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Centro Universitário Mauricio de Nassau

Aconselhamento Psicológico
Profª Ingrid Andrade
Psicologia – 8ºB
Taila Martins Vital Vilas Boas - 01298359

Resenha: “Psicopatologia, fenomenologia e existência”


de Marcus Túlio Caldas

A abordagem fenomenológica existencial da psicopatologia teve início


com os escritos de Jaspers, tendo como base uma concepção elaborada de
homem, suas relações e seu existir. Fundamentados nas considerações de
Husserl e Heidegger, vários autores repensaram a psicopatologia e
desenvolveram métodos que foram abordados por Caldas no decorrer do texto.
Partindo disto, visualizamos três momentos históricos do movimento
fenomenológico-existencial. A fenomenologia descritiva se propunha a
distinguir os fenômenos subjetivos, descrever e nomeá-los, para que assim a
abordagem saísse do campo do empirismo. A fenomenologia genético-
estrutural busca através de um encontro próximo com o humano, fazer
conexões com as experiências do homem, fugindo do reducionismo dos
fenômenos psíquicos. Fenomenologia categorial que analisa a materialidade,
espacialidade, temporalidade e a casualidade. Por meio da abordagem
fenomenológico-existencial, o sujeito vai ser amplamente percebido, levando
em conta sua trajetória diante da psicopatologia e o sofrimento causado.
Atualmente o sofrimento vem sido cada vez mais demonizado e a busca
por anestesiar esses sentimentos só aumenta, sofrer faz parte da natureza
humana e nos ajuda a ter autoconhecimento e a entender melhor o sentido da
vida. Entender o processo psicopatológico através de uma perspectiva
existencial, favorece o profissional de psicologia na relação com o sujeito que
está diante dele e que precisa de muito mais do que medicamentos que
mascarem a dor. Um psicólogo que não tenta enquadrar o paciente em
parâmetros, possibilita a ele mostrar que suas vivências são sua melhor
explicação.
Marcus Túlio Caldas, citando Boss, traz: “...o tédio que reina na
existência dos atuais neuróticos frequentemente encobre seu próprio sentido
utilizando-se do ruído dominante das atividades ininterruptas, diurnas e
noturnas, ou do embotamento das mais diversas drogas e tranquilizantes.”
(BOSS, 1977, p.17) o que me faz refletir sobre o excesso que está
normalmente escondendo faltas, a necessidade de fugir do vazio que traz à
tona o sentir. O sujeito se ocupa das mais diversas atividades para que não
sobre tempo para que ele analise sua vida e sinta as dores e sabores do existir.
Mas o que torna o diagnóstico único para cada um, se o modelo
biomédico coloca todos num mesmo lugar onde a sintomatologia dita regras? A
subjetividade é inevitável e o método fenomenológico reconhece a mesma e a
transforma em uma ferramenta para compreender o outro, já que o sujeito é a
medida da sua própria normalidade, seus significados serão encontrados no
que é manifestado por ele. O diagnóstico se apoia na coerência e dedução do
que a história do sujeito e suas vivências revelam no presente.

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