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Semiótica TCAV TCM


M. Adriana Baptista
Tipos de Imagem
Opacas: exteriorizáveis apenas por códigos
Semiótica mentais arbitrários
(visuais, auditivas, gustativas, tácteis, olfativas)
Sensoriais e dependentes do orgão da visão,
percetuais
L. Multimédia 2023-2024 experienciais: retina
Interpretáveis, emotivas, criadas pela retórica
Imagem verbal verbal
(metáfora, imagem, alegoria, ...)
Fidedignas, distorcidas: produto de ações
Imagem ótica técnicas de captação (espelho, projeção,...)
Adriana Baptista ESMAD/PPorto Fidedignas, distorcidas: produto de ações
Imagem gráfica técnicas de produção, icónicas, simbólicas, alvo
de ação retórica

Imagem digital XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


Adaptado de. W.T. Mitchel in What is anImage?

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Tipos de Elementos significativos


Termos sinal índice ícone símbolo signo alegoria

Traços pertinentes

1. Representação —
... +
2. Analogia —
Comigo me desavim
Sou posto em todo o perigo.
Comigo me entendi
Fugi de todo o perigo. +
Não posso viver comigo Já posso viver comigo
3. Imediatidade —
Nem posso fugir de mim. E posso fugir de mim.
+
Sá de Miranda
4. Adequação —
+
5. Existencialidade —
Adaptado de R. Barthes, Elementos de Semiologia

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Her Morning Elegance Sun been down for days


Oren Lavie A winter melody she plays
https://www.youtube.com/watch?v=2_HXUhShhmY The thunder makes her contemplate
She hears a noise behind the gate
Perhaps a letter with a dove
Sun been down for days Perhaps a stranger she could love
A pretty flower in a vase
A slipper by the fireplace And she fights for her life http://boca.pt/boca-junior.html
as she puts on her coat
A cello lying in its case
And she fights for her life on the train
She looks at the rain BOCA JUNIOR
Soon she's down the stairs as it pours
Her morning elegance she wears
The sound of water makes her dream
And she fights for her life
as she goes in a store • A Alegria de Gostar
with a thought she has caught
Awoken by a cloud of steam by a thread
She pours a daydream in a cup she pays for the bread
A spoon of sugar sweetens up and she goes…
Nobody knows Jairo Anibal Neto
And she fights for her life
And she fights for her life
as she puts on her coat as she puts on her coat
And she fights for her life on the train And she fights for her life on the train
She looks at the rain as it pours She looks at the rain
And she fights for her life as it pours
And she fights for her life
as she goes in a store
as she goes in a store
with a thought she has caught where the people are pleasantly
by a thread strange
she pays for the bread and counting the
and she goes… change
as she goes…
Nobody knows Nobody knows

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Agência alemã Jung von Matt, onde é patente a intertextualidade com a fotografia dos trabalhadores almoçando durante a construção
do edifício da General Electrics (registada em 1932 por Charles C. Ebbets

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Tipos de Mensagem A transmissão verbal e visual da informação


(Cf. J. Doblin 1985) (Cf. J. Doblin 1985)

Verbal Visual Numérica


Nominal lexical ideogramática numérica
Mensagens Informação relativa a
nomes ou termos que
nomes marcas números

servem a identificação ou
a classificação

Numenal lógica diagramática matemática


alfanuméricas iconográficas Informação concebida tabelas e gráficos
teorias fórmulas
pela razão, mas que não
pode ser percepcionada
pelos sentidos

verbais numéricas visuais Fenomenal prosaico isogramática aritmética


Informação conhecida descrições esquemas e mapas medidas
pela experiência mais do
desenhos e fotografias
que pelo pensamento ou
pela intuição

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Processamento visual
tipos de informação visual
+Abstracto - organiza-se por fixações e sacadas (progressivas e
marcas Registo, substitui o nome
marcas regressivas)
Tabelas e Gere muita inf. e inf. complexa
tabelas e
gráficos - durante as fixações a percepção está dependente das
Esquemas Representa hierarquizadamente o real limitações da fóvea
gráficos e mapas Representa fielmente o real (planta, escala)
desenhos ideogramáticos
esquemas diagramáticos
e mapas isogramáticos
fotografias captação do real
desenhos
fotografias modelos reprodução tridimensional do real

modelos
+Realista

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A percepção visual e a leitura de textos verbais


A percepção visual na leitura não é estritamente sequencial.
Durante a leitura o movimento dos olhos não é contínuo.

Frequência das fixações (7 a 11 fixações por linha de 80 caracteres)

Duração das fixações (250 a 350 mls por pausa)

Amplitude do campo visual (15 a 18 caracteres/espaços por fixação)


(A área perceptiva é assimétrica à direita nas línguas 3-4 à esquerda do ponto de fixação e 14-15 à
ocidentais de escrita esquerda-direita) direita

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A percepção visual e o processamento de textos visuais Dados sobre processamento visual na leitura de imagens

- os objetivos de observação e as instruções de observação influenciam


significativamente o processamento das imagens;

Buswell, 1936 e Yarbus, 1967

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Valores de duração média das fixações e da amplitude média das sacadas durante
diferentes tarefas de leitura

Tarefa Duração média das fixações Amplitude média das sacadas


(em milissegundos) (em graus)

Leitura silenciosa 225 2 (cerca de oito caracteres)

Leitura em voz alta 275 1,5 (cerca de seis caracteres)

Pesquisa visual 275 3

Visualização de imagens 330 4

Leitura de pautas de música 375 1

Dactilografia 400 1 (cerca de quatro caracteres)

Uma vez que actualmente, antes de aprender a ler, a criança se habituou a ver muitas
imagens fixas e em movimento, onde a amplitude média das sacadas é
significativamente maior do que na leitura, o treino para a leitura pode beneficiar de
exercícios de pesquisa visual que talvez ajudem a fazer a transição para o tipo de C obra A larm es, A gên cia N aga D D B da M alasia
sacadas que a leitura exige. C f. B aptista, 2010

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C f. B aptista, 2010 C f. B aptista, 2010

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Tipos de Elementos significativos


Marca
Índice Tabela Gráfico + legenda (medições, contabilizações
e comparações.
Ícone
Esquemas e mapas
Sinal
Símbolo
Desenhos
Signo
Fotografias (grau maior ou menor de desvio da realidade)
Alegoria
modelos

Subjectividade/objectividade - rigor/distorção
escala/relação - abstracto/concreto

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Ikko Tanaka , 1972


Hibernation Comedy
http://www.performingarts.jp/e/data_drama/theater/d-00022.html

AKIHAMA, born 1934, graduated from the Theatre Department of Tokyo's Waseda University.) "The Comic
Duo in Hibernation" (written in 1965; first produced in 1966)

The story is about a man and a woman who await the arrival of their lovers at their place deep in snow bound
mountains. The playwright uses the local language of Iwate Prefecture to portray with verve the life of the
people and the absurdity of the human condition. At a farmhouse in the mountains where the snow comes
right up into the earthen floor entryway. Yuki (a woman) is about to hang herself from the wooden structure of
the house. Toto is helping out by being the springboard, but yet again Yuki decides against going through with
the act. Apparently, the two do this hanging routine everyday. After that, Toto begins to reread a letter left to
him by his beloved Katsuko, who left three years ago. She has not been seen since. In it she promises to
return to him, but there is no sign of that. It has been snowing for three years since Katsuko left and the road
that connected this house with the outer world has vanished. Yet Toto still waits in hope of Katsuko's return.
Yuki, in turn, is waiting for Taro who promised to elope with her. In this shut off world, they play games
endlessly. They even seem to lose sense of their bodies and physical boundaries so that when Yuki is
preparing some snacks to go with Toto's sake, she chops up her arm into the pickled radishes she is slicing.
Her arm is somehow miraculously restored and the story goes on. Occasionally there is a knocking sound at
the door. Toto believes it is Katsuko and Yuki insists it is Tar? But in fact no one comes. The knocking at the
door begins to turn into lively Bon Festival dance music. Toto sings and Yuki dances and things begin to
happen. Nonetheless this also ends and quietude returns. The following day they again wait in the snowing
mountains. The hanging routine begins. Toto can no longer sustain the weight of Yuki's body. The rope bites
into Yuki's neck and her hanging happens for real, or so it would seem, for at that moment, the wooden
structure collapses and she is saved. However, an avalanche hits the house and buries it and their little
fantasy world under the snow.
Ikko Tanaka Ikko Tanaka

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Dicionário por imagens das bruxas e das fadas, Émile Beaumont [texto],

François Ruyer, Colette H.S, Sophie Toussaint [ilustração], Éd.Fleurus, Paris, 2000.
Tamanho do Homunculus de Penfield A linha como elemento estruturador da percepção visual.
Tamanho apropriado para diferentes tipos de leitura
O texto-rótulo e o texto instrucional (a pesquisa visual orientada e a iniciação à leitura).

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Dicionário por imagens das bruxas e das fadas, Émile Beaumont


François Ruyer, Colette H.S, Sophie Toussaint
[texto], [ilustração],

Éd.Fleurus, Paris, 2000.

O humor e o non sense excitam a pesquisa visual


POKEMON SÍNQUISE

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Evolução filogenética da escrita

A escrita [enquanto sistema de signos organizado e tendo em vista a leitura] textos bimodais (verbais e picturais) ,
cf.B aptista 2008 e 2015

parece ter surgido na Mesopotâmia, com os Sumérios, cerca do IV


milénio a.C., condicionada, provavelmente, por necessidades Relações dominadas por uma retórica da atração e não de resistência
decorrentes das actividades comerciais.
evidenciam apenas uma parceria de textos eventualmente
Os principais estádios de evolução da escrita em termos filogenéticos Textos mistos
com consequências no processamento visual e cognitivo,
mas nenhuma das instâncias textuais afeta
propiciaram a progressão dos ícones para os símbolos e destes para os significativamente a outra
sinais e o aparecimento de sistemas:
partem de uma concepção dinâmica de texto, geram o
produto factorial das duas instâncias textuais; activam
Logográficos escritas pictográfica e ideográfica Textos híbridos formas de processamento bimodal, estabelecem relações
deícticas in praesentia e in absentia e qualquer uma das
instâncias pode afectar a compreensão da outra
Fonográficos escritas alfabética, silábica e consonântica partem de uma conceção híbrida de texto, geram
inequivocamente um produto fatorial das duas instâncias,
Textos fusionais não permitem a identificação dos meios apresentativos e
Mistos escritas de transição e logo-silábica, por ex. representativos; ativam formas de processamento ainda por
definir

que em diferentes suportes geriam a verticalidade a horizontalidade, a


orientação esquerda direita, direita esquerda e bustrofedónica.

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O aparecimento da escrita e a sua evolução foram fortemente determinados por


necessidades e condicionantes culturais, mas também pela evolução dos suportes e
riscadores, pela realização sistemática da atividade e sua subsequente revolução
postural.

Peregrinação de Fernão Mendes Pinto Janelas percetivas para texto e imagem


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Todo o texto é uma imagem particular.


e a mancha de texto tem de deixar ver a linha

Peregrinação
de Fernão Mendes Pinto
Janelas percetivas para
Imagem e texto O livia, Ian Falconer [texto], Ian Falconer [ilustração], E ditorial N otícias, Lisboa, 2000.

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Doodle Chaos
Line Rider : In the Hall of Mountain King – Edvard Grieg
https://www.youtube.com/watch?v=RIz3klPET3o&t=33s (2D)
https://www.youtube.com/watch?v=aMaencWqIhY (3D)
5ª Sinfonia de Beethoven
https://www.youtube.com/watch?v=vcBn04IyELc&t=4s

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Variáveis que afectam a eficácia da imagem


construir os elementos da narração
Funções Básicas

Criar o mundo [ambiente, personagens, ponto de vista]


[ a cor
ficcional o tamanho
da Imagem

[
gerir morfologicamente o espaço gráfico (o tamanho apropriado depende do tempo disponível)

[ a quantidade de pormenores
(as crianças consideram ilustrações mais complexas mais interessantes e perdem mais tempo
com elas)
[ organização hierárquica
apresentar e construir sequências narrativas [ qualidade dinâmica das imagens
Construir ou [ritmando o tempo, desenrolando acções] [ legendas (repetição vs expansão da informação)
apoiar a
[ relação topográfica texto/imagem
narrativa
gerir sintacticamente o tempo gráfico [ uso de instruções especiais de processamento

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Peregrinação de Fernão Mendes Pinto Janelas percetivas para texto e imagem


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Ferramentas da imagem
(índices de apoio à compreensão da narrativa visual):

emoções
temperaturas
a paleta de cores espaços
o onírico e o real
expressividade

a iluminação o traço
a produção de contexto cenografico a distribuição nos planos
a gestão metonímica da ausência a subversão das escalas
a gestão dos tempos narrativos a retórica visual
a iconografia simbólica a apropriação do texto enquanto
imagem geradora de sentidos
(o bosque, a lua, o olho, o anel, a chave, o espelho...) a utilização de discurso verbal

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Pesquisar site:
Arquivo Digital da Po-Ex. Poesia Experimental Portuguesa
https://po-ex.net

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MAN RAY- Le violon D'Ingrés

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Peça TV Cello de Pan June Paik


para a violoncelista e artista
performática Charlotte Moorman

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A leitura de imagens cobre sempre duas dimensões:

reporta-se ao significado da imagem entendido


Dimensão objectivamente;
denotativa O que se vê na imagem:
•a descrição do cenário,
•objectos
•figuras,
•acções,
•o tempo e o espaço
reporta-se às interpretações e apreciações do interprete;
Dimensão
O que a imagem sugere:
conotativa • personagens
• antecedentes e consequências
• emoções, etc.

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Expressiva transmite mais o locutor do que a


informação

Persuasiva interpela e provoca reacções no


interlocutor
Funções da Imagem

Poética valoriza a dimensão conotativa

organizadora concretiza e hierarquiza

interpretativa confere maior inteligibilidade


Representativa
transformadora recodifica a informação

Decorativa enfeita de forma pertinente ou “não


pertinente”

Memorizadora facilita a retenção

Complemento acrescenta informação ao texto

Dialéctica discrepante ou incongruente


(critica, comenta, diverge)

Substitutiva sobrevive sem qualquer apoio verbal

Cf. Isabel Calado (1994)

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A leitura de imagens pressupõe a análise dos vários códigos:

espacial o ponto de vista do qual se contempla a realidade


(acima/abaixo; esq./dir; fidelidade/deformação)
gestual e sensações que produzem em nós os gestos e a mímica das
figuras, o ambiente retratado, a paleta de cores, o vestuário , a
cenográfico maquilhagem, etc.
(tranquilidade, nervosismo, medo, raiva, etc)
lumínico a fonte de luz e os seus efeitos
(deforma, agiganta, torna irreais)
simbólico convenções
(iconografia simbólica: a pomba, a chave, o corvo,...)
gráfico toma das imagens (perto ou longe); detalhe ou não, etc.

relacional relações espaciais que criam um itinerário para o olhar:


topicalizações (pregnância), jogo de tensões, equilíbrios,
Lamode - Moda Calçado O último desejo paralelismos, antagonismos e complementaridades.

Agência: Saatchi & Saatchi, Dubai / Copywriter: Avinash Sampath Art


Director: Avinash Sampath / Illustrator: V. R. Palani Photographer: Tejal Patni Adapt. de Maria Emília Sardelich, (2006:456-7)

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Leitura de textos bimodais e multimodais

Os registos de eyetracker demonstram que:


- a tarefa de leitura de uma imagem sem texto verbal escrito na proximidade da imagem e com
texto verbal audível (fixações e sacadas, AI, duração das fixações) é diferente da leitura de
uma imagem acompanhada de texto impresso e audível ou apenas de texto impresso.

- a tarefa de um leitor de um texto híbrido (verbal e visual com informação na instância visual
superior à da instância verbal) sem texto audível é diferente da mesma tarefa acompanhada
da audição do texto escrito, dado que a inexistência de texto escrito disponibiliza mais tempo
para a leitura da imagem

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Leitura de textos bimodais e multimodais Leitura de textos bimodais e multimodais


Como leio a narrativa visual sequencial?
• Leitura de texto visual em movimento sem texto impresso ou audível
O visionamento de uma narrativa visual que ocorre sem texto é
• Oh Sheep
- acompanhado por palavras mentais que designam os elementos • https://www.youtube.com/watch?v=sY5MmhLQBng
in praesentiae, identificados no visionamento do filme
- acompanhado por palavras mentais que nomeiam elementos in • (Age rating 12+) 2018
absentiae, por estratégia de metonímia • Two flocks of sheep are searching for companionship. But their shepherds,
- pela leitura de ícones/índices de representação isomórfica e/ou being at odds with each other, do everything to keep them separated.
com desvio
- pela leitura de ícones/índices de representação retórica • Script: Gottfried Mentor, Max Lang Direction: Gottfried Mentor Music:
- pela identificação de áreas de Interesse (AI) na imagem e Matthias Klein Sound Design: Roman Volkholz, Christian Heck Animation:
momentos de previsibilidade (MP) e momentos de expectativa Harry Fast, Cordula Langhans, Paul Cichon, Bin Han To, Annie Habermehl,
(ME) Gottfried Mentor Technical Direction: Marcel Reinhard Executive Producer:
Leonid Godik, Gottfried Mentor Production: Filmakademie Baden-
Württemberg GmbH

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Leitura de textos bimodais e multimodais

Como leio a narrativa visual sequencial?


Qual é (quais são) o(s) personagem(ns) principal(is)?
Leitura de textos bimodais e multimodais Como se caracterizam os personagens?
Como leio a narrativa visual sequencial?
Quais são os acontecimentos? Como se desenrolam?
Como ler para decidir se a narrativa é cómica ou dramática? (Como se faz o leitor perceber que o desenrolar dos acontecimentos não basta?)
Como se encadeiam os acontecimentos?
- Identifica-se o tema da narrativa?
- Faz-se um segundo visionamento?
Qual é o personagem mais ativo?
- Faz-se uma leitura reflexiva por meditação no que foi visto após o visionamento?
- Faz-se uma leitura da carga emocional que o visionamento desencadeia? Qual é o personagem mais passivo?
Qual é o personagem mais reativo?
Como classificar, na narrativa fílmica, o tipo de leitura entre leitura
de reflexão e leitura recreativa, quando a fronteira entre ficcional e Como identificar o tema da narrativa?
(Como desenvolver a competência literácita impedindo que o final seja o tema?)
documental não basta?
Cruzar elementos explícitos da narrativa com conceitos implícitos
(valores simbólicos, alegóricos, retóricos)
Que conetores escolho para encadear frases?

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Leitura de textos bimodais e multimodais

Leitura de textos bimodais e multimodais Como se caracterizam os personagens?

Como leio a narrativa visual sequencial? Pastores: corpos, roupa, sapatos, chapéus, rostos, barbas iguais,
mentores de proibições, recolhimento, produtores de respostas e ações
iguais
Qual é (quais são) o(s) personagem(ns) principal(is)?
Rebanhos: iguais, amigos, brincalhões, guerreiros, (exteriormente)
Os pastores diferentes, sofredores
Os rebanhos
Os cajados (bastões) Cajados (bastões): diferentes, símbolos de poder dos pastores e
As fronteiras identidade dos pastores
O sangue
As tesouras Tesouras: iguais, escondidas, cortantes, bélicas, símbolos do poder dos
pastores

Fronteiras: distintas, ativas na separação, frágeis na duração da


separação

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Como leio a narrativa visual sequencial?


Como se desenrolam os acontecimentos?
- Os pastores e os rebanhos cruzam-se
Como leio a narrativa visual sequencial?
- Os rebanhos sentem-se contentes
- Os pastores estão desentendidos
- Os pastores separam os rebanhos Qual é o personagem mais ativo?
- Os rebanhos pretendem juntar-se Os pastores, os rebanhos, as tesouras, os cajados, as
- Os rebanhos sofrem ao tentar juntar-se fronteiras?
- Os pastores tentam uma solução diferente da construção
de fronteiras Qual é o personagem mais passivo?
- Os pastores tosquiam as ovelhas para exibir a diferença As fronteiras, os pastores, os rebanhos, os cajados?
- Tosquiados, os rebanhos assumem ser diferentes (discutir “ativo/passivo” enquanto opostos filosóficos, cf. Oscar
- Por se sentirem diferentes, os rebanhos guerreiam-se Brenefier)
entre si
Qual é o personagem mais reativo?
Como se faz o leitor perceber que o desenrolar Os pastores, os rebanhos?
dos acontecimentos não basta?

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Como leio a narrativa visual sequencial? Como leio a narrativa visual sequencial se, mesmo mostrando como
se atingiu o seu terminus, não se explica porquê?
Como identificar qual o tema da narrativa? Como se encadeiam os acontecimentos? Que conetores escolho para encadear frases?
Como desenvolver a competência literácita impedindo que o final seja o
tema?
Cruzar elementos explícitos da narrativa com conceitos implícitos - Os rebanhos são pastoreados por pastores desentendidos
(valores simbólicos/alegorias): - Os pastores dos rebanhos não permitem que os rebanhos estejam juntos
- Os rebanhos pretendem estar juntos
Cajados: diferença, poder - Os rebanhos lutam entre si
Fronteira: separação, guerra, morte
Espaço : proibição do espaço partilhado entre grupos
Fronteira: construção da proibição de espaço partilhado, separação dos - logo....
grupos, construção da diferença entre grupos
- Apesar de os rebanhos quererem estar juntos, os pastores não permitem.
Lã de origem: igualdade dos grupos
- Os rebanhos guerreiam-se entre si por se sentirem diferentes.
Tesoura: poder, definição de acesso a território, destruição da igualdade
- Os rebanhos guerreiam-se entre si quando percebem que são diferentes.
Desenho da lã depois da tosquia: construção da desigualdade, o
desencadear da morte entre amigos - Os rebanhos guerreiam-se entre si porque os tornaram diferentes.
Como analisar a sequência? - Os rebanhos guerreiam-se entre si porque parecem diferentes.

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Ler o que se vê é mais exigente do que ver.

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