Primeiros Socorros

Prevenção de Acidentes
Idosos

Patrícia Marinho
Enfermeira
 Objetivos
• Conhecer os métodos de assistência à saúde em
situações de urgência e emergência, além de
reconhecer e prevenir situações de risco no
ambiente doméstico para a pessoa idosa;

• Aplicar técnicas adequadas ao prestar primeiros

socorros à pessoa idosa em situações de urgência
e emergência .
 Legislação
• Estatuto da pessoa idosa
 Legislação
• Estatuto da pessoa idosa
 Ética no atendimento
• Respeito e dignidade ao tratar a pessoa idosa e
nas relações com ele e com sua família;
• Deve respeitar a intimidade, a organização e as
crenças da família, evitando interferências;
• Explanar todo o procedimento a ser realizado;
• Manter em sigilo as informações clínicas
compartilhadas entre a equipe;
• Ter cuidado ao gerar aproximações emocionais
com um paciente.
Noções de Anatomia Humana
Sistema Tegumentar
Sistema Muscular
Sistema Esquelético
Sistema Articular
Sistema Nervoso
Sistema Respiratório
Sistema Circulatório
Sistema Linfático
Sistema Digestório
Sistema Urinário
Sistema Reprodutor
 Conceitos Básicos
• Trauma: é quando uma força externa atinge a
vítima. Ex: pancada, tiro, queda de altura,
etc...

• Clínico: é quando o problema vem do

organismo da vítima. Ex: infarto, desmaio,
acidente vascular cerebral, infecções...
Principais acidentes no ambiente doméstico para a pessoa
idosa e formas de prevenção
Quedas
 Quedas
• Problema de saúde pública no Brasil e no
mundo devido aumento da população idosa.
5 principais causas:
1 – Queda de PA ao levantar da
cama (22%)
As quedas são a 2 – Escorregões ou esbarrões
primeira causa em objetos que não são
de acidentes com visualizados (19%)
idosos 3 – Enfraquecimento dos ossos
1 a cada 4 idosos e músculos (18%)
sofre quedas 4 – Uso de calçados
dentro de casa inapropriados (14%)
pelo menos uma 5 – Obstruções: móveis,
vez por ano escadas, tapetes, etc (11%)
 Quedas
• Motivos:
 Quedas
Porque é tão importante preveni-las?
• Mesmo quando os ferimentos são leves.....
• Consequências psíquicas e sentimentos de:
• Menos valia;
• Vergonha;
• Depressão;
• Temor de andar e cair novamente;
• Levando a restrição de mobilidade.
Broncoaspiração
 Broncoaspiração
Quais os riscos?

• A PNEUMONIA, por aspiração. Doença muito

perigosa, principalmente na terceira idade,
sendo ela uma das principais patologias
causadora de mortes nos idosos
 Broncoaspiração
Sintomas:
• Requer diagnóstico médico; tosse forte;
engasgos; dificuldade respiratória; asfixia.
 Broncoaspiração
Como prevenir?
• Se alimentar primeiro antes de ofertar a dieta
ao idoso;
• Ofertar alimentos sentado e em ritmo seguro;
• Manter prótese dentária bem adaptada;
• Evitar distrações enquanto se alimenta;
• Identificar as melhores consistências da dieta;
• Quando prescrito, faço uso do espessante.
Queimaduras
 Queimaduras
• São acidentes frequentes que provocam muitas
hospitalizações. Atingem todas as idades da nossa
vida e quase sempre acontecem em função de nossa
falta de atenção e imprudência.
• A gravidade das queimaduras depende de sua causa,
profundidade, percentual de superfície corporal
queimada, localização, associação com outras lesões,
comprometimento de vias aéreas e estado prévio da
vítima.
• Sua origem pode ser térmica, elétrica, biológicas,
química ou radioativa.
 Profundidade das queimaduras

Conforme as camadas da pele afetadas, as

queimaduras são classificadas em 1°, 2° , 3° e 4°
grau sendo esta ultima a mais grave.
Profundidade das queimaduras
Queimadura de 1º grau
Queimadura de 2º grau
Queimadura de 3º grau
Queimadura de 4º grau
Regra dos 9
 Conduta
1. Afastar a vítima da origem da queimadura;
2. Resfriar a lesão com água corrente em temperatura
ambiente;
3. Avaliar ABC. Priorize vias aéreas;
4. Não aplicar gelo, pois causa vasoconstrição e diminui a
irrigação sanguínea;
5. Proteger o ferimento;
6. Remover joias;
7. Não remover vestes grudadas, cortar ao redor;
8. Não utilizar borra de café, pasta de dente, manteiga etc.
9. Evite cobrir a vítima com panos úmidos. Evite hipotermia.
Atenção: As bolhas só devem ser furadas no hospital!
 Medidas de prevenção
• Não deixe o idoso próximo ao fogão sem
acompanhante;
• Coloque as panelas nas bocas traseiras do fogão
e com os cabos voltados para trás ou para o lado;
• Mantenha cabos e alças em bom estado para
evitar que se soltem;
• Mantenha o registro do gás fechado quando não
estiver em uso e na troca faça teste de
vazamento;
• Evite deixar fósforos e isqueiros à vista;
 Medidas de prevenção
• Guarde solventes, combustíveis e outros
produtos químicos em recipientes adequados e
em locais seguros e fechados;
• Evite a exposição prolongada ao sol e faça uso
do filtro solar;
• Atenção ao ferro de passar roupas;
• Evite ligar várias tomadas em um único plug;
• Não espalhe velas pelos cômodos da casa.
Ferimentos
 Tipos de lesão
Equimose Hematoma
 Tipos de lesão
Escoriação/Abrasão Corte/Incisão
 Tipos de lesão
Perfuração/Punção LPP/DAI
 Tipos de lesão
Fratura Entorse e luxação
Amputação/Avulsão
 Amputação
• Controlar a hemorragia na vítima;
• Juntar a parte amputada, colocar em um
recipiente (saco plástico) limpo, e levar junto ao
hospital;
• Não submergir em nenhuma substância (água,
álcool, etc...).
Sangramentos e hemorragias
 Sangramento externo
• Realizar compressão sobre o local;
• Não colocar nenhuma substância (Pó de café,
açúcar, etc...)
Sangramento externo incontrolável

Realizar torniquete:
• Em situações extremas de sangramento, pode ser
realizado este procedimento;
• Não retirar até chegar ao hospital (cerca de 120 a
150 minutos).
 Sangramento interno
não exteriorizado
Rompimento de algum vaso sanguíneo ou órgão interno.

Reconhecimento:
• Mecanismo de lesão grave (alta energia);
• Pele pálida, fria, úmida;
• Respiração e pulso com frequências elevadas.
Intervenção:
• Manter a vítima calma;
• Cobrir a vítima para mantê-la aquecida;
• Não dar nenhuma substância para a vítima ingerir;
• Acionar imediatamente apoio médico.
 Sangramento interno
exteriorizado
Epistaxe

Otorragia
Intoxicação e Envenenamento
Intoxicação e Envenenamento
Intoxicação e Envenenamento
• Qualquer substancia nociva que, quando é
introduzida no organismo, provoca alterações
em um ou mais sistemas fisiológicos.
Vias de intoxicação
 Sinais e Sintomas
• Queimaduras ou manchas;
• Odor inusitado (ambiente, corpo, roupas);
• Respirações rápidas e superficiais;
• Pulso alterado;
• Sudorese;
• Alterações de pupila;
• Dor abdominal;
• Sialorreia;
• Náuseas, vômitos, diarreia;
• Alteração estado de consciência;
• Choque anafilático;
• PCR.
Perguntas importantes
 Conduta
• Peça ajuda, acione resgate ou leve para
atendimento médico;
• Garanta a segurança pessoal e dos envolvidos;
• Avalie o paciente e trate os problemas por ordem
de prioridade;
• Não induza o vômito e nem ofereça remédios
caseiros;
• Monitore SSVV continuamente;
• Leve junto resto de substancias, embalagens,
aplicadores, etc.
 Curiosidade
• Na faixa etária acima dos 60 anos, a taxa de
brasileiros que tiraram a própria vida saltou de 6,8
a cada 100 mil habitantes em 2010 para 7,8 em
2019, de acordo com boletim epidemiológico
divulgado no ano passado pelo Ministério da
Saúde. Neste período, os idosos representaram
15,2% do total de 112.230 mortes por suicídio no
país. O estudo se baseia em dados registrados no
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e
no Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan)
 Atenção
Nesta fase da vida a pessoa acumula perdas
próprias da idade: cônjuge, o vínculo com o
trabalho e de amigos. Muitas vezes o desejo de
antecipar o fim está associado também à perda de
saúde, de autonomia e de papéis sociais.

O comportamento suicida é resultado da

interação de diversos fatores e que por vezes os
idosos manifestam a intenção suicida, de forma
indireta, por meio de verbalizações
 Atenção
“estão todos bem e não precisam mais de mim”;

“não quero incomodar ninguém, já vivi demais”;

“meu último compromisso era ver meu filho

encaminhado”;

“estou cansado de viver”.

 Fatores de risco para idosos
• Transtorno mental – Depressão;
• Perda de pessoas significativas e referências
sociais;
• Vivência de solidão, acompanhada de
dificuldades materiais;
• Doenças crônicas e degenerativas (perda de
autonomia);
• Receio de ser um estorvo para a família;
• Conflitos familiares e situações de violência, etc.
 Fatores de proteção
• Espiritualidade/fé;
• Conectividade social e participação na vida
comunitária;
• Suporte emocional por parte de familiares;
• Acesso à saúde;
• Acolhimento (escuta) nos serviços de saúde;
reconfiguração de projetos pessoais, etc.
• Ajudá-lo a construir um novo sentido,
significado e direção para sua vida.
Animais Peçonhentos
Animais Peçonhentos
 Sinais e Sintomas
• Dor, hematoma, vermelhidão e inchaço no local
da inoculação.
• Perda da motricidade (movimentos).
• Fraqueza, dormência, náuseas, vômito.
• Pulso rápido (taquicardia).
• Dificuldade respiratória (dispneia).
• Hemorragia no local da inoculação.
• Hemorragia nasal (epistaxe).
 Sinais e Sintomas
• Hemorragia por vias urinárias (hematúria).
• Pálpebras caídas (ptose palpebral).
• Salivação grossa e excessiva.
• Sudorese.
• Ansiedade.
 Conduta
• Mantenha o paciente calmo e em repouso.
• Identifique o animal agressor (cobra, aranha,
insetos, escorpiões) se possível.
• Localize o local da inoculação (identificar com
caneta, se possível).
• Lave o local com água e sabão neutro.
• Deite o paciente. Caso esteja dispneico,
coloca-lo na posição semi-sentada.
 Conduta
• Não deixe o paciente se movimentar
excessivamente.
• Remova anéis, joias, braceletes e outros objetos
que possam causar constrição no membro
afetado.
• Não corte ou perfure a pele para extrair sangue.
• Não aperte, esprema ou aspire o local da
inoculação.
 Conduta
• Não utilize torniquetes.
• O socorrista deve manter o membro afetado, se
possível, abaixo do nível do coração.
• Leve o paciente imediatamente ao hospital de
referencia mais próximo para continuidade do
tratamento, incluindo soroterapia para alguns
casos.