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PEDOFILIA

A pedofilia faz parte do grupo das parafilias (distúrbio do desenvolvimento da identidade sexual).
As principais características de uma parafilia consistem em fantasias intensas, recorrentes e sexualmente
excitantes, impulsos ou comportamentos sexuais disfuncionais, discriminando-se critérios de diagnóstico
específicos para cada uma consoante o foco parafílico. As parafilias incluem tipos específicos como,
fetichismo, pedofilia, exibicionismo, voyeurismo, masoquismo sexual e sadismo sexual.
Uma perturbação parafílica é uma parafilia que está causando sofrimento ou prejuízo ao indivíduo
ou uma parafilia cuja satisfação implica dano ou risco de dano pessoal a outros, sendo que, uma parafilia é
condição necessária, mas não suficiente, para que se tenha uma perturbação parafílica, e uma parafilia por
si só não necessariamente justifica ou requer intervenção clínica.
No campo das parafilias a mais comum é a pedofilia.

PEDÓFILO - QUEM É?

Atualmente o termo pedofilia tem sido usado, tanto na literatura como nos media para fazer
referência a pedófilos e a abusadores sexuais de crianças, no entanto pedófilo é diferente de abusador
sexual de crianças - Existem pedófilos que nunca abusaram sexualmente de crianças, como há abusadores
sexuais de crianças que não preenchem os critérios de pedofilia.
O pedófilo pode manter as fantasias sexuais e os desejos sexuais em segredo sem partilhá-los ou
torna-los atos reais. A passagem desta fantasia para a ação parece ocorrer quando o individuo é exposto a
situações de stress intenso e pressão.
Quanto ao DSM… Critérios de Diagnóstico do DSM para Pedofilia:
É importante salientar que não existe necessidade de presença de ato sexual entre adulto e criança
para que possa se considerado clinicamente como pedófilo, basta a presença de fantasias ou desejos
sexuais na mente do individuo, desde que preenchidos os critérios acima referidos.
Podem desenvolver uma grande variedade de atos sexuais com crianças, desde expor-se para
crianças (exibicionismo), despir uma criança ou olhar para crianças nuas (voyeurismo). São geralmente
cometidos por adultos que se encontram no meio em que vive a criança, seja este familiar, escolar,
educativo ou recreativo – colocam-se em posições que lhes permitam o contacto com as crianças e são
muitas vezes desculpadas como ações de valor educativo.

PERFIL

Não há um perfil único para descrever o pedófilo – podem ser homens e mulheres, no entanto em
mulheres é muito raro.
A atração por crianças parece começar na adolescência, contudo pode também desenvolver-se
mais tarde já na idade adulta.
Embora não seja um fato definidor da pedofilia, não é incomum que os indivíduos que praticam
comportamentos desse tipo tenham sido maltratados e abusados na infância. Isso pode estimular a
aprendizagem da situação, na qual a criança acaba associando a sexualidade a uma situação abusiva,
replicando a mesma situação na vida adulta.
Algumas características identificadas em estudos – nível de educação mais baixo, piores resultados
em avaliação da inteligência e sinais de um comportamento passivo e dependente em comparação com a
população geral.
Raramente utilizam a violência física, sendo que a conduta usual consiste em aliciar, seduzir e
ganhar a confiança da criança com objetos que a atraem. Usam a manipulação e progressão de
dessensibilização (ex: mostrar pornografia).
Alguns pedófilos (pedófilos não exclusivos) apresentam traços de psicopatia, utilizando as vítimas
como meros objetos sexuais, cuja ambição traduz-se simplesmente em proporcionar prazer ao indivíduo;
tratando-se de uma relação estruturada no poder de intimidação e dominação.

TRATAMENTO

Maioritariamente, os pedófilos só procuram algum tipo de tratamento quando estão pressionados


pela justiça (pela família, sociedade, ...).
Os pedófilos, recorrem com frequência à mentira e ao engano. Por vezes são sedutores e
envolventes e trazem este tipo de comportamento para a relação terapêutica.
Alguns autores indicam que, se iniciado no tempo certo e por meio de terapia e medicamentos, é
possível alcançar melhorias consideráveis (não a cura), levando em consideração a dificuldade que é tratar
um pedófilo.
O primeiro passo para o sucesso do tratamento é a admissão de culpabilidade dos seus atos por
parte dos agressores. Antes de se elaborar qualquer plano de intervenção é necessário avaliar a conduta
atual dos indivíduos e a sua história pessoal e criminal. Não é aconselhável, por exemplo, uma intervenção
em grupo que "misture" agressores sexuais de diferentes tipologias.
O tratamento para os pedófilos passa por "uma mediação psiquiátrica para o controlo de impulsos"
(variam entre antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor), seguindo-se um "treino
específico para substituir estes objetos sexuais inapropriados por objetos sexuais apropriados". Deve ser
voltado para a perceção do mal provocado, para a aquisição do sentido de responsabilidade à atenção com
o outro, para a consciência do mal provocado e do desejo de reparação.

«Among Us», um filme que nos inquieta. Afinal, o que vai na cabeça de um pedófilo?

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