nativa, e implicou em extensivo recurso humano incorporado a
seu reino, fortalecendo seu exército, colaborando na construção, manutenção e produção de bens da
alta classe. Os deportados, pós a formidável jornada, ficaram cara a cara com duas grandes ondas da
cultura e poder de seus conquistadores. O impacto desta experiência deve ter afetado todos os
aspectos de suas vidas. E foi durante os tradicionais setenta anos do exílio que se seguiu (na realidade,
foi 58 anos - de 597-539 antes da era comum) que os Iehudaítas estiveram expostos ao novo mundo, novas
crenças e a literatura Cuneiforme.
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Quando ele os subjugou por seus argumentos bem sustentados, o rei tentou matá-lo. Mas ele foi salvo
por um sinal e foi daí para Haran. Lá ele se levantou novamente e clamou em grande voz ao mundo
todo, para que soubessem que há Um Eloah para todo o mundo, e apenas a Ele seria apropriado
prestar serviço. E assim ele continuou com suas proclamações de cidade em cidade, e de governo em
governo, até que ele alcançou a terra de Kena'an em meio a seu clamor, como está dito: ַוִּיְק ָר א ָׁש ם ְּב ֵׁש ם
" ה' ֵא ל עֹוָל םE invocou ali o nome do HaShem, o El Olam".
Quando as pessoas que se reuniam a seu redor o questionavam sobre suas proclamações, ele
respondia transmitindo conhecimento a cada um de acordo com sua mentalidade, a fim de que fosse
capaz de conduzi-lo ao caminho da verdade, até que se congregassem em torno dele milhares , mesmo
dezenas de milhares, e eles se tornaram o povo da casa de Avraham, em cujo coração ele implantou
esta grande causa, a respeito da qual ele compilou pergaminhos, e os quais ele transmitiu a seu filho
Itzhak.
E Itzhak, de seu lugar de estudo, deu instruções e admoestações.
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E Itzhak, por sua vez, transmitiu a Iáacov e o nomeou ' ְמ ַל ֵּמ ד ּוַמ ֲח ִזיקmestre e reforçador' que, em sua sede de ensino,
dava instruções e apoiava todos os que se juntaram a ele. E Iáacov, nosso pai, instruiu todos os seus filhos, mas
separou Levi e o nomeou ְמ ַל ֵּמ ד ּוַמ ֲח ִזיקmestre e reforçador, e o estabeleceu em uma יִׁש יָב הsede de ensino, onde ele
passou a instruir no ֶּד ֶר ְך ַה ֵּׁש םCaminho do Nome, e na observância dos encargos de Avraham. Ele, além disso,
ordenou a seus filhos que não interrompessem a sucessão dos filhos de Levi à presidência do ensino, para que o
aprendizado não fosse esquecido. Assim, o movimento avançou intensamente entre os filhos de Iáacov e seus
seguidores, de que o mundo viu uma nação que conhece ao HaShem vindo à existência, até que Israel passou um
longo tempo no Egito, quando se voltaram a ser instruídos em suas práticas idólatras, e voltaram a adorar as
estrelas como o faziam antes, exceto a tribo de Levi, que permaneceu fiel à sua herança ancestral; pois a tribo de Levi
foi a tribo que em nenhum momento adorou estrelas no Egito. Na verdade, em apenas um curto espaço de tempo, a
raiz que Avraham plantou teria sido arrancada, e os filhos de Iáacov teriam se voltado, para o erro e equívoco do
mundo; exceto por causa do amor do HaShem por nós e por cumprir o juramento do pacto com Avraham, nosso pai,
que Ele designou Moshe, nosso Mestre, mestre de todos os profetas, e o fez Seu mensageiro. Depois que Moshe,
nosso Mestre, foi dotado de profecia e o HaShem escolheu Israel como herança, Ele os coroou com mandamentos e
lhes fez conhecer a maneira de servi-Lo e qual seria o julgamento proferido contra a idolatria, e todos os seus
devotos errantes.
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A essência da proibição contra a adoração de estrelas é que não se deve reverenciar qualquer ser
dentre todas as criaturas: Não se deve reverenciar nenhum mensageiro, nenhum planeta,
nenhuma estrela, nenhum dos quatro elementos, nem qualquer um de seus conceitos derivados.
Embora o adorador diga que está consciente de que o HaShem é o Elohim, ao estar adorando um
determinado 'ser' como no início da adoração de Enosh e do povo de sua geração, isso é mesmo assim
"cultuar estrelas". É com respeito a este mesmo assunto que o aviso na Torá foi dado, dizendo: "E
para que não levantes os teus olhos aos céus, e quando vires o sol e a lua e as estrelas, sim, todas as hostes
dos céus, você seria atraindo e os iria cultuar, servir; coisas que o HaShem teu Elohim distribuiu a todos os
povos debaixo de todo os céus" ( Devarim 4 : 19) e, então dizer que o correto seria se curvar e adorar;
mesmo sobre este mesmo assunto, Ele ordenou e disse: "Tomem cuidado! Para que o vosso coração
não seja enganado" (Devarim 11 : 16), ou seja, não se enganem pelo pensamento de seu coração na
ideia de adorar estas coisas, para fazer deles como se fossem um ַס ְר סּורmediador entre vocês e o
Criador.
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Mesmo estando fora da alçada de um Sanhedrin, o Avodá Zará pode ser identificado, mesmo quando se faz
uma "versão mental" de um determinado ídolo, tendo-o como se fosse "figura menor" ou, "subalterna" a
narrativa transmitida. Este problema se dá, também por pensar a concepção tradicional do Divino, como
uma narrativa pessoal, isto é, pensar o Divino como uma pessoa divina com uma história, como
representação de uma ideologia.
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Deste modo, para experimentar a Divindade na realidade, se faz necessário superar o assédio do
pensamento, ao qual o ser humano é doutrinado desde a infância. Superar a doutrinação. É preciso
descobrir a experiência do Divino, na realidade, para além do pensamento.
O culto ao pensamento, sempre foi o fator de desvio do caminho, tanto dos israelitas antigos, quando dos
místicos Medievais e atuais. A ideia de glorificar a crença, em detrimento da descoberta da realidade, e a
principal causa deste desvio de percepção. Este tipo de procedimento, levou a Judaísmo Medieval a caminhos
tão distantes da mensagem original, que hoje se vê práticas consideradas "judaicas" que, são a própria
antítese, da mensagem dos ancestrais. Um dos expoentes mais evidentes, está no culto aos mortos realizado
pelo Judaísmo ortodoxo e simpatizante da ideologia autoritária e mística. A reza para rabinos falecidos (sim,
"para" a pessoa - como a reza ao Baba Sali, Ba'al a Nes, Rebe de Lubavitch, dentre muitos outros) para que intercedam
"por eles" perante uma ideia de Deus, na qual, Deus seria um ser mágico, vivendo num palácio flutuante,
cercado pelos fantasmas de pessoas falecidas. Este este procedimento seja parte da prática "tradicional" (ao
menos, desde que tais seitas começaram - portanto, desde o século X) evidencia que, a religião se afastou da proposta
de admitir a Divindade, como experiência na realidade, para um culto em torno de um conjunto de ideias
alieantes e, francamente, delirantes.
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Autoritarismo religioso
Outro erro do culto ao pensamento, consiste na criação da ideia de שיתוףou "parceria" no Divino. Por meio da
associação desta ideia, com a ideia da personificação divina e, "paternidade literal", foram criadas as "figuras de
autoridade" então consideradas representantes do Divino. Assim, o processo de dominação ocorre, com um ser
humano, assumindo para si o conceito de ligação com o Divino. Disso nasce o culto à personalidades, como ocorre na
atual ortodoxia, dentro de fora de sua expressão hassídica. Por isso, mesmo os que admitem o absurdo de "rezar para
pessoas mortas", dizem que "se pode rezar em mérito" da pessoas morta, basicamente mantendo a mesma prática com um
leve desvio argumentativo. O que acontece é que, o público está apegado ao conceito da intermediação, tão popular em
religiões como Cristianismo e Hinduísmo: A ideia de que, precisaríamos de uma figura de autoridade que fizesse "a
ponte" entre nós e a Divindade.
O uso da personagem Moshe como inspiração chega a ser previsível. Porém, como se sabe, a Torá não cria um culto em
torno de Moshe. Seu túmulo não foi perpetuado, de tal modo que é impossível a ortodoxos irem cultuar o túmulo do
maior dos profetas. Isso os desanima de até "pedir para ele interceder", preferindo então, uma figura de menor autoridade,
mas, com maior ligação emocional relevando nisso, a real questão: Incentivar o público a imaginar estarem falando (a)
com os mortos, (b) com o guardião dos mortos.
Na Torá porém, a relação de Israel com o Elohim dos ancestrais, o conceito de divindade herdado, foi posta em termos
diretos - ָא ֹנִכ י ְיֹהָוה ֱא ֹלֶה יָך ֲא ֶׁש ר הֹוֵצ אִת יָך ֵמ ֶא ֶר ץ ִמ ְצ ַר ִים ִמ ֵּב ית ֲעָב ͏ִד ים- EU SOU o HASHEM vosso ELOHIM, que tirou vocês da
terra do Egito e da casas dos escravos - Shemot 20 : 2 - Os israelitas não foram "tirados" da escravidão, para ingressarem em
outra! Mas, para que nunca mais fossem escravizados. E a escravização do sistema religioso, é um dos piores tipos de
escravidão. Pois suas correntes, são feitas de ideias. Sua prisão, é ideológica. De tal modo, que você leva com você sua
prisão, para onde vai. E na Mishná de Pessahim 10 : 5 lemos - ְּב ָכל ּדֹור ָודֹור ַח ָּיב ָא ָד ם ִל ְר אֹות ֶא ת ַע ְצ מֹו ְכ ִא ּלּו הּוא ָיָצ א ִמ ִּמ ְצ ַר ִים-
Em todas as gerações, todo Adam deve considerar a si mesmo, como se tivesse saído do Egito. A saída da tirania não ocorre,
quando entramos em outra. Sair do Egito requer se posicionar contra o autoritarismo, e compreender que a única real
autoridade é a Divindade isto é, a Realidade.
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A Unicidade
O conceito da unicidade é aquele que apenas atribui ao Divino, aquilo que é inaplicável a qualquer coisa existente: Preceder o
próprio universo, ou eternidade. Que o Divino é aquilo que precede, temos claramente mencionado na Torá - ְּב ֵר אִׁש ית ָּב ָר א
ֱא ֹלִה ים ֵא ת ַה ָּׁש ַמ ִים ְוֵא ת ָה ָא ֶר ץ- No princípio de...criou Elohim, estes céus e esta terra - Bereshit 1 : 1 - implicando que, isto que
chamamos de Elohim = Forças, é aquilo que precedeu os "céus e terra" experimentados por nós - logo, o universo tal qual
testemunhado. Conforme elucidado pelo Rambam, no Guia, segundo tomo, segundo capítulo - ואם היה הגלגל הוה נפסד יהיה
ית' שמו ; וזה מושכל ראשון כי כל מה שנמצא אחר ההעדר יש לו ממציא בהכרח ומן השקר שימציא- ממציאו אחר ההעדר הוא האלוה
עצמו- Ora, se a esfera é uma coisa que nasce e perece, o que a faz existir após não ter existido é o Eloah - bendito seja - esta é uma
concepção primordial, pois, tudo aquilo que existe, advindo da inexistência, possui necessariamente um agente, que o trouxe à
existência, e é inadmissível que faça existir a si próprio.
Para que aquilo que é Divino seja assim considerado então, não pode ser confundido com aquilo que é existente ou seja,
composto. Isso também foi elucidado por Ibn Pakuda, no Tratado da Unicidade 2 : 3, ao dizer - ואמת אמר הפילוסוף באמרו לא
עובדים,יוכל לעבוד עילת העילות ותחלת ההתחלות אלא נביא הדור בטבעו או הפילוסוף המובהק במה שקנהו מן החכמה אבל זולתם
מפני שאינם מבינים נמצא אלא מורכב, זולתו- Os filósofos disseram a verdade, quando declararam: "Ninguém pode servir a Causa de todas
as causas, e o Princípio de todos os princípios, exceto o Profeta da geração, com seus sentidos ou o profeta perfeito, com a sabedoria adquirida.
Outros porém, servem outra coisa, além dele. Posto que não podem nem mesmo conceber o que existe, mas em vez disso, concebem apenas o
que é composto."
Apenas a realidade pode receber verdadeiramente, a atribuição de eternidade. Não se conhece nada concreto, que seja eterno,
senão a Realidade que tem por manifesto, o Universo dentro do qual existimos. Não podemos responder ao questionamento do
que havia antes do Big Bang, pois, a composição da qual somos expressão, surge a partir dali. Aquilo porém, que precedeu o
evento apenas pode ser descrito, como a realidade na qual o evento ocorreu. Isto então, denominamos tradicionalmente de
Elohim = Forças e, a isso atribuímos a origem do universo. Além disso, reconhecemos que, como tudo o mais que existe,
somos expressão disso, isto é, somos resultados diretos da expansão do universo, e não elementos estranhos, "dentro" dele.
Somos o universo experimentando a si mesmo, por meio da Consciência que somos. E é isso que nos permite reconhecer
aquilo que precede a composição.
A A N T Í T E S E D A I D O L A T R I A
וא״א שיודו לנו האומות במעלות החכמה והבינה עד שיעידו לנו הראיות והמופתים ועדי השכל על אמתת
וכבר הבטיחנו יוצרנו לגלות מסך הסכלות מעל שכלם ושיראה כבודו הבהיר לאות.תורתנו ואומן אמונתנו
ואומר (שם ב) והלכו עמים רבים ואמרולנו על אמתת תורתנו כאשר אמר (ישעיה ס) והלכו גוים לאורך וגו׳
לכו ונעלה אל
E seria impossível aos povos, admitir nossas alegações de sabedoria elevada e compreensão, a
menos que comprovações e evidências possam testificar por nós, com o testemunho do intelecto
sobre a veracidade da nossa Torá e nossa fidelidade [a isso]. E já nos foi prometido que, Ele
removeria o véu da ignorância de suas mentes, mostrando Sua Honra magnificente, como sinal a
nós sobre a veracidade da Torá, quando diz e as nações caminharão na Sua luz - Ieshaiahu 60 : 3 - e
muitos povos irão e dirão, venham! vamos subir à montanha do HaShem, para a casa do Elohim de
Iáacov... Ieshaiahu 2 : 3.
:וכבר התבאר מן השכל ומן הכתוב ומן הקבלה שאנו חייבין לעיין במה שנוכל להשיג בירורו בדעתנו
Então, fica claro, a partir da lógica, das escrituras e da tradição, que é nosso dever investigar isso
no melhor de nossas capacidades, internalizando isso claramente em nosso conhecimento.
Assim, Ibn Pakuda e muitos outros sábios naturalistas/racionalistas; deixaram claro - mesmo em
tempos medievais - que, o chamado acesso ao Divino, apenas ocorre via intelecto. Sendo assim
então, não depende - nem jamais dependeu - de qualquer tipo de crença, pois, a crença não é um
conhecimento. Em vez, disso é sua negação.
A A N T Í T E S E D A I D O L A T R I A
ַה ָּק דֹוׁש ָּב רּוְך הּוא- O Santo - bendito seja - ַמ ִּכ יר ֲא ִמ ּת ֹו ְויֹוֵד ַע אֹוָת ּה ְּכ מֹו ֶׁש ִה יאreconhece a própria realidade e a
compreende como realmente é ְוֵא ינֹו יֹוֵד ַע ְּב ֵד ָע ה ֶׁש ִה יא חּוץ ִמ ֶּמ ּנּוMas, isso não significa que Ele sabe com um
conhecimento à parte de Si, ְּכ מֹו ֶׁש ָא נּו יֹוְד ִע יןcomo é o nosso conhecimento; ֶׁש ֵא ין ָא נּו ְוַד ְע ֵּת נּו ֶא ָח דpois (a) nós, e
(b) nossa inteligência, não são um. Mas הּוא ְוַד ְע ּת ֹו ְוַח ָּייו ֶא ָח דo (a) Criador, bendito seja, e (b) Sua Inteligência e (c)
vida, são Um. ִמ ָּכל ַצ ד ּוִמ ָּכל ִּפ ָּנה ּוְב ָכל ֶּד ֶר ְך ִיחּודDe todos os ângulos, lados e formas de Unicidade. ֶׁש ִא ְל ָמ ֵלי
ָה ָיה ַח י ַּב ַח ִּיים ְויֹוֵד ַע ְּב ֵד ָע ה חּוץ ִמ ֶּמ ּנּוJá que, se não fosse assim, viveria uma vida e entenderia, com
conhecimento separado de Si, ָה יּו ָׁש ם ֱא ֹלהּות ַה ְר ֵּב הposto que isso seria admitir muitas divindades: הּוא ְוַח ָּייו
ְוַד ְע ּת ֹוE sobre Ele - Sua vida - Sua Inteligência. ְוֵא ין ַה ָּד ָב ר ֵּכןE o assunto não é assim. ֶא ָּל א ֶא ָח ד ִמ ָּכל ַצ ד ּוִמ ָּכל
ִּפ ָּנה ּוְב ָכל ֶּד ֶר ְך ִיחּודSenão que Ele é Um, de todos os lados, ângulos e formas de Unicidade. ִנְמ ֵצ אָת ַא ָּת ה אֹוֵמ ר
הּוא ַה ּיֹוֵד ַע ְוהּוא ַה ָּידּוַע ְוהּוא ַה ֵּד ָע ה ַע ְצ ָמ ּה ַה ּכ ל ֶא ָח דConsequentemente, se deve dizer que, Ele é o Conhecedor, e
Ele é o que é Conhecido e Ele é o Conhecimento: São todos Um. ְוָד ָב ר ֶזה ֵא ין ֹּכַח ַּב ֶּפ ה ְל ָא ְמ רֹוMas, sobre este
assunto a boca não tem poder de expressar, ְוֹלא ָּב ֹאֶזן ְל ָׁש ְמ עֹוnem o ouvido para ouvir, ְוֹלא ְּב ֵלב ָה ָא ָד ם ְל ַה ִּכ ירֹו
ַע ל ֻּב ְר יֹוnem está dentro do "coração" do homem, para conhecer claramente. ּוְל ִפ יָכ ְך אֹוֵמ ר ֵח י ַפ ְר ֹעהPortanto, se
diz sobre a "vida de Faraó" (Bereshit 42 : 5) e " ְוֵח י ַנְפ ְׁש ָךda vida da tua néfesh" (Shmuel alef 1 : 26), e 'ְוֵא ין אֹוֵמ ר ֵח י ה
'ֶא ָּל א ַח י הnão se fala da "vida de Elohim", mas "o Elohim vivo” (Shoftim 8 : 19) ֶׁש ֵא ין ַה ּב ֹוֵר א ְוַח ָּייו ְׁש ַנִים ְּכ מֹו ַח ֵּיי
ַה ּג ּוִפ ים ַה ַח ִּיים אֹו ְּכ ַח ֵּיי ַה ַּמ ְל ָא ִכ יםporque "o Criador" e "Sua vida" não são duas coisas, como são as vidas dos
corpos vivos, ou como a vida dos malahim. ְל ִפ יָכ ְך ֵא ינֹו ַמ ִּכ יר ַה ְּב רּוִא ים ְויֹוְד ָע ם ֵמ ֲח ַמ ת ַה ְּב רּוִא ים ְּכ מֹו ֶׁש ָא נּו יֹוְד ִע ין אֹוָת ם
Portanto, Ele não reconhece as criaturas nem as conhece porque são criaturas como as conhecemos, ֶא ָּל א
ֵמ ֲח ַמ ת ַע ְצ מֹו ְיָד ֵע םmas conhece Seu próprio Ser. Assim Ele as conhece. ְל ִפ יָכ ְך ִמ ְּפ ֵני ֶׁש הּוא יֹוֵד ַע ַע ְצ מֹו יֹוֵד ַע ַה ּכ ל
ֶׁש ַה ּכ ל ִנְס ָמ ְך לֹו ַּב ֲה ָוָיתֹוPortanto, porque conhece Seu Próprio Ser, Ele conhece tudo; pois, todos dependem
dele para ser.
A V O D Á Z A R Á D E F I N I D O
Embora certas religiões possam estar diretamente associadas ao sistema do Avodá Zará, o sistema de
exploração; conversas honestas com aqueles que são nominalmente cristãos, místicos, hindus etc,
revelam que eles realmente nutrem visões éticas compatíveis com a concepção da Sheva Mitzvot.
Assim como ser reconhecido como um judeu ortodoxo não branqueia um israelita por cometer
idolatria, nem um Noah sendo nominalmente associado a uma religião idólatra o torna responsável
pela idolatria.
Dito isto, uma vez que se supõe que aqueles que se associam a uma religião aceitam suas crenças e
praticam seus ritos devocionais, sendo que tradicionalmente seria proibido inventar essas religiões:
Desejo por dinheiro, relações sexuais e paixão por ícones da cultura “maior que a vida” (ou seja, esportes
ou personalidades pop) embora sejam são objetos de obsessão generalizada entre os jovens de nossos
tempos – uma tendência que pode se assemelhar a um comportamento idólatra - no entanto, essas tendências
sociais e em algumas circunstâncias insalubres, não constituem a idolatria como reflexo das Sheva
Mitzvot: Apenas a realização dos 4 ritos e devoções especiais, conforme detalhados antes constituem
idolatria de fato, dentro da regra ritual.