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NP

Norma EN 614-2
2004
Portuguesa
Segurança de máquinas
Princípios de concepção ergonómica

o
Parte 2: Interacções entre a concepção de máquinas e as tarefas de

ida nic
trabalho

oib tró
Sécurité des machines
Principes ergonomiques de conception

pr lec
Partie 2: Interactions entre la conception des machines et les tâches du travail

ão o e
Safety of machinery
Ergonomic design principles
Part 2: Interactions between the design of machinery and work tasks
uç ent
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re doc
od
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ICS HOMOLOGAÇÃO
© ão

13.110; 13.180 Termo de Homologação Nº 84/2004, de 2004-05-04


Q
s

DESCRITORES
es

Segurança de máquinas; segurança ocupacional; máquinas- ELABORAÇÃO


ferramenta; ergonomia; trabalho; postos de trabalho; CT 42 (CERTITECNA)
especificações; especificação da função; gestão
pr

EDIÇÃO
Junho de 2004
CORRESPONDÊNCIA
Im

Versão Portuguesa da EN 614-2:2000 CÓDIGO DE PREÇO


X008

© IPQ reprodução proibida

Instituto Português da ualidade


Rua António Gião, 2
PT - 2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. (+ 351) 21 294 81 00 E-mail: ipq@mail.ipq.pt


Fax. (+ 351) 21 294 81 01 URL: www.ipq.pt
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em branco
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pr lec
oib tró
ida nic
o
NORMA EUROPEIA EN 614-2
EUROPÄISCHE NORM
NORME EUROPÉENNE
EUROPEAN STANDARD Julho 2000

ICS: 13.110; 13.180

o
Versão portuguesa

ida nic
Segurança de máquinas
Princípios de concepção ergonómica
Parte 2: Interacções entre a concepção de máquinas e as tarefas de trabalho

oib tró
Sicherheit von Maschinen Sécurité des machines Safety of machinery
Ergonomische Principes ergonomiques de Ergonomic design principles

pr lec
Gestaltungsgrundsätze conception Part 2: Interactions between
Teil2: Wechselwirkungen Partie 2: Interactions entre la the design of machinery and
zwischen der Gestaltung von conception des machines et work tasks

ão o e
Maschinen und den les tâches du travail
Arbeitsaufgaben uç ent
pr um
re doc

A presente Norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN 614-2:2000, e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
od

Esta Norma Europeia foi ratificada pelo CEN em 2000-06-30.


Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define
as condições de adopção desta Norma Europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
IP de

Podem ser obtidas listas actualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente Norma Europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
© ão

língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Q

Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha,
s

Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo,
es

Noruega, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.
pr
Im

CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization

Secretariado Central: rue de Stassart 36, B-1050 Bruxelas

© 2000 Direitos de reprodução reservados aos membros do CEN

Ref. nº EN 614-2:2000 Pt
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Índice Página

o
Preâmbulo ................................................................................................................................................ 5

ida nic
Introdução ................................................................................................................................................ 6

1 Campo de aplicação.............................................................................................................................. 7

oib tró
2 Referências normativas ........................................................................................................................ 7

pr lec
3 Termos e definições .............................................................................................................................. 7

ão o e
4 Princípios de concepção de tarefas de trabalho ................................................................................. 7

5 Processo de concepção.......................................................................................................................... 17
uç ent
Anexo A (informativo) Interacção entre a concepção de máquinas, concepção de tarefas e
concepção de postos de trabalho ............................................................................................................ 18
pr um

Anexo B (informativo) Exemplo ilustrativo: Concepção de uma máquina perfuradora ................... 24

Anexo ZA (informativo) Secções da presente Norma, relativas aos requisitos essenciais ou


re doc

outras disposições de Directivas UE....................................................................................................... 32


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Preâmbulo
A presente Norma Europeia foi elaborada pelo Comité Técnico CEN/TC 122 “Ergonomia”, cujo secretariado

o
é assegurado pelo DIN.

ida nic
Será atribuído à presente Norma Europeia o estatuto de norma nacional, quer através da publicação de um
texto idêntico, quer por adopção, o mais tardar até Janeiro de 2001, sendo que todas as normas nacionais
divergentes devem ser anuladas, o mais tardar, até Janeiro de 2001.

oib tró
A presente Norma Europeia foi elaborada no quadro de um mandato concedido ao CEN pela Comissão
Europeia e pela Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) e vem apoiar os requisitos essenciais da(s)

pr lec
Directiva(s) da UE.
Com vista à conformidade com a(s) Directiva(s) UE, veja-se Anexo ZA (informativo), que é parte integrante

ão o e
da presente Norma.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, são obrigados a implementar a presente Norma
Europeia os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica,
uç ent
Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países
Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.
A EN 614 possui o título geral “Segurança de máquinas – Princípios de concepção ergonómica” e é
pr um

composta por duas partes:


⎯ Parte 1: Terminologia e princípios gerais;
re doc

⎯ Parte 2: Interacções entre a concepção de máquinas e as tarefas de trabalho.


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Introdução
A presente Norma auxilia o projectista (ver campo de aplicação) a aplicar princípios ergonómicos à

o
concepção de máquinas, focando especialmente a interacção entre a concepção de máquinas e as tarefas de

ida nic
trabalho.
Esta interacção é essencial uma vez que a qualidade da concepção e a segurança de máquinas dependem dos
possíveis operadores serem capazes de desempenhar de modo seguro e eficaz as suas tarefas com as

oib tró
máquinas. A aplicação de princípios ergonómicos à concepção de máquinas e às tarefas de trabalho tem
como objectivo a minimização do desconforto, fadiga e outros efeitos prejudiciais para o operador,

pr lec
contribuindo assim para a optimização do sistema de trabalho (EN 292-2:1991, Anexo A.1, 1.1.2 (d)) e
redução dos riscos para a saúde. Por conseguinte, uma boa concepção respeita princípios ergonómicos,
iniciando-se com a especificação das funções do sistema e antecipa o modo como o possível operador irá

ão o e
interagir com as máquinas e outros equipamentos de trabalho.
Na concepção de máquinas e tarefas de trabalho, os aspectos físicos das actividades do operador não são os
únicos parâmetros de concepção com os quais é necessário lidar. As actividades do operador incluem
uç ent
igualmente a percepção e o processamento de informação, determinação de estratégias, tomada de decisões e
comunicação.
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re doc
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1 Campo de aplicação
A presente Norma estabelece os princípios e procedimentos ergonómicos a seguir durante o processo de

o
concepção de máquinas e das tarefas de trabalho do operador.

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Esta Norma ocupa-se especificamente da concepção de tarefas no contexto da concepção de máquinas,
embora os princípios e os métodos possam igualmente ser aplicados à concepção dos postos de trabalho.

oib tró
Esta Norma é dirigida aos projectistas e fabricantes de máquinas e outros equipamentos de trabalho. Será
igualmente útil a todos os envolvidos no uso de máquinas e outros equipamentos de trabalho, por exemplo,
administradores, gestores , supervisores e operadores.

pr lec
Na presente Norma a palavra projectista refere-se à pessoa ou grupo de pessoas responsáveis pela concepção.

ão o e
2 Referências normativas
Esta Norma incorpora, por referência datada ou não, disposições de outras publicações. Estas referências
uç ent
normativas são citadas nos locais apropriados do texto e as publicações são enumeradas a seguir. Para as
referências datadas, as emendas ou revisões posteriores de qualquer destas publicações só se aplicam a esta
Norma quando nela forem incorporadas por emenda ou revisão. Para as referências não datadas, aplica-se a
última edição da publicação a que é feita referência (incluindo emendas).
pr um

EN 614-1:1995*) Safety of machinery - Ergonomic design principles


Part 1: Terminology and general principles
re doc

EN 894-1:1997*) Safety of machinery - Ergonomics requirements for the design of displays and
od

control actuators
Part 1: General principles for human interactions with displays and control
actuators
IP de

EN 292-1:1991*) Safety of machinery - Basic concepts, general principles for design


Part 1: Basic terminology, methodology
EN 292-2:1991*)
© ão

Safety of machinery - Basic concepts, general principles for design


Part 2: Technical principles and specifications
Q

EN 292-2:1991/A1:1995 Safety of machinery - Basic concepts, general principles for design


s

Part 2: Technical principles and specifications


es

3 Termos e definições
pr

Para os objectivos da presente Norma aplicam-se os termos e definições indicados na EN 614-1*).


Im

4 Princípios de concepção de tarefas de trabalho


A concepção de tarefas de trabalho abrange a análise e especificação de funções e a sua atribuição à máquina
ou ao operador, como parte integrante do processo de concepção e cujo objectivo é contribuir para a
optimização dos sistemas de trabalho. Por conseguinte, uma boa concepção respeita princípios de ergonomia
e dedica especial atenção ao grupo de possíveis operadores. Os princípios para uma boa concepção
ergonómica são indicados na EN 614-1*). O objectivo deverá ser atingido através de uma adequação das
características das tarefas de trabalho aos possíveis operadores.

*)
Já editada a versão portuguesa (nota nacional).
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4.1 Características de tarefas de trabalho bem concebidas para o operador


Aquando da concepção de máquinas e das tarefas de trabalho, o projectista deverá assegurar-se de que são

o
cumpridas as seguintes características ergonómicas de tarefas de trabalho bem concebidas para o operador.

ida nic
Estas características têm em consideração as diferenças e características dinâmicas do grupo de operadores
possíveis, e deverão ser alcançadas através da concepção de máquinas e tarefas de trabalho que interagem
entre si.

oib tró
Deste modo, no processo de concepção o projectista deverá:
a) Identificar a experiência, capacidades e competências do grupo de operadores existente ou previsto

pr lec
Isto inclui os níveis de educação geral e formação vocacional, bem como conhecimentos adquiridos em
situações de trabalho semelhantes. Deverá ser tido em conta de que os níveis de formação e
conhecimentos variam dentro dos grupos de operadores e vão-se alterando ao longo do tempo. Por

ão o e
conseguinte, por exemplo os requisitos de rapidez e complexidade, bem como informações sobre o
desempenho de tarefas, deverão ser adaptadas a todos os utilizadores possíveis .
uç ent
b) Assegurar-se de que as tarefas de trabalho a serem desempenhadas são identificáveis como unidades de
trabalho completas e com significado, com um princípio e um fim claramente identificáveis, em vez de
fragmentos isolados de tais tarefas
pr um

Por conseguinte, cada tarefa de trabalho deverá, em particular, abranger não apenas componentes de
desempenho, mas também componentes preparatórios (por exemplo, planeamento) e componentes de
avaliação (por exemplo, inspecção, verificação).
re doc
od

c) Assegurar-se de que as tarefas de trabalho desempenhadas são identificáveis como sendo uma
contribuição significativa para o rendimento total do sistema de trabalho.
O operador deverá ser capaz de compreender como, e em que extensão o desempenho das tarefas e o seu
IP de

resultado final irá afectar a totalidade do sistema de trabalho e os seus resultados finais. Deste modo,
deverá ser evitada uma fragmentação desnecessária do processo de trabalho, que dá origem a tarefas de
trabalho limitadas para o operador.
© ão
Q

d) Garantir a aplicação de uma variedade apropriada de competências, capacidades e actividades, e


particularmente uma combinação adequada dos seguintes tipos de comportamento:
s
es

- comportamento baseado nas aptidões


que consiste numa reacção simples e imediata, consciente ou inconscientemente, a solicitações do
pr

processo de trabalho,
- comportamento baseado em regras
Im

que permite ao operador exercer um controlo sobre o processo de trabalho através da aplicação de
regras algorítmicas básicas (por exemplo, efectuando decisões simples do tipo se-então),
- comportamento baseado em conhecimentos
que requer do operador que desenvolva e mantenha uma série complexa de conhecimentos acerca das
inter-relações existentes no processo, de forma a poder diagnosticar os estados do sistema e as
respectivas falhas, de modo a desenvolver soluções e desempenhar as acções adequadas.
e) Garantir ao operador um grau adequado de liberdade e autonomia
O operador deverá ser capaz de poder escolher entre modos alternativos de realização das tarefas e de
determinar prioridades, ritmo e procedimento das mesmas. Deverão ser evitados sequências, ritmos e
métodos de trabalho rígidos.
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f) Fornecer ‘feedback’ suficiente sobre o desempenho de tarefas de uma forma que tenha significado para o
operador.

o
Deverá ser disponibilizada a informação relativa ao desempenho, permitindo ao operador verificar se os

ida nic
objectivos são atingidos e se o desempenho é adequado. Isto inclui igualmente informação relacionada
com erros de desempenho e alternativas correctas.
Para tarefas de trabalho sujeitas a interrupções frequentes, a concepção de máquinas deverá providenciar

oib tró
a existência de auxiliares de memória de modo a relembrar ao operador qual o ponto em que ficou.
g) Garantir ao operador oportunidades para praticar e desenvolver competências e capacidades existentes,

pr lec
bem como para novas capacidades e competências .
O que deverá ser conseguido, garantindo formas diferentes de realização de tarefas, suficientes graus de
autonomia e variedade, associados a um ‘feedback’ apropriado ao desempenho das tarefas. Isto permite

ão o e
ao operador escolher o modo de operação mais adequado ao seu estado actual de conhecimentos e tentar
ganhar experiência em maneiras diferentes de realização das tarefas, preferencialmente combinando tipos
diferentes de comportamento.
uç ent
Para tarefas de monitorização e controlo, especialmente em sistemas altamente automatizados, é
necessário que o operador seja capaz de adquirir as competências para controlar o processo e desenvolver
uma imagem clara da estrutura e inter-relações do processo. Isto irá ser especialmente crucial em
pr um

situações de emergência.
h) Evitar sobrecarregar ou subcarregar o operador, o que poderá dar origem a esforços e fadiga
re doc

desnecessários ou excessivos, ou dar origem a erros.


od

A frequência, duração e intensidade da actividade de percepção, cognitiva e motora deverá ser


estabelecida de modo a evitar este tipo de consequências. A sobrecarga ou subcarga do operador não
deverá apenas ser determinada sob condições normais de trabalho, mas também sob condições anormais
IP de

(por exemplo, a situação mais desfavorável ), o que é particularmente relevante para tarefas de
monitorização e controlo, especialmente em sistemas altamente automatizados.
As ocorrências de sobrecarga e subcarga variam segundo a população e vão-se alterando ao longo do
© ão

tempo. Por conseguinte, é necessário providenciar oportunidades de adaptação às diferenças individuais,


Q

níveis de desenvolvimento e níveis de formação.


s

i) Evitar a repetitividade, a qual poderá dar origem a esforços de trabalho desequilibrados que poderão
es

causar desordens físicas e sensações de monotonia, saturação, tédio ou insatisfação.


Deverão portanto ser evitados ciclos de execução curtos. Deverá providenciar-se ao operador uma
pr

variedade apropriada de tarefas ou actividades. Nos casos em que não se possam evitar tarefas repetitivas,
- o tempo de desempenho não deverá ser estimado tendo apenas por base os tempos médios
Im

medidos ou estimados sob condições normais,


- deverão ser dadas compensações para desvios das condições normais,
- deverão ser evitados ciclos de execução muito curtos,
- deverão ser dadas oportunidades ao operador para trabalhar ao seu próprio ritmo, em vez de a
um ritmo estabelecido,
- deverá evitar-se o trabalho em objectos em movimento.
j) Evitar que o operador trabalhe sozinho, sem oportunidades para contactos sociais e profissionais.
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Deverão ser tidas em conta os campos de visão, níveis de ruído, distâncias entre locais de trabalho e
autonomia do local de trabalho, quando se definirem espaços, posicionamento e funções das máquinas e
de outros equipamentos de trabalho.

o
ida nic
Estas características de tarefas de trabalho bem concebidas para o operador não deverão ser postas em causa
pela concepção de máquinas. Contudo, considerando a aplicabilidade e a inovação tecnológica, poderá não
ser possível cumprir completamente todos os objectivos. Neste caso, as máquinas e as tarefas de trabalho

oib tró
para o operador, deverão ser concebidas e construídas, na medida do possível, de acordo com estes
objectivos.

pr lec
4.2 Metodologia para concepção de tarefas de trabalho relacionadas com a concepção de máquinas
A concepção de tarefas de trabalho relacionada com a concepção de máquinas pode ser descrita como sendo

ão o e
um processo, que inclui as seguintes etapas:
- estabelecimento dos objectivos da concepção,
uç ent
- análise das funções,
- atribuição das funções,
- especificação das tarefas de trabalho,
pr um

- distribuição das tarefas de trabalho pelos operadores.


A figura 1 e o quadro 1 dão uma visão geral deste processo, que é descrito em detalhe nos parágrafos 4.2.1 a
re doc

4.2.5.
od

NOTA: A concepção é normalmente um processo iterativo, e a divisão entre etapas pode não ser bem definida . A solução de
concepção de uma função irá muitas vezes interagir com as soluções de outras funções integradas no sistema. Por conseguinte, o
projectista poderá ter de avançar e recuar no processo, por exemplo avançar fazendo tentativas de solução e voltar a trás para
IP de

re-analisar a situação ou rever as especificações de concepção.

Seguindo o procedimento por etapas descrito na presente Norma , o projectista pode


- basear as decisões de concepção em informação relevante,
© ão

- tomar decisões perceptíveis a todas as pessoas envolvidas no processo de concepção,


Q
s

- prever as consequências das decisões de concepção nas operações e actividades humanas, e


es

- verificar a adequação das decisões o mais cedo possível.


Regra geral, no processo de concepção o projectista deverá:
pr

- utilizar a experiência existente em cada etapa do processo, por exemplo através da análise de
soluções de concepção existentes e respectivas influências nas actividades do operador,
Im

- considerar simultaneamente factores humanos e factores técnicos,


- utilizar métodos que possam ter em conta a interacção do operador com as máquinas e outros
equipamentos de trabalho,
- avaliar as propostas de concepção em cada etapa do processo em relação aos objectivos,
requisitos e critérios de avaliação estabelecidos nas primeiras fases do processo de concepção, e
- documentar o processo de concepção de tarefas de trabalho de modo a ser capaz de verificar a
conformidade com os requisitos da presente Norma e de verificar se os objectivos estabelecidos
foram atingidos.
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o
Recolha de

ida nic
Processo de concepção de tarefas de
experiências
disponíveis trabalho
objectiv os do
1. Estabelecer os sistema de

oib tró
objectivos da trabalho Avaliação da
requisitos de critérios de concepção
concepção perf ormance av aliação das tarefas de

pr lec
trabalho

2. Análise das

ão o e
funções
uç ent
3. Atribuição das função 1 função 2 função 3
funções
pr um

4. Especificação tarefa 1 tarefa 2 tarefa 3 tarefa 4


re doc

das tarefas de ......... ......... ......... .........


od

.... .... .... ....


trabalho
........... ........... ........... ...........
......... ......... ......... .........
...... ...... ...... ......
5. Distribuição
IP de

das tarefas de operador operador


trabalho pelos 1 2
operadores
© ão
Q

= f unção ou subf unção atribuída à máquina


= f unção ou subf unção atribuída ao operador
s
es

Figura 1 – Esquema do processo de concepção das tarefas de trabalho


pr
Im
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Quadro 1 – Descrição do processo de concepção das tarefas de trabalho


Nº Etapa da concepção Descrição das etapas

o
ida nic
1 Estabelecimento dos - Recolher informação sobre máquinas semelhantes existentes
objectivos da concepção
- Elaborar os objectivos gerais de concepção e as especificações

oib tró
de concepção

- Estabelecer os requisitos gerais de desempenho e os critérios

pr lec
de avaliação

2 Análise das funções - Identificar as funções e as sub-funções e especificá-las de

ão o e
acordo com a sua hierarquia e relações funcionais

- Especificar as funções conjuntamente com os seus critérios de


uç ent
desempenho

- Avaliar as funções especificadas em relação às especificações


de concepção
pr um

3 Atribuição das funções - Atribuir funções e sub-funções ao operador ou à máquina, ou


quando apropriado, a ambos
re doc
od

- Avaliar a adequabilidade das funções como actividade humana


ou operação de máquina
IP de

- Delinear soluções de concepção alternativas e analisar ou seus


benefícios e desvantagens

4 Especificação das tarefas de - Recolher informação sobre tarefas existentes comparáveis


© ão

trabalho
Q

- Especificar detalhadamente as tarefas do operador


s
es

- Avaliar a carga de trabalho que cada tarefa impõe ao operador

5 Distribuição das tarefas de - Especificar o número de operadores necessários


pr

trabalho pelos operadores


- Distribuir as tarefas aos operadores
Im

- Avaliar a carga total de trabalho do operador e o cumprimento


das características de tarefas de trabalho (para o operador) bem
concebidas

As decisões e acções tomadas no processo de concepção têm consequências importantes para o operador e
para o funcionamento do sistema de trabalho como um todo. Por conseguinte, os projectistas não deverão
trabalhar sozinhos, e sim, envolver pessoas representativas de todos os grupos possivelmente afectados pelo
sistema de trabalho, nas diferentes etapas de concepção. Isto poderá ser efectuado eficazmente, por exemplo.
estabelecendo um grupo de projecto da concepção, incluindo projectistas do sistema, representantes da
administração, representantes dos utilizadores, supervisores, operadores e grupos de clientes.
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4.2.1 Definição dos objectivos da concepção


Nesta fase os objectivos do sistema de trabalho têm de ser especificados conjuntamente com os requisitos de

o
desempenho e critérios de avaliação. Esta etapa do processo de concepção de tarefas necessita igualmente de

ida nic
ser efectuada sempre que estejam a ser planeadas pequenas alterações a um sistema de trabalho existente.
Assim, o projectista deverá:

oib tró
reunir informações sobre sistemas semelhantes ou comparáveis, por ex. documentos de planeamento,
especificações do sistema, documentos de ensaio e de avaliação,
− elaborar os objectivos gerais do sistema de trabalho no que respeita aos requisitos técnicos, bem como

pr lec
aos requisitos de desempenho humano,
− com base nestes objectivos, especificar e documentar as especificações de concepção, tendo em conta os

ão o e
seguintes itens:
objectivos específicos do sistema;
uç ent
todas as contribuições (inputs) requeridas para o processo;
todas as produções (outputs) requeridas;
pr um

todas as produções indesejáveis;


capacidades e requisitos de desempenho do sistema;
factores ambientais que poderão afectar o sistema;
re doc

factores ambientais que poderão ser afectados pelo sistema;


od

restrições ao desempenho do sistema;


restrições de risco e de segurança;
IP de

o número e qualificações das pessoas envolvidas;


o tipo de formação necessário;
© ão

condições de trabalho dos operadores.


Q

− com base nestas especificações de concepção estabelecer os requisitos a um nível geral no que se refere
s

a, por exemplo desempenho, fiabilidade, usabilidade, segurança e manutenção. Estes requisitos deverão
es

ser ordenados de acordo com a sua importância relativa e deverão ser utilizados como critérios. Estes
serão utilizados para avaliar alternativas de concepção em etapas posteriores, de modo a assegurar a
pr

adequabilidade da concepção.
Im

4.2.2 Análise das funções


Nesta fase o projectista deverá efectuar uma análise das funções e sub-funções necessárias para se
cumprirem os objectivos da concepção, e especificar as funções resultantes em conjunto com os seus
requisitos de desempenho.
NOTA: As funções são unidades lógicas de actividades ou conjuntos de actividades necessários para se cumprirem os objectivos do
sistema de trabalho. As funções são estritamente descritas em termos de actividades e não em termos de meios para atingir um
determinado fim.
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Assim, o projectista deverá


− identificar todas as funções e sub-funções a cumprir, tendo por base os objectivos gerais e as

o
especificações de concepção, e especificá-las segundo a sua importância relativa e relações funcionais.

ida nic
NOTA: Isto é realizado de forma mais eficaz se forem utilizados métodos gráficos. Dependendo de quais forem os aspectos mais
cruciais, podem ser utilizados para este fim gráficos funcionais do processo, diagramas de tomada de decisões, diagramas em
árvore aplicados às decisões de concepção, análise em fita de tempo o e análises de rede.

oib tró
− Especificar todas as funções e sub-funções conjuntamente com os seus requisitos de desempenho
relevantes.

pr lec
NOTA: É necessário fragmentar e especificar as funções e sub-funções a um nível que permita transformá-las em tarefas de
trabalho para o operador, e elaborar soluções técnicas de concepção. É importante separar esta etapa da elaboração das soluções
técnicas de concepção e especificação de tarefas de modo a evitar soluções prematuras e a assegurar a melhor solução possível
para as tarefas de trabalho, máquinas e suas interacções.


ão o e
Avaliar a especificação de funções através de uma resposta às seguintes questões:
É cada uma das funções necessária?
uç ent
É possível combinar funções?
As funções estão dispostas segundo uma sequência adequada ou deverão ser reordenadas?
pr um

Que tipo de riscos se encontram associados a estas funções?


É possível melhorar as funções?
re doc
od

4.2.3 Atribuição das funções


Nesta fase é necessário atribuir as funções ao operador ou à máquina, ou quando apropriado, a ambos. A
atribuição das funções tem de ser efectuada como parte do esquema das soluções de concepção para as
IP de

tarefas de trabalho, máquinas e interacções decorrentes. Deverão ser tidas em consideração, neste processo,
as especificações do sistema e as amplitudes operacionais do desempenho humano e do desempenho das
máquinas, por exemplo limiar sensorial, capacidades de processamento de informação, forças aplicáveis e o
© ão

controlo motor.
Q

Assim, o projectista deverá:


s

− descrever e avaliar os vários modos em que cada função pode ser atribuída
es

O que deverá ser efectuado tendo por base as especificações de concepção (4.2.1) e as especificações da
função (4.2.2) em conjunto com os correspondentes requisitos de desempenho.
pr

− estabelecer se existem funções que dêem origem a tarefas que se encontrem fora ou no limiar das
Im

capacidades do operador.
Tais funções não deverão ser atribuídas ao operador humano, uma vez que poderão dar origem a riscos
desnecessários e lesões no operador. O projectista deverá verificar se nenhum destes limites irá ser
violado. Este pode fazê-lo efectuando uma verificação dos dados disponíveis de origem antropométrica,
biomecânica e psicofisiológica.
− considerar as diferenças de adequação dos operadores e das máquinas a funções específicas.
O projectista poderá efectuá-lo consultando uma lista que indica a superioridade relativa de homem em
relação a máquina. A EN 894-1 disponibiliza um exemplo de uma lista.
− considerar as características de tarefas de trabalho bem concebidas para o operador.
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O projectista deverá verificar, em particular, se a atribuição de funções proporciona uma variedade de


tarefas complementares que podem formar um conjunto com sentido. Se não existir uma tal variedade, é
necessário efectuar uma re-distribuição de funções ao operador mesmo que a máquina tenha uma

o
superioridade relativa nessas funções.

ida nic
− nos casos em que seja apropriado, proporcionar uma atribuição dinâmica de funções .
NOTA: Uma atribuição dinâmica de funções permite ao operador atribuir funções a si próprio ou à máquina, dependendo por

oib tró
exemplo, da experiência, formação ou carga de trabalho.

− delinear e avaliar as soluções de concepção alternativas, e seleccionar a que melhor reúna as

pr lec
especificações e critérios para um desenvolvimento posterior.
A escolha da solução final deverá ser baseada na análise dos benefícios e das desvantagens de cada
alternativa.

ão o e
No processo de atribuição das funções deverá ter-se em conta o facto de que as funções possam igualmente
ser desempenhadas em condições anormais e de emergência. Caso seja necessário, poderão ser criadas
disposições especiais para procedimentos de emergência.
uç ent
4.2.4 Especificação das tarefas de trabalho
pr um

Nesta fase, as tarefas de trabalho do operador resultantes das funções que lhe foram atribuídas têm que ser
especificadas em detalhe. Ao mesmo tempo as soluções técnicas correspondentes, incluindo a interface
homem-máquina têm que ser especificadas. O objectivo da especificação das tarefas de trabalho é determinar
re doc

que tipos de tarefas e sub-tarefas terá o operador que desempenhar, e recolher informações sobre os
requisitos de qualificação, distribuições esperadas da carga de trabalho e possíveis riscos envolvidos.
od

NOTA: Uma tarefa de trabalho é um conjunto de acções humanas, efectuadas por um operador individual (ou grupos de
operadores) em interacção com a máquina, que contribui para um objectivo funcional específico e, em última análise, para os
IP de

objectivos de concepção do sistema.

Assim, o projectista deverá:


− recolher informações sobre situações existentes comparáveis (tarefas de trabalho e interfaces homem-
© ão

máquina) e ter em consideração soluções de concepção de tarefas de trabalho que devem ser evitadas e
Q

as transferíveis, baseadas numa avaliação ergonómica.


s

NOTA: A avaliação ergonómica das tarefas de trabalho do operador em situações existentes irá ajudar a criar uma imagem
es

clara dos componentes da carga de trabalho, de modo a assegurar uma adaptação adequada das tarefas de trabalho aos
operadores.


pr

especificar aquilo que o operador tem de fazer, como tem de o fazer, com quem, quando e com que tipo
de equipamento de trabalho, de modo a operar as máquinas.
Im

NOTA: Fazendo uma listagem de todas as tarefas de trabalho e as condições sob as quais estas são efectuadas, é possível
antecipar situações que, caso contrário, poderiam não ser tidas em consideração, tal como a preparação da máquina, ajuste,
reprogramação, incidentes, mudança de ferramentas, mudança de produtos, limpeza das máquinas, etc.

− descrever e avaliar os componentes da carga de trabalho inerente ao desempenho das tarefas de trabalho,
por exemplo força que é necessário exercer, frequência das tarefas, ritmo e sequência das mesmas,
dificuldade de aprendizagem , dificuldades de desempenho e riscos associados ao desempenho das
tarefas.
NOTA: De modo a obter-se uma imagem clara das tarefas de trabalho especificadas e suas consequências para os
operadores, são adequados os métodos de simulação, prototipagem e cenários de trabalho delineados em 4.3.

Os resultados da especificação de uma tarefa de trabalho deverão verificar que são cumpridas as
características das tarefas de trabalho bem concebidas para o operador, tal como indicado em 4.1. A
NP
EN 614-2
2004

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especificação deverá dar uma imagem clara da carga de trabalho e dos riscos que cada tarefa impõe ao
operador, e permitir uma atribuição adequada das tarefas a operadores individuais.

o
ida nic
4.2.5 Distribuição das tarefas de trabalho pelos operadores
Nesta fase é necessário especificar o número de operadores necessários, e caso seja necessário mais de um
operador, as tarefas de trabalho terão que lhes ser distribuídas. Deverão ser consideradas neste processo as

oib tró
características de tarefas de trabalho bem concebidas para o operador, assim como a carga total de trabalho
imposta ao operador.

pr lec
Assim, o projectista deverá:
− especificar o número de operadores necessários para uma operação segura e eficiente,

ão o e
− distribuir equitativamente a carga de trabalho entre os operadores, e
− assegurar que sejam cumpridas as características de tarefas de trabalho bem concebidas para o operador,
tal como indicado em 4.1.
uç ent
Não é suficiente restringir as considerações às condições normais de operação. Assim sendo, deverão ser
tidas em conta situações de incidente, de transição e de emergência.
pr um

4.3 Avaliação da concepção de tarefas de trabalho


O objectivo da avaliação das tarefas de trabalho efectuadas em interacção com máquinas e equipamentos é
re doc

determinar até que ponto a concepção cumpre os objectivos e requisitos estabelecidos na presente norma.
od

A avaliação da concepção de tarefas de trabalho deverá ser efectuada em três fases distintas:
− durante o processo de concepção:
IP de

Uma avaliação contínua durante o processo de concepção de tarefas, tal como descrito em 4.2, é
necessária de modo a assegurar que as soluções desfavoráveis sejam excluídas o mais cedo possível.
Esta avaliação permite determinar se os objectivos de concepção foram atingidos e irá auxiliar o
© ão

projectista quando este necessitar de reavaliar o processo de concepção para melhoria das soluções.
Q

Durante o processo de concepção de tarefas é igualmente importante avaliar as concepções através da


s

modelação e simulação.
es

− durante a implementação
A avaliação durante testes experimentais e outros ensaios, isto é, antes que seja pedido aos operadores
pr

para trabalharem com as máquinas em plena produção, é necessária para avaliar a solução de concepção
globalmente e fazer os ajustes e correcções necessários.
Im

− em condições de funcionamento
A avaliação final das máquinas e das tarefas efectuada em condições normais de funcionamento tem por
objectivo proporcionar “feedback” para concepções futuras e estabelecer a conformidade com a presente
norma e outras com esta relacionadas.
O procedimento para estas avaliações consiste em:
− especificar os critérios de avaliação,
− determinar o método de avaliação, e
− avaliar o cumprimento ou violação destes critérios.
NP
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Os critérios de avaliação a especificar abrangem exigências operacionais, por exemplo o cumprimento das
funções especificadas em 4.2, assim como as características das tarefas de trabalho bem concebidas para o
operador indicadas em 4.1.

o
ida nic
Os métodos utilizados para avaliar a concepção de tarefas dependem do tipo de máquina, por exemplo da sua
complexidade, e da fase de avaliação enunciada anteriormente. É importante desenvolver modelos das
soluções e efectuar simulações do processo de trabalho, tarefas de trabalho e/ou operações humanas o mais

oib tró
cedo possível no decorrer do processo de concepção.
NOTA: Nos casos em que não seja ainda possível recolher informações de condições reais ou simuladas do sistema completo, a
solução de concepção pode ser modelada e avaliada recorrendo a, por exemplo descrições verbais, apresentações esquemáticas,

pr lec
ilustrações gráficas, modelos em pequena escala, cenários de trabalho e protótipos de execução rápida. Nos casos em que a solução
de concepção possa ser actualizada, por exemplo tal como sucede para um protótipo, modelo em tamanho real, cópias em tamanho
real ou até como um cenário improvisado dos elementos técnicos, esta deverá ser avaliada através de uma simulação real das

ão o e
tarefas.

A avaliação deverá incluir as actividades produtivas do operador, quer directas quer indirectas. As
actividades indirectas são por exemplo o abastecimento de material novo, transporte e armazenagem, ajuste
uç ent
de ferramentas, manutenção, limpeza e inspecção. É igualmente necessário ter em conta na avaliação,
incidentes e consequências de variações nas ferramentas, materiais e produtos.
Sempre que for possível, os operadores devem ser envolvidos nestas simulações, trazendo assim a sua
pr um

própria experiência à avaliação. É necessário efectuar uma demonstração dos modelos e simulações aos
operadores, de modo a que estes possam efectuar os seus comentários. Os operadores devem ser igualmente
envolvidos nos testes como elementos integrantes do ensaio.
re doc

O “feedback” dos operadores pode ser obtido de diversos modos. Os métodos a seguir indicados são
od

adequados para este objectivo e devem ser utilizados quando apropriados:


− discussões de grupo;
IP de

− entrevistas;
− questionários;

© ão

listagens de verificação;
Q

− estudos observacionais;
s

− análise de incidentes críticos, e


es

− avaliações psicométricas com escalas standardizadas.


pr

Se existir um grupo de projecto, a concepção de tarefas deverá ser por este avaliada.
Os resultados do processo de avaliação devem ser documentados. Caso os requisitos estabelecidos não
Im

tenham sido cumpridos, deverá efectuar-se uma nova concepção de tarefas ou das máquinas ou de ambas.

5 Processo de concepção
Os princípios e requisitos indicados na presente Norma devem ser integrados no processo de concepção
indicado na secção 5 da EN 614-1:1995.
NP
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Anexo A
(informativo)

o
ida nic
Interacção entre a concepção de máquinas, concepção de tarefas e concepção de
postos de trabalho

oib tró
A.1 Introdução

pr lec
Este é um anexo informativo que fornece indicações para a concepção de postos de trabalho em relação à
concepção de máquinas.
Na Directiva Máquinas 89/392/CEE, principalmente no Anexo I § 1.1.2 (d), os princípios ergonómicos são

ão o e
destacados de modo a assegurar segurança e saúde no trabalho e um processo de trabalho racional: Nas
condições de utilização previstas , o desconforto, fadiga e stress psicológico enfrentados pelo operador
deverão ser reduzidos ao mínimo possível tendo em conta os princípios ergonómicos.
uç ent
Os sistemas de produção necessitam de ter uma produtividade e uma qualidade elevadas ao mesmo tempo
que garantam a segurança e saúde no trabalho. Estes objectivos podem ser atingidos utilizando uma boa
tecnologia e os melhores sistemas de trabalho. Os melhores sistemas de trabalho baseiam-se na existência de
pr um

empregados com as devidas aptidões, trabalhando em postos de trabalho que foram bem concebidos e que
são compostos por tarefas que foram apropriadamente concebidas.
Durante o trabalho, o indivíduo é influenciado por factores biológicos, psicológicos e sociais. As influências
re doc

biológicas encontram-se descritas na EN 614-1. Os efeitos psicológicos consistem em, por exemplo, fadiga,
od

monotonia, vigilância e satisfação reduzidas. As influências sociais advêm do grupo de trabalho, da


organização e da sociedade. É necessário ter em consideração estes três factores na concepção de postos de
trabalho.
IP de

concepção de postos
sistema de trabalho
© ão

de trabalho
Q

concepção de
s

concepção
tarefas de trabalho
es

de máquinas
do operador
pr
Im

Figura A.1 – Ilustração da relação entre a concepção de tarefas de trabalho do operador e a concepção de
postos de trabalho

A.1.1 Boa concepção de postos de trabalho


Para se atingirem os objectivos da Directiva Máquinas deverão ser tidos em consideração não apenas a
concepção de máquinas e de tarefas, mas igualmente a concepção de postos de trabalho, o que é
particularmente importante quando se concebem sistemas homem-máquina mais complexos. A figura A.1
ilustra a relação entre a concepção de tarefas de trabalho e a concepção de postos de trabalho. Se as
características de tarefas de trabalho para operador bem concebidas não puderem ser atingidas através da
concepção da máquina, a concepção de postos de trabalho oferece possibilidades para adaptar a actividade de
trabalho aos operadores individuais ou a um grupo de operadores.
NP
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O objectivo para uma boa concepção de postos de trabalho é criar postos de trabalho que possibilitem ao
operador ter uma produtividade elevada e qualidade no seu trabalho, desenvolver aptidões e atingir um
elevado grau de bem estar.

o
ida nic
Os postos de trabalho bem concebidos caracterizam-se por exemplo por:
− bom ambiente físico;

oib tró
variação razoável de actividades;
− oportunidades para aprender e para evoluir no posto de trabalho;

pr lec
− oportunidades para tomar decisões no seu trabalho;
− oportunidades para ter contacto com outras pessoas;

ão o e
− serem vistos como uma parte importante do ‘todo’;
− serem considerados importantes a longo prazo.
uç ent
Poderão ser indicadores de condições físicas e/ou psicológicas inadequadas:
− elevada rotatividade do pessoal;
pr um

− problemas de saúde tais como, baixas por doença frequentes ou prolongadas ou reforma por motivos de
saúde;
− outros efeitos tais como acidentes de trabalho e/ou doenças do trabalho;
re doc

− baixa qualidade da produção.


od

Consequentemente é importante identificar ambientes de trabalho que:


− diminuam a produtividade;
IP de

− aumentem os erros;
− reduzam a segurança e a saúde dos trabalhadores.
© ão

É possível evitar este tipo de ambientes de trabalho através de uma boa concepção de postos de trabalho.
Q
s

A concepção de postos de trabalho é um conceito vasto que abrange várias abordagens para melhorar os
postos de trabalho. As abordagens mais conhecidas são descritas resumidamente neste anexo informativo:
es

− rotação dos postos de trabalho, alargamento e enriquecimento das tarefas de trabalho, que são
pr

desenvolvidas para corrigir as deficiências das tarefas de trabalho altamente fragmentadas e


repetitivas,
Im

− grupos de trabalho e equipas, que são desenvolvidas, adicionalmente ao que foi acima
mencionado, para alargar a utilização de recursos humanos e para desenvolver a eficiência
organizacional,
− concepção participativa, cujo objectivo é a utilização dos conhecimentos dos utilizadores no
planeamento da disposição do local de trabalho, sistemas de trabalho e concepção dos postos de
trabalho,
− desenvolvimento de técnicas de gestão, cujo objectivo é alargar o horizonte de uma visão de
postos de trabalho individuais para o desenvolvimento de uma cultura organizacional e estratégias
de produção.
NP
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Os conceitos de concepção de postos de trabalho surgiram em alturas diferentes, à medida que a indústria se
foi desenvolvendo e por conseguinte sobrepõem-se uns aos outros de muitas formas. Existem igualmente
outras terminologias utilizadas para estas abordagens ou actividades.

o
ida nic
A.2 Características dos postos de trabalho bem concebidos e implicações na
concepção

oib tró
Nesta subsecção descrevem-se as características dos postos de trabalho bem concebidos e implicações na
concepção. As características dos postos de trabalho bem concebidos são muito semelhantes às

pr lec
características das tarefas de trabalho bem concebidas (veja-se 4.1).

A.2.1 Experiência e capacidades do operador

ão o e
Na concepção de postos de trabalho a experiência e capacidades dos grupos de operadores existentes e
futuros é crucial. Nos casos em que não seja possível evitar a existência de tarefas que exijam muitíssimo ou
uç ent
muito pouco do operador, estas deverão ser associadas a outras tarefas de modo a que não existam efeitos de
sobrecarga ou de subcarga para o operador no posto de trabalho, como resultado final.
pr um

A.2.2 Um ‘todo’ com significado


Um ‘todo’ com significado diz respeito à globalidade do posto de trabalho. Por conseguinte, o posto de
trabalho deverá incluir preparação e avaliação, para além das partes ligadas à produção de modo a que o
re doc

operador possa ter um posto de trabalho mais global .


od

A.2.3 Contribuição para a produção total gerada pelo trabalho


IP de

A contribuição para a produção total gerada pelo trabalho diz respeito ao grau de fragmentação do processo
de trabalho e à divisão do trabalho. As tarefas deverão ser associadas de modo a que o operador possa
contribuir significativamente para uma parte identificável da produção total gerada pelo trabalho. O que pode
ser efectuado por exemplo, através da associação de tarefas em torno de grupos de produtos e grupos de
© ão

clientes.
Q
s

A.2.4 Diversidade
es

A diversidade diz respeito ao tipo de aptidões, capacidades e actividades do posto de trabalho. Se não for
possível evitar a existência de tarefas simples e monótonas, estas deverão ser associadas a outras tarefas, de
pr

modo a que o posto de trabalho no seu ‘todo’ incorpore aspectos sensoriais, cognitivos e motores, tais como
percepção, processamento de informações, tomada de decisões, movimentos e comunicação.
Im

A.2.5 Autonomia
A autonomia diz respeito à liberdade de acção do operador na tomada de decisões em relação ao
cumprimento de uma determinada tarefa de trabalho. Se não for possível que o operador seja autónomo em
algumas tarefas de trabalho, estas tarefas deverão ser associadas a outras tarefas de modo a garantir um grau
de autonomia suficiente ao posto de trabalho no seu ‘todo’.

A.2.6 Oportunidades de aprendizagem


A aprendizagem diz respeito ao desenvolvimento de aptidões existentes e à aquisição de novas aptidões. Esta
pode ser ampliada através da oferta de um misto de tarefas de rotina e de tarefas não rotineiras (criativas).
NP
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Para uma aprendizagem global é necessário que esteja presente no posto de trabalho uma determinada
variedade de tarefas técnicas, de comunicação e de organização.

o
ida nic
A.2.7 “Feedback”
O “feedback” diz respeito à divulgação ao operador de informações relativas ao desempenho de tarefas.
Estas informações de natureza quantitativa e qualitativa permitem ao operador determinar o que foi bem ou

oib tró
mal executado. Utilizando esta informação o operador pode corrigir o seu desempenho.

pr lec
A.2.8 Sobrecarga e subcarga
A sobrecarga e a subcarga dizem respeito à frequência e intensidade das actividades sensoriais , cognitivas e
motoras do operador. Se não for possível evitar em algumas tarefas esforços excessivos ou demasiado

ão o e
reduzidos, ou fadiga do operador, estas tarefas deverão ser alternadas com outras tarefas de modo a que no
global do posto de trabalho não existam efeitos de sobrecarga ou de subcarga.
uç ent
A.2.9 Repetitividade
A repetitividade diz respeito ao intervalo de tempo que decorre entre a repetição das tarefas. Se não for
pr um

possível evitar a existência de intervalos de tempo reduzidos entre tarefas de curta duração, estas tarefas
deverão ser alternadas com outras, de modo a que não exista uma carga de trabalho desequilibrada no global
do posto de trabalho.
re doc
od

A.2.10 Oportunidades de contacto


É possível fazer a distinção entre contactos sociais e contactos funcionais. Os contactos funcionais dizem
respeito à possibilidade de assistência recíproca na resolução de problemas relacionados com o trabalho. Os
IP de

contactos sociais dizem respeito à possibilidade de contacto visual e interacção verbal. Nos casos em que
trabalhar sozinho(a) seja inevitável, no desempenho de certas tarefas, deverão ser proporcionados os meios
técnicos para permitir a comunicação e considerada a possibilidade de alternância com outras tarefas.
© ão
Q

A.3 Modos de efectuar uma re-concepção dos postos de trabalho


s
es

A.3.1 Rotação dos postos de trabalho, alargamento dos postos de trabalho e enriquecimento dos postos
de trabalho
pr

A rotação dos postos de trabalho refere-se ao facto de o operador efectuar diferentes grupos de tarefas ao
longo do tempo. A rotação dos postos de trabalho pode ser organizada dentro do mesmo sistema de trabalho
Im

ou entre diferentes sistemas de trabalho. Pode basear-se em acordos recíprocos entre operadores numa base
mais ou menos voluntária ou em intervalos de tempo rigorosamente fixados . O tempo que um operador
demora a executar uma das tarefas pode variar entre algumas horas ou dias até várias semanas ou meses. O
objectivo da rotação dos postos de trabalho é reduzir os efeitos negativos de uma carga de trabalho
desequilibrada e melhorar as oportunidades para aprendizagem e contacto. Em geral, a rotação dos postos de
trabalho melhora a flexibilidade da população de operadores e a organização do trabalho.
O alargamento dos postos de trabalho refere-se ao aumento do número de tarefas a serem desempenhadas
pelo operador, no mesmo objecto, dentro do mesmo sistema de trabalho. O alargamento dos postos de
trabalho diminui a fragmentação do processo de trabalho e divisão do trabalho, aumenta a variação do
desempenho de tarefas e por conseguinte reduz os riscos de repetitividade e monotonia nos postos de
trabalho.
NP
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O enriquecimento dos postos de trabalho refere-se a um aumento do conteúdo do trabalho, por exemplo
presença de componentes de preparação e de avaliação no posto de trabalho, tais como actividades de
planeamento e controlo. O objectivo do enriquecimento dos postos de trabalho é conceder aos operadores

o
maior autonomia e controlo do processo de trabalho e também conferir maiores responsabilidades ao

ida nic
operador. A autonomia e o controlo são essenciais para uma resolução de problemas eficaz por parte do
operador, um aumento das oportunidades de aprendizagem e uma redução dos riscos de stress.

oib tró
A rotação, o alargamento e o enriquecimento dos postos de trabalho têm por objectivo proporcionar, as
características de postos de trabalho bem concebidos, dando ao operador a oportunidade de lidar com uma
variedade de tarefas e sub-tarefas complementares que formem um ‘todo’ com significado.

pr lec
A.3.2 Equipas e grupos de trabalho

ão o e
As alterações aos postos de trabalho acima mencionadas podem ser realizadas com supervisão rigorosa,
como uma parte integrante do desenvolvimento de uma organização hierárquica convencional. Um outro
modo de se atingirem os mesmos objectivos será organizar o trabalho a realizar em grupos de trabalho.
uç ent
Dentro dos grupos de trabalho é possível alterar as tarefas de uma forma flexível de acordo com as
necessidades momentâneas dos operadores, assim como os requisitos do processo de trabalho.
A posição e campo de acção dos grupos de trabalho poderá variar dentro do processo de trabalho, por
pr um

exemplo dependendo do tipo de produtos ou tecnologia utilizados. O grupo poderá assumir a


responsabilidade de uma parte do processo ou da produção completa de um produto, desde o princípio até ao
fim. A aplicação bem sucedida do alargamento de tarefas e de maior responsabilidade em grupos de trabalho
re doc

autónomos significa o cumprimento dos requisitos principais de um “bom” posto de trabalho descrito em
A.1.
od

Os grupos de trabalho autónomos podem igualmente ser designados por equipas, referindo-se a uma
organização horizontal de equipa, com menos supervisão ou pelo menos, com um tipo de supervisão
IP de

diferente. A organização em equipa requer que o operador possua maiores aptidões cognitivas e sociais,
embora o trabalho em equipa possa igualmente ser uma maneira de adquirir tais aptidões. As equipas podem
ser consideradas como um passo em frente em direcção à organização de aprendizagem.
© ão
Q

A.3.3 Concepção participativa


s

As tarefas do operador poderão igualmente ser alargadas a outras áreas de actividade da empresa, tais como
es

preparação do trabalho, e consequentemente reorganização dos processos de trabalho. A abordagem da


concepção participativa baseia-se nas seguintes premissas:
pr

− o operador possui a melhor experiência (conhecimento tácito) da actividade de trabalho efectiva,


− a participação geralmente aumenta a funcionalidade do sistema de trabalho,
Im

− através da sua participação, o posto de trabalho pode ser concebido de modo a ajustar-se ao operador em
questão,
− o processo de concepção participativa facilita a aprendizagem e a aceitação do posto de trabalho assim
como a aceitação da tecnologia aplicada,
− a participação aumenta a motivação e o empenho.
A concepção participativa dos locais e postos de trabalho é realizada com maior eficácia através de uma
discussão aberta num grupo pequeno e quando é centrada nos sistemas de trabalho utilizados na prática. É
necessário recorrer a métodos de concepção ilustrativos e experimentais (esboços, modelos à escala, ensaios,
simulações, etc.) para fazer emergir os conhecimentos práticos do operador. A discussão deverá
NP
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preferencialmente ter lugar no local de trabalho em questão. Os círculos de qualidade e os grupos de


aperfeiçoamento contínuo são exemplos práticos de concepção participativa.

o
Preferencialmente a participação do operador deverá ser voluntária e confidencial. Deverá ser ainda

ida nic
assegurado aos participantes que podem beneficiar dos resultados.

A.3.4 Desenvolvimento de gestão

oib tró
O desenvolvimento acima mencionado está ligado ao desenvolvimento simultâneo das filosofias de
produção, organizações de produção, estratégias de liderança e cultura organizacional. As novas

pr lec
organizações horizontais de funcionamento célere, flexível e orientado para o cliente exigem um novo tipo
de supervisão. As tarefas importantes dos supervisores nestas novas organizações são o fornecimento de
recursos e o assegurar de outras pré-condições para o desempenho do trabalho, assim como encorajar a

ão o e
produção de ideias, apoiar e coordenar as acções conjuntas e a comunicação entre as equipas e entre os
indivíduos.
uç ent
pr um
re doc
od
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im
NP
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Anexo B
(informativo)

o
ida nic
Exemplo ilustrativo: Concepção de uma máquina perfuradora

B.1 Introdução

oib tró
Este Anexo fornece uma descrição da concepção de uma máquina perfuradora, ilustrando o processo de
concepção esquematizado nos parágrafos 4.2.1 a 4.2.5. Esta não é uma descrição completa de todo o

pr lec
processo, e sim um conjunto de ilustrações que exemplificam os pontos de decisão importantes do processo
(este exemplo concentra-se nas questões ergonómicas). É importante a conformidade em relação a outras
Normas Europeias existentes sobre segurança de máquinas (por exemplo, sobre avaliação de riscos

ão o e
(EN 1050) e distâncias de segurança (EN 294 e EN 811).
A figura B.1 é um diagrama de fluxo, que dá uma visão geral do processo, das suas interacções e iterações.
uç ent
Esta figura inclui igualmente referências às figuras B.2 a B.7.
pr um

4.2.1 ESTABELECIMENTO DOS


OBJECTIVOS DA CONCEPÇÃO
veja-se figura B.2
re doc

4.2.2 ANÁLISE DAS FUNÇÕES


od

veja-se figuras B.3, B.4, B.5


IP de
© ão
Q

4.2.3 ATRIBUIÇÃO DAS


FUNÇÕES
s

CRITÉRIOS DE veja-se figura B.6


es

AVALIAÇÃO
pr

4.2.4 ESPECIFICAÇÃO DAS TAREFAS


Im

DE TRABALHO
veja-se figura B.7

4.2.5 DISTRIBUIÇÃO DAS TAREFAS DE


TRABALHO PELOS OPERADORES

Figura B.1 – Diagrama de fluxo do processo de concepção


NP
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B.2 Determinação dos objectivos de concepção


A figura B.2 ilustra um exemplo de como os objectivos do sistema de trabalho podem ser especificados

o
conjuntamente com os requisitos de desempenho e critérios de avaliação. Da esquerda para a direita, os

ida nic
objectivos estabelecidos são ilustrados a três níveis diferentes, iniciando-se no objectivo mais geral para a
produção de um furo (colunas 1 a 3). As especificações a um nível mais detalhado e os correspondentes
critérios de avaliação são indicados nas colunas 4 e 5.

oib tró
OBJECTIVOS ESPECIFICAÇÕES CRITÉRIOS

pr lec
precisão precisão média

ão o e
Características posição posicionamento variável da peça de
do furo trabalho
forma

diâmetro especificar a amplitude e a precisão do diâmetro


uç ent
16 mm
profundidade especificar a amplitude e a precisão da 200 mm
profundidade
pr um

características peso
do objecto de
trabalho altura máxima 400 mm

dimensão metal, plástico, madeira


re doc

condições do
od

material

conceber um características número especificar o número de dispositivos em utilização


IP de

dispositivo do processo
técnico para tempo Especificacar a frequência de execução
produzir um utilização ocasional
especificar a quantidade de furos a realizar por
furo
unidade de tempo
© ão

.
Q

variabilidade especificar o grau de normalização do requisito utilização variável no processo


produtivo
s

o dispositivo não é concebido para


es

ser aplicado numa


determinada/especificada posição no
processo produtivo
pr
Im

segurança emissões determinar o modo de proceder em relação aos não se utilizam materiais perigosos
produtos secundários

perigo de paragem de emergência


lesão

desempenho de acordo
humano com 4.1

Figura B.2 – Exemplo de objectivos gerais de concepção


NP
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B.3 Análise de funções


A figura B.3 é um diagrama de fluxo funcional do processo. Assume-se que a tecnologia e o método de

o
desempenho da tarefa não se encontram ainda determinados. Da esquerda para a direita o diagrama de fluxo

ida nic
indica as etapas principais do processo: ENTRADAS DO PROCESSO, que inclui as funções de
processamento de informação do operador nos diferentes itens. Seguindo-se a etapa PROCESSO, que inclui
as funções de preparação, produção de um furo e verificação. A última coluna contém a etapa SAÍDA DO

oib tró
PROCESSO, que inclui as funções de remoção e manutenção.

pr lec
ENTRADAS DO PROCESSO SAÍDAS DO
PROCESSO PROCESSO

ão o e Remoção
uç ent
informações sobre: preparação do: produção de um furo: Verificação: produto

equipamento

especificações do produto operador operação forma produto sub-produtos


pr um

objecto de trabalho objecto de trabalho dimensão equipamento

equipamento equipamento controlo profundidade


re doc

manutenção
od

Figura B.3 – Diagrama de fluxo do processo ao nível mais geral


IP de

É extremamente importante confirmar que são utilizados a tecnologia e os métodos correctos para efectuar a
tarefa em questão. A figura B.4 indica a matriz, que pode ser utilizada para efectuar a comparação entre
diferentes métodos existentes de produção de furos. Estes podem ser analisados de acordo com os objectivos,
© ão

especificações e critérios estabelecidos na figura B.2. Neste caso, assume-se que a perfuração é um método
Q

apropriado para produzir furos.


s
es

Objectivos … forma dimensão profundidade precisão número variabilidade emissões posição …

Dispositivos
pr

alternativos

perfuração
Im

fresagem

punçoagem

laser

+ Adequado Ou precisar a
especificação
Suficiente sempre possível
- Inadequado

Figura B.4 – comparação entre soluções de concepção existentes


NP
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A figura B.5 ilustra um diagrama hierárquico de fluxo funcional do processo de perfuração segundo a sua
sequência temporal (da esquerda para a direita). Na parte superior da figura as funções encontram-se
primeiro especificadas a um nível geral. A parte inferior fornece uma especificação mais detalhada das

o
funções e sub-funções, que foram fragmentadas a um nível em que seja possível transformá-las em tarefas de

ida nic
trabalho para o operador, e que seja possível elaborar soluções técnicas para a concepção de uma máquina
perfuradora.

oib tró
Informações preparação de: perfuração: informações sobre:
sobre:

pr lec
objecto de trabalho operação produto
Especificações do
produto equipamento controlo sub-produtos

ão o e
Objecto de segurança equipamento
trabalho

Equipamento
uç ent
Instruções de estipular:
pr um

trabalho
- r.p.m.

- curso

Características da peça de Determinar: Ajustar: Instalar: Controlar: verificar os remover:


re doc

peça de trabalho trabalho: resultados


- diâmetro - r.p.m. - broca - r.p.m. - broca
od

- marcação
- r.p.m. - avanço - curso - peça de
- punçoagem Apertar: (profundidade trabalho
- curso de perfuração)
- carregamento - mandril - sub-
- perfuração
IP de

- ajuste
A produtos

Estado da R Arrefecimento:
P
máquina
perfuradora R - peça de A Manutenção
© ão

trabalho
R
Q

A - broca

A
s

N
es

Q G

U E
pr

E M
Im

- protecção do operador

- paragem de emergência
- recolha dos sub-produtos

- separação entre as funções de


posicionamento e de
perfuração

tempo

Figura B.5 – Diagrama hierárquico do fluxo das funções especificadas


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B.4 Atribuição das funções


A figura B.6 ilustra como as funções podem ser atribuídas ao operador (O) ou à máquina (M). As funções e

o
as sub-funções especificadas do processo de perfuração, resultantes da análise das funções encontram-se

ida nic
indicadas à esquerda. À direita as funções especificadas encontram-se atribuídas ao operador ou à máquina,
de três modos diferentes. A adequabilidade do operador à atribuição das funções depende das necessidades,
aptidões, etc. do operador, tal como indicado em 4.2.3. A decisão final apenas pode ser tomada tendo por

oib tró
base os resultados da especificação das tarefas de trabalho, tal como descrito em 4.2.4.

pr lec
ESPECIFICAÇÕES DAS FUNÇÕES ATRIBUIÇÃO DA FUNÇÃO

funções: Sub funções: Alternativas:

ão o e
1 2 3

informações especificações do produto Instruções de trabalho


sobre
objecto de trabalho características da peça de trabalho
uç ent
equipamento estado da máquina perfuradora

Preparação da objecto de trabalho Marcação da peça de trabalho


perfuração
pr um

punçoar da peça de trabalho


carregar a peça de trabalho
ajustar da peça de trabalho
re doc

equipamento determinar broca/diâmetro


od

determinar r.p.m.
determinar curso
determinar broca
IP de

ajustar as r.p.m.
ajustar o curso
© ão

instalar a broca
Q

apertar o mandril
s
es

Controlo da arranque arranque/iniciar as r.p.m.


operação
arranque/iniciar o curso
pr

estipular as r.p.m. M M M
estipular o curso/profundidade de M
Im

perfuração

controlar as r.p.m. M
controlar o curso/profundidade de M
perfuração

recolha dos sub-ptodutos ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯

arrefecimento da peça de trabalho


arrefecimento da broca ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯

Paragem parar as r.p.m. M


parar curso M M
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informação sobre produto verificar os resultados


sub-produtos

o
equipamento remover a peça de trabalho

ida nic
remover a broca
remover os sub-produtos

oib tró
manutenção

protecção em relação aos proteger o operador do processo de ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯

pr lec
sub-produtos perfuração

segurança
protecção contra riscos de separação entre as sub-funções de ⎯ ⎯ 1 ⎯ ⎯
acidente posicionamento e de perfuração
⎯ ⎯

ão o e
paragem de emergência /M /M

Figura B.6 – Atribuição das funções


uç ent
pr um

B.5 Especificação das tarefas de trabalho


A figura B.7 especifica detalhadamente as tarefas de trabalho do operador, resultantes das funções que lhe
foram atribuídas. As três vias distintas da figura B.6 foram transformadas nas correspondentes tarefas de
re doc

trabalho do operador (1 a 3). Nesta fase é estabelecida a sequência de actividades humanas no processo de
od

trabalho, sendo possível avaliá-la conjuntamente com as correspondentes soluções técnicas.


A tarefa de trabalho 1, do operador, com a correspondente solução técnica A, ilustra a concepção de tarefas
existentes de uma máquina perfuradora convencional. Esta solução envolve uma deficiência na segurança,
IP de

uma vez que não existe uma divisão técnica reforçada entre o posicionamento da peça de trabalho e o
processo de perfuração, o que poderá dar origem a acidentes. A profundidade de perfuração é controlada
pelo operador (‘verificação visual da profundidade no ecrã’). Esta actividade consiste principalmente num
© ão

comportamento baseado nas aptidões.


Q

A solução B oferece, em opção, duas especificações de tarefas. A tarefa de trabalho 2, do operador é


s

convencional, uma concepção de tarefas manuais, com uma melhoria na segurança no comando para duas
es

mãos. A subtarefa do controlo da profundidade de perfuração é eliminada, ao mesmo tempo que são
adicionadas as sub-tarefas de ajuste detalhado da velocidade (‘ajustar as r.p.m. numa gama contínua’,
‘ajustar a posição da engrenagem’). Em ambas as tarefas, 1 e 2, o operador controla o processo de perfuração
pr

(‘resistência ao esforço manual, , sons, cheiros, etc.’).


Im

A tarefa de trabalho 3, do operador, proporciona um processo de perfuração controlado pela máquina. A


parte principal da tarefa de trabalho do operador é a programação detalhada da máquina, que proporciona um
comportamento baseado em regras.
A escolha final da solução de concepção depende da avaliação dos componentes da carga de trabalho que
resulta do desempenho da tarefa de trabalho. A solução A (tarefa 1) parece envolver elevados riscos para a
saúde, não sendo portanto recomendada. Deverá ser escolhida a solução B com as tarefas de trabalho 2 e 3,
do operador, uma vez que esta tem em conta as principais características das tarefas de trabalho bem
concebidas (para o operador) indicadas em 4.1.
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Exemplos:
(a) Proporcionar ao operador um grau adequado de liberdade e autonomia

o
É dada ao operador a possibilidade de escolha entre dois modos alternativos de realização das tarefas.

ida nic
(b) Reconhecer a experiência, capacidades e aptidões da população de operadores existente ou
esperada.

oib tró
Os operadores acostumados ao modo convencional de desempenho das tarefas (tarefa 1) estão aptos a
desempenhar grande parte das suas aptidões na tarefa 2. Providenciando duas opções para o

pr lec
desempenho da tarefa, o processo de perfuração é adaptável a uma grande variedade de utilizadores.

(c) Providenciar a aplicação de uma variedade apropriada de aptidões, capacidades e actividades, e

ão o e
particularmente providenciar uma combinação apropriada dos seguintes tipos de controlo de
comportamento:
− comportamento baseado nas aptidões,
uç ent
por ex. controlo do processo de perfuração indicado na tarefa 2 verificando (‘resistência ao esforço
manual , sons, cheiros, etc.’).
pr um

− comportamento baseado em regras,


por ex. ajuste/programação da máquina perfuradora nas tarefas 2 e 3 (‘programar as r.p.m. numa
gama contínua’, ‘programar o avanço da perfuração’)
re doc

− comportamento baseado em conhecimentos,


od

A aplicação do comportamento baseado em conhecimentos depende do contexto da tarefa de


perfuração. O comportamento baseado em conhecimentos poderá ser aplicado na programação da
IP de

máquina de acordo com as diferentes características dos materiais (por ex.: programar as r.p.m.),
nas tarefas de manutenção e no desenvolvimento de novos procedimentos de trabalho que sejam
comportados pelas máquinas tecnologicamente mais avançadas.
© ão

(d) Proporcionar ao operador oportunidades para praticar e desenvolver aptidões e capacidades


Q

existentes, bem como a adquirir aptidões e novas capacidades.


s

Tal como foi esboçado nos itens (b) e (a) o operador pode escolher entre dois modos diferentes de
es

desempenho das tarefas, sendo por isso munido de um certo grau de autonomia. Na tarefa 2 é dado ao
operador “feedback” sobre a realização das tarefas através da verificação da ‘resistência ao esforço
pr

manual, sons, cheiros, etc.’, o que proporciona oportunidades de adquirir aptidões através de
aprendizagem por tentativa e erro. Na tarefa 3 a máquina proporciona o controlo do processo de
Im

perfuração. É necessário que o operador desenvolva a tarefa de programação da máquina e que seja
capaz de adquirir “feedback” através da observação do processo e verificação dos resultados. Pode-se
aumentar o grau de autonomia incluindo na concepção da tarefa o comportamento baseado em
conhecimentos, tal como salientado no item (c).
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solução técnica A: uma solução técnica B:


solução convencional

o
apresenta duas tarefas opcionais ao operador

ida nic
tarefa 1 tarefa 2 tarefa 3

Ligar o motor

oib tró
Determinar qual o procedimento para o curso

pr lec
manual mecânico

ajustar a velocidade programar as r.p.m. numa programar as r.p.m. numa gama

ão o e
gama contínua contínua

Ajustar a posição da Ajustar a posição da engrenagem


engrenagem
uç ent
programar a profundidade de programar a profundidade de
perfuração perfuração
pr um

programar o curso da perfuração


re doc

Ligar o motor Ligar o motor


od

Agarrar os manípulos Agarrar os controlos Esperar até que o processo de


perfuração esteja concluído
IP de

verificação táctil

manípulos inferiores manípulos inferiores


© ão
Q

resistência ao esforço resistência ao esforço manual,


manual, sons, cheiros, sons, cheiros, etc.
s

etc.
es

verificação visual da Baixar os manípulos até que a


profundidade num ecrã profundidade de perfuração
pr

seja atingida

Detecção visual de que a


Im

profundidade foi
atingida

as mãos libertam os as mãos libertam os


manípulos manípulos

Parar o motor Parar o motor Parar o motor

Figura B.7 – Especificação das tarefas de trabalho do operador


NP
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Anexo ZA
(informativo)

o
ida nic
Secções da presente Norma, relativas aos requisitos essenciais ou outras
disposições de Directivas UE

oib tró
A presente Norma foi elaborada no âmbito de um mandato atribuído ao CEN pela Comissão Europeia e pela
Associação Europeia de Comércio Livre e vem apoiar os requisitos essenciais da seguinte Directiva UE:

pr lec
Directiva de Máquinas 89/392/CEE, substituída pela nova edição 98/37/CE datada de 22 de Junho de 1998.

ão o e
AVISO: Outros requisitos e outras Directivas da UE podem ser aplicáveis ao(s) produto(s) abrangido(s) por
esta norma.
É provável que as secções da presente Norma suportem os requisitos da Directiva de Máquinas.
uç ent
A conformidade com as secções da presente Norma constitui um dos meios de satisfazer os requisitos
essenciais específicos da Directiva em questão, bem como os regulamentos correspondentes da Associação
Europeia de Comércio Livre.
pr um
re doc
od
IP de
© ão
Q
s
es
pr
Im

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