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Ilda Fidélis Abrão

Licenciatura em ensino de biologia com habilitações em Química

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
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Ilda Fidélis Abrão

Tema: Bases fisiológicas do comportamento

O presente Trabalho da cadeira de


Biologia de comportamento a ser
entregue na Universidade Púnguè
como avaliação parcial sob
orientação de: dr. Catarina Fridomo

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................................. 3
1.1. Objectivo Geral ...................................................................................................................................... 4
1.2. Objectivos específicos ........................................................................................................................... 4
1.3. Metodologia ........................................................................................................................................... 4
2. Bases fisiológicas do comportamento ....................................................................................................... 5
2.1. Fisiologia dos órgãos sensoriais;............................................................................................................ 5
2.2. Os músculos ........................................................................................................................................... 5
2.3. As glândulas ........................................................................................................................................... 6
2.3.1. Visão ................................................................................................................................................... 7
2.3.2. Ouvidos ............................................................................................................................................... 7
2.3.4. Nariz.................................................................................................................................................... 7
2.3.5. Língua ................................................................................................................................................. 8
2.3.6. Pele...................................................................................................................................................... 8
2.4. Córtex..................................................................................................................................................... 8
2.4.1. Funções do córtex ............................................................................................................................... 9
2.5. Hipotálamo ........................................................................................................................................... 10
2.5.1. Funções do hipotálamo ..................................................................................................................... 10
2.6. Comportamentos motivados ................................................................................................................ 10
3. Conclusão................................................................................................................................................ 12
4. Referências bibliográficas ....................................................................................................................... 13
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1. Introdução
O sistema sensorial é um conjunto de órgãos dotados de células especiais chamadas de receptores.
Através dos receptores, o indivíduo capta estímulos e informações do ambiente que o cerca e do seu
próprio corpo. Os estímulos são transmitidos na forma de impulsos elétricos até o sistema nervoso
central. Por sua vez, o sistema nervoso central processa as informações, traduzindo-as em sensações
e gerando respostas.
É assim que enxergamos o que está ao nosso redor, sentimos quando alguém nos belisca, percebemos
se a água do banho está fria, sentimos o gosto das comidas, entre muitas outras sensações. Em
humanos, os principais órgãos do sistema sensorial são: pele, língua, nariz, ouvidos e olhos. Estes
órgãos captam estímulos físicos ou químicos e os transformam em impulsos elétricos, que são
transmitidos ao sistema nervoso central.

1.1. Objectivo Geral


 Conhecer as bases fisiológicas do comportamento

1.2. Objectivos específicos


 Mencionar os órgãos de sentido
 Caracterizar as funções do córtex
 Identificar as funções do hipotálamo

1.3. Metodologia
Para o alcance dos objetivos serão utilizados, em caráter ersos instrumentos metodológicos tais
como: aulas expositivas e interdisciplinar, div dialógicas, leituras orientadas de periódicos, exibição
de vídeos, seminários, painéis, debates, visitas técnicas, e, ainda, exercícios de oratória e de
apresentações áudio-visuais que possibilitem ao aluno expressar o seu pensar crítico e sua
individualidade na construção do conhecimento.
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2. Bases fisiológicas do comportamento


A Psicologia Fisiológica é o estudo do modo pelo qual as mudanças no interior do organismo (no
funcionamento das glândulas endócrinas, por exemplo) levam à alterações no comportamento
(acções, pensamentos, emoções, etc.) e, também, o exame da maneira pela qual o organismo reage
a situações psicológicas como as emoções, aprendizagens, percepções, etc. É importante, também,
reconhecer, que antes de mais nada, o indivíduo (animal ou humano) é uma totalidade e como tal
reage. A divisão entre os sistemas fisiológicos e psicológicos é feita por conveniência de estudo
(Elaine Maria Braghirolli, Guy Paulo Bisi, et al, p. 53). A análise e experimentação fisiológicas
permitem compreender muito sobre o comportamento. Um exemplo é o estudo fisiológico levado
a efeito sobre o fenómeno da fadiga ‘’psicológica’’, nome dado ao cansaço que sente a pessoa
empenhada em uma tarefa rotineira, monótona, por muito tempo. A explicação para este fenómeno
revelou-se fora do âmbito da fisiologia do organismo. Da mesma forma, observou-se que
mudanças eléctricas ou químicas em determinadas áreas do cérebro têm estreita relação com
mudança nos estados afectivos. Assim, o estudo da estrutura fisiológica e seu funcionamento
contribuiu de forma valiosa para a compreensão dos fenómenos comportamentais, quer humanos,
quer animais.

2.1. Fisiologia dos órgãos sensoriais;


Os órgãos do sentido ou órgãos sensoriais são estruturas corporais que possuem uma histologia
desenvolvida para captar os estímulos externos, transmiti-los como impulso nervoso e gerar
sensações diferentes em cada situação e indivíduo. Os estímulos sensoriais podem ser acessados a
partir de cinco vias. Com os órgãos do sentido podemos distinguir um objeto ou situação conforme
o que vemos, ouvimos, tocamos, sentimos gosto e cheiramos. O principal órgão do sentido para o
toque é a pele. Ela possui receptores táteis que conseguem perceber, por exemplo, a forma e as
dimensões de um corpo.

2.2. Os músculos
Os músculos estriados ou esqueléticos são responsáveis, de maneira geral, pelos movimentos
voluntários do corpo como levantar um peso do chão ou de escrever. Os músculos lisos
encontrados principalmente nas vísceras, artérias e veias, são responsáveis, em geral, pelos
movimentos involuntários tais como contracção ou dilatação dos vasos sanguíneos, batimento do
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coração, etc. O músculo cardíaco é o responsável pelo funcionamento do coração. Sendo os


músculos os órgãos pelos quais dependem toda a actividade do organismo (manter-se em posição
erecta, falar, andar, redigir, etc.) é muito evidente a sua importância no comportamento do
indivíduo, e no processo de adaptação ao meio.

2.3. As glândulas
Segundo Elaine Maria Braghirolli, Guy Paulo Bisi, et al, p. 57, as glândulas do organismo são
classificadas em endócrinas (se lançam seus produtos na corrente sanguínea), exócrinas (se os
lançam na superfície do organismo ou em alguma cavidade) e mistas (se lançam alguns produtos
na corrente sanguínea e outros fora dela).

Assim como os músculos, as glândulas se constituem em mecanismos de resposta. Como por


exemplo: o organismo reage ao alimento, procurando digeri-lo, através da acção das glândulas
salivares ou elimina substâncias através dos poros cutâneos, pela acção das glândulas sebáceas ou
sudoríparas. As secreções das glândulas exócrinas (principalmente das lacrimais, salivares e
sudoríparas) são úteis como indicadoras observáveis de estados emocionais. São as glândulas
endócrinas, entretanto, as de maior interesse para o estudo da Psicologia. Lançando suas hormónas
na corrente sanguínea, estas glândulas promovem reacções globais do organismo, agindo como
excitantes ou inibidoras de certas funções dos órgãos e tecidos. Estas glândulas têm íntima relação
com as actividades motoras e emocionais do homem. Um exemplo que demonstra claramente a
relação mútua existente entre o funcionamento das glândulas endócrinas e o comportamento é o
facto de o tamanho da glândula suprarrenal influenciar a reacção do adulto no stress. Por outro
lado, o tamanho das suprarrenais pode ser modificado pela intensidade do stress a que é submetida
a criança. A suprarrenal é constituída de duas partes: o córtex e a medula suprarrenal. A medula
que é o núcleo da glândula, entra em actividade durante os estados emocionais, produzindo
adrenalina que prepara o organismo para as emergências. As hormónas segregadas pela tiróide
actuam sobre a actividade metabólica das células. O cretinismo (condição física e mental) é
resultante do hipotiroidismo! Consequentemente, o hipertiroidismo pode provocar perturbações
no crescimento do esqueleto. O nível de actividade de um organismo, a maior ou menos propensão
à fadiga e o peso do corpo estão também relacionados ao funcionamento da tiróide. A hipófise ou
pituitária, compreende duas glândulas, a anterior e a posterior, com funções bem distintas. A
hipófiese posterior determina o ritmo e o controle da micção. A hipófise anterior, denominada
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glândula mestra, produz diferentes hormonas que além de influenciar no crescimento geral,
regulam a actividade das demais glândulas. Embora não haja uma relação directa entre a produção
de hormonas e a personalidade do indivíduo, é evidente que o sistema endócrino desempenha
destacada função em nossas motivações e emoções. Cada indivíduo tem o seu próprio padrão
endócrino, assim, diferentes pessoas normais podem ter diferentes padrões endócrinos. Deve-se
acrescentar que o sistema endócrino não é o único responsável pelo controle do comportamento.
O sistema nervoso e o meio ambiente também devem ser considerados.

Os órgãos dos sentidos traduzem, por assim dizer, um padrão de estimulos que eles recebem num
padrão de excitações que, depois, deve ser transmitido ao SNC para seu processamento. O
processamento de informações ocorre nas instâncias neurais centrais, no SNC para o caso de
animais superiores (incluindo certos invertebrados). Enquanto isto, os níveis motor e hormonal são
importantes para a liberação de respostas, que, por sua vez, podem ocorrer sob diversas formas,
desde movimento simples até comportamentos complexos (sexuais, sociais, agonísticos,
predatórios, etc.

2.3.1. Visão
Os olhos possuem células fotornceptoras, isto é, capazes de captar estímulos luminosos,
produzindo estímulos nervosos transmitidos ao sistema nervoso central.

2.3.2. Ouvidos
Os ouvidos sãos os órgãos responsáveis pela audição e pelo equilíbrio. No interior do ouvido
existem células mecanorreceptoras. Estas células captam estímulos mecânicos, traduzindo-os
em impulsos nervosos.

2.3.4. Nariz
O nariz é o órgão que contém os receptores responsáveis pelo olfato. No interior da cavidade
nasal existe um tecido especializado, o epitélio olfativo, que contém milhares de receptores,
chamados de células olfativas.
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2.3.5. Língua
A língua possui receptores chamados de papilas gustativas, responsáveis pelo paladar. As
papilas são quimiorreceptoras, isso quer dizer que elas são especializadas em detectar a
presença de substâncias químicas.

2.3.6. Pele
É responsável pelo tato. É através dela que percebemos sensações como calor e dor. A pele
possui milhares de células receptoras em sua superfície. Dentre essas células, encontramos os
corpúsculos de Pacin.

2.4. Córtex

A maior parte é composta por células nervosas (neurônios) que recebem impulsos dos pontos
mais distantes do corpo e os retransmitem ao destino certo. Mas o cérebro desempenha funções
altamente. diversificadas e, por isso mesmo, as células que os constituem, também são
especializadas. Tipos diferentes de neurônios são distribuídos através de diferentes camadas
no córtex dispostos de tal forma a caracterizar as várias áreas dos hemisférios, cada qual com
sua função. diversificadas e, por isso mesmo, as células que os constituem, também são
especializadas. Tipos diferentes de neurônios são distribuídos através de diferentes camadas
no córtexdispostos de tal forma a caracterizar as várias áreas dos hemisférios, cada qual com
sua função.

Figura 1: Camadas corticais, Fonte: (Cosenza 1998)


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O primeiro é formado por seis camadas (conforme acima) bem definidas durante o
desenvolvimento embrionário e o segundo não apresenta este número de camadas e elas não
são nítidas. Apesar de cada camada não ser constituída exclusivamente por um tipo de
neurônio, considera-se a camada IV como sendo receptora da sensibilidade e a V como sendo
motora. As demais camadas são consideradas de associação Todo o resto do córtex é
classificado como neocórtex. Arquicótex e paleocórtex estão ligados á olfação e ao
comportamento emocional. O neocórtex é o responsável pelas mais importantes funções
cerebrais do homem (Singi 1996).

2.4.1. Funções do córtex


Assim, podem ser distinguidas a área motora principal, a área sensitiva principal, centros
encarregados da visão, audição, tato, olfato, gustação e assim por diante. Áreas corticais e suas
funções . Áreas de associação: são conectadas com várias áreas sensoriais e motoras por fibras
de associação:

Figura 2: Funções especializadas do córtex. Fonte: www.epub.org.br/cm/n01/arquitet/cortex

Fig 3. Funções especializadas do córtex. Fonte: www.epub.org.br/cm/n01/arquitet/cortex


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2.5. Hipotálamo
O hipotálamo é uma região do diencéfalo localizada abaixo do tálamo e acima da hipófise.
Essa estrutura constitui um centro de controle do organismo e sua principal função é manter
a homeostase, ou seja, manter o organismo funcionando em equilíbrio. Dessa forma, o
hipotálamo é responsável por fenômenos vitais do organismo. Ele pode ser dividido em duas
partes, anterior e posterior, e cada uma dessas partes apresenta regiões responsáveis por
funções fisiológicas específicas.

2.5.1. Funções do hipotálamo


 O hipotálamo regula o metabolismo a partir de sua ação sobre os centros de comandos
de diversas funções do organismo. Além disso, essa região do cérebro controla o
sistema endócrino, agindo diretamente sobre a glândula hipófise e indiretamente sobre
outras glândulas. Assim, o hipotálamo apresenta diversas funções, como
 Controle do sistema nervoso autônomo;
 Regulação indireta de diversas glândulas, como tireoide, adrenal, mamárias e sobre as
gônadas.
 Controle da pressão sanguínea:
 Controle da diurese;
 Controle da temperatura corporal;
 Controle da fome e da sede;
 Controle das emoções, como raiva e prazer;
 Controle dos hormônios da adenoipófise,
 Produção de hormônios da neuroipófise (ADH, hormônio antidiurético);

2.6. Comportamentos motivados


Motivação ou estado motivacional é um impulso interior que nos leva a comportamento que
garantem a nossa sobrevivéncia. em primeira instância. Esse estado corporal, em muitos casos,
não está atrelado a funções cognitivas ou emocionais. Eles nos levam a realizar tarefas que
estão corelacionadas a homeostase corporal.
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Uma das funções da ocorrência sequenciada dos diferentes elementos de um comportamento


(motivado) é de assegurar o encontro com o objecto funcional e, consequentemente, a execução
do comportamento consumatório.

Na pré-filtração, onde ocorre a primeira decisão sobre o que deve continuar para o SNC. Do ponto
de vista de Fisiologia dos sensoriais. existem das níveis de filtração de estímulos. O primeiro
resulta da própria capacidade dos receptores. Assim, um receptor pode não perceber o estimulo
devido ás suas propriedades de funcionamento. Morcegos e determinadas espécies de borboletas
conseguem detectar sons no campo ultra-sonoro, abelhas vêm luz ultravioleta, determinadas
serpentes reagem á gradiente de temperatura de aproximadamente. 0,05C. A maior parte de
mamíferos trabalha muito bem com os seus órgãos olfatórios do que o Homem. A capacidade dos
órgãos dos sentidos de um animal está adaptada às exigências do meio em que vive. Mecanismos
de filtração de estímulos desempenham diferentes funções. Só através deles é que determinados
comportamentos específicos são possíveis: atração do parceiro sexual, o reconhecimento mútuo
de indivíduos biossociais (perceiro sexual, filhotes, etc.
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3. Conclusão
O desenvolvimento recente que as neurociências têm experimentado leva-nos a uma aproximação,
a passos largos, do conhecimento do funcionamento do cérebro. Embora grande parte destes
estudos tenha sido realizada em animais, as evidências obtidas têm contribuido, sobremaneira, para
o nosso entendimento das bases neuro-humorais do comportamento humano. Nesse sentido, com
base na literatura pertinente, este livro constitui-se em uma abordagem objetiva dos principais
tópicos da chamada neurociência comportamental. Tendo em vista que o volume de informações
nessa área cresce a uma velocidade impressionante, os esforços para sistematizar os conhecimentos
adquiridos neste campo tornam-se cada vez mais necessários e importantes. Quais circuitos neurais
são ativados? Que alterações químicas ou humorais ocorrem em nosso cérebro quando emitimos
um determinado comportamento, quando sentimos medo, dor ou prazer, ou ainda quando
memorizamos uma informação? Como o nosso cérebro se organizou ao longo da escala evolutiva,
para determinar o nível de consciência que possuímos? Esse livro apresenta, dentro do contexto
científico, os resultados obtidos nos principais estudos realizados para responder a essas e outras
tantas questões dessa natureza. Ao mesmo tempo destaca como foram feitas as de cobertas
relevantes de modo a suscitar a análise crítica do estudante e encorajá-lo na carreira de pesquisador.
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4. Referências bibliográficas
COSTANZO, L.S. Fisiologia. 3 ed. Editora Elsevier, Rio de Janeiro:2007.

BERNER RM, LEVY MN, KOEPPEN BM, STANTON BA. Fisiologia. 5 edição. Editora
Elsevier, Rio de Janeiro: 2004.

GUYTON AC, HALL JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Editora Elsevier, Rio de Janeiro:
2006.

KANDEL ER, SCHWARTZ JH. Princípios da Neurociência. 4 ed. EditoraEditora Manole, São
Paulo: 2002.

NISHIDA SM. Apostilas do Curso de Fisiologia 2007. Aulas: Sentido Somestésico e Sistema
Nervoso Sensorial. Acessado em: 10.02.2009. Site:
www.ibb.unesp.br/departamentos/Fisiologia/material_didatico RANG HP, DALE MM, RITTER
JM. Farmacologia, 5 ed, Editora Elsevier, Rio de Janeiro: Brasil, 2004.

RYAN JP. TUMA RF. Fisiologia – Testes preparatórios. 9 ed. Editora Manole. São Paulo: 2000.

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